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22 23 AGO Allegro Vivace FORTISSIMO Nº 15 / 2019

22...Dvarionas e Elisso Virsaladze. Em 2017 lançou seu primeiro CD pelo selo KNS Classical com patrocínio da Cultura Artística. ganhou fama internacional por ter regido cinco ciclos

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Page 1: 22...Dvarionas e Elisso Virsaladze. Em 2017 lançou seu primeiro CD pelo selo KNS Classical com patrocínio da Cultura Artística. ganhou fama internacional por ter regido cinco ciclos

2223AGO

Allegro

Vivace

F O R T I S S I M O N º 1 5 / 2 0 1 9

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P R O G R A M A

BÉLA BARTÓKConcerto para piano nº 2 Allegro

Adagio – Presto – Adagio

Allegro molto

I N T E R VA L O

ANTON BRUCKNER Sinfonia nº 5 em Si bemol maior Introdução: Adagio – Allegro

Adagio: Sehr langsam (Muito lento)

Scherzo: Molto vivace (Schnell) (Rápido)

Finale: Adagio – Allegro moderato

Ministério da Cidadania eGoverno de Minas GeraisA P R E S E N TA M

2 2 / 0 8

2 3 / 0 8

Allegro

Vivace

H E N R I K S C H A E F E R , R E G E N T E C O N V I D A D O

L U C A S T H O M A Z I N H O , P I A N O

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Diretor Artístico e Regente Titular

da Orquestra Filarmônica de Minas

Gerais desde sua criação, em 2008,

Fabio Mechetti posicionou a orques-

tra mineira no cenário mundial da

música erudita. Além dos prêmios

conquistados, levou a Filarmônica

a quinze capitais brasileiras, a uma

turnê pela Argentina e Uruguai e

realizou a gravação de nove álbuns,

sendo quatro para o selo interna-

cional Naxos. Natural de São Paulo,

Mechetti serviu recentemente como

Regente Principal da Filarmônica

da Malásia, tornando-se o primeiro

regente brasileiro a ser titular de

uma orquestra asiática.

Nos Estados Unidos, Mechetti esteve

quatorze anos à frente da Orquestra

Sinfônica de Jacksonville e, atual-

mente, é seu Regente Titular Emérito.

Foi também Regente Titular das

sinfônicas de Syracuse e de Spokane,

da qual hoje é Regente Emérito.

Regente Associado de Mstislav

Rostropovich na Orquestra Sinfônica

Nacional de Washington, com ela

dirigiu concertos no Kennedy Center

e no Capitólio. Da Sinfônica de San

Diego, foi Regente Residente. Fez

sua estreia no Carnegie Hall de Nova

York conduzindo a Sinfônica de Nova

Jersey. Continua dirigindo inúmeras

orquestras norte-americanas e é

convidado frequente dos festivais

de verão norte-americanos, entre

eles os de Grant Park em Chicago

e Chautauqua em Nova York.

Igualmente aclamado como regente

de ópera, estreou nos Estados Unidos

dirigindo a Ópera de Washington. No

seu repertório destacam-se produções

de Tosca, Turandot, Carmem, Don

Giovanni, Così fan tutte, La Bohème,

Madame Butterfly, O barbeiro de

Sevilha, La Traviata e Otello.

Suas apresentações se estendem

ao Canadá, Costa Rica, Dinamarca,

Escócia, Espanha, Finlândia, Itá-

lia, Japão, México, Nova Zelândia,

Suécia e Venezuela. No Brasil ,

regeu todas as importantes orques-

tras brasileiras.

Fabio Mechetti é Mestre em Regência

e em Composição pela Juil l iard

School de Nova York e vencedor do

Concurso Internacional de Regência

Nicolai Malko, da Dinamarca.

