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3.º RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES (1 ABRIL DE 2011/ 6 DE MARÇO DE 2012)

3. RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES - caaj-mj.pt · º relatÓrio anual de actividades (1 abril de 2011/ 6 de m ... execuÇÃo – entre marÇo de 2011 e ... nas contas-clientes dos

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3.º RELATÓRIO ANUAL DE ACTIVIDADES

(1 ABRIL DE 2011/ 6 DE MARÇO DE 2012)

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SIGLAS UTILIZADAS .......................................................................................................................... 6

PARTE I - O 3.º ANO DE ACTIVIDADE DA COMISSÃO PARA A EFICÁCIA DAS

EXECUÇÕES ........................................................................................................................................ 9

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 9 2. O FUNCIONAMENTO DA CPEE EM PLENÁRIO E EM GRUPO DE GESTÃO ......................................... 9 2.1. PLENÁRIO .......................................................................................................................................... 9

A.) COMPOSIÇÃO ................................................................................................................................................ 9 B.) CALENDÁRIO DAS REUNIÕES .................................................................................................................... 10 C.) ORDENS DE TRABALHO ............................................................................................................................. 11 D.) DELIBERAÇÕES ........................................................................................................................................... 11

2.2. GRUPO DE GESTÃO .......................................................................................................................... 12 A.) COMPOSIÇÃO ................................................................................................................................................. 12 B.) CALENDARIZAÇÃO DAS REUNIÕES .............................................................................................................. 12 C.) ORDENS DE TRABALHO ................................................................................................................................ 14 D.) DELIBERAÇÕES .............................................................................................................................................. 14

3. O ACÓRDÃO N.º 25/2012, DE 13 DE FEVEREIRO, DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL: A NÃO

INCONSTITUCIONALIDADE DA CPEE .................................................................................................... 15

PARTE II - COMPETÊNCIAS E ACTIVIDADES DA COMISSÃO PARA A EFICÁCIA DAS

EXECUÇÕES ...................................................................................................................................... 22

§§ 1.º – A EMISSÃO DAS 105 RECOMENDAÇÕES SOBRE A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES E A FORMAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO - PLENÁRIO - NOVEMBRO DE 2011 .............. 22 4. A EMISSÃO DE 72 RECOMENDAÇÕES SOBRE A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES....................................... 27 5. OS GRUPOS DE TRABALHO DA CPEE ............................................................................................... 31 5.1. O RESULTADO ALCANÇADO PELO GRUPO DE TRABALHO DA CPEE DE IMPLEMENTAÇÃO DE

SOLUÇÕES ELECTRÓNICAS - 2010: A REALIZAÇÃO DE CITAÇÕES ELECTRÓNICAS DESDE JANEIRO DE 2011

(CPEE-GT-ISE) ..................................................................................................................................... 31 5.2. O GRUPO DE TRABALHO DA CPEE PARA A AGILIZAÇÃO DA PENHORA ELECTRÓNICA - 2011 (CPEE-GT-PE)) ........................................................................................................................................................ 32 5.3. O GRUPO DE TRABALHO DA CPEE DE ANÁLISE DA EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES - 2011 (CPEE-GT-EAE) ..33 5.4. O ACOMPANHAMENTO DO GRUPO DE TRABALHO DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA PARA A DIMINUIÇÃO DA

PENDÊNCIA (2011) E A CRIAÇÃO DO GRUPO DE TRABALHO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO COM ELEVADO

N.º DE PROCESSOS - 2012 (GT-CPEE-RP) ................................................................................................ 36 5.5. A PORTARIA N.º 2/2012, DE 2 DE JANEIRO: GÉNESE E MONITORIZAÇÃO DE ENTRADA EM

FUNCIONAMENTO .................................................................................................................................. 38 A.) A GÉNESE ................................................................................................................................................... 38 B.) MONITORIZAÇÃO DA ENTRADA EM FUNCIONAMENTO DA PORTARIA: CPEEGG, ITIJ E CS .......... 40

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6. A EMISSÃO DE 33 RECOMENDAÇÕES SOBRE A FORMAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO EM

NOVEMBRO DE 2011 .............................................................................................................................. 41 6.1. AS INICIATIVAS DA CPEE TENDO EM VISTA A FORMAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO ..................... 41

A.) A 2.ª CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DA CPEE "PROMOVER A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES" E

WORKSHOP “AS BOAS PRÁTICAS NA ACTIVIDADE DO AGENTE DE EXECUÇÃO” - DIAS 23 E 24 DE

SETEMBRO DE 2011............................................................................................................................................. 41 B.) AS INTERVENÇÕES DA CPEE EM SEMINÁRIOS, ACÇÕES DE FORMAÇÃO E EVENTOS TENDO EM

VISTA A FORMAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO ......................................................................................... 42 6.2. O LABOR DAS ENTIDADES COM ASSENTO NO PLENÁRIO DA CPEE .................................................... 46 6.3. ACTIVIDADE DISCIPLINAR DA CPEE: AS CAUSAS DE DESTITUIÇÃO E OS ILÍCITOS DISCIPLINARES

TENDO EM VISTA A EMISSÃO DE RECOMENDAÇÕES PARA A FORMAÇÃO DE AGENTES DE EXECUÇÃO ....... 48 §§ 2.º – OS 1.º, 2.º E 3.º ESTÁGIOS – PLENÁRIO ............................................................................. 52 7. A FIXAÇÃO DO N.º DE CANDIDATOS A ADMITIR AO 3.º ESTÁGIO DE AGENTE DE EXECUÇÃO ............. 52 8. A ESCOLHA E DESIGNAÇÃO DA ENTIDADE EXTERNA RESPONSÁVEL PELO EXAME DE ADMISSÃO AO

3.º ESTÁGIO DE AGENTE DE EXECUÇÃO, BEM COMO PELA AVALIAÇÃO FINAL DO TRABALHO

DESENVOLVIDO PELOS ESTAGIÁRIOS ................................................................................................... 52 9. OS 1.º, 2.º E 3.º ESTÁGIOS DE AGENTES DE EXECUÇÃO....................................................................... 53 9.1. O FINAL DO 1.º ESTÁGIO DE AGENTES DE EXECUÇÃO – ABRIL DE 2011 ............................................. 53 9.2. O DESENVOLVIMENTO DO 2.º ESTÁGIO DE AGENTES DE EXECUÇÃO – ENTRE MARÇO DE 2011 E

MARÇO DE 2012 ..................................................................................................................................... 54 9.3. O EXAME DE ACESSO AO 3.º ESTÁGIO DE AGENTE DE EXECUÇÃO – ABRIL DE 2012 ........................... 54 §§ 3.º – ÓRGÃO DE DISCIPLINA DOS AGENTES DE EXECUÇÃO - GRUPO DE GESTÃO ... 55 10. A ACÇÃO DISCIPLINAR DA CPEE ..................................................................................................... 55 §§ 4.º – ÓRGÃO DE FISCALIZAÇÃO E INSPECÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO - GRUPO DE GESTÃO ......................................................................................................................... 61 11. A EFECTIVA FISCALIZAÇÃO, O AUMENTO EXPONENCIAL DO N.º DE FISCALIZAÇÕES E O COMBATE À

PENDÊNCIA PROCESSUAL ...................................................................................................................................... 61 12. A FISCALIZAÇÃO ELECTRÓNICA (À DISTÂNCIA): REPORTE DE INFORMAÇÃO PELOS AGENTES DE

EXECUÇÃO JUNTO DA CPEE .................................................................................................................................. 62 13. A FORMAÇÃO CONTÍNUA DOS AGENTES DE EXECUÇÃO FISCALIZADORES DA CPEE ........................ 64 14. A COOPERAÇÃO COM O ITIJ E CS AO ABRIGO DO N.º 4 DO ARTIGO 10.º DA PORTARIA N.º 2/2012, DE

2 DE JANEIRO ........................................................................................................................................................... 64 §§ 5.º – DEONTOLOGIA E ÉTICA DOS AGENTES DE EXECUÇÃO – PLENÁRIO E GRUPO DE GESTÃO ........................................................................................................................................ 67 15. PEDIDOS DE SUSPENSÃO DE ACEITAR NOVOS PROCESSOS .............................................................. 67 16. PARECER QUANTO À REINSCRIÇÃO COMO AGENTE DE EXECUÇÃO ............................................... 68 17. IMPEDIMENTOS/ SUSPEIÇÕES / ESCUSAS ....................................................................................... 69 18. DEFINIÇÃO DA ACTUAÇÃO DA CPEE NO ÂMBITO DE PROCEDIMENTOS DE SUBSTITUIÇÃO .......... 70

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PARTE III - DIVULGAÇÃO DA CPEE ............................................................................................. 76

19. O SÍTIO DA CPEE NA INTERNET - DIVULGAÇÃO, TRANSPARÊNCIA PROXIMIDADE AOS CIDADÃOS76 20. PARTICIPAÇÃO DA CPEE EM CONFERÊNCIAS, COLÓQUIOS E ACÇÕES DE FORMAÇÃO .................... 78 20.1. A NÍVEL NACIONAL ........................................................................................................................ 78 20.2. A NÍVEL INTERNACIONAL ............................................................................................................... 80 21. PARTICIPAÇÃO DA CPEE EM AUDIÇÕES/EVENTOS/REUNIÕES/ SESSÕES PÚBLICAS ................... 82 21.1. AUDIÇÃO PÚBLICA DA PRESIDENTE DA CPEE NO PARLAMENTO EUROPEU – JULHO 2011 ................ 82 21.2. AUDIÊNCIA DA PRESIDENTE DA CPEE COM S. EXA. A MINISTRA DA JUSTIÇA – AGOSTO 2011 .......... 82 21.3. AUDIÇÃO PÚBLICA DA PRESIDENTE DA CPEE NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA/SET 2011 .................. 82 21.4. SESSÃO SOLENE DE ABERTURA DO ANO JUDICIAL – JANEIRO 2012......................................................... 83 22. A CPEE NA COMUNICAÇÃO SOCIAL.............................................................................................................. 83 22.1. NA TELEVISÃO ............................................................................................................................... 84 22.2. NA IMPRENSA ESCRITA ................................................................................................................................... 85 23. ENTREVISTA DA PRESIDENTE DA CPEE À TVI (CANAL DE TELEVISÃO DE PORTUGAL) ................. 88 24. ENTREVISTA DA PRESIDENTE DA CPEE À HBT (CANAL DE TELEVISÃO DA FEDERAÇÃO RUSSA) . 88 25. PUBLICAÇÕES DA PRESIDENTE DA CPEE ................................................................................................... 89

PARTE IV - COOPERAÇÃO COM OUTRAS ENTIDADES ........................................................... 91

26. VISITAS À SEDE DA CPEE ................................................................................................................ 91 26.1. DRA. MARIA JOSÉ MORGADO, DIRECTORA DO DIAP DE LISBOA .................................................... 91 26.2. DR. NUNO DE VILLA-LOBOS, DIRECTOR DO CENTRO DE ARBITRAGEM ADMINISTRATIVA .............. 91 26.3. DR. EURICO DOS REIS, JUIZ DESEMBARGADOR DO TRIBUNAL DA RELAÇÃO DE LISBOA .................. 91 26.4. DR. PAULO RIJO FERREIRA, JUIZ DESEMBARGADOR DO TRIBUNAL DA RELAÇÃO DE LISBOA ........... 91 27. PROTOCOLOS DE COOPERAÇÃO ...................................................................................................... 92 27.1. PROTOCOLO CELEBRADO COM O DIAP DE LISBOA ......................................................................... 92 27.2. PROTOCOLO CELEBRADO COM O DIAP DE COIMBRA ...................................................................... 92 27.3. PROTOCOLO CELEBRADO COM O DIAP DO PORTO ......................................................................... 93 28. PARTICIPAÇÃO DA CPEE NO PROCEDIMENTO LEGISLATIVO......................................................... 93 28.1. DESPACHO DA MINISTRA DA JUSTIÇA QUE APROVA O PLANO DE ACÇÃO PARA A JUSTIÇA NA

SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO – DESPACHO N.º 16171/2011, DE 29 DE NOVEMBRO ................................. 93 28.2. PORTARIA N.º 308/2011, DE 21 DE DEZEMBRO – 4.ª ALTERAÇÃO DA PORTARIA N.º 331-B/2009, DE 30

DE MARÇO - TRANSPARÊNCIA NAS CONTAS-CLIENTES DOS AGENTES DE EXECUÇÃO............................... 93 28.3. PORTARIA N.º 2/2012, DE 2 DE JANEIRO – PREVÊ O ACESSO DA CPEE AOS SISTEMAS INFORMÁTICOS

CITIUS E SISAAE (2011) ....................................................................................................................... 95 28.4. CONCLUSÕES DA COMISSÃO PARA A REFORMA DO PROCESSO CIVIL ............................................... 95 29. PARTICIPAÇÃO DA CPEE EM GRUPOS DE TRABALHO ..................................................................... 96 29.1. PARTICIPAÇÃO NO GRUPO DE TRABALHO “E-JUSTIÇA II”, DO ISCSP ................................................ 96 29.2. PARTICIPAÇÃO NO GRUPO DE TRABALHO DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA PARA REDUÇÃO DA PENDÊNCIA

.............................................................................................................................................................. 97 29.3. PARTICIPAÇÃO NO GRUPO DE TRABALHO DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA SOBRE O PLANO DE ACÇÃO

PARA A JUSTIÇA NA SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO ................................................................................... 97

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30. AS REUNIÕES ENTRE A CPEE E OS REPRESENTANTES DA CE-BCE-FMI (TROIKA): A INCLUSÃO DA

CPEE NAS REVISÕES DE SETEMBRO E DEZEMBRO DE 2011 .............................................................. 100

PARTE V - OS DADOS ESTATÍSTICOS E SUA ANÁLISE ........................................................... 104

31. OS DADOS ESTATÍSTICOS DA ACÇÃO EXECUTIVA DIVULGADOS PELO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA .... 104 32. OS DADOS ESTATÍSTICOS DA CPEE DO 3.º ANO DE ACTIVIDADE E A SUA ANÁLISE ...................... 107 32.1. PLENÁRIO ................................................................................................................................... 107

A.) PEDIDOS DE SUSPENSÃO DE ACEITAR NOVOS PROCESSOS (ANEXO VIII)............................................. 107 B.) PARECERES QUANTO À REINSCRIÇÃO COMO AGENTE DE EXECUÇÃO (ANEXO IX) ........................... 111

32.2. GRUPO DE GESTÃO...................................................................................................................... 114 A.) IMPEDIMENTOS, ESCUSAS E SUSPEIÇÕES (ANEXO X) .............................................................................. 114 B.) PARTICIPAÇÕES (ANEXO XI) ....................................................................................................................... 119 C.) PROCESSOS DISCIPLINARES (ANEXO XII) .................................................................................................. 124 D.) FISCALIZAÇÕES (ANEXO XIII) .................................................................................................................... 132

PARTE VI - A FALTA DE APOIO FINANCEIRO DA ACTIVIDADE DA CPEE ......................... 137 33. OS ENCARGOS FINANCEIROS DA RESPONSABILIDADE DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA .................... 137 33.1. DO INTEGRAL CUMPRIMENTO DAS ALÍNEAS A), B), C) E D) DO ARTIGO 2.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22 DE JULHO ................................................................................................................... 137 33.2. A FALTA DE DESPACHO MINISTERIAL PARA RECRUTAMENTO DE TÉCNICOS – ALÍNEA C) DO ARTIGO 2.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22 DE JULHO.................................................................................. 139 33.3. OS FUNDAMENTOS QUE JUSTIFICAM A NECESSIDADE E A ESPECIAL URGÊNCIA DA EMISSÃO DO

DESPACHO MINISTERIAL QUE PREVÊ O RECRUTAMENTO DE TÉCNICOS E/OU PERITOS PARA ASSESSORAR O

GRUPO DE GESTÃO DA CPEE ............................................................................................................... 141 34. A NECESSIDADE DE MELHORIA NO ACESSO DA CPEE AO SISTEMA INFORMÁTICO CITIUS ........... 146 35. OS ENCARGOS FINANCEIROS DA RESPONSABILIDADE DA CÂMARA DOS SOLICITADORES ............ 148 35.1. DO INTEGRAL CUMPRIMENTO DAS ALÍNEAS D), E) E G) DO ART. 3.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE

22/07 ................................................................................................................................................... 148 35.2. DA FALTA DE INSTALAÇÃO DA APLICAÇÃO INFORMÁTICA PARA TRAMITAÇÃO DOS PROCESSOS

DISCIPLINARES E DE FISCALIZAÇÃO – ALÍNEA A) DO ART. 3.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22/07 .. 149 35.3. A FALTA DE ADEQUAÇÃO DA REMUNERAÇÃO NO ÂMBITO DAS FISCALIZAÇÕES - ALÍNEA B) DO ART. 3.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22/07 .............................................................................................. 151 35.4. A INSUFICIÊNCIA DO SECRETARIADO - ALÍNEA C) DO ART. 3.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE

22/07 ................................................................................................................................................... 155 35.5. A FALTA DE MATERIAL INFORMATIVO E DE DIVULGAÇÃO DA CPEE - ALÍNEA F) DO ART. 2.º DO

DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22/07 ................................................................................................... 156 36. A MELHORIA DO ACESSO AO SISAAE ......................................................................................................... 157

PARTE VII - CONCLUSÕES ............................................................................................................ 161

37. OBJECTIVO I ................................................................................................................................... 161 38. OBJECTIVO II ................................................................................................................................ 164 39. OBJECTIVO III ............................................................................................................................... 167 40. A URGENTE NECESSIDADE DE APOIO FINANCEIRO À CPEE PELO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E

CÂMARA DOS SOLICITADORES - AS DIRECTRIZES CE-BCE-FMI ............................................................ 169

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ANEXO I ORDENS DE TRABALHO DAS REUNIÕES DO PLENÁRIO DA COMISSÃO PARA A EFICÁCIA DAS

EXECUÇÕES ANEXO II DELIBERAÇÕES DO PLENÁRIO DA COMISSÃO PARA A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES

ANEXO III ORDENS DE TRABALHO DAS REUNIÕES DO GRUPO DE GESTÃO DA COMISSÃO PARA A EFICÁCIA

DAS EXECUÇÕES

ANEXO IV DELIBERAÇÕES DO GRUPO DE GESTÃO DA COMISSÃO PARA A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES

ANEXO V ACÓRDÃO DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL N.º 25/2012, DE 13 DE FEVEREIRO: NÃO

INCONSTITUCIONALIDADE E NÃO ILEGALIDADE DA COMISSÃO PARA A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES

ANEXO VI BOLETIM ESTATÍSTICO DO GABINETE DE APOIO AO SOBREENDIVIDADO – DEZEMBRO 2011

ANEXO VII BOLETIM ESTATÍSTICO DO GABINETE DE APOIO AO SOBREENDIVIDADO – JANEIRO 2012

ANEXO VIII DADOS ESTATÍSTICOS DO PLENÁRIO DA COMISSÃO PARA A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES: PEDIDOS

DE SUSPENSÃO DE ACEITAR NOVOS PROCESSOS

ANEXO IX DADOS ESTATÍSTICOS DO PLENÁRIO DA COMISSÃO PARA A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES:

PARECERES EMITIDOS RELATIVAMENTE AOS PEDIDOS DE REINSCRIÇÃO COMO AGENTE DE

EXECUÇÃO

ANEXO X DADOS ESTATÍSTICOS DO GRUPO DE GESTÃO DA COMISSÃO PARA A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES:

IMPEDIMENTOS, ESCUSAS E SUSPEIÇÕES DOS AGENTES DE EXECUÇÃO

ANEXO XI DADOS ESTATÍSTICOS DO GRUPO DE GESTÃO DA COMISSÃO PARA A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES:

PARTICIPAÇÕES RELATIVAS À ACTIVIDADE DOS AGENTES DE EXECUÇÃO

ANEXO XII DADOS ESTATÍSTICOS DO GRUPO DE GESTÃO DA COMISSÃO PARA A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES:

PROCESSOS DISCIPLINARES DOS AGENTES DE EXECUÇÃO

ANEXO XIII DADOS ESTATÍSTICOS DO GRUPO DE GESTÃO DA COMISSÃO PARA A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES:

