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20090186 TXT P001 016 - arealeditores.pt · deste mesmo governo em manter a Rússia na Primeira Guerra Mundial. 3.2. Segundo o Doc. 5, a consequência política imediata à revolu

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1.1. Portugal organizou expedições militares para Angola e Mo-çambique, pretendendo ocupar a vasta zona entre as duascolónias, unindo-as, como ilustra o conhecido “mapa cor-de- -rosa” (Doc. 1). Contudo, este projecto colidia com os interes-ses de Inglaterra, que pretendia constituir um império queunisse o Cairo ao Cabo; por isso, a Inglaterra enviou ao Go-verno Português um ultimato, a 11 de Janeiro de 1890, exi-gindo ao Governo de Lisboa que mandasse retirar as tropas por-tuguesas, ameaçando o corte das relações diplomáticas, casoPortugal não cedesse.

2.1. A Alemanha e a Inglaterra. 2.2. No início do século XX, na Europa, para além do reforço do co-

lonialismo, assistiu -se também ao reforçar dos nacionalismos. Tal como revela o documento, um dos focos de tensão da Eu-

ropa derivava da luta pela supremacia europeia, travada entrea Alemanha e a Inglaterra (e também a França), e da ambiçãoda França em recuperar a Alsácia e Lorena, ganha pela Alema-nha na Guerra Franco-Prussiana (1870-71). A Itália, por suavez, reclamava os territórios a norte da Península Itálica e noImpério Austro-Húngaro e ambicionava ocupar novas terrasem África. Nos Balcãs, que constituía o principal foco de ten-são, desejava-se a independência do Império Austro-Hún-garo, mas a Sérvia, que era apoiada pela Rússia, opunha-se,interessada em ter o acesso ao mar Mediterrâneo.

Estes focos de tensão conduziram à formação de duas alian-ças políticas: a Tríplice Aliança (1882) e a Tríplice Entente(1907). Vivia-se cada vez mais um clima de paz armada, du-rante o qual os dois blocos corriam aos armamentos.

3.1. Aviões de guerra, carros blindados e canhões de longo al-cance.

3.2. Favoreceu muito os Aliados, reforçando-os com soldados earmamento. Fortalecidos, os Aliados poderam avançar – foi oregresso à Guerra de Movimentos.

4.1. Polónia, Hungria, Checoslováquia, Jugoslávia, Finlândia, Estó-nia, Letónia, Lituânia, Aústria.

4.2. A maioria desses novos Estados adoptou politicamente as de-mocracias parlamentares, sistemas políticos em que o princi-pal órgão é o Parlamento, sendo o governo politicamente de-pendente dele.

5.1. Antes de 1914, os EUA tinham necessidade de capitais europeus,ou seja, eram devedores. A Europa detinha, assim, a hegemo-nia mundial. Contudo, a guerra provocou, na Europa, a des-truição de fábricas, de campos de cultivo, abalando as activi-dades económicas do “velho continente”, que se viuobrigado a contrair empréstimos com a América. Neste país,as actividades económicas não foram afectadas, sobretudo,pelo facto de não ter sofrido no seu território os efeitos des-truidores da guerra. Assim, em 1918, os EUA encontravam-secredores da Europa, afimando-se como principal potênciaeconómica do Mundo.

6. 1. Produção em massa; 2. Década de vinte; 3. Fordismo; 4. Mo-nopólio; 5.Taylor

1.1. O Império Russo, no início do século XX, apresentava um con-siderável atraso em relação aos países da Europa Ocidental.No campo politico, o czar Nicolau II governava o ImpérioRusso de forma autocrática.

Já no campo económico, como refere o Doc. 2, a principal ac-tividade económica era a agricultura, que ocupava cerca de75% da população activa. Contudo, esta actividade estavapouco desenvolvida.

Por outro lado, só nos finais do século XIX é que a industriali-zação deu os primeiros passos na Rússia. Este sector apoiava- -se, essencialmente, nos capitais e investimentos estrangeiros.

O atraso da Rússia era também visível nos transportes e meiosde comunicação e, por isso, o comércio era pouco dinâmico.(o sector terciário ocupava só, segundo o Doc. 2, 9% da popu-lação activa).

A sociedade russa era hierarquizada. O clero e a nobreza eramos grupos privilegiados. A burguesia representava uma mino-ria da sociedade. Os camponeses e os operários estavam nabase desta sociedade e viviam em condições miseráveis.

1.2. A participação na I Grande Guerra acarretou grandes despe-sas para o Império Russo. Para suportar esses custos (armas,soldados, etc.), o Estado viu-se obrigado a subir os impostos,o que provocou o agravamento das condições de vida dosoperários e dos camponeses.

2.1. O Doc. 4 refere-se ao envolvimento da Rússia na I GuerraMundial, que provocou o agravamento das dificuldades eco-nómicas do povo, bem como um elevado número de mortose feridos. Esta situação fez despoletar um profundo descon-tentamento social. As greves e as manifestações sucediam-se,reivindicava-se o fim do regime czarista e da guerra. Estavamcriadas as condições para estalar a revolução. O Doc. 3 refere- -se precisamente à revolução que acabou por ocorrer em Fe-vereiro de 1917.

2.2. O antigo regime foi derrubado, ou seja, era o fim do czarismo,com a formação de um Governo Provisório, apoiado por libe-rais e socialistas moderados, instaurando-se assim um regimeliberal parlamentar, apoiado pela burguesia. Este GovernoProvisório convocou a Assembleia Constituinte, para promul-gar as leis fundamentais que garantam ao País os direitos inalie-náveis à justiça, à liberdade e à igualdade.

3.1. O acontecimento descrito no documento é a revolução bol-chevique, ocorrida em Outubro de 1917. Motivos: a difícil si-tuação económico-social do Império Russo, que o GovernoProvisório não conseguiu resolver, bem como a insistênciadeste mesmo governo em manter a Rússia na Primeira GuerraMundial.

3.2. Segundo o Doc. 5, a consequência política imediata à revolu-ção de Outubro de 1917 foi o derrube do Governo Provisório,tendo o Poder do Estado passado para as mãos do Comité Mili-tar Revolucionário. Depois desta fase de transição, o Conselhode Comissários do Povo, liderado por Lenine, passou a deter opoder executivo.

Ainda no ano da revolução realizaram-se eleições para a As-sembleia Constituinte. Contudo, os bolcheviques, arrecada-ram apenas 25% dos votos. Por isso, Lenine decidiu dissolvera Assembleia Constituinte e confiar o poder legislativo aoCongresso dos Sovietes. Os poderes executivo e legislativoestavam concentrados nas mãos dos bolcheviques, a Rússiatransformava-se numa República Soviética.

4. Outubro, nobreza, burguesia, civil, 1920, bolchevique, França,Inglaterra, EUA, vermelho.

EXERCÍCIOS PROPOSTOS PÁGS. 16-17 EXERCÍCIOS PROPOSTOS PÁGS. 29-31

M O N O P Ó L I OE T O M I T R O FT Ó A D M A S S AN L S Y D I P É II I L Á L Á E I LV L Ç Q D O Q O UA Í H P W Ç R T UT O M S I D R O FG O T G Ó W E R U

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5.1. NEP (Nova Política Económica).5.2. Segundo o Doc. 6, a ruína extrema em que a Rússia se encon-

trava, no final da guerra civil, agravada pelas más colheitas de1920.

5.3. A NEP possibilitou privatizar alguns sectores secundários, em-bora os sectores fundamentais da economia russa se mantives-sem nacionalizados. Assim, concedeu-se uma certa liberdade decomércio, embora fosse sinónimo de capitalismo na época, eraútil, pois ajudaria a combater o desinteresse dos pequenos produ-tores que tinham agora possibilidade de vender os excedentese obter algum lucro. Também foi permitida a constituição depequenas unidades de produção agrícola e industrial e estimu-lou-se a entrada de capitais e técnicos estrangeiros.

6.1. A diversidade étnica. Outros motivos que levaram à formaçãoda URSS: a vastidão do território russo, bem como a diversi-dade religiosa e linguística.

6.2. Grande parte do território do Império Russo converteu-se, apartir de 1922, numa união de repúblicas federadas, governa-das pelo Partido Comunista. As repúblicas federadas dispu-nham de alguns poderes, ficando outros nas mãos do PartidoComunista, que constituía o poder central.

6.3. As repúblicas federadas ganharam alguma autonomia e a suaidentidade cultural foi respeitada. Contudo, o russo conti-nuou a ser a língua oficial de todo o território.

Grupo I1.1. Colonialismo – sistema de dominação política, económica e

cultural de um país (domínio da metrópole sobre as suas co-lónias).

1.2. Pelo facto de os conflitos provocados pela posse de territóriosafricanos se terem tornado frequentes, o chanceler alemãoBismarck decidiu convidar os países com interesses em África(entre eles Portugal) para se reunirem numa Conferência emBerlim, entre 1884-85. Estabeleceu-se então o princípio daocupação efectiva dos territórios, deixando de prevalecer odireito histórico, ou seja, o direito de descoberta.

2.1. a) F. O assassinato do herdeiro ao trono austro-húngaro foi oacontecimento que despoletou o início da Primeira GuerraMundial.

b) F. Este primeiro conflito mundial ocorreu entre 1914 e1918.

c) V. d) F. Portugal entrou na guerra em 1916, apoiando os Aliados. e) V. f) V. 3.1. Segundo o Tratado de Versalhes, a Alemanha tinha de pagar

pesadas indemnizações aos países ocupados durante aguerra e restituir os territórios de Alsácia e Lorena à França,perdendo igualmente todas as suas colónias. Teve ainda dereduzir o seu armamento e os efectivos militares.

3.2. Assegurar a paz e a independência política dos Estados, pro-movendo ainda a cooperação económica, financeira, social ecultural entre todas as nações.

4.1. O gráfico demonstra que os países europeus foram, ao nívelde feridos e das perdas humanas, profundamente afectados,durante a I Guerra Mundial, o que prejudicou gravemente aposição europeia no Mundo. Este factor, aliado às grandesdestruições nas fábricas, campos de cultivo, vias de comuni-cação e às elevadas dívidas contraídas para pagamentos dedespesas durante a guerra, ditou o fim da supremacia euro-peia no final do primeiro conflito mundial.

5.1. Ford considerava que o pagamento de bons salários funcio-naria como incentivo ao trabalho. Essa medida contribuiriatambém para o desenvolvimento da indústria automóvel,pois os seus trabalhadores teriam capacidade económicapara adquirir o seu próprio veículo.

5.2. Modelo que pretendia alcançar uma produção em grande es-cala, no menor período de tempo possível, através da divisãodo trabalho em tarefas simples e rápidas, executadas repeti-damente pelos mesmos operários. O trabalho de produçãode uma peça era feito em cadeia, por um operário especiali-zado numa fase desse trabalho (taylorismo). A produção eraestandardizada (produção em série); para incentivar o au-mento de produtividade, como descreve o documento, atri-buíam -se prémios de produção.

Grupo II1.1. Politicamente, o Czar tinha poder ilimitado, ou seja, concen-

trava todos os poderes, enquanto que, nos países da EuropaOcidental, os sistemas políticos eram mais liberais, já há muitotempo.

No campo económico, a agricultura, a principal actividadeeconómica, que ocupava cerca de 75% da população activa,era atrasada e insuficiente. A Coroa, a Igreja Ortodoxa e a no-breza detinham a esmagadora maioria das terras, mas eram oscamponeses que as cultivavam. Até 1861 mais de metade docampesinato vivia na condição de servo. Mesmo após a aboliçãoda servidão, os camponeses eram sujeitos a péssimas condiçõesde trabalho e ao pagamento de pesados impostos aos pro-prietários das terras.

O sector secundário estava ainda muito pouco desenvolvido. O atraso do Império Russo era também visível nos transportes

e meios de comunicação, por isso, o comércio era pouco dinâ-mico.

Ora, nos países da Europa Ocidental, a agricultura há muitotempo que deixara de ter um peso tão exagerado na econo-mia e o sector secundário estava bastante mais desenvolvido.

Quanto à sociedade russa, esta era hierarquizada, sendo oclero e a nobreza os grupos privilegiados. A burguesia repre-sentava uma minoria da sociedade. Os camponeses, em 1900,constituíam a grande maioria dos súbditos do Império Russo eos operários estavam na base desta sociedade; viviam em con-dições deploráveis, já que as jornadas de trabalho eram longase os salários e as condições de habitação eram, em geral, miserá-veis. Nos países da Europa Ocidental, a burguesia tinha já umpapel mais destacado e activo na sociedade e o número decamponeses não era tão elevado, pelo contrário, o operariadorepresentava uma maior percentagem da população.

