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2012: UM OLHAR PARA O FUTURO #13 Fevereiro 2012 Newsletter HAYS Brasil ANÁLISE DE MERCADO BOARD DA HAYS FAZ UMA REFLEXÃO SOBRE 2012 ELAS E O TRABALHO OS DESAFIOS DAS MULHERES NO MERCADO E NAS CORPORAÇÕES EM FOCO: AMÉRICA LATINA LÍDERES DA HAYS NA REGIÃO ANALISAM ESSA ECONOMIA VIBRANTE E DESAFIADORA BRASIL

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2012: UM OLHAR PARA O FUTURO

#13 Fevereiro 2012

Newsletter HAYS Brasil

ANÁLISE DE MERCADOBOARD DA HAYS FAZ UMA REFLEXÃO SOBRE 2012

ELAS E O TRABALHOOS DESAFIOS DAS MULHERES NO MERCADO E NAS CORPORAÇÕES

EM FOCO: AMÉRICA LATINALÍDERES DA HAYS NA REGIÃO ANALISAM ESSA ECONOMIA VIBRANTE E DESAFIADORA

BRASIL

MERCADO EXIGE DESENVOLVIMENTO CONSTANTE DE NOVAS TECNOLOGIAS

Após a conquista de sua estabilidade econômica nos últimos 10 anos e diante do cenário global que vai construindo uma nova ordem econômica, o Brasil vem se destacando no cenário inter-nacional, e mesmo entre os chamados emergentes, como um dos mercados mais promissores da atualidade. E a previsão é continuar crescendo. O País tem uma classe média que cresceu impres-sionantes 11,1% ao longo dos últimos 21 meses; trouxe para a linha de consumo aproximadamente 40 milhões de pessoas em cinco anos. Possui recursos naturais abundantes com destaque para o lucro com as reservas de petróleo na camada pré-sal, que pode chegar a US$ 10 trilhões em um período de 35 a 50 anos, segundo especialistas. Até 2016, o Brasil vai sediar dois dos maiores eventos esportivos mundiais, evidenciando ainda mais a necessidade la-tente de profundos investimentos em sua infraestrutura e no capital humano. Nesse cenário favorável, o País atrai olhares de governos, investidores e grandes companhias.

Este momento especial não ocorre apenas no Brasil. A América Latina como um todo merece atenção no momento econômico mundial. A Colômbia desfruta de desenvolvimento e estabilidade, com um crescimento médio do PIB acima de 4%, inflação 3,4% ao ano e setores dinâmicos como petróleo e gás e mineração. Já o Chile, cresceu 5,3% em dezembro de 2011 com relação ao mesmo mês de 2010, com destaque para o setor de comércio, comunicações e mineração. No México, a previsão também é de crescimento em torno de 3,5% em 2012. O bom tempo é favorável também na Argentina, que depois de um período de recessão econômica, evolui em “ritmo chinês”. Em 2010 o país cresceu mais de 9%. Desde 2003, a Argentina tem crescido em média 7% ao ano com ajuda, em grande parte, dos elevados preços das commodi-ties e pelo aumento do consumo interno e aceleração industrial. A previsão para 2012 é continuar este ritmo. Em recente entrevista, o ministro da economia afirmou que prevê a criação de novos empregos.

Apesar do clima de otimismo na América Latina, elementos herda-dos do ano anterior devem causar volatilidade nos próximos meses. A crise econômica na Europa, com países ainda sob a ameaça de recessão, o ano eleitoral americano e o futuro da economia chinesa, que sofreu uma pequena retração em seu índice de manufatura (PMI) e cujo crescimento em 2011 já foi inferior (9,2% contra 10,3%), são ingredientes que alimentam uma indefinição global. Considerando todos os fatores, as empresas tendem a trabalhar com projetos de curto prazo no início do ano, principalmente no primeiro trimestre. Com esta estratégia mais cautelosa de investi-

O ano começa diante de um cenário global complexo e incerto: o mercado está tensionado pela crise da zona do euro e preocupado com a desaceleração da China. Conflitos regionais no Egito e Síria também ganham destaque. Apesar da tormenta lá fora, há previsão de tempo bom no Brasil e na América Latina.

mento estrutural e, consequentemente, em pessoal, estima-se que as posições voltadas a substituições ainda vão superar a abertura de novas vagas.

Enquanto o cenário econômico global deixa alguns setores em compasso de espera, outras áreas, no entanto, permanecem aquecidas. No Brasil, estarão em destaque as empresas voltadas ao consumo interno nacional, companhias de varejo, telecomuni-cações, telefonia, TI, construção civil (com ênfase para obras de infraestrutura, shoppings e centros empresariais), óleo e gás, finan-ças e educação. Indústrias farmacêuticas também apresentarão um bom ritmo de expansão. Isso porque o poder aquisitivo das classes C e D deverá continuar aumentando, beneficiando o consumo de produtos como genéricos, dermocosméticos, higiene e limpeza. Outro ponto favorável são os eventos esportivos que impulsionam o País a investir em obras estruturais até 2014, além de movimentar posições em marketing esportivo.

Nesse contexto, a HAYS acredita que alguns setores serão mais promissores e com maiores potenciais de crescimento em 2012. A forte demanda na área de turismo terá posições na rede hoteleira nas áreas de gerente de facilities e utilities, gerente financeiro/ administrativo, prestadores de serviços em geral, além de gerente comercial. Outro setor com grande potencial é o de petróleo e gás, que deve oferecer vagas para engenheiro de projetos e geólogos para fazer prospecção e produção de novos pontos de petróleo.

O setor de TI, que vem crescendo bastante nos últimos anos, vai ter forte demanda para gerente de projetos, arquiteto de software, programadores em geral. Outra expertise que sofre com a escassez de mão de obra e terá oportunidade em 2012 é logística. Posições para gerente de logística com conhecimento multimodal e gerente de comércio exterior chamam a atenção. Em varejo, terão oportuni-dades de gerente de vendas, gerente de trade marketing e gerente de franquia. Na indústria de modo geral, as oportunidades são para posições em supply chain, gerente de logística, gerente de com-pras, além das tradicionais posições em manufatura, produção e manuteção, projetos, como construção e ampliação fabril.

A partir do segundo semestre, vários projetos em termos de cresci-mento e expansão podem acontecer. Indicadores nos mostram que ainda há um caminho muito promissor a seguir, repleto de pos-sibilidades. Nos EUA, 90% dos profissionais já utilizam ou passam por uma consultoria em processos de recrutamento, enquanto que no Brasil o número de 10% é percebido como a garantia de que o mercado nacional está em processo de expansão. Nos últimos anos, notamos uma mudança cultural das áreas de recursos humanos das companhias, que passaram a comprovar o valor agregado desses serviços terceirizados.

Sem dúvida, 2012 traz muitos desafios e obstáculos a serem vencidos, mas a HAYS acredita em soluções positivas e um ano de muitas oportunidades, especialmente nos países emergentes.

Board HAYS Brasil

Newsletter HAYS Brasil - 13 Fevereiro 2012 02

Newsletter Oil & Gas - 11 Dezembro 2011 03

FATOS QUE MARCARAM 2011O ano de 2011 foi muito positivo para a atuação da HAYS. A economia brasileira esteve aquecida e com bons índices de crescimento e as operações da consultoria se expandiram no Brasil e na América Latina, com a abertura de novos escritórios.