FISCALIZAÇÕES À ACTIVIDADE DOS AGENTES DE EXECUÇÃO

ANEXO XIV MONITORIZAÇÃO DA ENTRADA EM FUNCIONAMENTO DA PORTARIA N.º 2/2012, DE 2 DE

JANEIRO

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SIGLAS UTILIZADAS

ACOP - Associação de Consumidores de Portugal

APB - Associação Portuguesa de Bancos

APDSI - Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação

BCE – Banco Central Europeu

BdP – Banco de Portugal

CAP - Confederação dos Agricultores de Portugal

CC – Código Civil

Cód.CP - Código dos Contratos Públicos

CCP - Confederação do Comércio e Serviços de Portugal

CEAE - Colégio de Especialidade dos Agentes de Execução, da Câmara dos Solicitadores

CEPEJ - Comissão Europeia para a Eficácia da Justiça, do Conselho da Europa

CES - Conselho Económico e Social

CIP – Confederação Empresarial de Portugal - CIP

CITIUS - Sistema Informático dos Tribunais, gerido pelo Ministério da Justiça

CGTP – Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional

CPC - Código de Processo Civil

CPEE – Comissão para a Eficácia das Execuções (Portugal)

CPEEP – Comissão para a Eficácia das Execuções, em Plenário (Portugal)

CPEEGG – Comissão para a Eficácia das Execuções, em Grupo de Gestão (Portugal)

CPPT - Código de Processo e Procedimento Tributário

CPTA - Código de Processo nos Tribunais Administrativos

CRP – Constituição da República Portuguesa

CS – Câmara dos Solicitadores

CSM – Conselho Superior de Magistratura

CTP - Confederação do Turismo Português

DECO - Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor

DGPJ – Direcção-Geral da Política de Justiça do Ministério da Justiça

DIAP – Departamento de Investigação e Acção Penal

ELFDUCP – Escola de Lisboa da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa

ECS – Estatuto da Câmara dos Solicitadores, na redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de

Novembro

FENACOOP - Federação Nacional das Cooperativas de Consumidores, FCRL

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FDUNL – Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

FMI – Fundo Monetário Internacional

GAS - Gabinetes de Apoio ao Sobreendividado, da DECO

GT-CPEE-APE - Grupo de Trabalho da CPEE para a Agilização da Penhora Electrónica

GT-CPEE-EAE - Grupo de Trabalho da CPEE de Análise da Eficácia da Acção Executiva

GT-CPEE-ICE - Grupo de Trabalho da CPEE de Implementação de Soluções Electrónicas

GDLE - Grupo Dinamizador da Detecção e Liquidação de Processos de Execução

ISCSP - Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa

ITIJ - Instituto das Tecnologias de Informação na Justiça do Ministério da Justiça

MF – Ministério das Finanças

MJ – Ministério da Justiça

MSSS – Ministério da Solidariedade e Segurança Social

OA – Ordem dos Advogados

Programa de Acção da CPEE 2009/2012 - Programa de Acção e Linhas de Orientação da CPEE para o

triénio de 2009/2012, aprovado pelo Plenário da CPEE em 21/09/2009

REC. – Recomendação da CPEE

RCM – Resolução de Conselho de Ministros

93 Recomendações da CPEE 2009/2010 – Recomendações da CPEE sobre a Eficácia das Execuções e a

Formação dos Agentes de Execução 2009/2010, aprovadas pelo Plenário da CPEE em 13/07/2010

105 Recomendações da CPEE 2011/2012 – Recomendações da CPEE sobre a Eficácia das Execuções e a

Formação dos Agentes de Execução 2011/2012, aprovadas pela Deliberação n.º 35/2011, de 22/11/2011, do

Plenário da CPEE

SGMJ – Secretaria-Geral do Ministério da Justiça

SISAAE – Sistema Informático de Suporte à Actividade dos Agentes de Execução, gerido pela Câmara dos

Solicitadores

TC - Tribunal Constitucional

UIHJ – Union International des Huissiers de Justice e Officiers Judiciaires (Associação Internacional dos

Agentes de Execução)

UGC – União Geral dos Consumidores

UGT - União Geral de Trabalhadores

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PARTE I

O 3.º ANO DE ACTIVIDADE DA COMISSÃO PARA A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES

1. INTRODUÇÃO

O presente Relatório diz respeito à actividade da Comissão para a Eficácia das Execuções (CPEE) durante o

período compreendido entre o dia 1 de Abril de 2011 e o dia 6 de Março de 2012 (data da realização da 23.º

reunião do Plenário da CPEE, na qual o presente relatório foi aprovado), ou seja, durante o 3.º ano de

actividade do órgão público independente criado pelo Decreto-Lei nº 226/2008, de 20 de Novembro, e em

funcionamento desde o dia 31 de Março de 2009, contemplando os dados da actividade compreendidos entre

os dias 1 de Abril de 2011 e o dia 16 de Fevereiro de 2012.

2. O FUNCIONAMENTO DA CPEE EM PLENÁRIO E EM GRUPO DE GESTÃO

2.1. PLENÁRIO

A.) COMPOSIÇÃO

No 3.º ano de actividade exerceram o mandato de Membros do Plenário da CPEE:

a) A Presidente da Comissão, Mestre Paula Meira Lourenço, eleita por unanimidade dos restantes

Membros em 31/03/2009;

b) Um Vogal designado pelo Conselho Superior da Magistratura - Dra. Laurinda Gemas (desde

31/03/2009);

c) Um Vogal designado pelo membro do Governo responsável pela área da justiça - Dra. Ana

Vargas (entre 19/01/2010 e 21/12/2011) e o Dr. António Costa Moura (desde 17/01/2012);

d) Um Vogal designado pelo membro do Governo responsável pela área das finanças - Dra. Maria

da Guia Meirinha (desde 31/03/2009);

e) Um Vogal designado pelo membro do Governo responsável pela área da segurança social - Dra.

Luísa Guimarães (de 31/03/2009 a 20/09/2011) e Dr. Nelson da Silva Ferreira (desde 21/11/2011);

f) Um Vogal designado pelo Presidente da Câmara dos Solicitadores - Agente de Execução Dr.

Armando A. Oliveira (desde 06/01/2011);

g) Um Vogal designado pelo Bastonário da Ordem dos Advogados - Dra. Márcia Gonçalves (desde

31/03/2009);

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h) O Presidente do Colégio de Especialidade dos Agentes de Execução - Agente de Execução Dr.

Carlos Matos (desde 17/01/2012);

i) Um Vogal designado pelas associações representativas dos consumidores ou de utentes de

serviços de justiça1 - Dra. Célia Marques (desde 31/03/2009);

j) Dois Vogais designados pelas Confederações com assento na Comissão Permanente de

Concertação Social do Conselho Económico e Social2 - Dr. Joaquim Dionísio, da Confederação

Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional (desde 31/03/2009), e Dr. Vasco

Álvares de Mello, da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (desde 19/01/2010).

A CPEE, funcionando em Plenário, tem ainda a possibilidade de ter um Vogal nomeado pelo Conselho

Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais e/ou pelo Conselho Superior do Ministério Público, com

assento e direito de voto no Plenário da CPEE, sempre que na ordem de trabalhos sejam incluídos assuntos

da competência específica da jurisdição administrativa ou do Ministério Público, respectivamente.

Podem ainda participar nas reuniões do Plenário representantes de outras entidades relevantes para a

discussão e execução de tarefas específicas, mas sem direito a voto.

B.) CALENDÁRIO DAS REUNIÕES

No 3.º ano de actividade, realizaram-se 6 reuniões do Plenário da CPEE, entre a 18.ª e a 23.ª reunião,

ou seja, entre o 2.º e 4.º trimestre do ano de 2011, a CPEE reuniu em Plenário 4 (quatro) vezes, de acordo

com o seguinte Calendário (Fig. 1):

REUNIÃO DATA LOCAL HORA

18.ª 17.05.2011 Sede da CPEE 10h30

19.ª 12.07.2011 Sede da CPEE 10h30

20.ª 20.09.2011 Sede da CPEE 10h30

21.ª 22.11.2011 Sede da CPEE 10h30

Fig. 1 – Calendário das reuniões de Plenário da CPEE entre o 2.º e o 4.º trimestre do ano de 2011

1 As 4 (quatro) associações que têm assento no Plenário da CPEE, e que nomearam um Vogal da CPEE são as seguintes: a Associação Portuguesa de Consumidores (ACOP), a Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor – DECO, a Federação Nacional das Cooperativas de Consumidores, FCRL (FENACOOP) e a União Geral dos Consumidores (UGC). 2 Importa relembrar as 6 (seis) Confederações que têm assento no Plenário da CPEE, tendo nomeado dois representantes como Vogais da CPEE: a Confederação dos Agricultores de Portugal, a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, a CIP - Confederação Empresarial de Portugal, a Confederação do Turismo Português, a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical e a União Geral de Trabalhadores.

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E já no 1.º trimestre de 2012, a CPEE reuniu em Plenário 2 (duas) vezes, de acordo com o seguinte

Calendário (Fig. 2):

REUNIÃO DATA LOCAL HORA

22.ª 17.01.2012 Sede da CPEE 10h30

23.ª 06.03.2012 Sede da CPEE 10h30

Fig. 2 – Calendário das reuniões de Plenário da CPEE no 1.º trimestre do ano de 2012

C.) ORDENS DE TRABALHO

As ordens de trabalho das reuniões do Plenário da CPEE podem ser consultadas no ANEXO I ao

presente Relatório Anual de Actividades, e foram sendo divulgadas no sítio da CPEE na Internet à medida

que foram sendo realizadas, tendo em vista divulgar a actividade da CPEE junto dos cidadãos e das empresas

da CPEE - as ordens de trabalho estão disponíveis ao público em

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/CPEE_PLENARIO_2011_CALENDARIO_REUNIOES.pdf e em

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/CPEE_PLENARIO_2012_CALENDARIO_REUNIOES_.pdf).

D.) DELIBERAÇÕES

No 3.º ano de actividade, o Plenário da CPEE tomou 34 deliberações, constantes das actas n.º s 19 a 23,

inscritas nos livros de actas n.º s 4 e 5 do Plenário da CPEE, e cujo conteúdo se sintetiza no ANEXO II ao

presente Relatório Anual de Actividades, a saber:

a) 24 (vinte e quatro) deliberações entre o 2.º e 4.º trimestre do ano de 2011;

b) 10 (dez) deliberações no 1.º trimestre de 2012.

Após a aprovação do presente relatório, todas as deliberações do Plenário da CPEE constantes do ANEXO II

do presente Relatório serão disponibilizadas no sítio da CPEE na Internet (à semelhança das deliberações dos

1.º e 2.º anos de actividade da CPEE), tendo em vista assegurar a total transparência da nossa actividade junto

do público em geral.

12/287

2.2. GRUPO DE GESTÃO

A.) COMPOSIÇÃO

No 3.º ano de actividade exerceram o mandato de Membro do Grupo de Gestão da CPEE:

a) A Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, eleita por unanimidade dos Membros do

Plenário na reunião de 31/03/2009;

b) O Presidente do Colégio de Especialidade dos Agentes de Execução, o Agente de Execução

Dr. Carlos Matos (desde 06/01/2012);

c) Os três Membros escolhidos pela Presidente da CPEE e votados favoravelmente pelo

Plenário da CPEE, a saber: 1.) a Dra. Ana Luísa Rodrigues (desde 25/06/2009); 2.) a Dra. Inês

Caeiros (desde 25/11/2009); 3.) o Dr. António Delicado (entre 07/02/2011 e 19/07/2011) e a Dra.

Ana Cabral (desde 20/07/2011).

No exercício das competências enquanto órgão disciplinar e de fiscalização, e ainda das competências

referidas nas alíneas b) a d) do artigo 69.º-C do ECS, a CPEEGG deve ser assessorado por peritos ou

técnicos por si escolhidos, a recrutar dentro da dotação máxima anual a fixar por despacho conjunto dos

membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da justiça, sendo a SGMJ responsável pelo

pagamento dos técnicos, ao abrigo do disposto na alínea c) do Decreto-Lei n.º 165/2009, de 22 de Julho, que

prevê: “(c)abe à Secretaria -Geral do Ministério da Justiça suportar os seguintes encargos relativos ao funcionamento da

CPEE: (…) O pagamento da assessoria técnica à CPEE, nos termos do n.º 3 do artigo 69.º -F do Estatuto da Câmara dos

Solicitadores".

Porém, à semelhança do que ocorrera no 2.º ano de actividade, a CPEEGG durante o seu 3.º ano de

actividade, não teve qualquer assessoria técnica, porque não foi emitido o despacho conjunto dos membros

do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da justiça que iria prever a dotação máxima dos anos de

2011 e de 2012, tal como também não havia sido emitido o despacho relativo ao ano de 2010.

B.) CALENDARIZAÇÃO DAS REUNIÕES

No 3.º ano de actividade, entre 01/04/2011 e 06/03/2012, realizaram-se 39 (trinta e nove) reuniões do

Grupo de Gestão da CPEE, entre a 78.ª e a 116.ª reunião.

13/287

Entre o 2.º e 4.º trimestre do ano de 2011, a CPEE reuniu em Grupo de Gestão 31 (trinta e uma) vezes, de

acordo com o seguinte Calendário (Fig. 3):

REUNIÃO DATA LOCAL HORA

78.ª 07.04.2011 Sede da CPEE 10h30

79.ª 14.04.2011 Sede da CPEE 10h30

80.ª 21.04.2011 Sede da CPEE 10h30

81.ª 28.04.2011 Sede da CPEE 10h30

82.ª 05.05.2011 Sede da CPEE 10h30

83.ª 19.05.2011 Sede da CPEE 10h30

84.ª 26.05.2011 Sede da CPEE 10h30

85.ª 02.06.2011 Sede da CPEE 10h30

86.ª 16.06.2011 Sede da CPEE 10h30

87.ª 22.06.2011 Sede da CPEE 10h30

88.ª 30.06.2011 Sede da CPEE 10h00

89.ª 07.07.2011 Sede da CPEE 10h30

90.ª 14.07.2011 Sede da CPEE 10h30

91.ª 21.07.2011 Sede da CPEE 10h30

92.ª 28.07.2011 Sede da CPEE 10h30

93.ª 04.08.2011 Sede da CPEE 10h30

94.ª 01.09.2011 Sede da CPEE 10h30

95.ª 15.09.2011 Sede da CPEE 10h30

96.ª 29.09.2011 Sede da CPEE 10h30

97.ª 13.10.2011 Sede da CPEE 10h30

98.ª 20.10.2011 Sede da CPEE 10h30

99.ª 27.10.2011 Sede da CPEE 10h30

100.ª 03.11.2011 Sede da CPEE 10h30

101.ª 10.11.2011 Sede da CPEE 10h30

102.ª 17.11.2011 Sede da CPEE 10h30

103.ª 18.11.2011 Sede da CPEE 19h30

104.ª 24.11.2011 Sede da CPEE 10h30

105.ª 30.11.2011 Sede da CPEE 10h30

106.ª 07.12.2011 Sede da CPEE 10h30

107.ª 15.12.2011 Sede da CPEE 10h30

108.ª 22.12.2011 Sede da CPEE 10h30

Fig. 3 – Calendário das reuniões de Grupo de Gestão da CPEE entre o 2.º e o 4.º trimestre do ano de 2011

14/287

Durante o 1.º trimestre do ano de 2012 (até ao dia 06/03/2012), a CPEE reuniu em Grupo de Gestão 8 (oito)

vezes, de acordo com o seguinte Calendário (Fig. 4):

REUNIÃO DATA LOCAL HORA

109.ª 12.01.2012 Sede da CPEE 10h30

110.ª 19.01.2012 Sede da CPEE 10h30

111.ª 26.01.2012 Sede da CPEE 11h00

112.ª 03.02.2012 Sede da CPEE 16h00

113.ª 09.02.2012 Sede da CPEE 17h00

114.ª 16.02.2012 Sede da CPEE 10h30

115.ª 23.02.2012 Sede da CPEE 14h30

116.ª 01.03.2012 Sede da CPEE 10h30

Fig. 4 – Calendário das reuniões de Grupo de Gestão da CPEE no 1.º trimestre do ano de 2012,

até ao dia 06/03/2012

C.) ORDENS DE TRABALHO

As ordens de trabalho das reuniões do Grupo de Gestão podem ser consultadas no ANEXO III ao presente

Relatório Anual de Actividades, e foram sendo divulgadas no sítio da CPEE na Internet à medida que foram

sendo realizadas (semanalmente), tendo em vista divulgar a actividade da CPEE junto dos cidadãos e das

empresas da CPEE (disponíveis em http://www.cpee.pt/CPEE_GRUPO_DE_GESTAO_2011_OT/ e

http://www.cpee.pt/CPEE_GRUPO_DE_GESTAO_2012_OT/).

D.) DELIBERAÇÕES

Entre os dias 01/04/2011 e 06/03/2012, o Grupo de Gestão da CPEE tomou 424 deliberações,

constantes das actas n.º s 78 a 116, inscritas nos livros de actas n.º s 7 a 11 do Grupo de Gestão da CPEE, e

cujo conteúdo se sintetiza no ANEXO IV ao presente Relatório Anual de Actividades, a saber:

a) 342 (trezentas e quarenta e duas) deliberações entre o 2.º e 4.º trimestre de 2011;

b) 82 (oitenta e duas) deliberações no 1.º trimestre de 2012, até ao dia 06/03/2012.

Após a aprovação do presente relatório, as deliberações do CPEEGG constantes do ANEXO IV do presente

Relatório serão disponibilizadas no sítio da CPEE na Internet (à semelhança das deliberações tomadas

durante o 1.º e o 2.º anos de actividade da CPEE), tendo em vista assegurar a total transparência da nossa

actividade junto do público em geral.

15/287

3. O ACÓRDÃO N.º 25/2012, DE 13 DE FEVEREIRO, DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL: A NÃO

INCONSTITUCIONALIDADE DA CPEE

O Acórdão n.º 25/2012, de 13 de Fevereiro, do Tribunal Constitucional, que declarou a não

ilegalidade e a não inconstitucionalidade da composição da Comissão para a Eficácia das

Execuções (CPEE), designadamente das normas constantes do artigo 69.º-D, n.º 1, alíneas a) a j), do

Estatuto da Câmara dos Solicitadores, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 88/2003, de 26 de Abril, na redacção

que lhe foi conferida pelo Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro, encontra-se disponível ao público

no sítio da CPEE na Internet em http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Ac_TC_25_2012_13_02.pdf, e é um

marco de relevância incontornável na criação da CPEE e na sua actividade, razão pela qual merece

aqui destaque.

Com efeito, o pedido de inconstitucionalidade deduzido pelo Provedor de Justiça junto do Tribunal

Constitucional3, e a defesa apresentada pelo Governo, assentaram, em síntese, nos seguintes argumentos:

a) O Provedor de Justiça deduziu pedido de fiscalização abstracta sucessiva, requerendo a

declaração de ilegalidade e inconstitucionalidade, com força obrigatória geral, das normas que

constam do artigo 69.º -D, n.º 1, alíneas a) a j), do Estatuto da Câmara dos Solicitadores, aprovado pelo

Decreto-Lei n.º 88/2003, de 26 de Abril, na redacção que lhe foi conferida pelo Decreto-Lei n.º 226/2008, de

20 de Novembro, invocando, em síntese:

a.1.) Ilegalidade: atendendo a que a CPEE tinha sido criada pelo Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de

Novembro, enquanto órgão independente da Câmara dos Solicitadores, ao abrigo de uma lei de autorização

parlamentar (Lei n.º 18/2008, de 21 de Abril), como a introdução da representação dos Agentes de Execução

inscritos na Ordem dos Advogados (OA) na CPEE era a inovação expressamente autorizada pelo

Parlamento, a manutenção da natureza associativa desse órgão impunha que, na sua composição, pelo menos

a maioria dos seus membros encontrasse legitimação na autotutela associativa devolvida pelo Estado às

classes profissionais em causa. Ora, apenas dois dos onze membros da CPEE são representantes da Câmara

dos Solicitadores (CS), a que se soma apenas mais um da Ordem dos Advogados, pelo que sendo o peso dos

membros estranhos às referidas associações profissionais consideravelmente superior aos membros

representantes dessas associações, alegou-se que o Governo actuara sem credencial parlamentar, contrariando

o sentido da autorização concedida. Por isso, as normas constantes do artigo 69.º -D, n.º 1, alíneas a) a j), do

3 Este pedido do Provedor de Justiça junto do TC baseou-se num Parecer jurídico solicitado pela Câmara dos Solicitadores e entregue ao Provedor de Justiça em 2010, tal como indicado pelo Presidente da CS ao Plenário da CPEE.

