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JORNAL DO SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE JOINVILLE E REGIÃO CORREIOS Pode ser aberto pela ECT DEVOLUÇÃO GARANTIDA Mudou-se Desconhecido Recusado Falecido End. Insuficiente Não existe n o indicado ____ / ____ / ____ ____ / ____ / ____ Reintegrado ao serviço postal em ________________________ RESPONSÁVEL SETEMBRO DE 2017 | NÚMERO 48 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA| www.sinsej.org.br Jornal do SINSEJ 9912405031/2016 - DR/SC SIND SERV MUN JVE Mala Direta Básica SERVIDORES EM ESTADO DE GREVE O exemplo da luta por EPIs nas subprefeituras Prefeitura de Itapoá tenta retirar direitos Desrespeito com trabalhadores na Unidade de Saúde Döhler aumenta carga horária arbitrariamente Falta de condições de trabalho, descontos salariais ilegais, retirada de direitos e desrespeito do governo levam trabalhadores ao limite da paciência pág. 3 Servidores do setor de obras de Joinville inspiram outras unidades a denunciar péssimas condições de trabalho pág. 3 Projeto protocolado sem consultar trabalhadores limita concessão de pensão por morte e tempo de licença-maternidade pág. 4 Local deveria ser ponto de apoio a quem está debilitado, mas quem procura atendimento sofre assédio moral pág. 4 Situação enfrentada no Centro de Atenção Psicossocial III é experiência para aumento de jornada de toda a categoria pág. 3 Tiago de Carvalho Funcionários negaram-se a arriscar a vida trabalhando sem equipamentos de segurança A luta de todos os setores precisa ser unificada para que a Prefeitura ouça as reivindicações Francine Hellmann Servidores compram materiais individualmente para deixar unidades abertas Centros de Educação Infantil relatam falta grave de profissionais nas unidades A resposta do governo será avaliada em assembleia dia 21/9, às 19h, no Sinsej

2017-9-11 Jornal Sinsej...horas semanais, sem aumento de salário. Esta jornada não é exigida em nenhum setor da Prefeitura. Um aumento abrupto e sem con-trapartida fi nanceira desta

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Page 1: 2017-9-11 Jornal Sinsej...horas semanais, sem aumento de salário. Esta jornada não é exigida em nenhum setor da Prefeitura. Um aumento abrupto e sem con-trapartida fi nanceira desta

JORNAL DO SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE JOINVILLE E REGIÃO

CORREIOSPode ser aberto pela ECT

DEVOLUÇÃO GARANTIDA

Mudou-seDesconhecidoRecusadoFalecidoEnd. Insufi cienteNão existe no indicado

____ / ____ / ____

____ / ____ / ____

Reintegrado ao serviço postal em

________________________RESPONSÁVEL

SeteMbrO De 2017 | NÚMerO 48 | DiStribuiÇÃO Gratuita| www.sinsej.org.br

Jornal do SINSEJ

9912405031/2016 - DR/SCSIND SERV MUN JVE

Mala DiretaBásica

SerViDOreS eM eStaDO De GreVe

O exemplo da luta por ePis nas subprefeituras

Prefeitura de itapoá tenta retirar direitos

Desrespeito com trabalhadores na unidade de Saúde

Döhler aumenta carga horária arbitrariamente

Falta de condições de trabalho, descontos salariais ilegais, retirada de direitos e desrespeito do governo levam trabalhadores ao limite da paciência

pág. 3

Servidores do setor de obras de Joinville inspiram outras unidades a denunciar péssimas condições de trabalho

pág. 3

Projeto protocolado sem consultar trabalhadores limita concessão de pensão por morte e tempo de licença-maternidade

pág. 4

Local deveria ser ponto de apoio a quem está debilitado, mas quem procura atendimento sofre assédio moral

pág. 4

Situação enfrentada no Centro de Atenção Psicossocial III é experiência para aumento de jornada de toda a categoria

pág. 3

Tiago de Carvalho

Funcionários negaram-se a arriscar a vida trabalhando sem equipamentos de segurança

A luta de todos os setores precisa ser unifi cada para que a Prefeitura ouça as reivindicações

Francine Hellmann

Servidores compram materiais individualmente para deixar unidades abertas

Centros de Educação Infantil relatam falta grave de profi ssionais nas unidades

A resposta do governo será avaliada em assembleia dia 21/9, às 19h, no Sinsej

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2 SETEMBRO DE 2017 | NÚMERO 48 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA www.sinsej.org.br Jornal do SINSEJ

O atual governo, des-de sua posse na primeira gestão, repete um discur-so moralista e populista de “combate aos desvios de conduta”. Com isso, alimen-ta um senso comum de ódio aos servidores e ao serviço público, com trágicas con-sequências aos trabalhado-res das diversas secretarias da Prefeitura e também aos usuários em última instân-cia.

