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9402/98 (Presse 205) C/98/205 2106ª sessão do Conselho - AMBIENTE - Luxemburgo, 16-17 de Junho de 1998 Presidentes: Michael MEACHER Ministro do Ambiente do Reino Unido Angela EAGLE Subsecretária de Estado do Ministério do Ambiente, dos Transportes e das Regiões do Reino Unido 1

2106ª sessão do Conselho - AMBIENTE - Luxemburgo, 16-17 de ...europa.eu/rapid/press-release_PRES-98-205_pt.pdfQuioto, fazendo uso das disposições do artigo 4º relativas ao cumprimento

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9402/98 (Presse 205) C/98/205

2106ª sessão do Conselho

- AMBIENTE -

Luxemburgo, 16-17 de Junho de 1998

Presidentes: Michael MEACHERMinistro do Ambiente do Reino Unido

Angela EAGLESubsecretária de Estado do Ministério do Ambiente, dos Transportes e dasRegiões do Reino Unido

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Í N D I C E

PARTICIPANTES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

PONTOS DEBA TIDOS

ESTRATÉGIA COMUNITÁRIA EM MATÉRIA DE ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4NORMAS DE QUALIDADE DO AR - DIRECTIVA-FILHA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13REDUÇÃO DO TEOR DE ENXOFRE DE DETERMINADOS COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS . . . . . . . . . 15ACÇÃO COMUNITÁRIA NO DOMÍNIO DA POLÍTICA DA ÁGUA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17MANUTENÇÃO DE ANIMAIS SELVAGENS EM JARDINS ZOOLÓGICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19AGÊNCIA EUROPEIA DO AMBIENTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20EMISSÕES DE CO2 PROVENIENTES DOS VEÍCULOS LIGEIROS DE PASSAGEIROS . . . . . . . . . . 21QUARTA CONFERÊNCIA PAN-EUROPEIA DOS MINISTROS DO AMBIENTEPARA A EUROPA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22ESTRATÉGIA EM MATÉRIA DE BIODIVERSIDADE— CONCLUSÕES DO CONSELHO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27INTEGRAÇÃO DAS QUESTÕES RELATIVAS À PESCA E AO AMBIENTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30MILHO GENETICAMENTE MODIFICADO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30LIBERTAÇÃO DELIBERADA NO AMBIENTE DE ORGANISMOSGENETICAMENTE MODIFICADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31EMISSÕES PELOS MOTORES DIESEL UTILIZADOS EM VEÍCULOS PESADOS . . . . . . . . . . . . . . . 33SISTEMA DE RÓTULO ECOLÓGICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34ESTRATÉGIAS PARA ENFRENTAR O DESAFIO DO ALARGAMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

PONTOS ADOPTADOS SEM DEBA TE

AMBIENTELimitação das emissões de compostos orgânicos voláteis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . IMecanismo de vigilância das emissões comunitárias de CO2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . IProtocolos no âmbito da Convenção da CEE/ONU sobre PoluiçãoAtmosférica Transfronteiriça a Longa Distância . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . IIDirectrizes de negociação da Convenção OSPAR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . II

MERCADO INTERNODirectiva relativa à protecção jurídica das invenções biotecnológicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . II

RELAÇÕES EXTERNASACP-CE regras de origem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . IIIACP - Regulamento Financeiro do 8º FED . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . IIIContinuação do Acordo CE-Austrália sobre Carvão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . IIICECA/Cazaquistão - Comércio de certos produtos siderúrgicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . IV

AGRICULTURARegime de contingentes para a produção de fécula de batata . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . IV

PESCASAdesão da Comunidade Europeia à Comissão Geral das Pescas do Mediterrâneo . . . . . . . . . . . . . . . . VTAC de 1998 para o espadarte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . V

JUSTIÇA E ASSUNTOS INTERNOSConvenção relativa às Decisões de Inibição de Conduzir . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . V

ASSUNTOS GERAISRelatório sobre os progressos da União Europeia em 1997 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . VI

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Os Governos dos Estados-Membros e a Comissão Europeia estiveram representados do seguintemodo:

Bélg icaJan PEETERS Secretário de Estado do Ambiente

DinamarcaSvend AUKEN Ministro do Ambiente e da Energia

AlemanhaAngela MERKEL Ministra do Ambiente

GréciaTheodóros KOLIOPÁNOS Secretário de Estado do Ambiente

EspanhaIsabel TOCINO BISCAROLASAGA Ministra do Ambiente

FrançaDominique VOYNET Ministra do Ambiente

Ir landaNoel DEMPSEY Ministro do Ambiente e do Poder Local

ItáliaEdo RONCHI Ministro do Ambiente

LuxemburgoAlex BODRY Ministro do Ambiente

Países BaixosMargareth de BOER Ministra da Habitação, do Ordenamento do

Território e do Ambiente

ÁustriaMartin BARTENSTEIN Ministro do Ambiente

PortugalElisa FERREIRA Ministra do Ambiente

Fin lândiaPekka HAAVISTOSirkka HAUTOJARVI

Ministro do AmbienteSecretária de Estado do Ambiente

SuéciaAnna LINDHMåns LÖNNROTH

Ministra do AmbienteSecretária de Estado do Ambiente

Reino UnidoMichael MEACHERJohn PRESCOTT

Angela EAGLE

Ministro do AmbienteVice-Primeiro Ministro e Ministro do Ambiente,dos Transportes e das RegiõesSubsecretária de Estado do Ministério doAmbiente, dos Transportes e das Regiões

ComissãoRitt BJERREGAARD Comissária

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ESTRATÉGIA COMUNITÁRIA EM MATÉRIA DE ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS - Conclusões doConselho

1. O Conselho recorda as suas conclusões de 23 de Março de 1998 sobre a questão docontributo de cada Estado-Membro para a redução de 8% nas emissões de gases com efeitode estufa a atingir pela Comunidade no seu todo nos termos do artigo 3º do Protocolo deQuioto, fazendo uso das disposições do artigo 4º relativas ao cumprimento conjunto doscompromissos assumidos por força desse artigo.

2. O Conselho chegou a acordo sobre a determinação do contributo dos Estados-Membros paraa redução de 8%; o compromisso de cada Estado-Membro consta do Apêndice 1 às presentesconclusões. Os termos do acordo serão incluídos na decisão do Conselho relativa àcelebração do Protocolo pela Comunidade. Em conformidade com o artigo 4º do Protocolo,serão também notificados ao secretariado da Convenção-Quadro sobre as AlteraçõesClimáticas quando o Protocolo for ratificado pela Comunidade e pelos seus Estados-Membros.

3. O Conselho considera que este acordo sublinha o permanente empenho da Comunidade edos seus Estados-Membros em honrarem os compromissos assumidos ao abrigo do artigo 3ºdo Protocolo de Quioto. Reafirma que a acção a nível interno, que, num contexto comunitário,inclui acções a nível comunitário, deverá fornecer os principais meios necessários à satisfaçãodesses compromissos por todas as partes no Anexo I. Salientando as suas conclusõesde 23 de Março de 1998, em que afirma que as regras e directrizes para a utilização demecanismos flexíveis devem garantir que estes não subvertam este princípio, nemenfraqueçam os compromissos assumidos nos termos do artigo 3º, o Conselho considera queos mecanismos estabelecidos pelos artigos 6º, 12º e 17º do Protocolo terão um papel adesempenhar como complemento das acções nacionais.

4. Ao debater os pontos 1-3, o Conselho tomou nota do resultado alcançado pelos organismossubsidiários da CdP na sua recente reunião em Bona e da posição da Comunidaderelativamente às alterações na utilização dos solos e actividades florestais.

5. O Conselho recorda e reafirma as suas anteriores conclusões relativas às políticas e medidascomuns e coordenadas (PMCC), principalmente as de 23 de Março de 1998, nas quais foisalientada a utilidade de se continuarem a elaborar e a implementar PMCC que, juntamentecom as políticas e medidas nacionais e como complemento destas, constituem um contributonecessário para permitir à Comunidade e aos seus Estados-Membros atingir o objectivo deQuioto.

6. O Conselho observa que, desde que a Comunidade aderiu à Convenção-Quadro das NaçõesUnidas sobre as Alterações Climáticas, foram aprovadas novas políticas e medidas comunse coordenadas, a acrescentar às então já vigentes, entre as quais se incluem em especialmedidas em matéria de rotulagem energética, normas mínimas de desempenho paradeterminados aparelhos electrodomésticos e a directiva relativa à prevenção e ao controlointegrados da poluição, que produzirá efeitos depois de 2000. O Conselho reconhece que,apesar de estas novas medidas e as que já se encontram a ser aplicadas irem contribuir parareduzir e limitar as emissões de gases com efeito de estufa nos Estados-Membros, serãoainda necessárias outras.

