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1 24º Cap. - Ramo Reis 24.º Capitulo - Ramo Reis Tal como o ramo Nunes, também os descendentes do ramo Reis se ligaram por vários casamentos a descendentes dos irmãos da Serra dos Mendes. Apesar da família Reis não ser minha ascendência, para melhor compreensão dessas ligações apresento esta família como ramo complementar. A investigação nos registos paroquiais deste ramo foi feita pelo genealogista João Malta, ainda não publicados, que os cedeu para a genealogia que se apresenta. A Dr.ª Maria da Conceição Reis publi- cou o livro “O Monte Alentejano – a transformação no século XX” na sua dissertação de mestrado em História, hoje esgotado, do qual foram colhidos, em colaboração com a autora, alguns dados que pertencem à história desta família. Ambos os meus co-autores são descendentes deste ramo Reis. 1 - Manuel Cordeiro, nasceu cerca de 1650 na freguesia de N.ª Sr.ª das Ciladas em Vila Viçosa e faleceu na mesma freguesia a 3.11.1684. Casou em 1681 com Joana Rodrigues, da mesma fre- guesia, e tiveram dois filhos (ver Nota 1): Igreja de N. Sra das Cyladas, Registo de casamento: Aos vinte e seis dias do mês de Janeiro de 1681 eu o Padre Manuel Mendes, Cura na Igreja de N.ª Sr.ª das Cyladas, recebi in facie ecclesia a Manuel Cordeiro e a Joana Rodrigues, foram padrinhos Manuel Lourenço e André Salvador de que fiz este termo, mês, ano ut supra. Registo de óbito: Aos três dias do mês de Novembro de 1684 faleceu Manuel Cordei- ro, cazado, morador na Torre do Cabedal, marido de Joana Rodri- gues, recebeu todos os Sacramentos e foi enterrado nesta Igreja de N.ª Sr.ª das Ciladas de que fiz este termo que assinei, dia, mês e ano ut supra. O Licenciado Luís Mendes de Azevedo 2 - Manuel Cordeiro, batizado na freguesia de N.ª Sr.ª das Ciladas em Vila Viçosa a 22.11.1682, casou a 23.9.1716 com Ângela Maria

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24º Cap. - Ramo Reis

24.º Capitulo - Ramo Reis

Tal como o ramo Nunes, também os descendentes do ramo Reis se

ligaram por vários casamentos a descendentes dos irmãos da Serra

dos Mendes. Apesar da família Reis não ser minha ascendência,

para melhor compreensão dessas ligações apresento esta família

como ramo complementar.

A investigação nos registos paroquiais deste ramo foi feita pelo

genealogista João Malta, ainda não publicados, que os cedeu para a

genealogia que se apresenta. A Dr.ª Maria da Conceição Reis publi-

cou o livro “O Monte Alentejano – a transformação no século XX”

na sua dissertação de mestrado em História, hoje esgotado, do qual

foram colhidos, em colaboração com a autora, alguns dados que

pertencem à história desta família.

Ambos os meus co-autores são descendentes deste ramo Reis.

1 - Manuel Cordeiro, nasceu cerca de 1650 na freguesia de N.ª Sr.ª

das Ciladas em Vila Viçosa e faleceu na mesma freguesia a

3.11.1684. Casou em 1681 com Joana Rodrigues, da mesma fre-

guesia, e tiveram dois filhos (ver Nota 1):

Igreja de N. Sra das Cyladas, Registo de casamento:

Aos vinte e seis dias do mês de Janeiro de 1681 eu o Padre Manuel

Mendes, Cura na Igreja de N.ª Sr.ª das Cyladas, recebi in facie

ecclesia a Manuel Cordeiro e a Joana Rodrigues, foram padrinhos

Manuel Lourenço e André Salvador de que fiz este termo, mês, ano

ut supra.

Registo de óbito:

Aos três dias do mês de Novembro de 1684 faleceu Manuel Cordei-

ro, cazado, morador na Torre do Cabedal, marido de Joana Rodri-

gues, recebeu todos os Sacramentos e foi enterrado nesta Igreja de

N.ª Sr.ª das Ciladas de que fiz este termo que assinei, dia, mês e

ano ut supra.