FOTO

: ALE

XAN

DRE

REZ

END

E

CAROS AMIGOS E AMIGAS,

FABIO MECHETTI

Um dos mais talentosos nomes da

nova geração de pianistas brasileiros e

vencedor de vários concursos interna-

cionais, Lucas Thomazinho retorna a

Belo Horizonte para nos brindar com o

virtuosístico e empolgante Concerto nº 2

do húngaro Béla Bartók. A linguagem

pianística, que tanto se desenvolveu

nas mãos de Chopin, Liszt, Brahms e

Rachmaninov, encontrou em Bartók

o poder criador que expandiu ainda

mais as possibilidades técnicas do

instrumento. Essa riqueza tímbrica

e rítmica é ativamente explorada no

concerto que ouviremos nesta noite.

Em total contraste com a primeira

parte do programa, o regente con-

vidado Henrik Schaefer volta a tra-

balhar com nossa Orquestra, nos

revelando a imponente e majestosa

Quinta Sinfonia do austríaco Anton

Bruckner, que a Filarmônica inter-

preta pela primeira vez.

Tenham todos um bom concerto,

FAB IO MECHET T I

D I R E T O R A R T Í S T I C O

E R E G E N T E T I T U L A R

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Premiado com o Finalist Prize no XIX

Santander International Piano Com-

petition, Espanha, o pianista Lucas

Thomazinho vem desenvolvendo uma

trajetória de destaque. Nascido em

São Paulo, em 1995, aos nove anos

ganhou seu primeiro concurso. Desde

então, venceu mais de uma dezena

de competições nacionais e interna-

cionais, dentre elas o 1º lugar no XVIII

Santa Cecilia International Competi-

tion, Portugal, 2º lugar e prêmio de

público no I Teresa Carreño International

Piano Competition, Miami, V Concurso

Internacional BNDES de Piano, Con-

curso Internacional de Interpretação

Pianística da obra de Osvaldo Lacerda

e PIANALE International Academy &

Competition, Alemanha.

Lucas atuou como solista com as

orquestras RTVE Symphony, Filar-

mônica de Minas Gerais, Sinfônica

de Campinas e Filarmonia das Beiras,

trabalhando com maestros como Miguel

Ángel Gómez Martínez, Dean White-

side, Marcos Arakaki e Victor Hugo

Toro. Como recitalista, destacam-se

suas apresentações no encerramento

da 2ª edição do festival The Music

World, em Ponta Delgada, no Festival

Viva Villa e no 49º Festival de Inverno

de Campos do Jordão. Em recitais e

música de câmara, apresentou-se no

Desde 2014 Henrik Schaefer é Dire-

tor Musical da Ópera de Gotemburgo,

na Suécia, um dos principais teatros

no Norte da Europa, com uma forte

orquestra, um excelente elenco, um

dos melhores coros da Suécia e um

balé de reconhecimento internacional.

Aos 22 anos Henrik Schaefer ingressou

na Orquestra Filarmônica de Berlim

como violista, sendo, na época, o mem-

bro mais jovem da orquestra. Nesse

período, estudou regência orquestral

na Musikhochschule de Leipzig. Em

2000 foi escolhido por Claudio Abbado

como seu assistente e, assim, regeu por

muitas vezes a Filarmônica de Berlim.

Sua carreira de regência começou com

A Sagração da Primavera, de Stravinsky,

com o Balé e a Gewandhausorchester

Leipzig. Desde então, tornou-se um

maestro requisitado, com um repertório

que inclui, ainda, obras de Wagner,

todas as grandes óperas de Mozart e

óperas românticas italianas e francesas.

Como maestro convidado, Henrik Schae-

fer tem regido nas óperas de Leipzig,

Rouen, Chemnitz e Seul, além das óperas

Hedeland, Norrlands e Hong Kong. Em

2007, após uma produção de Parsifal,

foi escolhido maestro principal da Ópera

de Värmland, na Suécia. Nesse período,

Conservatório de Coimbra, Casa da

Música, Sala São Paulo, Sala Cecília

Meireles, Museu Brasileiro de Escultura,

MASP, Fundação Maria Luisa e Oscar

Americano, Cidade das Artes, Centro

Cultural São Paulo, Conservatório de

Tatuí e Teatro Castro Mendes.