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7. Para se alcançar o objectivo de Quioto, serão necessárias consideráveis alterações na formacomo a energia é produzida e utilizada. O Conselho congratula-se com a apresentação dacomunicação da Comissão sobre a eficiência energética na Comunidade Europeia, com aorientação global do Livro Branco sobre as fontes de energia renováveis e com aComunicação sobre a produção combinada de calor e electricidade. Estes documentosdeverão servir de alicerces ao desenvolvimento estratégico de políticas e medidas comunse coordenadas, e DE políticas e medidas a nível nacional, em matéria de redução dasemissões de gases com efeitos de estufa. Neste contexto, o Conselho também tem em contaa importância das Redes Transeuropeias de Energia, especialmente dada a necessidade deaumentar a disponibilidade de combustíveis menos carbono-intensivos. O Conselho recordaas suas conclusões de 11 de Maio de 1998, em que sublinhou a importância de os objectivosambientais serem integrados no quadro da política energética global, a nível nacional ecomunitário, e na gestão dos mercados energéticos comunitários. Nessas conclusões foramtambém definidas prioridades para uma acção de incremento das PMCC no sector da energia.

8. O Conselho sublinha a importância de limitar e/ou reduzir as emissões de dióxido de carbonoprovenientes dos transportes, atendendo a que está projectado um forte aumento de volumedos transportes e acolhe favoravelmente a comunicação da Comissão sobre os transportese o CO2, na qual são apresentadas propostas cujo debate se lhe afigura de elevado interesseprosseguir.

9. O Conselho reconhece o papel que os instrumentos económicos podem desempenhar naredução das emissões de gases com efeito de estufa e, neste contexto, acolhefavoravelmente os debates em curso sobre a proposta de directiva de reestruturação doquadro comunitário de tributação dos produtos energéticos .

10. O Conselho regista com interesse a apresentação da comunicação da Comissão sobre asalterações climáticas e a estratégia comunitária pós-Quioto, cuja discussão aguarda comexpectativa, no âmbito da definição de uma estratégia pós-Quioto.

11. O Conselho confirma que, para ajudar os Estados-Membros a satisfazer os compromissosreferidos acima no ponto 2, é essencial realizar progressos rápidos e substanciais no domíniode políticas e medidas comuns e coordenadas eficazes, as quais terão que ter em conta asdiferenças de circunstâncias existentes entre os Estados-Membros. Para lhe permitir progredirsubstancialmente em matéria de medidas comuns antes da ratificação do Protocolo de Quioto,o Conselho insta a Comissão a pôr em prática, na óptica de uma adopção rápida peloConselho, em especial as políticas e medidas comuns seguidamente expostas, aproveitando,quando adequado, a experiência adquirida com as acções desenvolvidas nos Estados--Membros, atendendo à subsidiariedade e tendo em especial atenção a potencial contribuiçãopara a redução das emissões de gases com efeito de estufa no período de 2008 a 2012, oscustos e benefícios e as implicações para a competitividade industrial. O Conselho acorda emque os progressos serão avaliados anualmente. Em 2002, far-se-á uma avaliação global tendoem vista a realização de progressos significativos até 2005, em conformidade com o Protocolode Quioto.

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i) O Conselho reafirma a importância de se reduzirem as emissões de CO2 provenientesdos automóveis ligeiros de passageiros. Neste contexto, acolhe com agrado osprogressos nas negociações da Comissão com a ACEA e sublinha a importância darápida celebração de um acordo e do desenvolvimento de um sólido sistema demonitorização à luz das suas conclusões de 23 de Março de 1998. O Conselho recordaas conclusões de 25 de Junho de 1996, nas quais registou, nomeadamente, que seránecessário um sistema de rotulagem indicativo da poupança de combustível, a título deapoio e complemento a um eventual acordo com a indústria, e convida a Comissão aapresentar-lhe uma proposta nesse sentido. O Conselho salienta igualmente aimportância da criação de incentivos fiscais para a eficiência dos combustíveis e osveículos menos poluentes, no sentido de contribuir para o cumprimento do objectivo amédio prazo do Conselho de se atingir um valor médio das emissões de CO2 para osveículos recentemente matriculados na União Europeia correspondente a 120 g dedióxido de carbono por quilómetro. A realização deste objectivo está prevista para 2005,mas não se deverá de modo algum ultrapassar 2010. O Conselho reafirma também aimportância da redução das emissões de CO2 provenientes dos transportes rodoviáriosde mercadorias. Neste contexto, o Conselho regista a importância da avaliação daDirectiva 92/6 sobre segurança do tráfego, prevista para o final de 1998, particularmenteno que se refere à questão do limite de velocidade dos veículos comerciais pesados.

ii) O Conselho recorda a Resolução de 9 de Junho de 1997, através da qual solicitava quea Comissão lhe apresentasse, até ao final de 1997, um relatório sobre a tributação docombustível utilizado nas aeronaves. O Conselho insta a Comissão a concluirrapidamente esse estudo e a manter os Estados-Membros informados do seuandamento, a fim de garantir que este trabalho possa contribuir oportunamente para osdebates em curso na OACI. O Conselho recorda igualmente a este propósito asconclusões de 23 de Março de 1998, em que instava as Partes no Anexo I aprosseguirem na OACI os seus trabalhos com vista à limitação ou redução dasemissões de gases com efeito de estufa.

iii) O Conselho observa que a manutenção dos subsídios para os combustíveis fósseispode contribuir para a produção de gases com efeito de estufa e convida a Comissãoa apresentar propostas de acções comuns para a redução/eliminação progressivadesses e doutros subsídios, dos regimes fiscais e da regulamentação que contrariamuma utilização eficiente da energia.

iv) O Conselho sublinha a importância de se promover activamente a eficiência energética.Neste contexto, convida a Comissão a considerar a possibilidade de apresentarpropostas para a diferenciação dos níveis de tributação para os produtos que permitampoupar energia, por forma a que os Estados-Membros possam prever incentivoseconómicos apropriados para esses produtos sem prejuízo do princípio da harmonizaçãofiscal.

v) O Conselho reconhece que o melhoramento da concepção e desempenho técnicos dosaparelhos e equipamentos pode reduzir significativamente as emissões. É necessárioum programa de medidas comuns e coordenadas complementares, como sejam normasmelhores e dinâmicas para produtos de rendimento energético, certificação, rotulageme acordos ambientais a nível comunitário. O Conselho convida a Comissão a elaborarum plano de acções prioritárias, baseado nas medidas já em vigor para os aparelhoselectrodomésticos, e que deverá poder ser revisto e melhorado.

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vi) É possível chegar a reduções significativas das emissões através de uma maiorutilização das melhores práticas actuais em matéria de eficiência energética, emespecial tendo em conta a aplicação da Melhor Tecnologia Disponível nos termos daDirectiva PCIP. O Conselho convida a Comissão a elaborar um programa europeu depromoção de novas técnicas e tecnologias rentáveis, no contexto, entre outros, doPrograma-Quadro da Energia.

vii) O Conselho observa que as opções em matéria de gestão de resíduos têm impactosdiferentes nas emissões de gases com efeito de estufa e insta a Comissão a assegurarque as propostas de legislação sobre resíduos tomem em conta a investigação maisrecente e a melhor tecnologia disponível para minimizar as emissões daqueles gases.O Conselho solicita especialmente à Comissão que, nos trabalhos em curso sobre aprevenção e a redução das emissões de metano provenientes dos aterros, considereas consequências dos níveis de emissão de gases com efeito de estufa, nomeadamentenas regras de execução da directiva relativa à deposição de resíduos em aterros. OConselho convida também a Comissão a examinar os dados técnicos relativos àsemissões de gases com efeito de estufa noutras opções de gestão de resíduos e apropor, sempre que se justifiquem, as devidas alterações à estratégia comunitária degestão de resíduos.

viii) O Conselho recorda as suas conclusões de 19 de Junho de 1997, em que convidava aComissão a elaborar, em consulta com os Estados-Membros, um plano de acção paraprevenção e redução das emissões de metano, e solicita à Comissão que prossiga essetrabalho.

ix) O Conselho chama a atenção para as emissões de N2O, em especial para as provenientesdos catalisadores dos veículos a motor, e apela à Comissão para que pondere possíveissoluções, atendendo ao impacto sobre as emissões de outros gases.

x) O Conselho solicita à Comissão que assegure que as actividades de investigação edesenvolvimento tecnológico empreendidas ao abrigo do Quinto Programa-Quadro optimizemo seu contributo para a consecução dos objectivos em matéria de alterações climáticas,através da apresentação e demonstração de novas tecnologias e técnicas, sobretudo nodomínio das energias renováveis, para a redução das emissões de todos os gases com efeitode estufa, bem como da sua divulgação a países terceiros.

12. O Conselho recorda as conclusões de 19 de Junho de 1997 acerca da necessidade dedeterminar quais as políticas nacionais que poderiam com vantagem ser aplicadas comomedidas coordenadas pelos Estados-Membros e promovidas mediante acções pertinentes doConselho; reafirma a impo^Dtância de uma acção coordenada e acorda em actuar, paracomplementar as acções comuns e nacionais, nos seguintes domínios:

i) A liberalização terá um impacto significativo na estrutura dos mercados da electricidade e dogás. O Conselho acorda em que têm de ser dados passos a nível nacional e, se necessário,a nível comunitário, a fim de garantir que os mercados liberalizados funcionem de modo apromover os objectivos ambientais, promovendo ao mesmo tempo a competitividade e osinteresses do consumidor. O Conselho convida a Comissão a informá-lo de quaisquer novasmedidas comunitárias necessárias para garantir que o mercado funcione de forma eficaz ecoerente com os objectivos ambientais e, em particular, a estudar a necessidade de propostasde remoção de obstáculos à utilização acrescida de energias renováveis.