O Licenciado Luís Mendes de Azevedo

2 - Manuel Cordeiro, batizado na freguesia de N.ª Sr.ª das Ciladas

em Vila Viçosa a 22.11.1682, casou a 23.9.1716 com Ângela Maria

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Rodrigues, natural da freguesia da Matriz de Montemor-o-Novo,

filha de Francisco Rodrigues e Maria Gomes. Tiveram três filhos

(ver Nota 2):

Igreja de N. Sr.ª das Cyladas, Registo de Baptismo:

Aos vinte e dois dias do mês de Novembro de 1682 eu o padre

Manuel Mendes, Cura nesta Igreja de Nossa Senhora das Cyladas,

baptizei e pus os Santos Óleos a Manuel, filho de Manuel Cordeiro

e de Joana Rodrigues. Foram padrinhos Belchior Casem (?) e

Maria Lopes, de que fiz este termo, dia, mês e ano ut supra.

Montemor-o-Novo, Sta Maria do Bispo, Registo de casamento:

Em os vinte e três dias do mês de Setembro de 1716 de Mandado

do Reverendo Juiz dos Casamentos e Licença do Reverendo Páro-

co desta Igreja, assisti ao Sacramento do Matrimónio que entre si

contraíram Manuel Cordeiro, solteiro, natural do termo de Vila

Viçosa, freguesia de N.ª Srª das Cyladas, filho de Manuel Cordeiro

e de Joana Rodrigues, natural da freguesia de São Tiago de Rio de

Moinhos e Ângela Maria, solteira, filha de Francisco Rodrigues e

Maria Gomes, natural desta vila. Foram testemunhas o Reverendo

Padre Manuel Lopes Pegas e Jorge Lopes Gallego e mais pessoas

que presentes estavam, em verdade fiz este termo que assinei, era,

dia, mês, ut supra.

O Bacharel José Rodrigues Gallego

3 - António José dos Reis, nasceu cerca de 1725 e casou a

29.9.1757 em N.ª Sr.ª do Bispo, Matriz de Montemor-o-Novo com

Francisca Maurícia de Oliveira, nascida em N.ª Sr.ª do Bispo, Mon-

temor-o-Novo, filha de António das Neves e de Brázia Maria Gon-

çalves. Tiveram quatro filhos (ver Nota 3):

Montemor-o-Novo, Matriz de N. Sra do Bispo, Registo de Casamento:

Em vinte e nove dias do mês de Setembro de 1757 nesta Igreja

Matriz de Santa Maria do Bispo de mandado do Reverendo Senhor

Doutor Juiz dos Casamentos assisti ao matrimónio que in facie

ecclesia por palavras do presente de marido e mulher conforme

manda o Sagrado Concílio Tridentino e Constituições deste Arce-

bispado entre si contraíram António dos Reys, viúvo de Brázia

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24º Cap. - Ramo Reis

Margarida, natural e morador desta vila e Francisca Maurícia de

Oliveira, moça solteira, natural desta freguesia, filha legítima de

António das Neves, natural também desta freguesia e de Brázia

Maria também natural desta vila e desta freguesia, assistiram

como testemunhas que presentes estavam com outras mais pessoas

Filipe Rodrigues Sameyro e António Martins Ferreira, de que fiz

este termo que assinei, dia, mês e era ut supra.

O beneficiado Vicente Rodrigues Sameyro

4 - João de Deus Reis, foi batizado a 7.1.1783 em N.ª Sr.ª do Bispo,

Montemor-o-Novo e casou com Maria Rosa Rodrigues, batizada a

17.5.1779 em São Bento de Ana Loura, Estremoz, filha de António

Rodrigues e de Francisca Maria Figueira, ambos naturais de Arcos,

Estremoz. Tiveram quatro filhos (ver Nota 4):

Montemor-o-Novo, Santa Maria, Matriz, Registo de Baptismo:

Em os sete dias do mês de Janeiro de 1783 em esta Paroquial Igre-

ja de Santa Maria, Matriz, desta vila de Montemor-o-Novo, bapti-

zei e pus os Santos Óleos a João, filho legítimo de António dos

Reys e de Francisca das Neves, ambos naturais desta freguesia,

neto paterno de Manuel Cordeiro, natural de Olivença e de Ângela

Maria, natural desta freguesia, neto materno de António das Neves

e de Brázia Maria, ambos naturais desta freguesia, é o segundo

deste nome e segundo matrimónio da parte dos pais. Foram padri-

nhos Jerónimo dos Reys e Joana Ignácia, em fé de que fiz este ter-

mo, dia, mês, ano ut. supra.