1.2. As más condições de vida e de trabalho do operariado russopropiciaram a aceitação dos ideais socialistas que defendiamuma sociedade mais igualitária, que servia melhor os interes-ses dos camponeses e do operariado.

2.1. Tal como descreve o Doc. 2, a 23 de Fevereiro de 1917, teveinício em Petrogrado uma grande revolta, insurreição, já que onúmero de grevistas ascendia aos 90 000. Nos dias seguintesmilhares de cidadãos continuaram a sair para as ruas, pe-dindo o fim da autocracia e da guerra. O Czar julgava que con-seguiria abafar esta revolta, porém, desta vez, uma parte doexército apoiou os manifestantes, não sendo suprimida a in-surreição. As consequências políticas foram imediatas: Nico-lau II viu-se forçado a abdicar, foi constituído um GovernoProvisório, apoiado por liberais e socialistas moderados, e ins-taurou- -se um regime liberal parlamentar.

Como o Governo Provisório não conseguiu resolver a situa-ção difícil que atravessava o Império Russo e insistiu em

TESTE DE AVALIAÇÃO 1 PÁGS. 32-35

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manter a Rússia na Primeira Guerra Mundial, os bolchevi-ques decidiram protagonizar uma segunda revolução. As-sim, através de uma insurreição armada, os sovietes, lidera-dos pelos bolcheviques, derrubaram o Governo Provisórioe assumiram o poder.

3.1. A participação russa na Primeira Guerra Mundial provocou oagravamento das dificuldades económicas do povo russo, ouseja, muitas destas pessoas não tinham nada para comer, nempara vestir, nem para se aquecer. A participação na PrimeiraGrande Guerra trouxe ainda o sangue, as mutilações, a morte.

3.2. A saída imediata do Império Russo da Primeira Guerra Mun-dial, a instauração de uma ditadura do proletariado, a nacio-nalização da economia e a imposição de uma sociedade semclasses: o comunismo.

4.1. Sim. 4.2. Lenine, após a tomada do poder, tentou varrer o capitalismo

da Rússia, ou seja, terminar com o capitalismo e instaurar ocomunismo, de modo a que a sociedade russa fosse uma so-ciedade sem classes. Para concretizar este objectivo, tomouvárias medidas com o objectivo de abolir a propriedade pri-vada: os meios de produção de riqueza (fábricas, campos,bancos, minas, etc.) foram nacionalizados e ordenou a requi-sição das colheitas agrícolas pelo Estado.

1.1. Segundo o Doc. 1, no final do século XIX, a balança comercialportuguesa era deficitária. de facto, de 1870 a 1900, a dife-rença entre o número de importações e o número de expor-tações foi-se acentuando (com claro predomínio para as im-portações). Portugal possuía, igualmente, uma elevada dívidaexterna, contraída, sobretudo, para a construção de estradase linhas-férreas, pagando elevados juros aos países estrangei-ros e, por outro lado, a agricultura mantinha-se pouco desen-volvida.

Toda esta situação se agudizou, na última década do séculoXIX, devido à crise financeira que afectou a Europa e atingiucom intensidade Portugal. O Estado português decidiu entãoaumentar os impostos. Paralelamente, o país assistia ao au-mento do desemprego e da inflação.

2.1. O Republicanismo é uma forma de governo em que o chefede Estado é um Presidente da República, eleito por um deter-minado período de tempo.

2.2. O ultimato inglês e o regicídio. 2.3. O partido republicano soube aproveitar todo o clima de insta-

bilidade e crescente descontentamento que se fazia sentir re-lativamente ao regime monárquico, levando a cabo umacampanha intensa contra a Monarquia, afixando cartazes, dis-tribuindo propaganda e organizando comícios e manifesta-ções.

3. a) F. Após o regicídio, subiu ao trono o príncipe D. Manuel II. b) V. c) F. No dia da Revolução Republicana, a marinha de guerra

bombardeou o Palácio das Necessidades, onde se encon-trava a rainha e D. Manuel II.

d) V.4.1. Assegurar o governo do país até à eleição do primeiro Presi-

dente da República e a aprovação da Constituição Republi-cana. Para tal, teriam de ser organizadas eleições para a As-sembleia Constituinte, cujos deputados seriam responsáveispela elaboração do novo documento constitucional.

5.1. Direito à greve e à protecção na doença e na velhice; o horá-rio semanal de trabalho foi fixado em 48 h; instituiu-se a igual-dade entre filhos legítimos e ilegítimos.

5.2. A escolaridade tornou-se obrigatória e gratuita entre os 7 e os12 anos, criando -se mais escolas primárias, como demonstra oDoc. 4. Relativamente a outros níveis de ensino, criaram-semais jardins-de-infância, reformou-se o ensino técnico e foramainda criadas as Universidades de Lisboa e do Porto.

6.1. Um dos maiores problemas que afectou a Primeira Repúblicafoi, sem dúvida, a instabilidade política (Doc. 5). Os governosnão conseguiam obter maiorias absolutas nas eleições e, porisso, não tinham maioria parlamentar para implementarem osseus programas políticos. Assim, recorriam a governos de co-ligação, que rapidamente caíam.

Toda esta situação agravou o clima de descontentamento so-cial, fazendo acreditar que só um governo forte, só uma dita-dura poderia solucionar esta situação.

Neste contexto, a 28 de Maio de 1926, ocorreu uma revoltaem Braga, chefiada por Gomes da Costa (Doc. 6), levando àqueda da 1.ª República e à instauração de uma ditadura mili-tar.

1.1. A classe média influenciava a opinião pública, já que era vistana sociedade como uma classe culta, instruída, informada; porisso, suas opiniões e convicções deviam ser seguidas.

1.2. Nas primeiras décadas do século XX, nos países industrializa-dos ocidentais, o sector secundário continuou a desenvolver- -se, bem como o sector terciário, em especial os serviços. Esteprogresso foi apenas interrompido pela I Guerra Mundial. Es-tas transformações económicas foram responsáveis pelo cres-cimento da classe média.

2.1. O Doc. 2 refere-se aos loucos anos 20.2.2. Os loucos anos 20 caracterizaram-se essencialmente, pelo de-

sejo tão intenso de viver, pela obsessão em gozar e aproveitarao máximo a vida. Assim, homens e mulheres frequentavam oscabarés, onde bailavam ao ritmo do charleston, foxtrot, rumbae do tango e escutavam jazz. Os cafés, restaurantes e outrosespaços públicos de convívio multiplicaram-se.

Durante a década de 20, a moda também sofreu alterações,tornando-se mais prática e cómoda. As mulheres passaram ausar o soutien, que substituiu o incómodo espartilho, as saiastornaram -se mais curtas e o corte de cabelo da moda passoua ser à garçonne. Os homens usavam peças de vestuário maisdesportivas.

Nesta década, cultivou-se o gosto pelos automóveis e aviões,bem como pelo desporto.

Também mudaram alguns valores e comportamentos: o nú-mero de divórcios cresceu, já que os conceitos de amor e derelacionamento modificaram-se.

2.3. As pessoas queriam esquecer o pesadelo que tinham vividodurante a I Guerra Mundial, desejavam aproveitar intensiva-mente cada minuto da sua vida.

3.1. A cultura clássica e a cultura de massas divergem bastanteentre si. Enquanto a cultura clássica era difundida essencial-mente pela escola, sendo desta forma oferecida a um pequenonúmero de pessoas, a cultura de massas era difundida, sobre-tudo, pelos mass media (imprensa, rádio e cinema), sendoconsumida por um grande número de indivíduos.

3.2. O progresso dos meios de transporte e de comunicação quese verificava, desde o século XIX, a expansão da classe médiaque detinha um certo grau de instrução, a redução do horário

EXERCÍCIOS PROPOSTOS PÁGS. 45-46

EXERCÍCIOS PROPOSTOS PÁGS. 63-64

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de trabalho, que proporcionou o aumento dos tempos livres,e o aumento do número de pessoas alfabetizadas.

4. Horizontais: 1 – Einstein; 2 – Zworkin; 3 – Egas Moniz. Verticais: 1 – Niels Bohr; 2 – Max Planck; 3 – Relatividade.5.1.

5.2. O Abstraccionismo caracteriza-se pela pintura não figurativa,que não reproduz figuras nem retrata temas, e pelo desapare-cimento do objecto sendo substituído por linhas e manchasde cor, que se abstraem da realidade. Este tipo de pintura re-presenta as emoções e os sentimentos do autor e desperta di-ferentes interpretações.

Já o Fauvismo caracteriza-se pela utilização de cores intensas,fortes, puras, mesmo agressivas, em total liberdade. Nestetipo de pintura, livre de sentimentos, a cor sobrepunha-se àforma, ou seja, a forma poderia estar mal definida, contudo, acor era sempre intensa.

O Surrealismo caracteriza-se pela forte influência das teoriaspsicanalíticas de Freud. Explora o mundo dos sonhos, da alu-cinação, do inconsciente e representa imagens estranhas, ir-reais, deformações monstruosas, fantasmagóricas, a par de fi-guras reais.

Não foi apenas na pintura que o Futurismo se manifestou,mas também na arquitectura, escultura, música, literatura.Esta corrente artística procurava captar o dinamismo da vidamoderna, rejeitava o passado e a tradição, exaltava a socie-dade industrial. Pretendia ainda transmitir as sensações develocidade e de movimento, enaltecia a técnica, a máquina, oruído, os motores, a multidão e utilizava arabescos, elipses,bem como imagens sequenciais, simultâneas, de um mesmoobjecto.

No Cubismo, a imagem natural das pessoas e dos objectos éreduzida a formas geométricas, como o cubo, o cilindro, ocone, a esfera.

O Expressionismo caracteriza -se pela expressão livre e subjec-tiva dos sentimentos e emoções do pintor, através da utiliza-ção de cores fortes, pinceladas largas e figuras distorcidas. Aspinturas expressionistas espelham o pessimismo da vida, aangústia, a dor, a denúncia dos problemas sociais.

6. 1 – c; g; 2 – a; e; f; i; 3 – b; d; h.

Grupo I1.1. Na última década do século XIX, uma grave crise financeira

afectou a Europa e atingiu com intensidade Portugal. Com ointuito de fazer face aos seus compromissos, o Estado portu-guês decidiu aumentar os impostos.

Nesta caricatura, a monarquia está representada sobre ocorpo do Zé-povinho; o seu autor quis transmitir que foi so-bre o povo que recaiu a obrigação de fazer face a essas difi-culdades, através do aumento dos impostos.

2.1. O rei lia a imprensa republicana e acompanhava a movimenta-ção dos militantes.

2.2. O Partido Republicano defendia a queda da Monarquia e ainstauração do regime republicano.

Aproveitando o descontentamento social que se sentia nopaís, o Partido Republicano desenvolveu uma campanha in-tensa contra a Monarquia. através de propaganda, organiza-ção de comícios e manifestações.

3.1. Portugal tinha uma elevada taxa de analfabetismo no inícioda 1.ª República, como é possível verificar através do Doc. 3.Com o objectivo de alterar esta realidade, os republicanos to-maram várias medidas, das quais se destacam, no caso do en-sino primário, a criação de um maior número de escolas destenível de ensino e o facto da escolaridade se ter tornado obri-gatória e gratuita entre os 7 e os 12 anos. Estas medidas surti-ram efeito, já que, em 1930, a taxa de analfabetismo era de61,8%, menos cerca de 9% do que no início da República.

4.1. As medidas tomadas pelos republicanos para superar o atrasoportuguês não resultaram, pois, em 1917, o País não produzianem a metade do necessário para o seu consumo, ou seja, o sec-tor agrícola encontrava-se ainda deficitário, estando depen-dente das importações de cereais. As poucas indústrias que exis-tiam vegetavam, ou seja, o sector industrial estava ainda muitoatrasado em relação ao resto da Europa. Os salários manti-nham-se baixíssimos mas, em contrapartida, o custo de vida eraexorbitante, provocando sérias dificuldades económicas.

4.2. A Igreja, reagindo contra as medidas anticlericais tomadas pe-los republicanos, começou a fazer sentir a sua oposição, numperíodo em que detinha bastante influência sobre a popula-ção, particularmente nos meios rurais. Também o operariadopermanecia descontente. Apesar das medidas republicanasem defesa dos seus direitos, os operários consideravam-nas in-suficientes e a sua aplicação demasiado lenta.

Grupo II1.1. Durante a Primeira Guerra Mundial, enquanto os homens se

encontravam na frente de batalha, as mulheres assumirammuitos postos de trabalho e sustentaram a família. As mulhe-res experimentaram a independência, pois auferiram o seupróprio salário e era com ele que tinham que fazer face àsdespesas diárias e ao sustento da família, o que até à eclosãodo primeiro conflito mundial estava totalmente a encargodos homens. Após a 1.ª Guerra, a mulher queria trabalhar, sermais activa, tornar-se mais independente, continuar o seuprocesso de emancipação, que não passava apenas pelo in-gresso no mundo do trabalho, mas também pela adopção denovos comportamentos.

