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Simp.TCC/ Sem.IC.2017(12);2026-2036 2026 GESTÃO AMBIENTAL CONTRIBUIÇÃO DA HORTA COMUNITÁRIA PARA A AGRICULTURA URBANA COMMUNITY GARDEN CONTRIBUTION FOR URBAN AGRICULTURE ALRINEIDE GOMES DE OLIVEIRA LUIS CARLOS SPAZIANI Resumo A prática do cultivo da horta comunitária se diferencia pelo plantio de alimentos diversos dentro de uma comunidade. Com esse tipo de iniciativa, se pode alcançar muitos ganhos; como a produção de alimentos orgânicos, sem agrotóxicos, garantindo uma alimentação saudável, gerando empregos e melhorando o relacionamento dos moradores; fazendo com que vivam harmoniosamente com o meio ambiente, dessa forma o objetivo dessa pesquisa é conscientizar e estimular a sociedade que mesmo sem recursos financeiros, disponibilidade de tempo, espaço e materiais sofisticados, ressalta-se que se tem o intuito a ampliação da horta em na rua, na quadra e em sua comunidade como um todo gerando economia de renda, conscientização do plantio e colheita, educação ambiental e alimentação saudável, para o desenvolvimento desse estudo a metodologia aplicada foi a pesquisa bibliográfica utilizando o relatório de pesquisa da EMATER-DF Empresa de assistência técnica e extensão rural, a pesquisa está dividida em duas fases, a primeira buscou levantar os tipos de hortas e sua característica, enquanto a segunda foi trazer a horta como benefício para todos, compartilhando experiências e convivências com sua comunidade, conclui-se, assim que criar a horta comunitária permite ao ser humano adquirir alteração nos hábitos alimentares, além de adquiri consciência mais verde. Palavras-Chave: Horta Comunitária; Alimentação Saudável; Cultivo de Horta. Abstract The practice of growing community garden differs by planting various food within a community. With this kind of initiative, can reach many gains; as the production of organic foods without agrochemicals, ensuring a healthy, generating jobs and improving the relationship of the residents; causing them to live harmoniously with the environment, so the goal of this research is to raise awareness and stimulate society that even without financial resources, availability of time, space and sophisticated materials, it is possible to give life to a garden full of creativity, bonus, health and return, smart move is to create, grow and have a vegetable garden, points out that it is intended to expand the garden in the street, on the Court and in your community as a whole generating income economy, planting and harvesting awareness, education environmental and healthy eating, to the development of this study the methodology applied was the literature search using the research report of the EMATER-DF Company technical assistance and rural extension, the research is divided into two phases, the first sought raise the kinds of vegetable gardens and your feature, while the second was to bring the garden as a benefit to all, sharing experiences and shared with your community, concluded, as soon as you create the community garden allows the human being to acquire change in habits food, in addition to purchasing more green consciousness. Keywords: Community Garden; healthy eating; cultivation of vegetable garden. INTRODUÇÃO A natureza sempre esteve próxima a técnica de sobrevivência do humano, e ainda com o passar do tempo, ele continua precisando se adaptar ao meio ambiente. (Roudart, 2010). A agricultura é a mais antiga na arte de cultivo da terra, tanto quanto a existência da espécie humana. Assim, o objetivo desse trabalho é conscientizar e estimular a sociedade que mesmo sem recursos financeiros, disponibilidade de tempo, espaço e materiais sofisticados, faz-se possível uma pessoa que use sua criatividade, dê vida a uma horta cheia de gratificação, retorno e saúde. Para compreender toda cultura de cultivo, se faz um breve relato histórico. Surgimento da agricultura na Bíblia De acordo com o livro Bíblia Sagrada, Deus foi o grande criador de todas as espécies de animais e plantas. E plantou o Senhor Deus um jardim no Édem, da banda do Oriente... (Gn 2:8). E o Senhor Deus fez brotar da terra toda árvore agradável à vista e boa para comida... (Gn 2:9). E saia um rio do Édem para regar o jardim; e dali se dividia e se tornava em quatro braços, (Gn. 2:10). O nome do primeiro é Pisom... (Gn 2:11). E o nome do segundo rio é Giom... (Gn 2:13). E o nome do terceiro rio é Tigre; este é o que vai para a banda do Oriente da Assíria; e o quarto rio é o Eufrates (Gn 2:14). Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Édem para cultivar e o guardar (Gn 2:15) (Bíblia, 1976). A agricultura teve seu início no Éden, visto que Adão, depois de ser criado por Deus, foi colocado no jardim para que o cultivasse e tomasse conta dele. Entretanto, devido à infidelidade do primeiro casal humano, não aconteceu uma ampliação do Paraíso; ao contrário, o solo passou a estar sob a maldição de Deus. E o homem passou a trabalhar para ganhar do solo o seu sustento. (Bíblia, 1976) “...Abel foi pastor de ovelhas, e Caim foi lavrador da terra (Gn 4:2). ” (Bíblia, 1976) Com o passar do tempo Adão e Eva tiveram os seus primeiros filhos, que herdarão toda habilidade que seus pais lhes passariam. Também dá para se notar que a criação de animais domésticos se teve junto com o cultivo do solo e a produção de safras. (Bíblia, 1976) Para a Ciência Evolução da agricultura De acordo com os estudos científicos o surgimento da espécie humana se aproximadamente de 3 e 1 milhão de anos atrás.