Para Felipe Camacho, gerente das expertises Banking e Insurance em São Paulo, 2011 foi desafiador. “O momento foi de semear e desenvolver ferramentas para realizar o trabalho com segurança e credibilidade. Quanto à expertise de Banking, o objetivo é nos tornarmos uma referência no setor, ainda carente de boas consultorias especializadas, principalmente na con-tratação de profissionais para posições de auditoria, compliance e crédito”, informa.

Camacho ainda ressalta que existem vários mercados promisso-res surgindo na área de finanças, principalmente os relaciona-dos ao desenvolvimento de meios de pagamentos eletrônicos. Para conquistá-los, o gerente contará com a sua experiência pessoal e a da sua equipe, e, sobretudo, com a tradição da HAYS em encantar clientes e candidatos com serviços consul-tivos de excelência reconhecida.

Raphael Falcão, gerente das expertises Logistics, Procurement, Engineering e Information Technology no Rio de Janeiro, con-sidera 2011 um marco. “Iniciamos relacionamentos com novos clientes e fidelizamos a nossa carteira. Realizamos inúmeros processos de recrutamento e seleção para clientes da indústria pesada e também acompanhamos os movimentos de expansão

portuária no Rio de Janeiro e a ampliação dos projetos das companhias de mineração e de óleo e gás, que ainda tendem a gerar muita demanda de recursos humanos nos próximos anos”, acredita. Segundo ele, profissionais voltados a todas as atividades da cadeia de supply chain também foram muito procurados.

A abertura da expertise de TI no Rio de Janeiro é um dos prin-cipais destaques para Alexia Franco diretora da filial carioca da HAYS. Ela também comemora os bons resultados das divisões de Human Resources, Sales & Marketing e Oil & Gas na capital fluminense, que apresentaram um crescimento superior aos anos anteriores.

Alexia destaca a internacionalização de algumas importantes empresas brasileiras como um fator que impactou nos bons re-sultados obtidos pela HAYS no período. “Com a representação internacional, o aumento de capital para a expansão de negó-cios também significa investimento em pessoas”, comemora a executiva.

Oshry Vidal, gerente das expertises Sales e Retail em São Paulo aponta 2011 como um período de bons resultados e de muita dedicação. “O principal desafio da expertise Sales foi se con-solidar como uma divisão que busca inovação e não a como-ditização dos processos, mesmo em um ambiente dinâmico e ágil. Já na divisão de Retail, o que demandou maior atenção foi o start-up da operação no Brasil”.

“A maior satisfação em 2011 foi poder assistir a consolidação definitiva da economia brasileira, fator que impacta positivamente os nossos negócios no País. Após tantos percalços, vencidos já neste século 21, como a bolha da internet em 2001, ativos imobiliários em 2008, e agora a crise européia, os empresários brasileiros estão fortalecidos e o País é cada vez mais respeitado entre seus pares internacionais. Vejo um horizonte promissor para os próximos cinco anos e vamos buscar todas as oportunidades para expandir a nossa participação no mercado local e em países da América Latina”.

Rodrigo Vianna, diretor da HAYS em São Paulo.

FALTAM TALENTOS E OS SALÁRIOS SOBEMO crescimento econômico vivenciado pelo Brasil nos últimos quatro anos deu origem a um fenômeno de escassez de talentos. Com a expansão das organizações, internacionalização das operações e o surgimento de novas carreiras, a dificuldade em recrutar profissionais capacitados a enfrentar os novos desafios de um mundo corporativo globalizado tem se intensificado. Outro efeito observado foi o inflacionamento dos salários.

Os setores que mais sofreram com o apagão de talentos em 2011 foram mineração, óleo e gás, energia, construção civil e agronegócio. E o problema não atingiu apenas as posições de liderança e gestão, a base da pirâmide também sofreu com os impactos da falta de mão de obra qualificada.

O apagão de talentos foi o tema central do estudo Creating Jobs in a Global Economy realizado pela HAYS em parce-ria com o órgão de previsão econômica Oxford Economics. O levantamento (disponível aqui) sugere cinco iniciativas para a busca do equilíbrio entre oferta e demanda no mercado de trabalho global:

1. Manter fronteiras nacionais abertas para o movimento da mão de obra qualificada 2. Estabelecer um código internacional que facilite a migração do empregado 3. Investir em treinamento e educação 4. Criar oportunidades de emprego no mundo em desenvolvimento 5. Manter os profissionais maduros no mercado de trabalho

Newsletter HAYS Brasil - 13 Fevereiro 2012 03

Newsletter HAYS Brasil - 13 Fevereiro 2012 04

2012: GRANDES INVESTIMENTOS

Diante de um mercado mais cauteloso, Gustavo Costa, diretor da HAYS Recruiting experts worldwide em São Paulo, acredita que os profissionais estarão mais seletivos quanto à novas propostas de emprego. Nos primeiros meses do ano as empresas tendem a ficar mais conservadoras, buscando internamente novas possibilidades para suprir a escassez de talentos. Por outro lado, muitas áreas ainda terão que recorrer à contratações externas para suprir a demanda do mercado e o apetite de expansão, motivado também pelos altos investimentos decorrente de eventos esportivos como Copa do Mundo e Olimpíadas.

“Novas posições já estão despontando para atender as deman-das do mercado cada dia mais profissionalizado. Muitas empresas tiveram que investir em mão de obra qualificada para expandir suas operações e garantir maior competitividade no setor de atuação”, acrescenta Alexia Franco, diretora da HAYS no Rio de Janeiro.

De acordo com uma pesquisa global elaborada pelo Bank of Ame-rica Merrill Lynch, os gestores de recursos estão otimistas quanto ao crescimento mundial. O estudo revela que o Brasil está no topo da preferência entre os mercados emergentes.

Na lista também figuram China, Indonésia e Rússia.“O mercado brasileiro tem atraído tanto profissionais que haviam saído do País em busca de oportunidades, quanto estrangeiros interessados em melhores remunerações e desenvolvimento de carreira. Os dois fa-tores irão contribuir para que a escassez de talentos tenha menores proporções em 2012”, afirma Gustavo Costa.

Em função da similaridade da língua e da cultura, profissionais de países da América Latina levam vantagem na migração para o Brasil em comparação a outros candidatos estrangeiros para atuar em setores como finanças, vendas, marketing, construção, engenharia, entre outros. Já para a área jurídica, por exemplo, a atuação é mais difícil em função das diferenças na legislação de um país para outro. A ampliação dos negócios das empresas nacionais e a chegada de multinacionais no Brasil são fatores que provavelmente vão gerar novas oportunidades no mercado, assim como irão contribuir dire-tamente para o fortalecimento da economia brasileira no ambiente internacional.

SERVIÇOS: “O setor hoteleiro se destaca e vivencia um momento de expansão. De acordo com dados da ABIH-RJ (Associação de Indústria e Hotéis – Rio de Janeiro), a previsão é que até 2014, 36 novos hotéis sejam inaugurados no estado, sendo 17 na capital”, afirma Adriana Vianna, expertise leader das áreas de Sales & Mar-keting no Rio de Janeiro.

PETRÓLEO, GÁS E ENERGIA: “Diferente do cenário mundial, o mer-cado de petróleo e gás no Brasil terá investimentos equivalentes a 12 Jogos Olímpicos (US$ 400 bilhões). A área está em expansão em todo o País, com grande crescimento nas regiões do Rio de Janeiro, Santos (SP) e Nordeste”, diz Bruno Fonseca, gerente da expertise Oil & Gas no Rio de Janeiro.

