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IP/99/750 Bruxelas, 13 de Outubro de 1999 Cooperação inter-regional e transnacional a Comissão Europeia adopta as orientações relativas à iniciativa comunitária INTERREG: 4,875 milhares de milhões de euros em 2000–2006 A Comissão Europeia acaba de adoptar as orientações relativas à iniciativa comunitária INTERREG. A contribuição total do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) para a nova iniciativa ascenderá a 4 875 milhares de milhões de euros para o período 2000-2006. A nova iniciativa INTERREG 2000-2006 reforça o objectivo de desenvolver a cooperação transfronteiriça, incluindo no mesmo a cooperação inter-regional e transnacional. Estes objectivos assumem, hoje, uma importância acrescida em virtude de a União estar em vias de alargamento, o que implica um aumento do número das suas fronteiras internas e externas e o avanço das suas fronteiras externas para Leste. Na sequência da decisão adoptada, Michel BARNIER, Membro da Comissão Europeia responsável pela política regional, declarou que «a iniciativa INTERREG é um elemento fundamental da estratégia da União Europeia que visa o reforço da coesão territorial». Esta iniciativa – prosseguiu – «contribuirá para aproximar pessoas e colectividades, bem como para criar as condições propícias ao êxito do alargamento da União». Lançada em 1990, a iniciativa INTERREG visava desenvolver a cooperação transfronteiriça no sentido de ajudar as zonas das fronteiras internas e externas da União a ultrapassar os problemas decorrentes do respectivo isolamento. O principal desafio que se coloca à nova fase de INTERREG consiste em explorar as experiências positivas de cooperação já realizadas e estender este tipo de cooperação a toda a União Europeia e às relações com os países vizinhos. A nova iniciativa INTERREG III compreende três vectores:

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Bruxelas, 13 de Outubro de 1999

Cooperação inter-regional e transnacional a Comissão Europeia adopta as orientações relativas à iniciativa comunitária INTERREG: 4,875 milhares de milhões de euros em 2000–2006

A Comissão Europeia acaba de adoptar as orientações relativas à iniciativa comunitária INTERREG. A contribuição total do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) para a nova iniciativa ascenderá a 4 875 milhares de milhões de euros para o período 2000-2006. A nova iniciativa INTERREG 2000-2006 reforça o objectivo de desenvolver a cooperação transfronteiriça, incluindo no mesmo a cooperação inter-regional e transnacional. Estes objectivos assumem, hoje, uma importância acrescida em virtude de a União estar em vias de alargamento, o que implica um aumento do número das suas fronteiras internas e externas e o avanço das suas fronteiras externas para Leste.

Na sequência da decisão adoptada, Michel BARNIER, Membro da Comissão Europeia responsável pela política regional, declarou que «a iniciativa INTERREG é um elemento fundamental da estratégia da União Europeia que visa o reforço da coesão territorial». Esta iniciativa – prosseguiu – «contribuirá para aproximar pessoas e colectividades, bem como para criar as condições propícias ao êxito do alargamento da União».

Lançada em 1990, a iniciativa INTERREG visava desenvolver a cooperação transfronteiriça no sentido de ajudar as zonas das fronteiras internas e externas da União a ultrapassar os problemas decorrentes do respectivo isolamento.

O principal desafio que se coloca à nova fase de INTERREG consiste em explorar as experiências positivas de cooperação já realizadas e estender este tipo de cooperação a toda a União Europeia e às relações com os países vizinhos.

A nova iniciativa INTERREG III compreende três vectores:- o vector A, que diz respeito à cooperação transfronteiriça, ou seja, à

promoção do desenvolvimento regional integrado entre regiões fronteiriças;- o vector B, consagrado à cooperação transnacional, ou seja, ao fomento de

uma integração territorial harmoniosa da União Europeia, e- o vector C, que visa reforçar a cooperação inter-regional e, desse modo,

melhorar as políticas e as técnicas de desenvolvimento económico inter-regional.

(Fichas de informação complementares em anexo).

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OS PROGRAMAS INTERREG PARA 2000-2006As orientações para 2000-2006 têm em conta as experiências do período 1994-1999 e visam reforçar os resultados já obtidos, garantindo que as regiões e os territórios implicados coordenam os respectivos esforços e desenvolvem uma verdadeira cooperação com vista à execução de estratégias e programas comuns.