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Simp.TCC/ Sem.IC.2017(12);2026-2036 2026

GESTÃO AMBIENTAL CONTRIBUIÇÃO DA HORTA COMUNITÁRIA PARA A AGRICULTURA URBANA

COMMUNITY GARDEN CONTRIBUTION FOR

URBAN AGRICULTURE

ALRINEIDE GOMES DE OLIVEIRA LUIS CARLOS SPAZIANI

Resumo A prática do cultivo da horta comunitária se diferencia pelo plantio de alimentos diversos dentro de uma comunidade. Com esse tipo de iniciativa, se pode alcançar muitos ganhos; como a produção de alimentos orgânicos, sem agrotóxicos, garantindo uma alimentação saudável, gerando empregos e melhorando o relacionamento dos moradores; fazendo com que vivam harmoniosamente com o meio ambiente, dessa forma o objetivo dessa pesquisa é conscientizar e estimular a sociedade que mesmo sem recursos financeiros, disponibilidade de tempo, espaço e materiais sofisticados, ressalta-se que se tem o intuito a ampliação da horta em na rua, na quadra e em sua comunidade como um todo gerando economia de renda, conscientização do plantio e colheita, educação ambiental e alimentação saudável, para o desenvolvimento desse estudo a metodologia aplicada foi a pesquisa bibliográfica utilizando o relatório de pesquisa da EMATER-DF Empresa de assistência técnica e extensão rural, a pesquisa está dividida em duas fases, a primeira buscou levantar os tipos de hortas e sua característica, enquanto a segunda foi trazer a horta como benefício para todos, compartilhando experiências e convivências com sua comunidade, conclui-se, assim que criar a horta comunitária permite ao ser humano adquirir alteração nos hábitos alimentares, além de adquiri consciência mais verde. Palavras-Chave: Horta Comunitária; Alimentação Saudável; Cultivo de Horta. Abstract The practice of growing community garden differs by planting various food within a community. With this kind of initiative, can reach many gains; as the production of organic foods without agrochemicals, ensuring a healthy, generating jobs and improving the relationship of the residents; causing them to live harmoniously with the environment, so the goal of this research is to raise awareness and stimulate society that even without financial resources, availability of time, space and sophisticated materials, it is possible to give life to a garden full of creativity, bonus, health and return, smart move is to create, grow and have a vegetable garden, points out that it is intended to expand the garden in the street, on the Court and in your community as a whole generating income economy, planting and harvesting awareness, education environmental and healthy eating, to the development of this study the methodology applied was the literature search using the research report of the EMATER-DF Company technical assistance and rural extension, the research is divided into two phases, the first sought raise the kinds of vegetable gardens and your feature, while the second was to bring the garden as a benefit to all, sharing experiences and shared with your community, concluded, as soon as you create the community garden allows the human being to acquire change in habits food, in addition to purchasing more green consciousness. Keywords: Community Garden; healthy eating; cultivation of vegetable garden. INTRODUÇÃO

A natureza sempre esteve próxima a técnica de sobrevivência do humano, e ainda com o passar do tempo, ele continua precisando se adaptar ao meio ambiente. (Roudart, 2010).

A agricultura é a mais antiga na arte de cultivo da terra, tanto quanto a existência da espécie humana.

Assim, o objetivo desse trabalho é conscientizar e estimular a sociedade que mesmo sem recursos financeiros, disponibilidade de tempo, espaço e materiais sofisticados, faz-se possível uma pessoa que use sua criatividade, dê vida a uma horta cheia de gratificação, retorno e saúde.

Para compreender toda cultura de cultivo, se faz um breve relato histórico.

Surgimento da agricultura na Bíblia

De acordo com o livro Bíblia Sagrada, Deus foi o grande criador de todas as espécies de animais e plantas. E plantou o Senhor Deus um jardim no Édem, da banda do Oriente... (Gn 2:8). E o Senhor Deus fez brotar da terra toda árvore agradável à vista e boa para comida... (Gn 2:9). E saia um rio do Édem para regar o jardim; e dali se dividia e se tornava em quatro braços, (Gn. 2:10). O nome do primeiro é Pisom... (Gn 2:11). E o nome do segundo rio é

Giom... (Gn 2:13). E o nome do terceiro rio é Tigre; este é o que vai para a banda do Oriente da Assíria; e o quarto rio é o Eufrates (Gn 2:14). Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Édem para cultivar e o guardar (Gn 2:15) (Bíblia, 1976).

A agricultura teve seu início no Éden, visto que Adão, depois de ser criado por Deus, foi colocado no jardim para que o cultivasse e tomasse conta dele. Entretanto, devido à infidelidade do primeiro casal humano, não aconteceu uma ampliação do Paraíso; ao contrário, o solo passou a estar sob a maldição de Deus. E o homem passou a trabalhar para ganhar do solo o seu sustento. (Bíblia, 1976) “...Abel foi pastor de ovelhas, e Caim foi lavrador da terra (Gn 4:2). ” (Bíblia, 1976)

Com o passar do tempo Adão e Eva tiveram os seus primeiros filhos, que herdarão toda habilidade que seus pais lhes passariam. Também dá para se notar que a criação de animais domésticos se teve junto com o cultivo do solo e a produção de safras. (Bíblia, 1976) Para a Ciência Evolução da agricultura

De acordo com os estudos científicos o surgimento da espécie humana se dá aproximadamente de 3 e 1 milhão de anos atrás.

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Simp.TCC/ Sem.IC.2017(12);2026- 2027

Paleolítico: 600.000 até 10.000 a.c. nessa época não se tem vestígio nenhum que indicava a presença de plantas cultivadas. O homem era totalmente dominado pela a natureza, sobrevivia da caça, da pesca e coleta de frutos, semente e raízes. Não tinham ideia do que seria agricultura e nem de criação de animais. Eram nômades e andavam em grupos. (Roudart, 2010 p. 57-66).

Frequentemente, caçadores, pescadores e colhedores se deslocam de acampamento em acampamento, após ter esgotado os recursos da vizinhança. Todavia, em certos lugares privilegiados, ricos em produtos vegetais... (Roudart, 2010 p.66).

Nessa época tinham funções distintas, mulheres eram as responsáveis por coletar frutos e preparar os alimentos, e os homes ficavam responsáveis pela caça e pesca.