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ii) O Conselho reconhece a importância das tecnologias e fontes de energia de baixo ou nuloteor carbónico, como as energias renováveis e a PCCE (produção combinada de calor eelectricidade). Recorda a sua resolução de 11 de Maio de 1998, em que decidiu promover naComunidade, através da cooperação e da coordenação das políticas, um usosubstancialmente acrescido das energias renováveis. O Conselho insta os Estados-Membrosa prosseguirem o desenvolvimento de estratégias e estruturas nacionais para o efeito.Recorda igualmente que o Livro Branco sobre as energias renováveis reconhece osignificativo potencial de geração de energia a partir, por exemplo, da biomassa e da energiaeólica e solar, e solicita à Comissão que indique a melhor forma de aproveitar a PolíticaAgrícola Comum para promover a produção de energias renováveis em solos agrícolas. OConselho reconhece ainda o eventual interesse dos Estados-Membros em mobilizar as ajudasestatais para fomentar as culturas destinadas à produção de energia, pelo que solicita àComissão que estude as devidas alterações às orientações a favor das energias renováveisenunciadas no seu Livro Branco.

iii) O Conselho recorda a sua resolução de 8 de Dezembro de 1997, em que sublinha aexistência de potencialidades para uma maior penetração da PCCE nos Estados-Membros,e define medidas susceptíveis de promover a sua utilização. O Conselho concorda que osEstados-Membros deverão pautar-se por estes princípios para promover o mercado da PCCEe derrubar os obstáculos ao mesmo, a fim de facilitar um aumento significativo do uso daPCCE dentro da Comunidade.

iv) O Conselho recorda a sua resolução de 7 de Outubro de 1997 em matéria de acordosambientais e reconhece que os acordos ambientais com certos sectores podem constituir umaforma rentável de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, devendo porconseguinte ser promovidos sempre que se justifique.

v) O Conselho acorda em que os Estados-Membros deveriam pôr em prática políticas detransportes que tenham por objectivo orientar a procura para meios de transporte menosprejudiciais ao ambiente e gerir a procura global de transportes, atendendo às condicionantesambientais no que se refere ao seu volume.

vi) A utilização de energia nos edifícios constitui uma fonte importante de emissões de dióxidode carbono na Comunidade. O Conselho reconhece que as normas em matéria de eficiênciaenergética aplicáveis à construção e remodelação de edifícios se devem adequar àscircunstâncias nacionais, mas acorda em que os Estados-Membros deverão rever dentro embreve as suas normas nacionais para identificar áreas em que possam ser rentavelmenteaplicadas normas mais rigorosas.

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13. O Conselho regista com preocupação o aumento da produção de alguns gases industriaiscom elevado potencial de aquecimento planetário. Em especial, reconhece a importância dese prosseguirem os trabalhos relativos às políticas de limitação e/ou redução das emissõesde HFC, PFC, e SF6, particularmente à luz da sua inclusão no pacote de gases de Quioto.Salienta o papel que as políticas comuns e coordenadas poderão desempenhar paralelamentea medidas nacionais neste domínio e convida a Comissão a criar um quadro para a limitaçãoe/ou redução das emissões, que abranja todos os domínios da produção e utilização destesgases, e que poderá se aperfeiçoado pelos Estados-Membros. Este quadro poderiacompreender os seguintes elementos: melhoramento do controlo das emissões reais, boaeconomia doméstica, medidas de redução de fugas, gestão do ciclo de vida e reciclagem,redução das quantidades utilizadas mediante o aumento do rendimento do equipamento derefrigeração, aquecimento e ar condicionado e substituição. O Conselho insta os Estados--Membros a criarem programas para limitar e/ou reduzir as emissões desses gases, tendo emconta o seu potencial de aquecimento planetário, que poderão incluir, quando oportuno,acordos com os fabricantes e os principais utilizadores. Além disso, o Conselho solicita àComissão que prossiga o desenvolvimento de alternativas ambientalmente sólidas e seguraspara os HFC, PFC e SF6.

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Apêndice I

ESTADOS-MEMBROS COMPROMISSOS DE ACORDO COM OArtigo 4º DO PROTOCOLO DE QUIOTO

BÉLGICA - 7,5%

DINAMARCA - 21%

ALEMANHA - 21%

GRÉCIA + 25%

ESPANHA + 15%

FRANÇA

0%

IRLANDA + 13%

ITÁLIA - 6,5%

LUXEMBURGO - 28%

PAÍSES BAIXOS - 6%

ÁUSTRIA - 13%

PORTUGAL + 27%

FINLÂNDIA 0%

SUÉCIA + 4%

REINO UNIDO -12,5%

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NORMAS DE QUALIDADE DO AR - DIRECTIVA-FILHA

O Conselho chegou a acordo unânime tendo uma vista uma posição comum sobre a propostade directiva relativa a valores-limite para o dióxido de enxofre, os óxidos de azoto, as partículasem suspensão e o chumbo no ar ambiente. A posição comum será formalmente adoptada numapróxima sessão do Conselho após a revisão jurídico-linguística texto.

A proposta trata dos principais poluentes atmosféricos e reflecte em larga medida as normasda OMC recentemente aprovadas. O seu quadro já foi traçado pela directiva 96/62/CE, maisconhecida por "directiva-Mãe".

A proposta pretende em particular:

— estabelecer valores-limite para as concentrações de dióxido de enxofre, óxidos de azoto,partículas em suspensão e chumbo no ar ambiente e limiares de alerta para asconcentrações de dióxido de enxofre e dióxido de azoto, a fim de evitar, prevenir ou limitaros efeitos nocivos sobre a saúde humana e sobre o ambiente;

— avaliar as concentrações com base em métodos e critérios comuns;

— obter informações adequadas sobre as concentrações e assegurar a sua divulgação juntodo público;

— manter a qualidade do ar ambiente, quando esta é boa, e melhorá-la nos outros casos.

A proposta resultante dos trabalhos do Conselho:

— mantém em grande medida inalterada a abordagem e os valores-limite propostos pelaComissão, embora tenham sido feitos alguns ajustamentos, como, por exemplo, aintrodução um limiar de alerta para as concentrações de dióxido de azoto;

— introduz uma cláusula de revisão em ligação com o relatório sobre a aplicação aapresentar pela Comissão antes de 31 de Dezembro de 2003;

— introduz uma medida de flexibilidade, necessária, por exemplo, em circunstâncias em quea ocorrência de fenómenos naturais impossibilite o cumprimento dos valores-limite. Estasexcepções são limitadas e serão acompanhadas por salvaguardas e métodos de controloadequados;

— institui um sistema coerente a nível comunitário de prestação de informações oportunase exaustivas ao público.

REDUÇÃO DO TEOR DE ENXOFRE DE DETERMINADOS COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS

O Conselho alcançou um acordo político tendo em vista uma posição comum sobre a propostade directiva relativa à redução do teor de enxofre de determinados combustíveis líquidos(que altera a Directiva 93/12/CEE) com base num compromisso da Presidência. A posiçãocomum será formalmente adoptada numa próxima sessão do Conselho.

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O texto integra-se numa estratégia comunitária mais vasta de combate à acidificação e foiapresentado com base no nº 1 do artigo 130º-S do Tratado. O seu objectivo consiste em reduziras emissões de SO2 em toda a União Europeia, limitando o teor de enxofre de certoscombustíveis líquidos ou seja o fuelóleo pesado e o gasóleo. O Parlamento Europeu emitiuparecer em 13 de Maio de 1998.

O compromisso da Presidência inclui os seguintes elementos principais:

— Uma data de implementação para a utilização de fuelóleo pesado com um teor máximode enxofre de 1,00% — 1 de Janeiro de 2003;

— Uma derrogação para permitir aos Estados-Membros que não contribuem para aacidificação que autorizem a utilização de fuelóleo pesado com um teor de enxofreaté 3%;

— A inclusão de uma emissão "bolha" para refinarias, permitindo-lhes a queima de fuelóleopesado com um teor de enxofre superior a 1% desde que as emissões de todas asinstalações (à excepção das novas instalações), não ultrapasse 1.700 mgSO2/Nm3 e asemissões das novas instalações não ultrapassem 1.000 mgSO2/Nm3.

— A inclusão de certos combustíveis navais no âmbito da directiva, enquanto se prevê umaacção posterior, tanto a nível internacional (no âmbito da Convenção Marpol) comoeventualmente a nível comunitário (com base numa avaliação da Comissão);

— Uma derrogação geográfica (Grécia, Ilhas Canárias, Madeira, Açores, DepartamentosUltramarinos Franceses) para a utilização de gasóleo naval com um teor de enxofresuperior aos limites de 0,2% (a partir da data de aplicação) e 0,1% (a partir de 2008);

— Um valor-limite de 0,2% para o teor de enxofre do gasóleo, aplicável a partir da entradaem vigor da directiva, e um novo limite de 0,1% aplicável a partir de 1 de Janeiro de 2008;

— Uma derrogação para permitir aos Estados-Membros que não contribuem para aacidificação que autorizem a utilização de gasóleo com um conteúdo de enxofreentre 0,10% e 0,20% até 1 de Janeiro de 2013;

— Um período de aplicação de 24 meses.