1.2. Os movimentos sufragistas lutavam, essencialmente, pelo di-reito de voto para as mulheres. Em Inglaterra, após o final doprimeiro conflito mundial, algumas mulheres com mais de 30anos conseguiram o direito de voto, juntamente com os homensacima dos 21 anos. À semelhança do que aconteceu em diver-sos países, também em Portugal se lutou por esta causa. Con-tudo, apenas em 1931, a legislação concedeu o direito de votoàs mulheres portuguesas, embora ainda com restrições.

2.1. A rádio assumiu-se como meio ou veículo de difusão de cultura,já que transmitia os teatros radiofónicos e os novos génerosmusicais, como o jazz, constituindo assim um dos meios dedifusão da cultura de massas. Por outro lado, este meio de co-municação era também um meio ou veículo de difusão dasideias, pois transmitia as notícias, informando as populaçõese, na década de 30, foi mesmo um importante meio de pro-paganda política, sendo utilizado pelos regimes autoritáriospara difundiram os seus ideais políticos.

3. a) V. b) F. A Arte Nova manifestou-se na arquitectura, na pintura,

no mobiliário, na ourivesaria, nos vitrais, nos azulejos, nadecoração de interiores.

TESTE DE AVALIAÇÃO 2 PÁGS. 65-67

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Doc. 4 – Abstraccionismo

Doc. 5 – Fauvismo

Doc. 6 – Surrealismo

Doc. 7 – Futurismo

Doc. 8 – Cubismo

Doc. 9 – Expressionismo.

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c) F. Nas pinturas cubistas, as figuras são decompostas emplanos geométricos que representam vários ângulos de vi-são do mesmo objecto.

d) V.4.1. Modernismo.4.2. O Futurismo (sensação de movimento; presença de fios eléctri-

cos, enaltecendo assim a vida moderna, a sociedade industrial)e o cubismo (presença de inúmeras formas geométricas).

4.3. Na arquitectura, desenvolveu-se a arquitectura funcional, em-bora tardiamente. Na literatura, destacaram-se Fernando Pes-soa, Mário de Sá Carneiro e Almeida Negreiros, responsáveispela revista Orpheu, fundada em 1915. Esta publicação ficoumarcada pelo seu espírito crítico e foi também uma “porta deentrada” do Modernismo em Portugal. Raul Brandão, AquilinoRibeiro e, posteriormente, José Régio e Miguel Torga tambémse destacaram na literatura modernista.

1.1. O optimismo sentido nos anos 20 viveu-se particularmentenos EUA, onde a economia deu grandes sinais de prosperi-dade, saindo reforçada do primeiro conflito mundial. Por suavez, a Europa saíra bastante destruída desse conflito, nomea-damente na área industrial, recorrendo, por isso, a um grandenúmero de importações dos EUA. Contudo, ao longo dosanos 20, o continente europeu começou a dar sinais de recu-peração económica e a recorrer, por isso, cada vez menos aosprodutos americanos.

Mas os EUA mantinham níveis de produção agrícola e indus-trial elevados não estando atentos à diminuição do consumoeuropeu, surgindo assim um grave problema de superprodu-ção, acabando os produtos americanos por se acumularemem stocks. Consequentemente, a economia americana entrounum período de deflação, ou seja, baixa generalizada dos pre-ços e uma queda nos lucros das empresas, que provocou,uma redução dos salários dos trabalhadores ou mesmo o seudespedimento.

2.1. A frase refere-se à mundialização que o crash de Wall Street ea consequente crise americana de 1929 atingiram. De facto,os efeitos desta crise fizeram-se sentir em todo o Mundo, poisa retirada dos capitais americanos investidos na Europa dei-xou este continente com menor suporte financeiro, levando àfalência de muitos bancos e, consequentemente, de inúme-ras empresas. Houve ainda uma retracção do comércio mun-dial, uma vez que muitos países adoptaram medidas protec-cionistas, reduzindo drasticamente as importações,afectando, deste modo, os países industrializados, que nãoconseguiam escoar a sua produção para o exterior, e os paí-ses subdesenvolvidos, que não conseguiam exportar as ma-térias-primas, fonte principal da sua economia.

3.1. Segundo o documento, a partir de 1929, assistiu-se, a nívelmundial, à subida acentuada do número de desempregados,em oposição a uma descida drástica dos níveis de produçãoindustrial (começando a surgir sinais de uma inversão desta si-tuação a partir de 1933). De facto, com a mundialização dacrise, esta foi uma situação que ocorreu em grande parte dospaíses. A crise americana levou os países a adoptarem medi-das proteccionistas e a controlarem muito os níveis de produ-ção. Toda esta situação económica conduziu a uma grave crisesocial, provocada, em muito, pela falência das empresas o quecausou o aumento drástico do número de desempregados.Por outro lado, a classe média viu diminuídos os seus rendi-mentos, declarando a falência das suas pequenas empresas.

3.2. New Deal. 3.3. Financiamento de grandes obras públicas (estradas, escolas, en-

tre outras), combatendo, desta forma, o desemprego, de modoa voltar a subir os níveis de consumo, revitalizando assim as em-presas e o sector agrícola que conseguiria escoar os seus produ-tos. Para controlar a produção agrícola, foram concedidas in-demnizações aos agricultores para reduzirem as áreas decultivo; para controlar a produção industrial, foram estabeleci-dos limites para essa produção e controlados os preços devenda. Foram ainda concedidos subsídios às empresas com difi-culdades.

Estabeleceu-se o salário mínimo, concederam-se subsídios dedesemprego, de doença e de velhice e limitou-se o horário detrabalho em 40 h semanais (para proporcionar também no-vos postos de trabalho).

1.1. Culto do chefe.1.2. O Duce (no caso italiano) devia ser visto como um guia e sal-

vador da Nação, a quem todos deviam obedecer. A propa-ganda fascista italiana recorria a instrumentos que preten-diam exaltar a figura de Mussolini, como é o caso deste livropara crianças que o compara ao Pai Eterno.

1.3. O totalitarismo – princípio que defende a primazia total doEstado sobre o indivíduo, o que conduziu a um desprezopelas liberdades individuais; o nacionalismo – exaltaçãodos valores nacionais, apelando ao regresso a um passadohistórico; o corporativismo – agrupamento de patrões eoperários em associações (as corporações) como forma demediar os interesses de ambos e ultrapassar os conflitos; aexistência de partido único (neste caso, o Partido NacionalFascista); o imperialismo – o desejo de alcançar o domíniopolítico sobre outros países.

2.1. Segundo o documento, o desemprego na Alemanha, entre1928 e 1932, passou de 5% para 30% ou seja, aumentou dras-ticamente.

2.2. A crise de 1929. Este país foi também afectado pela crise,tendo falido vários bancos, arrastando consigo as pequenas emédias empresas que deles dependiam para subsistir, o quecausou o aumento galopante do desemprego e a subida dainflação.

2.3. O Doc. 2 espelha o aumento drástico do desemprego na Ale-manha, consequência da crise de 1929. Perante esta grave si-tuação, a população deixou de acreditar no governo demo-crático, passando a apoiar os partidos extremistas, pois eramestes que prometiam reverter a situação difícil em que viviam.Deste modo, o partido socialista perdeu apoiantes, enquantoo Partido Comunista auetnou ligeiramente o número de vo-tos, apoiado por uma parte do proletariado. Mas, foi no par-tido nazi que muitos trabalhores confiavam para acabar como desemprego o que provocou um espectacular aumento davotação nesta força política (0,8 para 13,8 milhões de votos).

3.1. O nazismo defendia a constituição de uma Grande Alemanha,ou seja, um grande Reich, um grande império, que, para alémde ser constituído pelos territórios perdidos no final do pri-meiro conflito mundial, deveria estar ainda dotado de um es-paço vital, ou seja, um conjunto de territórios, no Leste euro-peu, considerados fundamentais para colmatar asnecessidades dos Alemães, que Hitler julgava ter o direito deconquistar aos povos por ele considerados “inferiores”. Estaera a concepção de nacionalismo e imperialismo defendidapelos nazis.

EXERCÍCIOS PROPOSTOS PÁG. 74EXERCÍCIOS PROPOSTOS PÁGS. 91-92

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SOLUÇÕES

PREPARAR OS TESTES SOLUÇÕES

O nazismo defendia ainda o racismo, alegando a existênciade raças superiores (os Arianos) e inferiores (os Judeus). Estacrença fez despoletar o anti-semitismo, notando-se já a segre-gação dos Judeus (Nenhum judeu pode ser cidadão).

O nazismo apoiava ainda a criação de um poder central forte,em que o Estado deveria ter primazia sobre o indivíduo (tota-litarismo), liderado pelo Führer que detinha um poder pratica-mente ilimitado e deveria ser admirado (culto do chefe) e pro-tegido pelo sistema de partido único (Partido NacionalSocialista).

O nazismo pretendia ainda a revogação do Tratado de Versa-lhes, pois Hitler considerava que este representava uma humi-lhação para a Alemanha, e a criação de um exército nacional,fundamental para prosseguir os seus ideais expansionistas.

4.1. Presidente da República.4.2. A atribuição, por parte do Presidente da República, da grã-

-cruz da Torre da Espada a Salazar que até então estava reser-vada a chefes do Governo, e ainda assim só após três anos defunções.

4.3. Em 1928, quando Salazar foi convidado para ocupar o cargode Ministro das Finanças, a situação económica e financeiraportuguesa mantinha-se caótica. Contudo, através da políticade rigidez nas contas públicas e de um controlo das despesasde todos os Ministérios, Salazar conseguiu, em apenas umano, alcançar um saldo positivo das finanças públicas portu-guesas. Esse facto atribuiu-lhe um enorme prestígio, pas-sando a ser visto como o Salvador da Nação, o que justificou asua nomeação, em 1932, para Presidente do Conselho de Mi-nistros.

5.1. Estaline desenvolveu o culto da personalidade, apoiando-senuma intensa propaganda. Deste modo, por toda a URSS, en-contravam-se fotografias, estátuas, cartazes de Estaline, se-melhantes ao representado no Doc. 6.

6.1. A França, à semelhança de muitos outros países, foi afectadapela crise de 1929. No poder, nesse período, encontravam-segovernos de direita que se apressaram a tomar um conjuntode medidas com o objectivo de travar os problemas econó-mico-sociais que afectavam o país.

Porém, estas medidas não surtiram o efeito desejado, le-vando a que as pessoas se manifestassem nas ruas.

Perante a agitação social, e para que o fascismo não se instau-rasse neste país, os partidos Comunista, Socialista e Radicaldecidiram associar-se, formando assim a Frente Popular, que,em 1936, venceu as eleições, formando de seguida governo.

6.2. A Frente Popular, no seu programa político, defendia os tra-balhadores e pretendia tomar medidas para os proteger. Des-taca-se a instituição do fundo nacional de desemprego, as refor-mas suficientes para os trabalhadores idosos, a redução dasemana de trabalho sem diminuição de salário e um plano degrandes trabalhos públicos, o que permitiria reduzir o desem-prego. Assim, este governo interveio activamente na econo-mia francesa, decretando ainda a nacionalização de algunssectores.

6.3. Estas medidas de apoio aos trabalhadores não agradaram asentidades empregadoras. Desta forma, a direita, apoiada pe-los grandes industriais, lançou uma forte oposição ao go-verno em funções, o que levou à divisão desta coligação deesquerda, acabando mesmo por se dissolver.

A direita voltou ao poder; porém, a França nunca deixou deser um país democrático.

Grupo I1. Crise de superprodução – ocorre quando a produção é muito

superior à procura, levando à acumulação dos produtos emstocks e, por isso, a uma redução dos preços e dos lucros dasempresas. De facto, os EUA, nos anos 20, mantiveram os ní-veis de produção agrícola e industrial elevados e, simultanea-mente, conheceram uma diminuição do consumo (a Europacomeçou a recorrer menos aos produtos americanos).

Crise Financeira – com o crash da Bolsa de Wall Street, milha-res de accionistas ficaram totalmente arruinados, levando, àfalência de muitos bancos que não conseguiam reaver os em-préstimos realizados, conduzindo também à falência de em-presas que dependiam do crédito bancário.

2.1. No documento, é visível, ao centro, em destaque, uma figuraque representa Franklin Roosevelt, o grande responsável pelolançamento do New Deal em 1932, com a mão sobre um se-nhor, o que representa a concessão de subsídios de doença ede velhice, uma das medidas sociais deste plano de recupera-ção económica. Do lado esquerdo da figura, são visíveis váriaspessoas a trabalhar na construção civil, nomeadamente, aconstruir uma ponte, o que representa o financiamento degrandes obras públicas (pontes, estradas, escolas, etc.), paracombater o desemprego, outra das medidas do New Deal. Nolado direito, podemos ver diversas pessoas a trabalhar numafábrica, o que representa a concessão de subsídios às empresascom dificuldades, para que o emprego se mantivesse.