16/287

ECS padeceriam de ilegalidade material, por violação do sentido da lei de autorização legislativa contido no

artigo 5.º, alínea b), da Lei n.º 18/2008, de 21 de Abril.

a.2.) Inconstitucionalidade: i) Inconstitucionalidade por violação do n.º 4 do artigo 267.º da CRP, porque

as associações públicas, como a CS, têm que ter uma “organização interna baseada no respeito dos seus

membros e na formação democrática dos seus órgãos”, e a CPEE, órgão integrado na CS com amplos

poderes decisórios, tinha sido imposta pelo legislador à CS, não sendo a esmagadora maioria dos seus

membros designada pela CS, o que violaria os direitos de participação democrática dos membros da CS e o

princípio da formação democrática dos órgãos desta associação pública, princípios esses que decorrem da

parte final do n.º 4 do artigo 267.º da CRP; ii) Inconstitucionalidade por violação da alínea d), do artigo 199.º,

da CRP, pois ao Governo compete apenas o exercício de uma tutela da legalidade sobre a administração

autónoma. Tendo a CPEE poderes decisórios e integrando a sua composição três membros com direito a

voto nomeados pelo Governo (alíneas b), c) e d), do n.º 1, do artigo 69.º -D, do ECS), e cabendo a estes

efectivos poderes de decisão que não se enquadram nos limites da mera tutela da legalidade para a qual nos

remete a norma do artigo 199.º, alínea d), da CRP, o poder de decisão do Governo no âmbito da CPEE, viola

a norma inserida no artigo 199.º, alínea d), da CRP, na parte respeitante à administração pública autónoma.

b) O Primeiro-Ministro respondeu, afirmando, em síntese, que:

b.1.) A alegações de inconstitucionalidade e de ilegalidade, partiam de dois equívocos substanciais,

a saber:

O 1.º equívoco do Requerente é o de que a CPEE, especificamente na formação de plenário,

é o órgão ao qual compete a regulação e o exercício do poder disciplinar sobre os agentes de

execução.

O pedido do Requerente ignora a configuração de órgão complexo que o legislador deu à

CPEE; este é um órgão que, mais do que funcionando em duas formações, compreende dois

órgãos distintos e com competências diferentes.

A CPEE funciona como Plenário (CPEEP) e como Grupo de Gestão (CPEEGG).

Em matéria disciplinar, a CPEEP apenas funciona como órgão de recurso (um recurso hierárquico

impróprio, facultativo), para as decisões da CPEEGG que apliquem penas de suspensão e de

expulsão (alínea b), do n.º 1, do artigo 69.º-F, do ECS na redacção actual).

É como CPEEGG que a Comissão actua no âmbito da regulação profissional, enquanto a CPEEP

apenas define orientações gerais e através de recomendações, para além de definir o número de

estagiários admitidos e escolher a entidade externa que intervém na avaliação.

O 2.º equívoco do Requerente é a afirmação de que a CPEE é, sem qualquer especificidade,

um órgão da pessoa colectiva associativa CS, porque a CPEE apenas formalmente está

17/287

associada à CS por razões logísticas e de funcionamento administrativo, mas que goza de

um estatuto de independência.

b.2.) Quanto à questão da invocada ilegalidade por violação da autorização legislativa, o Governo criou, tal

como previsto, um órgão destinado a disciplinar a eficácia das execuções (a CPEE), tendo adoptado

um esquema orgânico de «órgão complexo» sem discriminar imediatamente a proveniência

profissional da totalidade dos membros do órgão com competências de «regulação profissional» (a

CPEEGG).

Esta opção em nada contraria a lei de autorização legislativa, uma vez que o Governo não atribuiu as

competências de «regulação profissional» a um órgão com uma composição estranha às profissões de

solicitador e de advogado.

E, apesar de pouco valer, não deixa de ser relevante recordar que o Governo, com a proposta de lei de

autorização, enviou ao Parlamento o projecto de Decreto-Lei autorizado: a «credencial» não só existe como,

quando foi aprovada, já se conhecia o que se «credenciava».

b.3.) No que respeita à invocada inconstitucionalidade por violação da norma da formação democrática dos

órgãos, não sendo a CPEE um órgão próprio da estrutura orgânica da CS, pois não prossegue as

atribuições desta, seria estranho que a sua composição resultasse da expressão democrática dos

solicitadores.

b.4.) Quanto à inconstitucionalidade por violação do limite tutelar de interferência, há que ter presente que a

tutela que está prevista na alínea d), do artigo 199.º da CRP é um mecanismo de controlo e de fiscalização da

legalidade dos actos e condutas dos sujeitos tutelados (eventualmente aferindo também sobre o exercício

«correcto» da discricionariedade) e não uma medida que se repercuta na forma como o legislador organiza ou

configura normativamente a estrutura desses mesmos sujeitos e a composição dos seus órgãos.

Sendo a CPEEP um órgão praticamente consultivo (emite recomendações) e, no que não o é,

apenas se pronuncia sobre aspectos estratégicos da profissão de agente de execução, não se vê em

que medida pode a presença de membros designados pelo Governo invadir um espaço de

autonomia que se possa reconhecer a um órgão independente da administração autónoma.

E concluiu pela improcedência das alegações de ilegalidade e inconstitucionalidade das normas constantes das

alíneas a) a j), do artigo 69.º-D do ECS, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 88/2003, de 26 de Abril, e alterado

pelo Decreto -Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro.

18/287

Elaborado pelo Presidente do Tribunal Constitucional (TC) o memorando a que se refere o artigo 63.º da Lei

do TC, e tendo este sido submetido a debate, nos termos do n.º 2, do referido preceito, o Tribunal decidiu:

“o Tribunal Constitucional não declara a ilegalidade, nem a inconstitucionalidade, das

normas constantes do artigo 69.º-D, n.º 1, alíneas a) a j), do Estatuto da Câmara dos

Solicitadores, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 88/2003, de 26 de Abril, na redacção que lhe foi

conferida pelo Decreto -Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro”.

A fundamentação que serviu de base à fixação do Acórdão do TC, fundou-se em 4 (quatro)

argumentos os quais importa aqui destacar, em súmula, atenta a sua relevância para a actividade da

CPEE:

1 - As normas questionadas no pedido de fiscalização definem somente a composição da CPEE, na qualidade

de órgão responsável em matéria de acesso e admissão a estágio, de avaliação dos agentes de execução

estagiários e de disciplina dos agentes de execução, não estando em causa a constitucionalidade da inserção

deste órgão na estrutura da CS (artigo 69.º-B do ECS), uma vez que os poderes de cognição do TC estão

limitados pelo pedido de fiscalização deduzido.

A Proposta de Lei (n.º 176/X) apresentada à Assembleia da República autorizou o Governo a aprovar um

conjunto de medidas destinadas a aperfeiçoar o novo modelo adoptado pela «Reforma da acção executiva»,

aprofundando-o e criando condições para ser mais simples e eficaz. Entre essas medidas encontrava-se o

reforço do papel do agente de execução na tramitação das acções executivas, alargando-se a

possibilidade de desempenho dessas funções a advogados, face à necessidade de aumentar o

número de agentes de execução que garantisse uma efectiva possibilidade de escolha pelo

exequente. Este alargamento do espectro de agentes de execução foi acompanhado por propostas

de alteração ao regime de incompatibilidades, impedimentos e suspeições dos agentes de execução,

visando restringir as condições de exercício desta função, e de criação de um órgão destinado a

promover a eficácia das execuções, ao qual também competisse o exercício do poder disciplinar

sobre os agentes de execução, de forma a garantir uma maior transparência e confiança no sistema.

A proposta foi aprovada pela Lei n.º 18/2008, de 21 de Abril, que além do mais, autorizou o Governo a

alterar o ECS de modo a (artigo 5.º):

“a) Modificar a estrutura orgânica da CS e alterar as competências dos órgãos actuais;

b) Criar um órgão destinado a disciplinar a eficácia das execuções ao qual compita o exercício do poder disciplinar sobre os

agentes de execução, com possibilidade de delegação, prevendo as suas demais competências e composição, tendo em conta a alínea

a) do artigo 2.º”

sendo que a alínea a) do artigo 2.º da referida Lei n.º 18/2008, dispôs:

19/287

“Fica o Governo autorizado a criar o estatuto de agente de execução, adaptando o estatuto do solicitador de execução,

nomeadamente para o efeito de:

a) Permitir que advogados e solicitadores possam exercer funções de agentes de execução”.

Ao abrigo desta autorização legislativa, o Governo aprovou o Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro,

que separou a função de Agente de Execução da profissão de Solicitador, permitindo o acesso dos

Advogados, e criou um órgão novo com competências em matéria de acesso e admissão a estágio, de

avaliação dos agentes de execução estagiários e de disciplina dos agentes de execução, previsto no artigo 69.º-

B e seguintes do ECS — a CPEE.

A CPEE funciona em Plenário de todos os seus membros (CPEEP), para o exercício das

competências definidas no n.º 1, do artigo 69.º-F, do ECS, e em Grupo de Gestão (CPEEGG) no

exercício das competências elencadas no n.º 2, do mesmo preceito.

Foi precisamente a legalidade e constitucionalidade da composição do órgão Plenário que foi colocada em

causa no recurso apresentado pelo Sr. Provedor de Justiça.

2 – O Requerente questionou, em 1.º lugar, a legalidade destas normas, por entender que o Governo ao

definir a composição da CPEE contrariou o sentido da autorização legislativa concedida pela Assembleia da

República, uma vez que dos onze membros que integram este órgão apenas três são designados ou provêm

das associações profissionais dos solicitadores e dos advogados (um vogal é designado pelo Presidente da

Câmara dos Solicitadores, outro é designado pelo Bastonário da Ordem dos Advogados, e um terceiro é o

Presidente do Colégio de Especialidade dos Agentes de Execução).

Da leitura conjugada das alínea a) e b), do artigo 5.º, da Lei n.º 18/2008, de 21 de Abril, o TC concluiu que

o legislador parlamentar autorizou o Governo a criar, no âmbito da estrutura da CS, um órgão

especificamente destinado a disciplinar a eficácia das execuções, ao qual competisse também o

exercício do poder disciplinar sobre os agentes de execução, conferindo-lhe poderes para prever estas e

outras competências e definir a composição deste novo órgão.

Mais concluiu o TC que “se o legislador, com a extensão aos advogados do acesso à profissão de

agente de execução, por um lado, sentiu que a supervisão desta função não podia continuar

entregue aos órgãos da associação representativa dos interesses dos solicitadores, revelando-se

necessária a criação de um novo órgão que desempenhasse especificamente essa actividade

fiscalizadora, por outro lado, não quis desligar completamente esse novo órgão da Câmara dos

Solicitadores”. Daí que a sua previsão (alínea b) do artigo 5.º) implicasse uma modificação da estrutura

orgânica da CS e uma alteração das competências dos seus órgãos (alínea a) do artigo 5.º).

Contudo, “apesar da lei de autorização pretender que o novo órgão funcionasse inserido na estrutura da CS, não definiu a sua

natureza, nem o modo como essa inserção se deveria processar, não se tendo imposto que o mesmo assumisse um cariz

20/287

representativo dos membros desta associação profissional,” pelo que o TC não considerou possível extrair da indicação

da localização do órgão, uma directriz no sentido de que a sua composição deveria satisfazer uma

representação maioritária de qualquer classe profissional, designadamente a dos solicitadores, pois nos termos

da lei de autorização legislativa, a previsão pelo Governo da composição do novo órgão apenas estava

obrigada a tomar em consideração que a função de agente de execução passava a poder ser exercida não só

por solicitadores, mas também por advogados (alínea a) do artigo 2.º, por remissão da parte final da aliena b)

do artigo 5.º).

Se a imposição desta ponderação obrigava à participação na CPEE das associações das quais aqueles

profissionais liberais obrigatoriamente são membros (CS e OA), nada permite afirmar que essa participação

tivesse que assumir um peso maioritário ou que aquele que lhe foi atribuído pelo Decreto-Lei n.º 226/2008,

de 20 de Novembro, fosse insuficiente para satisfazer o sentido da autorização do legislador parlamentar.

Assim, o TC concluiu que da análise dos termos da Lei n.º 18/2008, de 21 de Abril, não resultava que a

definição da composição da CPEE efectuada pelo Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro,

contrariava o sentido da autorização legislativa, não se verifica o vício apontado pelo Requerente.

3 - O Requerente invocou, em 2.º lugar, a inconstitucionalidade das normas definidoras da composição da

CPEE, por considerar que violariam o n.º 4 do artigo 267.º da CRP. Como entendeu o TC, “o artigo 69.º-D

do ECS, aditado pelo artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro, optou por uma

composição pluralista da CPEE, procurando que nesta estivessem representados todos os sectores

com interesse na eficácia da acção executiva, como as entidades representativas dos consumidores

ou utentes de serviços de justiça, parceiros sociais, o Governo, o Conselho Superior da Magistratura,

a Ordem dos Advogados e a Câmara dos Solicitadores. Nas palavras do legislador, pretendeu -se

que esta composição plural tornasse a Comissão para a Eficácia das Execuções um fórum

privilegiado para a troca de opiniões e de experiências sobre o desempenho dos agentes de

execução, facilitando o diálogo entre aqueles que utilizam os serviços destes agentes, os que podem

promover a sua eficácia e os próprios operadores judiciários preâmbulo do Decreto -Lei n.º

165/2009, de 22 de Julho, que regula aspectos relativos ao funcionamento da CPEE”.

Importa ter em linha de conta a natureza e o especial posicionamento da CPEE no interior da CS, enquanto

órgão independente da CS - desde logo o novo artigo 69.º-B do ECS qualifica a CPEE como um órgão

independente da CS, sendo que “esta independência assume-se precisamente face à Câmara dos

Solicitadores, pelo que a sua ligação a esta associação pública é meramente formal, tendo apenas

reflexos logísticos e financeiros (artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 165/2009, de 22 de Julho, e n.º 3 do

artigo 127.º do ECS)”.

21/287

A CPEE, destinando-se a superintender em matérias de acesso à função e de disciplina dos agentes de

execução, tendo as competências legais previstas no artigo 69.º-C do ECS, e tendo em atenção que os agentes

de execução tanto podem ser solicitadores, como advogados, tais atribuições não se podem considerar

inseridas nas finalidades específicas da CS, revelando-se, por isso, “de acordo com a sua substância a

qualificação da CPEE como órgão independente da Câmara dos Solicitadores, não sendo possível

considerá-lo como representativo da classe profissional solicitadores.

Daí que na enumeração dos órgãos da Câmara constante do artigo 11.º, do ECS, a CPEE não figure.

Deste modo, sendo a CPEE um órgão independente da Câmara dos Solicitadores, apesar de

formalmente nela alojado, a sua composição plural, na qual em onze membros apenas um é

designado pelo Presidente da Câmara dos Solicitadores e outro é o Presidente do Colégio da

Especialidade dos Agentes de Execução, não infringe os princípios democráticos que devem

presidir à formação dos órgãos das associações públicas”.

4 - O Requerente alegou, por último, que o disposto no n.º 1 do artigo 69.º-D do ECS, viola a alínea d) do

artigo 199.º da CRP, vez que a composição da CPEE é integrada por três vogais designados pelo Governo

(um vogal designado pelo membro do Governo responsável pela área da justiça, outro pelo membro do

Governo responsável pela área das finanças e outro pelo membro do Governo responsável pela área da

segurança social - alíneas b), c) e d), do n.º 1 do artigo 69.º-D do ECS).

Porém, a intervenção do Governo cessa com a designação das pessoas que irão ocupar o lugar de

vogais da CPEE, não estando estes, no exercício dos seus cargos, sujeitos a quaisquer orientações,

directivas ou recomendações, não respondendo perante o Governo, que os não pode destituir,

agindo os vogais designados pelos membros do Governo das áreas da justiça, finanças e segurança

social, no seio da CPEE, com total autonomia e liberdade, não existindo qualquer controlo de

conformidade da sua actuação com as políticas governamentais.

“Daí que o aludido poder de designação, desacompanhado de um poder de controlo sobre a

actuação dos vogais indicados, não corresponda à consagração de qualquer regime de tutela sobre

órgãos da administração autónoma que se possa considerar não estar abrangido pelo disposto no

artigo 199.º, d) da Constituição, pelo que também não merece acolhimento este fundamento de

inconstitucionalidade invocado pelo Requerente”.

22/287

PARTE II

COMPETÊNCIAS E ACTIVIDADES DA COMISSÃO PARA A EFICÁCIA DAS

EXECUÇÕES

§§ 1.º – A EMISSÃO DAS 105 RECOMENDAÇÕES SOBRE A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES E A FORMAÇÃO DOS

AGENTES DE EXECUÇÃO - PLENÁRIO - NOVEMBRO DE 2011

Em 22/11/2011, o Plenário da CPEE aprovou as Recomendações da CPEE 2011/2012, sobre a Eficácia

das Execuções e a Formação dos Agentes de Execução, através da Deliberação n.º 35/2011, de 22/11/2011

(de ora em diante apenas designadas 105 Recomendações da CPEE 2011/2012), constantes do documento

Recomendações da CPEE 2011/2012, com 118 páginas, e que está disponível ao público em

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/RECOMENDACOES_DA_CPEE_EFICACIA_DAS_EXECUCOE

S_FORMACAO_DOS_AGENTES_EXECUCAO_2011_2012_.pdf.

As 105 Recomendações da CPEE 2011/2012 repartem-se entre:

72 Recomendações sobre a Eficácia das Execuções;

33 Recomendações sobre a Formação dos Agentes de Execução.

Trata-se da 2.º vez que a CPEE emitiu as suas recomendações, dado que o exercício desta importante

competência legal segue uma metodologia específica, a qual assenta na análise anual da vigência do sistema

legal de execuções cíveis após o Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro, que criou a CPEE (em vigor

depois do dia 31/03/2009), e bem assim na recolha de ideias e de contributos de todos, e no seu amplo

debate público (através da realização pela CPEE de uma Conferência anual para o efeito), pelo que, entre

Julho de 2010 (data da 1.ª emissão de recomendações pela CPEE) e Novembro de 2011, a CPEE:

a) Monitorizou a execução das 93 Recomendações da CPEE 2009/2010, aprovadas na 12.ª reunião do

Plenário da CPEE, de dia 13/07/2010;

b) Monitorizou o 2.º ano de vigência do regime da acção executiva (Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de

Novembro), através de 10 critérios de análise – a maioria dos quais utilizados pela Comissão

Europeia para a Eficiência da Justiça (CEPEJ), do Conselho da Europa -, sendo de destacar: a

movimentação processual; a taxa de resolução processual; o critério financeiro; o critério da

implementação das soluções tecnológicas; o estágio dos Agentes de Execução; a conduta disciplinar

dos Agentes de Execução; os resultados das fiscalizações feitas aos Agentes de Execução; as

Recomendações da CEPEJ, da Associação Internacional dos Agentes de Execução (UIHJ) e do

Memorando de Entendimento celebrado entre o Estado português e a CE-BCE-FMI;

23/287

c) Recolheu contributos junto dos Membros do Plenário da CPEE, que representam os operadores

judiciários, os responsáveis políticos pela política de Justiça, os consumidores e utentes da Justiça, os

cidadãos e as empresas; junto dos Membros do Grupo de Gestão da CPEE; e junto dos 10 Agentes

de Execução Fiscalizadores da CPEE;

d) Convidou todos os Agentes de Execução a participar, em especial, os 626 Agentes de Execução alvo

de uma fiscalização electrónica pela CPEE em Junho/Setembro de 2011, tendo sido recebidas

sugestões de cerca de 100 Agentes de Execução;

e) Promoveu o amplo debate junto do público em geral, convidando reputados oradores nacionais e

internacionais, peritos em matéria de acção executiva e prestadores do serviço público de Justiça, a

participar na 2.ª Conferência Internacional da CPEE “Promover a Eficácia das Execuções” e Workshop

“As Boas Práticas na Actividade do Agente de Execução”, que se realizou nos dias 23 e 24 de Setembro de

2011, no Centro Multimeios de Espinho – as conclusões da Conferência foram anexadas às 105

Recomendações da CPEE 2011/2012, e quer estas, quer as intervenções dos oradores estão disponíveis

ao público no sítio da CPEE na Internet em http://www.cpee.pt/.