O discurso do prefei-to tem vários objetivos. Em primeiro lugar, amedronta o servidor, coloca-o na defen-siva. Se somos acusados de “desvios de conduta”, há um esforço diário para provar que não cometemos os su-postos desvios. Isso leva a um condicionamento do tra-balhador, que não questiona, que cumpre fielmente todas as ordens impostas – por mais absurdas que pareçam – e que se adapta a qualquer condição.

Com isso, a Prefeitura fi-ca livre para restringir direi-tos (como a licença-prêmio e o abono natalino), não re-por materiais e equipamen-tos e, finalmente, não repor nem o pessoal necessário para atender a comunidade. A qualidade do trabalho des-penca e abre-se a justificati-va necessária para privatizar o serviço público, pois “só a iniciativa privada é capaz de fazer com qualidade”.

Mas o problema vai além. Acusando os servidores, o governo tira o foco dos ver-dadeiros sanguessugas do dinheiro público: comissio-nados sem fim indicados pe-los partidos que o apoiaram, esquemas antigos e requen-tados de transferência do di-nheiro para empresas, em-preiteiras, prestadores de serviços diversos – todos “amigos” e financiadores do grupo que se instalou no po-der.

Essa situação precisa ter fim. Nos últimos meses, o governo tomou uma série de iniciativas para amedron-tar ainda mais os servidores, amplificando o assédio mo-ral sobre cada trabalhador, com descontos ilegais na folha, ameaças de aumen-

to de jornada, fim do reces-so, transferências punitivas e baseadas em perseguição política e moral.

Só há um caminho a se-guir. Precisamos reagir de forma firme e organizada frente ao desmonte do ser-viço público na nossa cida-de. A cada dia, menos a po-pulação é atendida. A cada ataque, mais se deterioram as condições de atendimen-to dos usuários, seja na saú-de, educação, assistência social, obras, cultura...

Não temos o que temer. O pior a Prefeitura já está fa-zendo. O prejuízo financeiro e moral é imposto a cada dia e vem aumentando. Ou rea-gimos ou não sobrará resquí-cio do bom ambiente de tra-balho que um dia podemos ter tido.

Por isso, deflagramos o Estado de Greve. Não é por aumento de salário. Não é por dinheiro. É por condições de trabalho. É por dignidade. É pela defesa do serviço pú-blico de qualidade para toda a população.

Não fique em dúvida. É hora de lutar! Eleja seu re-presentante. Participe da próxima assembleia em 21 de setembro, às 19 horas, no sindicato. Prepare-se pa-ra a luta!

Chega de levar “porrada”!

charge - vitor teixeira

Envie pautas para [email protected]

Os Centros de Educação In-fantil (CEIs) de Joinville estão operando com falta grave de pessoal. O problema, que se ar-rasta há meses, prejudica o tra-balho dos servidores e o atendi-mento à comunidade. Apenas em um dos CEIs, da Zona Les-te, faltam cinco professores. Além disso, trabalhadores rela-taram assédio moral nos locais de trabalho. É preciso unificar a categoria para resolver essa si-tuação, que tem atingido todos os setores.

A Prefeitura de Joinville tem impedido os diretores do Sinsej de entrar em diversos locais de trabalho, sendo mais recorrente no Hospital Municipal São José. Essa é uma tentativa clara de im-pedir a organização da categoria e, ao mesmo tempo, esconder da população os mais constan-tes problemas. Até mesmo a imprensa da cidade tem sido barrada nesses locais. O Sinsej denuncia e repudia essa prática.

Impulsionada pelo movi-mento Escola Sem Partido, a Lei da Mordaça continua sendo uma ameaça a estudantes e pro-fessores de todo o país. A pou-ca adesão nos atos ocorridos em 15 de agosto demonstrou que não há apoio popular à propos-ta. No entanto, o número de lu-gares onde ela está sendo pro-tocolada aumenta. O Sinsej foi atuante na mobilização contra a Lei da Mordaça em Joinville e continuará firme contra este absurdo, que agora tramita na Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Organizar os trabalha-dores contra este projeto é de-fender a educação.

