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PRÉ-VESTIBULAR LIVRO DO PROFESSOR HISTÓRIA Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br

HISTÓRIA · 2013-09-05 · seu poder político incomodaram D. Pedro I que se afastava ainda mais do Partido Brasileiro. Em con-trapartida, D. Pedro I obtinha cada vez mais apoio

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PRÉ-VESTIBULARLIVRO DO PROFESSOR

HISTÓRIA

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© 2006-2008 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais.

Produção Projeto e Desenvolvimento Pedagógico

Disciplinas Autores

Língua Portuguesa Francis Madeira da S. Sales Márcio F. Santiago Calixto Rita de Fátima BezerraLiteratura Fábio D’Ávila Danton Pedro dos SantosMatemática Feres Fares Haroldo Costa Silva Filho Jayme Andrade Neto Renato Caldas Madeira Rodrigo Piracicaba CostaFísica Cleber Ribeiro Marco Antonio Noronha Vitor M. SaquetteQuímica Edson Costa P. da Cruz Fernanda BarbosaBiologia Fernando Pimentel Hélio Apostolo Rogério FernandesHistória Jefferson dos Santos da Silva Marcelo Piccinini Rafael F. de Menezes Rogério de Sousa Gonçalves Vanessa SilvaGeografia DuarteA.R.Vieira Enilson F. Venâncio Felipe Silveira de Souza Fernando Mousquer

I229 IESDE Brasil S.A. / Pré-vestibular / IESDE Brasil S.A. — Curitiba : IESDE Brasil S.A., 2008. [Livro do Professor]

696 p.

ISBN: 978-85-387-0574-1

1. Pré-vestibular. 2. Educação. 3. Estudo e Ensino. I. Título.

CDD 370.71

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Primeiro Reinado

Com a Independência do Brasil em 1822, tem início a construção do Estado brasileiro, inicialmente abalada pela divergência entre o projeto centrali-zador do Imperador e o projeto liberal dos grupos políticos que atuaram no processo de emancipação. Liberalismo que não contemplava propostas de in-clusão sociopolítica da grande massa nem mesmo a alforria dos escravizados. Inicialmente, a dificuldade foi de fazer do Brasil uma nação reconhecidamente independente diante da comunidade política inter-nacional, além de fazer com que a independência fosse aceita por toda a população. Posteriormente, os debates a respeito daquela que seria a primeira cons-tituição do Brasil fizeram com que o Estado Brasileiro apresentasse suas primeiras características.

Consolidação interna da Independência

Muitas pessoas acreditam que a Independên-cia do Brasil aconteceu de maneira completamente pacífica, sem nenhum tipo de conflito que pudesse abalar a ordem política. Entretanto, vários grupos espalhados pelo Brasil resistiram à proclamação de D. Pedro I, concentrados principalmente na Bahia e no Pará, onde portugueses temiam perder seus privilégios comerciais e políticos decorrentes do pacto colonial.

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O L

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Província Cisplatina

Grão-ParáBelém

Maranhão

São Luís

Piauí

BahiaSalvador

Consolidação interna da Independência.

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Na Bahia, tropas partidárias à independência receberam a ajuda de forças navais e terrestres en-viadas por D. Pedro I, sob o comando dos mercenários Lorde Cochrane (almirante inglês) e Labatut (general francês), e derrotaram os portugueses comandados pelo general Madeira, em Salvador. Já no Pará, os portugueses foram suprimidos por um movimento popular comandados pelo cônego Batista Campos, auxiliado pelo mercenário inglês John Grenfell.

Após a derrota dos portugueses no Pará, Gren-fell procurou estruturar um governo fiel a D. Pedro I, impopular entre os membros da província que combateram os lusitanos. Para combater a massa que se levantou contra o governo recém-instalado, o mercenário inglês reprimiu violentamente os pa-raenses, prendendo Batista Campos e encarcerando trezentos revoltosos no brigue Palhaço. Com a esco-tilha fechada, foi atirada cal viva sobre os presos e quase todos morreram.

“Durante as lutas em Salvador, duas mulheres brasileiras se transformaram em trágicas heroínas. Joana Angélica de Jesus, abadessa do Convento da Lapa (...). Já Maria Quitéria de Jesus (...) vestiu trajes militares e lutou com bravura, disfarçada sob o nome de José Cordeiro. Maria Quitéria (...) encerrados os combates, foi enviada ao Rio de Janeiro, onde o próprio imperador a recebeu, condecorando-a com a Ordem do Cruzeiro do Sul. Tais honrarias não impediram que ela morresse cega e esquecida, na mais absoluta miséria, em 1853, aos 61 anos de idade.”

(BUENO, Eduardo. Brasil, uma História: A incrível saga

de um País. 2. ed. São Paulo: Ática, 2003.)

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Maria Quitéria.Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A,

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Reconhecimento externoParalelo às agitações internas buscou-se o reco-

nhecimento da autonomia do Estado brasileiro diante das demais nações. Como o Brasil adotou o sistema monárquico e manteve um português como impera-dor, as nações da América espanhola apresentaram restrições para reconhecer a Independência do Brasil, o que só foi feito posteriormente, através de negocia-ções diplomáticas.

Na Europa, as dificuldades estavam em volta das iniciativas conservadoras do Congresso de Vie-na, que impedia que qualquer nação reconhecesse a ndependência do Brasil antes de Portugal. Contra-pondo-se ao congresso, os Estados Unidos através da Doutrina Monroe (1823) foi a primeira nação a reconhecer a Independência do Brasil em 1824, te-mendo tentativas de recolonização que ameaçavam seus interesses comerciais no continente.

Presidente James Monroe.

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Diante da resistência de Viena, a Inglaterra pressionou Portugal a reconhecer a independência, o que foi feito em 29 de agosto de 1825 mediante pa-gamento de indenização, pelo Brasil, de 2 milhões de libras. D. Pedro, diante do esvaziamento dos cofres do Banco do Brasil, feito por D. João VI em sua retirada para Portugal em 1821, pediu empréstimo à Inglater-ra e pagou Portugal. Como os lusos tinham débitos com a Inglaterra, boa parte da indenização retornou para os cofres de sua Majestade. D. João VI ainda recebeu o direito de utilizar o título de Imperador do Brasil, alimentando o sonho da recolonização.

Em outubro de 1825, a Inglaterra reconheceu a independência do Brasil e negociou a assinatura de novos tratados nesse ano, nos quais o Brasil se com-prometia a ampliar o prazo dos tratados assinados em 1810 por mais 15 anos, além do compromisso de abolir posteriormente a escravidão. Essa medida, em especial, fez com que muitos latifundiários escra-

vistas manifestassem sua animosidade em relação ao governo monárquico.

Com o passar dos anos, outras nações da Europa também reconheceram a autonomia do Estado brasi-leiro, mediante a concessão de tarifas alfandegárias na casa de 15%, privilégio concedido anteriormente somente à Inglaterra.

Assembleia Constituinte e o “Anteprojeto Constitucional da Mandioca”

Com a emancipação, José Bonifácio, perso-nagem importante da emancipação do Brasil, foi empossado ministro do gabinete de D. Pedro I, manifestando desde cedo sua oposição aos liberais radicais que defendiam maior autonomia para as províncias. Bonifácio era favorável à instalação de um governo centralizador, com a ampliação do poder do Imperador para evitar a criação de um regime demo-crático, o qual repudiava, sem contudo implantar o absolutismo. Ao mesmo tempo, Bonifácio mostrava- -se contrário à escravidão, considerada restritiva ao desenvolvimento capitalista. Por seus princípios, Bo-nifácio se afastava dos liberais radicais pela defesa do centralismo e dos latifundiários escravistas do Partido Brasileiro.

Em 2 de maio de 1823, foi oficialmente instalada a Assembleia Constituinte que ficaria responsável pela elaboração da primeira Constituição do Brasil. Tal assembleia foi composta por proprietários rurais, bacharéis em leis, médicos e funcionários públicos, ao todo 90 membros de 14 províncias. Na abertura da Assembleia Constituinte, D. Pedro I pediu que os membros elaborassem uma Constituição digna dele e do Brasil, o que provocou certa desconfiança quanto ao conservadorismo do imperador.

A primeira divergência nos trabalhos da assem-bleia surgiu quando se questionou se as resoluções da assembleia deveriam ou não ser aprovadas pelo Imperador. Apesar da assembleia manifestar-se contra a necessidade de aprovação, D. Pedro I era fa-vorável, procurando então se afastar gradativamente dos membros do Partido Brasileiro como Bonifácio, que, assim como seu irmão, Martim Francisco de Andrada, então Ministro da Fazenda, pediu demissão do ministério. Apesar do afastamento do ministério, os Andradas continuaram atuando politicamente na Assembleia Constituinte.