ACÇÃO COMUNITÁRIA NO DOMÍNIO DA POLÍTICA DA ÁGUA

O Conselho analisou, com base num compromisso da Presidência, a proposta de directiva queestabelece um quadro de acção comunitária no domínio da política da água, tendo alcançadoum nível considerável de entendimento comum que permitirá ao Conselho finalizar a suaposição comum uma vez que o parecer do Parlamento Europeu esteja disponível.

A proposta pretende estabelecer um quadro comunitário para a protecção das águas superficiaise subterrâneas na Comunidade no âmbito de uma abordagem comum e com objectivos,princípios e medidas básicas comuns. O princípio básico da directiva é tomar como tema centrala água que aflui naturalmente das bacias hidrográficas para o mar, tendo em conta a interacçãonatural entre as águas superficiais e as subterrâneas.

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Todas as medidas para alcançar os objectivos ambientais de protecção e utilização sustentávelda água serão coordenados e o seu impacto nas bacias hidrográficas será acompanhado econtrolado, garantindo assim que a política comunitária da água seja aplicada de forma coerentee racional. A directiva foi elaborada para prevenir novas deteriorações e proteger e melhorara qualidade e a quantidade dos ecossistemas aquáticos e também dos ecossistemas terrestres,no que se refere às suas necessidades de água. Desta forma, contribuirá também para umabastecimento de água de boa qualidade e em quantidade suficiente necessária para umautilização sustentável, equilibrada e equitativa. No que se refere à redução da poluição, adirectiva confirma e formaliza a chamada "abordagem combinada", com controlos de emissõese de poluição difusa combinados com a instituição de controlos de emissão mais rigorosos, setal for exigido pela legislação comunitária.

O projecto de directiva-quadro sobre a água foi concebido para:

— criar um enquadramento global no qual as autoridades comunitárias, nacionais e regionaispossam desenvolver políticas da água integradas e coerentes;

— criar uma "rede de segurança" para identificar as questões ligadas à água que não sãopresentemente tratadas de uma forma adequada e que exigirão medidas a nívelapropriado;

— criar uma base sólida para a recolha e análise de uma grande quantidade de informaçãosobre o estado do ambiente aquático e as pressões a que está sujeito. Assim se reuniráa informação essencial a partir da qual as autoridades competentes poderão desenvolverpolíticas judiciosas e sustentáveis; e

— exigir a transparência baseada na publicação e divulgação da informação e a consulta dopúblico.

A directiva estabelece o objectivo global de alcançar um bom estado da água, exigindo para oefeito:

— a gestão da bacia hidrográfica;— a avaliação das características da bacia hidrográfica;— o estabelecimento de Programas de Medidas para alcançar o objectivo;— a inclusão dos itens acima num Plano de Gestão da Bacia Hidrográfica; e— a consulta pública sobre esse plano.

Além disso, contém:

— um mecanismo de aplicação do princípio da amortização dos custos dos serviços hídricos;— medidas de combate à poluição acidental;— um processo para o desenvolvimento de estratégias coordenadas de ataque à poluição

por poluentes isolados ou grupos de poluentes.

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A fim de restituir um bom estado a todas as águas (águas superficiais interiores, águas detransição, águas costeiras e subterrâneas) da Comunidade após gerações de poluição, prevê-seum primeiro ciclo de 6 anos a partir da criação do Programa de Medidas (a aplicar 10 anosdepois da entrada em vigor da directiva), permitindo, em certas condições, a extensão pormais 3 ciclos de 6 anos. Deste modo, através de uma abordagem progressiva, ao fim de umdeterminado período todas as águas deverão finalmente estar cobertas.

MANUTENÇÃO DE ANIMAIS SELVAGENS EM JARDINS ZOOLÓGICOS

O Conselho chegou a acordo político tendo em vista uma posição comum sobre a propostarelativa à manutenção de animais selvagens em jardins zoológicos, apresentada em 1995 pelaComissão. A Alemanha anunciou a sua intenção de se abster aquando da adopção da posiçãocomum prevista para uma das próximas sessões, após revisão jurídica e linguística do texto.

Recorda-se que a Comissão tinha inicialmente apresentado uma proposta de directiva em 1991mas que, em conformidade com as directrizes da Cimeira de Edimburgo, apresentouem 13.12.1995 uma proposta de recomendação com base no nº 1 do artigo 130º-S. O Conselhochegou a um acordo político, em 25.6.1996, sobre uma recomendação com anexos detalhados.O Parlamento Europeu, no seu parecer de 29.1.1998, solicitou que se transformasse a propostade recomendação em directiva.

Tendo em conta o parecer do Parlamento Europeu e os resultados do debate do Conselhode 23 de Março de 1998, o texto do acordo político foi alterado para atender às preocupaçõesmanifestadas no que diz respeito às competências e à subsidiariedade, tendo tomado a formade uma directiva. Abrange todos os estabelecimentos de carácter permanente onde sãomantidos, para exibição ao público, durante 7 ou mais dias por ano, animais vivos de espéciesselvagens, com excepção de circos, lojas de animais de estimação e estabelecimentos que osEstados-Membros podem isentar dos requisitos da presente directiva pelo facto de não exibiremao público um número significativo de animais e desde que a isenção não lese os objectivosda presente directiva.

Está previsto que os Estados-Membros adoptem medidas relativas à concessão de licenças eà inspecção dos jardins zoológicos, tendo em vista reforçar o respectivo papel na conservaçãoda biodiversidade. Os jardins zoológicos terão de implementar algumas medidas deconservação relacionadas, nomeadamente, com o tratamento dos animais, a participação emactividades de investigação e a educação do público.

AGÊNCIA EUROPEIA DO AMBIENTE

O Conselho chegou a acordo tendo em vista definir uma posição comum sobre a alteração doRegulamento CEE nº 1210/90 que institui a Agência Europeia do Ambiente e a Rede Europeiade Informação e de Observação do Ambiente. A França anunciou a sua intenção de se absteraquando da adopção da posição comum que ocorrerá numa fase posterior, após revisão jurídicae linguística do texto.

A proposta foi apresentada ao Conselho em 16 de Junho de 1997, tendo como base jurídicao nº 1 do artigo 130º-S do Tratado (cooperação com o Parlamento Europeu, maioriaqualificada). O Parlamento Europeu e o Comité Económico e Social emitiram parecerem 21 de Fevereiro de 1998 e 1 de Outubro de 1997, respectivamente.

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Recorda-se que a proposta é o resultado da avaliação efectuada pela Comissão, das opçõespara o desenvolvimento futuro da Agência, com base numa análise do seu desempenho até àdata.

A abordagem da Comissão, subscrita pelo Conselho, é favorável a reforçar as tarefas daAgência em vez de alargar o respectivo âmbito de acção. À luz desta abordagem mais ampla,a Agência deveria prosseguir, portanto, o seu trabalho actual, designadamente a recolha e aavaliação de dados objectivos, fiáveis e comparáveis sobre o estado do ambiente, facultando-osà Comissão e aos Estados-Membros de forma a apoiar a execução de políticas e de legislaçãoem matéria de ambiente.

As alterações no modo de funcionamento da Agência incluem: a publicação, quinquenal em vezde trienal, do relatório relativo ao estado do ambiente, apoiado em relatórios de indicadorescentrados em questões específicas; uma maior obrigação para os Estados-Membros decooperarem com a Agência na recolha de dados e no desenvolvimento de uma cooperaçãoreforçada com outros organismos internacionais e instituições de países terceiros. O reforço dastarefas da Agência inclui: garantir uma ampla difusão ao público em geral da informação emmatéria de ambiente, promovendo igualmente, para o efeito, a utilização da nova telemática;apoiar a Comissão na troca de informações sobre metodologias de avaliação do ambiente emelhores práticas; e garantir a difusão dos resultados da investigação pertinente em matériade ambiente.

EMISSÕES DE CO2 PROVENIENTES DE VEÍCULOS LIGEIROS DE PASSAGEIROS -- Conclusões do Conselho

O Conselho discutiu a situação actual das negociações entre a Comissão e a Associação dosConstrutores Europeus de Automóveis (ACEA) relativas a um compromisso ambiental sobre asemissões de CO2 provenientes de automóveis ligeiros, tendo o Presidente concluído, no finaldo debate, que o Conselho, à luz das suas anteriores conclusões:

— se congratulou com os progressos registados no projecto de compromisso da ACEA desdeo esboço de proposta de Março de 1998;

— registou a análise da Comissão do projecto de compromisso apresentado pela ACEA;

— salientou a necessidade de resolver as ambiguidades e as questões pendentes no projectode compromisso da ACEA, em especial o pressuposto relativo à qualidade docombustível e tendo em conta a estratégia global da Comissão;

— realçou a importância de concluir urgentemente as negociações com a ACEA e levar pordiante os debates com construtores não ACEA; e

— apelou à Comissão para que conclua as negociações com a ACEA e apresente aoConselho uma análise exaustiva do compromisso da ACEA atéprincípios de Setembro de 1998, tendo em conta os debates do Conselho.