Bolsista na Fundação Magda Tagliaferro,

Lucas foi aluno de Zilda Candida dos

Santos, Armando Fava Filho e Flavio

Varani. Atualmente cursa bacharelado

na USP-Universidade de São Paulo,

orientado por Eduardo Monteiro.

Participou de masterclasses com Pierre

Laurent Aimard, Alexander Toradze,

Paul Lewis, Joaquím Soriano, Justas

Dvarionas e Elisso Virsaladze.

Em 2017 lançou seu primeiro CD pelo

selo KNS Classical com patrocínio da

Cultura Artística.

ganhou fama internacional por ter regido

cinco ciclos integrais de O anel do Nibe-

lungo. Seu repertório inclui A Flauta

Mágica, Don Giovanni, As bodas de Fígaro,

Così fan tutte, Eugene Onegin, Fausto,

La Traviata, La Bohème, Falstaff, Diálogos

das Carmelitas, João e Maria, Tristão e

Isolda, O navio fantasma e Parsifal.

Em concertos, Henrik Schaefer tem

dirigido com sucesso orquestras como

as sinfônicas de Tokyo, Gävle, Helsing-

borg, Norrköping, Holland, Sapporo e

Japão Century; filarmônicas de Osaka,

Sendai, Stuttgart, New Japan, Hong

Kong e Nederlands; Brabants Orkest,

Tokyo Metropolitan e orquestras de rádio

Holandesa e da Suécia. Estreou com a

Filarmônica de Minas Gerais em 2017.

Schaefer possui gravações com a

Gewandhaus de Leipzig, Orquestra

da Rádio Holandesa e orquestras em

Gotemburgo e Karlstad.

LUCAS THOMAZINHO

HENRIK SCHAEFER

FOTO

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VE

Page 5: 22...Dvarionas e Elisso Virsaladze. Em 2017 lançou seu primeiro CD pelo selo KNS Classical com patrocínio da Cultura Artística. ganhou fama internacional por ter regido cinco ciclos

BARTÓKN AGYS Z E N T M I K LÓ S , H U N G R I A , AT UA L RO M Ê N I A , 1 8 8 1 ESTA D O S U N I D O S , 1 94 5

Béla

INSTRUMENTAÇÃO

Piccolo, 3 flautas, 2 oboés,

2 clarinetes, clarone, 3 fagotes,

contrafagote, 4 trompas,

3 trompetes, 3 trombones, tuba,

tímpanos, percussão, cordas.

ED ITORA

Universal Edition

PARA OUV IR

CD Bartók – Piano

Concertos 1-3 – Radio

Symphonie-Orchester Berlin

– Ferenc Fricsay, regente –

Géza Anda, piano – Deutsche

Grammophon – 1996

PARA ASS IST IR

Orchestra of the Academy

of Santa Cecilia, Rome –

Yuja Wang, piano –

Antonio Pappano, regente

Acesse: fil.mg/bpiano2

PARA LER

Pierre Citron –

Bartók – Solfèges – Éditions

du Seuil – 1963

François-René Tranchefort –

Guia da Música Sinfônica –

Nova Fronteira – 1990

O êxito do Concerto para piano nº 2 em Frankfurt, no dia 23

de janeiro de 1933, marcou a última apresentação pública

de Béla Bartók na Alemanha, quando o compositor estava

no auge de sua carreira pianística.

