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Um dos mais longevos patrocínios do esporte brasileiro foi oficialmente en- cerrado. A Unilever anunciou na terça- -feira que deixará de patrocinar o time de vôlei do Rio de Janeiro, após uma parceira que se perpetuou pelas últi- mas duas décadas. Em nota, o vice-presidente de ven- das da Unilever exaltou o esporte e os programas sociais associados ao patro- cínio no vôlei. “Seguimos acreditando no esporte, no impacto positivo que ele traz à sociedade, e compartilhamos dos mesmos valores. É muito gratifi- cante constatar que construímos, jun- tos, o time mais vencedor da história do vôlei brasileiro e transformamos a vida de mais de 100 mil crianças e ado- lescentes”, comentou. Bernardinho também comentou o Unilever deixa patrocínio a time de vôlei após 20 anos POR DUDA LOPES BOLETIM NÚMERO DO DIA EDIÇÃO • 715 QUARTA-FEIRA, 15 DE MARÇO DE 2017 WWW.MAQUINADOESPORTE.COM.BR A partir da próxima temporada do vôlei, time da Unilever passa a ser inteiramente do Sesc do Rio de Janeiro. Companhia esteve com a equipe por vinte anos e mantinha o técnico Bernardinho como um dos embaixadores de suas marcas. 1 211mi De Reais teria sido o superfaturamento do Maracanã nas obras para a Copa do Mundo, segundo o Tribunal de Contas do Rio. OFERECIMENTO

211mi BOLETIM NÚMERO DO DIA · Bernardinho também comentou o ... um estudo de bran- ... anual de 3,2 bilhões de pesos (R$ 650 milhões). Caso esse número seja real,

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Um dos mais longevos patrocínios do esporte brasileiro foi oficialmente en-cerrado. A Unilever anunciou na terça--feira que deixará de patrocinar o time de vôlei do Rio de Janeiro, após uma parceira que se perpetuou pelas últi-mas duas décadas.

Em nota, o vice-presidente de ven-das da Unilever exaltou o esporte e os programas sociais associados ao patro-

cínio no vôlei. “Seguimos acreditando no esporte, no impacto positivo que ele traz à sociedade, e compartilhamos dos mesmos valores. É muito gratifi-cante constatar que construímos, jun-tos, o time mais vencedor da história do vôlei brasileiro e transformamos a vida de mais de 100 mil crianças e ado-lescentes”, comentou.

Bernardinho também comentou o

Unilever deixa patrocínio a time de vôlei após 20 anos

POR DUDA LOPES

B O L E T I M

ME

RO

DO

DIA

EDIÇÃO • 715 QUARTA-FEIRA, 15 DE MARÇO DE 2017

WWW.MAQUINADOESPORTE.COM.BR

A partir da próxima temporada do vôlei, time da

Unilever passa a ser inteiramente

do Sesc do Rio de Janeiro. Companhia esteve com a equipe

por vinte anos e mantinha o técnico

Bernardinho como um dos

embaixadores de suas marcas.

1

211miDe Reais teria sido o superfaturamento do Maracanã nas obras

para a Copa do Mundo, segundo o Tribunal de

Contas do Rio.

O F E R E C I M E N T O

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D I S C O V E RY I N S E R E J O G O S

A Discovery quer aproveitar ao máximo o acordo de direitos de TV que firmou há um ano e meio com o COI. O grupo anunciou que a Eurosport e a NowThis se aliaram para criar conteúdos específicos para as redes sociais. A empresa adquiriu a condição de “produtora de vídeos sociais” do canal temático de esportes que tem a excluvisidade de retransmissão das Olimpíadas até 2024 na maior parte da Europa.

A L L I A N Z T E R Á F E S TA S I N FA N T I S

A WTorre anunciou um novo serviço para o estádio Allianz Parque: um bufê para festas infantis.

Os pais interessados terão que gastar R$ 10 mil no aluguel de um dos 12 espaços para eventos dentro da Arena do Palmeiras.

O valor já inclui atrações e a monitoria da Turma do Tomate, parceira do estádio. A principal atração das festas é um campo montado no gramado da Arena.

C A S T R O L R E N O VA C O M N F L

A Castrol, patrocinadora desde 2010, renovou contrato de patrocínio com a NFL. Os valores do novo acordo e sua duração não foram divulgados.

Com o acordo, a marca permanece como óleo de motor oficial da liga de futebol americano. A empresa garantiu direito de ativações em múltiplas plataformas em que está presente: publicidade, redes sociais e site oficial, entre outros.

fim da parceria em mensagem enviada à imprensa. Foi com o treinador que a Unilever entrou na modalidade e, com ele, fez surgir a equipe mais vencedora da atualidade. Foram 11 títulos nacionais nas duas décadas de história da equipe, além de qua-tro conquistas sul-americanas.