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QUARTA CONFERÊNCIA PAN-EUROPEIA DOS MINISTROS DO AMBIENTE PARA AEUROPA(Århus, 23-25 de Junho de 1998) - Conclusões do Conselho

O Conselho

Processo geral e futuro

1. Salienta a necessidade cada vez maior de cooperação pan-europeia, a fim de melhoraro desempenho ambiental em toda a Região da UNECE e em particular de trabalhar comos países da Europa Central e Oriental e os Novos Estados Independentes (PECO/NEI)no sentido de integrar o desenvolvimento sustentável e a protecção ambiental no processode reestruturação económica. Realça a importância do quadro político proporcionado peloprocesso Ambiente para a Europa e o vasto leque de iniciativas políticas e actividades decolaboração que têm lugar neste quadro. Salienta que o processo Ambiente para a Europaé um processo dinâmico e que deverá prosseguir após a Conferência de Århus,continuando a Comunidade Europeia e os seus Estados-Membros a desempenhar umpapel activo, e apoia a intenção de organizar a próxima Conferência Pan-Europeiaem 2002 ou, o mais tardar, em 2003. Acredita que o sector das ONG desempenha umpapel fundamental neste processo.

2. Recorda que o desenvolvimento sustentável e a protecção do ambiente têm umaimportância fundamental para a Comunidade Europeia. Saúda o reconhecimento daimportância do ambiente nas Parcerias para a Adesão e nas novas directrizes do PHARE.Considera que o processo Ambiente para a Europa ajudou a preparar o terreno nodomínio do ambiente para a adesão de novos Estados à UE.

Questões Globais

3. Salienta que os objectivos e obrigações previstas nos AMA não deverão ser prejudicadospor outros acordos internacionais e que é necessário assegurar que as regras, disposiçõese procedimentos da OMC tenham na devida conta a necessidade de promover umelevado nível de protecção do ambiente. Em particular, o sistema de comércio multilateraldeverá, segundo regras claras e previsíveis, incorporar a utilização de medidas comerciaistomadas no âmbito dos AMA.

4. Remete para as suas conclusões de 23 de Março e 16 de Junho de 1998 relativas àEstratégia Comunitária sobre Alterações Climáticas.

5. Reafirma a necessidade de um regime de responsabilidade à escala internacional para aindemnização dos prejuízos causados pelas instalações nucleares.

Programa Ambiental para a Europa

6. Saúda o relatório "O Ambiente na Europa: segunda avaliação", publicado pela AgênciaEuropeia do Ambiente. Saúda os progressos registados na redução de algumas pressõessobre o ambiente na Europa, mas está profundamente preocupado com o facto de oestado do ambiente na Europa ainda não ter dado sinais de melhorias significativas.

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7. Convida a Comissão e a Agência a continuarem a estudar a maneira de mais paíseseuropeus poderem participar nos trabalhos da Agência e a forma de melhor harmonizaros sistemas de informação sobre o estado do ambiente pan-europeu e, sempre queoportuno, a apresentar propostas. Neste contexto, importa utilizar um sistema harmonizadode indicadores ambientais.

8. Reafirma que a integração dos aspectos ambientais nas políticas de todos os sectores éde importância crítica para que se alcance um desenvolvimento sustentável e umamelhoria do ambiente. Em particular, os preços deverão reflectir mais adequadamente oscustos ambientais.

9. Toma nota da adopção, assinatura e rápida ratificação previstas da Convenção da UNECEsobre o Acesso à Informação, a Participação Pública nas Decisões e o Acesso à Justiçaem Matérias ligadas ao Ambiente, que melhorará a disponibilidade de informações emmatéria de ambiente, por forma a incentivar a participação do público e a melhorar oacesso à justiça.

Realça a importância de os signatários assegurarem a capacidade necessária, a nívelnacional, para a aplicação das suas disposições e convida os Estados-Membros, aComissão e os PECO/NEI a cooperarem na aplicação da Convenção.

Toma nota, designadamente, das disposições da Convenção referentes à avaliação documprimento, e do aprofundamento deste procedimento pelos signatários.

10. Aguarda com interesse a adopção, assinatura e rápida ratificação dos Protocolos sobreMetais Pesados e Poluentes Orgânicos Persistentes a anexar à Convenção da UNECEsobre Poluição Aérea Transfronteiras a Longa Distância, que constituirão um contributoimportante para o combate ao problema da poluição transfronteiras na região da UNECE.Salienta a importância da prossecução do desenvolvimento dos Protocolos no âmbito daConvenção LRTAP e apoia a rápida conclusão do Protocolo relativo aos Óxidos de Azotoe Substâncias com eles Relacionadas.

11. Salienta a importância da plena execução e de uma maior fiscalização da aplicação dalegislação nacional e internacional em toda a região da UNECE. Saúda a criação de redesde cooperação entre as unidades de inspecção ambiental na região da UNECE tais como,nomeadamente, a rede IMPEL-AC. Acredita que esta rede pode desempenhar um papelimportante na melhoria do ambiente europeu. Destaca a necessidade de regimes deexecução fortes, eficientes e eficazes que sirvam de apoio aos compromissosjuridicamente vinculativos decorrentes dos AMA. A este propósito, apela a todas as Partesnesses Acordos para que, sempre que oportuno, elaborem processos e mecanismos queassegurem o cumprimento desses acordos.

12. Saúda a estratégia de supressão gradual da gasolina com chumbo, traçada por um grupode trabalho presidido pela Dinamarca e apela aos países da região da UNECE para queapliquem esta estratégia de supressão gradual do chumbo na gasolina o maisrapidamente possível e o mais tardar até 1 de Janeiro de 2005.

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13. Saúda a Iniciativa Europeia de Conservação de Energia e a Declaração Política sobrePolíticas de Eficiência Energética como formas de promover a execução prática a nívelnacional dos compromissos actualmente existentes nestes domínios, em particular oProtocolo de Conservação de Energia ao Tratado da Carta da Energia. Louva asDirectrizes para a Conservação de Energia na Europa e incentiva a Comunidade e osEstados-Membros a apoiarem os PECO/NEI no sentido de aplicarem essas Directrizes ea Declaração Política. Regista a possibilidade de que venham a ser feitos novosprogressos substanciais a nível da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) noque respeita às medidas de redução do ruído e das emissões das aeronaves, incluindoo estudo da eventual tributação do combustível utilizado na aviação.

14. Saúda os progressos realizados desde Sófia na implementação da Estratégia Pan--Europeia para a Diversidade Biológica e Paisagística, em especial através do incentivoao desenvolvimento de planos de acção nacionais sobre biodiversidade, da promoção darede ecológica pan-europeia e da integração da biodiversidade noutros sectores. Incentivaa realização de novos trabalhos nestes domínios. A Comunidade Europeia irá participarnesta estratégia através da implementação da Convenção sobre Diversidade Biológica,e em particular através de uma Estratégia Comunitária para a Biodiversidade e dasDirectivas Habitats e Aves.

15. Saúda a cooperação efectiva entre os Ministros do Ambiente e da Saúde no processoEuropeu em matéria de Saúde e Ambiente e aguarda com expectativa a ConferênciaMinisterial Conjunta, a realizar em Londres em 1999. Apela a uma maior cooperação entreo processo Europeu em matéria de Ambiente e Saúde e o processo "Ambiente para aEuropa", em particular no trabalho a nível dos Programas Nacionais de Acção Ambientale dos Planos de Acção Nacionais em matéria de Ambiente e Saúde, e apoia um novoestudo das modalidades dessa cooperação após Århus. Saúda o Processo MinisterialPan-Europeu de Protecção das Florestas na Europa e a Declaração Geral da TerceiraConferência Ministerial sobre a Protecção das Florestas na Europa, que se realizaram emLisboa, em Junho de 1998. Da mesma forma, apela a uma maior cooperação com oprocesso "Ambiente para a Europa" e à cooperação entre outros processos ministeriaisconjuntos e o processo "Ambiente para a Europa".

Programa de Acção Ambiental para os PECO

16. Reconhece o valioso contributo do Grupo Especial do Programa de Acção Ambiental(PAA) e do Comité de Preparação de Projectos.

17. Regista que se verificaram progressos consideráveis na execução do PAA, em particularnos países da Europa Central onde o processo de transição está mais adiantado.Considera que os princípios e prioridades gerais do PAA deverão continuar a orientar acriação de instituições, a reforma das políticas e o investimento nos PECO e que o PAAcontinua ter importância para a preparação das adesões de novos Estados à UE no querespeita ao ambiente. Apoia o redobrar de esforços para a execução do PAA, emparticular nos países em que até agora se registaram menos progressos.

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18. Apoia a reorientação do trabalho do Grupo Especial PAA e do Comité de Preparação deProjectos no sentido de se concentrarem mais nos Novos Estados Independentes e nospaíses da Europa Central não incluídos no processo de adesão de novos Estados à UE.Reconhece o valioso contributo do Centro Regional do Ambiente em Budapeste econsidera que este deverá desempenhar um papel mais importante no apoio àsactividades do Grupo Especial PAA na Europa Central, incluindo os Estados Bálticos e oSudeste da Europa. Convida a Comissão e os Estados-Membros a continuarem a apoiaro trabalho destes organismos.