Neolítico: Cerca 10.000 até 5.000 a.C. nessa época já se começa a deixar de ser nômades para ser sedentário, ter moradas fixas. Além de ser coletores passa a fazer uso da atividade agrícola, tendo indícios de plantas cultivadas. (Roudart, 2010)

Além dos machados e enxadas que podem fabricar-se pelo polimento de todos os tipos de pedras duras e passíveis de serem afiadas várias vezes, essa época é marcada por outras inovações revolucionárias, como a construção de moradias duráveis, a cerâmica de argila cozida e os primeiros desenvolvimentos da agricultura e da criação. Entre 10.000 e 5.000 anos antes de nossa Era, algumas dessas sociedades neolíticas tinham, com efeito, começado a semear plantas e manter animais em cativeiro, com vistas a multiplicá-los e utilizar-se de seus produtos. Nessa mesma época, após algum tempo, essas plantas e esses animais especialmente escolhidos e explorados foram domesticados e, dessa forma, essas sociedades de predadores se transformaram por si mesmas, paulatinamente, em sociedades de cultivadores (Roudart, 2010,p.69-70).

Com a agricultura homem e mulher mudam suas atividades. Com essas mudanças as mulheres semeavam e preparavam os alimentos. Os homens ficaram fora da produção direta da agricultura ficando com a criação de animais.

Durante o período neolítico as principais áreas agrícolas localizavam-se em: Golfo Pérsio: nos vales dos rios Tigres e Eufrates – Antiga Mesopotâmia e,No vale do rio Nilo – Egito.

Figura:01 Mapa do Período Crescente.

Fonte:Portal de pesquisa temáticas, 2017.

Acredita-se também que a agricultura surgiu em três outras regiões sem ligação com a região do Crescente Fértil.

As primeiras civilizações que se tem conhecimento e registro histórico surgiram nas seguintes regiões: -No Oriente Médio: as margens dos rios Nilo, Tigre e Eufrates. -Na China: as margens dos rios Amarelo e Huang-ho e, -Nas Américas: nos planaltos do México e Peru.

Importância da arte da Agricultura

De acordo com o Livro Bíblia Sagrada a agricultura foi o primeiro ramo da atividade humana, desde Abel que era pastor e Caim agricultor.

Em todos os tempos a agricultura sempre foi considerada como a ocupação mais nobre e mais utilizada pelo ser o humano.

A sociedade onde se vive atualmente tem um certo hábito de apenas ir ao mercado e se fartar dos alimentos que lhes agradam os olhos.

Mônica Brandão nutricionista infantil e da família, afirma que as as comidas enlatadas não devem ser a base da dieta da família e, principalmente das crianças, é melhor uma fruta em caldas do que batata chips em saquinho. (Brandão, 2017)

Não olham de fato com cuidado para os vegetais, verdura, legumes e frutas e sim dá importância na maioria das vezes para a beleza exterior do fruto ou legume.

A maioria de brasileiros vivem com o sabor fictício do sabor natural de cada alimento, talvez a nova geração nem entenda distinção do real gosto que os alimentos tenham, ou melhor sabem nem se há outro paladar.

Felipe Pontes diz que não é só para dar sabor atraente que essas substâncias químicas são criadas. Elas também servem para mascarar o gosto ruim de ingredientes (O ômega 3, um derivado de óleo de peixe e sementes, é horrível) e aprimorar o paladar de enlatados, congelados e comidas desidratadas, já que o processo industrial e de armazenamento tira boa parte das propriedades originais. (Pontes, 2017). A maioria fortalece os bolsos para comercializar cada vez mais o que por nós pode

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Simp.TCC/ Sem.IC.2017(12);2026-2036 2028

ser comprado, contato direto com contaminação e veneno, deparamo-nos com a agrotóxicos. Por isso os consumidores, precisam contar com a grande ajuda de um órgão competente para fazer uma boa fiscalização, e é uma das principais funções da ANVISA. (ANVISA, 2016).

Quando são encontrados riscos para a saúde, uma das ações da Agência é verificar qual ingrediente ativo contribuiu decisivamente para o risco e, assim, proceder às ações mitigatórias, como fiscalização, fomento de ações educativas à cadeia produtiva, restrições ao uso do agrotóxico no campo e, até mesmo, incluir o ingrediente ativo em reavaliação toxicológica. Ou seja, reavaliar a anuência do registro do agrotóxico no país do ponto de vista da saúde. (ANVISA, 2016)

Absurdo viver no status de apenas consumidor, dessa maneira, abri uma grande futura consequência de ser refém por toda vida da indústria convencional, quanto mais tem, mais investimento para a beleza exterior dos vegetais e hortaliças, e por que não criar, buscar a conscientização, projeto de vida alimentar, reinventar, semear, cultivar e ou plantar. É preciso estar de olho sempre na qualidade dos alimentos antes mesmos de chegar na casa do consumidor.

A natureza responde o que os seres humanos fazem a ela, não interessa se é saudável ou não, apenas preocupa-se com a venda, lucro de comércio.

Ressalta-se a necessidade de se apoiar em uma alimentação saudável que não se inicia nos olhos e nem termina no estômago, o que irá matar minha fome e sim, saúde alimentar se resume em trabalhar a mente para ver além do que o marketing mostra.

Consumidor não tem muitas opções e sim, adere a vida de comprar o que os olhos veem, e não o comprar ou cultivar o plantio, unir o útil ao agradável, fome mais criatividade. Mesmo com alguns Órgãos fiscalizando áreas agrícolas, ainda assim não estar sendo o suficiente para impedir a chegada de alimentos com uso excessivo de agrotóxicos nos mercados.

Tem muito a perder com a ingenuidade de o acreditar que tudo que venha da terra é saudável e não necessariamente. Não é bem assim.

O aumento da produção agrícola é igualmente limitado pela poluição. A indústria é frequentemente a responsável, mas, a agricultura, do seu lado, é ao mesmo tempo culpada e vítima. Nas zonas cultivadas de forma intensiva nos países industrializados e em desenvolvimento, a utilização excessiva de fertilizantes produz concentrações de nitrato na água potável que ultrapassam os níveis autorizados e isso pode levar a medidas, que restrinjam o uso de adubo. Da mesma forma, os agrotóxicos são responsáveis por sérios danos, especialmente nos

países em desenvolvimento, com consequências graves para a saúde humana. Além disso, as pragas das culturas tornam-se resistentes a esses produtos. (Embrapa- Uma Agricultura Sustentável para a segurança alimentar mundial- 1998, p. 21).