Essas regiões e territórios também deverão criar estruturas administrativas comuns para assegurar a elaboração dos programas, a animação, a selecção das operações, a gestão global, a coordenação e o acompanhamento da execução da programação.

Os programas INTERREG deverão implicar não só os intervenientes institucionais mas também a sociedade civil: agentes socioeconómicos, organizações não-governamentais e representantes do mundo universitário.

Por último, os programas lançados devem ser complementares em relação às medidas desenvolvidas a título dos objectivos nº 1, nº 2 e nº 3 dos Fundos estruturais e coordenados com os instrumentos da política externa da União Europeia (PHARE, TACIS, MEDA).

A participação total do FEDER reservada à iniciativa INTERREG para o período 2000-2006 eleva-se a 4,875 milhares de milhões de euros, a preços de 1999. A participação foi fixada num máximo de 75% do custo total dos projectos e programas das regiões do objectivo nº 1 e de 50% noutras regiões. Além disso, os Estados-Membros deverão garantir a afectação de 50% a 80% da respectiva dotação total de INTERREG à cooperação transfronteiriça (vector A).

A Comissão convida os Estados-Membros e as autoridades regionais designadas a apresentarem as respectivas propostas pormenorizadas no prazo de seis meses a contar da publicação da comunicação final no Jornal Oficial das Comunidades Europeias.(Para mais informações, contactar: Comissão Europeia, Direcção-Geral da Política Regional – Jean Pierre BergTel. : (32 2) 295.19.07, Fax: (32 2) 296.60.03)

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ANEXO: Fichas complementares de informação

INTERREG 2000-2006VECTOR A: COOPERAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA

DEFINIÇÃOA cooperação transfronteiriça (vector A) entre países vizinhos tem por objectivo desenvolver centros económicos e sociais transfronteiriços mediante o lançamento de estratégias comuns de desenvolvimento territorial sustentável.

ZONAS ELEGÍVEIS- Todas as zonas de nível NUTS1 III adjacentes às fronteiras terrestres internas

e externas da União Europeia. As zonas por sua vez adjacentes a essa zonas NUTS III também poderão ser incluídas no programa de cooperação transfronteiriça da respectiva região.

- Determinadas zonas marítimas.

DOMÍNIOS PRIORITÁRIOS E MEDIDAS ELEGÍVEIS- Promoção do desenvolvimento urbano, rural e costeiro.- Incentivo do espírito empresarial e do desenvolvimento de pequenas

empresas (incluindo no sector turístico), bem como das iniciativas locais de emprego.

- Fomento da integração no mercado do trabalho e da integração social.- Partilha de recursos humanos e equipamentos de investigação,

desenvolvimento tecnológico, educação, cultura, comunicação social e saúde, no sentido de aumentar a produtividade e ajudar a criar empregos sustentáveis.

- Reforço da protecção do ambiente, aumento da eficiência energética e promoção das fontes de energia renováveis.

- Melhoramento das redes e dos serviços de transporte, informação e telecomunicações, assim como dos sistemas hídricos e energéticos.

- Reforço da cooperação jurídica e administrativa, tendo em vista estimular o desenvolvimento económico e a coesão social.

- Aumento do potencial humano e institucional para que a cooperação transfronteiriça possa promover o desenvolvimento económico e a coesão social.

1 NUTS: "Nomenclatura das Unidades Territoriais Estatísticas" - designação do sistema de divisão do território comunitário.

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INTERREG 2000–2006VECTOR B: COOPERAÇÃO TRANSNACIONAL

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DEFINIÇÃOA cooperação transnacional entre autoridades nacionais, regionais e locais visa promover um grau mais elevado de integração territorial mediante a formação de grandes grupos de regiões europeias, a fim de permitir alcançar um desenvolvimento sustentável, harmonioso e equilibrado da União Europeia e uma melhor integração territorial em relação aos países candidatos à adesão e aos países vizinhos. Será dedicada uma especial atenção às regiões ultraperiféricas e às regiões insulares. O vector B também proporciona a possibilidade de fomentar a cooperação entre os grupos de regiões com problemas e desvantagens comuns, como as zonas de montanha.

