2013195 - Internacionalização Da Educação Superior

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    INTERNACIONALIZAO DA EDUCAO SUPERIOR NO MERCOSUL: NOVASTENDNCIAS NAS UNIVERSIDADES PBLICAS DE BRASIL E ARGENTINA

    Agnes Francisca Duarte Bezerra - UNLZ

    RESUMOEste trabalho tem como objetivo a realizao de uma anlise comparativa das novastendncias de algumas universidades pblicas de Brasil e Argentina frente ao processo deinternacionalizao da Educao Superior no MERCOSUL, no contexto da globalizao, a

    partir dos planos de governos e das instituies de educao superior. Para ser alcanado oobjetivo proposto foi realizada uma reviso bibliogrfica e explorao documental dasseguintes universidades, UNILA, UNILAB, UFFRS, UNLZ e UBA, quanto ao processo deinternacionalizao em seus territrios acadmicos. Os desafios ora encontrados estorelacionados anlise comparativa das polticas governamentais e institucionais que facilitamo processo de internacionalizao no Brasil e Argentina, visto que tais polticas se dividem emdois nveis, entrada e sada de acadmicos entre os pases. Logo, o processo de

    internacionalizao educacional enfrenta desafios alm dos territrios acadmicos. Noentanto, mais que pensar numa internacionalizao para a integrao da educao superior noMERCOSUL, deve-se construir novos modelos de universidades capazes de promover umainternacionalizao do conhecimento, respeitando s especificidades socioculturais dos povos

    para um desenvolvimento econmico e social da regio.

    Palavras-chave: Internacionalizao da Educao Superior; Educao Comparada;Universidades e MERCOSUL.

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    INTRODUO

    A educao superior vem passando por inmeras transformaes polticas,administrativas, econmicas e acadmicas. Nos ltimos vinte anos, essas transformaes tmse acentuado, principalmente, quando se observa a dimenso que a educao superior alcanaem escala planetria. A massificao como ficou conhecido esse processo, exige que os pasesconstruam polticas e acordos capazes de contriburem para o fortalecimento da educaosuperior, e a partir dela promover desenvolvimento econmico e social.

    No entanto, essa massificao vem contribuindo para o surgimento de um novomodelo de educao superior, quela que internacional, onde acadmicos compartilhamconhecimentos j definidos ou criam novos conhecimentos com base na mobilidade eintercmbio, que ora acontece em escala planetria, entre pases desenvolvidos e/ousubdesenvolvidos. Nesse contexto, surgem inquietaes sobre o processo deinternacionalizao da educao superior e os novos modelos de universidades, que deveroser analisadas.

    Tais transformaes esto permitindo uma reorganizao das polticas educacionaiselaboradas pelos governos federais, assim como pelas prprias Instituies de EnsinoSuperior (IES), promovendo uma nova configurao da educao superior, um novo

    paradigma, capaz de gerar grande desenvolvimento poltico, econmico e social atravs deacordos bilaterais. Contudo, a necessidade de traar um entendimento sobre as polticasgovernamentais e institucionais so primordiais para uma concluso acerca desse processo deinternacionalizao.

    Com a criao de blocos econmicos ocorre um fortalecimento da internacionalizaoda educao superior, que j se faz presente h longas datas, e uma definio mais precisa doque se deseja alcanar com esse modelo de educao. O MERCOSUL, bloco regional, que a

    priori, foi formado por quatro pases natos Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, vempresenciando um acelerado crescimento da internacionalizao da educao superior. H umfluxo cada vez mais intenso de estudantes, professores e cientistas entre os espaos dasuniversidades dos pases membros, com destaque especial, preservao, na maioria das

    vezes, do processo de comunicao bilngue (portugus-espanhol). Esse momento permite aospases compartilharem conhecimentos que vm ao encontro de um desenvolvimento cientficoe cultural, garantindo respeito s desigualdades regionais.

    Os acordos e tratados assinados pelos pases do MERCOSUL, em especial, Argentinae Brasil esto numa escala para alm do territrio do cone sul, pode-se dizer que esses pasesconstroem uma internacionalizao de educao superior transocenica, ao se analisar osacordos bilaterais com pases europeus, asiticos e africanos. Tais medidas e acordos geramquestionamentos como, quais as polticas adotadas pelos governos da Argentina e Brasil paraa construo do processo de internacionalizao da educao superior, e quais os planos,estratgias utilizadas pelas universidades para atrair alunos estrangeiros para seus territriosacadmicos. Logo, o que se percebe a construo de novos modelos universitrios ou a

    reestruturao daqueles j existentes, para se afirmar as novas tendncias de construo deconhecimento, a internacionalizao.