O Cura João da Roza

Estremoz, Registo de casamento:

Aos vinte e três dias de Setembro de 1799 nesta Igreja de Stº André

da vila de Estremoz, feitas as diligências do estillo na forma do

Sagrado Concílio Tridentino e Constituições deste Arcebispado,

por Mandado e Licença do Reverendo Juiz dos Casamentos, na

presença de mim Pároco, contraíram o Sacramento do Matrimónio

João de Deos, filho de António dos Reis e de Francisca Maria,

natural da Matriz da vila de Montemor-o-Novo, com Maria Roza,

filha de António Rodrigues e de Francisca Maria, natural da fre-

guesia de São Bento de Ana Loura, termo desta vila, ambos soltei-

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ros e moradores desta freguesia de Stº André. Foram testemunhas

Manuel Fragozo Amado de Brito Cavalinho, cadete do Regimento

que guarnece esta Praça e José António Pinto, soldado do mesmo

Regimento e moradores desta freguesia, em fé de que fiz este termo

que comigo assinaram.

O Pároco Fr. Francisco António Cordeiro

5 - 1 - José Maria Reis, batizado em N.ª Sr.ª do Bispo, Montemor-o-

Novo a 13.11.1820, nasceu a 1.11.1820, lavrador e proprietário de

várias herdades em Montemor o Novo: Amoreira de Cima, Gilbla-

ceira, Sancha Cabeça, Telheiro de Sta Margarida e Carrola, Arra-

nhadouro Corta Rabos de Cima, Olheiros e Abreus, Sobral dos

Ricos e de muitas fazendas e, olivais. Faleceu em 1892. Casou com

Maria José do Carmo, nascida em S. Mateus, Montemor-o-Novo a

28.10.1811, filha de Narciso Luís, nascido em 1774 e de Ana Gertrudes,

nascida em 1778. Tiveram dois filhos:

Ver Nota 3 – Outros filhos de 4 – João de Deus Reis e de Maria

Rosa Rodrigues:

Montemor-o-Novo, St.ª Maria do Bispo, Registo de Batismo

Aos treze dias do mês de Novembro de 1820, nesta Paroquial Igre-

ja de Stª Maria do Bispo, Matriz desta vila de Montemor-o-Novo,

baptizei e pus os Santos Óleos a José, filho legítimo de João de

Deos Reys, natural desta freguesia Matriz e de Maria Roza, natu-

ral da freguesia de Stº André da vila de Estremoz, neto paterno de

António dos Reys e de Francisca Maurícia, ambos naturais desta

freguesia Matriz, neto materno de António Rodrigues e de Francis-

ca Maria, naturais da freguesia dos Arcos da vila de Estremoz,

nasceu em o primeiro dia do corrente e é o primeiro de nome e

primeiro matrimónio de ambos. Foi padrinho Ângelo José Nevi,

Tabelião de Notas, morador na rua Direita, de que fiz este termo

que assinei dia, mês e ano,ut. supra.

O Pároco Joaquim José Gião

6.1- 11 - Feliciano do Carmo Reis, batizado a 24.4.1848, nasceu a

8.4.1848, lavrador e proprietário das herdades de Gilblaceira, Amo-

reira de Cima, Pinheiro, Picote, Quinta do Pinheiro, olivais e fazendas.

Foi Vereador da Câmara e do Concelho Municipal de Montemor-o-

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Novo. Casou com Maria José de Mira, sem descendência. VER

FOTO.

Montemor-o-Novo, S. Matheus, Registo de batismo

Aos vinte e quatro dias do mês de Abril de 1848 nesta Paroquial

Igreja de S. Matheus, termo da vila de Montemor-o-Novo, baptizei

solenemente e pus os Santos Óleos a Feliciano, que nasceu a oito

do mesmo mês, filho legítimo de José Maria Reis, natural da

Matriz de Montemor-o-Novo, e Maria José, desta de S. Mateus,

neto paterno de João Reis, da Matriz de Montemor-o-Novo e

Maria Rosa, de S. Bento, termo de Estremoz, e materno de Narciso

Luís e Anna Gertrudes, desta de S. Matheus, hé o primeiro de nome

e primeiro matrimónio de ambos. Foi padrinho Feliciano do Car-

mo e tocou com a prenda de N.ª Sr.ª da Vizitação Joaquim José,

ambos tios maternos do recém-baptizado e assistentes nesta fre-

guesia, e para o constar fiz este termo que assinei em dia, mês e

anno ut. supra.

O pároco José António das Dôres Correia

Feliciano do Carmo Reis teve de Rosalina Augusta, nascida cerca

de 1860, quatro filhos:

7.1 - 111 - José Feliciano do Carmo Reis, nasceu a 10.5.1886 na

Amoreira de Cima, Montemor-o-Novo e faleceu a 7.2.1951 em

Montemor-o-Novo. Casou com Custódia de Jesus Carvalho, nasci-

da em S. Cristóvão, Montemor-o-Novo a 21.6.1890, filha de João

Vicente Alves de Carvalho, nascido a 31.1.1866 e de Maria José de

Jesus Cartaxo, nascida a 24.9.1869. Tiveram sete filhos.