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO: “TI continuará aquecida, deman-dando profissionais qualificados para desenvolver projetos estra-tégicos. As organizações terão como grande desafio a atração e retenção de profissionais de TI”, analisa Henrique Gamba, gerente da expertise Information Technology em São Paulo.

LOGÍSTICA: “Esse é um ótimo momento para quem é da área. Os profissionais terão oportunidade de atuar na ampliação e construção dos aeroportos e também na ampliação dos portos para escoamento internacional de mercadorias. Estar atento às novas tendências de mercado e ter habilidades de negociação são essen-ciais”, aponta Cesar Rego, líder da operação da HAYS em Curitiba.

AGRONEGÓCIO: “Com oportunidades cada vez mais atrativas, em-presas do segmento são adeptas da remuneração variável e boas recompensas. Os cargos executivos desse segmento pedem profis-sionais qualificados com o domínio de uma segunda língua, forte capacidade de gestão, empreendedorismo e espírito de equipe”, afirma Fernando Paiva, gerente da área de expertise Accountancy & Finance em Campinas.

CONSTRUÇÃO CIVIL: “A área do setor responsável pela infra-estrutura terá um cenário bastante aquecido. As empresas buscam profissionais com experiência e muitos brasileiros que atuavam

fora do País estão voltando. O ano de 2012 será promissor para os engenheiros, já que muitos projetos terão que ser finalizados até 2016”, aposta Raphael Falcão, gerente das expertises Engineering, Logistics, Procurement e Information Technology no Rio de Janeiro.

INDÚSTRIA: “As indústrias de base, como as de siderurgia, aço e ci-mento deverão registrar crescimento em 2012. Terão mais destaque no setor os engenheiros formados em projetos, engenheiros de minas e até mesmo os profissionais da área comercial”, garante Juliano Ballarotti, gerente de Construction & Property, Engineering, Logistics e Procurement em São Paulo.

VAREJO E CONSUMO: “As ações de consumo voltadas para os públicos das classes A e B, que costumam manter o padrão de consumo mesmo em momentos de crise, ganharão impulso nos segmentos de vestuário, moda e cosméticos”, afirma Oshry Vidal, gerente da área de expertise Retail e da prática de Sales em São Paulo.

CIÊNCIAS DA VIDA: “A indústria farmacêutica começará 2012 com foco em competitividade para suprir o impacto da perda de importantes patentes. Haverá a necessidade da criação de novos canais e o estreitamento da relação comercial com os pontos de vendas. Aliado a isso haverá cooperação entre algumas multina-cionais no desenvolvimento e comercialização de medicamentos. Muitas empresas de medical devices atuantes no Brasil, de maneira até então incipiente, estão profissionalizando as suas estruturas, en-quanto outras que atuavam através de distribuidores estão fazendo start-up de estrutura própria no País. Com o acesso econômico das classes C e D, associado ao envelhecimento da população, a demanda por assistência médica aumenta. Com isso, os hospitais estão profissionalizando a sua administração, buscando executivos experientes no mercado e com formação altamente qualificada. Movimentos de fusões e aquisições deverão se tornar cada vez mais frequentes nesse segmento”, opina Mariana Roriz, gerente da expertise Life Sciences em São Paulo.

PERSPECTIVAS DE ACORDO COM A HAYS:

HAYS CONSOLIDA ATUAÇÃO NO BRASILDesde que chegou ao Brasil em 2006, a HAYS vem expan-dindo os negócios, abrindo novos escritórios e mais exper-tises de atuação: prova do potencial do mercado nacional e da receptividade das empresas brasileiras ao trabalho de consultorias de recrutamento especializadas. “Consegui-mos reforçar nossos potenciais no mercado, garantindo a satisfação das empresas, e o resultado disso é satisfação de nossos clientes e candidatos, e a consequente consolidação e o crescimento da empresa”, diz Gustavo Costa, diretor da HAYS em São Paulo.

Em julho passado, a HAYS anunciou mais três áreas de ex-pertise em São Paulo, além das 12 que já faziam parte do seu portfólio. A Hays Construction & Property, que sempre foi uma das principais áreas de negócios na Europa e na Oce-ania, foi inaugurada no Brasil liderada por Juliano Ballarotti, responsável por recrutar profissionais para as atuações em construção pesada, mercado imobiliário e de propriedade.

A Hays Retail, comandada por Oshry Vidal, atua em áreas que incluem desde o mercado fashion, serviços de luxo, até a grande distribuição e também o mercado de franquias e

TOP MANAGEMENTA área de top management também se destacou em 2011 com a chegada de Cynthia Rejowski para liderar a HAYS Executive no Brasil. O segmento, que já registra um aumento no volume de negócios, vai continuar em processo de cresci-mento em 2012.

Todos os escritórios da HAYS no País e no mundo oferecem capacitações aos seus executivos para garantir melhor qualidade no atendimento ao cliente e assim conquistar novas oportunidades no mercado. “A estratégia da empresa é continuar crescendo, ainda mais em um mercado aquecido como é o caso do Brasil”, garante Mark Bowden, diretor geral da HAYS para o Sul da Europa e América Latina.

TENDÊNCIAPara encontrar mão de obra especializada, as empresas estão voltando olhares para profissionais que já saíram do mercado. Levantamento realizado pela HAYS no Brasil aponta que 20% das empresas disse-ram contratar profissionais aposentados.

Metade dessas contratações acontecem em função da necessidade de profissionais com vivência na área de atuação e experiência em projetos específicos. A volta ao mercado é percebida principalmente em cargos técnicos: 72% das empresas recrutam aposentados para essa função.

Outros registros são em cargos de diretoria (33%), gerência (28%), conselho (17%) e presidência (6%).

pontos de venda. Por fim, a Hays Insurance, que tem Felipe Camacho como líder do setor, foca em um dos mercados que possuem mais desafios de crescimento.

Em agosto, a companhia abriu no Rio de Janeiro a expertise Hays Human Resources, sob o comando de Eduardo Abreu. Segundo ele, a tendência é que as empresas busquem uma aproximação cada vez maior entre a área de recursos humanos e seus objetivos estratégicos. “O processo de recrutamento da HAYS é capaz de identificar se o perfil do profissional atende às necessidades estratégicas das empre-sas requisitantes”, acrescenta.

Foi também no ano passado que a HAYS, já presente em São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas, chegou à região para-naense, com um escritório em Curitiba. “Além da qualidade de vida, que sempre foi um dos pontos fortes de Curitiba, a região vem apresentando crescimento acelerado, consistente e sustentável nos últimos anos, com perspectivas sólidas de desenvolver-se ainda mais”, analisa Cesar Rego, gerente do escritório da HAYS na cidade.

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NAS REDES SOCIAIS, A HAYS FICA MAIS PRÓXIMA DE CANDITATOS E EMPRESAS

Há cerca de 78 milhões de internautas no Brasil e o País é um dos campeões de acesso às redes sociais, segundo da-dos do Ibope. Esse é um espaço que já vem sendo explorado pelas empresas para se comunicar com seus públicos de interesse e essa interação tende a aumentar. Segundo dados da Amcham (Câmara Americana de Comércio), mais de 65% das organizações brasileiras pretendem investir em ferra-mentas de mídias sociais em 2012.

