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Paulo Teixeira Brandão, presidente do Sindicato das Entidades Fechadas de Previdência Privada (Sindapp), entrega a Nitton Freixinho o diploma com que o Instituto Cultural de Seguridade Social (ICSS)

homenageou os aposentados da FIBRA

í 24 DE JANEIRO: DIA DO APOSENTADO v y

D ate significativa na história das relações de trabalho no Brasil, o 24 de janeiro registra e comemora a promulgação, em 1923. da "Lei

Eloy Chaves", que determinou a obrigatoriedade de ser constituída, em cada empresa ferroviária do pais. uma caixa de aposentadoria e pensões. Foi o coroamento de um longo processo de luta dos trabalhadores brasileiros pela conquista de direitos sociais institucionalizados em uma legislação do trabalho que já se consolidara nos países industrialmente mais desenvolvidos da Europa.

A iniciativa por uma legislação de cunho social que amparasse os trabalhadores surgiu no Brasil em 1914 com um projeto apresentado no Congresso pelo deputado Medeiros de Albuquerque. Não foi aprovado. Em 1919, por iniciativa da Comissão de Legislação Social, o Congresso aprovou a lei 3.724, que tomou obrigatório o seguro de acidentes do trabalho para algumas categorias de trabalhadores. A Lei Eloy Chaves foi além: assegurou os benefícios da assistência médica, aposentadoria por tempo de serviço e pensão para os dependentes, no caso de morte do trabalhador. Em verdade, um sistema previdenciário. Daí a data ser considerada "Dia da Previdência Social" brasileira.

desenvolvimento que alcançamos é fruto do trabalho e dos sacrifícios de muitas gerações de trabalhadores que promoveram em seu período de vida laborativa grandes transformações sociais e econômicas no País."

O reconhecimento da FIBRA aos seus aposentados

O reconhecimento da FIBRA aos seus participantes assistidos - os aposentados da ÍTAIPU Binacional e da própria Fundação - não se restringe a uma formalidade de convivência social. Ele se traduz no esforço que a entidade vem aplicando para melhorar constantemente seu próprio desempenho na gestão do patrimônio que é de todos os participantes e suas famílias; na luta para melhorar a qualidade do atendimento, principalmente aos assistidos; na transparência que faz questão de manter em todos os atos da administração; na postura permanente de defesa dos legítimos interesses de todos os seus participantes, ativos e inativos.

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Nilton Freixinho representou os

r Os trabalhadores promoveram grandes transformações sociais e econômicas no País

Para comemorar a data no corrente ano, o Instituto Cultural de Seguridade Social - ICSS, criado pelos fundos de pensão para promover a causa da seguridade social no Brasil e mantido pela Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Privada (Abrapp), realizou uma solenidade, no Rio de Janeiro, na sede da Fundação Real Grandeza, fundo de pensão patrocinado por Fumas Centrais Elétricas S/A. O objetivo foi homenagear os aposentados, em geral, e, destacadamente, aqueles que foram participantes das entidades fechadas de previdência privada. No diploma comemorativo que foi entregue aos aposentados que os fundos de pensão designaram para receber a homenagem, representando todos os seus participantes assistidos, o ICSS registra: "Os fundos de pensão sentem-se orgulhosos de terem erguido no Brasil a Previdência Complementar, construção institucional que efetivamente garante a estabilidade social"; e destaca: "O estágio de

aposentados da FIBRA no evento do ICSS

Prestigiando o evento organizado pelo ICSS, a Diretoria Executiva da FIBRA fez-se representar pelo gerente do Departamento de Assistência ao Beneficiário, Carlos Eduardo Machado, e indicou o aposentado da ITAIPU Binacional e participante assistido da Fundação, Nilton Freixinho, para representar todos os participantes assistidos e receber o diploma que simbolizou a homenagem do ICSS. Coronel reformado do Exército, Nilton Freixinho ingressou na ITAIPU em 1975, para organizar, colocar em funcionamento e dirigir a Gerência do Acompanhamento Físico-Financeiro do Projeto ITAIPU. Exerceu esta função ininterruptamente até o inicio do funcionamento da 18a unidade geradora da Usina, em outubro de 1988, quando se aposentou.

A FIBRA faz questão de ressaltar que a indicação de Nilton Freixinho para receber o diploma do ICSS teve o significado mais amplo de homenagear todos os aposentados da Fundação.