A sua descendência segue em no 4º Cap., ramo S. Cristóvão, 341.

7.2 - 112 – Feliciano do Carmo Reis Júnior, nasceu em Giblacira,

N.ª Sr.ª da Vila, Montemor-o-Novo a 13.6.1889 e faleceu em 1960

em Montemor-o-Novo, proprietário e lavrador da herdade da her-

dade da Amoreira de Cima, casou com Maria da Conceição de Car-

valho Alface, nascida em Montemor-o-Novo 27.10.1889 e falecida

em 1917. VER FOTOS. Tiveram três filhos:

Nota: Feliciano do Carmo Reis Júnior, casou 2ª vez com a sua

cunhada Maria Feliciana Alface, nascida cerca de 1905 e falecida em

Agosto de 1993. VER FOTO. Tiveram uma filha que faleceu criança.

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24º Cap. - Ramo Reis

8.1 - 1121 - Feliciano José Alface Reis, nasceu a 13.11.1921, Médi-

co Veterinário, forcado fundador do Grupo de Montemor, casou

com Maria de Lourdes Romeiras Pascoal, nascida a 8.5.1922 em

Montemor-o-Novo, filha de Raul Octávio Pascoal e de Eugénia

Varela Romeiras. VER FOTOS. Tiveram quatro filhas:

Nota: Feliciano José Alface Reis casou 2ª vez com Alexandra

Saraiva, sem descendência.

9.1 - 1121.1 - Maria da Conceição Pascoal Reis, nasceu a

24.7.1950, licenciada em História com o Mestrado de Culturas

Regionais Portuguesas, casou com Henrique Manuel Ribeiro da

Silva Barnabé. Tiveram um filho:

10.1 - 1121.11 - Nuno Alberto Reis Barnabé, nasceu a 12.9.1976

em Évora.

Maria da Conceição Pascoal Reis casou 2ª vez com João Ranita

Nazaré, nascido a 3.4.1936 em Portalegre, Professor Universitário,

sem descendência.

9.2 - 1121.2 - Maria José Pascoal Reis, nasceu a 16.4.1952, Médi-

ca, casou com António Manuel Correia Pires. Tiveram um filho:

10.1 - 1121.21 - António Manuel Reis Pires, nasceu a 2.7.1981 em

Évora.

Casou 2ª vez com Francisco Barata, natural de Angola, Médico

Cirurgião, sem descendência.

9.3 - 1121.3 - Maria de Lurdes Pascoal Reis, licenciado em Econo-

mia, nasceu a 12.10.1953, Mestra em Valorização do Património

Cultural, casou com João Manuel Aleixo Vacas de Carvalho, nasci-

do a 30.1.1943 em Montemor-o-Novo. Tiveram quatro filhos.

A sua descendência segue no 8º Cap., ramo Vacas de Carvalho,

347.4.

9.4 - 1121.4 - Maria Helena Pascoal Reis, nasceu a 2.7.1958, licen-

ciada em Matemáticas, casou com João Eduardo Morais Gomes

Rabaça, nascido a 12.1.1958 em Lisboa, licenciado em Biologia,

Professor Universitário. Tiveram uma filha:

10.1 - 1121.41 - Joana Reis Morais Rabaça, nasceu a 19.7.1992 em

Évora.

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8.2 - 1122 - Maria José Alface Reis, nasceu a 5.12.1917 no monte

de Giblacira, Montemor-o-Novo e faleceu a 24.10.2001 em Évora.

Casou a 30.12.1962 em Fátima com Adriano Eugénio dos Santos,

sem descendência. VER FOTO.

8.3 - 1123 - Gertrudes Alface Reis, nasceu a 20.10.1920 em Mon-

temor-o-Novo e faleceu a 4.7.1993 em Évora. VER FOTO.