Alinhada com esse movimento e com o foco na interativi-dade, a HAYS já possui perfis ativos no LinkedIn, no Fa-cebook e no Twitter. A idéia é criar novos debates, gerar informação e agregar valor para empresas e candidatos. “Apresentar um conteúdo útil para nossos públicos é uma maneira de darmos continuidade ao nosso trabalho como consultores também na web”, explica Aline Tieppo, respon-sável pela área de Comunicação Corporativa e Marketing da HAYS no Brasil.

A consultoria utiliza ferramentas nestes canais de mídias sociais para falar diretamente com profissionais, disponibili-zando oportunidades de vagas, dicas de carreira e análises de tendências, dentre outros temas. “Para estar em contato com nossos consultores, o profissional não precisa estar apenas em nossas salas de entrevistas. Buscamos uma aproximação diária que acompanhe o candidato na sua rotina”, ressalta Aline.

O perfil dos internautas que seguem a HAYS nos seus canais em mídias sociais é bem dividido. No Facebook, por exemplo, 57% são homens e 43% são mulheres. A grande maioria tem entre 25 e 34 anos e mora em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. A empresa já nota uma tendência de seguidores vindos do Norte e Nordeste do País. De acordo com a responsável pela área de Comunicação Corporativa e Marketing da HAYS no Brasil, os seguidores são partici-

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pativos, comentam as notícias, debatem, expressam suas opiniões e analisam com a consultoria as tendências do mercado de trabalho. “Receber esse feedback quase que imediato é extremamente importante para as empresas com as quais trabalhamos e para nossa equipe de consultores”, acrescenta.

As mídias sociais também são utilizadas pela HAYS no Brasil como um meio de se aproximar das empresas requisitantes, apresentando tendências de mercado, novidades nas suas áreas de expertise, pesquisas e levantamentos realizados no Brasil e nos demais países onde a consultoria está presente, agregando valor ao serviço prestado.

Todo o conteúdo trabalhado nestas plataformas está inte-grado a outros canais de comunicação da HAYS. O website da consultoria traz informações sobre as oportunidades profissionais atuais, notícias da área de recursos humanos, conteúdos diversos de parceiros e informações relevantes sobre o segmento, além das publicações periódicas da em-presa, tais como pesquisas, guias salariais e o Hays Journal. “A maior vantagem de disponibilizar nossa produção de conteúdo é o ganho de diálogo com os públicos com os quais nos relacionamos na velocidade que só a internet nos oferece”, afirma Aline Tieppo.

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CASE DE SUCESSO: ARAUCOEXPERIÊNCIA E BONS RESULTADOSPor meio do escritório de Curitiba, a HAYS vem esta-belecendo um trabalho de consultoria com a Arauco do Brasil, multinacional de origem chilena, que é líder mundial no desenvolvimento sustentável de produtos florestais.

A natureza dessa relação de sucesso é o alinhamento da consultoria com a estratégia da empresa, desenvolvendo um trabalho em que a presença da HAYS junto ao cliente é muito além da contratação de profissionais.

Para Mário Sousa, Diretor de Pessoas da Arauco, a ex-periência tem sido recompensadora. “Quando buscamos no mercado serviços de recrutamento e seleção, dese-jamos ter acesso a uma metodologia confiável e segura. Também é importante ter um banco de dados de quali-dade, além de profissionais de alto nível para o atendi-mento. A HAYS cumpre todos estes requisitos com muita eficiência”, analisa.

Para Souza, o comprometimento do consultor em estar atento às reais necessidades da organização e às as-pirações dos candidatos, garante a realização de um tra-balho preventivo e de antecipação de possíveis oportuni-dades para a contratação de profissionais alinhados com os seus valores. “Mesmo quando não há uma vaga em aberto, conversamos regularmente sobre as perspectivas de mercado e sobre estratégias de negócios”, ressalta. O executivo ainda afirma que o consultor é ágil em todas as etapas: do entendimento da vaga, aos feedbacks finais e à contratação.

A parceria entre Arauco e HAYS é recente, mas já apre-senta resultados significativos e tem todos os elementos para se tornar duradoura. Com a globalização da com-panhia, as perspectivas são de que o relacionamento possa avançar para novos desafios e expansão.

Suellen Corbeline, 27 anos, está confiante e satisfeita com a sua nova escolha profissional. Há dois meses na Arauco do Brasil, ela está participando de um programa de trainee executivo promovido pela empresa. O treinamento já rendeu até uma visita à matriz da companhia em Santiago, no Chile.

Com mais de seis anos de experiência profissional, Suellen queria seguir novos rumos na carreira. Foi quando procurou a HAYS. “Encaminhei meu currículo por meio do site e em menos de duas semanas recebi o primeiro contato do con-sultor. A princípio, agendamos uma entrevista apenas para que ele pudesse mapear os meus conhecimentos técnicos e expectativas. A sinergia foi imediata”, conta.

A posição de Coordenadora Trainee surgiu em aproximada-mente três semanas após a sua primeira visita à consultoria. “O processo seletivo foi rápido e transparente, desde a apre-sentação da proposta de trabalho à contratação. O consultor deu o suporte necessário para o meu sucesso nos contatos

“RECRUTAMENTO DE SUCESSO SIGNIFICA COLABORADOR SATISFEITO”

iniciais com a empresa”, lembra.

O programa, que tem duração prevista de um ano e meio, possibilitará à profissional conhecer várias áreas de atuação da organização. Ao final do processo, Suellen terá a chance de ser alocada para um setor que se identifique e que tenha competência e habilidade necessária para a posição. A profissional é formada em engenharia elétrica, pós-gradua-da em engenharia de produção e tem fluência três idiomas: alemão, inglês e italiano.

Chilena, com mais de 40 anos e padrões de classe mundial, a Arauco do Brasil é uma empresa florestal que pertence ao grupo de empresas Arauco, uma das maiores compa-nhias florestais da América Latina em extensão de flores-tas, fabricação de celulose, produção de madeira serrada e painéis. A empresa assumiu a missão de ser líder mundial no desenvolvimento sustentável de produtos florestais. Seu alcance é global, incluindo a presença comercial em mais de 70 países com uma forte presença na América Latina e atividade produtiva no Chile, Argentina, Uruguai e Brasil. A empresa tem um portfólio de produtos e mercados bastante diversificado:Ásia, América do Norte e Europa são os princi-pais destinos de suas exportações.

SOBRE A ARAUCO

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HOME OFFICE CHAVE PARA AUMENTAR A PRODUTIVIDADE?Um novo sistema de trabalho vem ganhando espaço no Brasil: o home office. As horas de trabalho remotas já são adotadas em diversos países e é uma tendência em empre-sas por aqui.

Um levantamento recente realizado pela HAYS no Brasil mostra que 31,2% das companhias já adotam o sistema, que é mais comum para profissionais que ocupam posições de gerência (78,4%), coordenação (56,7%), direção (48,5%) e analistas (44,8%). O estudo mostra que trabalhar de casa pode ser bom para os dois lados.

Para Flávia Dantas Caroni, Gerente de Recursos Humanos da Kimberly-Clark, o principal motivo para adotar a polítca de home office é a melhoria na qualidade de vida e na produ-tividade dos colaboradores. “Eles demoram em média duas horas para chegar à empresa e percebemos a necessidade de otimizar esse tempo. Assim, a empresa resolveu investir

Além de ter uma boa dose de concentração, o ambiente em que serão realizadas as atividades deve ser apropriado. Segundo André Magro, o lugar de trabalho tem que ser separado do ambiente de convívio da família. “Por mais que seja em casa o profissional deve ter um espaço diferenciado para não comprometer o trabalho”, indica.