Toda a metodologia atrás enunciada consta do documento Recomendações da CPEE 2011/2012, e bem

assim as 105 Recomendações da CPEE 2011/2012, sendo de assinalar que apenas 31 Recomendações são novas

Recomendações, pois as restantes 74 Recomendações já tinham sido emitidas pelo Plenário da CPEE em

13/07/2010, em Novembro de 2011 encontravam-se ainda por concretizar, ou seja, as 105 Recomendações da

CPEE 2011/2012 repartem-se por

a) 74 Recomendações antigas, já emitidas pelo Plenário da CPEE em 13/07/2010, encontrando-se

por concretizar em Novembro de 2011;

b) 31 Recomendações novas.

Com efeito, da monitorização das 93 Recomendações da CPEE 2009/2010, aprovadas pelo Plenário da CPEE

em 13/07/2010, resultou que em Novembro de 2011:

a) Apenas 24,5% das recomendações da CPEE sobre a eficácia das execuções tinham sido executadas,

encontrando-se 75,4% das recomendações em falta, da responsabilidade das entidades elencadas na

Fig. 5;

b) Apenas 12,5% das recomendações da CPEE sobre a formação dos Agentes de Execução tinham sido

executadas, encontrando-se 87,4% das recomendações em falta, da responsabilidade das entidades

elencadas na Fig. 6.

24/287

ENTIDADES DESTINATÁRIAS: N.º TOTAL DE

RECOMENDAÇÕES

N.º DE RECOMENDAÇÕES

EXECUTADAS

N.º DE RECOMENDAÇÕES

EM FALTA

A) MJ 26 2 24

B) COOPERAÇÃO ENTRE MJ E CS 3 1 2

C) COOPERAÇÃO ENTRE MF E CS 1 0 1

D) COOPERAÇÃO ENTRE MJ, MF, MSSS E CS 2 1 1

E) CS 19 4 15

F) AGENTES DE EXECUÇÃO: OFICIAIS DE JUSTIÇA/

SOLICITADORES /ADVOGADOS 2 0 2

G) ENTIDADES QUE CONCEDEM

CRÉDITO 1 0 1

H) DIVULGAÇÃO AO PÚBLICO DO

REGIME LEGAL EM VIGOR

DESDE 31/03/2009 E DA

ANÁLISE DE EFICIÊNCIA POR

TRIBUNAL 7 7 0

TOTAIS 61 15 46

Fig. 5 – RECOMENDAÇÕES DA CPEE 2009/2010 SOBRE A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES:

EXECUTADAS E EM FALTA

Fonte: CPEE4

ENTIDADE

DESTINATÁRIA: CÂMARA DOS

SOLICITADORES

N.º TOTAL DE RECOMENDAÇÕES

N.º DE RECOMENDAÇÕES

EXECUTADAS

N.º DE RECOMENDAÇÕES EM

FALTA

1. FORMAÇÃO INICIAL 19 4 15

2. FORMAÇÃO CONTÍNUA

OBRIGATÓRIA 13 0 13

TOTAIS 32 4 28

Fig. 6 – RECOMENDAÇÕES DA CPEE 2009/2010 SOBRE A FORMAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO:

EXECUTADAS E EM FALTA

Fonte: CPEE5

4 Cfr. 105 Recomendações da CPEE 2011/2012, p. 38. 5 Cfr. 105 Recomendações da CPEE 2011/2012, p. 39.

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Do total das 105 Recomendações da CPEE 2011/2012, salientemos as seguintes 10 Recomendações

antigas (de 12.07.2010) cuja execução estava em falta em Novembro de 2011:

a) REC. 3 - Criação da comissão de fiscalização da actividade dos centros de arbitragem

institucionalizada na acção executiva – a criação de centros de arbitragem pode aliviar os tribunais da

entrada anual de milhares de acções para cobrança de dívidas de pequeno valor (litigantes de massa);

b) REC. 11 - Possibilidade de o Autor prosseguir a imediata execução da sentença através do CITIUS –

é já hoje possível prever a imediata execução de sentença, faltando apenas o desenvolvimento

informático dessa funcionalidade no CITIUS;

c) REC. 14 - Previsão do pré-pagamento ao Agente de Execução do valor fixo da tarifa para a Fase 1 –

milhares de acções executivas insaturadas após Março de 2009 estão paradas porque o

credor/Exequente não paga o valor da Fase 1 ao Agente de Execução, não sendo justo que se lhe

exija que avance com as diligências sem receber a devida provisão;

d) REC. 22 - Responsabilização do credor que concede crédito ao devedor já inscrito na Lista Pública de

Execuções, e enquanto o devedor constar desta lista – visa-se evitar o sobreendividamento;

Mecanismos de sincronização em tempo real (para que os actos do agente de execução sejam

vertidos no CITIUS/HABILUS, e os actos do juiz, mandatário judicial e oficial sejam vertidos

no SISAAE);

Uniformização do registo electrónico dos actos processuais no SISAAE e do tipo de acto

visualizado no CITIUS/Habilus;

f) REC. 44 - Assegurar a efectiva extinção das acções executivas pendentes por falta de bens do

devedor por aplicação do n.º 6 do artigo 833.º-B do CPC (inclusive em relação a processos anteriores

a 2009) – milhares de acções para cobrança de dívidas estão pendentes, apesar de não existir bens. A

extinção destas acções inviáveis libertará os tribunais de processos que estão parados, sem que seja

possível assegurar o pagamento, e renovará a imagem de Portugal do ponto de vista financeiro e

económico;

g) REC. 58 - Realização pelo Agente de Execução da penhora electrónica através do SISAAE de

imóveis, quotas de sociedades, marcas e patentes, saldos bancários e créditos fiscais;

h) REC. 61 - Criação de meios electrónicos para conclusão dos processos pelo Agente de Execução

directamente ao juiz, por oposição aos actos que devam ser remetidos à secretaria do Tribunal – visa-

se evitar o entupimento dos tribunais com milhares de comunicações electrónicas de actos “não

classificados” que originam tarefas inúteis ou a simples paragem dos processos;

e) REC. 43 - Assegurar que o processo electrónico seja constituído pelos mesmos actos, diligências e

notificações no CITIUS/HABILUS e no SISAAE, através de:

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j) REC. 89 - Formação Contínua Obrigatória dos Agentes de Execução.

E destaquemos as seguintes 10 Recomendações novas (de 22.11.2011) do total das 105 Recomendações da

CPEE 2011/2012:

a) REC. 25 - Criação de um modelo eficaz de gestão dos tribunais, electrónico, que assegure a

qualidade da prestação de serviço público;

b) REC. 26 - Adoptar sistemas informáticos de gestão de processos judiciais em todas as comarcas

piloto, tendo como modelo o Projecto "X" da comarca da Grande Lisboa-Noroeste (Juízo de

Execução de Sintra);

c) REC. 29 - Colocação de “informação e alarmes electrónicos automáticos” no CITIUS, que serão enviados à

CPEE sempre que o processo executivo esteja parado há mais de X meses (a determinar pela

CPEE);

d) REC. 31 - Operacionalização da criação dos centros de arbitragem da acção executiva prevista no

Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro - tramitação das acções executivas dos litigantes de

massa;

e) REC. 32 - Garantir uma relação efectiva entre os sistemas de apoio ao sobreendividamento

autorizados pelo Ministério da Justiça ao abrigo da Portaria n.º 312/2009, de 30 de Março, e os

centros de arbitragem da acção executiva, permitindo que as situações de sobreendividamento

detectadas, sejam encaminhadas para os sistemas de apoio ao sobreendividamento – trata-se de uma

medida de Justiça social que deve ser ponderada em contrapartida às medidas de austeridade exigidas

aos cidadãos e às empresas;

f) REC. 34 - Divulgar a possibilidade legal prevista no Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro,

de suspender os processos de execução submetidos a centros de arbitragem quando os mesmos

digam respeito a devedores sobreendividados;

g) REC. 35 - Prever a extinção das execuções por falta de bens penhoráveis nas execuções instauradas

antes de 15/09/2003, o que possibilitará a extinção de um número muito significativo de acções

executivas, contribuindo para libertar os tribunais judiciais das “falsas pendências processuais” – trata-se

i) REC. 75 - Desenvolvimento informático nos sistemas informáticos CITIUS/HABILUS e SISAAE

do Perfil do agente de execução estagiário tendo em vista:

Possibilitar a nomeação pelo Exequente do agente de execução estagiário para processos

executivos de valor inferior a € 5.000;

Assegurar a prática de actos processuais e diligências pelo agente de execução estagiário nos

processos executivos de valor inferior a € 5.000 (seja nos processos em que tenha sido nomeado

pelo Exequente, seja nos processos do Patrono).

27/287

de uma media que permite a extinção de milhares de processos instaurados antes de 2003, mas que

ainda estão pendentes, porque apesar da falta de bens, não há norma legal que permita a sua efectiva

extinção, apesar de se tratar de acções inviáveis;

h) REC. 36 - Publicar um Decreto-Lei que permita à CPEE aceder de forma directa (sem

intermediários) e electrónica aos processos executivos electrónicos, através do CITIUS e do SISAAE,

para efeitos de fiscalização dos Agentes de Execução, e que determine o reforço institucional e a

independência financeira da CPEE – ponto 7.3. do 1.º Relatório de Avaliação do Memorando de

Entendimento com o Estado Português, de Setembro de 2011;

i) REC. 37 - Junção numa única Lista das actuais 3 Listas: Lista dos devedores do Ministério das

Finanças, da Lista de Pessoas e Empresas Insolventes, e da Lista Pública de Execuções – ao

concentrar esta informação relevante num único ponto, facilitará a sua consulta pelos cidadãos e

pelas empresas, podendo a sua divulgação evitar a celebração de negócios ruinosos. A CPEE ajudou

já a concretizar esta medida, ao disponibilizar ao público no seu sítio na Internet, um campo que

reúne estas 3 Listas - http://www.cpee.pt/listas_publicas/;

j) REC. 69 - Disponibilização de um acesso electrónico ao SISAAE pelo Juiz, as partes, Mandatários

Judiciais e pela CPEE para visualização da conta-corrente dos processos executivos (conciliação

entre a conta-cliente e os actos processuais praticados pelo Agente de Execução); ou, assegurar a

possibilidade da sua visualização na plataforma CITIUS – importa assegurar a total transparência da

gestão das contas-cliente pelos Agentes de Execução, factor essencial à recuperação da confiança dos

cidadãos e das empresas na acção executiva.

4. A EMISSÃO DE 72 RECOMENDAÇÕES SOBRE A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES

Das 72 Recomendações da CPEE sobre a eficácia das execuções, aprovadas em 22/11/2011, e que se

encontram disponíveis ao público em

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/ELENCO_DAS_105_RECOMENDACOES_DA_CPEE_SOBRE_A

_EFICACIA_DAS_EXECUCOES_E_A_FORMACAO_AGENTES_DE_EXECUCAO_2010_2011_.pdf:

46 Recomendações são antigas, já emitidas pelo Plenário da CPEE em 13/07/2010, encontrando-

se por concretizar em Novembro de 2011;

26 Recomendações são novas, de Novembro de 2011, a saber:

a) REC. 25 - Criação de um modelo eficaz de gestão dos tribunais, electrónico, que assegure a

qualidade da prestação de serviço público;

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b) REC. 26 - Adoptar sistemas informáticos de gestão de processos judiciais em todas as comarcas

piloto, tendo como modelo o Projecto "X" da comarca da Grande Lisboa-Noroeste (Juízo de

Execução de Sintra);

c) REC. 27 - Despacho conjunto dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das Finanças e da

Justiça, de fixação da dotação máxima anual destinada ao recrutamento de peritos ou técnicos da

assessoria do Grupo de Gestão da CPEE, relativamente aos anos de 2011 e 2012 – urgente (cfr. o n.º

3 do artigo 69.º-F do ECS, conjugado com a alínea c) do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 165/2009, de

22 de Julho);

d) REC. 28 - Previsão do acesso directo/electrónico da CPEE à vista que o Mandatário Judicial do

Exequente tem no CITIUS, em todos os processos de um determinado Agente de Execução;

e) REC. 29 - Colocação de “informação e alarmes electrónicos automáticos” no CITIUS, que serão

enviados à CPEE sempre que o processo executivo esteja parado há mais de X meses (a determinar

pela CPEE);

f) REC. 30 - Efectuar um levantamento do n.º de execuções nas quais existem incidentes declarativos;

calcular a duração média do tempo dos processos declarativos enxertados nos processos executivos e

ponderar o estabelecimento de prazos de decisão judicial nestes casos, a avaliar para efeitos de

progressão na carreira;

g) REC. 31 - Operacionalização da criação dos centros de arbitragem da acção executiva prevista no

Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro - tramitação das acções executivas dos litigantes de

massa;

h) REC. 32 - Garantir uma relação efectiva entre os sistemas de apoio ao sobreendividamento

autorizados pelo Ministério da Justiça ao abrigo da Portaria n.º 312/2009, de 30 de Março, e os

centros dearbitragem da acção executiva, permitindo que as situações de sobreendividamento

detectadas sejam encaminhadas para os sistemas de apoio ao sobreendividamento;

i) REC. 33 - Divulgar a possibilidade legal prevista no Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro,

de suspender a inclusão do registo dos dados do Executado sobreendividado na Lista Pública das

Execuções quando este aderir a um plano de pagamentos, e enquanto o estiver a cumprir;

j) REC. 34 - Divulgar a possibilidade legal prevista no Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro,

de suspender os processos de execução submetidos a centros de arbitragem quando os mesmos

digam respeito a devedores sobreendividados;

k) REC. 35 - Prever a extinção das execuções por falta de bens penhoráveis nas execuções instauradas

antes de 15/09/2003, o que possibilitará a extinção de um número muito significativo de acções

executivas, contribuindo para libertar os tribunais judiciais das “falsas pendências processuais”;

29/287

l) REC. 36 - Publicar um Decreto-Lei que permita à CPEE aceder de forma directa (sem

intermediários) e electrónica aos processos executivos electrónicos, através do CITIUS e do SISAAE,

para efeitos de fiscalização dos Agentes de Execução, e que determine o reforço institucional e a

independência financeira da CPEE – ponto 7.3. do 1.º Relatório de Avaliação do Memorando de

Entendimento com o Estado Português (Setembro de 2011);

m) REC. 37 - Junção numa única Lista das actuais 3 Listas: Lista dos devedores do Ministério das

Finanças, da Lista de Pessoas e Empresas Insolventes, e da Lista Pública de Execuções;

n) REC. 38 - Inclusão de prazos peremptórios para que o Agente de Execução efectue pagamentos ao

Exequente e ao Executado, após despacho judicial, após extinção da instância e apresentação da nota

final, e caso não seja cumprido esse prazo lhes ser aplicada uma cominação, sanção pecuniária

compulsória, multa no valor de X a Y consoante o valor a transferir;

o) REC. 39 - Clarificar quem extingue a instância pelo depósito da quantia exequenda, se o Juiz ou o

Agente de Execução, nos processos instaurados em data anterior a 31/03/2009 – uniformização de

regimes;

p) REC. 40. - Inclusão dos Agentes de Execução e da CPEE na lei relativa ao branqueamento de

capitais (uma vez que só faz menção aos solicitadores e aos advogados);

q) REC. 41 - A entidade que concede crédito a um devedor que já se encontra registado na Lista dos

devedores do Ministério das Finanças, na Lista de Pessoas e Empresas Insolventes ou na Lista

Pública de Execuções (nesta data encontram-se actualmente cerca de 19.500 registos), fica

impossibilitado de tentar obter o crédito por via judicial, se a situação patrimonial do devedor se

mantiver ou agravar, devendo recorrer a meios alternativos de resolução do litígio (arbitragem);

r) REC. 42 - Previsão da obrigatoriedade de prestação de informação pelos Agentes de Execução à

CPEE, via automática, através de um formulário electrónico, a enviar mensalmente, contendo

informação relativa aos montantes pecuniários depositados nas contas-cliente, conciliação destas

quantias com cada processo judicial a seu cargo (conciliação global), a conta corrente de cada

processo judicial a seu cargo, e demais contabilidade do escritório;

s) REC. 45 - Permitir que o Agente de Execução seja desassociado e associado nos sistemas

informáticos (CITIUS e SISAAE), por uma única entidade, a saber, a CS, o Tribunal ou a CPEE,

para efeito de execução directa e electrónica das decisões tomadas no âmbito das respectivas

competências legais (ex.: CS: cessação voluntária da actividade do Agente de Execução; Tribunal:

cumprimento da destituição judicial; CPEE: cumprimento da destituição administrativa nos

processos instaurados após 31/03/2009 ou de deferimento de impedimento legal do Agente de

Execução);

30/287

t) REC. 63 - Previsão de pagamento aos Agentes de Execução que são designados para tramitar os

processos dos Agentes de Execução suspensos preventivamente – cfr. n.º 3 do artigo 127.º do ECS,

n.º 2 do artigo 131.º do ECS, conjugado com a alínea b) do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 165/2009,

de 22 de Julho;

u) REC. 64 - Colocação de “informação e alarmes electrónicos automáticos” no SISAAE, que serão enviados à

CPEE sempre que o processo executivo esteja parado há mais de X meses (a determinar pela

CPEE);

v) REC. 65 - Pagamento aos Agentes de Execução Fiscalizadores pela análise dos elementos recolhidos

em sede de fiscalização presencial (ex.: processos judiciais, extractos bancários) e pela elaboração dos

relatórios de fiscalização a submeter à CPEE (actualmente, cada relatório é composto de 150 páginas,

em média) – cfr. n.º 3 do artigo 127.º do ECS, n.º 2 do artigo 131.º do ECS, conjugado com a alínea

b) do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 165/2009, de 22 de Julho;

w) REC. 66. - Pagamento à assessoria técnica das Comissões de Fiscalização, pela análise dos elementos

recolhidos em sede de fiscalização presencial (ex.: processos judiciais, extractos bancários) e pela

elaboração dos relatórios de fiscalização a submeter à CPEE (actualmente, cada relatório é composto

de 150 páginas, em média) – cfr. n.º 3 do artigo 127.º do ECS, n.º 2 do artigo 131.º do ECS,

conjugado com a alínea b) do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 165/2009, de 22 de Julho;

x) REC. 67 - Pagamento de assessoria técnica para a análise dos elementos recolhidos em sede de

fiscalização electrónica realizada aos 626 Agentes de Execução (626 relatórios pendentes);

y) REC. 68 - Solicitação à instituição de crédito depositária das contas-clientes dos Agentes de

Execução (actualmente o Millenium BCP) da emissão de extractos bancários digitais, e sua

disponibilização no SISAAE, como forma de permitir ao Agente de Execução a fácil elaboração da

conta corrente de cada processo, e o acesso das partes a esta conta-corrente (maior transparência da

actividade do Agente de Execução).

z) REC. 69 - Disponibilização de um acesso electrónico ao SISAAE pelo Juiz, as partes, Mandatários

Judiciais e pela CPEE para visualização da conta-corrente dos processos executivos (conciliação

entre a conta-cliente e os actos processuais praticados pelo Agente de Execução); ou, assegurar a

possibilidade da sua visualização na plataforma CITIUS (n.º s 4, 5 e 8 do artigo 124.º do ECS).