Em setembro de 1823, uma comissão de seis deputados eleitos foi criada, sob a liderança de Carlos Andrada da Silva, para elaborar o anteprojeto consti-

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tucional para discussão na Assembleia. Apresentava 272 artigos, em parte inspirada nos princípios dos filósofos iluministas franceses. Entre as principais características do anteprojeto podemos destacar:

Antiabsolutismo • – expresso na preocupação em limitar os poderes do Imperador, através da divisão em três poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário – numa clara alusão aos ideais iluministas franceses. Na prática, o projeto valorizava o Legislativo (deputados e senadores) ao declarar a indissolubilidade da Câmara e o veto apenas suspensivo do Imperador sobre as suas decisões, além do controle das forças armadas pelo Parlamento e não pelo Imperador.

Anticolonialismo • – que pode ser percebido em medidas antilusitanas, uma vez que muitos portugueses ainda militavam contra a emancipação e a favor da recolonização do Brasil na Bahia, Pará e na Província Cisplati-na. O projeto proibia a participação de estran-geiros em cargos da administração pública. Um deputado pernambucano chegou a propor a expulsão dos portugueses do Brasil, medida que contou com a desaprovação do Imperador D. Pedro I, português de nascimento.

Combate à democracia • – expresso no sis-tema eleitoral proposto, baseado no voto censitário onde o cidadão deveria comprovar determinada renda para garantir o direito de participar das eleições seja como candidato ou como eleitor. A renda deveria ser compro-vada em alqueires de farinha de mandioca, produto de grande consumo no país; daí surgiu o apelido de “Constituição da Mandio-ca”. Se por um lado a comprovação de renda excluía a participação política popular, o fato da renda necessitar ser agrícola restringia a participação principalmente de comerciantes que possuíam renda em dinheiro e não em alqueires de mandioca. De fato, este projeto assegurava o controle político do Legislativo pelo Partido Brasileiro, uma vez que muitos comerciantes eram do Partido Português. As eleições eram feitas em dois níveis, de acordo o esquema abaixo:

Eleitor de Paróquia

150 alqueires

Eleitor de Província

250 alqueires

Deputados500 alqueires

Senadores1 000 alqueires

As restrições aos portugueses e a limitação de seu poder político incomodaram D. Pedro I que se afastava ainda mais do Partido Brasileiro. Em con-trapartida, D. Pedro I obtinha cada vez mais apoio do Partido Português, defensor da implantação de um governo absolutista no Brasil.

Um incidente acirrou ainda mais a tensão entre brasileiros e portugueses. O jornal Sentinela da Li-berdade publicou um artigo cuja autoria foi atribuía a um autodeterminado “Brasileiro Resoluto”. O autor mostrou-se contrário à incorporação de militares por-tugueses ao exército brasileiro. Julgando que o “Bra-sileiro Resoluto” fosse o farmacêutico Davi Pamplona, os oficiais portugueses Zeferino Pimentel Moreira Freire e José Joaquim Januário Lapa o espancaram em 5 de novembro de 1823, à noite.

Seguiram-se severas críticas dos brasileiros em jornais e na própria Assembleia aos portugueses que, sentindo-se ofendidos, foram se queixar ao Imperador. No dia 10 de novembro, D. Pedro I exigiu que a Assembleia prestasse esclarecimentos aos portugueses. No dia 11 de novembro, por sugestão de Antônio Carlos de Andrada, a Assembleia se declarou em sessão permanente, no que foi chama-do de Noite da Agonia. D. Pedro enviou tropas fiéis (em grande parte formada por portugueses) para o Paço Imperial e decretou, em 12 de novembro, o fechamento da Assembleia Constituinte. Vários deputados foram presos e os irmãos Andrada (José Bonifácio, Martim Francisco e Antônio Carlos) foram exilados na França.

Decreto de dissolução da Assembleia Constituinte

“Havendo eu convocado, como tinha direito de convocar, a Assembleia Geral Constituinte e Legislativa. Por decreto de 3 de junho do ano pas-sado a fim de salvar o Brasil dos perigos que lhe estavam iminentes; e havendo esta Assembleia perjurado tão solene juramento, que prestou a nação de defender a integridade do Império, sua independência e a minha dinastia:

Hei por bem, como Imperador e Defensor Per-pétuo do Brasil, dissolver a mesma Assembleia e convocar já uma outra na forma das instruções feitas para convocação desta, que agora acaba, a qual deverá trabalhar sobre o projeto de consti-tuição que eu lhe hei de em breve apresentar que

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será mais duplicadamente liberal do que o que a extinta Assembleia acabou de fazer. Os meus ministros e secretários de Estado de todas as di-ferentes repartições o tenham assim entendido, e façam executar a bem da salvação do Império. Paço, doze de novembro de mil oitocentos e vinte e três, segundo da independência e do Império.”

A Carta Outorgada de 1824Se, no decreto de dissolução, D. Pedro I alegou

que convocaria nova Assembleia, na prática não foi isto que aconteceu. D. Pedro nomeou um Conselho de Estado composto por dez membros do Partido Português e presidido por ele mesmo. No dia 25 de março de 1824 foi outorgada, ou seja, imposta pelo Imperador, a primeira Constituição do Brasil. Para dar uma fachada liberal, D. Pedro I encaminhou o texto constitucional para as províncias para serem avaliados, mas não aguardou a decisão de todas para outorgar a Carta, nem muito menos atendeu às críticas das autoridades provinciais.

Apesar da proximidade com o projeto de 1823, a Carta Outorgada de 1824 apresentava importantes diferenças, como a criação de um quarto poder – o Moderador. A concepção deste poder é de autoria do teórico liberal suíço Benjamin Constant (1767-1830) em seu livro Curso de Política Constitucional. Cons-tant acreditava que o poder Moderador deveria ser um poder neutro que garantiria a harmonia entre os demais. No Brasil, o poder Moderador era exercido exclusivamente pelo Imperador, que se tornava o verdadeiro centro das decisões uma vez que ficou responsável pela nomeação dos senadores vitalícios, pela escolha do Conselho de Estado, nomeação de ministros, presidentes das províncias e dos membros do Judiciário. Ao centralizar as decisões, o Imperador poderia combater até mesmo pretensões autonomis-tas de qualquer província.

Assim como o anteprojeto de 1823, a Carta Outor-gada estabeleceu o voto censitário e a eleição em dois níveis, como forma de excluir da participação política a grande massa. Porém, a carta eliminava o critério agrícola para a renda que deveria ser comprovada em dinheiro de acordo com os seguintes valores:

Eleitor de Paróquia

100 mil-réis

Eleitor de Província

200 mil-réis

Deputados400 mil-réis

Senadores800 mil-réis

Dessa maneira, os comerciantes do Partido Português tiveram acesso à participação política, consolidando a aproximação com D. Pedro I desde a Noite da Agonia.

O Poder Legislativo era formado por um Sena-do vitalício e por uma Câmara dos Deputados com mandato de três anos. Sua função era a de redigir e aprovar as leis, sendo que o Senado era escolhido pelo Imperador a partir de uma lista tríplice elabo-rada por cada província. Já o Judiciário era exercido por um Supremo Tribunal escolhido pelo Imperador e o Poder Executivo era composto por ministros es-colhidos pelo Imperador.

A Carta decretava o catolicismo como religião oficial, embora manifestasse a liberdade de culto, desde que em recinto particular e doméstico. A Carta falava ainda no regime de Padroado, na regulação das relações entre Igreja e Estado. Segundo o Padro-ado, os clérigos seriam equiparados a funcionários públicos, recebendo salários do Estado. Além disso, a nomeação aos cargos eclesiásticos era atribuição do Imperador que também deveria dar prévio con-sentimento (beneplácito) à aplicação das resoluções papais no Brasil.

A Constituição também decretava a igualdade jurídica, de acordo com os princípios liberais, além do direito de propriedade privada e de instrução primária gratuita para todos os cidadãos, que con-trastou com as limitadas iniciativas educacionais de D. Pedro I. Quanto à escravidão, a Constituição não se pronunciou, evidenciando o interesse de manter a base econômica do Império.

Desse modo, a Carta de 1824 centralizava o poder na figura do Imperador, abrindo espaço para a representação portuguesa e neutralizando a ação dos latifundiários escravistas do Partido Brasileiro, além dos liberais radicais. As tensões políticas tor-naram-se cada vez maiores, o que gerou o desgaste do governo de Pedro I.

Situação econômica no Primeiro Reinado

Apesar de D. Pedro I ter sido reconhecidamente um dos agentes articuladores da emancipação, logo foi considerado pelos brasileiros como um legíti-mo representante do absolutismo português. Esta alteração de perspectiva ficou muito clara após a Noite da Agonia, e esteve presente no ideário de movimentos oposicionistas como a Confederação do Equador (1824). O desgaste provocado pela oposição liberal no Brasil, somado a uma gravíssima situação

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financeira, foi responsável pela brevidade do reinado do primeiro governante brasileiro, paradoxalmente, um português.

O Império Brasileiro nasceu em 1822 em uma de-licada conjuntura econômica. Os principais produtos de exportação brasileiros enfrentavam dificuldades: o algodão, produzido com técnicas bastante arcaicas, sucumbia diante da concorrência da produção do sul dos Estados Unidos. O açúcar enfrentava a concor-rência da produção cubana, das Antilhas inglesas e da produção europeia a partir da beterraba. A produção de couro dos países da região platina tam-bém gerava forte entrave à expansão da exportação deste importante produto brasileiro. E o café? Em 1827, o café despontava como o segundo produto nas pautas de exportação brasileiras. No entanto, a crise europeia provocada pelos anos de guerras napoleônicas reduzia seu preço de venda.