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    Este trabalho tem como objetivo a realizao de uma anlise comparada das novastendncias de algumas universidades pblicas do Brasil e Argentina frente ao processo deinternacionalizao da Educao Superior no MERCOSUL, no contexto da globalizao, a

    partir dos planos de governos e das prprias instituies de educao superior. AUniversidade da Integrao Latino-Americana UNILA, localizada na cidade de Foz doIguau, estado do Paran, sul do Brasil, na trplice fronteira Brasil/Paraguai/Argentina, aUniversidade da Integrao Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - UNILAB, localizadana cidade de Redeno, estado do Cear, nordeste brasileiro, a Universidade Federal daFronteira Sul - UFFS, com sede localizada na cidade de Chapec, Santa Catarina, na regiosul, a Universidade Nacional Lomas de Zamora UNLZ, localizada no municpio de Lomasde Zamora, provncia de Buenos Aires, na Argentina e Universidade de Buenos AiresUBA,localizada na capital da Argentina, sero o referencial para uma anlise comparada do

    processo de internacionalizao da educao superior no MERCOSUL. Contudo, para que sepossa alcanar o objetivo proposto faz-se necessrio um levantamento de fontes bibliogrficase documentais que venham d suporte a estruturao deste projeto de pesquisa.

    A internacionalizao , no momento atual, elemento essencial para se analisar ecomparar o desenvolvimento da educao superior no MERCOSUL. Nesse conjunto, foirealizada uma reviso bibliogrfica contemplando autores e pesquisadores renomados em

    discusses educacionais. Sobre o processo de internacionalizao foram analisadas obras deCludio Rama, Mabel Dvila, Jorge Pons, Marginson, Rhoades, Marlia Morosini, Guy Haug,Rosa Acevedo Marin, Azevedo, Karl Deutsch, Maria Rosimary S. dos Santos e Ana MariaCambours de Donini, Mabel Dvila e Philip G. Altbach;Este trabalho est dividido em trsitens com a seguinte estrutura: I- Internacionalizao da Educao Superior; II- Brasil eArgentina novas tendncias para uma internacionalizao da educao superior; III Concluso.

    I- INTERNACIONALIZAO DA EDUCAO SUPERIOR.

    O processo de internacionalizao da educao superior se intensificou a partir dosanos de 1990, do sculo XX, no ento chamado sistema neoliberal. A partir da, a educaosuperior passou a ser incorporada como um produto da rea de comrcio internacional,controlada pelo Acordo Geral sobre Comrcio de Servios (GATTS) da Organizao Mundialdo Comrcio (OMC).

    Esses primeiros anos foram marcados por profundas transformaes polticas eeconmicas em vrios pases do mundo. O espao geogrfico mundial passou por vrias(re)organizaes capazes de configurar novos rumos para o desenvolvimento da humanidade.Em meio a tantas transformaes, a educao superior anuncia seu mais novo paradigma,construdo em meio ao uso das mais sofisticadas tecnologias de informaes e comunicaes

    possibilitando o surgimento de diferentes modalidades de ensino, o que vem contribuindo

    para seu intenso processo de expanso em escala intra e internacional. Esse novo modelo deeducao superior permite a construo de uma internacionalizao, a qual se torna realidadeem escala mundial, e com ela surge uma nova diviso internacional do trabalho, tambm,

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    conhecida como diviso internacional do trabalho acadmico, na qual cada pas assume umaespecializao no ramo do conhecimento, aproveitando o momento para manter vantagenscompetitivas (RAMA, 2009).

    No campo econmico, os pases promovem uma integrao regional a qual ospermitem um maior fortalecimento e desenvolvimento de suas economias. Contudo, aintegrao regional da educao superior vislumbra um novo e complexo paradigma, aampliao do processo de internacionalizao do conhecimento com a expanso damobilidade de um nmero cada vez maior de estudantes e acadmicos estrangeiros, os quaisse encontram entre os elementos mais visveis do internacionalismo da educao superior, deacordo com Altbach, 2009.

    No Brasil, o processo de internacionalizao da educao superior vem sendoconstrudo a passos largos com planos e aes do prprio governo federal ao criaruniversidades federais, a partir de 2008, cujo objetivo ampliar a oferta a alunos estrangeirosem seus mais diversos cursos de graduao e ps-graduao. Por outro lado, a Argentinaamplia a internacionalizao da educao superior em seu territrio ofertando cursos de ps-graduao, especialmente, a alunos estrangeiros em suas universidades federais.