7.3 - 113 - Ana Gertrudes Reis, nasceu a 25.10.1889 na Amoreira

de Cima, Represa, Montemor-o-Novo, casou a 29.9.1910 com

João Manuel da Veiga Malta, nascido a 6.5.1881 em N.ª Sr.ª do

Bispo, Montemor-o-Novo, lavrador, criador de toiros e proprietá-

rio, Presidente da Câmara de Montemor-o-Novo, cavaleiro tauro-

máquico amador, falecido a 11.4.1959. VER FOTOS. Tiveram 5

filhos:

8.1 - 1131 - Francisco Manuel Reis Malta, nasceu a 12.1.1912 em

N.ª Sr.ª da Vila, Montemor-o-Novo, lavrador e proprietário da

herdade da Parreira, Cibôrro, Montemor-o-Novo e faleceu a

15.1.1971 em Lisboa. Casou com Maria Elvira Fernandes de Cas-

tro, nascida a 10.11.1917, co-proprietária da herdade do Gradil,

Cabrela. Tiveram duas filhas.

A sua descendência segue no 19º Cap., ramo Castro, 161.

8.2- 1132 - Verdiana Rosa Reis Malta, nasceu a 25.10.1913 em N.

Sra da Vila, Montemor-o-Novo e casou com José Nunes Vacas,

nascido a 4.7.1908 em S. Mateus, Médico, Presidente da Câmara

de Montemor-o-Novo e Proprietário Agrícola. Tiveram doze filhos.

A sua descendência segue no 18º Cap., ramo Malta Vacas, 23.

8.3 - 1123 - Feliciano Reis Malta, nasceu em 1916 em N.ª Sr.ª da

Vila, Montemor-o-Novo e faleceu em 1934, solteiro, sendo estu-

dante.

8.4 - 1124 - Simão Luís Reis Malta nasceu a 22.5.1920 em Mon-

temor-o-Novo e faleceu a 19.5.1996 num acidente em Montemor-

o-Novo, lavrador, cabo fundador do Grupo de Forcados de Mon-

temor em 1939. Casou com Maria Helena Morgado Palhavã, nas-

cida a 13.3.1927 em Cabrela, proprietária da herdade dos Cofenos.

Tiveram uma filha.

A sua descendência segue no 12º Cap., ramo Morgado, 5.11.

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24º Cap. - Ramo Reis

8.5 - 1125 - João Manuel Reis Malta, nasceu a 24.6.1922 em N.ª

Sr.ª da Vila, Montemor-o-Novo, Médico-Veterinário, proprietário

e lavrador da herdade de João Paes, Vereador da Câmara de Mon-

temor-o-Novo, forcado fundador do Grupo de Forcados de Mon-

temor. Casou a 5.5.1948 em S. Geraldo com Mariana Leonor de

Jesus Freixo. Tiveram uma filha.

7.4 - 114 - João do Carmo Reis, nasceu cerca de 1892 em Monte-

mor-o-Novo. Casou com Susana Taborda Falcão sem descendên-

cia. Faleceu em Montemor-o-Novo.

Feliciano do Carmo Reis teve ainda de Inocência N. dois filhos:

7.5 - 115 - Feliciano José do Carmo Reis

7.6 - 116 - Camilda Reis

6.2 - 12 - Maria do Rosário Reis, nasceu em 1845 e casou com

José António Pereira, nascido em 1840, lavrador e proprietário da

herdade da Casa Branca em Montemor-o-Novo. Foi proprietária

das herdades de Corta Rabos de Cima, Aranhadouro, Sobral dos

Ricos, Telheiro de Santa Margarida, Carrola e Sancha Cabeça.

Tiveram três filhos:

7.1 - 121 - Gertrudes Maria Pereira Reis, nasceu em 1875 e fale-

ceu em 1909. Casou com Leopoldo Augusto César Carvalho

Sameiro, nascido em 1874 e falecido em 1940, licenciado em

Direito (U.C.), Conservador do Registo Civil e Advogado. Tive-

ram duas filhas.

7.2 - 122 - Hipólito José Pereira Reis, nasceu em 1877, lavrador,

proprietário e Vereador da Câmara de Montemor-o-Novo de 1901

a 1906. Casou com Joana Maria Correia de Castro, nascida em

1877 e falecida em 1958, filha de Francisco António Correia de

Castro, nascido em 1828 e de Maria Joana Calção, batizada em

29.12.1850. Tiveram dois filhos.

A sua descendência segue no 19º Cap., ramo Castro, 13.

7.3- 123 - João José Pereira Reis, nasceu a 20.5.1878 em Monte-

mor-o-Novo, proprietário e lavrador da herdade de Sancha Cabe-

ça, S. Mateus. Foi Vereador da Câmara de Montemor-o-Novo.