Este ano, o governo ainda não fez o pagamento às equi-pes que aderiram ao Pmaq. Isto porque a Secretaria da Saúde busca alterar a distribuição da verba. Os servidores estão mo-

Os coveiros foram surpreen-didos com anúncio de redução de insalubridade de 40% para 20%. A justificativa foi a reali-zação de laudo técnico. Porém, nenhum trabalhador foi procu-rado por perito. O Sinsej bus-ca esclarecimentos dos critérios usados para tal decisão junto à Prefeitura e convida os coveiros para a assembleia do dia 21.

Falta de pessoal nos CEIs

Prefeitura fere liberdade sindical

Contra a Lei da Mordaça

Pmaq ainda não foi pago

Insalubridade dos coveiros cortada

editorial ulrich beathalter

curtas

bilizados e aguardam resposta do governo. A questão será dis-cutida em assembleia geral, dia 21/9, às 19 horas, no Sinsej.

Aline Seitenfus

Protesto em 7 de setembroservidores participaram do grito dos excluídos em 7 de setembro, expondo os problemas do serviço público. outros movimentos sociais apresentaram pautas como déficit de moradias na cidade.

imagem do mÊs

É hora de reagir e unificar a luta de todos os setores

Aline Seitenfus

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3DiStribuiÇÃO Gratuita | NÚMerO 48 | SeteMbrO De 2017www.sinsej.org.br Jornal do SINSEJ

Em quase toda a Prefeitura chega ao limite a falta de condições de trabalho oferecidas por este governo

Francine Hellmann

JoINVILLE - A falta de equipa-mentos de proteção individu-al (EPIs) nas subprefeituras escandalizou a cidade no úl-timo mês. Os funcionários fo-ram a público denunciar que não receberam uniformes nem uma vez neste governo e que faltam luvas, perneiras, óculos de proteção, capacetes, entre outros itens. O trabalho sem estes equipamentos colo-ca a vida dos profi ssionais em risco.

Após uma semana de mobi-lização, em que os servidores se recusaram a trabalhar sem EPIs, a secretária de Gestão de Pessoas, Rosane Bonessi, rece-beu uma comissão de funcio-nários e diretores do Sinsej.

No encontro, em 31 de agos-to, ela afi rmou que há uma li-citação iniciada em janeiro, mas que não existe prazo para a conclusão do processo. Não bastasse esta resposta incon-clusiva, ameaçou descontar o salário de quem não cumpris-se com suas obrigações.

Os servidores decidiram que continuariam recusan-do-se a trabalhar sem EPIs e, imediatamente, começaram a aparecer equipamentos com-prados de formas desconhe-cidas. Esta é uma situação ab-surda. Todos os servidores das subprefeituras estão chama-dos a participar da assembleia de 21 de setembro, às 19 ho-ras, no Sinsej.

Mobilização das subprefeituras por EPIs

JoINVILLE - No Centro de Aten-ção Psicossocial III (Caps), a Pre-feitura tenta impor aos trabalha-dores uma carga horária de 44 horas semanais, sem aumento de salário. Esta jornada não é exigida em nenhum setor da Prefeitura. Um aumento abrupto e sem con-trapartida fi nanceira desta manei-ra não tem precedentes na histó-ria da categoria.

O Estatuto é claro ao defi nir que os servidores podem ter uma jornada de até 44 horas semanais. Contudo, esta é uma letra mor-ta de lei, ultrapassada, que não é mais aplicada em nenhum setor. Cada gerência tem autonomia para adequar o horário e jornada

dos servidores conforme a neces-sidade da população.

O Caps III realiza um aten-dimento de referência, 24 horas por dia, oferecendo atenção a pa-cientes com transtornos mentais, que vão de depressão severa à bi-polaridade e esquizofrenia. Es-te trabalho é realizado por uma equipe multidisciplinar, compos-ta por agente de saúde pública, auxiliar administrativo, assisten-te social, enfermeiro, técnico em enfermagem, psicólogo, terapeu-ta ocupacional, farmacêutico e psiquiatra.