A organização também é fundamental para um bom de-sempenho. “O espaço deve estar sempre organizado para facilitar a execução das tarefas, de preferência sem muitas coisas que tirem o foco do trabalho, como por exemplo, o som e a TV ligados ao mesmo tempo”, afirma o especialista.

CONSTRUINDO UM AMBIENTE IDEAL

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na prática de home office”, afirma.

Ainda de acordo com o levantamento da consultoria, qualidade de vida aparece em 72,7% das respostas como o motivador para a adoção do sistema. Na sequência estão soluções para limitação física (60,3%) e alcance de metas de sustentabilidade (19,8%). Embora os benefícios sejam claros, trabalhar de casa exige alto grau de concentração, planejamento e organização.

De acordo com André Magro, gerente da expertise Hu-man Resources da HAYS em São Paulo, áreas que não têm dependência com outros setores do negócio da empresa conseguem atuar melhor fora do escritório. “Isso acontece, por exemplo, com os profissionais de vendas, porque eles possuem metas tangíveis e precisam atingi-las para apre-sentar resultados à empresa”, comenta.

Foto: HAYS Recruiting experts worldwide

MERCADO: EXPECTATIVAS DOS CLIENTES EXIGE MATURIDADE DAS CONSULTORIAS Com o amadurecimento do mercado de trabalho brasileiro, o setor de recursos humanos das empresas passou a deman-dar mais do atendimento das consultorias de recrutamento e seleção. “Os profissionais de RH exigem serviços com maior grau de excelência e sobretudo, de caráter consultivo para a contratação de profissionais”, analisa Oshry Vidal, gerente das expertises Hays Retail e da prática de Sales da HAYS em São Paulo. A atividade está cada vez mais próxima dos negócios e estratégias das organizações.

Para atender as expectativas do cliente é preciso oferecer mais que qualidade na seleção de profissionais. “A consulto-ria soma e atua como um elemento facilitador na captação de profissionais realmente qualificados, com conhecimento

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IDENTIFICANDO AS CARACTERÍSTICAS DE CADA GERAÇÃO

BABY BOMMERS: São aqueles que nasceram entre o final da Segunda Guerra Mundial e a primeira metade dos anos 1960. Valorizam a estrutura familiar, a estabilidade, carreiras estruturadas em uma única corporação.

Muitos representantes desta geração, que já estavam aposentados ou atuando de maneira informal, estão retor-nando ao mercado de trabalho, em função principalmente da escassez de mão de obra.

GERAÇÃO X: É uma das gerações mais presentes nos quadros funcionais das companhias. São profissionais que possuem entre 30 e 45 anos, que cresceram sob a intensa pressão para obter ascensão na carreira e independência financeira. São focados, workaholics e tendem a demonstrar maior resistência em relação à ideias e projetos de outras gerações.

GERAÇÃO Y: Nascidos entre 1980 e meados da década de 1990, são ágeis, multitarefa e possuem vontade de atingir cargos de destaque mais rapidamente. Estão mais abertos à inovação e possuem intimidade com novas tecnologias e internet. Encaram com bastante facilidade as mudanças, inclusive de emprego.

técnico e perfil comportamental adequado para a posição”, comenta Felipe Camacho, gerente das expertises Hays Banking e Hays Insurance.

Para ele, a credibilidade de uma consultoria em recrutamen-to é baseada no relacionamento e na capacidade de ouvir o cliente e o candidato sempre de maneira transparente. Por esse motivo, a HAYS orienta o cliente quanto às movi-mentações de mercado e pacotes de benefícios praticados, além de realizar entrevistas e fornecer todos os feedbacks necessários do início ao fim do processo. “O recrutador atua também na construção e manutenção da reputação das empresas para as quais trabalhamos”, diz Camacho.

TENDÊNCIA: DIFERENTES GERAÇÕES POTENCIALIZAM RESULTADOSO convívio entre gerações conhecidas como Baby Boomers, X e Y no mesmo ambiente de trabalho tornou-se nos últimos anos mais frequente nas empresas. A diversidade é rica, mas para que esta relação seja produtiva é preciso identificar as expectativas desses profissionais com diferentes valores e encontrar um equilíbrio para não perder o foco das metas e dos resultados.

Para Rodrigo Vianna, Diretor da HAYS em São Paulo, compor grupos é um dos grandes desafios das áreas de recursos humanos. “Não acredito em conflito de gerações no mundo

corporativo. As pessoas estão mais tolerantes e a empresa que conseguir conciliar as diferentes visões e potencializar os pontos fortes de cada geração, terá um futuro promissor”, afirma o consultor.

Para o executivo, lideranças mais jovens gerindo equipes mais experientes são cada dia mais recorrentes, mas ainda pode causar certo estranhamento ou desconforto entre os envolvidos. “O RH deve conduzir a situação com tranquili-dade e transparência para tentar eliminar qualquer ideia de discriminação e/ou preconceito”, ressalta Vianna.

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EVENTOS ESPORTIVOS MOVIMENTARÃO O MERCADO DE TRABALHO NOS PRÓXIMOS ANOSA Copa do Mundo do Brasil, que será realizada em 2014, e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, previstos para 2016, prometem movimentar o mercado de trabalho nos próximos quatro anos.

Como suporte à intensa visibilidade que o País ganhará com a realização destes eventos, diversos segmentos da econo-mia deverão receber novos investimentos e, consequente-mente, terão que contratar mais para atender a demanda mais intensa. Por esse motivo, novas posições surgirão prin-cipalmente para profissionais especializados em engenharia, logística e tecnologia.

De acordo com Alexia Franco, diretora da HAYS no Rio de Janeiro, os setores mais promissores são a indústria de construção, energia, turismo, hotelaria e entretenimento, além de setor de infraestrutura de transportes portuários, aeroportuários e metroviários.

Para a consultora, as empresas de consumo, em especial as voltadas a alimentos e bebidas, devem, em breve, começar a rever seus quadros funcionais devido à demanda prevista e às possibilidades de fechamento de cotas de patrocínio. “O segmento de mídia também já está aquecido. Publicidade, marketing e veículos de comunicação estão ampliando as suas estruturas para atender as oportunidades que serão geradas, como promoções e campanhas publicitárias, além de coberturas jornalísticas”, garante.

Melhorias e expansão

Segundo Peter van Voorst Vader, CEO da Brazil Hospitality Group (BHG), terceira maior rede hoteleira do Brasil, os dois grandes eventos esportivos implicam na modernização das unidades cariocas e, sobretudo, em uma maior preocupação com a qualidade e a excelência dos serviços prestados, devido ao maior fluxo interno de turistas. “Estes tipos de eventos geram uma exposição muito grande, não só da rede

A VITRINE DO MUNDO- Até 2014 está prevista a criação de 3,63 milhões de novos empregos por ano e R$ 63,48 bilhões de aumento de renda para a população, o que impactará diretamente no mercado de consumo interno. Os dados são de um levantamento realizado em 2011 pela Ernst & Young em parceria com Fundação Getúlio Vargas (FGV).

- O Ministério do Turismo pretende treinar voluntários brasileiros para atuarem na Copa do Mundo e nos Jogos Olímpicos. O Ministro Gastão Vieira já está negociando com a Organização Mundial de Turismo, a OMT, sediada em Madri, a realização de cursos no País. Os treinamentos abordarão conceitos sobre organização e gestão de megaeventos esportivos.