Grupo II1.1. Na sequência da I Guerra Mundia, a maioria dos países euro-

peus foi sacudida por uma crise económica, que provocou o au-mento do desemprego e a redução do nível de vida de vastossectores da sociedade. Consequentemente, a fome e a misériaaumentam. Quando a situação de instabilidade económica pa-recia estar ultrapassada, a Europa foi afectada pela Crise de1929, surgindo novamente os problemas económicos e sociais.

1.2. A vitória da revolução socialista na Rússia, que assustou, so-bretudo, o sector burguês, que, por isso, passou a apoiar a ex-trema-direita, de forma a impedir o avanço do comunismo.

1.3. O fascismo italiano, o nazismo alemão e o Estado Novo portu-guês serviram-se dos mass media para fazer uma enorme pro-paganda política aos seus regimes e para promover o cultodo Chefe, pois sabiam que esta era uma forma bastante eficazde fazer chegar a sua doutrina às massas. Todos estes regimesinstauraram a censura aos meios de comunicação, o que lhespermitia controlar tudo a que o grande público iria ter acesso,evitando e controlando a oposição.

2. a) F. O fascismo defende o monopartidarismo, isto é, a exis-tência de um partido único.

b) F. Em 1921, Benito Mussolini formou o Partido NacionalFascista.

c) F. Os camisas negras eram milícias armadas, defensores doregime fascista, que perseguiam, de forma violenta, os mili-tantes de esquerda e os grevistas (e todos os opositores aoregime).

d) V. e) V.3.1. Oss grandes industriais apoiaram Hitler financeiramente,

dando-lhe condições para fazer uma enorme propaganda, oque o ajudaria a ganhar popularidade e votos. Segundo o do-cumento, os grandes industriais, com esta medida, preten-diam impedir o avanço do comunismo na Alemanha e viamem Hitler a melhor forma de o conseguir.

TESTE DE AVALIAÇÃO 3 PÁGS. 93-95

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3.2. Para além do apoio financeiro dado pelos grandes indus-triais, o Partido Nacional Socialista conseguiu ser o mais vo-tado nas eleições de 1932, graças ao seu programa político,que ia ao encontro dos anseios de uma vasta parte da socie-dade alemã, à imensa propaganda nos meios de comunica-ção de massas, como os jornais e a rádio, às grandiosas mani-festações e à violência das milícias armadas (as SA – Secçõesde Assalto e as SS – Secções de Segurança), que assustavamos opositores.

4.1. Segundo o documento, Hitler prometia acabar com a falta detrabalho e a miséria dos seis milhões de desempregados ale-mães. O líder nazi conseguiu muitos votos com esta pro-messa, visto que o desemprego era um dos maiores proble-mas que afectava a sociedade alemã, após a crise de 1929.

4.2. A Juventude Hitleriana.4.3. Para eliminar qualquer foco de oposição, o nazismo apoiava-

-se na violência, na repressão. Assim, este regime instituiu acensura, criou a polícia política (Gestapo) e as milícias arma-das (SA e SS), que perseguiam, prendiam e assassinavam osopositores do regime, e ainda os campos de concentração,para onde eram enviados os suspeitos de oposição ao regimee as raças consideradas inferiores.

5.

6.1. PIDE significa Política Internacional de Defesa do Estado e asua principal função era perseguir todos os opositores ao re-gime, exercendo uma forte vigilância sobre toda a sociedade.

6.2. O Estado Novo queria manter uma aparência de ordem e res-peito natural pelos valores do regime e assim transmitir umaideia de união total da Nação; pelo que a acção da PIDE deviaser discreta e silenciosa.

6.3. Através de uma forte propaganda (cartazes, panfletos, ma-nuais da escola, entre outros exemplos), o regime transmitia aimagem de Salazar como Salvador da Nação, guia incontestá-vel, difundindo ainda valores como Deus, Pátria e Família, ape-lando assim à união da Nação em torno dos valores sociaisconservadores.

7.1. Segundo o documento, foi porque apenas esta [indústria pe-sada] pode reconstruir e promover o desenvolvimento futurode todos os ramos da indústria.

7.2. Com o objectivo de tornar impossível a restauração do capita-lismo na URSS, Estaline pôs em prática uma política econó-mica que assentava, essencialmente, em dois princípios: co-lectivização de todos os meios de produção e implementaçãode uma economia planificada. A colectivização de todos osmeios de produção consistiu no fim da propriedade privada,ou seja, as terras, minas, fábricas, meios de transporte e co-mércio foram nacionalizados.

A economia planificada consistia no controlo e planificação ri-gorosa da economia por parte do Estado, através da imple-mentação de planos quinquenais (que tinham a duração de 5anos), onde eram fixados os objectivos a atingir neste pe-ríodo, bem como os níveis de produção a alcançar pelas em-presas.

1.1. Áustria (Março de 1938), País dos Sudetas (Outubro de1938), Checoslováquia, ou seja, o restante território checos-lovaco (Março de 1939) e Polónia (Setembro de 1939).

1.2. Seguidamente à invasão do País dos Sudetas pelos nazis, aFrança e a Inglaterra, Estados democráticos, assinaram, aindano ano de 1938, o Pacto de Munique com a Alemanha, emque os países democráticos reconheceram a anexação doPaís dos Sudetas, em troca da promessa de Hitler de que nãoinvadiria o restante território checoslovaco. Contudo, Hitlerinvadiu-o em Março de 1939, como demonstra o mapa. Faceao desrespeito pelo Pacto de Munique, as democracias oci-dentais perceberam as verdadeiras intenções de Hitler. Eranecessário tomar medidas para não deixar que o expansio-nismo nazi prosseguisse. Assim, França e Inglaterra acorda-ram que se Hitler tentasse invadir outro território declarariamguerra à Alemanha. A 1 de Setembro de 1939, os nazis invadi-ram a Polónia. A França e a Inglaterra cumpriram o que ha-viam acordado e declararam guerra à Alemanha nazi. A IIGuerra Mundial iniciava-se.

1.3. Hitler pretendia constituir uma Grande Alemanha, que deve-ria integrar, não só os territórios perdidos aquando da desa-gregação do Império Alemão, mas também um conjunto deterritórios considerados fundamentais para colmatar as ne-cessidades dos Alemães. Para conseguir cumprir este objec-tivo, Hitler invadiu territórios, que julgava ter o direito de con-quistar aos povos por ele considerados “inferiores”.

1.4. A guerra-relâmpago constituiu a primeira fase do conflito, as-sim designada devido às rápidas e consecutivas vitórias ale-mãs, graças ao poderoso armamento que possuíam.

2.1. Estalinegrado, em 1942, foi cercada e bombardeada pelos ale-mães, situação que se arrastou por vários meses. Os soviéticosconseguiram resistir e, com a chegada de reforços e a ajudadas baixas temperaturas a que os germânicos não estavam ha-bituados, obrigaram a Alemanha a render-se, em Janeiro de1943. A URSS decidiu então empurrar, gradualmente, o ini-migo para fora do seu território e, de seguida, iniciar o per-curso de libertação até à Alemanha, chegando à capital ger-mânica em Maio de 1945, provocando a rendição deste país.

3.1. O lançamento da bomba atómica sobre Nagasaki, à seme-lhança do que ocorreu em Hiroshima, provocou incontáveismortos e feridos. Quanto à cidade, tinha desaparecido, ou seja,ficou arrasada e com as casas desmoronadas.

3.2. O lançamento das bombas atómicas provocou a rendição in-condicional do Japão. Foi o fim do segundo conflito mundial.

4.1. Foi o propósito de denunciar, desta forma, a pilhagem daFrançapelo ocupante, isto é, pela Alemanha nazi.

4.2. Com o intuito de denunciar a pilhagem da França por partedos nazis, que a ocupavam, o Movimento de Resistência Fran-cesa decidiu publicar um jornal – Libération – em Julho de1941. No ano seguinte, a sua acção virou-se para a acção mili-tar. A sua função era muita objectiva: dificultar a presença nazino território francês através da sabotagem.

5.1. O holocausto foi a morte de cerca de 6 milhões de judeus du-rante a II Guerra Mundial, nos campos de concentração, ondeforam torturados e assassinados.

5.2. O holocausto deveu-se aos princípios da ideologia nazi. Estaassentava no racismo, que defendia a existência de raças su-periores, os arianos, e inferiores, os judeus. Baseados nestacrença, os nazis desenvolveram um ódio pelos Judeus – anti-semitismo –, que se concretizou, inicialmente, na segregaçãoe na discriminação e, posteriormente, na tentativa de exter-mínio desta raça. Durante a II Guerra Mundial, Hitler ordenoua concretização do genocídio do povo Judeu, causando amorte a cerca de 6 milhões de judeus neste período, comodemonstra o gráfico.

EXERCÍCIOS PROPOSTOS PÁGS. 108-109

1928

Nomeaçãode Salazar para Ministro dasFinanças

Nomeaçãode Salazar

para Presidentedo Conselhode Ministros

Constituiçãodo Estado Novo

Criação daMocidade e

da LegiãoPortuguesa

1932 1933 1934 1935 193619311929

185

SOLUÇÕES

PREPARAR OS TESTES SOLUÇÕES

6.1. A figura representa a divisão da Alemanha em quatro zonas,sendo cada uma delas entregue a um país vencedor, nomea-damente, à França, aos EUA, à URSS e à Inglaterra, que ficavaresponsável pela sua administração.

1.1. A hegemonia americana evidenciada no documento 1 de-veu-se, em muito, ao facto dos EUA, vencedores na guerra,não terem sofrido no seu território as destruições provoca-das por esse conflito, o que favoreceu a sua afirmação eco-nómica e militar nesse período. Com uma indústria desen-volvida, os EUA abasteciam a Europa com os seus produtose com equipamentos militares, emprestando igualmenteao “velho continente” avultadas importâncias em dinheiro.Em 1945, os americanos asseguravam cerca de 60% da pro-dução mundial e 2/3 do stock de ouro mundial.

1.2. O Plano Marshall pretendia auxiliar os países europeus, pro-fundamente afectados pela guerra. A recuperação económicada Europa era necessária ao bem-estar económico dos ameri-canos, uma vez que a Europa era um importante mercado deescoamento dos produtos do EUA; logo, era necessário ga-rantir a manutenção desse mercado. Por outro lado, os EUAtemiam que a Europa não fosse capaz de lhes restituir os em-préstimos concedidos durante a guerra. Um outro objectivocentral era travar o avanço do comunismo.

1.3. A Rússia recusou o auxílio americano; em resposta, lançou,em 1949, o COMECON, que pretendia auxiliar economica-mente o Bloco de Leste.

2.1. No final da II Guerra Mundial, os EUA e a URSS emergiramcomo as duas principais potências mundiais. Contudo, estespaíses defendiam ideais divergentes.

Este antagonismo levou à formação de duas alianças milita-res: do lado ocidental, a NATO; do lado leste, o Pacto de Var-sóvia; as duas pretendiam preparar-se para um eventual ata-que do opositor.

Este clima de tensão ficaria conhecido por “guerra fria”, pois,apesar destas duas potências nunca se terem confrontado di-rectamente, a tensão era constante, assistindo -se a uma cor-rida aos armamentos, fazendo o Mundo temer o pior.

3. 1. Varsóvia 2. Kruschev 3. Marshall 4. KOMINFORM 5. NATO 6. Truman

4.1. Ghandi optou pela via pacífica, do diálogo, para alcançar oobjectivo de libertação nacional, como demonstra o Doc. 3: Anão-violência é a maior força que a humanidade tem à sua dis-posição (…) A resistência passiva (…) é uma espada com múlti-plas virtudes.