    A internacionalizao da educao superior permite a construo de reas semelhantess reas dos blocos econmicos, possibilitando, neste caso, o fluxo de conhecimento entre os

    pases membros, cujo objetivo se acentua na capacidade de autodesenvolvimento de suasnaes. Nesse novo contexto, a educao superior se concretiza, principalmente, atravs deduas vias: a da mobilidade de estudantes, acadmicos e profissionais e a expanso da ofertaeducativa transnacional (DVILA, 2009, p.87). Contudo, a conseqncia mais visvel destefenmeno a articulao e integrao entre os diferentes sistemas nacionais com o objetivode facilitar esta mobilidade.

    No entanto, com o avano das Tecnologias de Informao e Comunicao (TIC) queos sistemas educacionais se fortalecem a partir da transmisso de informaes em um espaode tempo cada vez mais curto e territorialmente mais amplo. Esses avanos permitem aoconhecimento romper fronteiras polticas e culturais, proporcionando o intercmbio deconhecimentos atravs dos sistemas interativos (PONS, 2009), integrando a educao em

    espaos contnuos como o caso do Espao Europeu Educao Superior (EEES), ou emespaos descontnuos, como exemplo, a Comunidade dos Pases de Lngua Portuguesa(CPLP), a qual se fortalece com a criao da Universidade da Integrao Lusofonia Afro-Brasileira. Neste sentido, a internacionalizao a globalizao da educao superior, odesenvolvimento do aumento de sistemas educacionais integrados e as relaes universitriasalm da nao (MARGINSON; RHOADES 2002 apud MOROSINI, 2006, p.115).

    Em meio a essas transformaes, a educao continua sendo classificada como umbem pblico global. O direito educao um direito humano fundamental, a possibilidadede acesso universal a ela, em igualdade de condies para os indivduos, tambm o s. Nessemarco vlida sem dvida, a proposta de uma genuna internacionalizao da educao,construda sobre bases solidrias e respeitosas da idiossincrasia e as identidades culturais de

    cada povo (PONS, 2009, p.27).Mas, o que se vem percebendo no processo de internacionalizao o surgimento de

    inmeras tenses sociais e econmicas, dadas pelo incremento da competncia, novos

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    paradigmas educativos que se confrontam com as realidades tradicionais, e um diretoincentivo a mercantilizao da educao como afirma, Cludio Rama, 2009.

    A internacionalizao da educao superior uma realidade concreta, a constituiodo Espao Europeu de Educao Superior (EEES), que foi concretizado em 2010, deu Unio Europeia (UE) o ttulo de pioneira neste processo, garantindo aos estudantes o direito amobilidade interuniversitria com a utilizao de crditos acadmicos. A UE, mas uma vez seantecipa para o desenvolvimento de um sistema de ensino cada vez mais eficiente, agora, aoestabelecer os objetivos a serem alcanados at 2020, onde se visa "reduzir a taxa deabandono escolar precoce para menos de 10%; aumentar para, pelo menos, 40% a

    percentagem da populao na faixa etria de 30-34 anos que possui um diploma do ensinosuperior". Acredita-se que a melhoria do indicador educacional servir para aumentar a

    possibilidade de emprego e consequentemente promover a reduo da pobreza.(EUROPE2020). s perspectivas frente ao EEES permitir que essa nova modalidade deensino estenda-se por todos os nveis entre os pases que fazem parte desse acordoeducacional, como afirma Guy Haud (2009, p. 97) "el proceso de convergencia educativaeuropea hacia objetivos europeos se extendi a todos los niveles y partes de los sistemaseducativos", promovendo uma internacionalizao mais complexa e completa.

    Segundo Acevedo Marin & Brasil (2004, p.14) a internacionalizao da educao

    uma denominao para a utilizao plena das atividades de cooperao internacional entrediversas instituies educacionais em todo o mundo. Logo, pode-se afirmar que o processode internacionalizao educacional se fortalece com o estabelecimento de acordos bi emultilaterais, estabelecidos com cooperaes internacionais. Para o Brasil, as cooperaesinternacionais ligadas diretamente educao envolvem tentativas de valorizar esses serviosno MERCOSUL, como afirma Acevedo Marin & Brasil (2004, p.15),

    A partir de 1998, o MERCOSUL vem sendo acionado pelo governo brasileiro paratratar de encontrar opes que valorizem os servios educacionais na dimenso dacooperao, produzindo, como resultados programas especficos no CNPq e naCAPES, que estimulam os Estados brasileiros, normalmente limtrofes aos

    participantes do MERCOSUL, a beneficiarem-se desta ferramenta para fortalecer o

    apoio s atividades educacionais nestes pases, centrando-se, porm, nas misses deestudos e atividades cientficas.