19. Congratula-se com os progressos realizados no sentido da criação de Centros Regionaisdo Ambiente para os NEI.

20. Reconhece a necessidade de reforçar o financiamento ambiental em todos os PECO/NEI,em particular melhorando a procura através do reforço do quadro político e institucionale dos mecanismos de financiamento nacionais, desenvolvendo estratégias definanciamento ambiental, fomentando a capacidade de preparação de projectos eincentivando o investimento do sector privado. Neste contexto, louva a Declaração Políticasobre Gestão Ambiental na Empresa proposta pelo Grupo Especial PAA e saúda ainiciativa da Mesa Redonda de Industriais Europeus de respeitar as normas da UE nosinvestimentos nos PECO/NEI.

21. Convida os programas PHARE e TACIS da UE a desempenharem um papel cada vezmais importante no apoio aos países PECO/NEI no que se refere à aplicação dosprincípios do PAA. Reconhecendo os progressos feitos pelo PHARE neste capítulo nocontexto da preparação do alargamento da UE, convida o TACIS a intensificar ainda maisos seus esforços.

ESTRATÉGIA EM MATÉRIA DE BIODIVERSIDADE - Conclusões do Conselho

O Conselho,

1. Recordando as suas anteriores conclusões acerca da Convenção sobre a Biodiversidadee da Estratégia Comunitária em matéria de Biodiversidade;

2. Recordando igualmente que o Conselho Europeu de Dezembro de 1997 salientou que osrequisitos de protecção do ambiente deverão ser integrados nas políticas e actividades daComunidade, designadamente no intuito de promover um desenvolvimento sustentável,e solicitou à Comissão que apresentasse uma estratégia para alcançar este objectivo;

3. Congratula-se com a comunicação da Comissão e apoia a abordagem nela seguida deprocurar alcançar objectivos específicos através de planos de acção e outras medidas deexecução;

4. Considera que esta estratégia contribuirá para alcançar o objectivo definido pelo ConselhoEuropeu e para dar cumprimento às exigências previstas no nº 4 do artigo 6º e no nº 6do artigo 11º da Decisão do Parlamento Europeu e do Conselho relativa à revisão doprograma da Comunidade Europeia de política e acção em matéria de ambiente edesenvolvimento sustentável;

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5. Confirma o seu empenhamento na conservação e na utilização sustentável dabiodiversidade e na total integração da problemática da biodiversidade em todas asactividades sectoriais relevantes, em conformidade com o artigo 6º da Convenção sobrea Biodiversidade, com a Decisão III/9 da Conferência de Partes na Convenção e com asdisposições relacionadas com recursos genéticos;

6. Considera que a política, os programas e as acções para a conservação e a utilizaçãosustentável dos recursos biológicos deverão constituir um elemento essencial da estratégiaem matéria de biodiversidade;

7. Reconhece que, atendendo às variadas interacções entre agricultura, pescas, políticasregionais e ordenamento do território e biodiversidade, estas áreas políticas constituemcomponentes-chave da estratégia apresentada pela Comissão;

8. Regista o debate actual das políticas agrícola e regional lançado pela proposta daComissão Agenda 2000, os programas de trabalho pertinentes no âmbito da Convençãosobre a Biodiversidade e os instrumentos comunitários relevantes para a rede Natura2000;

9. Reconhece o papel fundamental da cooperação em especial com os países emdesenvolvimento e com as economias em transição para alcançar os objectivos emmatéria de biodiversidade e a prioridade a dar, por esse motivo, às actividades na áreado desenvolvimento e da cooperação económica; regista, a este respeito, que deve serprestada a devida atenção aos processos globais em matéria de comércio, investimentoe ambiente;

10. Insta a Comissão a ter em conta o teor da Estratégia no contexto do processo dealargamento;

11. Regista que, embora os sectores das florestas, da energia e transportes e do turismotenham igualmente um papel crucial a desempenhar na conservação e na utilizaçãosustentável da biodiversidade, a realização dos objectivos visados nestas áreas não exige,segundo a análise da Comissão, o lançamento de planos de acção específicos; nota aindaque a Comissão tenciona apresentar propostas relativas a uma estratégia da UE para asflorestas;

12. Considera, no entanto, que, com base num relatório da Comissão sobre a implementaçãoda estratégia, se deverá proceder à análise da necessidade de novas acções referentesespecificamente a estes sectores, tendo em conta, nomeadamente, a Decisão IV/15 daConferência das Partes na Convenção sobre a Biodiversidade, especificamente no tocanteao turismo sustentável e diversidade biológica;

13. Regista que a Comissão tenciona redigir o seu primeiro relatório sobre a implementaçãoda estratégia até meados de 2000;

14. Salienta que, para obter o máximo benefício da estratégia com os limitados meiosdisponíveis, os Planos de Acção e demais medidas de execução deverão tomar na devidaconta as seguintes necessidades:

— constituir um complemento das estratégias, programas e planos dos Estados--Membros,

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— utilizar, tanto quanto possível, os instrumentos existentes,

— reforçar a consciencialização dos diferentes intervenientes cujas acções tenhamimpacto sobre a biodiversidade ou que estejam envolvidos de qualquer outro modo,

— aumentar a cooperação entre estes intervenientes, tanto dentro dos Estados--Membros como entre Estados-Membros,

— estabelecer objectivos claros e mensuráveis, por forma a permitir o acompanhamentoda acção e, se necessário, ajustamentos,

— realçar a divulgação dos resultados,

— indicar o custo provável das acções propostas, incluindo as da rede Natura 2000 eo modo como poderão ser adequadamente financiadas,

— promover a investigação e a fiscalização como base para a tomada de decisões;

15. Sublinha a importância de um diálogo oportuno e adequado entre os Estados-Membrose a Comissão do apoio que os Estados-Membros poderão dar à Comissão na preparaçãoe acompanhamento dos Planos de Acção e outras medidas de execução, assim como naavaliação e utilização dos respectivos resultados;

16. Considera que, sobre este assunto, é necessário continuar a trabalhar nomeadamente napreservação da diversidade biológica em ambientes naturais e na importância da gestãodos recursos hídricos para a preservação da biodiversidade;

17. Insta a Comissão a assegurar o acompanhamento e a avaliação adequados da aplicaçãoprática desta estratégia;

18 Recordando que os Planos de Acção que a estratégia exige devem ser desenvolvidos em1998 e 1999, convida a Comissão a informá-lo dos progressos alcançados na realizaçãodas acções acima referidas em Junho de 1999, indicando o calendário provável para apreparação e implementação dos Planos de Acção.

INTEGRAÇÃO DAS QUESTÕES RELATIVAS À PESCA E A O A MBIENTE - Conclusões doConselho

O Conselho recorda as suas conclusões de 8 de Junho de 1998 sobre a Reunião MinisterialIntercalar realizada em Bergen em Março de 1997 e regista a intenção da Comissão de dar odevido peso às conclusões de Bergen quando considerar outras iniciativas em matéria deambiente na zona abrangida pela Conferência do Mar do Norte. O Conselho convida aComissão a apresentar, até 31 de Março de 1999, um relatório completo sobre o seguimentode todas as Conclusões de Bergen.

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MILHO GENETICAMENTE MODIFICADO

O Conselho manteve uma troca de pontos de vista sobre as duas propostas de decisãoapresentadas no âmbito do procedimento de comité IIIa (Directiva 90/220/CEE) tendo fixado adata de 11 de Setembro como prazo último para o Conselho actuar. As referidas propostasdizem respeito a dois pedidos da Comissão à Áustria e ao Luxemburgo para que ponham termoà proibição da venda e/ou utilização de milho geneticamente modificado com propriedadesinsecticidas conferidas pelo gene da Bt-toxina juntamente com uma maior tolerância aoherbicida glufosinato-amónio.

Recorda-se que este produto foi colocado no mercado de acordo com a Decisão da Comissão97/98/CE de 23 de Janeiro de 1997. A Áustria e o Luxemburgo levantaram objecções denatureza científica à venda (Áustria) e à venda e à utilização (Luxemburgo) do milho emquestão, tendo posteriormente decidido proibir tal venda e/ou utilização. As propostas daComissão no sentido de que seja posto termo a estas proibições baseiam-se nos pareceresemitidos pelos comités científicos pertinentes.

O debate permitiu efectuar uma avaliação preliminar das posições das delegações sobre aspropostas da Comissão, devendo a análise destas propostas ser prosseguida à luz do parecerdo Parlamento Europeu que deverá ser emitido até meados de Julho de 1998.

LIBERTA ÇÃO DELIBERADA NO AMBIENTE DE ORGANISMOS GENETICAMENTEMODIFICADOS

O Conselho efectuou um primeiro debate de orientação sobre a proposta de alteração àDirectiva 90/220/CEE relativa à libertação deliberada no ambiente de organismos geneticamentemodificados.