31/287

5. OS GRUPOS DE TRABALHO DA CPEE

5.1. O RESULTADO ALCANÇADO PELO GRUPO DE TRABALHO DA CPEE DE IMPLEMENTAÇÃO DE

SOLUÇÕES ELECTRÓNICAS - 2010: A REALIZAÇÃO DE CITAÇÕES ELECTRÓNICAS DESDE JANEIRO DE

2011 (CPEE-GT-ISE)

O Grupo de Trabalho da CPEE de implementação de soluções electrónicas (CPEE-GT-ISE) foi criado pelo

Plenário da CPEE para que se executasse a norma legal em vigor desde 31/03/2009 que previa um processo

executivo integralmente electrónico e, consequentemente, a necessidade de os Agentes de Execução

procederem à citação dos credores públicos (Administração Fiscal e Segurança Social) através de meios

electrónicos, ou seja, através do SISAAE (gerida pela CS), e em comunicação com os sistemas informáticos

Administração Fiscal e Segurança Social.

Tratando-se de uma solução legal que implica um desenvolvimento técnico de, pelo menos, 3 entidades, e

tendo todas as entidades assento no Plenário da CPEE, aproveitou-se a composição alargada do Plenário da

CPEE para se proceder à realização de reuniões de trabalho tendo em vista a implementação e o

desenvolvimento informático integrado das soluções, que acabaram por ter a participação não de 3 (como se

pensava ao início), mas de 4 sistemas informáticos: o CITIUS, o SISAAE e os sistemas informáticos

Administração Fiscal e Segurança Social.

O CPEE-GT-ICE, sob coordenação da Dra. Joana Bernardo, Membro do Grupo de Gestão da CPEE,

reuniu diversas vezes na sede da CPEE durante o ano de 2010, e graças ao elevado empenho e competência

técnica dos serviços de informática do MJ, ITIJ, MF, MSSS e da CS, foi possível colocar em funcionamento a

partir de 21/01/2011, a citação electrónica dos credores públicos, permitindo agora destacar Portugal como o

1.º país da Europa a conseguir ligar 4 sistemas informáticos diferentes (sistemas informáticos de 3 Ministérios

e o da Câmara dos Solicitadores) em prol da eficácia do processo executivo de cobrança de dívidas, porque

torna o processo mais rápido, mais transparente e mais barato, contribuindo assim para a credibilização da

nossa economia.

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O CPEE-GT-ICE continua activo, sob a coordenação da Dra. Inês Caeiros, Membro do Grupo de Gestão

da CPEE, tendo em vista acompanhar esta ferramenta electrónica da maior relevância e as melhorias

efectuadas nas diversas funcionalidades que estão relacionadas com as citações electrónicas, sobretudo no que

diz respeito à realização de citações electrónicas também pelos oficiais de justiça, em prol da eficácia das

execuções, sendo de destacar os seguintes resultados durante o ano de 2011:

a) 72.383 citações electrónicas realizadas no ano de 2011(Fonte: CS);

b) Uma média de 6.372 de citações electrónicas por mês, entre 01/04/2011 e 16/02/2012 (Fonte:

CS).

5.2. O GRUPO DE TRABALHO DA CPEE PARA A AGILIZAÇÃO DA PENHORA ELECTRÓNICA - 2011 (CPEE-

GT-APE)

No dia 22/03/2011, o Plenário da CPEE deliberou a criação do Grupo de Trabalho para a agilização da

penhora electrónica (CPEE-GT-APE), em especial, da penhora electrónica dos depósitos bancários, dado

que apesar da previsão legal desde 2003 (art. 861.º-A do CPC), até à presente data ainda não é possível fazê-la

(Deliberação n.º 9/2011, de 22/03/2011, do CPEEP). O CPEE-GT-APE foi inicialmente coordenado pelo

Dr. António Delicado, Membro do CPEEGG entre 07/02/2011 e 19/07/2011, sendo actualmente

acompanhado pela Dra. Ana Cabral, actual Membro do CPEEGG. Nesta senda, a CPEE encetou contactos

em 2011 com as cinco instituições de crédito que maior peso têm na acção executiva, com a Associação

Portuguesa de Bancos (APB) e com a CS, estando empenhada e ao corrente desta matéria.

Em Outubro de 2011, a CPEE recebeu a SIBS Processos que tem como missão a concepção, implementação e

gestão de soluções de valor acrescentado de BPO – Business Process Outsourcing e/ou BPaaS - Business Process as a

Service, em áreas de processamento intensivo, utilizando tecnologias que permitem a optimização de processos,

tendo assistido a uma apresentação de uma solução informática construída com o objectivo de permitir a

penhora electrónica dos depósitos bancários.

E entre Outubro e Novembro de 2011, a CPEE encetou contactos com a APB, tendo em vista fazer um

ponto de situação sobre os novos desenvolvimentos da implementação das penhoras electrónicas de saldos

bancários e a recolher contributos sobre a solução informática apresentada pela SIBS Processos.

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5.3. O GRUPO DE TRABALHO DA CPEE DE ANÁLISE DA EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES –

2011 (CPEE-GT-EAE)

Tendo ainda presente os resultados positivos obtidos pelo Grupo de Trabalho da CPEE de implementação

de soluções electrónicas, o Plenário da CPEE deliberou no dia 22/03/2011 criar o Grupo de Trabalho da

CPEE de Análise da Eficácia da Acção Executiva (CPEE-GT-EAE), que visa elaborar critérios de análise dos

dados estatísticos das acções executivas, e recolha de novos dados (baseada nos dados que também são

analisados pela CEPEJ), desde 1996 até 31/03/2012, relativamente à evolução do movimento global de

acções executivas entradas, findas e pendentes, com detecção de pontos de aceleração e desaceleração da

tramitação da acção executiva, tendo em vista o exercício das competências legais da CPEE no que concerne

à emissão de recomendações para a eficácia das execuções e formação dos Agentes de Execução (Deliberação

n.º 10/2011, de 22/03/2011, do CPEEP). O CPEE-GT-EAE é coordenado pela Dra. Ana Luísa Rodrigues,

Membro do Grupo de Gestão da CPEE.

Quanto a este grupo de trabalho importa fazer uma referência ao fenómeno do sobreendividamento, dado

que a eficácia das execuções não pode ser analisada sem se levar em linha de conta o seu impacto no

desenrolar dos processos executivos.

Atenta a representação no Plenário da Vogal que representa os utentes e consumidores da Justiça (nomeada

pela ACOP, DECO, FENACOOP e UGC), vejamos de seguida os dados e a análise feita pela UGC e pela

DECO, tendo em vista a sua inclusão no presente relatório.

A.) O SOBREENDIVIDAMENTO – OS DADOS DA UGC

O sobreendividamento tem sido um fenómeno crescente na sociedade portuguesa, fruto da profunda crise

económica que se vive tanto internamente como a nível europeu. A verdade é que no ano de 2011 o

sobreendividamento das famílias portuguesas atingiu níveis deveras preocupantes. Em consequência desta

situação, no ano de 2011 o Gabinete Jurídico da UGC recebeu um total de 680 contactos por parte de

consumidores sobreendividados que se encontravam já em situação de incumprimento nos contratos de

crédito que haviam celebrado.

Verifica-se que a maior percentagem (cerca de 80%) das situações de sobreendividamento se devem a

situações de desemprego sendo possível configurar várias situações:

Um ou mais membros do agregado familiar membro ficou desempregado não tendo direito à

prestação social de subsídio de desemprego;

34/287

O subsídio de desemprego chegou ao fim do seu prazo, não tendo sido possível a constituição de

nova situação de contrato de trabalho;

Por outro lado, existem ainda situações de sobreendividamento que derivam da ocorrência de situações de

divórcio ou separação (cerca de 15%), ou até de doença súbita ou morte de algum membro do agregado

familiar (cerca de 5%).

Finalmente, fruto do crédito fácil e largamente publicitado, existem casos de consumidores que auferem

pouco mais do que o ordenado mínimo nacional e são titulares de cinco ou seis contratos de crédito que, no

seu todo, atingem valores da ordem dos € 60.000 a € 80.000. A verdade é que não tem havido, da parte das

instituições financeiras que concedem créditos, o cuidado na análise dos pedidos de créditos, designadamente,

no que se refere à avaliação da real situação financeira de quem recorre ao crédito, verificando-se que os

consumidores, na maior parte dos casos não percebem que os juros nestes contratos de crédito chegam a

atingir os 30%.

A maior parte dos casos de sobreendividamento que chegam ao Gabinete Jurídico da UGC encontra-se já

numa fase judicial de acção executiva, com penhora de bens e/ou de vencimentos, o que impossibilita

qualquer diligência de renegociação da dívida6.

B.) OS GABINETES DE APOIO AO SOBREENDIVIDADO DA DECO

A DECO criou no ano 2000 os Gabinetes de Apoio ao Sobreendividado (GAS), um instrumento

extrajudicial de apoio aos consumidores que se encontram excessivamente endividados ou mesmo em

situação de sobreendividamento, disponíveis na sede da DECO, em Lisboa, e nas delegações da DECO no

Porto, Coimbra, Santarém Évora, Viana do Castelo e Algarve.

6 O texto e os dados estatísticos foram disponibilizados pela UGC, deixando-se aqui um especial agradecimento à Vogal do Plenário da CPEE em representação dos utentes e consumidores, Dra. Célia Marques

35/287

Durante os doze anos de existência destes Gabinetes, foram inúmeras as famílias que pediram ajuda a esta

associação. A principal razão apresentada pelas famílias para as dificuldades advém da diminuição dos

rendimentos, decorrente de situações de desemprego. No entanto, para as dificuldades sentidas contribui,

também, uma elevada taxa de esforço e a ausência de poupança.

Quando o consumidor pede ajuda junto do GAS, em regra, todos os créditos já se encontram em situação de

incumprimento e já existe informação negativa na central de riscos do Banco de Portugal. No entanto, as

famílias que pedem ajuda ao GAS querem reorganizar o seu orçamento familiar, nomeadamente, no que

concerne aos encargos com créditos.

Verifica-se, especialmente em 2012, um crescente número de solicitações da parte dos consumidores,

justificado desde logo pela actual situação sócio económica, pela elevada taxa de desemprego, pelos cortes

salariais, pelo aumento da Euribor entre outros factores.

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5.4. O ACOMPANHAMENTO DO GRUPO DE TRABALHO DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA PARA A

DIMINUIÇÃO DA PENDÊNCIA (2011) E A CRIAÇÃO DO GRUPO DE TRABALHO DOS AGENTES DE

EXECUÇÃO COM ELEVADO N.º DE PROCESSOS - 2012 (GT-CPEE-RP)

Atento o compromisso assumido entre o Estado Português e a Comissão Europeia (CE), o Banco Central

Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), no âmbito do Memorando de Entendimento

sobre as Condicionalidades de Política Económica, tendo em vista melhorar o funcionamento do sistema

judicial através da diminuição da pendência processual da acção executiva, o Plenário da CPEE deliberou

acompanhar activamente o Grupo de Trabalho do Ministério da Justiça para a diminuição da pendência

processual, criado através do Despacho Ministerial n.º 16.445/2011, de 05/12/2011 - Deliberação n.º

34/2011, de 22/11/2011, da CPEEP.

Conjugando a participação da CPEE no Grupo de Trabalho do Ministério da Justiça com as Recomendações

do CPEEP de 22/11/2011, de entre as quais se salienta as Recomendações da CPEE n.º s 43, 44, 70 e 71,

relativas à necessidade de sincronizar os sistemas informáticos CITIUS e SISAAE e de assegurar a efectiva

extinção de processos executivos quando já não há bens penhoráveis, eliminando-se as falsas pendências

processuais (Deliberação n.º 35/2011, de 22/11/2011, da CPEEP), a CPEE entendeu realizar reuniões com 8

Agentes de Execução responsáveis por um elevado número de processos, convidando-os a integrar o Grupo

de Trabalho denominado GT-CPEE-RP, pois a sua participação activa, e a das respectivas equipas de

funcionários forenses (estimado em cerca de 450 funcionários) é essencial para a obtenção de 3 objectivos

prioritários (constantes das Recomendações da CPEE n.º s 43, 44, 70 e 71):

1.º - Extinguir os processos executivos inviáveis, pendentes no sistema judicial sem motivo, quando já não

há bens penhoráveis.

2.º - Actualizar as bases de dados do SISAAE, para extinguir informaticamente no SISAAE os processos

executivos extintos “de facto”, mas que constam no SISAAE como processos executivos “activos”.

3.º - Actualizar as bases de dados do SISAAE com base numa lista geral da fase processual/causa de

pendência, informação a partilhar electronicamente com as bases de dados dos Tribunais, das quais se

retiram os dados oficiais da Justiça.

Assim, durante Novembro e Dezembro de 2011 e no 1.º trimestre de 2012, a CPEE tem vindo a participar

activamente no Grupo de Trabalho do Ministério da Justiça e realizado diversas reuniões com os 8 Agentes

de Execução que integram o GT-CPEE-RP, incluindo de monitorização do trabalho efectuado, de acordo

com o seguinte cronograma:

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NOVEMBRO DE 2011:

22/11/2011 – Deliberação n.º 34/2011, de 22/11/2011, da CPEEP: articulação da CPEE com o Grupo

de Trabalho do Ministério da Justiça para a diminuição da pendência processual, no quadro dos

compromissos firmados por Portugal com a CE-BC-FMI para a área da Justiça (Despacho Ministerial

n.º 16.445/2011, de 05/12/2011);

29/11/2011 – Decisão da Presidente da CPEE n.º 38/2011, de 29/11/2011: designação dos

representantes da CPEE no Grupo de Trabalho do Ministério da Justiça: Dra. Célia Marques (Membro

do CPEEP) e Dra. Ana Luísa Rodrigues (Membro do CPEEGG);

30/11/2011 – Participação da Representante da CPEEGG, Dra. Ana Luísa Rodrigues, na 1.ª Reunião do

Grupo de Trabalho do Ministério da Justiça.

DEZEMBRO DE 2011:

13/12/2011 – Recolha de dados referentes às respostas dos 626 Agentes de Execução no âmbito da

Fiscalização Electrónica;

19/12/2011 – Participação de duas Representantes da CPEE, Dra. Célia Marques e Dra. Ana Luísa

Rodrigues, na 2.ª Reunião do Grupo de Trabalho do Ministério da Justiça;

27/12/2011 – Reunião realizada entre a Presidente da CPEE, o Presidente do ITIJ, a Juiz Presidente da

Comarca de Grande-Lisboa Noroeste e o Administrador Judiciário da Comarca de Grande-Lisboa

Noroeste , que teve lugar no Tribunal Comarca de Grande-Lisboa Noroeste, em Sintra.

JANEIRO DE 2012:

09/01/2012 – Reunião realizada entre a Presidente da CPEE, um dos Membros da CPEEGG e a DGPJ,

que teve lugar na DGPJ.

11/01/2012, manhã – Reunião realizada entre a Presidente da CPEE e o Representante do Conselho

Superior da Magistratura, Dr. Artur Dionísio, que teve lugar na CPEE;

11/01/2012, tarde – Participação da Presidente da CPEE, na 3.ª Reunião do Grupo de Trabalho do

Ministério da Justiça;

12/01/2012 – Reunião realizada entre a Presidente da CPEE, o Presidente do CEAE, um dos Membros

do CPEEGG e 4 Agentes de Execução responsáveis por elevado número de processos;

13/01/2012 – Reunião realizada entre a Presidente da CPEE, o Presidente do CEAE e 4 Agentes de

Execução responsáveis por um elevado número de processos;

17/01/2012 – Deliberação n.º 7/2012, de 17/01/2012, da CPEEP: Emissão de um Comunicado do

Plenário da CPEE relativo à pendência processual: apuramento das causas de pendência processual e sua

extinção;

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31/01/2012 – Recolha de dados relativos às respostas dos 8 Agentes de Execução responsáveis por um

elevado número de processos, no que respeita à extinção de processos findos no período entre

13/01/2012 e 31/01/2012 – em cooperação com o ITIJ, a DGPJ e o CEAE.

FEVEREIRO DE 2012:

01/02/2012 – Participação da Presidente da CPEE na 4.ª Reunião do Grupo de Trabalho do Ministério

da Justiça – apresentação dos resultados:

a) Deliberação n.º 7/2012, de 17/01/2012, da CPEEP: Emissão de um Comunicado do Plenário da

CPEE relativo à pendência processual: apuramento das causas de pendência processual e sua

extinção;

b) 3.804 – N.º de Processos Judiciais indicados pelos 8 Agentes de Execução responsáveis por um

elevado número de processos, como tendo sido extintos no período entre 13/01/2012 e

31/01/2012), o que significa a extinção de cerca de 293 processos por dia (numa média de 475

processos extintos por cada Agente de Execução).

10/02/2012, tarde – Participação da Representante da CPEEGG, Dra. Ana Luísa Rodrigues, na 5.ª

Reunião do Grupo de Trabalho do Ministério da Justiça – apresentação dos resultados: monitorização

da execução da Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro.

15/02/2012 - Reunião realizada entre um Membro da CPEEGG, o Presidente do CEAE, a DGPJ (Eng.

Ângela Moura Loureiro), e 7 Agentes de Execução responsáveis por um elevado número de processos:

monitorização; formação sobre actualização estatística e extinção de processos no SISAAE;

Entre 16/02/2012 e 27/02/2012 - Recolha de dados relativos às respostas dos 8 Agentes de Execução

responsáveis por um elevado número de processos, no que respeita às causas de pendência processual –

sempre em cooperação com o ITIJ, a DGPJ e o CEAE.

5.5. A PORTARIA N.º 2/2012, DE 2 DE JANEIRO: GÉNESE E MONITORIZAÇÃO DE ENTRADA EM

FUNCIONAMENTO

A.) A GÉNESE

Entre Agosto de 2011 e Dezembro de 2011, o CPEEGG manteve uma profícua colaboração com o

Gabinete de Sua Excelência a Ministra da Justiça e a DGPJ, tendo em vista a elaboração e a aprovação da

Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro, como concretização do ponto 7.3. da 1.ª avaliação da CE-BCE-FMI, de

Setembro de 2011, que previu:

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“7.3. Given the pivotal role of enforcement agents in the debt enforcement process, strengthen the legal and

institutional framework in line with international practice with a particular focus on the

financing structure and authority of the oversight body, including adopting a decree-law by

end December 2011 to ensure the oversight body’s full access to the enforcement case files”.

No dia 21/11/2011, o Gabinete de Sua Excelência a Ministra da Justiça enviou à CPEE o Projecto de

Portaria relativo ao acesso electrónico da CPEE à informação disponível no CITIUS e SISAAE, para audição

no prazo de 10 dias, o qual resultou da estreita colaboração entre a CPEE e o Ministério da Justiça no sentido

de serem criados todos os mecanismos legais e operacionais que permitissem o acesso da CPEE aos sistemas

de informação CITIUS e SISAAE, tendo em vista reforçar e simplificar o exercício das competências da

CPEE em matéria de disciplina e fiscalização dos Agentes de Execução.

Com efeito, na sequência da apresentação de algumas soluções acerca do reforço das competências de

controlo e supervisão da CPEE, na audiência concedida à CPEE por Sua Excelência a Ministra da Justiça,

que teve lugar no dia 01/08/2011, a CPEE apresentou a Sua Excelência a Ministra da Justiça, em

12/08/2011, um Projecto de Portaria que visava regular o acesso directo e a consulta aos sistemas

informáticos CITIUS e SISAAE pela CPEE no exercício das competências legais, proposta essa que serviu de

base ao anteprojecto de Portaria em análise.

O Projecto de Portaria contemplava o acesso pela CPEE às seguintes funcionalidades electrónicas:

Introdução de forma imediata no CITIUS e no SISAAE das suas decisões que decorressem do

exercício das suas competências em matéria disciplinar e de fiscalização dos Agentes de Execução;

Comunicação electrónica com Magistrados, Mandatários Judiciais, Agentes de Execução,

intervenientes processuais e entidades públicas que já tenham acesso aos sistemas informáticos;

Visualização da tramitação processual e os actos processuais promovidos por cada Agente de

Execução em cada processo de execução sob a sua responsabilidade;

Acesso aos movimentos efectuados nas contas-clientes exequentes e executados e aos extractos

bancários digitais das contas-clientes;

Notificação electrónica dos Agentes de Execução para que estes procedessem ao envio, pela mesma

via, da documentação solicitada pela CPEE, para efeitos de fiscalização;

Recepção de um registo electrónico com a indicação dos processos executivos que não estivessem a

ser tramitados há mais de três meses a contar da última diligência ou acto processual em cada

Processo Judicial, no final de cada trimestre.