4.2. A Indonésia, que optou pelo recurso à violência como formade luta.

Grupo I1.1. Durante os anos de 1933 a 1939, os países democráticos euro-

peus, França e Inglaterra, não souberam entender e avaliardevidamente as intenções da Alemanha, Itália e Japão, não seinsurgindo contra estes países nos momentos necessários,preferindo subvalorizar as acções dos regimes autoritários eacreditando infundadamente que a paz no Mundo estava ga-rantida. Assim, ao longo deste período, estes regimes autori-tários, com especial destaque para a Alemanha de Hitler, fo-ram dando sinais óbvios do seu carácter imperialista eexpansionista, perante a passividade dos regimes democráti-cos. Em 1933, Hitler decidiu abandonar a Sociedade das Na-ções, mostrando, desta forma, que não pretendia cumprir osprincípios defendidos por este organismo; depois, o líder nazirepudiou o Tratado de Versalhes, promovendo uma verda-deira corrida ao armamento e a formação de um exército na-cional. Era evidente que Hitler pretendia avançar com o ex-pansionismo. De seguida, foi a Itália que mostrou o seucarácter imperialista quando decidiu conquistar a Etiópia. Porsua vez, o Japão avançou com a conquista da Manchúria. Umpouco depois, a Alemanha entrou na Áustria, e, depois, invadiua Checoslováquia. Foi nesse ano, em 1939, que os países de-mocráticos se aperceberam que a única forma de controlar osataques do Eixo era a via violenta, ou seja, a guerra,

2.1. A invasão da Polónia por parte da Alemanha, descrita na notícia,foi um acontecimento bastante importante, pois marcou o iní-cio da II Guerra Mundial. Assim, face ao desrespeito pelo Pactode Munique, as democracias ocidentais acordaram que se Hitlertentasse invadir outro território declarariam guerra à Alemanha.A Polónia foi invadida a 1 de Setembro de 1939. A França e a In-glaterra cumpriram o que haviam acordado e declararamguerra à Alemanha nazi – a II Guerra Mundial iniciava-se.

3.1. Enquanto a guerra se processava na Europa, o Japão fazia pla-nos para invadir alguns territórios da Ásia, continuando assima sua política expansionista. Contudo, estas intenções choca-vam com os interesses dos EUA no Pacífico, que optaram portentar travar os objectivos japoneses através de embargos co-merciais. A reacção do Japão aos embargos não tardou: emDezembro de 1941, aviões japoneses atacaram a base navalamericana de Pearl Harbor.

3.2. O ataque japonês a Pearl Harbor provocou a destruição denavios, aviões, etc., para além de ter causado a morte a cercade 2000 americanos. Por outro lado, este acontecimento le-vou os EUA a declararem guerra ao Japão. Os EUA entravamassim na II Guerra Mundial.

4.1. No após-guerra, a Alemanha foi dividida em quatro zonas.Desta forma, as forças das três potências, ou seja, os EUA, aURSS e a Inglaterra, ocuparam cada uma a sua zona dentro daAlemanha. (…) A França foi igualmente convidada a tomar aseu cargo uma zona de ocupação. Também a Europa, após a IIGuerra Mundial, foi dividida em duas grandes áreas de in-fluência: a soviética (situada no Oriente Europeu, ficava sob atutela da URSS); a ocidental (situada no Ocidente Europeu, fi-cava sob a tutela dos países democráticos, tendo os EUA umagrande influência sobre esta área). A Alemanha foi ainda obri-gada a restituir os territórios que tinha anexado.

4.2. No após-guerra, tendo em conta o que tinham sofrido du-rante o conflito, os Judeus receberam uma parcela de terra naPalestina (Médio Oriente), formando assim o Estado de Israel,em 1948, o que causou alterações no mapa político do MédioOriente.

EXERCÍCIOS PROPOSTOS PÁG. 117

TESTE DE AVALIAÇÃO 4 PÁGS. 118-121

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4.3. Segundo o documento, as restantes decisões saídas da Con-ferência de Ialta foram o julgamento e a punição de todos oscriminosos de guerra, ou seja, dos principais responsáveis na-zis, o que acabou por acontecer, em 1946, no Tribunal de Nu-remberga. Por outro lado, os Aliados exigiram a reparação detodas as destruições causadas pela Alemanha, e pretendiamainda extinguir o Partido Nazi, as leis e as instituições nazis. Porfim, decidiram estabelecer uma organização internacional des-tinada a preservar a paz e a segurança – a ONU.

5.1. Em 1945, aquando da realização da Conferência de S. Fran-cisco.

5.2. A ONU pretende preservar as gerações futuras do flagelo daguerra, ou seja, garantir a paz e a segurança mundial. Por ou-tro lado, este organismo deseja defender os direitos funda-mentais do Homem, apelando à igualdade entre os homens eas mulheres, assim como entre as nações. Ainda é objectivodesta organização favorecer o progresso social e criar melhorescondições de vida, proteger o direito à auto-determinação detodos os povos e promover a cooperação internacional de or-dem económica, social, intelectual ou humanitária.

5.3. A ONU tem conseguido cumprir este objectivo de forma par-cial porque, apesar do Mundo não ter sofrido uma terceiraguerra mundial, não conseguiu evitar conflitos entre paísesou mesmo guerras civis.

Grupo II1. 1 – Final da II Guerra Mundial; 2 – Bloqueio de Berlim;

3 – Formação da NATO; 4 – Morte de Estaline; 5 – Formaçãodo Pacto de Varsóvia; 6 – Crise dos Mísseis de Cuba.

2.1. O Plano Marshall. 2.2. O Conselho de Assistência Mútua pretendia ajudar economi-

camente o Bloco de Leste, através da troca de experiências ad-quiridas no domínio económico, assistência técnica recíproca,matérias-primas, géneros alimentícios.

3.1. O Bloco Ocidental, liderado pelos EUA, defensor de um re-gime liberal e de uma economia capitalista, e o Bloco deLeste, liderado pela URSS e defensor do comunismo.

3.2. A formação dos dois blocos antagónicos gerou um clima detensão, prevendo-se que, a qualquer momento, um dos blo-cos poderia atacar o outro. Desta forma, foram criadas duasorganizações militares, com vista a preparar cada um dos blo-cos para um eventual ataque do opositor: o Bloco Ocidentalcriou a NATO – Organização do Tratado Atlântico do Norte(1949); o Bloco de Leste constituiu o Pacto de Varsóvia (1955).

4.1. O Princípio da auto-determinação dos povos, estabelecido naCarta das Nações Unidas. A ONU pretendia, assim, que os Es-tados-membros da Organização reconhecessem e favoreces-sem a realização do direito dos povos disporem de si próprios,ou seja, este organismo mundial pretendia que os membrosque ainda detivessem colónias procedessem à descoloniza-ção, dando condições a estes povos de escolherem livre-mente o sistema político, económico, social e cultural.

4.2. O enfraquecimento das potências europeias, devido às destrui-ções da guerra e à crise económica que se seguiu ao conflito,dificultou o controlo das colónias, dando uma maior liberdadepara a criação dos movimentos de auto-determinação, bemcomo o apoio dos EUA e da URSS a esses movimentos.

1.1. O documento demonstra que quase todas as famílias ame-ricanas tinham rádio nos anos 60; o telefone era outro apa-relho que também já fazia parte do quotidiano dos ameri-canos; em 1990, um pouco mais de 90% das famíliasamericanas já dispunham deste meio de comunicação.

Contudo, foi a televisão que apresentou um crescimento maiselevado na segunda metade do século XX. Em 1950, apenas10% dos americanos tinham este aparelho, mas, em 1990,quase 100% dos americanos já o tinham adquirido. Tambéma televisão por cabo conheceu um aumento significativo: nadécada de 70, poucos eram os americanos que a tinham; mas,em 1990, cerca de 50% das famílias americanas dispunha detelevisão por cabo. Os gravadores de vídeo e os computado-res conheceram também um aumento considerável. Assim,em 40 anos, quase 60% da população americana adquiriu es-tes produtos electrónicos.

1.2. O grande consumo de produtos electrónicos por parte da po-pulação americana, na segunda metade do século XX, ex-plica-se pela maneira de viver própria da sociedade ameri-cana – american way of life – caracterizada pela aquisição debens e serviços que, embora não essenciais, lhes proporciona-vam maior qualidade de vida e bem-estar.

2.1. Forte sentido de unidade dos Japoneses e o respeito e rigorque conferem ao seu posto de trabalho.

2.2. O auxílio económico (através da concessão de empréstimos edo fornecimento de matérias-primas), bem como tecnológicopor parte dos americanos; existência de uma mão-de-obraabundante, empreendedora e qualificada; espírito japonês detrabalho, disciplina e rigor; boas relações de cooperação entreo Estado (que protegia a indústria interna através de medidasproteccionistas), as empresas e a complementaridade entregrandes e pequenas empresas.

3.1. A formação da CECA é considerada o arranque da construçãoeuropeia. Criado em 1951, pelo Tratado de Paris, este orga-nismo era formado pela França, Bélgica, Holanda, Luxem-burgo, Itália e República Federal da Alemã. Estabelecia, entreestes países, a livre circulação, sem taxas aduaneiras, do car-vão e do aço.

3.2. A CECA alcançou, de facto, um grande êxito, promovendo acooperação económica nas áreas do carvão e do aço entre ospaíses que compunham o organismo, o que favoreceu as suasindústrias. Face a esse sucesso, os seis países-membros decidi-ram levar mais longe a sua união, criando, em 1957, pelo Tra-tado de Roma, a Comunidade Económica Europeia (CEE).

Com a criação da CEE, estabelecia-se um Mercado Comum,com a abolição das taxas aduaneiras, entre estes países, epossibilitava-se a livre circulação de pessoas, mercadorias,serviços e capitais.

4.1. A figura pretende retratar a sociedade de consumo que se de-senvolveu, no após-guerra, inicialmente nos EUA, e depoisnoutros países capitalistas ocidentais. O carro de compras, ape-trechado de todos os acessórios, procura transmitir a ideia doconsumo desenfreado dos mais variados produtos, que não seapresentavam como bens essenciais. O acesso fácil ao crédito,o desejo incutido pela publicidade, entre outros aspectos, con-tribuíram, assim, para o surgimento da sociedade consumista.

5. a) V. b) F. Os hippies contestaram os valores defendidos pela socie-

dade de consumo. c) F. Os hippies defendiam o fim das desigualdades sociais e

da guerra. d) F. Em Maio de 1968, em França, ocorreu uma das maiores e

mais importantes manifestações juvenis de sempre.6.1. Em 1953, Nikita Kruschev sucedeu a Estaline. A governação

de Kruschev distanciou-se bastante da do seu antecessor. As-sim, o novo líder soviético terminou com a repressão, que sefez sentir ao longo da era estalinista, e pronunciou-se contra oculto da personalidade.

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PREPARAR OS TESTES SOLUÇÕES

Por outro lado, Kruschev tentou acalmar o clima de tensão la-tente entre a URSS e os EUA. Kruschev considerava, assim,que se deveria desenvolver a coexistência pacífica, que deve-ria assentar em cinco grandes princípios: respeito mútuo da inte-gridade territorial e da soberania, não agressão, não ingerêncianos assuntos internos, igualdade e direitos recíprocos, coexistên-cia pacífica e cooperação económica.

6.2. Em 1957, foi lançado o primeiro satélite artificial e, em 1961,realizou-se o primeiro voo espacial.

7.1. O princípio governativo seguido por Gorbatchev descrito nodocumento é o glasnost. Este líder soviético pretendeu que asua política se regesse pela transparência. Para isso, extinguiua censura, concedendo a liberdade de expressão, de informa-ção, de crítica tanto à comunicação social, como aos cidadãos,o que originou debates abertos. Foi também durante a era Gor-batchev que obras durante muito tempo proibidas passam a serlargamente difundidas, enquanto as artes, o teatro e o cinema ri-valizam em audácia. Os crimes de Estaline, o terror e os erros dopassado são abordados abertamente, ou seja, os problemas daURSS eram agora revelados e discutidos de modo aberto.

7.2. O outro princípio governativo foi a Perestroika. De facto, du-rante a governação de Gorbatchev, assistiu-se a uma reestru-turação em vários domínios. Ao nível político, ocorreu umademocratização que ficou marcada pela menor intervençãodo Estado na administração, pela legalização dos partidos deoposição, pela libertação dos presos políticos e pela realiza-ção de eleições livres para o Parlamento. No domínio econó-mico, deu-se uma abertura, uma liberalização. Desta forma, aeconomia planificada foi abandonada e a Rússia abriu-se aosmercados internacionais.

1.1. Promover a investigação dos domínios inexplorados da ciên-cia e do espaço, ou seja, fomentar os progressos científicos econquistar o espaço; eliminar as zonas de ignorância e depreconceitos, isto é, suprimir as desigualdades étnicas e,consequentemente, a discriminação que existia nos EUA.Pretendia ainda eliminar a pobreza e, consequentemente,as desigualdades sociais existentes entre pobres e ricos.

2.1. Estabelecer um Mercado Comum entre os Estados-membros(com a abolição das taxas alfandegárias) e possibilitar a livrecirculação de pessoas, mercadorias, serviços e capitais.

2.2. O Doc. 2 reflecte o sucesso da CEE. De facto, este organismo,na década de 70, assumia um papel de relevo no comérciomundial, registando os índices mais altos de importação e ex-portação, superando, nessa década, os EUA e o Japão, situa-ção que se manteve até 1997. Deste modo, a CEE assumia-secomo o mais importante mercado mundial. Este sucesso le-vou outros países da Europa a aderirem a este projecto, a par-tir de 1973, como demonstra o quadro.