Bartók fez seu primeiro recital aos dez anos, preparado

pela mãe, competente professora de piano; depois, entre

outros mestres, recebeu os ensinamentos de Istvan Thoman,

aluno de Liszt. Aos dezoito anos, começou a pesquisar

metodicamente as manifestações musicais populares de

seu país. Até o começo do século XX, a música húngara

confundia-se com a música dos ciganos daquela região

(como nos exemplos célebres das Rapsódias de Liszt e

nas Danças Húngaras de Brahms). Bartók estendeu suas

pesquisas por diversos países, chegando ao Norte da África

e à Turquia. Recolheu, classificou e analisou milhares de

canções, em busca de procedimentos musicais comuns

a diferentes culturas camponesas. Assimilou sua surpre-

endente riqueza rítmica e o uso sistemático de modos

seculares e, renunciando aos efeitos fáceis do exotismo

superficial, contribuiu decisivamente para a renovação da

linguagem musical contemporânea.

Paralelamente às pesquisas de etnomusicologia, Bartók

elaborou uma síntese original de certos aspectos do cânone

musical ocidental. Reconhecia-se tributário do pianismo

de Liszt e, sobretudo (como declarou, em entrevista ao

maestro Serge Moreux), da influência de três grandes

compositores: Debussy, Beethoven e Bach.

O rigor bachiano domina, por exemplo,

o tratamento temático do primeiro

movimento (Allegro) do Concerto para

piano nº 2. Os temas da exposição

são de caráter principalmente rítmico,

o primeiro deles abrindo a partitura

com a energia dos trompetes sobre o

piano. Na recapitulação, todos esses

temas aparecem invertidos e, na coda,

o tema inicial será utilizado em movi-

mento retrógrado.

O segundo movimento é um dos mais

belos de toda a obra orquestral de

Bartók. A inclusão de um Presto

central articula esse “noturno” em

uma divisão ternária (Adagio-Presto-

-Adagio). Na verdade, esse Presto

serve de núcleo para todo o Con-

certo, criando uma admirável simetria

entre seus três movimentos (primeiro

rápido — segundo lento/rápido/lento

— terceiro rápido).

O terceiro movimento possui agres-

siva aceleração (do Allegro molto ao

Presto), e o piano liberta-se de qual-

quer vestígio romântico, executando

traços de bravura e vigor inusitados.

A escrita orquestral visa, sobretudo, a

variedade das cores. O colorido dife-

renciado é nitidamente desenhado pela

alternância dos naipes — no primeiro

movimento dominam os instrumentos

de sopro e a percussão, enquanto as

cordas se calam. No segundo, os sopros

só aparecem na seção central. O terceiro

movimento é o único em que toda a

orquestra é valorizada.

Obra da plena maturidade de Béla

Bartók, o Concerto para piano nº 2

apresenta algumas das características

mais marcantes de sua linguagem: a

simetria formal matematicamente cal-

culada, o contraste dinâmico dos ritmos

alternados e da irregularidade métrica,

a indefinição tonal e o intenso lirismo.

PAULO SÉRG IO

MALHE IROS DOS SANTOS

Pianista, Doutor em Letras, professor na

UEMG, autor dos livros Músico, doce

músico e O grão perfumado – Mário

de Andrade e a arte do inacabado.

Apresenta o programa semanal Recitais

Brasileiros, pela Rádio Inconfidência.

1 93 0 28 M I N U TO S

Concerto para piano nº 2

Última apresentação:

30 de abril / 2013

Fabio Mechetti, regente

Ching-Yun Hu, piano

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INSTRUMENTAÇÃO

2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes,

2 fagotes, 4 trompas,

3 trompetes, 3 trombones,

tuba, tímpanos, cordas.

ED ITORA

Kalmus

PARA OUV IR

CD Bruckner – The complete

symphonies 1-9 – Staatskapelle

Dresden – Eugen Jochum,

regente – EMI Classics – 1995

PARA ASS IST IR

Münchner Philharmoniker –

Sergiu Celibidache, regente

Acesse: fil.mg/bsinf5

PARA LER

Lauro Machado Coelho –

O Menestrel de Deus:

Vida e obra de Anton Bruckner –

Algol – 2009

Otto Maria Carpeaux –

Uma nova história da música –

Ediouro – 1968

Aos treze anos, na condição de órfão pobre, Bruckner foi

admitido como aluno do deslumbrante mosteiro barroco de

São Floriano, em meio a uma paisagem bucólica, maravilhosas

obras de arte e um órgão magnífico (sob o qual, hoje, o com-

positor está sepultado). Durante toda a vida, ele permaneceu

devotado e submisso aos ensinamentos religiosos dos monges

que o educaram. Nunca deixou de visitar com frequência o

mosteiro, onde buscava serenidade espiritual para compor.