Se as exportações eram restritas, as importa-ções eram extremamente elevadas diante da redução de tarifas alfandegárias para 15%. As baixas taxas barateavam os preços dos produtos estimulando a entrada de gêneros oriundos principalmente da In-glaterra, além de reduzir a arrecadação alfandegária do Estado brasileiro.

Para saldar as dívidas agravadas pelos constan-tes déficits na balança comercial, eram comuns os empréstimos junto a banqueiros ingleses. O dinheiro era aplicado na administração do Estado, no combate a guerras internas e para a manutenção do requinte da vida da Corte. A falência do Banco do Brasil tam-bém contribuiu para a crise econômica do Império, num processo iniciado no retorno da Família Real portuguesa em 1821, quando D. João VI “limpou” os cofres brasileiros.

Empréstimos externos brasileiros

Ano Valor nominal (em libras)1824 1.332.300

1825 2.352.900

1829 769.200

(NORMANO, J.F. Evolução Política do Brasil. São Paulo:

Nacional, 1939. In.: RICARDO, Adhemar e Flávio.

História 3. Belo Horizonte: Lê Editora, 1989.)

Para saldar suas dívidas em meio à crise econô-mica, o Império se valia, desde os tempos de D. João VI, de intensa emissão de papel-moeda. As moedas de ouro foram gradativamente sendo substituídas por moedas de prata e posteriormente por moedas de cobre e por papel-moeda. Essa emissão gerou uma grave desvalorização monetária, que atingiu principalmente as camadas mais baixas.

O Brasil dos viajantes

Durante o século XIX, O Brasil foi destino de importantes viajantes europeus, que com certa preocupação investigativa, buscavam compreen-der as especificidades das sociedades instaladas nos trópicos. É claro que muitos dos relatos feitos por estes viajantes estão imbuídos de relativo preconceito em relação às sociedades de estudo, mas são importantes fontes que documentam um pouco da história de nosso país. A respeito do impacto da escravidão, o engenheiro alemão Wilhelm Ludwig von Eschwege descreveu que “o fato incontestável é que a atual geração de homens livres jamais se submeterá ao trabalho rude, feito até agora por escravos”, mostrando a dificuldade dos brasileiros em aceitar a abolição da escravidão e estabelecer uma ética que verdadeiramente valo-rize o trabalho. A escritora Maria Graham afirmou que no Brasil “os ingleses vendiam suas mercado-rias em grosso (...). Há padarias (...) e abundantes tavernas inglesas, cujas insígnias com a bandeira da União, leões vermelhos e marinheiros alegras competem com as de Greenwich ou Depford”. Maria Graham destacou a fortíssima presença econômica dos ingleses durante o Primeiro Reina-do, o que contribuiu para ampliar a dependência econômica entre o Brasil e a Inglaterra.

Confederação do Equador (Pernambuco–1824)

Durante o Primeiro Reinado, Pernambuco não abriu mão de sua trajetória revolucionária, Guerra dos Mascates (1709), a Insurreição Pernambucana (1817) e a Confederação do Equador em 1824.

Se, por um lado, a Carta outorgada de 1824 efe-tivava o projeto político centralizador de D. Pedro I, por outro se chocava com as pretensões autonomistas das províncias, principalmente as do Nordeste, que logo perceberam que a emancipação do Brasil pouco alterou seu status político. Se até 1822 as ordenações eram proclamadas de Portugal, estas passaram a ser emanadas do Rio de Janeiro.

Pernambuco era palco da difusão do espírito federalista, a cargo principalmente de dois jornais:

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o Tyfis Pernambucano e o Sentinela da Liberdade na Guarita de Pernambuco, pertencentes, respectiva-mente a Frei Caneca e a Cipriano Barata, jornalista baiano que atuou em importantes revoltas, como a Conjuração Baiana de 1798 e a Insurreição Pernam-bucana de 1817, o que lhe garantiu o apelido de “o homem de todas as revoluções”, além dos somados 12 anos de prisão.

O carmelita Frei Caneca (Joaquim do Amor Divino Rabelo Caneca) foi um dos principais líderes revolucionários de 1824. Fundou o seu jornal, Tyfis Pernambucano, logo após a prisão de Cipriano Barata, em 1823. Seu jornal dedicava-se à difusão do ideário liberal, além de pesadas críticas ao centralismo de D. Pedro I.

Equador

Trópico de Capricórnio

PernambucoParaíba

Rio GrandeCeará do Norte

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600 km0

Jornada de Frei Caneca.

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Frei Caneca.

Evolução política em Pernambuco após a Insurreição Pernambucana de 1817

Após a Insurreição, foi nomeado o capitão-gene-ral Luís do Rego Barreto (comandante da repressão à revolta) para governador da província de Pernam-buco. Com a eclosão da Revolução Liberal do Porto, em 1820, novamente o liberalismo voltou à cena com uma rebelião da aristocracia de Pernambuco, que culminou com a eleição de Gervásio Pires Ferreira (ex-militante da Insurreição de 1817) em 1821. Após

a independência, Gervásio Pires foi substituído por um grupo formado por conservadores completamente fiel a D. Pedro I, conhecido como “governo dos ma-tutos” e sob a liderança de Francisco Pais Barreto. Entretanto, com o advento da Noite da Agonia e do posterior fechamento da Assembleia Constituinte, levantes liberais na província provocaram a renúncia do “governo dos matutos” e a ascensão de Manuel de Carvalho Paes de Andrade. Paes de Andrade era outro militante da Insurreição de 1817 e esteve nos Estados Unidos logo após o movimento, onde com-pletou sua formação federalista e republicana.

O centralismo monárquico ficou ainda mais evidente quando D. Pedro I indicou, em fevereiro de 1824, Francisco de Pais Barreto, ex-chefe do “governo dos matutos” para presidente da província, como disposto na Carta de 1824. Este foi o fator para a eclo-são da revolta, sob o comando de Pais de Andrade e Frei Caneca, entre outros. Para evitar o isolamento que facilitou a desarticulação da Insurreição de 1817, os pernambucanos enviaram seu protesto por todo o Nordeste, recebendo a adesão do Ceará, Rio Grande do Norte e da Paraíba, que juntos formaram a Confederação do Equador. Esse novo Estado no Nordeste pretendia ser uma república representativa e federativa, garantindo a autonomia das províncias constituintes. Os revoltosos adotaram, provisoria-mente, a constituição colombiana até a instalação de uma Assembleia Constituinte.

Paes de Andrade representava os interesses da aristocracia rural pernambucana em busca de autonomia política e da superação da crise econô-mica que enfrentavam. Mas outros grupos também se engajaram no movimento como brancos pobres, mulatos e negros. Estes exigiam reformas mais pro-fundas como o fim do tráfico negreiro e até mesmo da escravidão. Os revoltosos chegaram inclusive a suspender o tráfico de escravos no porto do Recife. Tal medida levou os latifundiários escravistas a gra-dualmente se distanciarem do movimento, temendo efeitos como uma rebelião negra a exemplo do Haiti, além da abolição da escravidão. Não foi fácil para D. Pedro I superar a Confederação do Equador, princi-palmente se levarmos em consideração a carência de recursos materiais por qual passava o Império do Brasil. Tal carência levou o Imperador a buscar empréstimos externos e a contratar mercenários, o que agravou ainda mais a crise econômica existente. O brigadeiro Francisco de Lima e Silva e o mercenário inglês lorde Cochrane foram os líderes da repressão ao movimento iniciado em 2 de julho de 1824 e que em 29 de novembro de 1824 foi completamente domi-nado com a queda dos últimos focos de resistência no Ceará comandados por Frei Caneca. Paes de Andrade conseguiu exílio junto a um navio inglês.

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O julgamento dos revoltosos foi sumário: Frei Caneca foi condenado à morte por enforcamento, mas acabou sendo fuzilado diante da negativa dos carrascos de executarem a sentença. Frei Caneca acabou se tornando um mártir revolucionário per-nambucano na luta contra o centralismo e a favor da liberdade.

Guerra da Cisplatina (1825-1828)

Conforme visto anteriormente, a Província Cis-platina foi anexada ao Brasil durante a presença de D. João VI. Em 1825, Juan Antônio Lavalleja, líder uruguaio, desembarcou na Cisplatina, recebendo forte adesão popular. Lavalleja pretendia anexar a Cisplatina à República da Argentina o que é facil-mente justificado pela divergência existente entre a Cisplatina e o Brasil.

Política externa com o Uruguai.

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A começar, na Cisplatina de colonização hispâ-nica havia uma forte influência liberal e republicana ao passo que o Brasil de colonização lusa enveredou pelo caminho da monarquia e do centralismo. Essas divergências, somadas ao quadro de crise econô-mica do Império do Brasil e a influência argentina que pretendia anexar a Cisplatina formando uma grande nação na Bacia do Prata, contribuíram para a eclosão da Guerra de Independência da Cisplatina em relação ao Brasil.