A direção do Sinsej acredita que o aumento de carga horária no Caps III é uma experiência,

que este governo tentará aplicar em mais setores. Os servidores da unidade estão organizados e, com o auxílio do sindicato, vão resistir ao aumento da jornada.

Caps III contra aumento de jornada

JoINVILLE - No início deste ano, a Secretaria de Gestão de Pessoas publicou a Normativa 001/2017, para disciplinar jor-nada e ausências do servidor, entre outras questões. O que pa-recia algo despretensioso, que ajudaria a regrar práticas corri-queiras, revelou-se um instru-mento de assédio moral.

A portaria começa reduzin-do os dispositivos previstos na CLT. Um atraso de seis minutos, por exemplo, impõe ao servidor um desconto em dobro do pe-ríodo em atraso. Já um traba-lho extraordinário de 15 minu-tos é desconsiderado. Mas isso é somente a ponta do proble-ma. A normativa instituiu uma

prática no RH de somente reco-nhecer a justifi cativa de até duas “inconsistências” na folha pon-to. Assim, se o relógio tiver mau funcionamento ou o servidor es-

quecer o registro, aplica-se falta injustifi cada, com desconto do repouso semanal e prejuízos na carreira.

A situação é tão maldosa que em inúmeros casos as che-fi as imediatas se dirigiram à SGP, solicitando a reconsidera-ção das faltas. Mesmo com os

documentos apresentados, ates-tando a presença do servidor, o cumprimento da jornada e das atribuições do trabalhador, fo-ram mantidas as faltas.

A manutenção da normati-va representa coação e assédio. É, na prática, crime, pois pune o servidor sem processo admi-nistrativo. Absolutamente ilegal, pois um trabalhador não pode-ria ter prejuízo de remuneração num dia efetivamente e com-provadamente trabalhado.

Os servidores sabem, po-rém, como age essa administra-ção. Para pôr fi m a esse absurdo, é preciso que todos participem do combate que se inicia. Todos à assembleia do dia 21.

A normativa criminosa de Udo

JoINVILLE - Os servidores estão em estado de greve por falta de condições de trabalho. A decisão foi tomada em assembleia em 6 de setembro. Uma pauta de rei-vindicações foi formulada e apre-sentada ao governo. A resposta dada por Udo Döhler será avalia-da em nova assembleia no dia 21 de setembro, às 19 horas, no sin-dicato. A unifi cação de todos os setores que enfrentam difi culda-des é a única forma de obter so-luções, já que todos os assuntos elencados já foram levados ao co-nhecimento do governo várias vezes.

Entre os principais proble-mas estão falta de equipamen-tos de proteção individual, de uniformes, de materiais de tra-balho e de profi ssionais nas uni-dades. A categoria também exi-ge o fi m dos descontos ilegais e penalizações que vêm ocorren-

do em decorrência da normativa 001/2017 e o respeito a direitos como licença-prêmio, venda de um terço de férias, recesso de fi m de ano e compensação a quem trabalha neste período.

pauta de Reivindicações *Manutenção da jornada atu-

al de trabalho, sem prejuízo da remuneração, para todos os ser-vidores, em particular aos lotados no Caps III (ameaçados de jorna-da de 44 horas semanais), com a supressão do § 2º do Art. 1º da Lei 435/2015.

*Garantia de manutenção do recesso de fi nal de ano em todas as unidades que tradicionalmen-te gozam deste período, inclusive no Ambulatório e CCA do HMSJ.

*Pagamento de abono aos servidores que trabalharem du-rante o recesso.

* Fornecimento imediato de

uniformes, EPIs, materiais e equi-pamentos em quantidade e qua-lidade sufi ciente para todos os se-tores, iniciando pelas unidades operacionais das Subprefeituras, D.O., Horto Florestal, Cozinhei-ras e demais unidades da Seinfra.

* Revisão da regulamentação da hora-termo, com garantia da remuneração dessa hora comple-mentar pelo valor da hora-aula atual do professor.

* Pagamento imediato do ra-teio do Pmaq a todas as equipes contratualizadas, seguindo os cri-térios estabelecidos no exercício anterior.

*Suspensão imediata dos descontos arbitrários e ilegais promovidos nas folhas de pa-gamento dos servidores, decor-rentes da aplicação da normati-va 001/2017, com a devolução imediata dos valores desconta-dos, anulação das faltas injustifi -

cadas e revogação da respectiva normativa.