O principal impulso de sua música sempre foi a religiosi-

dade: “um místico gótico extraviado no século XIX” (nas

palavras de Wilhelm Furtwängler). Bruckner criou, com

idêntico espírito sacro, Missas e Sinfonias. Sua maneira

de compor inspira-se na escrita para o órgão, instrumento

religioso por excelência e que ele dominava com maestria.

Escreveu música para a glória de Deus – sob esse aspecto,

a arte de Bruckner lembra a de Schütz, a de Bach, a de

César Franck e antecede a de Messiaen.

Em contraste com sua prodigiosa inteligência musical, o

compositor aparentava inaptidão quase patológica para as

coisas práticas da vida. Ingênuo camponês, deslocado na

elegante e cosmopolita Viena, protagonizou episódios comi-

camente ridículos, anedotas que suscitaram preconceitos

e sarcasmos ofensivos. Foi, porém, um notável professor

de harmonia, contraponto e órgão.

Quando conheceu a obra de Wagner, Bruckner, perto

dos quarenta anos, iniciou com entusiasmo juvenil um

novo período de experiências. Embora

dificilmente se possa imaginar um dis-

cípulo cuja personalidade fosse mais

diametralmente oposta à do mundano

mestre de Bayreuth, a admiração de

Bruckner por Wagner se transformou

em veneração. Entretanto, por suas

limitações literárias, ele se manteve

completamente alheio às preocupações

filosóficas da arte wagneriana, da qual

só assimilou a ousadia harmônica e a

ciência da orquestração. Mesmo assim,

a crítica cruel dos antiwagnerianos

rendeu-lhe a alcunha de Sinfonista de

Bayreuth, e Bruckner nunca conseguiu

a aprovação unânime de seus con-

temporâneos, apesar do empenho de

regentes ilustres como Gustav Mahler,

Arthur Nikisch e Hans Richter.

Bruckner nunca ouviu sua colossal

Sinfonia nº 5, elaborada entre 1875

e 1878. Em 1894, seu discípulo Franz

Schalk dirigiu uma versão terrivel-

mente abreviada da obra, quando o

compositor já estava muito doente

para comparecer ao concerto. Só em

1939 o texto original de Bruckner foi

publicado, recuperado pela escrupulosa

edição de Robert Haas. Trata-se da

mais monumental obra do compositor,

gigantesca catedral sonora. E, também,

a mais austera: “o que já fiz melhor

em termos de contraponto”, segundo

o próprio Bruckner.

Um Adagio antecede o Allegro inicial.

Essa introdução lenta é formalmente

essencial, pois apresenta elementos

temáticos que reaparecerão em cada

uma das grandes articulações da obra.

Com os principais temas concebidos

com finalidades primordialmente estru-

turais, a Sinfonia nº 5 desenvolve-se

como vasta combinação de Sonata,

Fuga dupla e um Coral conclusivo.

PAULO SÉRG IO

MALHE IROS DOS SANTOS

Pianista, Doutor em Letras, professor na

UEMG, autor dos livros Músico, doce

músico e O grão perfumado – Mário

de Andrade e a arte do inacabado.

Apresenta o programa semanal Recitais

Brasileiros, pela Rádio Inconfidência.