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Atendendo à composição pluralista e democrática da CPEE, e aos seus dois modos de funcionamento, a

Presidente da CPEE distribuiu o Projecto de Portaria acima referido pelos Membros da CPEE e fez constar

como:

a) Ponto 9 da ordem de trabalhos da 21.ª reunião do Plenário da CPEE, que teve lugar no dia

22/11/2011, tendo em vista recolher todas as sugestões e contributos que se revelassem úteis para a

apreciação do anteprojecto em causa, e posterior comunicação ao Gabinete de Sua Excelência a

Ministra da Justiça (dado que o Anteprojecto havia sido recebido no dia anterior à reunião, não

existindo assim condições para proceder à emissão de um parecer sobre o mesmo pelos Membros do

Plenário);

b) Ponto 3 da ordem de trabalhos da 104.ª reunião do Grupo de Gestão da CPEE, solicitando-se a

análise e a aprovação de parecer acerca do Anteprojecto de Portaria em causa.

Assim, o Grupo de Gestão da CPEE, na sua 104.ª reunião ordinária, realizada no dia 24/11/2011, deliberou

por unanimidade aprovar o PARECER FAVORÁVEL e PROPOSTA DE ADITAMENTO (aditamento de um

novo artigo respeitante à emissão de certidão em caso de substituição de Agentes de Execução) relativamente

ao Projecto de Portaria que regulamenta o acesso electrónico da CPEE à informação disponível no CITIUS e

no SISAAE, e procedeu ao seu urgente envio ao Gabinete de Sua Excelência a Ministra da Justiça

(Deliberação n.º 399/2011, de 24/11/2012, da CPEEGG).

B.) MONITORIZAÇÃO DA ENTRADA EM FUNCIONAMENTO DA PORTARIA: CPEEGG, ITIJ E CS

O artigo 17.º da Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro, define uma entrada em vigor faseada da Portaria,

estipulando três datas de entrada em vigor, a saber:

a) 30/01/2012;

b) 30/03/2012;

c) 29/06/2012;

Tendo em vista proceder à monitorização da entrada faseada em funcionamento da Portaria n.º 2/2012, a

CPEEGG, em estreita colaboração com o ITIJ e a CS, elaborou um quadro de monitorização da entrada em

vigor da Portaria, resumindo as alterações que se encontram em desenvolvimento nas aplicações informáticas

CITIUS e SISAAE pelo ITIJ e pela CS em 10/02/2012, após reunião na mesma data – a monitorização

consta do ANEXO XIV ao presente Relatório, e dele faz parte integrante

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6. A EMISSÃO DE 33 RECOMENDAÇÕES SOBRE A FORMAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO EM

NOVEMBRO DE 2011

Das 33 Recomendações da CPEE sobre a formação dos Agentes de Execução, aprovadas em 22/11/2011, e

que se encontram disponíveis ao público em

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/ELENCO_DAS_105_RECOMENDACOES_DA_CPEE_SOBRE_A

_EFICACIA_DAS_EXECUCOES_E_A_FORMACAO_AGENTES_DE_EXECUCAO_2010_2011_.pdf,

importa ter em conta que

a) 28 Recomendações são antigas, pois já emitidas pelo Plenário da CPEE em 13/07/2010,

encontrando-se por concretizar em Novembro de 2011;

b) 5 Recomendações são novas, a saber:

REC. 88 - Possibilitar a abertura de contas-clientes pelos Agentes de Execução estagiários;

REC. 102 - Elaboração de Manuais de Boas Práticas sobre a actividade do Agente de

Execução, com disponibilização de minutas que contribuam para a uniformização da

tramitação processual;

REC. 103 - Realizar formações interactivas com os Agentes de Execução, recorrendo ao uso e

demonstrações no computador de como se utilizam as principais funcionalidades do SISAAE;

REC. 104 - Criar uma base de dados ou biblioteca digital com a compilação da legislação e dos

regulamentos aplicáveis à actividade do agente de execução, actualizada permanentemente,

com possibilidade de criar alertas electrónicos para as novidades;

REC. 105 - Distribuir a formação dos Agentes de Execução de forma equilibrada por todo o

país.

6.1. AS INICIATIVAS DA CPEE TENDO EM VISTA A FORMAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO

A.) A 2.ª CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DA CPEE "PROMOVER A EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES"

E WORKSHOP “AS BOAS PRÁTICAS NA ACTIVIDADE DO AGENTE DE EXECUÇÃO” - DIAS 23 E

24 DE SETEMBRO DE 2011

Sem prejuízo da competência da CPEE ao nível da formação inicial dos Agentes de Execução (que é

desenvolvida no §§ 3.º desta Parte), e das acções de divulgação da CPEE através da participação da

Presidente da CPEE e de diversos Membros do Grupo de Gestão em diversos colóquios (a que se dedica a

Parte III do presente relatório), importa destacar a 2.ª Conferência Internacional da CPEE "Promover a

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Eficácia das Execuções"” e Workshop “As Boas Práticas na Actividade do Agente de Execução”,

que teve lugar nos dias 23 e 24 de Setembro de 2011, no Centro Multimeios de Espinho.

A 2.ª Conferência Internacional da CPEE e Workshop teve em vista manter a mesma metodologia de

debate público e a ampla participação democrática dos operadores judiciários, dos cidadãos e das empresas,

acerca da acção executiva, que a CPEEP tanto preza, e que serve de base à emissão das Recomendações

anuais pelo Plenário da CPEE, e que neste 3.º ano de actividade da CPEE incluiu o Workshop “As Boas

Práticas na Actividade do Agente de Execução”, porquanto a CPEE verificou que era necessário apoiar a

formação contínua dos Agentes de Execução, e nada melhor do que um Workshop para o fazer, pois foi

constituído por um painel alargado de participantes, os quais responderam de forma clara e esclarecida às

diversas dúvidas colocadas pelos Agentes de Execução.

Em sede de contributos de peritos estrangeiros sobre a matéria, destacamos a presença de Françoise

Andrieux, Secretária-Geral da UIHJ, Anton Snoeren, Director da Agência Independente de Supervisão da

Actividade dos Agentes de Execução na Holanda, e de Jos Uitedhaag, Agente de Execução na Holanda e

Perito da UIHJ.

No âmbito da 2.ª Conferência Internacional “Promover a Eficácia das Execuções” e Workshop “As Boas Práticas na

Actividade do Agente de Execução”, em face da extensão do Programa e do elevado nível académico dos oradores

nacionais e internacionais convidados, foram elaboradas as Conclusões da 2.ª Conferência Internacional

“Promover a Eficácia das Execuções” e Workshop “As Boas Práticas na Actividade do Agente de

Execução”, que constituem um resumo das intervenções dos diversos oradores, e que foram juntas em

anexo ao documento Recomendações da CPEE 2011/2012, aprovado pela CPEEP em 22/11/2012, e

também ficaram disponíveis ao público no sítio da CPEE na Internet em

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/CONCLUSOES_2_CONFERENCIA_INTERNACIONAL_WORKS

HOP_CPEE_SETEMBRO_2011.pdf .

B.) AS INTERVENÇÕES DA CPEE EM SEMINÁRIOS, ACÇÕES DE FORMAÇÃO E EVENTOS TENDO

EM VISTA A FORMAÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO

Importa ainda destacar as 15 (quinze) intervenções da CPEE em Seminários, acções de formação e

outros eventos com o objectivo de promover a formação dos Agentes de Execução:

a) Dia 07/04/2011 - VI Encontro Nacional de Estudantes de Solicitadoria, organizado pela Escola

Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria - Intervenção do Membro do

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Grupo de Gestão da CPEE, Dra. Ana Luísa Rodrigues (em representação da Presidente da CPEE),

subordinada ao tema "A actuação da Comissão para a Eficácia das Execuções: a exigência no

acesso à profissão de agente de execução e transparência no exercício de funções públicas –

a relevância da disciplina e da fiscalização", disponível ao público em

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/A_ACTUACAO_DA_CPEE_EXIGENCIA_NO_ACESSO

_A_PROFISSAO_RELEVANCIA_DA_FISCALIZACAO_E_DISCIPLINA.pdf ;

b) Dia 08/06/2011 - 2.ª Conferência Internacional sobre Eficiência da Execução das Decisões Judiciais

e de outras Autoridades, que teve lugar nos dias 8 a 10 de Junho, em Kazan (Federação Russa), no

quadro do Projecto de Cooperação entre a União Europeia e a Federação Russa "Execução e

Eficiência da Justiça na Federação Russa" - Intervenção da Presidente da CPEE, subordinada ao

tema “O sistema de controlo dos Agentes de Execução em Portugal de acordo com os

critérios da Comissão Europeia para a Eficiência da Justiça (CEPEJ) do Conselho da

Europa”, disponível ao público em

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/PRESIDENT_OF_CPEE_2011_RUSSIA_Portuguese_system_co

ntrol_CEPEJ_criteria_2__.pdf;

c) Dia 12/07/2011 - Audição pública da Presidente da CPEE no Parlamento Europeu, que teve lugar

em Bruxelas, a convite do Presidente do Comité de Assuntos Jurídicos do Parlamento Europeu, o

Eurodeputado Klaus-Heiner Lehne, subordinada ao tema “Um instrumento horizontal para a

tutela judicial colectiva na Europa?”, disponível ao público em

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Experience_Portugal_Paula_Meira_Lourenco_HEARING_12_07_

2011_PT.pdf;

d) Dia 15/07/2011 - "II Jornadas de Estudo dos Agentes de Execução", organizadas pelo Colégio

de Especialidade de Agentes de Execução e da CS, e que tiveram lugar no Auditório Cardeal

Medeiros da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa – Intervenção do Membro do Grupo de

Gestão, Dra. Inês Caeiros (em representação da Presidente da CPEE), subordinada ao tema "A

Relevância da Agilização do Processo de Despejo para Eficácia das Execuções", disponível

ao público em

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/CPEE_relevancia_agilizacao_processo_despejo_para_eficacia_execucoes

_15_07_2011.pdf;

e) Dia 20/09/2011 - Audição da Presidente da CPEE pela Comissão de Assuntos Constitucionais,

Direitos, Liberdades e Garantias, da Assembleia da República, relativamente ao balanço dos 2 anos

de actividade da CPEE. Foram salientadas as principais melhorias no sistema das execuções após o

dia 31 de Março de 2009, em especial, a celeridade e transparência do processo de execução,

integralmente electrónico, possibilitando a consulta pelo juiz, pela CPEE e pelas partes de todos os

44/287

actos processuais registados no CITIUS, e a efectiva disciplina e fiscalização que tem sido assegurada

pela CPEE, apresentando como prova os dados estatísticos relativos à actividade da CPEE, e a

respectiva análise, retirando aqui a necessidade de assegurar: 1.) A formação contínua obrigatória dos

agentes de execução; 2.) A concessão à CPEE dos meios financeiros e materiais para o exercício da

sua actividade, em especial, através da criação de um perfil independente/próprio de acesso directo e

integral aos processos executivos e contas-cliente da responsabilidade dos agentes de execução,

através dos actuais sistemas informáticos CITIUS (do Ministério da Justiça) e SISAAE (da Câmara

dos Solicitadores), tendo em vista a realização de uma fiscalização preventiva, como aquela que

ocorre com sucesso noutros países europeus, como por exemplo na Holanda, onde a supervisão dos

agentes de execução também é assegurada por uma entidade pública independente e de forma

integralmente electrónica. A apresentação da Presidente da CPEE no início da audição encontram-se

disponíveis ao público em

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Audicao_Presidente_da_CPEE_Assembleia_da_Republica_20_09_2011.pdf e

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/ANEXO_MONITORIZACAO_DAS_RECOMENDACOES_CPEE.pdf, podendo

a audição ser visualizada na íntegra em http://80.251.167.42/videos-

canal/XII/SL1/02_com/01_cacdlg/20110920cacdlg_pml.wmv;

f) Dia 23/09/2011 - 2.ª Conferência Internacional "Promover a Eficácia das Execuções" e

Workshop “Boas Práticas na Actividade do Agente de Execução”, que teve lugar nos dias 23 e

24 de Setembro de 2011, no Centro Multimeios de Espinho – Discurso da Presidente da CPEE, na

Sessão de Abertura. O discurso pode ser visualizado no sítio na Internet da JustiçaTV

em http://www.justicatv.com/index.php?p=816;

g) Dia 23/09/2011 - 2.ª Conferência Internacional "Promover a Eficácia das Execuções" e

Workshop “Boas Práticas na Actividade do Agente de Execução”, que teve lugar nos dias 23 e

24 de Setembro de 2011, no Centro Multimeios de Espinho - Intervenção do Membro do Grupo de

Gestão da Comissão para a Eficácia das Execuções, Dra. Ana Luísa Rodrigues, subordinada ao tema

"A concretização pela CPEE das recomendações da CEPEJ e da UIHJ", disponível ao

público em

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/A_concretizacao_pela_CPEE_das_recomendacoes_CEPEJ_UIHJ_A

NA_LUISA_RODRIGUES_Membro_da_CPEE___.pdf;

h) Dia 24/09/2011 - 2.ª Conferência Internacional "Promover a Eficácia das Execuções" e

Workshop “Boas Práticas na Actividade do Agente de Execução”, que teve lugar nos dias 23 e

24 de Setembro de 2011, no Centro Multimeios de Espinho - Intervenção do Membro do Grupo de

Gestão da Comissão para a Eficácia das Execuções, Dra. Ana Cabral, subordinada ao tema "A

45/287

arbitragem na acção executiva", disponível ao público em

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/A_arbitragem_na_accao_executiva_Ana_Cabral_Membro_da_CPEE__.pdf;

i) Dia 24/09/2011 - 2.ª Conferência Internacional "Promover a Eficácia das Execuções" e

Workshop “Boas Práticas na Actividade do Agente de Execução”, que teve lugar nos dias 23 e

24 de Setembro de 2011, no Centro Multimeios de Espinho - Intervenção da Presidente da CPEE,

subordinada ao tema "O contributo da CPEE: o 2.º ano de actividade e propostas para o

futuro", disponível ao público em

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/O_contributo_da_CPEE_PAULA_MEIRA_LOURENCO_Presi

dente_CPEE___.pdf;

j) Dia 24/09/2011 - 2.ª Conferência Internacional "Promover a Eficácia das Execuções" e

Workshop “Boas Práticas na Actividade do Agente de Execução”, que teve lugar nos dias 23 e

24 de Setembro de 2011, no Centro Multimeios de Espinho – Discurso da Presidente da CPEE na

Sessão de Encerramento da Conferência;

k) Dia 06/10/2011 - "Jornada Internacional de Solicitadoria", que teve lugar no Instituto Superior

de Ciências da Administração, em Lisboa - Intervenção do Membro do Grupo de Gestão da

Comissão para a Eficácia das Execuções, Dra. Ana Cabral, subordinada ao tema "A Actividade do

Agente de Execução – o contributo dos Solicitadores e da CPEE", disponível ao público em

http://www.cpee.pt/media/uploads/stories/APRESENTAO_AC_ISCAD_A_ACTIVIDADE_DO_AE_CONTRI

BUTO_SOLICITADORES_E_CPEE_06_10_2011.pdf;

l) Dia 07/10/2011 - Conferência Internacional «L’Huissier de Justice: moteur économique grâce à son rôle dans

l’administration de la preuve», organizada pela Union International des Huissires de Justice (UIHJ), que

teve lugar em Atenas - Intervenção da Presidente da CPEE, subordinada ao tema «Les procédures

Électroniques d`exécution au Portugal et le rôle de l `Agent d`Exécution», disponível ao

público em

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Le_Procedures_electroniques_e_execution_au_Portugal_le_role_de_l_Agent_a_Exe

cution_PAULA_MEIRA_LOURENCO_07_10_2011.pdf;

m) Dia 08/10/2011 - 7.º Seminário Internacional “Legislação sobre a execução da decisão judicial

na Federação Russa e nos países da União Europeia: análise de Direito Comparado e

experiência da sua aplicação”, que teve lugar nos dias 7 e 8 de Outubro de 2011, na Academia de

Direito Russo do Ministério da Justiça da Federação Russa, em Moscovo – Intervenção da Presidente

da CPEE, subordinada ao tema "The role of the Portuguese Enforcement Agent and the

competences of the Commission for the Efficiency of Enforcement Procedures", disponível

ao público em

46/287

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Role_of_Enforcement_Agent_and_the_CPEE_competences_PAULA_MEIRA_

LOURENCO_Oral_Presentation_EN_.pdf;

n) Dia 13/10/2011 - Seminário "Cobranças - Novas Ferramentas para a recuperação de

Créditos", co-organizado pela sociedade BPO Advogados e a Câmara de Comércio e Indústria

Luso-Espanhola, que teve lugar no Hotel Tiara Park Atlantic, em Lisboa - Intervenção do Membro

do Grupo de Gestão da Comissão para a Eficácia das Execuções, Dra. Inês Caeiros, subordinada ao

tema "As Funções do Agente de Execução e o Papel da CPEE na Acção Executiva",

disponível ao público em

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/APRESENTACAO_IC_CCILE_BPO_AS_FUNCOES_DO_AE_O_P

APEL_DA_CPEE_NA_ACCAO_EXECUTIVA_13_10_2011.pdf;

o) Dia 03/11/2011 - Conferência “A Acção Executiva”, que teve lugar no Conselho Distrital de

Lisboa da Ordem dos Advogados - Intervenção da Presidente da CPEE, subordinada ao tema "A

actividade da CPEE: Balanço e Propostas para o Futuro", disponível ao público em

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/A_actividade_da_CPEE_Balanco_e_Propostas_para_o_Futuro_Presi

dente__CPEE_03_11_2011.pdf.

6.2. O LABOR DAS ENTIDADES COM ASSENTO NO PLENÁRIO DA CPEE

A cargo da CS esteve a formação inicial do 2.º Estágio de Agentes de Execução, que decorreu entre

26/03/2011 e o dia 26/03/2012, em relação a 226 agentes de execução estagiários, em 3 centros de estágio:

Lisboa, Coimbra e Porto.

A.) A CÂMARA DOS SOLICITADORES

Do Conselho Geral da CS e Colégio de Especialidade dos Agentes de Execução:

a) Dia 04/07/2011 - "Causas de suspensão e extinção da acção executiva", Barcelos;

b) Dia 05/07/2011 - "Causas de suspensão e extinção da acção executiva", Porto;

c) Dia 06/07/2011 - "Causas de suspensão e extinção da acção executiva", Coimbra;

d) Dia 08/07/2011 - "Causas de suspensão e extinção da acção executiva", Albufeira;

e) Dia 09/07/2011 - "Causas de suspensão e extinção da acção executiva", Lisboa;

f) Dia 15 de Julho 2011 - II Jornadas de Estudo dos Agentes de Execução, que teve lugar no Auditório

Cardeal Medeiros da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa - uma iniciativa organizada pela

CS e pelo Colégio de Especialidade de Agentes de Execução, a qual contou com a intervenção do

Membro do Grupo de Gestão, Dra. Inês Caeiros (em representação da Presidente da CPEE, Mestre

47/287

Paula Meira Lourenço), num painel subordinado ao tema "O Processo de Despejo" - a

apresentação está disponível ao público no sítio da CPEE na Internet em

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/CPEE_relevancia_agilizacao_processo_despejo_para_eficacia_execucoes

_15_07_2011.pdf;

g) Dias 07/10/2011 e 08/10/2011 - V Congresso dos Solicitadores, no Hotel Altis, em Lisboa -

Sessão "A Execução num quadro de crise económica: independência e limites na actuação

do Agente de Execução";

h) Dia 26/11/2011 - Workshop "A Venda na Acção Executiva", no Porto, destinado a Juízes,

Agentes de Execução, Agentes de Execução Estagiários (com carácter de obrigatoriedade para estes),

Solicitadores, Solicitadores Estagiários, Advogados, Empregados Forenses e teve como principal

objectivo proporcionar a apreciação de questões práticas referentes à venda no âmbito do processo

executivo e compreender o papel e as competências dos vários agentes judiciários, com vista a

alcançar respostas concretas que permitam ajudar a ultrapassar questões, algumas delas recorrentes,

neste domínio;

i) Dia 10/12/2011 - Workshop "A Venda na Acção Executiva", em Lisboa, destinado aos mesmos

destinatários referidos na alínea anterior.