Após a declaração de anexação da Cisplatina de Lavalleja, o Brasil declarou guerra à Argentina, num conflito que se arrastou até 1828. Entretanto,

o conflito desinteressava a Inglaterra, uma vez que dificultava as relações comerciais na região do rio da Prata. Com as pressões inglesas, Argentina e Brasil colocaram fim ao conflito, com a assinatura de um tratado que previa a instalação da República Oriental do Uruguai, garantindo a livre navegação no Rio da Prata.

D. Pedro I não escapou ileso do conflito. Os gas-tos econômicos e o grande número de mortes entre os soldados brasileiros fizeram com que grande parte da população se opusesse à insistência do Imperador em permanecer no conflito, contribuindo ainda mais para o desgaste político do Primeiro Reinado.

Abdicação de D. Pedro IÀ medida que os anos passavam, as oposições

a D. Pedro I ampliavam-se, mobilizadas contra o au-toritarismo do Imperador e a outorga da Carta de 1824, a crise econômica que o Império enfrentava e as campanhas militares da Confederação do Equa-dor e da Guerra da Cisplatina.

Outro fator que gerou mais insatisfação foi a inter venção de D. Pedro I na crise de sucessão do trono português. Com a morte de D. João VI em 1826, D. Pedro I foi proclamado seu sucessor, renun-ciando em favor de sua filha Maria da Glória, ainda menor. D. Pedro optou por casar sua filha com o seu irmão e tio de Maria da Glória, D. Miguel, que assu-miria o trono como regente até a maioridade de D. Maria. Entretanto, em 1828 D. Miguel deu um golpe de Estado, destronando D. Maria da Glória que foi enviada de volta ao Brasil. A crescente preocupação de D. Pedro I com a questão sucessória portuguesa despertou nos brasileiros inquietação com a possi-bilidade da recolonização, levantando ainda mais as críticas ao Imperador.

As críticas vinham de dois principais grupa-mentos políticos: os liberais radicais e os liberais moderados. Os primeiros, formados entre os peque-nos proprietários de terras, comerciantes brasileiros e setores urbanos criticavam o autoritarismo, de-fendendo uma maior autonomia para as províncias. Alguns passaram a defender o republicanismo, como o jornalista Cipriano Barata. Já os moderados criticavam o centralismo, mas defendiam a manu-tenção de uma monarquia constitucional como meio de manter a unidade territorial do Brasil e a ordem econômico-social, convergindo com os interesses dos latifundiários escravistas que compunham o grupo. As grandes lideranças da moderação eram o deputado mineiro Bernardo Pereira de Vasconcelos e Evaristo da Veiga.

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Política, Imprensa e Maçonaria no Primeiro Reinado

Esses três aspectos em várias ocasiões con-vergiram durante o reinado de D. Pedro I, revelan-do as diferentes concepções políticas existentes no reinado de D. Pedro I. O Partido Português mantinha-se determinado em seu apoio ao cen-tralismo monárquico de D. Pedro I, que tinha no jornal Gazeta do Rio de Janeiro dirigido por José da Silva Lisboa (futuro Visconde de Cairu) um mecanismo de defesa de seus interesses. O Par-tido Português organizou-se em torno da socie-dade secreta Colunas do Trono para sustentar o combalido Império. Já os liberais radicais tinham em Cipriano Barata a sua voz jornalística. Mesmo preso após a Confederação do Equador de 1824, Cipriano Barata continuava escrevendo sua Senti-nela da Liberdade na Guarita de Pernambuco Ata-cada e Presa na Fortaleza do Brun por Ordenança da Força Armada e Reunida. A oposição radical contava ainda com jornais como O Repúblico e o Observador Liberal. Os moderados de Evaristo da Veiga utilizavam-se do jornal Aurora Fluminense para criticar tanto os centralistas como os radi-cais. A oposição liberal a D. Pedro I articulava-se em torno da sociedade secreta da Jardineira ou Carpinteiro de São José.

Em nível internacional, o absolutismo sofria du-ros golpes. Em 1830, uma revolução liberal na França derrubou o rei Carlos X, que pretendia reinstalar o absolutismo na França recém saída dos tempos de Na-poleão e da defesa dos princípios liberais burgueses. A Revolução Liberal de 1830, na França, teve repercus-são mundial inclusive no Brasil e motivou os brasileiros a combaterem o centralismo de D. Pedro I.

Em novembro de 1830, ocorreu o assassinato do jornalista Líbero Badaró. Badaró era responsável pelo jornal O Observador Constitucional, que se dedi-cava a pesadas críticas ao Imperador. Foi assassinado por partidários de D. Pedro I, o que acirrou ainda mais os ânimos entre os oposicionistas.

Minas Gerais era um dos principais focos de oposição ao Imperador. Este organizou uma viagem à região com o objetivo de pacificá-la, mas, ao invés disso, recebeu severas críticas do Partido Brasileiro, que optou por homenagear o jornalista Líbero Bada-ró. Para o retorno do Imperador ao Rio de Janeiro, os

membros da sociedade Colunas do Trono resolveram organizar uma manifestação de apoio, que contou com reação por parte dos brasileiros. Estes enfrenta-ram os portugueses no dia 13 de março de 1831, no episódio conhecido como a Noite das Garrafadas.

Para tentar acalmar os ânimos dos oposicionis-tas, D. Pedro reorganizou o seu quadro de ministros, decretando a instalação do Ministério dos Brasilei-ros, formado exclusivamente por brasileiros natos, porém com pouca influência política, no dia 19 de março de 1831.

No dia 4 de abril, o Partido Português lançou uma nova provocação, comemorando o aniversário de Maria da Glória, filha de D. Pedro I. As críticas do Partido Brasileiro seguiram-se à ordem de D. Pedro I de substituir o Ministério dos Brasileiros pelo Minis-tério dos Marqueses (ou dos Medalhões), formado por partidários do centralismo do Imperador. Os protestos se acirraram, determinando a passagem do chefe das Forças Armadas, o brigadeiro Francisco de Lima e Silva, para a oposição.

Isolado e sem o apoio das tropas, D. Pedro I não teve outra opção a não ser renunciar ao trono brasilei-ro em 7 de abril de 1831 em favor de seu filho Pedro de Alcântara, então com cinco anos. Antes de partir, reconciliou-se com os Andradas, empossando José Bonifácio como tutor de Pedro de Alcântara, até que este completasse a maioridade. Como Pedro ainda era uma criança, a Constituição previa a instalação de um Governo Regencial, até que este completasse a idade adulta.

(Fuvest) A organização do Estado brasileiro que se se-1. guiu à Independência resultou no projeto do grupo:

liberal-conservador, que defendia a monarquia cons-a) titucional, a integridade territorial e o regime centra-lizado.

maçônico, que pregava a autonomia provincial, o for-b) talecimento do executivo e a extinção da escravidão.

liberal-radical, que defendia a convocação de uma c) Assembleia Constituinte, a igualdade de direitos políticos e a manutenção da estrutura social.

cortesão, que defendia os interesses recolonizado-d) res, as tradições monárquicas e o liberalismo eco-nômico.

liberal-democrático, que defendia a soberania po-e) pular, o federalismo e a legitimidade monárquica.

Solução: ` A

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(UFC) Tratando-se da influência do liberalismo no proces-2. so de Independência do Brasil, Emília Viotti afirma que:

“O liberalismo significava nesta fase a liquidação dos laços coloniais. Não se tratava de mudar a sociedade e reformar a estrutura colonial de produção”.

(COSTA, Emília V. Introdução ao Estudo da Emancipação

Política do Brasil. In: MOTA,Carlos Guilherme (Org.).

Brasil em Perspectiva, São Paulo: Difel. p. 93.)

De acordo com o texto anterior, cite três características do liberalismo, na Constituição de 1824, que expressam as ideias da historiadora.

Solução: `

Manutenção do trabalho escravo, permanência da grande propriedade e a centralização monárquica.

à mediação da França e dos Estados Unidos e à a) atribuição do título de Imperador Perpétuo do Brasil a D. João VI.

à mediação da Espanha e à renovação dos acordos b) comerciais de 1810 com a Inglaterra.

à mediação de Lord Strangford e ao fechamento c) das Cortes Portuguesas.

à mediação da Inglaterra e à transferência para o d) Brasil de dívida em libras contraída por Portugal no Reino Unido.

à mediação da Santa Aliança e ao pagamento à Ingla-e) terra de indenização pelas invasões napoleônicas.

Solução: ` D

(Fuvest) Podemos afirmar que tanto na Revolução Per-5. nambucana de 1817, quanto na Confederação do Equador de 1824:

o descontentamento com as barreiras econômicas vi-a) gentes foi decisivo para a eclosão dos movimentos.

os proprietários rurais e os comerciantes mono-b) polistas estavam entre as principais lideranças dos movimentos.

a proposta de uma república era acompanhada de c) um forte sentimento antilusitano.

a abolição imediata da escravidão constituía-se numa d) de suas principais bandeiras.

a luta armada ficou restrita ao espaço urbano de Re-e) cife, não se espalhando pelo interior.