Casou com Efigénia da Conceição Caldas de Lemos Lopes Tava-

res, nascida a 4.11.1883, proprietária da herdade de Mata-Ladrões,

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24º Cap. - Ramo Reis

filha de Joaquim José Lopes Tavares, nascido a 8.6.1850 e de Isa-

bel Maria Caldas de Lemos, nascida a 3.5.1862. Tiveram quatro

filhos:

8.1 - 1231 - Maria Carolina Lopes Tavares Pereira Reis, natural da

Matriz de Montemor-o-Novo, casou a 26.7.1924 em Montemor-o-

Novo José Valério Nunes, nascido a 9.6.1902 no monte da Relva

de Cima em Safira.

A sua descendência segue no 14º Cap., ramo Lecas-Nunes, 34.

8.2 - 1232 - Efigénia Lopes Tavares Pereira Reis, natural de Mon-

temor-o-Novo, casou com João Coelho da Costa, natural do

Redondo, com descendência.

8.3 - 1233 - Isabel Lopes Tavares Pereira Reis, nasceu em Monte-

mor-o-Novo, proprietária da herdade de Sancha Cabeça. Casou

com Manuel Vidigal de Oliveira, licenciado em Direito e Notário,

com descendência.

8.4 - 1234 - João José Pereira Reis Júnior, nasceu a 7.4.1916 em

Montemor-o-Novo, Engenheiro Silvicultor, proprietário da herda-

de de Mata-Ladrões, Técnico do Ministério dos Negócios Estran-

geiros e da Secretaria Geral da FAO, casou com Gertrudes Maria

Martins Romão, proprietária da herdade de Corta-Rabos de Cima,

com descendência.

NOTA 1 – Outros filhos de 1 - Manuel Cordeiro e Joana Rodrigues:

- João Cordeiro, batizado a 15.10.1684 em n.ª Sr.ª das Ciladas,

Vila Viçosa.

NOTA 2 – Outros filhos de 2 - Manuel Cordeiro e Ângela Maria

Rodrigues:

- Ângela Cordeiro, batizada a 30.12.1717 em St.ª Maria do Bispo,

Matriz de Montemor-o-Novo.

- Luís Cordeiro, batizado a 16.9.1720 em St.ª Maria do Bispo,

Matriz de Montemor-o-Novo.

NOTA 3 – Outros filhos de 3 – António José dos Reis e de Fran-

cisca Maurícia de Oliveira:

- José Joaquim dos Reis, casou com Maria Felizarda natural da

freguesia de S. Salvador (Matriz) das Alcáçovas. Tiveram uma

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24º Cap. - Ramo Reis

filha, Maria dos Reis, batizada a 18.8.1816 na Matriz de Monte-

mor-o-Novo.

- Jerónimo dos Reis, batizado a 29.4.1800 em Sta. Maria do Bispo

(Matriz) de Montemor-o-Novo, tendo como padrinhos António

Joaquim Freire de Villalobos e Vasconcellos e Thomaz Francisco

Perdigão.

- Flamínio Ignácio dos Reis, natural da Matriz de Montemor-o-

Novo, casou com Ana Perpétua. Tiveram um filho, José dos Reis,

batizado em 1806 na Matriz de Montemor-o-Novo.

NOTA 4 – Outros filhos de 4 – João de Deus Reis e de Maria

Rosa Rodrigues:

- João dos Reis, batizado em 1810 em N.ª Sr.ª dos Bispo, Matriz

de Montemor-o-Novo.

- António dos Reis, batizado a 20.1.1818 em N.ª Sr.ª do Bispo,

Matriz de Montemor-o-Novo.

- Joaquim Reis, natural da freguesia de St.º André, Estremoz,

casou a 27.11.1827 em Safira, Montemor-o-Novo, com Francisca

Herculana, filha de José Anacleto, natural de Évora e de Margari-

da Rosa, natural de Santarém.

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Feliciano do Carmo Reis

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José Feliciano do Carmo Reis e sua

mulher, Custódia de Jesus Carvalho

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112 – Feliciano do Carmo Reis Júnior

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Maria da Conceição de Carvalho Alface

112 Montemor-o-Novo, S. Mateus, torneio de tiro aos pratos em 1955:

António Manuel Padeira Nunes, o autor, Feliciano do Carmo Reis

Júnior, Manuel Nunes, António Marques dos Santos e Virgílio Palhavã

de Almeida

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Maria Feliciana Alface

1121 – Feliciano José Alface Reis

1121 - Maria de Lourdes Romeiras Pascoal e seus irmãos, Maria

Helena, Raul e Eugénia

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1121

Feliciano José Alface Reis e sua

mulher, Maria de Lourdes

Romeiras Pascoal

1122

Maria José Alface Reis

1123

Gertrudes Alface Reis

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Ana Gertrudes Reis e seu marido, João Manuel da Veiga Malta