Do Conselho Regional do Norte da CS:

a) Dia 30/04/2011 - "As Obrigações Fiscais dos Agentes de Execução" e "A fiscalização dos

Escritórios dos Agentes de Execução" - Barcelos;

b) Dia 18/05/2011 - "A Fiscalização dos Escritórios dos Agentes de Execução" - Matosinhos;

c) Dia 19/09/2011 - "A Fiscalização dos Escritórios dos Agentes de Execução" - Castelo Branco;

d) Novembro/Dezembro de 2011 - Curso Processo Civil de preparação para exame de admissão ao

estágio de agentes de execução.

B.) A ORDEM DOS ADVOGADOS

Do Conselho Distrital de Coimbra da Ordem dos Advogados: no dia 29/04/2011 no Conselho Distrital

de Coimbra da Ordem dos Advogados, teve lugar a Conferência "Propostas da Reforma da Acção

Executiva", tendo como orador o Professor Doutor Remédio Marques, da Faculdade de Direito da

Universidade de Coimbra.

48/287

Do Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados:

a) Dia 03/11/2011 o Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados, em colaboração com a

CPEE, promoveu a Conferência "A Acção Executiva", onde foram abordadas e discutidas diversas

temáticas no âmbito da Acção Executiva, tais como a actividade da Comissão para a Eficácia das

Execuções, o papel do Advogado na Acção Executiva, o Despacho Liminar e a Citação Prévia, a

Penhora e a Venda de Bens Comuns do Casal e de Bens em Compropriedade, e a Oposição à

Execução e à Penhora, tendo tido como oradores o Dr. Vasco Marques Correia, a Mestre Paula

Meira Lourenço, Presidente da CPEE, o Dr. João Jorge Almeida, o Dr. André Sequeira e a Dra.

Susana Oliveira Alves. O debate teve ainda como moderadores o Dr. António Jaime Martins e o Dr.

António Neves Laranjeira;

b) Conferência “A Actualidade da Acção Executiva”, tendo como orador o Mestre João Basílio;

c) “Curso Pós-Graduado de Aperfeiçoamento em Direito Processual Civil” em parceria com a

Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e o Centro de Estudos Judiciários.

Do Conselho Distrital de Évora da Ordem dos Advogados: no dia 18/11/2011 o Conselho Distrital de

Évora da Ordem dos Advogados, promoveu a Conferência "Suspensão e Extinção da Execução", em

que foi orador o Agente de Execução João Coelho.

Do Conselho Distrital da Madeira da Ordem dos Advogados: no ano de 2011 o Conselho Distrital da

Madeira da Ordem dos Advogados promoveu a formação intitulada "A Acção Executiva: passado,

presente e futuro", na qual foram abordados o ponto da situação actual proposta de revisão – linhas gerais e

propostas concretas, tendo como formador o Dr. Paulo Pimenta.

6.3. ACTIVIDADE DISCIPLINAR DA CPEE: AS CAUSAS DE DESTITUIÇÃO E OS ILÍCITOS DISCIPLINARES

TENDO EM VISTA A EMISSÃO DE RECOMENDAÇÕES PARA A FORMAÇÃO DE AGENTES DE EXECUÇÃO

No âmbito da competência disciplinar da CPEE, durante o 3.º ano de actividade, concluiu-se, uma vez mais,

que o comportamento disciplinar dos Agentes de Execução e a respectiva análise do Grupo de Gestão da

CPEE é muito relevante, e deve ser tomada em linha de conta para efeitos de exercício pelo Plenário da

CPEE da competência legal de emissão de recomendações sobre a formação dos agentes de execução, e bem

assim reiterar o teor de algumas recomendações já emitidas em Julho de 2010 e em Novembro de 2011, quer

para a eficácia quer sobre a formação dos agentes de execução.

49/287

Assim, a maioria das participações que chegam à CPEE fundam-se em factos que indiciaram a

instauração de processos disciplinares, pela seguinte ordem de grandeza:

a) Violação de deveres deontológicos, disposições legais e regulamentos;

b) Não manter as contas-clientes segundo o Estatuto da Câmara dos Solicitadores;

c) Violação do dever de diligência;

d) Falta de provisão ou indícios de irregularidade nas contas-clientes;

e) Não correcção das irregularidades verificadas na sua conta-cliente;

f) Impedir ou por qualquer forma obstruir a fiscalização;

g) Não aplicar devidamente as quantias e coisas que lhe estão confiadas (52 %).

Entre o 2.º e o 4.º trimestre de 2011 assumiu especial relevância os factos que indiciavam a actuação

processual com violação do dever de diligência, falta de restituição de quantias e objectos e a

realização de penhora excessiva/ilegal, como principais fundamentos para apresentação de queixas junto

da CPEE e subsequentemente como causas de instauração de processo disciplinar. Tal constatação permitiu à

CPEE concluir que ainda existiam agentes de execução cuja conduta suscitaria problemas do ponto de vista

da violação dos deveres éticos e deontológicos, no que respeita à actuação com violação do dever de

diligência, à falta de restituição de objectos e quantias e ainda do ponto de vista técnico, no que concerne à

penhora excessiva/ilegal.

No período ora em análise, em virtude do aumento exponencial das participações apresentadas à

CPEE (1541), atendendo ao exercício de funções em exclusividade dos 4 membros do Grupo de

Gestão da CPEE (incluindo a Presidente da CPEE), da falta de assessoria técnica ao Grupo de

Gestão, situação recorrente desde o 2.º ano de actividade da CPEE (2010) e da ausência de um

sistema de recolha e registo informático de dados estatísticos, verificou-se incomportável uma

análise detalhada e estatística sobre os factos subjacentes às mesmas.

No entanto, a conclusão a retirar dos dados estatísticos, que resultam dos registos da CPEE, e atento o

crescendo cada vez maior das participações que chegam junto da CPEE, incidirá necessariamente numa

extrema necessidade em persistir na correspondência entre uma actuação punitiva exercida pelo órgão

disciplinar (Grupo de Gestão da CPEE) dos agentes de execução com o acompanhamento da actividade

destes através de uma actuação preventiva e positiva, no sentido da concretização e implementação de todas

as recomendações sobre a formação dos agentes de execução e bem assim da necessidade de acolhimento das

mesmas já emitidas pelo Plenário da CPEE.

50/287

Com efeito, ao verificar-se que restavam implementar algumas recomendações sobre a formação dos Agentes

de Execução, consideradas urgentes pela CPEE aquando da sua emissão em Julho de 2010, apontou-se o

caminho no sentido da absoluta necessidade de reiterar o teor das mesmas, a título abstracto, quanto à

formação contínua dos agentes de execução e para efeitos preventivos e práticos, a ponto de tornar, em

última análise, desnecessária a apresentação de participação contra o Agente de Execução.

Neste sentido, em 22/11/2011, o Plenário da CPEE deliberou emitir 33 recomendações sobre a formação

dos agentes de execução, reiterando 28 das recomendações já emitidas em 2010, e emitindo 5 novas

recomendações, acima destacadas.

Quanto aos processos disciplinares, no 3.º ano de actividade a CPEEGG deliberou instaurar 134

(cento e trinta e quatro) processos disciplinares, sendo que um número considerável de deliberações

de instauração de processos disciplinares tem por base:

a) A violação de deveres deontológicos, disposições legais e regulamentos (14);

b) A falta de manutenção das contas-clientes segundo o ECS (12);

c) A violação do dever de diligência 11);

d) A falta de provisão ou indícios de irregularidade nas contas-clientes (11);

e) A não correcção das irregularidades verificadas na sua conta-cliente (9);

f) O impedir ou por qualquer forma obstruir a fiscalização (16);

g) A aplicação indevida das quantias e coisas que estão confiadas ao Agente de Execução (8).

Em face do exposto, a CPEE reitera como sendo essencial a tomada de medidas urgentes em sede de emissão

de recomendações, tendentes a minorar a prática de tais ilícitos e que incidam sobre o seguinte:

a) Formação contínua obrigatória dos Agentes de Execução no que respeita a conciliação bancária e

contabilidade associada à profissão de agente de execução;

b) Formação contínua obrigatória dos Agentes de Execução no que respeita à observância das normas

legais que têm de aplicar no exercício das sua funções, em especial, as normas do CPC e legislação

conexa à actividade do agente de execução;

c) Formação contínua obrigatória dos Agentes de Execução no que respeita à observância das normas

éticas e deontológicas a que estão adstritos, designadamente as constantes do ECS e dos

regulamentos da CS a que estão adstritos.

51/287

Acresce que da análise dos ilícitos que serviram de fundamento aos processos disciplinares

instaurados pela CPEE resultantes das fiscalizações realizadas pela CPEE, constatou-se, uma vez

mais, que vários Agentes de Execução:

a) Não mantêm as contas-clientes segundo o ECS;

b) Têm indícios de irregularidade na movimentação das contas-clientes (5).

Em face do exposto, a CPEE considerou prioritária a tomada de medidas urgentes e eficazes em sede da

emissão de recomendações, tendentes a minorar a prática de tais ilícitos e que incidam sobre o seguinte:

a) Frequência de formação contínua obrigatória dos Agentes de Execução de sessões de

formação, no que respeita à observância das normas legais que têm de aplicar no exercício

das sua funções em relação às contas-cliente, em especial, a realização de operações

bancárias com total transparência e a conciliação bancária entre as todas as operações

realizadas no âmbito de cada Processo Judicial a seu cargo;

b) Frequência de formação contínua e obrigatória dos Agentes de Execução de sessões de

formação, no que respeita à contabilidade inerente à actividade de agente de execução no

SISAAE.

Para tanto, será necessária a promoção de acções de formação a realizar sobre:

a) Todas as funcionalidades do SISAAE (em especial as contabilísticas);

b) Comunicabilidade entre sistemas informáticos SISAAE e CITIUS;

c) Conciliação bancária das contas-clientes do agente de execução no SISAAE;

Estas conclusões resultam da actividade diária e efectiva da CPEEGG, que enquanto órgão disciplinar e de

fiscalização operacional, levada a efeito pelos Membros do Grupo de Gestão nos escritórios dos Agentes de

Execução, e bem assim pelo labor efectuado pelos Agentes de Execução Fiscalizadores da CPEE.

Tal trabalho apenas pode resultar mais profícuo e eficaz se a CPEE for dotada dos meios financeiros e

humanos necessários para a efectiva realização das suas competências legais, disciplinares e de fiscalização,

respectivamente a cargo das suas entidades financiadoras (MJ e CS), o que até à data a que o presente

relatório se reporta (16/02/2012) não ocorreu, não obstante todas as diligências efectuadas pela CPEE junto

de cada uma das suas entidades financiadoras nesse sentido.

52/287

§§ 2.º – OS 1.º, 2.º E 3.º ESTÁGIOS – PLENÁRIO

7. A FIXAÇÃO DO N.º DE CANDIDATOS A ADMITIR AO 3.º ESTÁGIO DE AGENTE DE EXECUÇÃO

Em 17/05/2011, a CPEEP definiu o número de candidatos a admitir no 3.º estágio de agente de execução:

250, com base num estudo apresentado pela DGPJ, intitulado "Análise sobre o dimensionamento do número de

admissões ao curso de estágio", no qual se concluiu que "(n)ão existem, por enquanto, evidências que conduzam à alteração

do objectivo a 3 anos anteriormente estabelecido (com admissão de 300 candidatos a estágio nos dois primeiros anos e de 250 no

terceiro)." - (Deliberação n.º 17/2011, de 17/05/2012, da CPEEP).

8. A ESCOLHA E DESIGNAÇÃO DA ENTIDADE EXTERNA RESPONSÁVEL PELO EXAME DE ADMISSÃO AO

3.º ESTÁGIO DE AGENTE DE EXECUÇÃO, E PELA AVALIAÇÃO FINAL DOS ESTAGIÁRIOS

Na sequência das Deliberações n.º 23 a 25/2011, 19/07/2011, da CPEEP, para cumprimento do disposto

nos termos do artigo 69.º-B do ECS, conjugado com a alínea d) do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 165/2009, de

22 de Julho, a CPEE propôs à SGMJ, na qualidade de Entidade Adjudicante: i) a abertura de procedimento

de contratação pública por ajuste directo; ii) o convite à apresentação de propostas no âmbito do

procedimento de contratação pública, de 5 entidades (a Faculdade de Direito da Universidade Clássica de

Lisboa; a Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa; a Faculdade de Direito da Universidade do

Porto; a Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra; a Escola de Direito da Universidade do Minho);

iii) o caderno de encargos, onde consta mencionado que a adjudicação seria feita segundo o critério do mais

baixo preço (cfr. ofício da CPEE n.º 2338/2011, de 05/08/2011, recebido em 08/08/2011).

O procedimento de ajuste directo decorreu de acordo com o estabelecido nas disposições legais aplicáveis,

sob o número da SGMJ 7/DAC/CPEE/2011.

No âmbito do referido procedimento, as 5 Universidades seleccionadas pela CPEEP foram convidadas a

apresentar propostas até ao dia 25/12/2011, tendo a Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa

(FDUNL) apresentado a sua proposta em 23/12/2011, a qual foi objecto de análise por parte da CPEE, que

reputou não existirem quaisquer esclarecimentos adicionais, nem melhoramentos a serem prestados e/ ou

efectuados ao abrigo do n.º 2 do artigo 125.º do Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de Janeiro, na medida em

que estava de acordo com o preceituado no Caderno de Encargos incluso no procedimento aberto pela

SGMJ, o qual havia sido aprovado pela CPEEP na sua reunião de 19/07/2011, com as alterações ao preço

base previstas na lei.

53/287

Assim, ao abrigo da Deliberação n.º 4/2012, de 17 de Janeiro, a CPEEP escolheu e designou a FDUNL

como a nova entidade externa e independente, nos termos da alínea c) do artigo 69.º-C do ECS, deliberação

que foi comunicada à SGMJ, na qualidade de órgão competente para a decisão de contratar, tendo o contrato

sido celebrado entre a SGMJ e a FDUNL no dia 23/02/2012.

9. OS 1.º, 2.º E 3.º ESTÁGIOS DE AGENTES DE EXECUÇÃO

9.1. O FINAL DO 1.º ESTÁGIO DE AGENTES DE EXECUÇÃO – ABRIL DE 2011

A CPEE monitorizou a execução do contrato, nomeadamente quanto à fase de avaliação final do trabalho

desenvolvido pelo agente de execução estagiário durante o 1.º estágio de agentes de execução, podendo as

fases processuais da tramitação referentes ao 1.º estágio de Agentes de Execução sumariar-se nos seguintes

termos:

a) O exame nacional de acesso ao 1.º estágio, da responsabilidade da Faculdade de Direito da

Universidade Católica Portuguesa (FDLUCP), decorreu em Janeiro de 2010 - Inscrição de 1.383

candidatos (1.162 advogados e 221 solicitadores);

b) A sessão solene de abertura do 1.º estágio de Agentes de Execução realizou-se no dia 27/02/2010;

c) Como o prazo legal do estágio é de 10 meses (cfr. o n.º 1 do art. 118.º do ECS) -, dividido entre o 1.º

período de 3 meses, e o 2.º período de 7 meses, o 1.º estágio deveria ter terminado em Dezembro de

2010.

Contudo, em Novembro de 2010 a CS publicitou que o estágio só terminava em Fevereiro de 2011

(perfazendo na prática 12 meses), porque o 1.º período de 3 meses, que deveria ter terminado em Maio

de 2010, tinha-se prolongado até Julho de 2010, altura em que se realizaram as provas de aferição, e só

depois destas é que se iniciava o 2.º período de estágio de 7 meses. Este desfasamento de 2 meses em

relação ao prazo legal originou um pedido de esclarecimentos pela SGMJ, o qual foi oportunamente

respondido pela CPEE;

d) 272 Agentes de Execução estagiários realizaram as provas finais na FDLUCP durante a semana de 11 a

15 de Abril de 2011;

e) Em 02/05/2011, após concluir a avaliação final de 272 Agentes de Execução Estagiários, a

FDLUCP publicou a pauta contendo os resultados finais: 269 Agentes de Execução estagiários

aprovados e 3 reprovados.

Assim se concretizou o efectivo aumento do número de Agentes de Execução, uma das medidas prosseguidas

pela Comissão para a Eficácia das Execuções tendo em vista promover a celeridade e a eficiência económica

54/287

das execuções cíveis, a transparência da actividade e o rigor e a elevada qualidade técnica na formação inicial

dos novos Agentes de Execução.

9.2. O DESENVOLVIMENTO DO 2.º ESTÁGIO DE AGENTES DE EXECUÇÃO – ENTRE MARÇO DE 2011 E

MARÇO DE 2012

À semelhança do que sucedeu com o 1.º estágio de agentes de execução, a CPEE monitorizou a execução do

contrato, relativamente às fases de acesso e de avaliação final do trabalho desenvolvido pelo agente de

execução estagiário do 2.º estágio de agentes de execução, podendo as suas fases processuais sintetizar-se nos

seguintes termos:

a) O exame nacional de acesso ao 2.º estágio, da responsabilidade da FDLUCP teve lugar em Janeiro de

2011 - Inscrição de 985 candidatos;

b) A sessão solene de abertura do 2.º estágio de Agentes de Execução decorreu no dia 26/03/2011.

c) Entre Março de 2011 e Janeiro de 2012 – deveria decorrer o 2.º Estágio de Agentes de Execução dos

226 candidatos admitidos, da responsabilidade da Câmara dos Solicitadores.

Contudo, também neste 2.º estágio se verificou um desfasamento de meses em relação ao prazo legal,

do qual foi alertada a CS pela CPEE. O final do estágio está fixado pela CS para o dia 26/03/2012;

d) Após o estágio – Avaliação final dos Agentes de Execução estagiários pela Faculdade de Direito de

Lisboa da Universidade Católica Portuguesa.

9.3. O EXAME DE ACESSO AO 3.º ESTÁGIO DE AGENTE DE EXECUÇÃO – ABRIL DE 2012

Tendo em vista uniformizar os procedimentos de acesso ao 3.º estágio de Agente de Execução, a CPEE criou

um Grupo de Trabalho composto por elementos da CPEEGG, da FDUNL e da CPEEP (CS e OA), que

reuniram na CPEE no dia 22/02/2012, pelas 15H00, tendo em vista o estabelecimento da calendarização

referente ao 3.º estágio de agentes de execução [contemplando o período de inscrições (entre 01/03/2012 e

16/03/2012), a data de realização do exame de acesso (dia 28/04/2012), o período de 10 meses de duração

do 3.º estágio (entre Maio de 2012 e Março de 2013)], a minuta de formulário de inscrição junto da OA e da

CS, e o Anúncio n.º 1 da FDUNL (que desde 28/02/2012 está disponível ao público o sítio desta Faculdade

na Internet www.fd.unl.pt, e bem assim nos sítios da Internet da CPEE, da CS e da OA.

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§§ 3.º – ÓRGÃO DE DISCIPLINA DOS AGENTES DE EXECUÇÃO - GRUPO DE GESTÃO

10. A ACÇÃO DISCIPLINAR DA CPEE

A acção disciplinar sobre todos os Agentes de Execução constitui uma das actividades nucleares da CPEE,

importando, em especial:

a) A apreciação/análise liminar das 2.382 queixas apresentadas na CPEE entre 31/03/2009 e o dia

16/02/2012;

b) As 71 deliberações de arquivamento de queixas;

c) As 28 deliberações de remessa para outros órgãos da CS;

d) As 266 deliberações de instauração de processos disciplinares;

e) A instrução dos 266 processos disciplinares insaturados e a aplicação das respectivas sanções

disciplinares.