Solução: ` C

(Fuvest) Procure interpretar a “charge” de Miguel Paiva, 6. analisando sua versão da Independência do Brasil.

Solução: `

A Independência do Brasil foi dirigida pela elite rural, teve apoio da Inglaterra e o povo ficou como espectador.

(Fuvest-adap.) O artigo 5.º da Constituição do Impé-3. rio do Brasil, datada de 1824, dizia o seguinte:

“A religião católica apostólica romana continuará a ser a religião do Império. Todas as outras religiões serão permitidas com seu culto doméstico ou particular, em casas para isso destinadas, sem forma alguma exterior de templo”.

Comente o texto constitucional em função das a) relações entre Igreja católica e Estado e a situa-ção das demais religiões durante o Império.

Caracterize o mesmo tema baseado nos precei-b) tos da Constituição de 1988.

Solução: `

As relações entre a Igreja e o Estado no Brasil a) imperial, foram regulamentadas pelo regalismo (subordinação da Igreja ao Estado), o padro-ado (nomeação de cargos eclesiásticos pelo imperador) e o beneplácito (aprovação das bu-las papais pelo imperador). As outras religiões eram legalizadas porém, os cultos deveriam ser particulares.

A atual Constituição defende a separação Igreja- b) -Estado e garante a liberdade de culto a todas as religiões.

(Fuvest) O reconhecimento da independência brasileira 4. por Portugal foi devido, principalmente:

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(PUC-Rio) As alternativas abaixo apresentam exemplos 1. de permanências ou continuidades na formação social brasileira, ao longo da primeira metade do século XIX, à exceção de:

a família patriarcal extensa.a)

o trabalho escravo negro.b)

o exclusivo comercial.c)

a economia de base agrícola.d)

o regime de padroado.e)

(Unirio)2.

(LAERTE. Folha de São Paulo.

TV Folha, p. 4, domingo, 6 set. 1998.)

A caricatura anterior nos faz refletir sobre os atos dos governantes e a correspondente falta de participação popular que tem marcado a História do Brasil. No contexto da independência do Brasil, podemos citar como exemplo de exclusão de participação política nos moldes liberais a:

adesão aos ideais da Confederação do Equador e o a) voto de cabresto.

criação do poder Moderador e o voto universal.b)

dissolução da Assembleia Constituinte de 1823 e c) o voto aberto.

manutenção da escravidão e o voto censitário.d)

manutenção do autoritarismo e o voto distrital.e)

(Unirio) 3.

(NOVAES, Carlos Eduardo; LOBO, César. História do Brasil para

Principiantes: de Cabral a Cardoso, quinhentos

anos de novela. 2. ed. São Paulo: Ática, 1998.)

A charge aponta para uma importante característica da Carta Outorgada de 1824, qual seja, a instituição do(a):

voto universal.a)

voto censitário.b)

poder moderador.c)

parlamentarismo às avessas.d)

monarquia dual.e)

(Cesgranrio) A concretização da emancipação política 4. do Brasil, em 1822, foi seguida de divergências entre os diversos setores da sociedade, em torno do projeto constitucional, culminando com o fechamento da As-sembleia Constituinte. Assinale a opção que relaciona corretamente os preceitos da Constituição Imperial com as características da sociedade brasileira.

A autonomia das antigas Capitanias atendia aos in-a) teresses das oligarquias agrárias.

O Poder Moderador conferia ao Imperador a proe-b) minência sobre os demais Poderes.

A abolição do Padroado, por influência liberal, asse-c) gurou ampla liberdade religiosa.

A abolição progressiva da escravidão, proposta de d) José Bonifácio, foi uma das principais razões da oposição ao Imperador D. Pedro I.

A introdução do sufrágio universal permitiu a parti-e) cipação política das camadas populares, provocan-do rebeliões em várias partes do país.

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(Cesgranrio) A Constituição Imperial Brasileira, promul-5. gada em 1824, estabeleceu linhas básicas da estrutura e do funcionamento do sistema político imperial, tais como o(a):

equilíbrio dos poderes com o controle constitucio-a) nal do Imperador e as ordens sociais privilegiadas.

ampla participação política de todos os cidadãos, b) com exceção dos escravos.

laicização do Estado por influência das ideias liberais.c)

predominância do poder do imperador sobre todo d) o sistema através do Poder Moderador.

autonomia das Províncias e, principalmente, dos e) Municípios, reconhecendo-se a formação regiona-lizada do país.

(Unirio) As relações do Brasil com a Inglaterra constituí-6. ram-se num dos principais problemas da política externa do Império, como se observa no(a):

apoio da Inglaterra a Portugal, seu tradicional alia-a) do, nas Guerras de Independência.

conflito decorrente das restrições alfandegárias im-b) postas por D. Pedro I aos ingleses.

participação dominante de capitais ingleses no fi-c) nanciamento da expansão cafeeira.

concordância inglesa em relação ao expansionismo d) imperial na Cisplatina.

oposição da Inglaterra, país pioneiro no desenvolvi-e) mento industrial, ao tráfico negreiro.

(UERJ) Em 1823, após uma sequência de desenten-7. dimentos políticos, D. Pedro I ordenou o fechamento da Assembleia Constituinte. No ano seguinte, de forma autoritária, D. Pedro outorgou uma Constituição adequa-da aos interesses da Corte do Rio de Janeiro. Sobre a Constituição de 1824, pode-se afirmar que era:

centralizadora e autoritária, contando, além dos três a) poderes tradicionais (Executivo, Legislativo e Judi-ciário), com a existência do Poder Moderador, o que fortalecia a pessoa do Imperador.

autoritária, mas o estabelecimento de três poderes b) (Executivo, Legislativo e Regencial) garantia o res-peito aos direitos políticos dos cidadãos.

liberal, prevendo em seus artigos diversas garantias c) sociais e trabalhistas, o que desagradou aos inte-resses dos proprietários.

descentralizadora, cuja principal fonte de poder d) estava localizada nas Assembleias Legislativas das províncias.

tipicamente liberal, com a divisão em três poderes e e) prevendo uma federação de províncias.

(Unesp) A respeito da independência do Brasil, pode- 8. -se afirmar que:

consubstanciou os ideais propostos na Confedera-a) ção do Equador.

instituiu a monarquia como forma de governo, a b) partir de amplo movimento popular.

propôs, a partir das ideias liberais das elites políti-c) cas, a extinção do tráfico de escravos, contrariando os interesses da Inglaterra.

provocou, a partir da Constituição de 1824, profun-d) das transformações nas estruturas econômicas e sociais do país.

implicou na adoção da forma monárquica de gover-e) no e preservou os interesses básicos dos proprietá-rios de terras e de escravos.

(Unirio) A abdicação do Imperador Pedro I representou a 9. culminância dos diferentes problemas que caracterizam o Primeiro Reinado, a exemplo do(a):

apoio inglês à política platina do Império.a)

apoio das províncias à política do Reino Unido im-b) plantado por D. Pedro I, após a morte de D. João VI.

conflito entre os interesses dos produtores tradicio-c) nais de açúcar e os novos produtores de ouro.

confronto entre os grupos políticos liberais e o go-d) verno centralizado e com tendências despóticas de D. Pedro I.

crescente participação popular nas manifestações e) políticas, favorecidas pela abolição do tráfico.

(Cesgranrio) “Usando do direito que a Constituição me 10. concede, declaro que hei de muito voluntariamente abdi-cado na pessoa de meu mui amado e prezado filho o Sr. D. Pedro de Alcântara. Boa Vista – 7 de abril de 1831, décimo da Independência e do Império – D. Pedro I.”

Nesses termos, D. Pedro I abdicou ao trono brasileiro no culminar de uma profunda crise, que não se caracterizou por:

antagonismo entre o Imperador e parte da aristo-a) cracia rural brasileira.

empréstimos externos para cobrir o déficit público b) gerado, em grande parte, pelo aparelhamento das forças militares.

aumento do custo de vida, diminuição das exporta-c) ções e aumento das importações.

pressão das Elites coloniais que queriam o fim do d) Império e a implantação de uma República nos moldes dos Estados Unidos.

conflitos entre o Partido Brasileiro e o Partido Portu-e) guês e medo da recolonização.

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(Cesgranrio) Assinale a opção que apresenta um fato 11. que caracterizou o processo de reconhecimento da Independência do Brasil pelas principais potências mundiais.

reconhecimento pioneiro dos Estados Unidos, im-a) pedindo a intervenção da força da Santa Aliança no Brasil.

reconhecimento imediato da Inglaterra, interessada b) exclusivamente no promissor mercado brasileiro.

desconfiança dos brasileiros, reforçada após o fa-c) lecimento de D. João VI, de que o reconhecimento reunificaria os dois reinos.

reação das potências europeias às ligações privile-d) giadas com a Áustria, terra natal da Imperatriz.

expectativa das potências europeias, que aguar-e) davam o reconhecimento de Portugal, fiéis à po-lítica internacional traçada a partir do Congresso de Viena.