*Manutenção do pagamento integral do adicional de insalu-bridade dos coveiros.

* Reposição imediata dos profi ssionais faltantes nas unida-des.

* Revogação da portaria que suspendeu a licença-prêmio, a

transformação de 1/3 de férias em pecúnia e o abono natalino, com a apresentação de calendá-rio de retomada desses benefí-cios.

*Fim do assédio moral e per-seguição política em toda a re-de, com a regulamentação da lotação e transferência dos ser-vidores.

luta por condições dignas de trabalho

Pauta de Reivindicações foi formulada em assembleia dia 6

Francine Hellmann

Servidores de Joinville deflagraram estado de greve e participam de assembleia em 21 de setembro, às 19 horas, no Sinsej

Todos à assembleia de 21 de setembro

Trabalhadores do CAPS III mobilizados contra injustiça

Kályta Morgana de Lima

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4 SETEMBRO DE 2017 | NÚMERO 48 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA www.sinsej.org.br Jornal do SINSEJ

www.sinsej.org.brwww.sinsej.org.br/[email protected]: Sinsej

DireÇÃOelabOraÇÃOFrancine HellmannJornalista - MTB 4946/SC

Aline SeitenfusKályta Morgana de Lima

Joinville - Rua Lages, 84, Centro. Fone: (47) 3433 6966 | Garuva - Av. Celso Ramos, 1846, sala 1. Fone: (47) 3455 0967 | itapoá - Rua Mariana Michel’s Borges, 271, sala 3. Fone: (47) 3443 1763.

SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOSMUNICIPAIS DE JOINVILLE E REGIÃO

SINSEJ Ulrich Beathalter PresidenteMara Lúcia Tavares Secretária GeralFlávia Antunes Tesoureira

Josiano Godoi Secretário de ComunicaçãoJoão Batista Verardo Secretário de Assuntos JurídicosMárcio Avelino do Nascimento Secretário de Formação Sindical Antônio Félix Mafra Secretário de Patrimônio

Edson Tavares Diretor SindicalNinon da Rosa Peres Diretora Sindical Deise Regina Pereira de Lima Diretora Sindical

Além de não fornecer atendimento de saúde à categoria, Prefeitura orienta uss a rejeitar atestados de outros médicos especialistas

Fernando Robleño

Os servidores da Prefeitu-ra de Joinville não têm direito de adoecer. Pelo menos é es-ta a impressão que a atual ges-tão e a Unidade de Saúde do Servidor (USS) tentam passar aos funcionários. Os casos de trabalhadores doentes se in-tensificam na rede municipal. As causas são diversas: equipes extremamente reduzidas, so-brecarga de trabalho, falta de Equipamento de Proteção In-dividual (EPI), assédio moral, entre outras questões.

A USS, que deveria fun-cionar como ponto de apoio a quem está doente, os tra-balhadores são tratados com desrespeito e têm atestados negados. Recentemente, uma servidora da educação procu-rou a Unidade e recebeu em resposta que “se não aguen-ta o trabalho é só pedir para sair”.

Em outra situação, no iní-cio deste ano, a cozinheira Neiva Schmoller teve atesta-do negado. Sem poder ficar

em pé, o médico da USS defi-niu que ela deveria permane-cer no seu local de trabalho, sentada, com a perna erguida durante a jornada de oito ho-ras. Em outro caso, uma ser-vidora em período de estágio probatório foi ameaçada pelo profissional da USS de que se-ria prejudicada por apresen-tar uma carta do médico pes-soal restringindo movimentos devido à tendinite.

Estes três relatos represen-tam apenas uma pequena par-cela do que acontece diaria-mente na USS. Tampouco são suficientes para demonstrar a real situação dos servidores nos locais de trabalho. O Sin-sej se coloca ao lado dos tra-balhadores por melhorias no atendimento à saúde. Se vo-cê passou por uma situação de assédio, intimidação ou ates-tado negado pelo ambulató-rio, entre em contato com os diretores e o setor jurídico do sindicato. Denuncie e ajude na mobilização.

respeito e saúde para o

servidor Unidade de Saúde do Servidor desrespeita

trabalhadores debilitados que procuram local

Embora o tema “Independên-cia Sindical” faça parte da retórica da maioria das direções sindicais, muito pouco se fez para garantir essa consigna, que é diretamente relacionada à manutenção finan-ceira das entidades exclusivamen-te pela contribuição espontânea dos trabalhadores.