    Segundo Azevedo (2008, p.876), a internacionalizao no um fenmeno

    metafsico de transposio de fronteiras, mas, sim, um complexo processo de integrao a umcampo acadmico mundializado em que os diversos atores sociais travam relaes com vistasa intercambiar, a cooperar e a compartilhar solidariamente no mbito de suas aes sociais eespaos de influncia no que se relaciona ao conhecimento, cincia, tcnica, s artes e acultura.

    Assim, torna-se inegvel o compartilhamento para a construo de um novo modelode educao, com a participao de pesquisadores, estudiosos, cientistas, professores e

    estudantes dos mais diferentes pases do mundo, o que de fato se constitui em umainternacionalizao da educao, em especial da educao superior. A mobilidade deconhecimento pela mais rpida via de transporte, atualmente, a internet, com uso de fibra

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    ptica, contribui massivamente para a construo desse novo modelo de educao. Essadinmica se acentua com a mobilidade de estudantes e professores utilizando os mais variadosmeios de transportes, consagrando uma participao in loco, permitindo a concretizao dotradicional modelo de educao baseado na relao presencial professor-aluno, o qual de fato,ainda hoje, considerado o mais seguro modelo de construo de conhecimento.

    A internacionalizao est estritamente vinculada ao processo de integrao, poissegundo DEUTSCH (1990, p.10) uma integrao plena se d no somente pela viaeconmica, mas tambm pela poltica, social e cultural. Elas podem acontecer todas juntas ouseparadamente, pois so estgios distintos de um processo integratrio. A integrao regional na maior parte das vezes apenas definida pelo vis econmico, relegando outros aspectosque iro, de fato, dar coeso interna a um bloco regional.

    Na ltima dcada do sculo XX, o processo de integrao foi visto como umanecessidade para atender s exigncias das mudanas na sociedade, e a oportunidade para sechegar ao desenvolvimento. Contudo, la integracin no ser un instrumento genuino para elmejoramiento de las condiciones de vida de la poblacin, sino solamente un paso necesario

    para racionalizar el funcionamiento de la sociedad de consumo (PONS, 2009, p.31).As discusses sobre o processo de integrao vm ganhando uma dimenso cada vez

    mais ampla, ao longo dos anos. Na Conferncia preliminar de Havana em novembro de 1996,

    defendeu-se a idia de promover a integrao cultural e educativa, com a mobilidadeestudantil, acadmica e profissional, como a etapa inicial para a integrao poltica eeconmica, ou seja, uma internacionalizao. Tais ideias foram reforadas em outubro de1998, quando da Conferncia Mundial da UNESCO, onde se passa a estimular 'elintercambio de conocimientos, la criacin de sistemas interactivos, la movilidad de profesoresy estudiantes y los proyectos de investigacin internacionles.', respetando 'las identidadesculturales y sociales' (PONS, 2009, p.37).

    Porm, a integrao no um fato acabado, nem apenas um marco, mas um processo.Este processo vai se consolidando por meio da criao de instituies supranacionais etransnacionais (DEUTSCH, 1957 apud MARTINS, 2010, p.15).Segundo Altbach (2009, p.253-4),

    las instituiciones acadmicas son internacionales. Estn relacionadasms all de las fronteras por una tradicin histrica comn. Tambinse conectan a partir de una red de conocimientos internacional, quecomunica las investigaciones en todo el mundo (...). La universidades, ms que ninguna otra instituicin, internacional por naturaleza. Lasuniversidades de ms alto nivel y sus acadmicos y cientficos estndirectamente incluidas dentro de la red interncional. Los que estn enla periferia, en cambio, pueden no estar incluidos directamente, perode todos modos resultan afectados por ellas. En un mundo en el cuallas relaciones internacionales en el comercio, la ciencia y la tecnologa

    se consideran fundamentales para la 'competitividad', el papelinternacional de la academia es an ms important.

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    Neste contexto, a Unio Europeia tornou-se o expoente no processo deinternacionalizao da educao superior. A integrao educativa se inicia com a Declaraode Sorbonnede maio de 1998 e a Declarao de Bolonhade junho de 1999, com vistas construo do Espao Europeu de Educao Superior (EEES), cujo objetivo declarado para asua criao consistiria na possibilidade de favorecer a mobilidade dos cidados, a obteno deempregos e o desenvolvimento do continente, como afirmam Santos e Donini, 2010. Parafacilitar o processo de integrao educacional foi criado o Sistema de Crdito Europeu,

    permitindo o reconhecimento de titulaes e perodos de estudos assim como a mobilidade deestudantes entre pases (DVILA, 2009, p.87).