A diversidade pode está aberta a acontecer na agricultura também, a ideia é que a população venha crescer e se apegar com o saudável, natural, se permitir aprender com a natureza, fruto da terra, plantado e colhido por nossas mãos. Figura 02: horta comunitária orgânica.

Fonte: Portal horta orgânica.

Um dos assuntos importante a ser destacado e que tem relação com o meio ambiente, é a limpeza de espaços que normalmente são destinadas ao acúmulo de lixo e entulhos. A retirada de lixos e promover a limpeza dessas áreas e fazer uso para plantio e outras formas de produção proporcionam o aprimoramento do ambiente local, enfraquecendo a proliferação de vetores das principais doenças e logo controlando endemias e epidemias. E ainda pode contribuir na renda das famílias, produzidos alimentos saudáveis e envolvendo todos de casa e da comunidade, jovens, idosos e crianças. De acordo com Machado e Machado, ( 2002).

Portanto políticas públicas voltadas para o incentivo e a implementação da agricultura urbana podem favorecer e promover o desenvolvimento local das periferias de grandes cidades. Além disso, pelo redirecionamento dos objetivos da comunidade, com ações participativas em todos processos de desenvolvimento, é possível oferecer opções de vida saudável para jovens e crianças, além de gerar empregos e melhorar a qualidade de vida das pessoas idosas ou desempregadas. A produção de alimentos de boa qualidade nutricional e sem agrotóxicos, desenvolvida a custo relativamente baixo, pode contribuir não só para melhorar a qualidade de vida, como também para aumentar a renda familiar. (MACHADO e MACHADO, 2002).

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Simp.TCC/ Sem.IC.2017(12);2026- 2029

Tipos de hortas Muitos não se dão conta, o exercício da

horticultura ampliou a sua ramificação, tendo desde mini hortas até hortas tecnológicas. Os tipos de hortas existentes aumentaram devido a necessidade humana e os estudos realizadas por especialistas do setor agropecuário que cresce a cada dia. Entre muitos tipos de hortas os principais sistemas de cultivos são: Plantio Convencional, Plantio Orgânico e o Plantio Hidropônico. Plantio Convencional

De acordo com Morgan, s.d. esse método é o mais utilizado no mundo, e o cultivo se dá inteiramente na terra, desde pequenas hortas em casa até grandes produções. As plantas retiram do solo os nutrientes que precisam. É preciso fazer uma análise do solo antes de plantar, pois irá facilitar a identificar quais nutrientes estão em falta na terra. Depois em seguida cria-se um plano de adubação no solo para a planta, do início do semeio até a colheita. Essa adubação pode ser conseguida com composto de qualquer origem, sendo mineral, Nitrogênio, fósforo e potássio ou orgânico. Para combater fungos e bactérias no método convencional, os defensivos podem ser químicos, os mais usados pelos agricultores, mas existem também orgânicos ou biológicos.

Figura 03: Plantio de horta convencional.

Fonte: Site horta convencional. Plantio orgânico

É realizado o cultivo direto no solo, mas sem produtos químicos e correspondendo os princípios e métodos da agroecologia, podem ser feito o cultivo em ambientes diversificados em faunas e floras e procurando sempre não prejudicar o solo. As adubações são feitas com matéria orgânica como restos vegetais e esterco além de vegetação seca.

No combate das pragas é feito com métodos alternativos ou biológicos como caldas caseiras e óleos vegetais.

A venda pode ser feita abertamente no local

de produção ou em feiras livres onde não é da certificação. Mas quando a venda é realizada no varejo, em supermercados ou hortifrútis, é necessário o selo de certificação orgânica emitido pelo órgão licenciado pelo ministério da agricultura.

A horta orgânica se caracteriza no cultivo de hortaliças, temperos e ervas medicinais sem o uso de agrotóxicos, e de maneiras ecologicamente correta. Usam técnicas que não causem poluição na terra e nem na água, e que não tenha contaminação nas plantas, nas pessoas que estão cultivando e nem naquelas que vão consumir. (Blog do Sitio online, 2016).

Figura:04 Cultivo orgânico em casa.

Fonte: Portal Hortas Orgãnicas.

De acordo com regulamentação da produção de orgânicos no território nacional conta com amparo legal em conformidade a Lei n° 10.831/2003 e o Decreto nº 6223/ 2007, que dispõem sobre a produção orgânica. A Lei estabeleceu um amplo crescimento sobre o assunto e controle necessários para assegurar ao consumidor a qualidade do produto orgânico. Ela prevê mecanismos de controle para segurança a qualidade orgânica, o que tem dado destaque ao Brasil no cenário internacional a se dá a importância do controle social, em vez de apresentar apenas a certificação por auditoria externa como mecanismo de domínio. (Ministerio Agricultua, 2017).

Recentemente o uso de pequenos espaços é muito aproveitado para plantar verduras, condimentos e, em alguns casos, até algumas espécies de legumes, pois são variados os tipos de hortas existentes para cada tipo de espaço, gosto e finalidade. (Marinho; Clemente; Haber e Carvalho, 2012).