Desde 2012, o Sinsej devolve o imposto sindical por acreditar que a tarefa primordial da entida-de é educar os trabalhadores den-tro do espírito de organização, unidade e consciência de classe, que se expressa no financiamen-to voluntário do sindicato.

Em um momento político em

que os governos atacam os traba-lhadores para salvar o sistema ca-pitalista de mais uma crise, não faltam argumentos nem motivos para que os trabalhadores se asso-ciem, fortalecendo sua ferramen-ta de luta.

É preciso estar atento ao con-junto de ações do governo que precariza e retira direitos traba-lhistas, arrocha salários, desfalca os currículos escolares e aniquila a previdência. A organização sin-dical também é alvo desse grande projeto de esgotamento e sangria da classe trabalhadora. Cada tra-balhador é responsável por entre-gar às futuras gerações o direito

de lutar por melhores condições de vida para todos. Associe-se ao Sinsej.

Ampliar a organização sindical

Itapoá - A Prefeitura enviou à Câmara de Vereadores proje-to 7/2017, que trata da reorga-nização do regime próprio de previdência. A medida altera o projeto de lei 41/2014 e, entre outras questões, altera regras do pagamento de pensões por morte. A justificativa do gover-no é que esta é uma adequação à lei federal 13.135/2015. No entanto, legalmente estas alte-rações não precisam ser feitas. O acordo assumido pelo gover-no na última campanha sala-rial, de chamar os trabalhado-res para tratar de projetos que digam respeito à categoria, foi

descumprido. O projeto traz cortes graves,

imersos em algumas concessões para garantir a aprovação. Ele aumenta a idade mínima de 18 para 21 anos para o dependen-te e estende licença ao pai ado-tante. No entanto, garante a pensão permanente apenas aos segurados com mais de 43 anos e trata de licença maternidade por um período de apenas 120 dias – sendo que hoje é de 180.

O Ipesi justifica os cortes alegando comprometimento fi-nanceiro do instituto, que con-tinua arcando com o pagamen-to de licenças, atribuição que

deveria ser da Prefeitura.

Eleição de diretoresO governo também des-

cumpriu acordo de 14 de ju-nho, quando a greve chegou ao fim. Em 60 dias apresentaria o projeto para eleição de direto-res das escolas. Tal medida não gera gastos e traz democracia às escolas, dando aos servidores e à comunidade escolar o direi-to de escolher o gestor. O Sin-sej cobra do governo e alerta os servidores a ficarem de pronti-dão, pois somente unidade, or-ganização e luta serão capazes de garantir seus direitos.

Extinção da Saúde da FamíliaJoINVILLE - A nova Políti-ca Nacional de Atenção Bási-ca (PNAB) do Ministério da Saúde, aprovada no dia 31 de agosto de 2017, pela Comis-são de Intergestores Triparti-te, propõe mudanças que em longo prazo irão desmontar a Estratégia Saúde da Família e precarizar a oferta dos serviços à população.

Ao disponibilizar o atendi-mento aos usuários em todas as unidades de saúde, extin-guindo a área adscrita, a no-va política irá descaracterizar o Programa Saúde da Família, cuja lógica é realizar o acom-

panhamento familiar, reforçar o vínculo entre o paciente e a unidade de saúde, aumentar a adesão ao tratamento, preve-nir doenças e agravos.

Também estão entre as no-vas regras a unificação das fun-ções de Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Comba-te a Endemias, a entrega a estes profissionais da responsabili-dade da realização de curati-vos, da aferição de pressão ar-terial e de glicemia – funções do técnico de enfermagem. Tudo isso irá sobrecarregar os servidores, fechar postos de trabalho e prejudicar o atendi-

mento à comunidade. Por trás do discurso de va-

lorização dos profissionais, acontecerá o inverso: sobre-carga de trabalho, desvios de funções, superlotação nas uni-dades de saúde, transforman-do-as em UPAs, obrigando-as a abandonar os programas de prevenção e cuidados integrais aos usuários. Serão tratados os sintomas sem vínculo, acompa-nhamento e intervenção mul-tidisciplinar. Assim, caminha-mos a passos largos para o fim do SUS, da Estratégia de Saú-de da Família e para a privati-zação dos serviços de saúde.

Corte de direitos em Itapoá

Defender o direito de lutar

Aline Seitenfus