    Por outro lado, SANTOS e DONINI, 2010 afirmam que na Amrica Latina:

    As universidades latino-americanas vm desenvolvendo aes quetendem articulao, cooperao e convergncia em vriasmodalidades de vinculao, como por exemplo: a integrao

    promovida por agentes econmicos e organizaes da sociedade civilcom participao das universidades; a cooperao cientfica e osintercmbios bilaterais de investigadores entre ps-graduaes,institutos e centros de pesquisa universitrios; as redes de

    universidades, como o Grupo Montevidu; o Setor Educativo doMERCOSUL (SEM) como instituio intergovernamental.

    O Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) desde a sua criao em 1991, com aassinatura do Tratado de Assuno pelos seus participantes (Argentina, Brasil, Paraguai eUruguai) j destacava um captulo especfico para a educao, fortalecendo e dinamizando o

    processo de integrao entre os pases membros. A integrao educacional inicia-se com aassinatura doProtocolo de Intenes, em 13 de dezembro de 1991, na cidade de Braslia pelosministros da educao dos pases integrados ao bloco regional (SANTOS & DONINI, 2010).

    Apesar da existncia de muitos desafios, o processo de integrao educacional no cone

    sul tem avanado de forma significativa deste a criao do Setor Educativo do MERCOSUL(SEM). O seu avano tem se dado em etapas, cuja, a primeira caracteriza-sepela construodas estruturas operativas do SEM. Na segunda, o objetivo foi reafirmar a identidadecultural, alcanar a transformao produtiva com equidade e fortalecer a democracia no marcoda integrao, atravs de polticas de impacto direto sobre os sistemas educativos (SANTOS& DONINI, 2010).

    Em sua terceira etapa, em 2001 o Setor Educativo do MERCOSUL aprovado,juntamente com seus objetivos, os quais so:

    Contribuir aos objetivos do MERCOSUL conformando um espaoeducativo comum, estimulando a formao da conscincia cidad para

    a integrao, a mobilidade e os intercmbios com o objetivo de lograruma educao de qualidade para todos, com ateno especial aossetores mais vulnerveis em um processo de desenvolvimento com

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    justia social e respeito diversidade cultural dos povos da regio(MERCOSUL, 2000 apud SANTOS & DONINI, 2010).

    O processo de integrao educacional no MERCOSUL, apesar dos avanos tericos,tem encontrado percalos para que de fato possa ser posto em prtica, no entanto ainternacionalizao da educao superior e, consequentemente, o conhecimento no cone sulvem conquistando um espao cada vez mais amplo com mobilidade e intercmbio deacadmicos. A integrao educacional uma etapa necessria para a organizao edesenvolvimento de blocos regionais, mas no se pode deixar de lado o respeito sespecificidades de cada povo, principalmente se essa diversidade se encontrar no mesmoterritrio nacional.

    II- BRASIL E ARGENTINA - NOVAS TENDNCIAS PARA UMAINTERNACIONALIZAO DA EDUCAO SUPERIOR.

    Com uma abordagem essencialmente qualitativa, neste trabalho foi realizada umacorrelao informacional, com base na anlise de planos, tratados, leis e acordosgovernamentais e institucionais, assim como artigos e livros que fazem referncia ainternacionalizao da educao superior no MERCOSUL.

    Foram selecionadas algumas universidades de Brasil e Argentina para este estudo,levando-se em considerao dados bibliogrficos e documentais das instituies, eanalisando-se os planos de internacionalizao propostos. Como exemplo dessasuniversidades que serviram como objetos de estudos tem-se, a Universidade Federal daFronteira Sul (UFFS), a Universidade Federal da Integrao Latino-Americana (UNILA), aUniversidade da Integrao Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), essas

    localizadas no Brasil; a Universidade de Buenos Aires (UBA) e a Universidade NacionalLomas de Zamora (UNLZ), ambas localizadas na Argentina.Para melhor entendimento e organizao ser obedecida a ordem dos pases e

    universidades estabelecidas no exemplo acima.