- Segundo o Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro (SindRio), há dificuldade para preencher va-gas cuja remuneração é mais baixa, como de garçons, atendentes e mensageiros. A expectativa é de que esse setor, que hoje emprega 130 mil pessoas, praticamente do-bre o número de contratados até as Olimpíadas de 2016.

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hoteleira, mas de todos os setores da economia brasileira. Esse é o momento de contornar gargalos, principalmente na infraestrutura do País”, analisa. Vader acrescenta que a estratégia de crescimento da BHG é contínua e vai além dos grandes centros. “Hoje estamos nas cinco regiões do País, possuímos 7,5 mil quartos e nossa meta é dobrar este número em quatro anos. Também esta-mos com oito hotéis em construção”, reforça.

ESPECIALUM MERCADO DE TRABALHO MAIS FEMININOA trajetória das mulheres no mercado de trabalho não é longa, mas a presença delas em cargos de gestão e liderança é ainda mais recente.

Segundo Cynthia Rejowski, líder da HAYS Executive no Brasil, foi apenas nos anos 90 que as mulheres ganharam destaques nas corporações. “Mesmo com as profundas transformações culturais e na estrutura familiar, ocorridas nos últimos 30 anos, o grande desafio continua sendo encontrar o equilíbrio entre a carreira e a vida pessoal, sem negligenciar as realizações que cada uma delas pode proporcionar”, acredita a líder. Agora as mulheres buscam igualdade de salário em compa-ração com os dos homens, chegar em uma posição mais alta na empresa em que trabalham e conquistar o equilíbrio entre vida profissional e pessoal. “O espaço das mulheres está cada vez mais garantido e é um caminho sem volta. O maior desafio será sempre a conciliação dos vários papeis que fazem parte de ser mulher e o imenso ônus imposto pela dinâmica intensa de uma carreira corporativa”, analisa o di-retor de Relações Corporativas da HAYS, João Marcio Souza.

Cynthia ressalta que muitas executivas já estão ocupando funções gerenciais, porém ainda há muito a evoluir com relação a posições de alto escalão, como diretorias e presidência. Mas, ela não acredita em preconceito. “Muitas empresas já reconhecem o potencial feminino e a capaci-

VENCENDO O PRECONCEITOIniciativa da ONU, o projeto “Os Princípios do Empodera-mento”, que completa dois anos em março de 2012, já conta com a adesão de 42 empresas brasileiras. Hoje são 258 companhias signatárias em todo o mundo. O documento apresenta um conjunto de sete princípios que apóiam as empresas na aplicação de procedimentos de gestão que garantam a equidade de gênero em seus quadros funcionais.

O processo ocorre por meio da implementação de boas práticas e políticas que valorizam a inclusão, a não dis-criminação e igualdade de oportunidades e remuneração entre homens e mulheres, a saúde, a segurança, o fim da violência e a transparência na medição de resultados. A adesão aos princípios impacta não só no ambiente interno da empresa, mas também no relacionamento com todos os seus stakeholders e a comunidade.

Mais informações podem ser obtidas no site da ONU Mulheres no Brasil www.unifem.org.br

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dade desta profissional em realizar várias atividades ao mesmo tempo, sem perder o foco na equipe e nos resulta-dos. Setores com características muito masculinas, como autopeças, mineração e TI já estão se rendendo ao talento e competência das mulheres”, analisa. Um exemplo disso é a Hewlett-Packard (HP) e a IBM que têm mulheres ocupando cargo de CEO.

ENTREVISTAOS DESAFIOS EM POSIÇÕES DE LIDERANÇAConversamos com três profissionais que enfrentam diariamente a rotina de comandar equipes, tomar decisões corporati-vas e ainda exercem diversos papéis na vida pessoal. Elas falam sobre os seus desafios da carreira e dão algumas dicas.

Fernanda Cerdeira Bernstein é gerente de Comunicação e Logística de um grande banco de investimento, com atuação na América Latina, EUA, Europa e Ásia. Fer-nanda lidera atualmente um grupo de 20 profissionais.

Karina Meléndez é gestora da área de Produtos e Eletronic Trading Desk da Bradesco Corretora de Valores e Ágora Cor-retora de Valores. Karina é responsável por uma equipe de nove colaboradores.

Valéria José Maria é sócia-diretora da con-sultoria MOT – Mudanças Organizacionais e Treinamento. É responsável pela gestão empresarial da organização em todo o Brasil e no exterior.

HAYS: Quais os principais desafios que vocês ainda enfren-tam por serem mulheres em cargos de gestão? Fernanda Cerdeira Bernstein: Além de ter de conciliar os diversos papéis (profissional, mãe, dona de casa), o princi-pal desafio é preservar as características de uma liderança feminina no ambiente de trabalho. Ao tentar se igualar ao homem em atitudes e postura, a mulher coloca-se numa posição mais vulnerável, pois tira o foco das suas fortalezas, dos pontos onde realmente pode contribuir para melhores resultados e fazer a diferença.

Karina Meléndez: Em minha opinião, o maior desafio ainda é a busca do equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional. Mesmo as mulheres que não são casadas e não têm filhos se preocupam muito com essa equação.

Valéria José Maria: Cada vez mais nós mulheres ocupamos cargos de comando e poder nas empresas e os desafios são constantes. A afirmação de que um líder nasce pronto também já é passado. Hoje já se sabe que é possível treinar e desenvolver um líder, independente do sexo.

HAYS: Vocês acreditam que o preconceito contra a mulher no mercado de trabalho ainda existe?

Fernanda: O preconceito é inerente às pessoas e pode ser de diversas origens. Além do sexo, ainda existem restrições relativas à idade, raça e religião, por exemplo. O preconceito torna-se ainda mais visível em situações de conflito, com-petição e avaliação.

Karina: O que eu vejo são oportunidades e não preconceitos. A realidade é que as empresas necessitam, cada vez mais, do talento e da liderança feminina, cujas principais caracte-rísticas são a flexibilidade, a adaptabilidade e a capacidade de inovação.

Valéria: Acredito que o preconceito ainda pode ser perce-bido, principalmente quando a equipe liderada é formada majoritariamente por homens. Neste tipo de ocasião a resistência é um pouco maior, mas pode ser superada com equilíbrio emocional e profissionalismo.

“Num cenário de busca pela diversidade há cada vez mais espaço para profissionais com-petentes. Portanto, nós, mulheres, devemos manter o foco na realização de um ótimo trabalho. A melhor resposta ao preconceito é o bom resultado”. Fernanda Cerdeira Bernstein

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AMÉRICA LATINA EM DESTAQUE

A América Latina é fonte de oportunidades no cenário mundial e atrai olhares de empresas e executivos. Setores aquecidos e a expansão de grandes corporações globais im-pactarão positivamente no mercado de trabalho local, prin-cipalmente na geração de novas vagas, avalia Mark Bowden, diretor geral da HAYS para o Sul da Europa e América Latina. “Nossos novos escritórios no Chile e na Colômbia, assim com a operação no México, terão muitos desafios e trabalho em 2012. As perspectivas são animadoras”, diz.

Para Bowden, há uma forte tendência de consolidação da área de recursos humanos na região, com um maior envolvi-mento das consultorias de recrutamento e critérios rígidos nos processos seletivos. “Assim como acontece em muitos países da Europa e Ásia, as empresas baseadas na América Latina já estão enxergando as consultorias de recrutamento como parceiras estratégicas do negócio”, ressalta.