3.1. O Tratado de Maastricht, para além da união económica, esta-beleceu a união política e monetária entre os países-mem-bros do organismo, passando a CEE a designar-se União Euro-peia (UE).

Reforçava-se a união económica e projectava-se a união mo-netária, através da criação de uma moeda única, entre os paí-ses da UE (o EURO). O tratado determinava ainda a vontadeda UE em executar uma política externa e de segurança co-mum, que inclua a definição, a prazo, de uma política de defesacomum. O organismo europeu pretendia ainda instituir umacidadania da União, isto é, uma cidadania europeia. Este Tra-tado constituiu ainda o Parlamento Europeu como um dosórgãos mais relevantes da UE.

4.1. Publicidade.4.2. Incentivar a compra dos mais variados produtos, ou seja, ape-

lar ao consumo.4.3. A adopção por parte dos países ocidentais, após a II Guerra

Mundial, de uma posição de Estado-Providência proporcionouuma melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e, conse-quentemente, um aumento do poder de compra. Também ocrescimento económico que os países ocidentais consegui-ram atingir gradualmente melhorou as condições de vida daspopulações e, consequentemente, aumentou o poder decompra, contribuindo para a formação da sociedade deabundância e de consumo.

4.4. Muitas famílias ficaram endividadas com o recurso excessivoao crédito e, por outro lado, uma parte da população nãoteve acesso às comodidades, e, por isso, as desigualdades so-ciais permaneciam na sociedade de consumo. Este tipo de so-ciedade provocou ainda o surgimento de problemas de or-dem ambiental, como o esgotamento dos recursos naturais eo aumento dos níveis de poluição.

5.1. Segundo a opinião do jovem, a unificação da Alemanha per-mitiu-lhe viver confortavelmente e financeiramente melhor doque antes. Em contrapartida, a unificação provocou um es-quecimento dos valores humanos que não se baseiam no di-nheiro, como por exemplo, a solidariedade entre vizinhos.

5.2. Durante a governação de Gorbatchev deu-se a derrocada dobloco de leste, já que as democracias populares encetaramrevoluções com o intuito de abandonarem o comunismo. Àsemelhança das outras democracias populares, também naRDA, graças à queda do muro de Berlim e à consequente reu-nificação da Alemanha, o comunismo terminou, instaurando- -se uma democracia pluripartidária e uma economia demercado.

5.3. Marcou o fim do afastamento entre o Leste e o Ocidente e,consequentemente, o fim da “guerra fria”.

6.1. O neocolonialismo originou o acentuado aumento da dívidaexterna das ex-colónias que constituíam o Terceiro Mundo,como representa o Doc. 6. As ex-colónias exportavam maté-rias-primas, vendidas a preços reduzidos, e importavam mui-tos produtos, principalmente das antigas metrópoles, paracolmatar as suas necessidades. Como a despesa com as im-portações era muito superior aos lucros obtidos com as ex-portações, a balança comercial destes países era sempre defi-citária. Para conseguir pagar os produtos importados, oTerceiro Mundo endividava-se, tornando-se dependente eco-nomicamente das antigas metrópoles. Muitas vezes não con-seguia pagar esses empréstimos, o que contribuía para oacentuado aumento da dívida externa destes países.

7.1. Pertencem ao “Norte”, o Canadá, os EUA, a Europa, o Japão, aAustrália e a Nova Zelândia. Quanto ao “Sul”, dele fazem parteos países da América Latina, África e a maioria dos países daÁsia. Contudo, podemos verificar no Doc. 7, que o México, oBrasil, o Chile, a África do Sul, a Arábia Saudita, a Índia, aChina, a Tailândia e a Indonésia são países emergentes, ouseja, estão a conseguir progredir tanto a nível agrícola comoindustrial, o que se traduz num aumento da riqueza.

7.2. O que distingue o “Norte” do “Sul” é o desenvolvimento, quese traduz na riqueza.

7.3. Ficou estabelecido que a Comunidade Europeia doava umaimportante quantia em dinheiro a alguns países do Sul e asse-gurava-lhes o direito de aceder livremente aos mercados eu-ropeus, nas áreas da agricultura e de produtos industriais.

8. a) V.

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b) F. Faziam parte do “Movimento dos Não -Alinhados” todosos países que não adoptaram o comunismo ou o capita-lismo como regime político.

c) F. Actualmente, a paz no Mundo não está totalmente asse-gurada, devido à ameaça do terrorismo internacional.

d) V.

1.1. Segundo o documento, entre 1931 e 1940, registou-se umfluxo de emigração considerável. Já nos 10 anos seguintes, onúmero de pessoas que saiu de Portugal baixou considera-velmente. Entre 1951 e 1960, o número de portugueses queabandonou o nosso país voltou a subir. Contudo, o gráficomostra-nos que foi na década de 60 que se verificou um surtode emigração: entre 1961 e 1970, emigraram mais portugue-ses do que durante os 40 anos anteriores.

1.2. Na década de 60, quase metade da população portuguesacontinuava a dedicar-se à agricultura, que mantinha níveis deprodutividade muito baixos, fruto da estagnação verificadaneste sector. Os camponeses viviam, assim, em condições mi-seráveis. Desta forma, ansiavam por melhores condições devida, o que passava pela saída dos campos. A indústria, apesardo crescimento conhecido na década de 50, ainda não estavasuficientemente desenvolvida ao ponto de absorver toda amão-de-obra que abandonava os campos. Assim, a soluçãoencontrada por muitas pessoas foi emigrar. Para este grandefluxo emigratório dos anos 60, contribuíram também as saí-das clandestinas dos opositores do regime que fugiam à re-pressão do Estado Novo, bem como de jovens que encara-vam a emigração como a única hipótese de fugir à guerracolonial.

2.2. Com o fim da II Guerra Mundial, a oposição ao regime autori-tário português aumentou consideravelmente.

Em 1945, formou-se o MUD (Movimento de Unidade Demo-crática). Constituído por comunistas, republicanos, monárqui-cos, socialistas e católicos progressistas, era um movimentode resistência ao regime. Este movimento apresentou a suacandidatura às eleições de 1945; contudo, acabou por retirar- -se, pois percebeu que as eleições não eram livres como haviasido prometido.

Em 1949, a oposição apresentou um candidato, o GeneralNorton de Matos, às eleições para a Presidência da República.Mas também este acabou por desistir, pois constatou que,mais uma vez, as eleições não eram livres.

Em 1958, ocorreram novas eleições presidenciais. Desta vez, ocandidato da oposição foi o General Humberto Delgado queconseguiu um expressivo apoio popular. Os resultados verda-deiros destas eleições davam uma clara e expressiva vitória aHumberto Delgado, mas o Estado Novo, através de fraude,conseguiu que Américo Tomás ganhasse as eleições e se tor-nasse Presidente da República.

3.1. Segundo o documento, Marcelo Caetano pretendia assegurara continuidade do governo do seu antecessor. Contudo, Mar-celo Caetano assegurava que o Governo, sempre que fosseoportuno, procederia às reformas necessárias, não ficando to-talmente fixado a formas ou soluções que ele [Salazar] algumdia haja adoptado. Caetano pretendia seguir a linha governa-tiva de Salazar, mas renovando alguns aspectos que, porém,nunca colocassem em causa o regime conservador, isto é,pretendia implementar a renovação na continuidade.

3.2. Marcelo Caetano tomou uma série de medidas de carácterliberal, como o abrandamento da acção da censura exercidapela PIDE e o regresso ao país de alguns exilados políticos

com a permissão do governo, que pareciam indiciar uma re-forma profunda a nível político, no país. Contudo, em 1969,o Estado Novo marcou eleições para a Assembleia Nacional.Acreditou-se que estas seriam verdadeiramente democráti-cas e livres. Porém, as irregularidades e as fraudes verifica-das em todos os actos eleitorais mantiveram-se, voltandotodos os deputados do partido do governo (agora desig-nado de Acção Nacional Popular) a serem eleitos. A renova-ção prometida por Marcelo Caetano não passava de maisuma encenação do Estado Novo.

4.1. A independência das colónias portuguesas em África. 4.2. Quando chegaram a Portugal, os “retornados” confrontaram-

-se com algumas dificuldades de emprego e de retoma dassuas vidas. Grande parte dos seus bens ficaram nas antigascolónias, tendo muitos deles de recomeçar as suas vidas comdificuldades e traumas causados pela guerra colonial.

5.1. A Assembleia Constituinte.5.2. A Constituição de 1976 restabelecia a liberdade de opinião e

expressão: Todos têm direito de exprimir e divulgar o seu pensa-mento pela palavra, imagem ou qualquer outro meio. Garantiatambém a liberdade de reunião: Os cidadãos têm direito de sereunir sem necessidade de autorização. Com a nova Constitui-ção, os Portugueses voltavam a ter liberdade de associação, jáque podiam constituir partidos políticos e pertencer a sindicatos.

Neste documento, era assegurado também um conjunto dedireitos a todos os cidadãos: É garantido o direito à greve; àeducação: É garantida a liberdade de aprender e de ensinar; àjustiça: Todos os cidadãos são iguais perante a lei. A Constitui-ção assegurava também o direito à segurança, ao trabalho, àassistência médica, à segurança social e à participação directae activa dos cidadãos na vida política do país.

6. A Constituição de 1976 estabeleceu, para além dos órgãos dopoder central, a existência do poder autárquico e consagrou aautonomia regional dos arquipélagos da Madeira e dos Açores.O poder central deixou de acumular todas as funções: o poderlocal passou a desempenhar um papel importante na resolu-ção dos problemas das autarquias e o poder regional passou aser fundamental na administração dos territórios insulares.

1.1. Segundo o documento, podemos constatar que o saldo dabalança comercial portuguesa, entre 1926 e 1967, foi quasesempre negativo. A excepção ocorreu nos primeiros anos dadécada de 40, em que as exportações foram superiores às im-portações, apresentando a balança comercial portuguesa umsaldo positivo neste período.

1.2. Portugal apresentava níveis de produtividade baixos, nomea-damente, na agricultura, o que nos obrigava a importar mui-tos produtos para colmatar as necessidades do país. Mas, nosprimeiros anos da década de 40, o saldo da balança comercialportuguesa foi positivo, pois os países beligerantes importa-ram matérias -primas e produtos industriais portugueses, jáque o nosso país se manteve à margem da 2.ª Guerra Mun-dial. Desta forma, as exportações aumentaram neste período,ultrapassando as importações, o que se reflectiu na riquezaacumulada nos cofres nacionais.

2.1. Com o fim da guerra na Europa, não tardaram as manifestaçõespró-democráticas e pró-socialistas em todo o País. Para muitagente, e em especial para os opositores do regime, o triunfo dosregimes democráticos na Europa Ocidental teria como resul-tado drásticas mudanças adentro do “Estado Novo”, isto é, espe-rava-se uma abertura do salazarismo, que passasse, essencial-mente, pela restituição das liberdades individuais e pela

EXERCÍCIOS PROPOSTOS PÁGS. 159-160

TESTE DE AVALIAÇÃO 6 PÁGS. 161-163

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SOLUÇÕES

PREPARAR OS TESTES SOLUÇÕES

realização de eleições livres, senão mesmo o retorno, puro e sim-ples, às antigas instituições parlamentares. Estas ideias depressase espalharam pelas principais cidades do país, levando a queas realizações de Salazar e a sua permanência no poder fossempostas em causa. Do estrangeiro, nomeadamente, da Grã-Breta-nha como dos Estados Unidos, vinham igualmente pressões nosentido de ocorrerem alterações no sistema político de Portugal.

Perante toda esta contestação interna e externa, Salazar deci-diu dissolver a Assembleia Nacional, anunciando o Governoeleições livres. Com esta medida, Salazar pretendia transpare-cer uma abertura no regime e, desta forma, acalmar a contes-tação que se fazia sentir.

3. Salazar argumentava que Portugal era um Estado multirracial,isto é, agrupava muitas raças, porém, constituía um só povo, epluricontinental, ou seja, as províncias ultramarinas eramparte integrante de Portugal, que se estendia por vários conti-nentes.

4.1. Entre 1940 e 1945, a despesa do Estado Português com as co-lónias foi mínima. Entre 1946 e 1958, as despesas aumenta-ram. Entre 1959 e 1973, as despesas com as colónias dispara-ram acentuadamente: cerca de 23% do Orçamento do Estadofoi gasto com as colónias.

4.2. Foi a guerra colonial, que teve início em 1961 e durou até1974. A manutenção do conflito, com três frentes (Angola,Guiné e Moçambique), acarretou despesas elevadíssimas.