    BrasilA ltima dcada dos anos de 1900 foi marcada por grandes mudanas em escala

    planetria, novas configuraes econmicas e polticas foram traadas para um Estado quepassa de controlador a regulador. No Brasil, o sistema neoliberal impulsiona a economiaassim como, a educao superior, para uma nova trajetria marcada pelo campo dacompetitividade. Segundo SGUISSARDI (2009, p. 209), no diagnstico neoliberal a educao

    superior deveria tornar-se um promissor mercado ou quase mercado de servios a serregulamentado no mbito dos Acordos Gerais e no do Comrcio e Servios (AGCS) daOrganizao Mundial do Comrcio (OMC).

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    Nesta perspectiva, a educao superior brasileira, representada pelas IES, presenciammomentos de recesso, com "sucateamento" de prdios e desvalorizao dos profissionais(docentes e administrativos). Tal situao serve como estmulo para a criao de IES privadas,com ampliao do nmero de vagas ofertadas por estas instituies e a valorizao dasmesmas. No entanto, no governo Lula (2003 - 2010) as polticas construdas para a educaosuperior restabeleceram a valorizao e o fortalecimento das IES pblicas, iniciando-se umnovo perodo, aonde vem se dando continuidade com o governo de Dilma Rousseff (2011 -2014).

    Em 2007, o governo brasileiro atravs do Decreto n 6.096 de 24 de abril de 2007,institui o Programa de Apoio a Planos de Reestruturao e Expanso das UniversidadesFederais - REUNI, cujo "objetivo de criar condies para a ampliao do acesso e

    permanncia na educao superior no nvel de graduao, pelo melhor aproveitamento daestrutura fsica e de recursos humanos existentes nas universidades federais." No seu artigo 2,inciso II, o programa estabelece a seguinte diretriz: "ampliao da mobilidade estudantil, coma implantao de regimes curriculares e sistemas de ttulos que possibilitem a construo deitinerrios formativos, mediante o aproveitamento de crditos e a circulao de estudantesentre instituies, cursos e programas de educao superior;".

    Essa medida, estabelecida pelo governo Lula, tem permitido uma expanso da

    estrutura fsica de novas universidades instaladas pelo interior, longe dos grandes centrosurbanos, sendo esse o diferencial, e um crescimento do nmero de vagas ofertadas, tanto, aalunos brasileiros quanto estrangeiros nos cursos de graduao e ps-graduao. Segundo a

    presidente Dilma Rousseff, em seu pronunciamento "caf com a presidente" de 22/08/2011 oprocesso de expanso das universidades federais foi iniciado "entre 2003 e 2010, perodo emque foram criadas 14 universidades federais e 126 novos campi universitrios", fazendo-seuma previso para at 2014, "sero inauguradas quatro novas universidades federais, no Nortee no Nordeste, 47 novos campi a partir da expanso de universidades j existentes".

    Com o objetivo de promover a consolidao, expanso e internacionalizao dacincia e tecnologia, o governo federal atravs de parcerias entre os Ministrios da Educao(MEC), Cincia, Tecnologia e Inovao (MCTI), Conselho Nacional de Desenvolvimento

    Cientfico e Tecnolgico (CNPq) e Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de NvelSuperior (Capes), lanou o programa cincia sem fronteiras, o qual garantir o intercmbio e amobilidade internacional de alunos de graduao e ps-graduao. A previso que serodisponibilizadas 101 mil bolsas de apoio para que alunos brasileiros possam fazer "estgio noexterior com a finalidade de manter contato com sistemas educacionais competitivos emrelao tecnologia e inovao. Alm disso, busca atrair pesquisadores do exterior quequeiram se fixar no Brasil ou estabelecer parcerias com pesquisadores brasileiros (...)".(Cincia sem Fronteiras - 2013)

    O governo federal brasileiro vai alm dos objetivos e diretrizes do REUNI, e doPrograma Cincia sem Fronteiras. A partir do Projeto Milton Santos de Acesso ao EnsinoSuperior (Promisaes), estudantes estrangeiros, de pases com os quais o Brasil mantm

    acordos - em especial os latino-americanos e africanos - nas reas de educao e cultura, queestejam regularmente matriculados nas instituies federais de educao superior que fazem

    parte do Programa Estudante-Convnio de Graduao (PEC-G), podem receber apoio

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    financeiro para sua manuteno durante o curso, no valor de um salrio mnimo mensal. Essamedida, no apenas garante a permanncia de estudantes nas IES como promove ofortalecimento da internacionalizao do conhecimento em territrio brasileiro.