Entre os setores mais promissores na região destacam-se a área de petróleo e gás na Colômbia e no Brasil, e o setor de mineração no Chile e também no Brasil. “Já o México é um país de economia mista, bastante diversificada, em contínua industrialização e que está registrando um aumento signifi-cativo na procura por profissionais qualificados”, aponta Bowden.

O descompasso entre demanda e oferta de mão de obra qualificada é mais perceptível no Brasil, onde os salários também são mais elevados. Ainda de acordo com o execu-tivo, o apagão de talentos acontece no mercado brasileiro principalmente por ser territorialmente muito grande e pelo desenvolvimento ter chegado de forma muito rápida. Na América Latina também é complexo selecionar mão de obra qualificada, de perfil hands on e multitarefa, mas a situação ainda é mais estável, inclusive no que tange aos pacotes de remuneração, que são menos inflacionados.

INTERCÂMBIOO fluxo de profissionais entre países da região tem aumenta-do, justificando uma atuação cada vez mais integrada entre os escritórios da HAYS na América Latina.

De acordo com Luiz Valente, diretor geral da HAYS no Brasil, o movimento entre o Brasil e a Argentina tem crescido nos últimos anos principalmente com a vinda de profissionais pra cá. “Também existe um deslocamento de profission-ais brasileiros alocados pela região em projetos de infra-estrutura. Em setores específicos como petróleo e gás, por exemplo, há um fluxo mais constante de profissionais com a Colômbia”, explica.

Para Mark Bowden, uma das grandes barreiras para a reali-zação do intercâmbio de profissionais entre os países da região latino-americana, está no domínio de uma segunda língua, seja o inglês ou o português. “Diferenças culturais e a preocupação com estabilidade familiar também estão entre os entraves para o expatriamento”, ressalta o consultor.

NOVO ESCRITÓRIO NO CHILEO mais recente passo na expansão da HAYS pela a América Latina, o braço na capital Santiago já recruta profissio-nais para cinco áreas de expertise: engenharia, mineração, finanças, varejo e tecnologia da informação. “O país tem um enorme potencial e nos permitirá alavancar ainda mais nossa presença na América Latina”, afirma Giordano Righi, diretor geral da operação da HAYS no Chile.

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“As empresas baseadas na América Latina já estão enxergando as consultorias de recrutamento como parceiras estratégicas do negócio”

COM A PALAVRADiretores gerais dos escritórios da HAYS na América Latina falam sobre as economias de seus países e a sinergia entre os mercados da região

Luiz Valente - Managing DirectorT: +55 11 3046 9800F: +55 11 3046 9820E: [email protected]

Gerardo Kanahuati - Regional DirectorT: +52 55 5249 2507F: +52 55 5202 7601E: [email protected]

Duarte Ramos - Managing DirectorT: +57 1 742 25 02F: +57 1 742 00 28E: [email protected]

Giordano Righi - Managing DirectorT: +56 2 368 4531F: +56 2 369 5651E: [email protected]

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eventos esportivos. O Nordeste vai se desenvolver muito nos próximos anos, contando com os investimentos nos setores químico, petroquímico, óleo e gás, siderurgia, engenharia ambiental, construção civil, logística e automotivo, além do Complexo Portuário de Suape, grande propulsor economico no estado de Pernambuco e da região Nordeste como um todo.

Gerardo Kanahuati: Setores em destaque são indústria, petróleo e gás e turismo. As exportações e investimentos es-trangeiros na indústria cresceram 13% e 5% respectivamente, criando 250 mil postos de trabalho – que respondem por aproximadamente 40% da criação de emprego total em 2011. Apesar da crise financeira, a economia apresentou melhor desempenho em 2011 do que em 2010. O setor automobilís-tico atraiu muitos investimentos estrangeiros e a expectativa é continuar crescendo em 2012, embora com um ritmo mais lento. Esperamos que as exportações e os investimentos estrangeiros cresçam 5% e 10% respectivamente no próximo ano. Mas isso vai depender da queda no consumo e o au-mento dos preços do petróleo. A taxa de desemprego deve diminuir de 6% (2011) a 5,7% (2012).

Duarte Ramos: Petróleo e gás e mineração são os grandes responsáveis por quase metade das exportações e estão impulsionando a economia, tanto com relação ao investi-mento em infraestrutura quanto ao aumento de demanda. O mercado de trabalho nos setores de TI, telefonia e finanças também está saudável e merece destaque.

Giordano Righi: Mineração é o setor mais importante e com o melhor desempenho no Chile. Quase todas as empresas de mineração no país estão em crescimento e muitas estão embarcando em novos projetos. Como o Chile é o maior produtor de cobre do mundo, a alta do preço do mercado atual é um acelerador de crescimento importante para o setor. Já o varejo, em particular, está colhendo os benefícios da persistência de altos níveis de consumo e, não por acaso, as empresas do setor estão entre as maiores na economia.

Alavancando a sinergia na América Latina

Luiz Valente: É notável o número de negócios entre os países da América Latina, mas há espaço para crescer ainda mais. Um dos setores que exemplifica bem a sinergia entre o Brasil e outros países latinos é o de petróleo e gás. A Petro-brás, por exemplo, atua na Bolívia, Paraguai, Peru, Colômbia, Venezuela, México e Argentina. Essa parceria comercial entre os países latinos impulsiona a HAYS para uma atuação tam-bém conjunta, pensando sempre de maneira macro - e isso é imprescindível para fortalecer o grupo.

Gerardo Kanahuati: A maioria das empresas multinacio-nais opera em mais de um país na América Latina e procura prestadores de serviços regionais com alto e homogêneo padrão de qualidade. Nós certamente nos beneficiaremos ao estabelecer laços mais estreitos de comunicação e esforços coordenados para toda a região, aproveitando experiências compartilhadas dos nossos acordos com clientes.

Duarte Ramos: A forma como crescemos e construimos uma rede na América Latina vai determinar o quão rápido e quão grande podemos nos tornar. A consequente vantagem ope-racional vai resultar na conquista de uma posição forte no mercado. À medida que continuamos a crescer, precisamos

Como você avalia a situação atual do mercado e quais as expectativas para 2012?

Luiz Valente (Brasil): Neste ano os movimentos no Brasil estarão muito relacionados com os da China e com os des-dobramentos da crise na Europa. A busca por profissionais vai acelerar à medida que os mercados forem mostrando maior estabilidade e a expectativa é de um segundo semes-tre mais aquecido que o primeiro, o qual tem surpreendido positivamente. Por outro lado, a demanda por um serviço de recrutamento especializado é crescente no Brasil, em sinto-nia com a forte necessidade de profissionais qualificados.

Gerardo Kanahuati (México): Apesar das turbulências na economia mundial, o PIB do México deve crescer 3,5% em 2012. Quase dois terços da renda nacional vem do setor de serviços (62%) e a indústria, incluindo manufatura e mine-ração, é a segunda maior contribuinte (34%). O mercado de recrutamento é dominado por agências de emprego generalistas e empresas de busca de executivos. Enquanto os players locais e internacionais usam uma combinação de pagamento sob demanda e retenção de fee, a HAYS é a única consultoria especializada que trabalha exclusivamente em uma base de contingência, ou seja, atuamos no sucesso. Sentimos que o mercado está pronto para abraçar o nosso modelo de negócio.