ZONAS ELEGÍVEISTodo o território da União Europeia e as regiões adjacentes são elegíveis para efeitos da cooperação transnacional. Tendo em vista o estabelecimento dos programas, foram organizados, com base nos actuais programas de ordenamento do território a título de INTERREG IIC2 e intervenções do artigo 10º do regulamento do FEDER3, os seguintes grupos de regiões:

- Mediterrâneo ocidental,- Espaço alpino,- Europa do Sudeste,- Europa do Noroeste,- Região do mar do Norte,- Região do mar Báltico,- Northern Periphery- Espaço «Centro e Danúbio»,- Adriático e Europa do Sudeste,- «Archimed», ou seja, todo o território grego e quatro regiões italianas: Sicília,

Calábria, Apúlia e Basilicata,- Arco atlântico,- Regiões ultraperiféricas: Canárias, departamentos franceses ultramarinos,

Açores e Madeira.

2 INTERREG IIC: medidas em matéria de ordenamento do território, especialmente no domínio da gestão dos recursos hídricos.

3 A par das intervenções de grande envergadura, o FEDER financiou, durante o período 1994–1999, acções de menor dimensão mas de conteúdo necessariamente inovador. Trata-se dos estudos e projectos-piloto previstos pelo artigo 10º do regulamento FEDER.

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PRIORIDADES E MEDIDAS ELEGÍVEIS- Elaboração de estratégias operacionais de desenvolvimento territorial à

escala transnacional, o que poderá incluir a cooperação entre cidades ou entre zonas urbanas e rurais, no intuito de fomentar um desenvolvimento policêntrico e sustentável.

- Promoção de sistemas de transporte eficientes e sustentáveis, assim como um melhor acesso à sociedade da informação, sobretudo para estimular a comunicação ao nível das regiões insulares ou periféricas.

- Fomento da conservação do ambiente e da boa gestão dos recursos naturais, especialmente dos recursos hídricos.

No caso das regiões ultraperiféricas, a cooperação visa:

- promover uma maior integração económica e melhorar as relações de cooperação entre estas regiões e as regiões situadas noutros Estados-Membros, e

- estreitar os vínculos e a cooperação com os países situados nos respectivos meios geográficos mais amplos (Caraíbas, América Latina, oceano Atlântico, África do Noroeste e oceano Índico).

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INTERREG 2000–2006VECTOR C: COOPERAÇÃO INTER-REGIONAL

DEFINIÇÃOA cooperação inter-regional visa apoiar a «constituição de redes» como meio de melhorar a eficácia das diversas políticas e dos vários instrumentos de desenvolvimento regional, especialmente no que diz respeito às regiões menos desenvolvidas e às regiões em reconversão. O vector C da nova fase de INTERREG retoma os programas RECITE e ECOS-Ouverture lançados a título do artigo 10º do FEDER no período 1994-1999.

DOMÍNIOS PRIORITÁRIOS- Intercâmbio de experiências e boas práticas no espaço da União e com os

países terceiros participantes no plano de cooperação transfronteiriça e transnacional ao abrigo dos vectores A e B.

- Actividades de cooperação num determinado número de sectores definidos pela Comissão, como, por exemplo, a investigação, o desenvolvimento tecnológico, o espírito empresarial, a sociedade da informação, o turismo, a cultura e o ambiente.

A participação de parceiros das regiões insulares e ultraperiféricas, bem como dos países candidatos, nas diversas redes deverá ser alvo de especial atenção. A cooperação - inclusive bilateral - entre regiões marítimas também será fomentada.

ACOMPANHAMENTO, EXECUÇÃO E AVALIAÇÃO DAS INTERVENÇÕESA execução da cooperação inter-regional será assegurada, como todos os programas das iniciativas comunitárias, e diferentemente de RECITE e ECOS-Ouverture, pelas autoridades designadas pelos Estados-Membros ou por intermediários autorizados no sentido de receber uma contribuição sob forma de subvenção global. Esses organismos serão estabelecidos para cada um dos espaços de cooperação definidos no âmbito da cooperação transnacional (vector B).

A Comissão Europeia publicará os termos de referência dos convites à apresentação de propostas a lançar sincronizadamente pelos referidos organismos de cooperação inter-regional.

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