Primeira apresentação

com a Filarmônica

1 875 / 1 876 , R E V I SÃO 1 87 7/ 1 878 8 1 M I N U TO S

BRUCKNERA N S F E L D E N , ÁUST R I A , 1 8 24 V I E N A , ÁUST R I A , 1 896

Anton

Sinfonia nº 5 em Si bemol maior

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CONSELHO ADMINISTRATIVOPresidente Emérito

Jacques Schwartzman

Presidente

Roberto Mário

Gonçalves Soares Filho

Conselheiros

Angela Gutierrez

Arquimedes Brandão

Berenice Menegale

Bruno Volpini

Celina Szrvinsk

Fernando de Almeida

Ítalo Gaetani

Marco Antônio Pepino

Mauricio Freire

Octávio Elísio

Sérgio Pena

DIRETORIA EXECUTIVADiretor Presidente

Diomar Silveira

Diretor

Administrativo-

financeiro

Joaquim Barreto

Diretor de

Comunicação

Agenor Carvalho

Diretora de

Marketing e Projetos

Zilka Caribé

Diretor de Operações

Ivar Siewers

EQUIPE TÉCNICAGerente de

Comunicação

Merrina Godinho

Delgado

Gerente de

Produção Musical

Claudia da Silva

Guimarães

Assessora de

Programação Musical

Gabriela de Souza

Produtor

Luis Otávio Rezende

Analistas de

Comunicação

Carolina Moraes Santana

Fernando Dornas

Lívia Aguiar

Renata Gibson

Renata Romeiro

Analistas de

Marketing

Eventos — Lívia Brito

Projetos — Lilian Sette

Relacionamento —

Itamara Kelly

Assistente de

Marketing e

Relacionamento

Henrique Campos

Assistente

de Produção

Rildo Lopez

Auxiliar

de Produção

Jeferson Silva

EQUIPE ADMINISTRATIVAGerente

Administrativo-

financeira

Ana Lúcia Carvalho

Gerente Contábil

Graziela Coelho

Gerente de

Recursos Humanos

Quézia Macedo Silva

Analistas

Administrativos

João Paulo de Oliveira

Letícia Cabral

Secretária Executiva

Flaviana Mendes

Assistente

Administrativa

Cristiane Reis

Assistente de

Recursos Humanos

Jessica Nascimento

Recepcionistas

Meire Gonçalves

Vivian Figueiredo

Auxiliar Contábil

Pedro Almeida

Auxiliar

Administrativa

Geovana Benicio

Auxiliares de

Serviços Gerais

Ailda Conceição

Rose Mary de Castro

Mensageiro

Douglas Conrado

Jovem Aprendiz

Sunamita Souza

SALA MINAS GERAISGerente de

Infraestrutura

Renato Bretas

Gerente de Operações

Jorge Correia

Técnicos de Áudio

e de Iluminação

Daniel Hazan

Diano Carvalho

Assistente Operacional

Rodrigo Brandão

PRIMEIROS VIOLINOS Rommel Fernandes –

Spalla associado

Ara Harutyunyan –

Spalla assistente

Ana Paula Schmidt

Ana Zivkovic

Arthur Vieira Terto

Joanna Bello

Laura von Atzingen

Luis Andrés Moncada

Roberta Arruda

Rodrigo Bustamante

Rodrigo M. Braga

Rodrigo de Oliveira

Wesley Prates

SEGUNDOS VIOLINOSFrank Haemmer *

Hyu-Kyung Jung ***

Gideôni Loamir

Jovana Trifunovic

Luka Milanovic

Martha de Moura

Pacífico

Matheus Braga

Radmila Bocev

Rodolfo Toffolo

Tiago Ellwanger

Valentina Gostilovitch

VIOLASJoão Carlos Ferreira *

Roberto Papi ***

Flávia Motta

Gerry Varona

Gilberto Paganini

Katarzyna Druzd

Luciano Gatelli

Marcelo Nébias

Mikhail Bugaev

Nathan Medina

VIOLONCELOSPhilip Hansen *

Robson Fonseca ***

Camila Pacífico

Camilla Ribeiro

Eduardo Swerts

Emília Neves

Lina Radovanovic

Lucas Barros

William Neres

CONTRABAIXOSNilson Bellotto *