    Esse novo perodo pelo qual passa a educao superior brasileira marcado pelaconstruo de novas IES pblicas, as quais traam inovadoras metas e objetivosacompanhando as exigncias do processo de globalizao. Como destaque inicial, aUniversidade da Integrao Latino-Americana - UNILA, localizada na cidade de Foz doIguau, estado do Paran, regio sul do Brasil, uma universidade de carter internacional,sendo que 50% dos alunos e docentes so brasileiros e os outros 50% so provenientes deoutros pases da Amrica Latina. No espao fsico da UNILA so utilizadas duas lnguas -

    portugus e espanhol - sendo constituda por um sistema bilngue, e respeito diversidadecultural.

    De acordo com o Projeto lei n 2.878/2008 que cria a UNILA, essa universidadepromover o intercmbio acadmico e a cooperao solidria com os pases que integram oMERCOSUL e com os demais pases da Amrica Latina. Um dos objetivos propostos formar recursos humanos aptos a contribuir com a integrao latino-americana, com odesenvolvimento regional e com o intercmbio, cultural, cientfico e educacional da AmricaLatina, especialmente no MERCOSUL. Sendo um novo modelo de universidade, a UNILA

    promover a integrao regional e proporcionar ao espao brasileiro participar dainternacionalizao da educao superior.A lei n 12.289 de julho de 2010 criou a Universidade da Integrao Internacional da

    Lusofonia Afro-Brasileira - UNILAB, localizada na cidade de Redeno, estado do Cear, naregio nordeste do Brasil. Em seu artigo 2 est definido o objetivo, o qual ser:

    Ministrar ensino superior, desenvolver pesquisas nas diversas reas de conhecimentoe promover a extenso universitria, tendo como misso institucional especficaformar recursos humanos para contribuir com a integrao entre o Brasil e os demais

    pases membros da Comunidade dos Pases de Lngua Portuguesa - CPLP,especialmente os pases africanos, bem como promover o desenvolvimento regionale o intercmbio cultural, cientfico e educacional.

    A "cooperao internacional, pelo intercmbio acadmico e solidrio com pasesmembros da CPLP, especialmente os pases africanos, pela composio de corpo docente ediscente provenientes do Brasil e de outros pases" (...), como caracterstica de sua atuao definida em seu pargrafo 1. Neste caso, a UNILAB, tambm, palco do processo deinternacionalizao da educao superior em territrio brasileiro, destacando-se pelaintegrao formada por espaos descontnuos, ou seja, o encontro de alunos de pases quefalam a lngua portuguesa, localizados nos mais diferentes continentes do mundo.

    A Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS analisada devido proximidadecom os pases do MERCOSUL, e ao seu amplo territrio de atuao. Criada pela lei n 12.029de 15 de setembro de 2009, a UFFS tem campus distribudos pelos trs estados da regio sul

    do pas, com sede localizada na cidade de Chapec, estado de Santa Catarina. Conforme oartigo 2:

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    A UFFS ter por objetivo ministrar ensino superior, desenvolver pesquisas nasdiversas reas do conhecimento e promover a extenso universitria, caracterizandosua insero regional mediante atuao multicampi, abrangendo,

    predominantemente, o norte do Rio Grande do Sul, com campi nos municpio deCerro Largo e Erechim, o oeste de Santa Catarina, com campus no municpio deChapec, e o sudoeste do Paran e seu entrono, com campi nos municpio deLaranjeira do Sul e Realeza.

    Apesar de no definir em seus objetivos nenhum processo de integrao, intercmbio

    com docentes e discentes de outros pases, a UFFS faz parte da anlise do processo deinternacionalizao da educao superior por suas localizaes, extremo sul do pas, e a

    proximidade com os pases, membros natos, do MERCOSUL, tal localizao veminfluenciando ou proporcionando uma internacionalizao do conhecimento nessa regio.

    ArgentinaO governo Argentino atravs do Ministrio da Educao vem promovendo aes no

    sentido de incentivar uma maior internacionalizao da educao superior. A criao doPrograma de Internacinalizacin de la Educacin Superior Y Cooperacin Internacional, como objetivo de "maximizar el aprovechamiento de las oportunidades que el mundo de lacooperacin educativa y acadmica ofrecen en el mbito nacional, regional e internacional", um exemplo dessas aes.

    O processo de internacionalizao da educao superior na Argentina vem de longasdatas se mostrando cada vez mais competitivo. Outro destaque o Programa de MobilidadeAcadmica Internacional (PROMAI), onde o objetivo "favorecer y estimular la movilidadinterncaional de docentes e investigadores de la UBA con intituiciones del exterior eviceversa, propiciando el intercambio y el enriquecimiento acadmico y cientfico mutuos."(UBA - 2013). Por outro lado, no se pode deixar de mencionar a presena de alunosestrangeiros, inclusive brasileiros, nos cursos de graduao e ps-graduao da Universidadede Buenos Aires - UBA, cuja localizao na capital Argentina. Tal relao proporciona emterritrio argentino o processo de internacionalizao da educao superior.