Duarte Ramos (Colômbia): A economia colombiana está em um momento de crescimento, apesar da instabilidade macroeconômica global. O país tem se beneficiado da sua situação geopolítica e vem recebendo um substancial investimento estrangeiro em petróleo, gás e mineração de empresas que deixaram a Venezuela e desenvolvem relação com os EUA. A perspectiva é extremamente positiva e as exportações são suficientemente diversificadas, em termos de setor e destino, para neutralizar potenciais ameaças econômicas. Além disso, a Colômbia acaba de assinar um acordo de livre comércio importante com os EUA, tornou-se prioridade número um para investimentos do Reino Unido e é classificada como grau de investimento por todas as agências de rating. O ano de 2012 está pronto para ser exce-pcional.

Giordano Righi (Chile): As expectativas de crescimento do PIB do Chile em 2012 estão entre 3,8% (Scotia Bank) e 5,1% (BBVA). O crescimento econômico será impulsionado prin-cipalmente pelo consumo interno contínuo e pelas expecta-tivas positivas na exportação de cobre. Uma desaceleração maior do que a esperada na economia mundial poderia enfraquecer consideravelmente a economia do Chile.

Quais setores merecem destaque nas operações do seu país e quais as principais tendências que podem ser apontadas no mercado de trabalho?

Luiz Valente: O ano está aquecido para projetos ligados à in-fraestrutura, engenharia, TI e vendas b2b e b2c. Temos uma expectativa alta para óleo e gás, construções, propriedade e serviços financeiros, que continuam aquecidos acompa-nhando o mercado de crédito atual. Também não podemos esquecer do crescimento da classe média que vem im-pulsionando o varejo. Olhando o País por regiões, o Rio de Janeiro está em forte evidência, com investimentos no pré-sal, nos setores siderúrgico, químico e petroquímico e em

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controle do endividamento dos países, das concessões de crédito e do sistema financeiro e bancário em geral. É impor-tante existir geração de riqueza através da economia real. É a hora dos países olharem para as forças da sua economia e industrialização e pensar o quanto são competitivos no co-mércio internacional. Também há um aprendizado do quanto devemos nos preocupar em darmos as condições necessá-rias e ter um ambiente favorável para atrair os negócios. O Brasil está efetivamente se planejando e investindo para ter um ambiente econômico estável e instituições fortes, políti-cas bem definidas e ter uma infraestrutura compatível com os requisitos competitivos no cenário global.

Gerardo Kanahuati: O México tem laços econômicos mais estreitos com os EUA (comércio e investimento) do que a zona do euro. O emprego nos EUA está começando a mostrar sinais de melhora, e se essa tendência continuar, vai impulsionar o desempenho econômico. O aumento das reservas internacionais, a inflação mantida sob controle e o investimento internacional são fatores que ajudarão a prote-ger a economia mexicana. Porém, a incerteza em novembro de 2011 desvalorizou a moeda local. Nessa época, um dólar valia 14 pesos, mas agora voltou a 12,70. No entanto, se a zona euro não tomar medidas de austeridade necessárias, pode afetar o México novamente.

Duarte Ramos: Como um cidadão português e agora tra-balhando na América do Sul, posso falar por experiência já que posso olhar para as coisas dos dois lados. A maioria das economias latino-americanas administram um navio muito mais apertado do que a Europa ou os EUA, quando se trata de empréstimos, seja do consumidor ou empréstimos de fi-nanciamento das empresas. O outro grande problema é que o chamado PIIGS (Portugal, Itália, Irlanda, Grécia, Espanha) conseguiram dinheiro emprestado com a mesma taxa da Alemanha, então eles tinham acesso a dinheiro barato para financiar seu crescimento rápido. Na América Latina há uma necessidade de investir fortemente em infra-estrutura, o que precisa de ser financiado a partir de algum lugar, então a produtividade dos funcionários é importante. Educação e mercado de trabalho flexível terão seu papel já que as organizações precisam de pessoas talentosas e experientes. É aí que entramos.

Giordano Righi: Embora a crise da zona do euro afete a América Latina, isso não acontece na escala de outras regiões do mundo. Muitos países latino-americanos esta-beleceram um mercado interno forte e criaram uma forte rede de múltiplos parceiros comerciais. Isso os torna menos dependente do mercado europeu ou norte-americano (por exemplo, o maior parceiro do Chile agora é a China). De acordo com as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI), o crescimento do PIB para a região em 2012 deverá ser de cerca de 4,1%.

criar sinergia no desenvolvimento de negócios, no estabele-cimento de contratos regionais e padronizando um modelo de entrega.

Giordano Righi: Podemos alcançar a sinergia de maneiras diferentes, já que muitos clientes multinacionais operam em vários mercados regionais. Um número significativo de em-presas brasileiras começaram a dominar o mercado a nível global e em outros mercados latino-americanos. Um exem-plo é a expansão dos bancos brasileiros que, nos últimos anos, fizeram aquisições em unidades da Colômbia, Chile e México. Players globais, como Petrobras e Vale, têm muitos projetos em outros países latino-americanos. Um grande número de empresas chilenas de varejo têm expandido igualmente seus negócios em outros mercados latino-ameri-canos, especialmente o Brasil, Colômbia, Peru e Argentina. O setor de mineração chilena está crescendo agressivamente em países como Peru e Colômbia. A América Latina está se tornando um mercado conglomerado para HAYS com muitas opções de sinergia.

A importância estratégica do Brasil para a HAYS na região

Luiz Valente: Nossa atuação nacional consolidada é muito importante nesse momento que a expansão na América Latina é estratégica para multinacionais e grandes compa-nhias. A nossa experiência no mercado brasileiro é um trunfo e podemos contribuir para a produtividade e desenvolvi-mento nos demais países latinos onde a HAYS atua.

Gerardo Kanahuati: A economia brasileira continua a crescer e o país tornou-se líder na economia sul-americana. Foi a primeira operação da HAYS na região, lançada em 2006, es-tabelecendo uma referência de sucesso e modelo de negó-cios a ser seguido.

Duarte Ramos: O Brasil é uma economia muito importante, como um exemplo a seguir, mas também há oportunidades comerciais para as organizações colombianas. Esta é uma opinião compartilhada por outros países latino-americanos, como o México. Alguns empregadores consideram o Brasil como um continente dentro de um continente devido ao seu tamanho de mercado e língua, enquanto outros usam o Brasil como hub para supervisionar as suas operações regio-nais. O Brasil tem a oportunidade de aumentar sua presença nos países de língua espanhola e aumentar a sua visibilidade e isto não se restrige apenas à sua riqueza substancial de matéria-prima.

Giordano Righi: A economia do Brasil é a maior da Amé-rica Latina, um dos países que mais cresce no mundo e está destinado a figurar entre os cinco primeiros nas próximas décadas. O Brasil liderou o fenômeno das multinacionais na América Latina, que viu as empresas locais se tornarem player globais bem-sucedidos. Não há dúvida de que o Brasil se destaca como o líder econômico na região e isso também pode ajudar outros países latino-americanos a aumentar sua produtividade econômica.

Crise na zona do euro: impactos e lições que aprendemos

Luiz Valente: A situação nos mostra a necessidade do

MULTILATINASDe um grupo de 100 empresas multilatinas existentes no mundo (companhias com mais de US$ 500 milhões de faturamento anual e presentes em pelo menos três países latino-americanos), 34 são brasileiras, segundo levanta-mento realizado pelo Boston Consulting Group (BCG). Para especialistas, esta é uma condição que pode ser ampliada rapidamente.

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