5.1. A “Primavera Marcelista”, período inicial da governação deMarcelo Caetano, ficou marcada por uma liberalização e aber-tura do regime. Apesar destas medidas, a verdade é que asestruturas fundamentais do regime não se modificaram, oque ficou claro nas eleições de 1969. A oposição percebeu en-tão que a renovação prometida por Marcelo Caetano nãopassava de mais uma encenação do Estado Novo. Aliás, omaior problema que afectava o país – a guerra colonial –mantinha-se.

Perante esta situação, o descontentamento avivou-se e gene-ralizou-se. Face ao aumento da oposição ao regime, MarceloCaetano decidiu intensificar e endurecer a acção da polícia po-lítica e da censura, como demonstram os documentos 5 e 6.Deste modo, a Censura, que então se chamava oficialmenteExame Prévio, voltou a analisar detalhadamente o conteúdodos meios de comunicação; a acção da polícia política endure-ceu, a partir de final dos anos 60, quando o regime ditatorial es-tava a viver os seus últimos tempos. Neste período, as torturas in-fligidas pela PIDE/DGS aos presos aumentaram, comodemonstra o documento 6. Desta forma, a “Primavera Marce-lista” fracassou.

6.1. A Junta de Salvação Nacional. 6.2. A Junta de Salvação Nacional deveria promover eleições gerais

para uma Assembleia Nacional Constituinte, para que fossemeleitos os deputados que iriam elaborar a nova Constituição,bem como governar Portugal até que se constituísse um go-verno provisório.

6.3. Foi abolida a censura, extinta a polícia política, a Mocidade e aLegião Portuguesas e os presos políticos foram libertados; foiconcedida autorização de regresso aos exilados políticos e ospartidos políticos e sindicatos foram autorizados.

7.1. Guiné-Bissau, em 1974, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe, An-gola e Moçambique, em 1975.

7.2. O MFA, ao contrário de Salazar e Marcelo Caetano, defendiauma solução política e não militar para a resolução da guerracolonial; entendia que a solução para o término do conflitoseria conceder a autonomia às colónias. Desta forma, em Ju-lho de 1974, começaram as negociações com os movimentos

de libertação das colónias, iniciando-se assim o processo dedescolonização. Poucos meses depois surgiram os cinco no-vos países independentes.

8.1. A 1 de Janeiro de 1986, Portugal tornou -se membro da CEE. Apartir desta data, o dinheiro dos países ricos começa a chegar,ou seja, Portugal passa a usufruir de diversas ajudas económi-cas com o objectivo de desenvolver e modernizar o país emdiversos sectores. Graças a esta ajuda, o crescimento econó-mico ganha um grande impulso, criam-se infra-estruturas aomais variado nível, moderniza-se o sector industrial, cresce a for-mação profissional e surgem grandes planos, como o da barra-gem do Alqueva. Contudo, nem tudo foram vantagens, o sec-tor agrícola e as pescas sofreram uma forte concorrênciaestrangeira o que acarretou grandes problemas, nomeada-mente o aumento do desemprego nestas duas actividades.

1. colonialismo, africano, matérias-primas, Berlim, efectiva.2.1. Sim, “a profecia” descrita no documento concretizou-se. 2.1.1. De facto, a I Guerra Mundial criou condições excepcional-

mente favoráveis à agitação. Assim, a participação russaneste conflito resultou no agravamento das dificuldades eco-nómicas da população e, por isso, a agitação social era cadavez maior, as greves e as manifestações sucediam-se, reivindi-cava-se o fim do regime czarista e da guerra. Em Fevereiro de1917, deu-se uma insurreição, que levou Nicolau II a abdicar.O czarismo terminava no Império Russo e dava lugar a um re-gime liberal parlamentar.

O governo liberal tomou algumas medidas positivas, mas man-teve a Rússia na I Guerra Mundial, situação que rapidamentefez renascer o descontentamento social. O governo era tam-bém contestado pelos bolcheviques, que no seu programa po-lítico defendiam a saída imediata do Império Russo da guerra eprometiam o que os camponeses e operários tanto desejavam,ou seja, a distribuição gratuita da terra e o acesso ao capital eaos lucros. Rapidamente, o apoio aos bolcheviques foi cres-cendo entre a maioria da população. Estavam criadas as condi-ções para que ocorresse a primeira revolução socialista vito-riosa do Mundo, o que aconteceu em Outubro de 1917.

3.1. A imagem ilustra os acontecimentos que ocorreram entre osdias 4 e 5 de Outubro de 1910 e que culminaram com a im-plantação da República. Assim, no canto superior esquerdo,vemos a marinha de guerra a bombardear o Palácio das Ne-cessidades, onde se encontrava a rainha e D. Manuel II. Noscantos esquerdo e direito inferiores, observamos a concentra-ção das tropas revoltosas na Rotunda (actual Praça do Mar-quês de Pombal). Estes acontecimentos possibilitaram a pro-clamação da República, representada ao centro da figura. Porfim, no canto superior direito, é visível a fuga da família realpara Inglaterra.

4.1. A afirmação reflecte o pensamento desenvolvido, nas primei-ras décadas do século XX, acerca da utilidade da ciência navida dos homens. Na época, considerava-se que a ciência de-veria estar ao serviço da Humanidade, isto é, a ciência deviacontribuir para o Homem melhorar a sua vida, tornando-o as-sim mais feliz.

4.2. Nas primeiras décadas do século XX, ocorreram progressosem diversos campos das ciências físicas:

• Física – Max Planck desenvolveu a Teoria dos Quantas ouTeoria Quântica; Albert Einstein estabeleceu a Teoria da Re-latividade; Niels Bohr e Rutherford estudaram a estrutura doátomo, contribuindo para os avanços no campo da energianuclear.

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• Astronomia – Foi descoberto o planeta Plutão; Edwin Hub-ble definiu a teoria do Big-Bang.

• Física nuclear – Pierre e Marie Curie descobriram a radioac-tividade.

• Biologia – Zworkin inventou o microscópio electrónico, quepossibilitou descobrir e estudar as células.

• Medicina – desenvolvimento da bacteriologia e da bioquí-mica, que possibilitaram a descoberta de alguns vírus, atéeste período mortais, como a malária, tuberculose, febre ti-fóide, e dos medicamentos para o seu tratamento, como osantibióticos; produção da vacina BCG contra a tuberculose;descoberta da insulina, da penicilina, das sulfamidas; desco-briram-se os ácidos ADN e ARN que revolucionaram a gené-tica; estudo das vitaminas (E. V. McCollin descobriu as vitami-nas A e B) e das hormonas; Egas Moniz realizou a primeiraangiografia (radiografia) cerebral, que possibilitava diagnos-ticar tumores no cérebro.

– Os progressos nas ciências humanas: • Psicanálise (Sigmund Freud criou a Psicanálise). • Psicologia (Pavlov desenvolveu a teoria dos reflexos condi-

cionados; Binet desenvolveu os primeiros testes de inteligên-cia).

• Pedagogia (Piaget estudou o pensamento nas crianças,debruçando-se sobre os diversos estádios de desenvolvi-mento da criança e do adolescente).

• História (passou a ser considerada uma ciência humana,com método próprio, que estuda as actividades do Ho-mem na sua globalidade).

• Arqueologia (importantes descobertas foram feitas sobrea Pré-História e sobre as civilizações antigas).

• Filosofia (Heidegger defendeu o existencialismo). • Na Sociologia (Max Weber), na Economia (Keynes), na De-

mografia, na Geografia e na Antropologia registaram-seigualmente importantes avanços.

5. No teu texto deves referir: • Arte Nova – essencialmente decorativa, caracteriza-se pelo

uso de linhas ondulantes, que sugeriam a ideia de movi-mento, pela utilização, sobretudo, de motivos inspirados naNatureza (ex.: flores, animais, mulheres) e de múltiplos mate-riais: tecidos, vidros, pedras e madeiras preciosas.

• Expressionismo – caracteriza-se pela expressão livre e sub-jectiva dos sentimentos e emoções do pintor, através da uti-lização de cores fortes, pinceladas largas e figuras distorci-das. As pinturas expressionistas denunciam os problemassociais e, por isso, as telas transmitem um certo dramatismo.

• Fauvismo – caracteriza-se pela utilização de cores intensas,fortes, puras, mesmo agressivas. Neste tipo de pintura, livrede sentimentos, de angústia ou de crítica social, a cor sobre-punha-se à forma, isto é, a forma pode estar mal definida,contudo, a cor é sempre intensa.

• Cubismo – a imagem natural das pessoas e dos objectos éreduzida a formas geométricas, como o cubo, o cilindro, ocone, a esfera. Assim, as figuras são decompostas em planosgeométricos que representam vários ângulos de visão domesmo objecto.

• Futurismo – procurava captar o dinamismo da vida mo-derna, rejeitava o passado e a tradição, exaltava a sociedadeindustrial; pretendia ainda transmitir as sensações de veloci-dade e de movimento, enaltecia a técnica, a máquina, oruído, os motores, a multidão e utilizava arabescos, elipses,bem como imagens sequenciais, simultâneas, de ummesmo objecto.

• Abstraccionismo – caracteriza-se pelo abandono do com-promisso de representar a realidade, que não reproduz figu-ras nem retrata temas; o objecto é substituído por linhas emanchas de cor, que se abstraem da realidade. Este tipo depintura representa as emoções e os sentimentos do autor edesperta diferentes interpretações.

• Surrealismo – caracteriza-se pela forte influência das teoriaspsicanalíticas de Freud e, por isso, explora o mundo dos so-nhos, da alucinação, do inconsciente; representa imagensestranhas, irreais, deformações monstruosas, fantasmagóri-cas, a par de figuras reais.

6.1. No documento 4 está presente um dos princípios nazis – o ra-cismo. Segundo os nazis, os Arianos constituíam a raça supe-rior, já que eles foram os únicos fundadores de uma humanidadesuperior. Se eles desaparecessem, uma profunda obscuridadedesceria sobre a terra; em alguns séculos, a civilização humanadesapareceria e o Mundo tornar-se-ia um deserto. Os Alemães,segundo os nazis, eram os descendentes mais puros destaraça. Já os Judeus eram considerados a raça mais inferior.

O documento 5 representa o anti-semitismo defendido pelonazismo. Baseados na crença de que os Judeus eram umaraça inferior, os nazis desenvolveram um ódio por eles, to-mando as medidas descritas no documento 5, bem como ou-tras e, posteriormente, tentaram o extermínio deste povo.

6.2. A concepção de nacionalismo e de imperialismo do regimenazi ia ao encontro do seu carácter racista. Hitler pretendiaedificar um grande “Reich”, império que, para além de serconstituído pelos territórios perdidos aquando da desagrega-ção do Império alemão, deveria estar ainda dotado de um es-paço vital, ou seja, de um conjunto de territórios, no leste eu-ropeu, que Hitler julgava ter o direito de conquistar aos povospor ele considerados inferiores.

7.1. De facto, a ditadura do proletariado que estava consagradana Constituição de 1936, acabou por degenerar na ditadurade extrema-esquerda de Estaline. Vários motivos contribuí-ram para esta situação: a acumulação dos cargos de chefe dogoverno e secretário-geral do Partido Comunista, bem comoos brilhantes êxitos económicos e sociais, que lhe foram atribuí-dos, inicialmente de maneira espontânea, mas depois cada vezmais orquestrada, ou seja, através de uma forte propaganda,que fez com que o povo o admirasse e também lhe permi-tisse isolar e desacreditar os opositores.

Esta ditadura totalitária apoiava-se ainda num brutal aparelhorepressivo. Deste modo, assistiu-se à mutilação das liberdades,nomeadamente, a liberdade de expressão, de reunião, de im-prensa. A polícia política encarregava-se de executar os trai-dores, ou como tal presumidos. Caso não fossem assassinados,eram enviados para campos de trabalhos forçados.

8.1. O eclodir da II Guerra Mundial deveu-se ao expansionismo vio-lento praticado pela Alemanha nazi. Desta forma, com o ob-jectivo de constituir uma “Grande Alemanha”, Hitler começoupor anexar a Áustria, violando o compromisso feito. De seguida,anexou o País dos Sudetas o que levou a França e a Inglaterraa assinarem o Pacto de Munique, em Setembro de 1938, com aAlemanha. Segundo este acordo, os países democráticos reco-nheciam a anexação do País dos Sudetas, em troca da pro-messa de Hitler de que não teria mais exigências territoriais afazer na Europa. Contudo, o líder nazi não cumpriu com a suapalavra e, meses depois, invadiu o restante território checoslo-vaco. Face ao desrespeito pelo Pacto de Munique, as demo-cracias ocidentais acordaram que se Hitler tentasse invadir ou-tro território declarariam guerra à Alemanha. A 1 de Setembrode 1939, a Alemanha invadiu o Estado livre e independente da

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SOLUÇÕES

PREPARAR OS TESTES SOLUÇÕES

Polónia. Assim, a França e a Inglaterra declararam guerra à Ale-manha, iniciando-se a II Guerra Mundial.