(UERJ) A Confederação do Equador (1824) foi um dos 12. movimentos que demonstrou o conflito existente entre a organização do Estado no Brasil e a constituição da nação. Das alternativas abaixo, aquela que não carac-teriza o movimento é:

teve a presença de setores populares, o que deu ao a) movimento também o caráter de revolta social.

refletiu forte sentimento antiportuguês, devido ao b) caráter negociado da independência brasileira.

significou o descontentamento dos liberais pernam-c) bucanos, após a outorga da Constituição de 1824.

buscou o estabelecimento de uma monarquia par-d) lamentar, uma vez que a liderança do movimento, por seu caráter liberal, era antirrepublicana.

demonstrou as divergências entre as oligarquias do-e) minantes nordestinas e o poder central, sobretudo quanto ao desejo por autonomia das províncias.

(Mackenzie) O episódio conhecido como “A Noite das 13. Garrafadas”, briga entre portugueses e brasileiros, relaciona-se com:

a promulgação da Constituição da Mandioca pela a) Assembleia Constituinte.

a instituição da Tarifa Alves Branco, que aumentava b) as taxas de alfândega, acirrando as disputas entre portugueses e brasileiros.

o descontentamento da população do Rio de Janei-c) ro contra as medidas saneadoras de Oswaldo Cruz.

a manifestação dos brasileiros contra os portugue-d) ses ligados à sociedade “Colunas do Trono” que apoiavam Dom Pedro I.

a vinda da Corte Portuguesa e o confisco de pro-e) priedades residenciais para alojá-la no Brasil.

(UFES) 14. Confederação do Equador: Manifesto Revolucionário

“Brasileiros do Norte! Pedro de Alcântara, filho de D. João VI, rei de Portugal, a quem vós, após uma estúpida condescendência com os Brasileiros do Sul, aclamastes vosso imperador, quer descaradamente escravizar-vos. Que desaforado atrevimento de um europeu no Brasil. Acaso pensará esse estrangeiro ingrato e sem costumes que tem algum direito à Coroa, por descender da casa de Bragança na Europa, de quem já somos independentes de fato e de direito? Não há delírio igual (... ).”

(BRANDÃO, Ulysses de Carvalho. A Confederação do

Equador. Pernambuco: Publicações Oficiais, 1924.)

O texto dos Confederados de 1824 revela um momento de insatisfação política contra a:

extinção do Poder Legislativo pela Constituição de a) 1824 e sua substituição pelo Poder Moderador.

mudança do sistema eleitoral na Constituição de b) 1824, que vedava aos brasileiros o direito de se candidatar ao Parlamento, o que só era possível aos portugueses.

atitude absolutista de D. Pedro I, ao dissolver a c) Constituinte de 1823 e outorgar uma Constituição que conferia amplos poderes ao Imperador.

liberalização do sistema de mão-de-obra nas dis-d) posições constitucionais, por pressão do grupo português, que já não detinha o controle das gran-des fazendas e da produção de açúcar.

restrição às vantagens do comércio do açúcar pelo e) reforço do monopólio português e aumento dos tri-butos contidos na Carta Constitucional.

(Unesp) “Brasileiros! Salta aos olhos a (...) perfídia, são 15. patentes os reiterados perjuros do Imperador, e está conhecida a nossa ilusão ou engano em adotarmos um sistema de governo defeituoso em sua origem e mais defeituoso ainda em suas partes componentes. As constituições, as leis e todas as instituições huma-nas são feitas para os povos e não os povos para elas. Eis, pois, brasileiros, tratemos de constituir-nos de um modo análogo às luzes do século em que vivemos (...), desprezemos as instituições oligárquicas, só cabidas na encanecida Europa.”

(Manifesto dos revolucionários da Confederação do Equador, 1824.)

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Com base no texto, indique:

o tipo de governo qualificado como defeituoso.a)

o sistema de governo proposto pelos revoltosos.b)

(UFC) “Em 26 de agosto foi constituída a República 16. do Ceará, em um Grande Conselho de 405 eleitores formado pelas pessoas economicamente mais expres-sivas da província com a presença das Câmaras de Fortaleza, Aquiraz e Messejana e representantes das demais comarcas”.

(Araújo, Maria do Carmo R.. A participação do Ceará na

Confederação do Equador. In: SOUZA, Simone (Coord.).

História do Ceará. 2. ed. Fortaleza: Fundação Demócito

Rocha, 1994, p.152.)

O texto acima fala de um momento simbólico importante, quando da participação do Ceará na Confederação do Equador. Sobre isto:

responda o que foi a Confederação do Equador.a)

indique dois aspectos que influenciaram na adesão b) do Ceará à Confederação do Equador.

(UFRJ) “Assim como o progresso da democracia é o 1. resultado do desenvolvimento geral social, uma so-ciedade avançada, ao mesmo tempo que detém uma grande parte de poder político, deve proteger o Estado dos excessos democráticos. Se estes últimos predomi-narem em algum momento deverão ser prontamente reprimidos.”

(Sir T. ERSKINE. May, 1877.)

O texto citado representa a manifestação de setores da Elite inglesa (e europeia, em geral) no século XIX, em relação à crescente pressão popular pela conquista de direitos políticos para a maioria excluída.

Aponte um instrumento legal de exclusão política a) existente no Brasil Império, explicando seu funcio-namento.

(UFRJ) “Ora, dizei-se: não é isto uma farsa? Não é isto 2. um verdadeiro absolutismo, no Estado em que se acham as eleições no nosso país? (...) O poder moderador pode chamar a quem quiser para organizar ministérios; esta pessoa faz a eleição porque há de fazê-la; esta eleição faz a maioria. Eis, aí está o sistema representativo do nosso país!”

(ARAÚJO, Nabuco de. Discurso ao Senado 17 jul. 1868.

Citado no Manifesto Republicano de 1870.)

Tido como ponto de partida para o movimento de 15 de novembro de 1889, o Manifesto, em sua crítica ao funcionamento das instituições políticas do Império, questiona o Poder Moderador e o sistema parlamentar vigentes na época.

Aponte o responsável pelo exercício do Poder Mo-a) derador, segundo a Constituição de 1824.

Explique, a partir do texto, o porquê de diversos b) historiadores considerarem o sistema parlamen-tar brasileiro, de então, um “parlamentarismo às avessas.”

(UFRJ) A primeira constituição do Império no Brasil, ou-3. torgada por D. Pedro I, representava a reação absolutista e a tomada do poder pelo partido português. Represen-tava, ainda, a vitória do Executivo sobre o Legislativo, do Império sobre a aristocracia fundiária.

São características da Constituição de 1824:

voto censitário, câmara eleita, senado vitalício, par-a) te da Declaração dos Direitos do Homem, quatro poderes.

voto censitário, câmara eleita, manutenção da es-b) cravidão, senado vitalício, três poderes.

voto universal masculino, senado vitalício, monar-c) quia hereditária, três poderes.

voto censitário, monarquia hereditária, câmara e se-d) nado vitalícios, quatro poderes.

voto censitário, câmara eleita, senado vitalício, e) parte da Declaração dos Direitos do Homem, três poderes.

(UFRJ) “Decreto lido na Sessão de 12 de novembro de 4. 1823, na Assembleia Constituinte:

Havendo Eu convocado, como tinha direito de convocar, a Assembleia-Geral Constituinte e Legislativa, por decreto de 3 de junho do ano próximo passado, a fim de salvar o Brasil dos perigos que lhe estavam iminentes, e havendo a dita Assembleia perjurado ao tão solene juramento que prestou à Nação de defender a integridade do Império, sua Independência, e a Minha Dinastia: Hei por bem, como Imperador e Defensor Perpétuo do Brasil, dissolver a mesma Assembleia, e convocar já uma outra na forma das Instruções feitas para convocação desta, que agora acaba, a qual deverá trabalhar sobre o projeto de Constituição, que Eu lhe hei de em breve apresentar, que será duplicadamente mais liberal do que a extinta Assembleia acabou de fazer. Os meus Ministros e Secretários de Estado de todas as diferentes Repartições o tenham assim entendido e façam executar, a bem da salvação do Império.

Paço, 12 de novembro de 1823, segundo da Indepen-dência e do Império - Com a rubrica de S. M. Imperial - Clemente Ferreira França - José de Oliveira Barbosa.”

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Organizações e Programas Ministeriais - Regime Par-lamentar no Império - Ministério da Justiça e Negócios Interiores

(Arquivo Nacional. Rio de Janeiro, 1962, p.10.)

O documento acima expressa o conflito entre dois projetos políticos existentes no Brasil no início do 1.º Reinado. Um deles foi representado pela chamada “Constituição da Mandioca” (projeto elaborado pela Assembleia Constituinte de 1823) e o segundo pela Carta Outorgada de 1824. No mesmo período, na Europa, desenvolvia-se o conflito entre as forças da Restauração e as chamadas forças da transformação.

identifique uma característica comum e outra diver-a) gente entre a “Constituição da Mandioca” e a Carta de 1824.

(UFSM)5.