A AU (Agricultura Urbana) produz alimentos de qualidade para segurança alimentar, contribui para o aumento da biodiversidade local devido às várias culturas cultivadas sem utilização de nenhum tipo de agrotóxicos químico sintético no cultivo, os materiais não orgânicos são reaproveitados como materiais na manutenção da

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horta, os resíduos orgânicos são reciclados como adubos em compostagens, os espaços ociosos são melhor aproveitados, onde havia o acúmulo de entulhos, a educação ambiental é fortalecida através da sensibilização e conscientização da população, o desenvolvimento humano é estimulado pela troca de experiências, ocorre a geração de empregos e renda nos locais que visam à produção em escala comercial e contribui para a melhoria da qualidade de vida. (Pereira, 2015p.24). Mini Horta

A pequena horta é muito usada por pessoas que não tem tempo, ou adoram a plantar em casa desde plantas decorativas até as plantas comestíveis. Se faz uso da mesma técnica de uma horta convencional só que menor. O espaço para plantio é pequeno, por isso os cuidados não são grandes e deve ser usado em vasos, vasilhas, caixas e outros que possa colocar uma quantidade ideal de terra para as plantas se desenvolverem. Várias pessoas compram terra e recipientes preparados para este tipo de plantio. Assim é utilizado um espaço pequeno para este tipo de horta. Com essa prática não é preciso ficar comprando alguns condimentos e até verduras para consumo. Figura:05: Mini horta na cozinha.

Fonte :Blog Dicas para mini hortas. Horta Vertical

Mais um exemplo de pequena hortas é a horta vertical, pode ser usada uma pequena área de uma parede seja no quintal, em varandas das casas ou em apartamento, onde a iluminação natural é melhor. Nesse cultivo é utilizado vasos, garrafas pets, cano de pvc, e entre outros, são colocados em pequenos espaços pendurados verticalmente, cada pessoa pode usar sua criatividade. Hoje em dia tem muitos profissionais se dedicando nesse tipo de projeto. Figura 06: Horta Vertical com garrafa pet.

Fonte: Blog Dicas para mini hortas. Hidroponia

De acordo com Silva e Melo (2003), a hidroponia ou hidropônica, termos derivados de dois radicais gregos (hydor, que significa água e ponos, que significa trabalho), ou seja, trabalho da água.

A produção hidropônica é bastante antiga, contudo, somente na década de 30 surgiram melhorias realmente expressivos da hidroponia. Esses avanços se devem ao professor W. F. Gericke da Universidade da Califórnia, que ampliou um sistema hidropônico que pudesse ser usado em grande escala comercial. (Silva,A.P.P/Melo,B., 2003)

A hidroponia continua em expansão, evidentemente, com uma taxa de crescimento menor do que se era esperado. (Manual de Hidroponia, s.d.)

Hidroponia é uma técnica agrícola pela qual não se utiliza o solo, e as plantas são mantidas com as raízes na água, a qual possui nela dissolvidos nutrientes necessário ao seu desenvolvimento (Manual de Hidroponia, s.d.)

Assim pode se ter uma facilidade para a produção de vegetais e hortaliças sem agressão a terra e para produção de alimentos, onde se tem uma deficiência de nutrientes na terra de algumas regiões dos pais. (Manual de Hidroponia, s.d.) Figura 07: Cultivo Hidropônica.

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Simp.TCC/ Sem.IC.2017(12);2026- 2031

Fonte: acervo pessoal da autora. Desenvolvimento tecnológico

Novas práticas desenvolvidas nas ultimas décadas aceitaram um grau de alteração da paisagem, e das culturas jamais registrado antes na história da humanidade. Porém, assim como as ações efetuadas no espaço, as técnicas em si não são um problema, o que há de ser analisado é a finalidade com a qual são utilizadas, ou seja, qual a intenção político e econômico com que são adquiridas.

Com esse sentido, entende-se que a agricultura não nega a seriedade da tecnologia e do cultivo competente. Com tudo estas devem sempre vir seguidas de uma preocupação social e ambiental. Assim devem ser direcionadas para itens que ajudem as pessoas em sua busca pela autonomia. Com equipamentos e produtos mais resistentes, que adaptem maior tempo de uso e produzidos com tecnologias menos degradantes. Dentro desses itens, podem se mencionar automóveis, computadores, pequenos tratores, refrigeradores e aquecedores, mas que esses produtos tenham um uso pelo melhoramento que trazem e não pelo status social que possam acomodar. Com essa visão sobre ciência e tecnologia concorda e dialoga com a seguinte fala de Santos (1991, p.20).

Esse saber permite um conhecimento mais amplo e aprofundado do Planeta, constituindo uma verdadeira redescoberta do mundo e das enormes possibilidades que ele contém, visto ser revalorizada a própria atividade humana. Só falta colocar esses imensos recursos a serviço da humanidade. (Santos, 1991,p.8).

Crise econômica em Atenas

Diante da crise econômica em Atenas, os agricultores sentiram a dificuldade de manter com os produtos de qualidade pelo mesmo preço ou até com menor valor e tendo custo mais alto. Não contentes com a situação, os agricultores fizeram um movimento chamado de “movimento da batata”, onde os agricultores vendiam seus produtos diretamente para os consumidores em protesto, aos preços baixos praticados pelos intermediários compradores. Assim, a crise econômica da época gerou forte desemprego, proporcionando, inclusive, cortes nos serviços públicos prejudicando a segurança, saúde e educação, já no setor privado a crise também afetou diretamente, causando prejuízos na situação da população vulnerável, pois o agricultor ficou obrigado a repassar seu produto por valor igual ou menor ao seu custo, dificultando permanecer com seu quadro de funcionários em sua plantação.

Nesse período, em função da crise, cidadãos foram em busca de alternativas e começaram a elaborar projetos, tais como, hortas

urbanas voltada para sua auto proteção, teve origem, também, a secretaria de assistência social oferecida pelo governo, além da criação de programas sociais para abordar alguns relativos a sociedade e a vulnerabilidade social, oportunizando, assim, o surgimento de um lado positivo à população vulnerável, pois durante a crise mais de um milhão de pessoas que estavam aposentadas e desempregadas não podiam pagar por sua própria alimentação básica.

Nos períodos de dificuldades é que surgem novas ideias que podem auxiliar as pessoas que apresentam dificuldades e que fazendo um movimento de união e companheirismo muito importante para uma sociedade, por meio da superação e desafios que estavam sujeitos à época, acreditando, portanto, que a única saída naquele momento era a união. (Revista Agricultuara Urbana, 2015,p.27-30).