“Falar da Unilever é uma coisa que me emociona, pois, parti-cularmente, eu fiz amigos, cresci como homem, vivendo, conhe-cendo, me inspirando com as pessoas que eu encontrei dentro dessa empresa. Me senti realmente parte de um time. Muito mais que um time de voleibol, de um projeto social. Minha sen-sação é de agradecimento absoluto”, afirmou o treinador.

Na oficialização da retirada do vôlei, a Unilever ressaltou a con-tinuidade do projeto, mesmo sem a presença financeira da com-panhia. Para a empresa, a continuidade da equipe é marca da sustentabilidade valorizada pelo grupo.

Quem assume a equipe, agora de forma integral, é o Sesc do Rio de Janeiro. Ficam nas mãos da entidade o time profissional e os programas sociais, unidos ao Programa Sesc Esportes.

A parceria com a Unilever já existia desde o ano passado, o que fez com que a transferência e a posterior retirada da Uni-lever na modalidade fossem gradual. Com ex-jogador Giovane Gávio no comando, o Sesc RJ já havia organizado uma equipe masculina. Agora, a associação terá um time feminino.

Com a transferência do time, a Unilever evita o desgaste vivido por outras marcas na mesma situação. Foi o caso, por exemplo, da Finasa em Osasco, que saiu do time após os mesmos 20 anos e deixou a equipe à beira da extinção. O projeto foi “salvo” me-ses depois, com a entrada da Nestlé na modalidade.

Em busca de visibilidade, é cada vez maior o número de clubes e federa-ções que programam a transmissão de suas competições pelas redes sociais.

Difícil saber de onde começou a tendência no Brasil. O NBB (Novo Basquete Brasil) talvez seja pioneiro, com exibições desde 2014. A Federa-ção Paulista de Futebol pôs no ar tor-neios sem interesse das TVs, mas com público fiel, como divisões inferiores, Copa Paulista e Estadual feminino. Clubes como o São Paulo transmitem jogos das categorias de base.

Recentemente, o movimento che-gou à Superliga, com a Confederação Brasileira de Vôlei transmitindo jogos

pelo Facebook apenas com som am-biente, sem narração e comentários. Apesar das limitações da iniciativa, a audiência tem sido um sucesso.

Com menor apelo às emissoras tra-dicionais, as confederações de atle-tismo (CBAt) e desportos aquáticos (CBDA) passaram a transmitir suas competições nas redes sociais.

O streaming é a nova tendência nos campos e nas quadras. É possível atingir um público fiel espalhado por todo o mundo.

Mais do que iniciativas isoladas em busca de popularização de modali-dades, clubes ou atletas, o vídeo sob demanda traz uma nova propriedade

para as instituições esportivas. Com ele, é possível atingir diretamente seu público, sem a necessidade de um “in-termediário”, ou seja, as TVs. E tam-bém trazer recursos financeiros.

Há, porém, um outro lado na selva das redes sociais: o crescimento da pi-rataria. Hoje é possível acessar ilegal-mente o sinal das TVs fechadas e pay--per-view após uma simples pesquisa pelo YouTube ou pelo Facebook. É de responsabilidade das entidades es-portivas também garantir que quem pagou por seus jogos, não perca audi-ência para fraudadores.

Streaming traz boas e más notícias ao esporte

O P I N I Ã O

POR ADALBERTO LEISTER FILHO

diretor de conteúdo da Máquina do Esporte

O Flamengo lançará nesta quar-ta-feira uma nova campanha para conseguir novos sócios-torcedo-res, especialmente aqueles fora do Rio de Janeiro. O vídeo foi criado pela agência NBS e terá uma versão para a televisão em 30 segundos e uma para a internet com 81 segundos, em referência ao ano do título mundial do time.

Com o conceito “Isso aqui é Flamengo”, que deverá permear a comunicação do clube nos pró-ximos meses, a campanha mostra os benefícios de ser sócio-torce-dor da equipe, com o tom de or-gulho de pertencimento ao time do Rio de Janeiro.

“Utilizamos esse mix de orgu-lho, alto-estima e confiança ele-vado do torcedor flamenguista”, resumiu o vice-presidente de cria-

ção da NBS, André Lima, à Máquina do Esporte.

A NBS é parceira do Flamengo desde 2016. “Ficamos um bom tempo fazendo um estudo de bran-ding para o clube. Nosso desafio era aplicar a mesma me-todologia de marcas convencionais, mas lidando com a paixão do torcedor”, explicou o executivo da agência.