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História

Aquisição da propriedade e a transmissão do património na

família Reis

Informação colhida do livro da Dr.ª Maria da Conceição Reis, “O

Monte Alentejano – a transformação no século XX”, editado pela

Associação de estudos Rurais da Universidade Nova de Lisboa,

escrito com a colaboração da autora:

A propriedade e monte da Amoreira de Cima, a escassos cinco km

de Montemor-o-Novo, pertencem, ainda hoje, à família Reis. Foi

adquirida pelo bisavô dos proprietários, José Maria Reis, o qual

tendo comprado em primeiro lugar o “domínio útil” a Francisco

António Gião em 1866, adquiriu depois em 1869 o “domínio

directo” aos Marqueses de Alvito.

Quer isto dizer que existiam dois direitos sobre a mesma proprie-

dade: o dos Marqueses de Alvito, uma vez que a herdade fazia

parte dos bens vinculados à sua família e que constitui o chamado

domínio eminente e o direito que era adquirido através da enfiteu-

se, que era o direito de propriedade útil, ou seja, de exploração.

O primeiro enfiteuta vendeu, em 1866, o dito “domínio útil”a José

Maria Reis, por cinco contos de réis, e a 13 de Fevereiro de 1869

foram pagos aos Marqueses mais cinco mil quinhentos e cinquen-

ta e dois escudos pela posse plena da propriedade.

José Maria Reis era, certamente, de origem humilde. Diz no seu

segundo testamento ser filho de João de Deus Reis e de Maria

Rosa. Maria Rosa era de Estremoz e João de Deus Reis ou Reys,

como aparece nos documentos mais antigos, era de Montemor, tal

como o seu pai António dos Reys, o primeiro a usar este apelido

Reys. Com efeito, este ultimo, avô de José Maria, era filho de

Manuel Cordeiro, de Vila Viçosa, o qual casou em Montemor-o-

Novo a 23.9.1716 com Ângela Maria Rodrigues natural desta

localidade. Não sabemos porque tinha o apelido Reys, sendo a

explicação mais plausível ter nascido ou ter sido batizado no dia

de Reis, uso comum nessa época. Na família Carvalho existe um

apelido Reis assim obtido, tal como no ramo Mendes um inespe-

rado apelido Santos por nascimento no dia e Todos os Santos.

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José Maria Reis desde 1855, quando contava 35 anos de idade,

vende “quinhões” impostos sobre herdades, compra e vende casas,

arrenda olivais e herdades e compra sobretudo herdades. Foi uma

pessoa considerada pelo grande património que constituiu.

Este era formado pelas seguintes herdades, todas do concelho de

Montemor-o-Novo: Giblacira, (esta herdade tem, nos documentos

mais antigos do concelho, o nome de Javalicira, adquirida por

José Maria Reis a 21.7.1865), Sancha Cabeça, Amoreira de Cima,

Capelinha, Arranhadouro, Abreus, Corta-Rabos, Barradas, Sobral

e Carrola.

Calculamos que de todas estas herdades a que valia mais era a

Amoreira de Cima. No arrendamento que fez em 1880 ao seu

filho, recebia por ela o dobro da renda de qualquer das outras: 300

mil reis na altura.

Vejamos como se processou a transmissão do seu património.

José Maria Reis tinha dois filhos de seu casamento: Feliciano, de

nome completo Feliciano do Carmo Reis, e Maria do Rosário. Em

1880, quando tinha 60 anos de idade, faz um arrendamento, por

20 anos, das herdades que possuía ao filho Feliciano, na altura

com 33 anos e que o acompanhava na lavoura.

Feliciano do Carmo Reis era residente na herdade da Amoreira de

Cima, mas o seu pai tinha a residência na fazenda do Estanco, na

herdade de Sancha-Cabeça e também na vila de Montemor-o-Novo.

Em 1891, um ano antes de falecer, José Maria fez o seu segundo e

ultimo testamento. Deixa aos seus filhos legítimos as duas terças

dos seus bens e a terça a Filipe e Maria, os dois filhos não perfi-

lhados. Em 1895, dando cumprimento ao testamento, os herdeiros

legítimos partilharam, ficando Feliciano do Carmo Reis com a

herdade da Amoreira de Cima e Capelinha, e Maria do Rosário

com as herdades de Sancha Cabeça e Arranhadouro.