(TEIXEIRA, Francisco M. P. Brasil, História e Sociedade.

São Paulo: Ática, 2000, p.162.)

O quadro Independência ou Morte, de Pedro Américo, concluído em 1888, é uma representação do 7 de setembro de 1822, quando o Brasil rompeu com Portugal. Essa representação enaltece o fato e enfatiza a bravura do herói D. Pedro, ocultando que:

o fim do pacto colonial, decretado na Conjuração a) Baiana, conduziu à ruptura entre o Brasil e Portugal.

o processo de emancipação política iniciara com b) a instalação da Corte Portuguesa no Brasil e que as medidas de D. João puseram fim ao monopólio metropolitano.

o Brasil continuara a ser uma extensão política e c) administrativa de Portugal, mesmo depois do 7 de setembro.

a Abertura dos Portos e a Revolução Pernambuca-d) na se constituíram nos únicos momentos decisivos da separação Brasil-Portugal.

a separação estava consumada, o processo estava e) completo, visto que havia, em todo o Brasil, uma forte adesão militar, popular e escravista à emancipação.

(Mackenzie) “A nação independente continuaria su-6. bordinada à economia colonial, passando do domínio português à tutela britânica. A fachada liberal construída pela Elite europeizada ocultava a miséria e a escravidão da maioria dos habitantes do país.”

(Emília V. da Costa)

A interpretação correta do texto anterior sobre a inde-pendência brasileira seria:

a nossa independência caracterizou-se pelo pro-a) cesso revolucionário que rompeu socialmente com o passado colonial.

a preservação da ordem estabelecida, isto é, escra-b) vidão, latifúndio e privilégios políticos da elite, seria garantida pelo novo governo republicano.

a rápida transformação da economia foi comanda-c) da pela elite política e econômica interessada na superação da ordem colonial.

o espírito liberal de nossas elites não impediu que d) estas mantivessem as estruturas arcaicas da escra-vidão e do latifúndio, sendo a monarquia a garantia de tais privilégios.

o rompimento com a dependência inglesa foi ine-e) vitável, já que após a independência o governo passou a incentivar o mercado interno e a indus-trialização.

(UFRS) Sobre o processo de emancipação política do 7. Brasil, em 1822, considere as afirmativas a seguir.

Para a aristocracia brasileira era fundamental que o I. governo do Brasil emancipado mantivesse o escra-vismo e as relações com a Inglaterra.

Pedro I negou publicamente sua disposição de inde-II. nizar Portugal pela separação, mas assinou o com-promisso que estabelecia o Tratado de Paz e Aliança.

O Tratado de Paz com Portugal manteve a Província III. Cisplatina sob controle português.

Quais estão corretas?

Apenas I.a)

Apenas II.b)

Apenas III.c)

Apenas I e II.d)

I, II e III.e)

(Unesp) “A independência do Brasil, proclamada em 8. 1822, foi reconhecida pelos Estados Unidos da América em maio de 1824, e por várias nações europeias até o ano de 1826”.

Em sua opinião, qual foi a razão dessa demora e qual a relação com o Congresso de Viena (1815)?

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(UFES) Se o voto deixasse de ser obrigatório, o senhor 9. iria votar nas próximas eleições?

Não irá votar 51%

irá votar 48% Não sabe/

Não opinou 1%

(O Globo, 3 ago. 1998.)

Conforme a pesquisa do Ibope, atualmente, mais da metade dos eleitores não faz questão de votar. Entretanto, durante o período de Império, de acordo com a Constituição de 1824, no Brasil era o sistema eleitoral que restringia a participação política da maioria, pois:

garantia a vitaliciedade do mandato dos deputa-a) dos, tornando raras as eleições.

convocava eleições apenas para o cargo de Pri-b) meiro Ministro, conforme regulamentação do Parlamentarismo.

concedia o direito de votar somente a quem ti-c) vesse certa renda, sendo os votantes seleciona-dos segundo critérios censitários.

promovia eleições em Portugal, com validade d) para o Brasil.

permitia apenas às camadas da elite portuguesa e) o direito de eleger seus representantes, limitan-do a influência da aristocracia rural brasileira.

(0) As províncias do Grão-Pará, Maranhão, Piauí, Bahia e Cisplatina foram as primeiras a aderir ao movimen-to de independência.

(1) Todas as províncias destacadas no mapa foram visita-das pela esquadra de Cochrane, militar que combateu na guerra da Independência do lado brasileiro.

(2) Nas províncias do Grão-Pará, Maranhão e Bahia a resistência contra a independência foi mais forte, ocasionando lutas que se prolongaram além do 7 de setembro de 1822.

(3) As províncias destacadas representam o “partido brasileiro”, que reunia aristocracia rural, os comer-ciantes nativos e os burocratas, e não defendiam a separação de Portugal.

(4) A província Cisplatina conseguiu sua independência mais cedo que o próprio Brasil. Antes de 1822, a Cisplatina já se chamava Uruguai.

(UFRJ)11.

Soneto (Feito quando fui solto em 1830)

“Para quando, oh! Brasil, bem reservas

Numa cega apatia alucinado,

Não vês teu solo aurífero ultrajado,

Por dragões infernais fúrias protervas?

(...)

Ainda não tens, Tamoio, povo bravo;

Setas ervadas contra o lusitano

Que pretende fazer-te seu escravo?

Eia! Dos lares teus, despe o engano

Quem nasceu no Brasil não sofre agravo,

E quem vê um Imperador, vê um tirano”.

Cipriano Barata

(CASCUDO, Luiz da Câmara. Dr. Barata. Bahia:

Imprensa Oficial do Estado, 1938. p. 49.)

Vocabulário:

Agravo. Sm. Ofensa, injúria, afronta.

Setas Ervadas. Setas envenenadas.

Protervo [Adj.]. Impudente, insolente, descarado.

Cipriano Barata teve ativa participação nos movimentos políticos brasileiros da primeira metade do século XIX, com um discurso libertário denunciando os arranjos políticos das elites sempre em prejuízo da população desfavorecida. Os versos deste revolucionário brasileiro identificam um dos momentos de crise política no Brasil Imperial, qual seja:

o enfraquecimento político de D. Pedro I, sua apro-a) ximação do “partido português” e a repulsa dos brasileiros a este comportamento.

(UFPE) Na(s) questão(ões) a seguir assinale (10. V) para verdadeiro e (F) para falso.

O mapa apresenta o Brasil pré-independente, no século XIX. Algumas províncias estão coloridas e se destacam das restantes. Sobre as coloridas, analise as proposições a seguir:

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a negativa dos setores conservadores em aceitar a b) decretação da maioridade de D. Pedro II.

a contestação dos governos regenciais por movimen-c) tos armados nas províncias de norte a sul do Brasil.

a expulsão dos Tamoios de suas terras pelos cafei-d) cultores interessados na expansão de sua atividade econômica.

o início do governo de D. Pedro I com a expulsão e) de contingentes militares portugueses e a afirma-ção de um nacionalismo brasileiro.

(Fuvest) Explique o processo político que resultou na 12. abdicação de D. Pedro I em 1831.

(Mackenzie) “Como em 1822, a união contra o perigo 13. comum levou de vencida os adversários. O 7 de abril aparece como o complemento necessário do 7 de setembro.”

(1822 Dimensões – Carlos Guilherme Mota.)

O perigo comum a que se refere o texto e a comple-mentação referida seriam:

a ameaça de recolonização liderada pelo partido a) português derrotado na Independência e na Abdi-cação a 7 de abril de 1831.

a oposição dos grandes proprietários, que na Inde-b) pendência e Abdicação pretendiam liquidar com a escravidão.

o apoio dos democratas do Partido Brasileiro c) em ambas as ocasiões à política absolutista de Pedro I.

a união da Maçonaria e Apostolado para implantar d) a República nestes dois momentos históricos.

a coincidência de projeto de nação entre as elites e) portuguesa e brasileira em ambas as oportuni-dades.

(UFRJ) “Convoquei extraordinariamente esta assem-14. bleia por dois motivos: o primeiro, a inesperada notícia de que estavam a chegar tropas estrangeiras de emi-grados portugueses que vinham buscar asilo neste Império; o segundo, os negócios da fazenda em geral, e com especialidade o arranjo do Banco do Brasil, que até agora não tem obtido desta assembleia medidas efi-cazes e salutares. O primeiro cessou, o segundo existe, e muito lamento ter a necessidade de o recomendar pela quarta vez a esta assembleia. Claro é a todas as luzes o estado miserável a que se acha reduzido o tesouro público, e muito sinto prognosticar que, nesta sessão extraordinária, e no decurso da ordinária, a assembleia, a despeito das minhas reiteradas recomendações, não

arranja negócio de tanta monta, desastroso deve ser o futuro que nos aguarda.”

(D. Pedro I. Fala do Trono na abertura da Assembleia Geral

Extraordinária de 2 de abril de 1829. In: Falas do Trono.

Brasília: INL/MEC, 1977. p. 114.)

O Banco do Brasil havia sido criado pelo príncipe- -regente D. João, em 1808. A despeito das exortações de D. Pedro I, foi decretada a falência do banco no ano de 1829. Esse foi um dos aspectos da crise que levou ao fim o Primeiro Reinado.