Crise Hídrica na China

Na China ocorreu uma crise hídrica, assim como em muitos países, inclusive o Brasil. A mudança climática causou a falta de precipitação, as águas dos rios, lagos e dos lençóis freáticos abaixaram, ocasionando um problema para toda população. Isto fez com que o governo cobrasse uma taxa maior pelo consumo da água no país, caso a cota estabelecida fosse ultrapassada, com o objetivo de controlar o consumo de água, cobrando valores maiores com o intuito de conscientizar a população para que fosse diminuído o consumo de água. Esse controle e racionamento afetou significativamente a agricultura e a saída encontrada foi a utilização da água de chuva, tanto para o uso doméstico como no campo, para tanto se desenvolveu um sistema separado que pudesse reaproveitar a água da chuva.

Diante dessa crise os órgãos competentes iniciaram uma série de projetos voltados para o consumo de água, tanto na agricultura quanto no uso doméstico, utilizando para tal tema de “Encontre novas fontes de abastecimentos, reduza o consumo e evite a poluição”. (Revista Agricultuara Urbana, 2015).

Um dos projetos que merece destaque é o desenvolvido para a captação da água da chuva, que obteve o apoio da Secretaria de Agricultura de Beijing - China. O projeto deu origem à irrigação nas estufas onde tinham o plantio de vários produtos, por meio da irrigação e com o gotejamento eficiente. (Revista Agricultuara Urbana, 2015).

Tecnologia baseia-se em uma estufa com um telhado especial que coleta a água da chuva. A água é levada por meio da canaleta de captação na base da estufa até um contêiner intermediário, e daí é conduzido para um depósito subterrâneo onde a sua temperatura aumenta e ela é misturada com um micro composto. A água é

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então bombeada novamente para uma caixa elevada de onde, por gravidade entra no sistema de micro irrigação. (Revista Agricultura Urbana, 2015. Autoridade Municipal de Águas de Beijing (2004, p.66).

De acordo com o Programa SWITCH em Beijing e RUAF-CFF (Revista Agricultura Urbana, 2015), desejam mostrar uma agricultura urbana que utiliza técnicas e exemplos de uso das águas que tenham bons resultados, para que todos os agricultores tenham acesso e que os resultados sejam positivos nos investimentos, para fazer valer a pena todo trabalho de instalação do sistema de coleta de águas pluviais. Crise Hídrica no DF Figura 08: crise hídrica

Fonte: Site Crise Hídrica no DF.

Quem poderia imaginar uma situação dessa em plena capital do Brasil, é um cenário imaginável em poucos anos atrás. Com a crise o nível da Barragem do Descoberto continua baixo e preocupante, responsável pelo abastecimento de 60% da população da capital do país, marcava 100% da capacidade e representantes da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb). (Grigori, 2017).

De acordo com Grigori, a Caesb diz que essa crise repentina se dá principalmente a mudanças climáticas e ao aumento de consumo da população, apontam outros motivos para a crise, como a ocupação irregular, próximo a manancial e baixo investimento em obras para capitação. (Correio Braziliense, 2017).

Atualmente o DF passa por um racionamento de água por tempo indeterminado para acabar, assim diz a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal

(Caesb). Toda a população está sofrendo com a falta

da água, pegou todos de surpresa, o governo deixou para última hora para comunicar a população que passaria por esta crise e que todos precisam economizar.

Foi sancionada em 1997 a Lei das Águas lei n 9.433 que estabeleceu a Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Um de seus principais objetivos é assegurar a disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados, bem como promover uma utilização racional e integrada dos recursos hídricos. (Alan Vaz; André Raymundo, 2007).

Essa Política Nacional de Recursos Hídricos está regulamentada pela Lei 9.948, que criou a ANA – Agência Nacional de Águas, cuja competência está nos atos de supervisionar, controlar e avaliar as ações e atividades decorrentes do cumprimento da legislação federal pertinente aos recursos hídricos.

Dessas regulamentações podemos extrair alguns princípios básicos, são eles: a água, é recurso limitado e que tem valor econômico, o gerenciamento dos recursos hídricos deve possibilitar sempre o múltiplo uso da água, e o gerenciamento dos recursos hídricos devem ser descentralizados e envolver a participação do governo, dos usuários e das comunidades locais. Quando há escassez, a prioridade no uso da água é para o consumo humano e dos animais.

Agricultores prejudicados pela crise

Os que sentiram o impacto ainda maior foram os agricultores do DF. Tiveram aproximadamente de 90% de perda dos cultivos.

Com o racionamento nas áreas rurais os agricultores tevem muitos prejuízos financeiros, comas perdas das lavouras. O principal da prevenção é buscar justamente se antecipar a esses maus eventos, afim de, evitar danos ou riscos que não poderão ser remediados, causadas pelo que eles chamam de "omissão do Estado". Logo, a realização de qualquer medida útil para economia e limpeza das águas acaba sendo um aproveitamento desse princípio. (Marques, 2017). Aspectos Metodológicos

Além da pesquisa bibliográfica e de toda base de aprimoramento de estudo, também foi desenvolvida uma pesquisa de campo, nela aplicou-se a técnica de relatório pesquisa, onde foi utilizada a ferramenta de observação do espaço. Assim, com a finalidade de atingir os objetivos específicos do relatório pesquisa, foram utilizados como instrumento de coleta de dados, a sensibilização de um território agroecológico, com ambientalização, experiências e aprendizagem. Além do mais o professor da Emater-DF e o proprietário da Chácara Guarujá em Brazlândia, responderam as nossas perguntas, dúvidas e

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compartilhou dicas e sugestões do ramo da agricultura. Foram escolhidos para a pesquisa por conter experiências durante anos na área de hortas orgânicas.