Em auditor ia rea l i zada e m dezembro último, pela BVQI do Brasil, foi mant ida a certificação ISO 9002 para o processo de investimentos e aplicações f inanceiras da FIBRA. Esse resultado demonstra que a Fundação continua fiel ao compromisso

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a s s u m i d o p a r a p r e s e r v a r a q u a l i d a d e , a confiabi l idade e a transparência e m suas práticas

e seus serviços.

RENTABILIDADE DA FIBRA EM 2000

Na edição passada (dezembro/2000), resumimos o panorama que predominou na economia brasileira em 2000 e sua repercussão nos investimentos. Neste número, abordamos o cenário que se desenha para 2001. a partir das tendências observadas no segundo semestre de 2000 e no primeiro mês do presente ano.

Entre os principais fatores externos com capacidade para influenciar este cenário, os analistas têm destacado o grau de desaquecimento relativo da economia norte-americana e a maior ou menor capacidade de solução para a crise argentina.

/ A conjuntura dos Estados Unidos e da V Argentina

O acordo da Argentina com o FMI, concluído em janeiro, trará um suporte internacional de recursos àquele país. A reação do mercado foi bastante favorável, refletindo na redução do risco argentino e dos demais países emergentes no mercado internacional, favorecendo em particular o Brasil.

Nos Estados Unidos, o FED (Banco Central norte-americano) tentou equilibrar a desaceleração da economia, cortando 0,5% da taxa de juros por duas vezes consecutivas, em janeiro, reduzindo-a para 5,5% ao ano. Isso porque os índices que medem a produção industrial, os novos empregos criados, a confiança do consumidor e a variação do PIB aproximam-se de um nível indicativo de recessão. Apesar desse quadro, estima-se que a inflação seja menorque a do ano passado (3,2%) por causa da queda no preço do petróleo. Com a atenção em todos os indicadores norte-americanos, o FED poderá proceder a novos cortes de juros em março e maio, visando que a desaceleração da economia líder mundial seja suave e não venha a prejudicar também o resto do mundo.

Tudo isso influi em nossa avaliação do cenário de 2001. porque o desaquecimento da economia dos Estados Unidos provocará redução da demanda de bens e serviços em todo o mundo, prejudicando também o preço dos produtos que o Brasil exporta. Por outro lado, a redução dos juros americanos favorecerá a redução dos juros brasileiros, diminuindo o serviço da sua divida externa.

INDICADORES DO ANO 2000 O quadro abaixo mostra os principais indicadores financeiros do mercado no ano 2000, comparados com os resultados alcançados pela FIBRA. A taxa básica de juros da economia (Selic) teve uma trajetória descendente, iniciando em 2000 com 19% e encerrando dezembro na faixa de 1575%. A taxa CDI (utilizada no mercado interbancário) apresentou variação anual de 17,33%.

Já o índice que mede a variação da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) foi bastante influenciado pela queda nas bolsas de valores norte-americanas. A Nasdaq, que reúne empresas de alta tecnologia, caiu 39% no ano, contribuindo para a queda de 10,72% do Ibovespa.

As aplicações da FIBRA tiveram um desempenho melhor que o do mercado. Na renda fixa, a rentabilidade obtida foi de 17.62%, superior à do CDI, e na renda variável a rentabilidade foi de -1,91%, caindo menos que o índice Bovespa. No geral, considerando as aplicações em renda fixa, renda variável, imóveis e outros, a rentabilidade da FIBRA foi de 12,82% no ano.

ABILIDADE DOS INVESTIMENTOS DA FIBRA COMPARADOS COM O MERCADO PERÍODO Janeiro a dezembro/2000

Renda Fixa

Renda Variável

(1) Geral

17,62%

-1,91%

CDI

IBOVESPA

17,33%

-10,72%

(1) Calculado pelo sistema de cotas da FIBRA, sem provisão para LFT/ Alagoas Obs: Maiores detalhes sobre os resultados do exercício de 2000 serão fornecidos no Relatório Anual da FIBRA, a ser encaminhado aos participantes até 30 de abril de 2001.

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NOVA LEGISLAÇÃO SOBRE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

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Com a edição do decreto 3.721, de 8 de janeiro do corrente ano, foi alterada a idade mínima de aposentadoria para os participantes de fundos de pensão fechados e estabelecidas restrições à concessão de aposentadorias especiais.