Explique um outro aspecto econômico e um aspecto político da crise que levou à abdicação de D. Pedro I, em 1831.

(UFRJ) “Art. 98 - O Poder Moderador é a chave de toda 15. a organização política, e é delegado privativamente ao Imperador, como chefe supremo da Nação e seu primei-ro representante, para que incessantemente vele sobre a manutenção da independência, equilíbrio e harmonia dos mais poderes políticos.”

(CAMPANHOLE. Constituições do Brasil.

9. ed. São Paulo: Atlas, 1985.)

“O Poder Moderador, de nova invenção maquiavélica, é a chave-mestra da opressão da Nação brasileira, e o garrote mais forte da liberdade dos povos ...”

(SOUSA MONTENEGRO, J.A. O Liberalismo Radical de

Frei Caneca. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1978.)

A Carta Outorgada de 1824, da qual foi extraído o artigo acima, criou o Poder Moderador. Frei Caneca, autor do segundo documento e um dos líderes da Confederação do Equador, expressava o descontentamento com a organização política do Império proposta por esta Constituição.

Dê um exemplo que comprove a opressão política a) exercida pelo Poder Moderador, durante o Primeiro Reinado.

(Mackenzie) Relativamente ao Primeiro Reinado, consi-16. dere as afirmações a seguir.

A dissolução da Constituinte, o estilo de governo I. autoritário e a repressão à Confederação do Equa-dor aceleraram o desgaste político de Pedro I.

O temor de uma provável recolonização, caso fosse II. restabelecida a união com Portugal, aprofundou os atritos entre brasileiros e portugueses.

O aumento das exportações agrícolas, a estabilida-III. de da moeda e a redução do endividamento externo foram os pontos favoráveis do governo de Pedro I.

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A cúpula do exército, descontente com a derrota IV. militar na Guerra Cisplatina, aderiu à revolta, que culminou na Abdicação do Imperador.

Então:

todas estão corretas.a)

todas são falsas.b)

apenas I e II estão corretas.c)

apenas I, II e IV estão corretas.d)

apenas III está correta.e)

(Unicamp) Em 1824, Frei Caneca criticou a Constituição 17. outorgada por D. Pedro I dizendo que o poder modera-dor era a chave mestra da opressão da nação brasileira e que a Constituição não garantia a independência do Brasil, ameaçava sua integridade e atacava a soberania da nação.

(Baseado em Frei Caneca, Crítica da Constituição Outorgada.

Ensaios Políticos. Rio de Janeiro: Editora Documentário, p. 70-75.)

Defina o poder moderador.a)

O que foi a Confederação do Equador, da qual Frei b) Caneca participou?

(Unicamp) Caio Prado Júnior, falecido em novembro 18. de 1990, foi um dos mais importantes historiadores brasileiros deste século. No livro Formação do Brasil Contemporâneo, de 1942, escreveu:

“O início do século XIX não se assinala para nós unica-mente por esses acontecimentos relevantes que são a transferência da sede da monarquia portuguesa para o Brasil e os atos preparatórios da emancipação polí-tica do Brasil. Ele marca uma etapa decisiva em nossa evolução e inicia em todos os terrenos, social, político e econômico, uma fase nova.”

Para cada um dos “terrenos” mencionados por Caio Prado Jr. (“social, político e econômico”), indique e analise uma transformação importante ocorrida no século XIX.

(UFBA) Assinale as proposições corretas, some os 20. números a elas associados e marque no espaço apro-priado.

Brasileiros!

Salta aos olhos a negra perfídia,

são patentes os reiterados

perjúrios do Imperador,

e está conhecida nossa ilusão

ou engano em adotarmos

um sistema de governo defeituoso

em sua origem,

e mais defeituoso em suas

partes componentes...

O sistema americano deve ser

idêntico;

desprezemos

instituições oligárquicas,

só cabidas na

encanecida Europa.

(MENDES JR. Manifesto de Proclamação da Confederação

do Equador, 12 jul. 1824, p. 169. v. 2.)

(UFV) O mapa abaixo retrata o contorno do território 19. brasileiro logo após a Declaração de Independência. Em 1828, esse contorno sofreu grandes modificações em virtude de uma revolução de caráter separatista fomentada pela Argentina. Esse episódio, além de mudar o contorno do território brasileiro, deu origem a

um novo país, o Uruguai, que hoje se integra ao Brasil, Argentina e Paraguai na constituição do Mercosul.

O episódio ocorrido em 1828 e que deu origem ao Uruguai ficou conhecido como:

Revolução Farroupilha.a)

Revolta do Chaco.b)

Questão Cisplatina.c)

Guerra dos Farrapos.d)

Confederação do Equador.e)

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Com base no texto anterior e nos conhecimentos sobre o processo de independência do Brasil, pode-se afirmar:

(01) A “negra perfídia” e os “perjúrios do Imperador” re-feridos no Manifesto demonstram o desagrado dos brasileiros para com as atitudes autoritárias tomadas por D. Pedro I, após a dissolução da Assembleia Constituinte.

(02) O movimento revolucionário pernambucano que criticou o centralismo político imposto pela primeira Constituição pretendia reunir as províncias do Nor-deste num governo republicano e federativo.

(04) O “sistema de governo defeituoso em sua origem” decorreu da participação dos deputados brasilei-ros nas Cortes Constituintes de Lisboa e conse-quente aprovação de uma única constituição para o Reino Unido.

(08) O sistema de governo mencionado no texto foi considerado pelos manifestantes “mais defeituoso em suas partes componentes”, porque estabelecia eleições baseadas no sufrágio universal e igualdade entre os três poderes.

(16) A reação conservadora e aristocrática vivida pela Europa, após a derrota de Napoleão Bonaparte, foi contestada peIa onda revolucionária liberal de 1830, que se refletiu no Brasil, através das críticas ao cen-tralismo e autoritarismo de D. Pedro I.

(32) A onda revolucionária liberal europeia de 1848 re-fletiu-se no Brasil, através da vigência dos princípios federalistas estabelecidos com a maioridade de D. Pedro II.

Soma ( )

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C1.

D2.

C3.

B4.

D5.

E6.

A7.

E8.

D9.

D10.

E11.

D12.

D13.

C14.

15.

Monarquia.a)

República.b)

16.

Movimento separatista contra o governo de D. Pedro I.a)

Nomeação dos presidentes das províncias pelo im-b) perador e participação popular, contra a centraliza-ção do poder.

1.

O sistema eleitoral brasileiro, baseado no voto a) censitário, excluía boa parte da população da par-ticipação política.

2.

O Poder Moderador foi instituído por D. Pedro I na a) Constituição de 1824, visando a centralização do poder na organização do Estado brasileiro.

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Por meio do poder moderador, o imperador tinha b) poderes para dissolver a Câmara dos Deputados e convocar novas eleições, descaracterizando as finalidades do Parlamento.

A3.

O ponto comum é o fato do voto ser censitário nos 4. dois casos e a divergência encontra-se no critério estabelecido para poder ou não votar: a “Constituição da Mandioca” estabelecia a posse de alqueires de mandioca, enquanto a Carta de 1824 determinou a posse de elevada renda em dinheiro.

B5.

D6.

D7.

O Congresso de Viena foi absolutista e contrário à 8. independência das colônias, porém o Brasil foi elevado a Reino Unido nesse momento. A demora deve-se a negociação política e de concessões envolvendo Por-tugal e Inglaterra.

C9.

F, F, V, F, F.10.

A11.

D. Pedro I conduziu a separação do Brasil de Portugal 12. em associação com os interesses da elite que queria preservar a integridade territorial e o mercado nacional de escravos. Sua posição como “defensor perpétuo do Brasil” fica abalada graças a uma sucessão de inci-dentes causados pela inexperiência na condução das questões políticas e de Estado. Alguns fatos podem ser destacados:

dissolução da Assembleia Constituinte. •

outorga da Constituição de 1824. •

empréstimos do exterior aplicados em setores não- •-produtivos.

guerra com a Argentina na questão da província •Cisplatina.

repressão violenta em relação à Confederação do •Equador.

Esses fatos e o movimento de oposição promovido pela elite e pelos militares acabaram culminando com a abdicação de D. Pedro I.

A13.

Empréstimos do exterior aplicados em setores não- 14. -produtivos.

Poderiam ser citados: fechamento da Assembleia Cons-15. tituinte; imposição da Constituição de 1824; violenta

repressão à Confederação do Equador; destituição do “ministério dos brasileiros”...

D16.

17.

Poder criado para “garantir a harmonia entre os ou-a) tros três”.

Movimento surgido no Nordeste de caráter sepa-b) ratista e republicano que atacou o fechamento da constituinte e o poder moderador de D. Pedro I.

O Brasil viveu sua independência política, porém marcou- 18. -se a dependência do capitalismo inglês (divisão inter-nacional do trabalho), a sociedade viveu sua organização aristocrática e a população excluída do regime.

C19.

18. 01 + 02 + 16 = 1920.

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