Feliciano do Carmo Reis foi um grande lavrador mas teve uma

vida privada irregular. Separou-se da mulher, Maria José de Mira

não tendo tido filhos do casamento. Teve depois seis filhos, mas

só reconheceu três, sendo este filhos de Rosalina Augusta com

quem viveu a maior parte dos seus dias no monte da Amoreira de

Cima. Era eles José, Ana e Feliciano (Júnior). Teve ainda de

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Rosalina Augusta um outro filho, João, que recebeu 50 contos do

pai, estudou e empregou-se em Lisboa, afastado da agricultura.

Teve ainda mais dois filhos e outra mulher, Inocência, que foram

Feliciano José do Carmo Reis e Camilda.

Os dois irmãos José e Feliciano do Carmo Reis Júnior integraram-

se na estrutura da lavoura do seu pai. José, o mais velho, assumia

funções de administração “andava a cavalo de herdade em herda-

de, a ver como as coisas corriam”, Feliciano era “o homem das

lavouras, das sementeiras, que tomava a seu cargo a organização

das searas”.

Feliciano do Carmo Reis faleceu em 9 de Novembro de 1922 e

deixou as herdades aos seus filhos: a herdade de Giblacira a José

Feliciano e a herdade da Amoreira de Cima a Feliciano Júnior.

Sendo a irmã Ana Gertrudes casada com um grande lavrador, João

Manuel da Veiga Malta, pode dar tornas aos seus irmãos para

ficar com outras herdades do seu pai, o Pinheiro e o Picote.

As duas principais herdades, Giblacira e a Amoreira de Cima,

hoje divididas, ainda são propriedade dos descendentes Reis.

Cordeiros das Cyladas de Vila Viçosa

(por João Baptista Malta)

Coexistiam na freguesia das Cyladas, pertencendo ao concelho de

Vila Viçosa, várias pessoas de apelido Cordeiro, na época de

Manuel Cordeiro, o primeiro desta linha genealógica que lá nas-

ceu, viveu e faleceu ainda novo em 1684.

Se os assentos paroquiais contivessem mais informações, como

sucedeu nos séculos posteriores, certamente que agruparíamos

estas pessoas em parentescos muito chegados. Uma dessas famí-

lias Cordeiro foi mais conhecida por ter descendência próxima

que recebeu mercês nobiliárquicas. Assim: Isabel Cordeira, faleci-

da em 1703, lavradora com seu marido António Lourenço, faleci-

do em 1701, da herdade de Sancha Gracia, foram pais de Brites

Cordeira, batizada a 27.7.1672 na mesma freguesia das Cyladas e

mulher do capitão Francisco Rodrigues de Mattos, este batizado

em 1669 em St.º António doa Arcos e falecido no ano de 1745 nas

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Cyladas. Deste casal foi filho o Capitão Manuel Álvares Cordei-

ro, lavrador em St.º António dos Arcos e avô materno com sua

mulher Rosa Micaella de Joaquim José Cordeiro de Mattos Zagal-

lo, Juiz e Vereador em Estremoz. Familiar do Santo Ofício, Fidal-

go de Cota de Armas em 1775, tendo recebido carta de brazão de

Zagallos, Silvas, Mattos e Cordeiros, estas ultimas provenientes

sem dúvida da sua ascendência Cordeiro agora descrita.

Na maioria das cartas de brasão as testemunhas só atestavam que

o requerente, seus pais e avós viviam nobremente e eram das anti-

gas famílias dos apelidos, sendo esta afirmação muito vaga, pois

não sabiam exatamente para trás desses avós, se eles entroncavam

nas famílias dos apelidos ou não.

Não se tem qualquer certeza da ascendência remota destes Cordei-

ros das Cyladas, conhecendo-se que foram lavradores alentejanos,

portanto com estatuto compatível com o estado de viver à lei da

nobreza e assim eles receberam do Rei as armas dos Cordeiros;

daí em diante têm todo o direito histórico a usá-las. Seria Manuel

Cordeiro, o antepassado da família Reis, irmão ou primo de Isabel

Cordeira, ascendente de Joaquim José Cordeiro de Mattos Zagal-

lo? Estas hipóteses são cronologicamente possíveis na família

Cordeiro e se percorrermos os livros de Batismo das Ciladas

encontramos muitos batizados com nomes de Manuel e Isabel.

A informação que aqui se apresenta poderá servir para um futuro

esclarecimento, encontradas que sejam outras fontes.

Bibliografia:

Principalidade por Nuno Doupiás d’Alcochete

Noticias Genealógicas da família Zagallo, por M.C.R., Évora, sem

data.

Nobiliário de famílias de Portugal - Felgueiras Gaio, Titulo Zagallos.