8.2. Com o fim do segundo conflito mundial, a Europa foi divididaem duas grandes áreas de influência: a soviética (situada noOriente Europeu, que ficava sob a tutela da URSS); a ocidental(situada no Ocidente Europeu, que ficava sob a tutela dos paí-ses democráticos, tendo os EUA uma grande influência sobreesta área). A Alemanha foi dividida em quatro zonas: a URSSficou com a parte oriental, enquanto que a Inglaterra, aFrança e os EUA dividiram entre si a parte ocidental. O paíscausador do segundo conflito mundial foi ainda obrigado arestituir os territórios que anexou.

No Médio Oriente, os Judeus receberam uma parcela de terrana Palestina, formando assim o Estado de Israel, em 1948. Ofim da II Guerra Mundial representou também a vitória dasdemocracias.

9.1. A participação na Guerra do Vietname contribuiu para a criseeconómica vivida pelos EUA, na década de 70, porque exigiuo gasto de avultadas quantias.

9.2. A concorrência do Japão e de alguns países da Europa, osavultados gastos em despesas públicas, no programa espaciale a subida acentuada do preço dopetróleo.

10.1. Como demonstra a figura, Brejnev voltou a implementar oculto à personalidade, tal como acontecia durante a era estali-nista. Para além disso, retomou a utilização dos métodos re-pressivos anteriormente postos em prática por Estaline (vigi-lância constante, repressão, violência contra os opositores).

Economicamente, a era Brejnev ficou marcada pela aposta naárea espacial e pela produção industrial de armamento, mastambém pelos baixos níveis de produção agrícola e de bensde consumo.

11.1. Durante o Estado Novo, as eleições não foram democráticas. Em 1945, o anúncio de António de Oliveira Salazar de que

ocorreriam eleições livres, com a possibilidade de participaçãode outros grupos políticos não passou de uma encenação. O re-cém-criado MUD pôde concorrer às eleições e durante a cam-panha eleitoral a censura à imprensa foi grandemente aliviada.Contudo, a oposição depressa se deu conta de que a liberdadeconcedida não permitia ir muito além de declarações na im-prensa. Para além disso, a oposição não dispôs de tempo nemde meios para se organizar convenientemente. O candidatoda oposição decidiu retirar-se. A União Nacional elegeu assimtodos os seus deputados.

Em 1949, foram convocadas eleições presidenciais. O candi-dato proposto pela oposição foi o general Norton de Matos.Mais uma vez, não existiam quaisquer garantias de que hou-vesse liberdade de voto. Norton de Matos não conseguiu tam-bém a reforma dos cadernos eleitorais; acabou por retirar-se dacorrida alguns dias antes da votação, pois constatou que aseleições, mais uma vez, não eram livres. Alguns dos seusapoiantes foram perseguidos pela polícia política, tal como ti-nha acontecido quatro anos antes.

Em 1958, o Estado Novo realizou novas eleições presidenciais.Desta vez, o candidato da oposição foi o General HumbertoDelgado, que conseguiu o apoio popular. Tal como no casode Eiras, também no resto do país o candidato da oposição ga-nhara as eleições de forma expressiva. Porém, os resultadosoficiais apurados seriam outros. Como demonstra o docu-mento 12, através de fraude e com a intervenção da PIDE, oEstado Novo, conseguiu que o seu candidato, o almiranteAmérico Tomás, ganhasse as eleições e se tornasse Presidenteda República.

Em 1969, o Estado Novo marcou novamente eleições para aAssembleia Nacional. Acreditou-se que estas seriam verdadei-ramente democráticas e livres. Contudo, as irregularidades eas fraudes verificadas em todos os actos eleitorais do regimemantiveram-se. O resultado do sufrágio foi igual ao anterior:todos os deputados do partido do governo (agora designadode Acção Nacional Popular) foram eleitos.

12.1. Segundo o documento, a inflação aumentou consideravel-mente, em Portugal, entre 1972 e 1979. Em 1972, a inflaçãoera um pouco inferior a 10%; já em 1979 rondava, aproxima-damente, os 24%. O valor máximo da inflação verificou-se em1974, quando atingiu, aproximadamente, os 28%. A partirdesta data teve algumas quebras; contudo manteve-se sem-pre bastante mais alta do que o valor registado em 1972.

12.2. O aumento considerável da inflação, em Portugal, entre 1972e 1979 deveu-se, essencialmente, à crise económica mundialdos anos 70, originada pela subida do preço do petróleo e dovalor do dólar, bem como à agitação revolucionária que se se-guiu ao 25 de Abril de 1974.

12.3. O aumento considerável da inflação, em Portugal, entre 1972e 1979, provocou a redução do poder de compra dos Portu-gueses, já que o escudo entrara num processo de desvaloriza-ção contínuo. Devido a esta grave situação económica, o de-semprego não parava de aumentar.

1.1. A – Império Alemão; B – Império Austro-Húngaro; C – Império Otomano; D – Império Russo.1.2. A maioria dos países que surgiram após o desmembramento

desses impérios no período após-guerra adoptou democra-cias parlamentares: sistema político em que o principal órgãoé o Parlamento, constituído através de um processo eleitoral.

2.1. Não, os autores do documento ficaram desagradados com aocorrência da Revolução Bolchevique de 1917.

2.2. Os autores do documento consideravam os bolcheviques unsassassinos, acusando-os de uma onda de sangue, de execuçõese de assassinatos.

2.3. Devido à oposição interna e externa que enfrentavam, os bol-cheviques decidiram radicalizar as suas posições, imprimindoum carácter ditatorial ao regime, de modo a assegurar otriunfo do marxismo-leninismo na Rússia. Uma das medidastomadas, no contexto do “comunismo de guerra”, foi precisa-mente a perseguição, prisão, tortura ou assassinato dos opo-sitores políticos.

3. a) 5; b) 3; c) 1; d) 2; e) 4.4.1. Graças ao aumento do número de pessoas alfabetizadas, o

número de leitores da imprensa cresceu significativamente,havendo a necessidade de aumentar a tiragem dos jornaisnas primeiras décadas do século XX.

4.2. Os policiais, as aventuras e os romances “cor-de-rosa”.4.3. Por serem meios de comunicação de massas, a imprensa e a

rádio, nos anos 20, eram o principal veículo de informação dasociedade, transmitindo as notícias e, desta forma, interferiamna formação e padronização da opinião pública.

5. a) Nas Bolsas, são compradas e vendidas acções. b) No final dos anos 20, a economia americana entrou num

período de deflação. c) A 24 de Outubro de 1929 deu-se o crash na Bolsa de Nova

York. d) Face ao clima de insegurança económica, deu-se uma re-

tracção do comércio mundial.

PROVA GLOBAL 2 PÁGS. 169-173

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SOLUÇÕES

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PREPARAR OS TESTES HISTÓRIA 9

Presidenteda

RepúblicaGoverno

Assembleiada

RepúblicaTribunais

Mandatos de 5anos.

Funções:• nomear oudemitir oPrimeiro- -ministro;

• aprovar ouvetar as leiselaboradaspelaAssembleia daRepública;

• comandar asForçasArmadas.

O Primeiro- -ministroescolhe osrestantesmembros doGoverno:Ministros eSecretários deEstado.

Funções:• executar as leis;• dirigir aAdministraçãoPública.

Mandatos de 4anos.

Funções:• fazer as leis;• aprovar oureprovar oPrograma doGoverno;

• fiscalizar aactividade doGoverno.

Os Juízesjulgam osque nãocumprem asleis.

Órgãos eleitos pelos cidadãos eleitores

ÓRGÃOS DE SOBERANIA SEGUNDO A CONSTITUIÇÃO DE 1976

e) Os EUA lançaram um plano de recuperação económicaamericana que se designou New Deal.

f) Este plano de recuperação americano foi lançado pelo Pre-sidente Roosevelt.

6.1. O Estado Novo era, de facto, um regime autoritário, repres-sivo e conservador, como comprovam estes documentos. Nodocumento 4, analisamos o relato de uma funcionária do Par-tido Comunista Português, que foi presa pela PIDE, e que des-creve, de forma explícita, a forma cruel, violenta e torturantecomo foi tratada: Enquanto não nos contares toda a actividadepartidária não podes dormir, não podes ir à casa de banho e sesujares a sala terás de a limpar com a roupa que trazes vestida”.Estas passagens do documento demonstram bem a forma re-pressora como a polícia politica, tratava todos os opositoresao regime.

Por outro lado, o documento 6, uma notícia de jornal censu-rada, representa a vigilância, o controlo e a censura do EstadoNovo sobre tudo o que era publicado.

Finalmente, o documento 5 é um cartaz de propaganda sala-zarista. Salazar recorreu em muito à propaganda para defen-der os ideais do Estado Novo. Neste cartaz divulgado nas es-colas, procurou transmitir os valores conservadores de Deus,Pátria e Família como os mais importantes da Nação, reve-lando o carácter conservador do Estado Novo.

7.1. A colectivização total consistiu na nacionalização de todos osmeios de produção, ou seja, das terras, minas, fábricas, meiosde transporte e comércio. Desta forma, os meios de produçãoque estavam na posse de privados passaram para as mãos doEstado.

7.2. Segundo o documento, a colectivização total provocou gra-víssimas consequências humanas, já que foi responsável pelodesaparecimento de perto de cinco milhões de famílias, ouseja, levou à morte de milhões de pessoas.

8.1. Apesar de os EUA e a URSS terem permanecido unidos dolado dos Aliados até ao final da II Guerra Mundial, no final doconflito ambas as potências procuraram alargar as suas áreasde influência, aumentando o seu poder. É na procura dessahegemonia que se insere a política de blocos.

A caricatura procura transmitir a ideia da divisão do Mundosob o domínio de duas potências: do lado esquerdo, a figurarepresenta o domínio americano (verificável pelas cores dabandeira cobrindo essa parte do globo), com o símbolo $, ouseja, o símbolo de um regime liberal e capitalista. Do ladooposto, sob as cores da bandeira da URSS, é visível a figuraque representa o bloco soviético, com o símbolo do comu-nismo, representando os ideais políticos e económicos defen-didos por esse conjunto de países.

Na caricatura está bem patente que as figuras estão de costasvoltadas, mas olhando-se com uma atitude de provocação,de suspeição mútua. Ora, foi isto mesmo que marcou a“guerra- -fria”. Um Mundo dividido sob um clima de tensão –o equilíbrio do terror, onde ambas as potências se apetrecha-vam para um eventual ataque do inimigo.

9.1. O Terceiro Mundo é o conjunto de países da Ásia, África eAmérica Latina, que apresenta níveis de desenvolvimentomuito inferiores, comparativamente, com os países industria-lizados.

9.2. O documento 10 representa um dos factores responsáveispelo subdesenvolvimento verificado no Terceiro Mundo: umelevado crescimento demográfico. Assim, como podemosconstatar através da análise do gráfico, a taxa de crescimentoanual nestes países disparou, desde, aproximadamente, 1915,sendo, em 1975, muitíssimo superior à dos países desenvolvi-dos. Contudo, a produção de alimentos não acompanha esteaumento da população. Deste modo, como demonstra o do-cumento 11, a produtividade agrícola no Terceiro Mundo émuito inferior, comparativamente, com os países ocidentaisdesenvolvidos. Estes países praticam uma economia de sub-sistência, que provoca a subnutrição e a fome nas popula-ções, como se constata no documento 12.

Por outro lado, o subdesenvolvimento deve-se também à ele-vada taxa de analfabetismo, como retrata o documento 9, oque dificulta o progresso destes países, visto que não há mão- -de-obra qualificada para projectar, fomentar e coordenar odesenvolvimento. A inexistência de um sistema de saúde bá-sico e o neocolonialismo contribuem igualmente para o sub-desenvolvimento no Terceiro Mundo.

10. Leste, democracias populares, Marechal Tito, socialismo deauto-gestão.

11.1. A França.11.2. A França era um país industrializado que lhes oferecia melho-

res salários, comparativamente, com os que auferiam em Por-tugal.

11.3. O surto emigratório da década de 60 trouxe consequênciaspositivas e negativas para Portugal. Positivamente, destaca-sea entrada de capital em moeda estrangeira, enviado pelosemigrantes, o que contribuiu para estabilizar a balança co-mercial. Negativamente, salienta-se a redução e o envelheci-mento da população, já que eram os jovens que emigravam,bem como a diminuição da produção agrícola, o que motivoua importação de alimentos.

12.