Tal pesquisa foi feita com o propósito de caracterizar as hortas e captar a particularidade dos indivíduos participantes e desta forma aumentar o nível de compreensão de cada realidade. Após de esquematizar os dados, foi feito avaliação qualitativa através da técnica de análise Grounded Theory (Teoria Fundamentada nos Dados) que visa a desenvolver uma sistematização baseada na observação da realidade e apoiada nos diversos tipos de dados coletados e, de acordo com os princípios da metodologia qualitativa, a teoria fundamentada nos dados é uma metodologia de campo que objetiva gerar bases teóricas que explicam ação no contexto social sob estudo. O investigador pesquisa ações que estão acontecendo na cena social, partindo de uma série de hipóteses, que, ligadas umas às outras, podem explicar o acontecimento, combinando abordagens indutivas e dedutivas. (Pinto, 2012). Resultado e discussão

Foi realizado visita em Brazlândia, na Chácara Guarujá Produtos Orgânicos, no Núcleo Rural Alex Gusmão-Chácara 2/23 Chapadinha.

Seu Divino está registrado no Cadastro Ambiental Rural (CAR), e que se faz obrigatório para todos os donos de imóveis rurais no Distrito Federal, e na prática esse cadastro funciona como base de todos para monitoramento e combate ao desmatamento nas áreas do DF. Também se encontra dentro da Lei 12.651/2012, reflorestamento e desfruta de forma sustentável.

Seu Divino começou falando que o seu tipo de agricultura principal na sua propriedade é o cultivo de morangos orgânico e também tem outras espécies sendo cultiva como banana, café, goiaba, mamão.

Todas as outras espécies além de servir para consumo próprio servem também para alimentar outros animais que por ali podem passar, controlando a biodiversidade daquela área, contribuindo para o reflorestamento, podendo desfrutar de maneira sustentável, e também servindo para controlar as pragas envolta do cultivo principal, assim em vez das pragas irem para o plantio de morangos, elas vão para outras plantas, evitando o uso de agrotóxicos, fazendo uso do biofertilizantes, como repelentes naturais das pragas sobre os morangos, que não matam os insetos apenas repelem, também na propriedade se tem a presença da árvore para ajudar a controlar as pragas, pois seus frutos atraem os insetos. Utiliza-se também a adubação verde, ela é a prática de se adicionar plantas leguminosas na superfície do solo com a intenção de enriquecê-lo nutricionalmente.

Figura 09: Plantação de mamão para o controle de insetos.

Fonte: acervo pessoal da autora.

A plantação de morangos tem uma cobertura de lona específica e nos pés da planta tem uma proteção, para que a terra não tenha contato com as folhas e os frutos, assim prologando a vida da planta e produzindo o dobro do que o convencional.

Figura: 10 Plantação de morango orgânico.

Fonte: acervo pessoal da autora.

Para trazer todos os benefícios e economizar nas contas mensais, ele utiliza o sistema de irrigação que estar se tornando bastante comum na agricultura que é o sistema de gotejamento, dessa forma a água é aplicada diretamente nas raízes das plantas, sendo monitorada os intervalos de tempo. Contribuindo com a economia de água, evitando desperdício.

O professor Helton da Emater-DF relatou a importância de se fazer uma análise do solo antes de plantar qualquer espécie, pois a análise vai indicar quais os melhores tipos de correção do solo, que é necessário ser feita e qual a espécie mais indicada para plantar. E é bom se fazer uma rotação de entre espécies.

No final da visita relatou que faz parte da associação da região, e que está se sentido muito confortável, e principalmente com o tipo de monitoramento da associação. Diz que ao

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contrário de outras que ele teve experiência, em que os fiscais iam até a propriedade e anotavam tudo que não estava de acordo com as normas e ao final era falado o que estava errado e as vezes já deixava uma data terminada para fazer as adequações necessárias, e na próxima visita se não tivesse feito as mudanças, o agricultor seria multado. Hoje o fiscal vem com outro agricultor da própria associação e ali são feitas juntamente com o proprietário, as análises de toda as escalações e produtos, se tiver algo que o agricultor está fazendo errado ou com dificuldade, o agricultor visitante fala o que ele fez na sua propriedade, ou se ele estiver tendo algum problema em uma determinada área, o visitante também pode pegar ideias com o agricultor que está sendo visitado. A ideia é justamente a troca de experiências. E não só um momento de dizer o que está errado sem se preocupar como o agricultor vai fazer para resolver.

Esta pesquisa torna-se relevante aos futuros agricultores, uma vez que possibilita a ampliação de diversos modelos de hortas e praticidade, sendo necessário a dedicação para se dá um início a um grande ou pequeno cultivo. Análise e resultados da pesquisa

Buscar sempre produzir alimentos de qualidade para segurança alimentar, colaborar para a ampliação da biodiversidade local devido às diversas culturas de cultivar sem uso de nenhum tipo agrotóxicos químico sintético no cultivo, todos os materiais não orgânicos são reaproveitados como adubação na sustentação da própria horta, os restos orgânicos são reciclados como material para a compostagem, os espaços ociosos sendo melhor aproveitados, a educação ambiental fortalecida através da conscientização da população, o desenvolvimento humano exercitando-se pela troca de experiências e conhecimentos, acontecendo a geração de emprego e renda nas regiões que visam à plantação em escala comercial e colaborem para a melhoria da condição de vida. (PariPassu, 2017).

As distinções das hortas urbanas possibilitam identificar o melhoramento gerado nas dimensões ambientais, sociais, econômicas e políticas, os quais comprovaram o potencial dessas ações em colaborar para a construção de uma cidade mais sustentável.

O desenvolvimento urbano sustentável sugere uma nova forma de avistar os problemas das cidades e novas lógicas de compreensão e direção dos métodos de planejamento. Em toda a ação de intervenção necessita de uma visão ordenada e integrada do aumento das cidades, envolvendo a comunidade e buscando soluções com diversos impactos, causando o efeito e a ação no emprego dos recursos e procurando aprender com outras experiências já alcançadas em outros locais.