A presente proposta, baseada no artigo 100º-A (procedimento de co-decisão), foi apresentadaao Conselho no dia 26 de Fevereiro de 1998. Na opinião da Comissão, esta proposta contribuirápara o estabelecimento de um quadro regulamentar global destinada a garantir um alto nívelde segurança para o ambiente e a saúde humana no domínio da biotecnologia, bem como deuma maior transparência, preservando simultaneamente a necessária flexibilidade, tomando emconsideração a experiência adquirida com a presente directiva e outros instrumentos com elarelacionados.

Os principais elementos da proposta consistem:

— no estabelecimento de princípios comuns para a avaliação dos riscos;

— numa consulta obrigatória dos competentes comités científicos sobre as matérias quepossam afectar a saúde humana e/ou o ambiente e na possibilidade de a Comissãoconsultar os comités em questões de ética;

— na introdução de um sistema de classificação para as libertações experimentais e naligação entre os procedimentos administrativos e a categoria de libertações;

— no consentimento para a colocação no mercado por um período fixo (7 anos);

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— na introdução de monitorização obrigatória depois da colocação dos produtos no mercado,sendo os resultados dessa monitorização analisados aquando da decisão sobre arenovação do consentimento;

— numa maior responsabilização do Conselho, uma vez que o comité de regulamentação(estabelecido no artigo 21º) funcionará de acordo com o procedimento IIIb em vez de IIIa;

— na clarificação e alargamento dos requisitos de rotulagem.

Os Ministros abordaram os seguintes pontos:

— a clareza e adequação do âmbito da alteração proposta;

— a adequação das propostas de procedimentos de notificação a nível dos Estados--Membros e da Comunidade à evolução futura e a um nível de protecção elevado;

— a flexibilidade integrada na proposta para permitir acompanhar o progresso científico etecnológico;

— Adequação das medidas propostas para tratar as questões da avaliação dos riscos e damonitorização, bem como as questões éticas;

— Grau de transparência desejado, incluindo a informação do público, em especial atravésde rotulagem adequada, bem como a sua participação;

— Necessidade de um requisito relativo à avaliação, não só dos efeitos directos no ambiente,como dos efeitos indirectos e de abranger outros aspectos na alteração.

Conforme demonstra o debate em curso entre os consumidores, a indústria e as autoridadesreguladoras, há grande necessidade de se criar um quadro regulamentar transparente, coerentee global na área da biotecnologia. A revisão da Directiva 90/220/CEE poderia constituir aocasião para o fazer.

Seguindo a opinião de um modo geral favorável das delegações, proceder-se-á a uma análiseem profundidade a nível do Grupo e do Coreper, tendo em vista a adopção de uma posiçãocomum na sessão do Conselho de Dezembro, depois de o Parlamento Europeu ter dadoparecer, agendado para Outubro de 1998.

EMISSÕES PROVENIENTES DE MOTORES DIESEL UTILIZADOS EM VEÍCULOSCOMERCIAIS PESADOS

O Conselho procedeu a um debate de orientação sobre as medidas a tomar contra as emissõesde gases e partículas poluentes pelos motores diesel utilizados em veículos comerciais pesados(alteração da Directiva 88/77/CEE). Durante o debate, os ministros trataram dos seguintespontos:

— Valores-limite propostos pela Comissão para o ano 2000 para os novos motores pesadosa diesel, gás natural (GN) e gás de petróleo liquefeito (GPL);

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— Disposições da proposta relativas aos incentivos fiscais;

— Pertinência da estratégia de fixação de valores-limite para 2005 proposta pela Comissão;

— Conteúdo técnico dos anexos.

As delegações manifestaram opiniões de um modo geral positivas sobre a proposta, emboraalguns problemas continuem pendentes, tais como os valores-limite para 2005 e os incentivosfiscais.

Recorda-se que esta proposta, apresentada em 23 de Março de 1998, tem como objectivoreforçar os requisitos comunitários destinados a limitar as emissões poluentes daquelesveículos, incluindo também no seu âmbito novos requisitos para os motores pesadosalimentados a gás natural (GN) e a gás de petróleo liquefeito (GPL).

Esta proposta enquadra-se na estratégia comunitária global resultante do programa Auto-Oil,da qual fazem parte requisitos reforçados para os automóveis de passageiros (Posição Comumdo Conselho de Outubro de 1997) e para os veículos comerciais ligeiros (Posição Comum doConselho de Março de 1998), normas comuns para os combustíveis destinados aos motorese requisitos de controlo técnico mais rigorosos.

Os trabalhos serão retomados a nível do Grupo e do Coreper, tendo em vista chegar a umaposição comum sob presidência austríaca.

SISTEMA DE RÓTULO ECOLÓGICO

O Conselho realizou um debate de orientação sobre a futura evolução do sistema de rótuloecológico comunitário, com base numa proposta da Comissão para se rever o regulamento emvigor, aprovado em 1992. O objectivo do debate foi orientar a Comissão na preparação de umapossível revisão da sua proposta.

As delegações salientaram a importância de um sistema de rótulo ecológico para uma políticaambiental global. A maior parte delas manifestou-se a favor da coexistência dos sistemas derótulo ecológico comunitário e nacionais, pretendendo uma maior coordenação nesta área,especialmente no que se refere aos critérios de produto. A Comissão deveria continuar a serresponsável pelo sistema de rótulo ecológico comunitário, em vez de delegar num organismoindependente a sua responsabilidade de decisão no tocante aos critérios. Todas as delegaçõesdefenderam um estreito envolvimento das associações e grupos interessados da sociedade civil,a fim de aumentar a "visibilidade" e a credibilidade do sistema. A maioria das delegaçõesconsiderou importante a existência de uma mais vasta política integrada de produtos, queinclua os rótulos ecológicos.

A Comissão referiu a sua disponibilidade para desenvolver a sua proposta em função do debateno Conselho e do parecer do Parlamento Europeu e salientou a importância de uma cooperaçãofrutuosa com os Estados-Membros no desenvolvimento de critérios harmonizados.

As próximas Presidências Austríaca e Alemã anunciaram a sua intenção de prosseguir ostrabalhos nesta área nos próximos meses.

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ESTRATÉGIA PARA ENFRENTA R O DESAFIO DO ALARGAMENTO

O Conselho ouviu a apresentação feita pela Comissária BJERREGAARD de uma comunicaçãosobre "Estratégias de Adesão no Domínio do Ambiente: Enfrentar o Desafio do Alargamentocom os Países da Europa Central e Oriental Candidatos à Adesão", recentemente aprovadapela Comissão.

O objectivo da comunicação é analisar, em função das orientações da Agenda 2000, alguns dosaspectos práticos que os países candidatos devem tomar em consideração quandodesenvolverem as suas estratégias nacionais para se alinharem pelo acervo relativo aoambiente.

O Conselho registou a comunicação e a futura Presidência austríaca anunciou que serárealizada uma análise mais aprofundada na próxima sessão do Conselho "Ambiente", a fim decontribuir para os trabalhos do Conselho "Assuntos Gerais" relativos ao alargamento nestamatéria.

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OUTRAS DECISÕESAprovadas sem debate. No caso de actos legislativos, indicam-se os votos contra e asabstenções. As decisões que envolvem declarações que o Conselho decidiu tornarpúblicas estão assinaladas com um asterisco, podendo ser obtidas no Serviço deImprensa.

AMBIENTE

Limitação das emissões de compostos orgânicos voláteis

Na sequência do acordo político de 23 de Março de 1998, o Conselho aprovou formalmente asua posição comum sobre o projecto de directiva relativa à limitação das emissões decompostos orgânicos voláteis decorrentes de determinados processos e instalações industriais.Essa posição comum será enviada ao Parlamento Europeu, nos termos do procedimento decooperação.

O projecto de directiva integra-se numa estratégia global mais ampla para reduzir a poluiçãocausada pelo ozono troposférico e abrange as emissões de solventes orgânicos provocadas porfontes comerciais e industriais fixas, complementando assim o Programa Auto-Oil (directivasou projectos de directivas relativas às emissões atmosféricas das fontes móveis), bem comoa directiva de 1994 relativa ao controlo das emissões de compostos orgânicos voláteisresultantes do armazenamento de gasolinas e da sua distribuição dos terminais para asestações de serviço (para mais pormenores, ver comunicado de imprensa nº 6894/98(Presse 78), de 23 de Março de 1998).

Mecanismo de vigilância das emissões de CO 2

Na sequência do acordo político de 23 de Março de 1998, o Conselho aprovou formalmente asua posição comum sobre o projecto de decisão que altera o chamado "mecanismo devigilância do CO2". Essa posição comum será enviada ao Parlamento Europeu, nos termos doprocedimento de cooperação.

O objectivo da posição comum é não só actualizar a Decisão 93/389/CEE, prolongando avigilância para além de 2000 e tomando também em consideração outros gases com efeito deestufa para além do CO2, mas também criar um mecanismo de

— vigilância de todas as emissões antropogénicas (ou seja, produzidas pelo homem) degases responsáveis pelo efeito de estufa não abrangidos pelo Protocolo de Montreal sobreas Substâncias que Deterioram a Camada de Ozono;

— avaliação dos avanços no cumprimento dos compromissos assumidos relativamente a taisemissões, tendo também em conta o protocolo acordado em Quioto em Dezembro de1997.

(Para mais pormenores, ver comunicado de imprensa N. 6894/98 (Presse 78), de23 de Março de 1998.)