    Assim como est ocorrendo no Brasil, a internacionalizao da educao superior naArgentina est passando por um processo de descentralizao, ou seja, a mobilidade de alunosestrangeiros, ganha espao nas universidades localizadas nas pequenas cidades, longe dosgrandes centros urbanos. Neste caso, pode-se citar o deslocamento de alunos brasileiros para aUniversidade Nacional Lomas de Zamora (UNLZ), localizada na cidade de Lomas deZamora, provncia de Buenos Aires, para os cursos de ps-graduao, mestrado e doutoradonas reas de educao e direito, respectivamente. Essa mobilidade acadmica vem permitindoo intercmbio de conhecimento cientfico e cultural entre brasileiros e argentinos.

    Para que uma universidade passe a investir na integrao regional ou nainternacionalizao da educao superior no necessrio que esteja explcito em seuobjetivo ou misso. A UNLZ, no faz nenhum tipo de meno internacionalizao ou

    integrao como se pode confirmar em seu Estatuto, artigo 1: a UNLZ tem como misso"crear, preservar y transmitir la cultura universal, reconocer la liberdad de ensear, aprender,investigar y promover la formacin plena del hombre como sujeto y destinatario de la

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    cultura", mas avana na construo de uma educao internacional, contribuindo para umamelhor aproximao entre latinos-latinos e latinos-africanos.

    A mobilidade de estudantes e pesquisadores brasileiros em direo Argentina e aoutros pases; assim como de argentinos em direo ao Brasil e a outros pases contnua; domesmo modo a entrada de acadmicos e cientistas vindos de vrios pases, principalmente,africanos tambm dinmica nos territrios acadmicos de Brasil e Argentina,

    proporcionando uma internacionalizao da educao superior em ritmo acelerado.A busca por essa internacionalizao e a quase inexistncia de universidades

    construdas com tais objetivos faz com que as IES tradicionais iniciem o desenvolvimento deaes voltadas para a internacionalizao, permitindo com que a globalizao da educaosuperior se concretize. Tais tendncias para o processo de internacionalizao da educaosuperior no Brasil e Argentina, vm ao encontro do aumento do nmero de vagas ofertadas aestudantes e pesquisadores que buscam maior qualificao profissional dentro do continentelatino americano.

    III- CONCLUSO.

    A educao superior vem passando por grandes transformaes, cada vez maisintensas e velozes. O contnuo fluxo de informaes e pessoas pelo mundo permite aocorrncia de mudanas extraordinrias na economia, poltica assim como, nos sistemaseducacionais. Construir conhecimento em escala planetria de forma conectada com as maisdiversas lnguas e culturas permitir a construo de um novo modelo de educao,caracterizado como, o novo paradigma da educao superior.

    Desse modo, estruturar o conhecimento atravs de acordos e tratados internacionaisentre governos e instituies torna-se o cerne par um novo modelo de educao. Reconfiguraras universidades, j existentes, como tendncias atuais, para se inserirem em mbito global,ultrapassando fronteias fsicas de territrios nacionais faz parte do intenso processo deinternacionalizao do conhecimento, garantindo uma conexo de saberes e culturas, com a

    mobilidade de estudantes, pesquisadores e professores nos mais diversos cursos de graduaoe ps-graduao existentes.Diante desse contexto, em que se insere a educao superior, o processo de

    internacionalizao torna-se elemento essencial para o crescimento cientfico e cultural entrepases do mundo. O compartilhamento do saber, do conhecimento algo imensurvel diantedas vantagens econmicas, sociais e polticas que se podem obter. Porm, no se podem negaras disparidades entre os graus de conhecimentos compartilhados pelos pases do mundo, ouseja, o "normal" que acadmicos de pases subdesenvolvidos ou em desenvolvimento

    busquem maior conhecimento em pases desenvolvidos, pois se acreditam que estes tm maisa oferecer.

    Segundo Ristoff e Giolo (2006), a educao superior em sua misso estratgica est

    associada, a uma imagem de futuro que se deseja para o pas, onde se comunga da ideia quenenhum pas pode aspirar desenvolvimento e independncia sem uma forte educao superior.

    Nestes termos, se aceita como viso o processo de internacionalizao educacional

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    considerado elemento chave, nos dias atuais, para o desenvolvimento simultneo entre ospases que participam de uma integrao regional, como o MERCOSUL.

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