O objetivo do clube é ampliar a base de sócio-torcedor, com foco especial àquele que mora fora do Rio de Janeiro e não dá tanta im-portância ao acesso ao ingresso. Para isso, o clube deverá aumen-tar os benefícios de seu progra-

ma, com uma rede nacional de desconto, conteúdos exclusivos, aplicativos, entre outros.

“O tempo passa, e o torcedor tem novas demandas. A campa-nha é uma divisora entre o proces-so vivido até o momento e as no-vidades que estão por vir”, cravou o vice-presidente de marketing do Flamengo, Daniel Orlean.

Flamengo cria campanha e conceito para ter novos sócios

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A proposta de Fox e Turner foi a vencedora da concorrência pelos direitos de transmissão do Campeonato Argentino. O resultado da concor-rência foi divulgado pela Associação de Futebol Argentino. A proposta unificada das duas emisso-ras superou a associação entre ESPN e Mediapro. O contrato tem validade de cinco anos prorrogá-vel por mais cinco temporadas.

“Essa chegada de um novo player para o futebol é um passo adiante porque trará melhoras econô-micas para os clubes”, afirmou Víctor Blanco, pre-sidente do Racing.

Apesar de os valores não terem sido divulgados,

o jornal La Nación afirma que as duas emissoras teriam oferecido 1,2 bilhão de pesos (cerca de R$ 243 milhões) como garantia e um pagamento fixo anual de 3,2 bilhões de pesos (R$ 650 milhões). Caso esse número seja real, é uma oferta melhor do que a mínima exigida pela federação, que era de 3 bilhões de pesos (R$ 610 milhões).

Pelo acordo, a AFA também tem o direito de vender os naming rights da competição. Além dis-so, as emissoras só garantem os direitos de trans-missão para a Argentina. A comercialização em ní-vel internacional permanece nas mãos da agência Torneos até dezembro de 2019.

Fox e Turner conquistam direitos de TV do Argentino

POR DUDA LOPES

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A primeira edição do curso Ex-celência em Gestão do Futebol, lançada pelo Movimento por um Futebol Melhor, terá a presença em sala de aula de alguns dos prin-cipais dirigentes da modalidade.

Entre os participantes indicados pelos clubes estão Fred Luz (CEO do Flamengo), Gustavo Rössler Zanchi (CEO do Grêmio), Pedro Abad (presidente do Fluminense) e César Augusto Conforti (vice-presidente do Santos).

O curso é realizado em parceria com a FIA (Fundação Instituto de Administração), parceira do prêmio Gestão de Campeão, lan-çado no final do ano passado pelo MFM. A ideia é melhorar as práti-cas de gestão esportiva entre os clubes membros do movimento, que é capitaneado pela Ambev. Os melhores cases serão premiados.

“A aproximação do mercado com a academia cria o ambiente favorável para que se tenham pes-

soas mais preparadas na gestão do futebol brasileiro. Gosto de olhar no retrovisor e ver que evoluímos em relação a dez anos atrás”, de-stacou à Máquina do Esporte Mi-chel Fauze Mattar, coordenador da pós-graduação em Excelência em Gestão do Futebol na FIA.

O programa do curso foca temas como: liderança, planejamento estratégico, negociações com-plexas, planejamento financeiro, gestão de marketing e vendas, análise de performance financeira e esportiva, ética no ambiente de negócios, entre outros itens inspi-rados no regulamento do Gestão de Campeão.

“Entendemos e nos aprofunda-mos nos pilares que sustentam nosso futebol, evoluindo em uma forma de medição de performance com métricas claras que dão visi-bilidade para as oportunidades e valorizam as boas práticas”, afir-mou Sandro Leite, gerente de mar-keting esportivo da Ambev.

POR ADALBERTO LEISTER FILHO

Curso de Gestão do Futebol do MFM põe cartolas em sala de aula

A Adidas relançou no Brasil a linha Combat Sports, voltada exclusivamente para modalidades como jiu-jítsu, caratê, muay thai, judô e taekwon-do. Serão mais de 250 acessórios disponíveis aos consumidores, entre quimonos, luvas e caneleiras.

Para dar início à operação no Brasil, a Adidas Combat Sports fechou acordo de distribuição com

a Kanui, líder no e-commerce de esportes de ação e lifestyle, e de patrocínio ao Instituto Irmãos No-gueira, fundação dos lutadores Rodrigo Minotau-ro e Rogério Minotouro, garotos-propaganda da marca. O Instituto, que atende mais de 2.000 crian-ças carentes, receberá 5% do faturamento sobre as vendas de luvas Adidas até o próximo dia 10.

Adidas lança marca de esportes de combate no Brasil