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Protocolos no âmbito da Convenção da CEE/ONU sobre a Poluição AtmosféricaTransfronteiriça a Longa Distância

Com vista à Conferência ministerial da CEE/ONU a realizar durante o corrente mês em Aarhus,o Conselho autorizou a Comissão a negociar um protocolo sobre os metais pesados no âmbitoda Convenção da CEE/ONU sobre a poluição atmosférica transfronteiriça a longa distância.

O Conselho decidiu também que a Comunidade deverá assinar o Protocolo sobre os PoluentesOrgânicos Persistentes (POP) que será aberto à assinatura simultaneamente com o Protocolosobre os Metais Pesados.

Directrizes de negociação da Convenção OSPAR (relativa à protecção do meio marinho doAtlântico Nordeste) - Conclusões do Conselho

O Conselho congratula-se com a comunicação da Comissão ao Conselho e ao Parlamentosobre a remoção e eliminação das instalações offshore de petróleo e gás desafectadas erecorda as suas conclusões de 16 de Dezembro de 1997, a Declaração sobre a competênciada Comunidade Europeia no que se refere às questões regidas pela Convenção das NaçõesUnidas sobre o Direito do Mar, de 10 de Dezembro de 1982, e o Acordo de28 de Julho de 1994 relativa à aplicação da Parte XI da referida Convenção. O Conselho dáo seu incentivo à adopção de uma decisão OSPAR relativa à eliminação de instalações offshoredesafectadas, que conta com o apoio de todas as Partes Contratantes da Convenção OSPAR.

MERCADO INTERNO

Directiva relativa à protecção jurídica das invenções biotecnológicas

Na sequência da aprovação pelo Parlamento Europeu sem alterações da posição comumdo Conselho de 26 de Fevereiro nos termos do processo de co-decisão, o Conselho aprovoupor maioria qualificada, em conformidade com o texto da posição comum, a directiva relativaà protecção jurídica das invenções biotecnológicas. A Delegação Neerlandesa votou contra,enquanto as Delegações Belga e Italiana se abstiveram.

É objectivo da proposta estabelecer normas harmonizadas, claras e melhoradas relativas àprotecção jurídica das invenções biotecnológicas, com vista a promover o potencial inovadore a competitividade da ciência e da indústria comunitárias nesta importante área da modernatecnologia. As disposições da proposta adaptam sistematicamente as regras do direito daspatentes no domínio biotecnológico, por forma a garantir uma mais eficaz aplicação dalegislação neste domínio.

O conteúdo resumido da directiva, que, como se recordou, retoma o texto da posição comum,vem reproduzido no comunicado de imprensa nº 12667/97 (Presse 361) de27 de Novembro de 1997.

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RELAÇÕES EXTERNAS

ACP-CE Regras de origem

O Conselho aprovou, em nome da Comunidade, a decisão a ser adoptada pelo Conselho deMinistros ACP-CE em que se prevê a delegação de competências no Comité de EmbaixadoresACP/CE a fim de decidir dos pedidos dos Estados ACP no sentido de os produtos origináriosde um país vizinho, não ACP, em desenvolvimento, serem considerados originários do EstadoACP em que tenham sido sujeitos operações de complemento de fabrico ou de transformação.

ACP — Regulamento Financeiro do 8º FED (Fundo Europeu de D esenvolvimento)

O Conselho adoptou o Regulamento Financeiro aplicável à cooperação para o financiamentodo desenvolvimento no âmbito do Quarta Convenção ACP-CE alterada pelo Acordo de4 de Novembro de 1995.

O regulamento contém os seguintes capítulos: Previsões financeiras, regras de pagamento dascontribuições dos Estados-Membros para o FED e princípios gerais (Título I); Gestão dasdotações do FED cuja execução financeira é assegurada pela Comissão (Título II); Medidas deexecução (Título III); Órgãos de execução (Título IV); Apresentação e verificação das contas(Título V); Disposições gerais e finais (Título VI).

Recorda-se que o 8º FED se eleva a 13 132 MECU (12 9967 MECU para os Estados ACP e165 MECU para os PTU).

Continuação do Acordo CE-Austrália sobre Carvão

O Conselho registou que o Acordo CE-Austrália sobre Carvão assinado em15 de Dezembro de 1993 tem funcionado a contento de ambas as partes e, por conseguinte,concorda que o acordo seja revisto novamente em data a aprazar pelas partes, o mais tardarem 31 de Dezembro de 2000. O Conselho concorda também que as partes poderão reconfirmara sua intenção de dar continuidade a este acordo até 31 de Dezembro de 2002 ou, se qualquerdelas considerar que o acordo não está a funcionar satisfatoriamente, poderá denunciá-lo comum aviso prévio de três meses.

Recorda-se que este acordo, que foi assinado durante o Uruguay Round, prevê um standstillda Comunidade em relação à produção de carvão subsidiada, e o compromisso da Austráliade não pôr em causa o regime de subsídio ao carvão da Comunidade.

CECA/Cazaquistão Comércio de certos produtos siderúrgicos

Os Representantes dos Governos dos Estados-Membros, reunidos no Conselho, aprovaramuma decisão relativa a determinadas medidas aplicáveis ao Cazaquistão no que respeita aocomércio de certos produtos siderúrgicos.

A decisão prevê a prorrogação por seis meses do regime autónomo em vigor para asimportações de certos produtos siderúrgicos originários do Cazaquistão que expira em30 de Junho de 1998.

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Recorda-se que na sequência do mandato conferido pelo Conselho em 7 de Outubro de 1996com vista à negociação da renovação dos acordos CECA com a Rússia, a Ucrânia e oCazaquistão, a Comissão pôde assinar novos acordos com a Ucrânia e a Rússia, em15 de Julho de 1997 e 13 de Outubro de 1997, respectivamente, não tendo sido possível, noentanto, assinar acordo semelhante com o Cazaquistão.

AGRICULTURA

Regime de contingentes para a produção de fécula de batata

O Conselho alterou o Regulamento (CE) nº 1868/94 que institui um regime de contingentes paraa produção de fécula de batata que abrange três campanhas, com vista a prorrogar os actuaiscontingentes para os Estados-membros produtores por mais três anos. No que se refere àAlemanha, será incluída definitivamente no seu contingente nacional uma reserva específicamencionada no regulamento supra.

A prorrogação dos contingentes baseia-se nos resultados de um relatório da Comissão queanalisou o funcionamento do regime de contingentes e a situação do mercado.

As quotas atribuídas para a produção de fécula de batata durante as campanhas de 1998/1999,1999/2000 e 2000/2001 são as seguintes: Dinamarca, 178 460 toneladas; Alemanha 696 271t; Espanha 2 000 t; França 281 516 t; Países Baixos 538 307 t; Áustria 49 100 t; Finlândia54 750 t; Suécia 63 900 t, num total de 1 864 304 toneladas.

PESCAS

Adesão da CE à Comissão Geral das Pescas do Mediterrâneo

O Conselho adoptou a decisão sobre a adesão da Comunidade Europeia à Comissão Geral dasPesca do Mediterrâneo.

É objectivo desta Comissão promover o desenvolvimento, a conservação, a gestão racional ea melhor utilização dos recursos marinhos vivos, assim como o desenvolvimento sustentávelde aquicultura na região mediterrânica.

TAC de 1998 para o espadarte

O Conselho adoptou um Regulamento que altera o Regulamento (CE) n° 65/98 de 19 Dezembro1997, que fixa, relativamente a determinadas unidades populacionais de peixes altamentemigradores, os totais admissíveis de capturas para 1998, a sua repartição pelos Estados--membros sob a forma de quotas e certas condições em que podem ser pescados.

Este Regulamento visa dar execução às últimas recomendações da ICCAT (ComissãoInternacional para a Conservação dos Tunídeos do Atlântico) relativas às limitações dascapturas de espadarte do Atlântico do Sul, incorporando o TAC recomendado pela ICCAT noRegulamento n°65/98 do Conselho relativo aos TAC para 1998.

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O TAC é repartido pela Espanha e por Portugal como segue:

Espadarte (Xiphias gladius), no Oceano Atlântico, a sul da latitude 5°N

Espanha 5 848 toneladasPortugal 385 "

CE 6 233 "

TAC 14 620 "

JUSTIÇA E ASSUNTOS INTERNOS

Convenção relativa às Decisões de Inibição de Conduzir

O Conselho adoptou a Convenção relativa às Decisões de Inibição de Conduzir a assinar em17 de Junho de 1998 (ver Comunicado de Imprensa 9555/98 Presse 211).

ASSUNTOS GERAIS

Relatório sobre os progressos da UE em 1997

O Conselho aprovou o projecto de relatório sobre os progressos realizados pela União Europeiaem 1997. No seguimento da sua adopção pelo Conselho Europeu, este apresentará o relatórioao Parlamento Europeu em conformidade com o Artigo D do Tratado da UE.

Além dos domínios de actividade habituais, a saber, as actividades comunitárias, as actividadesda PESC e da JAI, o relatório abrange igualmente o lançamento do processo de alargamentoe a Agenda 2000, bem como a CIG concluída no Conselho Europeu de Amesterdão.

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