Considerações Finais Com os trabalhos de conscientização e

mobilização feitos com grupos em diversos lugares, a agricultura urbana tem sido notada presente em vários momentos, e em várias áreas no mundo. Com o objetivo de conscientizar e estimular a sociedade que mesmo sem recursos financeiros, disponibilidade de tempo, espaço e materiais sofisticados, é possível uma pessoa que use sua criatividade, dê vida a uma horta cheia de gratificação, retorno e saúde.

Muitas vezes com iniciativas individuais e isoladas, descritas na literatura. Constata que nos últimos anos o assunto tem circulado dentro de vários grupos interessados em produzir novas hortas, onde começam a surgir projetos e relatos sobre suas práticas nos municípios em que vivem ou muitas vezes pela as redes sociais. Com a tecnologia ao alcance, fica mais fácil interagir com outras pessoas e aumenta o campo de conhecimento, para buscar uma solução ou até mesmo para passar novas técnicas de cultivo, de uma forma simplificada.

A prática de Agricultura Urbana é respeitada porque é uma ferramenta de desenvolvimento sustentável para as cidades. Essa prática é uma atividade que possui diversas finalidades, e este é um de seus principais atributos, como demostrar que é possível todos andarem juntos para o bem da sociedade. Pelos governos, podem ser vistas como uma prática que é parte da solução para problemas de segurança alimentar e que, de certa forma, beneficia a vários setores da sociedade.

Pode ser feita aproveitamento de áreas ociosas, revitalização de espaços abandonados e criação de mini agroindústrias. O que se espera com a intervenção de projetos e programas governamentais com as políticas públicas e que haja uma melhoria na alimentação e nutrição das pessoas envolvidas, qualidade de vida no abastecimento alimentar, inclusão social, geração de trabalho, renda e estímulo à cidadania. Agradecimentos

Em primeiro lugar agradeço a Deus pela dádiva da vida, por sempre iluminar os meus dias, por me dar forças para nunca desistir e pelo discernimento concedido ao longo desta jornada.

A minha mãe Vera Lucia, que sempre esteve ao meu lado e lutou juntamente comigo pela minha formação na faculdade, me deu coragem e incentivo nas horas difíceis, de cansaço e desânimo. A cada um dos meus irmãos que me aturaram nos momentos de estresse, e compartilharam momentos felizes e também nos momentos mais tristes de nossas vidas.

A minha amiga Rita De Jesus, por está sempre à disposição para ajudar e tirar minhas dúvidas com muita dedicação e paciência.

Ao meu orientador professor Luís Carlos Spaziani por toda dedicação que teve em compartilhar seus pensamentos, percepções e me

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trazendo cada vez mais inspiração. Aos demais professores João Bosco, João Câmara e Francisca Oleniva ao apoio em minha vida acadêmica.

Aos amigos e colegas de sala que se fizeram presentes em minha trajetória em formação, pelos momentos de felicidade que passamos em sala de aula. Referências 1- ANVISA. Divulgado Relatório Sobre Residuos De Agrotóxicos Em Alimentos. Fonte: Portal.Anvisa.gov.br: http://portal.anvisa.gov.br/web/guest/resultado-de-busca?p_p_id=101&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_101_struts_action=%2Fasset_publisher%2Fview_content&_101_assetEntryId=3097717&_101_type=content&_101. Acessado em 25 de 11 de 2016. 2- Brandão Mônica: http://www.comerparacrescer.com/comer-comida-enlatada-faz-mal/ Acessado em 28 de dezembro de 2017. 3- Felipe Pontes: http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI269876-17773,00-FABRICA+DE+SABORES.html acessado em 28 de dezembro de 2017. 4- Grigori. Crise Hídrica no DF. Fonte: Correio Braziliense: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2017/11/23/interna_cidadesdf,642844/apesar-das-chuvas-crise-hidrica-do-df-nao-tem-previsao-para-chegar-ao.shtml. Acessado em 23 de 11 de 2017. 5- Machado Altair / Machado Cynthia. Agricultura Urbana. Planaltina Df: Embrapa. 2002. 6- Manual de Hidroponia. (s.d.). Hidroponia.blogsport.com.br. Fonte: WWW.blogsporthidropinico.com: https://www.google.com.br/search?q=Hist%C3%B3ria+da+Hidroponia&oq=Hist%C3%B3ria+da+Hidroponia&aqs=chrome..69i57.2153j0j8&sourceid=chrome&ie=UTF-8. Acessado em 18/11/2017. 7- Marinho Adjar G.; ClementeM.V.T. Flávia ; LenitaL.Haber; Carvalho Patricia G.B. 8- Hortas em Pequenos Espaços. Brasília-DF: Embrapa. 2012. 9- Marques, M. Globo.com. Fonte: G1 DF Sem Água Agriculturores Tem perdas. https://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/seca-

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UKEwiQsbvw8YjYAhUGPCYKHY9uBWkQ_AUICygC&biw=1366&bih=613&dpr=1#imgrc=pF_dXZnXj1ZugM:acessado,em 28/11/2017. 27- Figura 05: Mini Horta Na Cozinha: blogspot.comdicas-para-fazer-uma-mini-horta-em-seu.html: Acessado em 2017. 28- Figura 06: Horta Vertical com Garrafa pet: blogspot.comdicas-para-fazer-uma-mini-horta-em-seu.html: Acessado em 2017. 29- Figura 07: Cultivo Hidropônico: Acervo pessoal da Autora. 30- Figura 08: Crise Hídrica no DF: https://www.google.com.br/search?q=crise+hidrica+no+df&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwify7r-1rrYAhVFCpAKHT1LCGAQ_AUICygC#imgrc=U3oQ89Q9AsKUdM:Acessado em 21 de dezembro de 2017 31- Figura 09: Plantação de Mamão para o controle de insetos: Fonte Acervo pessoal da autora. 32- Figura 10: Plantação de Morangos Orgânicos: Acervo pessoal da autora.