Com o objetivo de melhor esclarecer seus participantes, a FIBRA solicitou informações adicionais à Secretaria de Previdência Complementar (SPC) do MPAS. Com base na resposta daquele órgão, podemos informar aos leitores do Fibranotícias que as modificações introduzidas pelo referido decreto, que influenciam o regime de complementações de aposentadorias a serem concedidas aos participantes da FIBRA, podem ser resumidas nos seguintes itens:

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Conseqüências para os participantes da FIBRA

- Para requerer complementação de aposentadoria normal por tempo de serviço, a idade minima exigida, que atualmente é de 55 anos, terá um acréscimo de 6 meses a cada ano para aposentadoria integral, começando em julho de 2001 até 2020, quando todas as complementações somente serão concedidas a partir da idade mínima de 65 anos.

- A complementação de aposentadoria especial não poderá mais ser requerida, pois esta modalidade foi excluída para os planos de benefícios do tipo "benefício definido" - que é adotado pela FIBRA - e continuou a ser permitida apenas para planos de benefícios do tipo "contribuição definida".

Após a publicação do decreto 3.721, a Secretaria de Previdência Complementar editou duas instruções normativas (IN) sobre o assunto.

- Na IN 25. a SPC informou que "os participantes de entidade fechada de previdência privada que tenham cumprido os requisitos para concessão de benefício de aposentadoria por tempo de contribuição até 30 de junho de 2001, terão assegurado o seu direito na forma da legislação vigente."

- Na IN 26. a SPC, além de definir que seja feita uma reavaliação atuarial, estabelece que "o cálculo de benefício de aposentadoria proporcional, quando houver, será livremente estabelecido pelo plano, desde que preservado o equilíbrio atuarial e a liquidez do mesmo."

Patrocinadoras e participantes na ^ expectativa de novos esclarecimentos/

O decreto 3.721 está suscitando um amplo debate entre todos os interessados - principalmente patrocinadoras e participantes dos fundos de pensão -em face de dúvidas e divergências na interpretação legal do texto. As entidades fechadas de previdência privada (EFPPs) têm procurado dialogar com as autoridades, por intermédio da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Privada (Abrapp), que as representa em âmbito nacional, no sentido de buscar uma alternativa que atenda os

interesses comuns. Assim, a Diretoria Executiva da FIBRA tem recomendo aos participantes que aguardem um desfecho final antes de tomar qualquer decisão que possa alterar sua relação com a entidade.

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INDEFINIÇÃO NO AMBIENTE REGÜLATORIO

Causa apreensão o longo período de indefinição e incerteza no ambiente regulatório dos fundos de pensão, com impacto tanto para as EFPPs e seus participantes como para o pais. pois os recursos dos fundos constituem importante fonte para investimentos de longo prazo.

Alinhamos, a seguir, as principais incertezas que afetam o sistema:

- Diferimento tributário: as entidades aguardam tratamento no mínimo igual àquele dado aos planos previdenciários oferecidos por instituições financeiras, ou seja, que o Imposto de Renda seja pago somente uma vez. no momento em que a aposentadoria é recebida ou quando as contribuições são resgatadas.

- Regras para investimentos: nos últimos dez meses, as entidades conviveram com 3 resoluções diferentes - a 2.720. a 2.791 e a 2.810 - que, uma após outra, modificaram as normas de investimentos estabelecidas em 1996 pela resolução 2.324. Estas bruscas mudanças de rumo prejudicam o planejamento dos investimentos das fundações.

- Projetos de lei complementar propostos pelo governo e ainda em discussão: no Senado Federal, o de n° 1/2000, que dispõe sobre a relação entre as entidades públicas e suas entidades fechadas de previdência complementar, e o de n° 63/1999, que trata da previdência complementar em geral; na Câmara Federal, o de n° 09/1999, que dispõe sobre normas gerais para a instituição de regime de previdência complementar diretamente pela União, Distrito Federal, estados e municípios.

- Decreto 3.721: alterou a idade mínima exigida para que os participantes dos fundos possam requerer complementação de aposentadoria integral.

Em um setor como o de previdência privada, que envolve contratos que podem vigorar por mais de 60 anos, somando o tempo de contribuição e o recebimento de benefícios, um ambiente regulatório estável é fator fundamental para que seja mantida a confiança no sistema.