André Geiger ***

Marcelo Cunha

Marcos Lemes

Pablo Guiñez

Rossini Parucci

Walace Mariano

FLAUTASCássia Lima *

Renata Xavier ***

Alexandre Braga

Elena Suchkova

OBOÉSAlexandre Barros *

Públio Silva ***

Israel Muniz

Maria Fernanda Gonçalves

CLARINETESMarcus Julius Lander *

Jonatas Bueno ***

Ney Franco

Alexandre Silva

FAGOTESCatherine Carignan *

Victor Morais ***

Andrew Huntriss

Francisco Silva

TROMPASAlma Maria Liebrecht *

Evgueni Gerassimov ***

Gustavo Garcia Trindade

José Francisco dos Santos

Lucas Filho

Fabio Ogata

TROMPETESMarlon Humphreys *

Érico Fonseca **

Daniel Leal ***

Tássio Furtado

TROMBONESMark John Mulley *

Diego Ribeiro **

Wagner Mayer ***

Renato Lisboa

TUBASEleilton Cruz *

Rafael Mendes ****

TÍMPANOSPatricio Hernández

Pradenas *

PERCUSSÃORafael Alberto *

Daniel Lemos ***

Sérgio Aluotto

Werner Silveira

HARPAClémence Boinot *

TECLADOSAyumi Shigeta *

GERENTE

Jussan Fernandes

INSPETORAKarolina Lima

ASSISTENTE ADMINISTRATIVO Risbleiz Aguiar

ARQUIVISTAAna Lúcia Kobayashi

ASSISTENTESClaudio Starlino

Jônatas Reis

SUPERVISOR DE MONTAGEMRodrigo Castro

MONTADORESHélio Sardinha

Klênio Carvalho

ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS

INSTITUTO CULTURAL FILARMÔNICA

Regente Associado

MARCOS ARAKAKI

Diretor Artístico e Regente Titular

FABIO MECHETTIOscip — Organização da Sociedade Civil de Interesse Público

Lei 14.870 / Dez 2003

OS — Organização Social

Lei 23.081 / Ago 2018

FORTISSIMO Agosto nº 15 / 2019

ISSN 2357-7258

Editora Merrina

Godinho Delgado

Edição de texto

Berenice Menegale

Capa Órgão do mosteiro

de São Floriano –

Detalhe de foto de

Pedagrafie

O Fortissimo está

indexado aos sistemas

nacionais e internacionais

de pesquisa. Você pode

acessá-lo também

em nosso site.

Este programa foi

impresso em papel doado

pela Resma Papéis.* principal ** principal associado *** principal assistente **** musicista convidado

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Seja pontual.Cuide da Sala Minas Gerais.

Desligue o celular (som e luz).

Deixe para aplaudir ao fim de cada obra.

Traga seu ingresso ou cartão de assinante.

Não coma ou beba.

Não fotografe ou grave em áudio / vídeo.

Nos dias de concerto, apresente seu ingresso, cartão de Amigo ou Assinante

e obtenha descontos especiais. Saiba mais: fil.mg/restaurantes

Se puder, devolva seu programa de concerto.

Faça silêncio e evite tossir.

Evite trazer crianças menores de 8 anos.

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Tel: 3227-7764

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29 e 30 ago, 20h30 P R E ST O E V E LO C E

8 set, 11h C L Á S S I C O S N A P R A Ç A / S AVA S S I

10 set, 20h30 F I L A R M Ô N I C A E M C Â M A R A

14 set, 18h F O R A D E S É R I E / M Ú S I C A , G U E R R A E PA Z

19 e 20 set, 20h30 A L L E G R O E V I VA C E

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/ F I L A R M O N I C A M G

Sala Minas Gerais

www.filarmonica.art.br

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M A N T E N E D O R

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