SIMULAÇÃO DE APOSENTADORIAS

Tendo em vista a necessidade de melhor interpretar, do ponto de vista legal, o que dispõe o decreto 3.721, e rever em conseqüência os seus cálculos atuar ia is , a FIBRA deixará t e m p o r a r i a m e n t e d e f o r n e c e r , a o s participantes, planilhas com simulação de percentuais e de valores de complementações de aposentadorias futuras.

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O CIBERESPAÇO SUBSTITUI A AGORA DOS GREGOS

Interessante artigo da escritora e cineasta alemã Petra Thorbrietz. publicado na edição 2/2000 da revista New World, da Siemens, chama a atenção para um dos efeitos mais importantes da Internet sobre a convivência humana: a aproximação das pessoas para discutir questões sociais, econômicas ou políticas sem a necessidade de um contato pessoal na praça pública - a similar moderna da agora das antigas cidades gregas, onde o povo se reunia para realizar suas assembléias.

Í"penso" de Descartes, transforma-seN

no "pensamos0 do espaço virtual da "web".

Hoje, graças à Internet, professores, cientistas, políticos, executivos ou simples cidadãos espalhados pelos quatro cantos do globo reúnem-se no espaço virtual da "web". Petra cita o exemplo da Siemens, que mantém redes internas de Intranet, por intermédio das quais seus funcionários podem consultar, de qualquer parte do mundo, um determinado circulo de colegas, quando buscam auxílio para a solução de um problema.

Analisando esta nova realidade, o francês Pierre Lévy - cognominado "o antropólogo da técnica" - vislumbra um novo universo do saber, que ele designou de Cosmopédia. no qual o conceito egocêntrico do "penso", apropriado pelo filósofo René Descartes em sua famosa sentença, "penso, logo existo", é transformado em "pensamos". Nessa utopia de um ciberespaço radicalmente democrático, anunciado por Lévy, há lugar para cada um: "Ninguém sabe tudo, todos sabem alguma coisa; todo o saber é oriundo da humanidade,"

f A inteligência coletiva vai prevalecer sobre V. o egoísmo individual

Petra destaca que a idéia de uma inteligência coletiva não tem nada de novo: o escritor canadense Marshal McLuhan já idealizara, na década de 80, uma sociedade do saber como conseqüência da atuação dos meios de comunicação de massa e os primeiros especialistas em informática alimentavam esperanças de que o computador incrementaria o intelecto humano de tal modo que a Internet

poderia promover um mundo mais aberto, simples, de fácil acesso e que valeria a pena ser vivido, desde que façamos tudo certo. "Fazer tudo certo", seria tomar-se um membro construtivo da comunidade intemétiea, "pois o universo do conhecimento não se deixa tolher por camisas-de-força tecidas de regras e restrições".

A revolução cibernética já está exercendo profundas influências em determinados setores da atividade humana. Tais influências, segundo Pierre Lévi, só podem ser comparadas com o momento em que o homem deixou de ser nômade e começou a organizar-se em sociedades, gerando os conhecidos frutos que levam os nomes de propriedade, comércio e técnica. O hipertexto da Internet, por exemplo, neces­sariamente não tem começo nem fim: pode ser levado adiante e completado por qualquer pessoa, em qualquer lugar, a qualquer momento.

CConseqüências na empresa e na vida \ profissional )

A escritora analisa os efeitos desse processo sobre a universidade e a empresa. Ela destaca, no âmbito da empresa, que: "A identidade profissional não se define mais pela soma de diplomas e títulos acadêmicos, e sim pela habilidade de adaptação". Sua conclusão é uma advertência para os administradores: "As comunidades do saber formadas por intermédio da Internet marcarão não só as empresas de amanhã como todas as demais áreas da sociedade. Algumas dessas comunidades serão comercialmente orientadas, muitas, contudo, unidas apenas por metas comuns tanto em nível local quanto internacional. O trabalho não vai parar de mudar sua natureza e a diferença entre oficio e lazer tenderá a diminuir cada vez mais."

(Os leitores interessados na integra desse artigo podem solicitá-lo pelo telefone (41) 321-4258, com René Ruschel. ou pelo e-mail njschelfàitaipu. aov.br. que lhes será remetida uma cópia do original por fax. e-mail ou correio).

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