Devido à falta de emissão quanto aos anos de 2010, 2011 e de 2012, do despacho ministerial conjunto

(membros do governo responsáveis pelas áreas da Justiça e Finanças) que estabeleceria a dotação máxima

anual para que a CPEE pudesse recrutar assessoria técnica, esta actividade tem sido exercida apenas pelos 3

Membros da CPEEGG em exclusividade de funções (escolhidos pela Presidente e votados favoravelmente

pelo CPEEP), tendo durante o ano de 2011 o Presidente do CEAE sido chamado a colaborar como Instrutor

em 3 Processos Disciplinares (pese embora seja Agente de Execução e Solicitador, não se encontrando em

exclusividade de funções na CPEE).

Dentro deste quadro de absoluta escassez de meios humanos, podemos retirar as seguintes conclusões em

sede de actuação da CPEE em matéria disciplinar:

a) Aumento exponencial do n.º de queixas apresentadas na CPEE;

Em 2009 entraram 71 queixas;

Em 2010 entraram 414 queixas;

Em 2011 entraram 1.595 queixas;

Até 16/02/2012 já entraram 302 queixas;

num total de 2.382 participações entradas na CPEE desde o seu início de actividade;

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b) Aumento exponencial do n.º de instaurações de processos disciplinares:

Em 2009 foram instaurados 28 processos disciplinares;

Em 2010 foram instaurados 104 processos disciplinares (duplicou);

Em 2011 foram instaurados 126 processos disciplinares (duplicou);

Até 16/02/2012 já foram instaurados 8 processos disciplinares;

num total de 266 processos disciplinares instaurados pela CPEEGG desde o seu início de actividade;

c) A pendência processual da CPEE mantém-se nos 85% em sede da apreciação das queixas

apresentadas junto da CPEE, uma vez que apenas 15% puderam ser analisadas;

d) A pendência processual da CPEE dos processos disciplinares em curso mantém-se nos 82%

(pois apenas 18% se encontram findos).

Não obstante a falta de meios, a acção disciplinar da CPEE tem sido efectiva em sede de prevenção do ilícito

e aplicação das penas disciplinares ajustadas à gravidade das infracções disciplinares cometidas, sendo de

destacar a aplicação das seguintes medidas cautelares entre 01/04/2011 e 16/02/2012:

a) 14 medidas cautelares de suspensão preventiva;

b) 14 medidas cautelares de bloqueio a débito de contas-clientes;

c) 14 de suspensão de aceitação de novos processos por 60 dias;

d) 2 expulsões (pena disciplinar);

e) 1 suspensão de actividade por 3 anos (pena disciplinar);

f) 1 multa de € 500 (pena disciplinar);

g) 2 sanções acessórias de restituição de quantias;

h) 2 sanções acessórias de perda de honorários.

Importa pois salientar a urgência na emissão do referido despacho ministerial conjunto para a assessoria da

CPEE, cuja iniciativa é de Sua Excelência a Ministra da Justiça, por se tratar de um encargo financeiro da

responsabilidade da SGMJ, nos termos da alínea c) do artigo 2.º deste Decreto-Lei n.º 165/2009, que foi

sendo salientado pela CPEE por diversas vezes junto do Ministério da Justiça, em especial, durante a

audiência concedida à Presidente da CPEE em 01/08/2011 por Sua Excelência a Ministra da Justiça e na

audição pública da Presidente da CPEE na Assembleia da República em 20/09/2011.

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Com efeito, a falta de assessoria técnica na CPEE origina as seguintes consequências negativas:

a) 85% de pendência processual relativamente às Participações/Queixas contra Agentes de

Execução (2.382 Queixas) – de salientar que na apreciação liminar a CPEE pode solicitar

esclarecimentos e informações ao tribunal, às partes e ao próprio agente de execução em causa, em

especial, para decidir da instauração processo disciplinar contra o agente de execução visado ou do

arquivamento da queixa, incumbindo, neste caso, à CPEE todas as diligências no âmbito da

respectiva fase instrutória/ recolha de prova);

b) 82% de pendência processual relativamente à instrução dos processos disciplinares (266

processos instaurados);

c) Eventual prescrição das infracções disciplinares em causa.

Ademais, a CPEE, apesar de não dispor de serviço de atendimento pessoal ao público em geral, encontra-se,

desde sempre disponível para o acolhimento das queixas dos cidadãos e dos demais operadores judiciários,

para dar resposta às respectivas interpelações, consistindo muitas vezes na recolha e prestação de informação

sobre o estado de processos e pedidos de intervenção, para o tratamento e resposta das questões colocadas

através de diversos meios:

a) “Queixa Electrónica” disponível em http://www.cpee.pt/;

b) Requerimentos ou correspondência escrita;

c) Correio electrónico;

d) Reenvio de outras instituições públicas - Tribunais, Provedoria de Justiça, Serviços do Ministério

Público e órgãos da CS.

Esta resposta dada preferencialmente pela via electrónica permite esclarecer o público e os operadores

judiciários sobre as competências e sobre o funcionamento da CPEE, detectar situações em que se mostra

necessária ou conveniente a tomada de medidas de gestão e proceder ao acompanhamento dos casos em que

se justifica uma intervenção de natureza administrativa ou disciplinar, com carácter de urgência.

Pese embora a inexistência dos meios financeiros e humanos necessários a uma maior eficiência do exercício

das suas competências legais, e à falta de autonomia financeira da CPEE, a sua actuação assenta numa

estratégia sustentada, baseada no estabelecimento de prioridades e na imediata intervenção em situações

muito graves/graves quer em sede disciplinar, quer em sede de fiscalização. Também por isso se explica e

justifica algum atraso na apreciação e tramitação, designadamente, de participações referentes a condutas

menos graves e referentes a faltas mais leves.

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Para o superar, e porque o investimento nesta área tem enormes benefícios na concretização de um direito

fundamental dos cidadãos que assumem a qualidade de credores e, consequentemente, na liquidez de

cidadãos e empresas, assim podendo contribuir fortemente para a melhoria do ambiente económico nacional,

a CPEE tem-se batido pela obtenção das ferramentas adequadas para atingir tal desiderato.

Com efeito, no artigo 8.º da Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro, encontra-se regulamentado o procedimento

de acesso da CPEE ao SISAAE para efeitos de decisão/deliberação da CPEE, no exercício da sua

competência legal de aplicação de medidas cautelares aos agentes de execução, devendo constar do

SISAAE a seguinte informação:

a) A conta-corrente discriminada de cada processo de execução (entrada em vigor até 29/06/2012);

b) Em cada processo de execução, os movimentos efectuados na conta-cliente dos exequentes,

contendo todas as quantias recebidas e destinadas a preparos, despesas e honorários do agente de

execução arguido (entrada em vigor até 29/06/2012);

c) Em cada processo de execução, os movimentos efectuados pelo agente de arguido na conta-cliente

dos executados, contendo todas as quantias recebidas e destinadas ao pagamento da quantia

exequenda e demais encargos com o processo (data de produção de efeitos até 29/06/2012);

d) Os movimentos efectuados na conta-cliente dos exequentes e na conta-cliente dos executados, pelo

agente de execução arguido (entrada em vigor até 29/06/2012);

e) Notificação da CPEE ao Agente de Execução via electrónica da instauração de processo disciplinar,

no caso de se verificar falta de provisão em qualquer conta-cliente ou se houver indícios de

irregularidade na respectiva movimentação, e, ainda do prazo para corrigir ou sanar a irregularidade

sob pena de aplicação das medidas cautelares consideradas necessárias quando a irregularidade não

for corrigida ou sanada nas 48 horas previstas para o efeito, notificando a CPEE, pela mesma via, os

agentes de execução que assumam a responsabilidade das execuções em curso e a gestão das

respectivas contas-clientes a cargo do agente de execução suspenso preventivamente de funções

(entrada em vigor em 30/01/2012);

f) Envio da resposta do Agente de Execução Arguido à CPEE por via electrónica (entrada em vigor em

30/01/2012);

g) Execução da decisão de aplicação da medida cautelar de suspensão preventiva de funções de agente

de execução por mais de 10 dias directamente pela CPEE no SISAAE, implicando a desassociação

do Agente de Execução suspenso preventivamente de funções de todos os processos judiciais a seu

cargo e a agregação do agente de execução designado pela CPEE para assumir a responsabilidade

das execuções em curso e gestão das respectivas contas-clientes, ficando a informação disponível

para consulta no respectivo processo (entrada em vigor até 29/06/2012);

59/287

Com efeito, no artigo 9.º da Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro, encontra-se regulamentado o procedimento

de acesso da CPEE ao SISAAE para efeitos de decisão/deliberação da CPEE, no exercício da sua

competência legal de instrução dos processos disciplinares e aplicação das penas aos agentes de

execução, devendo constar do CITIUS e do SISAAE a seguinte informação:

a) No CITIUS, o histórico de cada processo de execução, incluindo as datas de recepção no processo

judicial das comunicações do agente de execução dirigidas ao Tribunal (entrada em vigor até

30/03/2012);

b) O registo de cada diligência, notificação e acto processual praticado pelo agente de execução arguido

em cada processo de execução, incluindo as datas de recepção das comunicações pelo agente de

execução no SISAAE (entrada em vigor em 30/01/2012);

c) A data em que o agente de execução cessou funções (data de produção de efeitos até 30/03/2012);

d) O número de processos disciplinares pendentes na Câmara dos Solicitadores em relação ao agente de

execução arguido (entrada em vigor até 29/06/2012);

e) O registo das penas disciplinares aplicadas ao agente de execução arguido (entrada em vigor em

30/01/2012);

f) Se no processo disciplinar houver indícios de irregularidade na movimentação das contas-clientes ou

falta de provisão em qualquer destas, o SISAAE disponibiliza ainda a informação sobre:

A conta-corrente discriminada de cada processo de execução;

Em cada processo de execução, os movimentos efectuados na conta-cliente dos exequentes,

contendo todas as quantias recebidas e destinadas a preparos, despesas e honorários do agente

de execução arguido;

Em cada processo de execução, os movimentos efectuados pelo agente de arguido na conta-

cliente dos executados, contendo todas as quantias recebidas e destinadas ao pagamento da

quantia exequenda e demais encargos com o processo;

Os movimentos efectuados na conta-cliente dos exequentes e na conta-cliente dos executados,

pelo agente de execução arguido (entrada em vigor até 29/06/2012);

g) Envio do relatório do agente de execução substituto à CPEE, para análise sobre a situação dos

processos executivos a cargo do agente de execução substituído, com os respectivos acertos de

contas e decisão sobre a instauração de processo disciplinar (entrada em vigor em 30/01/2012);

h) Notificação da CPEE ao agente de execução substituído e ao agente de execução substituto para

prestação de esclarecimentos (entrada em vigor em 30/01/2012);

i) Notificação da CPEE ao agente de execução arguido (entrada em vigor em 30/01/2012);

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j) Envio de defesa, de elementos e demais requerimentos pelo agente de execução arguido (entrada em

vigor em 30/01/2012).

Não obstante a referida Portaria ter, na sua generalidade, entrado em vigor em 30/01/2012, as alíneas dos

referidos artigos ainda não foram alvo do respectivo desenvolvimento informático no SISAAE por parte da

CS, nem no CITIUS, mantendo a CPEE a comunicação preferencialmente via correio electrónico com os

Agentes de Execução.

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§§ 4.º – ÓRGÃO DE FISCALIZAÇÃO E INSPECÇÃO DOS AGENTES DE EXECUÇÃO - GRUPO

DE GESTÃO

11. A EFECTIVA FISCALIZAÇÃO, O AUMENTO EXPONENCIAL DO N.º DE FISCALIZAÇÕES E O COMBATE À

PENDÊNCIA PROCESSUAL

No 3.º ano de actividade, a CPEE deu continuidade à fiscalização e inspecção da actividade dos Agentes de

Execução, tendo feito um progresso muito considerável, sendo de destacar:

a) O reforço da tendência de aumento significativo do n.º de fiscalizações:

- 27 Processos de Fiscalização presenciais, na sua maioria, extraordinárias;

- 52 diligências presenciais (no âmbito dos 27 Processos de Fiscalização), num total de

105 diligências por parte de todos os fiscalizadores da CPEE (as Comissões de

Fiscalização podem ser compostas por equipas de 2/3 fiscalizadores);

- 626 Fiscalizações electrónicas (à distância), na sua maioria, ordinárias;

b) O aumento do n.º médio de fiscalizações/por Agente de Execução Fiscalizador da CPEE,

tendo em conta as diligências de fiscalização presencial realizadas (consoante a maior ou menor

intervenção exigida face à complexidade do processo de fiscalização):

- 11 Fiscalizações - n.º médio de fiscalizações presenciais realizadas por cada um dos 3

Membros do Grupo de Gestão da CPEE designados pela Presidente da CPEE e votados

favoravelmente pelo Plenário, e que estão em exclusividade de funções;

- 12 Fiscalizações - n.º médio de fiscalizações presenciais realizadas por cada um dos 9

Agentes de Execução Fiscalizadores da CPEE, (como estes Agentes de Execução não estão

em exclusividade de funções, o agendamento é efectuado de acordo com a disponibilidade de

cada um);

c) O aumento exponencial do n.º de fiscalizações realizadas pela CPEE face aos anos anteriores

No ano 2009 foram realizadas 4 fiscalizações; no ano de 2010 foram iniciadas 65 fiscalizações

(algumas das quais realizadas em 2011) e no ano de 2011 foram iniciadas 669 fiscalizações.

Contudo, também nas fiscalizações pela CPEE existe pendência processual, porque os dados recolhidos nas

fiscalizações, designadamente nas fiscalizações electrónicas, necessitam de análise (sobretudo, da tramitação

processual e análise contabilística das contas-clientes), e da elaboração do respectivo relatório de fiscalização,

mas a CPEE não tem obtido o necessário apoio financeiro, nem do MJ, nem da CS, para proceder à análise e

finalização dos Processos de Fiscalização.

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A falta dos meios da CPEE origina um aumento de pendência de 97%, pois com apenas 3 Membros da

CPEEGG não é possível dar vazão a todos os relatórios recebidos, tendo sido dada prioridade às

fiscalizações onde se tivessem constatado irregularidades graves e muito graves (como sejam, a má gestão das

contas-clientes e a falta de provisão das mesmas), e foi solicitado aos Agentes de Execução Fiscalizadores da

CPEE (que não estão em exclusividade, repete-se) um esforço no sentido da conclusão dos processos de

fiscalização e elaboração de relatórios, com incidência nos mais graves, antigos e nas fiscalizações presenciais.

Com efeito, a CPEEGG aprecia e analisa, quer a documentação que lhe é remetida pelas Comissões de

Fiscalização (constituídas por 3 elementos, sejam Agentes de Execução Fiscalizadores da CPEE, sejam os

Membros da CPEEGG), quer outras questões que resultam das fiscalizações tais como a necessidade de

(entre 01/04/2011 e 16/02/2012):

a) Aplicar a medida cautelar de suspensão preventiva do exercício de funções de Agente de Execução –

como aconteceu em relação a 13 Agentes de Execução;

b) Aplicar a medida cautelar de bloqueio a débito de movimentação das contas-clientes – como

aconteceu em relação a 13 Agentes de Execução;

c) Aplicar a medida cautelar de suspensão de aceitação de novos processos - num total de 5 Agentes de

Execução;

e bem assim o seu levantamento ou manutenção, as reclamações apresentadas sobre as mesmas, cuja

dimensão processual varia consoante o número e/ou a gravidade das irregularidades verificadas a

complexidade da fiscalização.

Por último, o novo procedimento de recrutamento de fiscalizadores da CPEE deliberado em 2011, irá ser

efectuado em 2012, porquanto é de facto necessário obter a cooperação de mais Agentes de Execução para a

acção fiscalizadora da CPEE.

12. DA FISCALIZAÇÃO ELECTRÓNICA (À DISTÂNCIA): REPORTE DE INFORMAÇÃO PELOS AGENTES DE

EXECUÇÃO JUNTO DA CPEE

A CPEE foi pioneira na fiscalização electrónica (à distância) dos Agentes de Execução, como forma de obter

uma fiscalização com as seguintes vantagens:

a) É célere – feita através do envio de um email a cada Agente de Execução (utilização das TIC);

b) É barata – permite uma elevada economia de meios financeiros;

c) É eficaz - assenta na colaboração dos Agentes de Execução a fiscalizar, o que permitirá à CPEE

seleccionar os escritórios que necessitarão de outro tipo de intervenção.

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Em 07/04/2011, a CPEEGG deliberou a metodologia a ser adoptada no âmbito da Fiscalização Ordinária, à

Distância, por cooperação dos Agentes de Execução (cfr. Deliberações n.º s 171/2011 e 172/2011, de

07/04/2011, da CPEEGG), tendo o Formulário Electrónico de Perguntas e Respostas (Check-List) utilizado

na fiscalização electrónica ficado a constar do próprio Manual de Procedimentos de Fiscalização da

CPEE 2011/2012, disponível em

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/MANUAL_DE_PROCEDIMENTOS_DE_FISCALIZACAO_2011-

2012.pdf, e tendo sido enviado a 626 Agentes de Execução, entre Junho e Julho de 2011, através dos emails

indicados e autorizados pela CS como sendo os domicílios electrónicos dos Agentes de Execução

O preenchimento da Check-List tem em vista verificar, designadamente:

a) O n.º de processos judiciais pendentes a cargo de cada Agente de Execução;

b) O apuramento dos processos executivos que se encontram parados;

c) O ponto de situação sobre as contas-clientes tituladas pelos Agentes de Execução.

Assim, ao preencherem a referida Check – List, os Agentes de Execução prestam à CPEE informação sobre a

sua actividade profissional e sobre as estruturas e os meios que detêm para o exercício dessa actividade, tendo

até para o efeito a CPEE emitido e divulgado o Comunicado n.º 3/2011, de 30 de Junho, contendo linhas de

orientação sobre o preenchimento da referida Check-List, o qual está disponível ao público

em http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Comunicado_3_2011_30_Junho_2011_.pdf .

A adesão à fiscalização electrónica foi de quase 100%, pois apenas 5 Agentes de Execução não

responderam ao formulário de fiscalização electrónica enviado pela CPEE, num universo total de 626

Agentes de Execução.

A metodologia adoptada pela CPEE consubstancia um procedimento mais célere na recolha de dados e

informação com vista à fiscalização de todos os agentes de execução, sem contudo descurar e prosseguindo

sempre o objectivo de fiscalização efectiva dos agentes de execução.

Ainda que no âmbito da fiscalização electrónica, a CPEE contou com a cooperação:

a) Da instituição de crédito Millennium BCP, tendo em vista a imediata disponibilização de

informações, e o envio de documentos que a CPEE reputou como necessários aos procedimentos

de fiscalização da CPEE;

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b) Dos Departamentos de Investigação e Acção Penal, em especial, de Lisboa, de Coimbra e do Porto,

ao abrigo dos Protocolos de Cooperação celebrados em 2011, tendo em vista a optimização de

recursos.

Sendo o processo de fiscalização um processo dinâmico, impõe-se também aqui salientar a necessidade da

dotação da CPEE de meios técnicos e humanos no sentido de se concluírem os procedimentos de

fiscalização em curso, de molde a imprimir dinâmica de celeridade na recolha e na análise dos dados

decorrentes dos processos de fiscalização.

13. A FORMAÇÃO CONTÍNUA DOS AGENTES DE EXECUÇÃO FISCALIZADORES DA CPEE

Tendo em vista assegurar o princípio de justiça material de igualdade de tratamento dos Agentes de Execução

fiscalizados, e bem assim a uniformização e o contínuo aperfeiçoamento dos procedimentos da CPEE em

sede de fiscalizações, a CPEE realizou a 2.ª acção de formação contínua dos Agentes de Execução

Fiscalizadores da CPEE, segundo um procedimento de aprendizagem colaborativa e interactiva, que teve

lugar no dia 01/06/2011, nas instalações do Conselho Regional do Norte da CS, sob a coordenação da Dra.

Ana Luísa Rodrigues, Membro do CPEEGG, contando com o apoio do Dr. Armando Branco, Fiscalizador

da CPEE e Membro do CPEEGG entre 31/03/2009 e 05/01/2011.

Esta formação foi bastante participada pelos Agentes de Execução e abordou aspectos relacionados com as

contas-clientes dos agentes de execução, a conciliação bancária e em especial a análise e detecção de

irregularidades nas contas-clientes e a simplificação dos procedimentos/ relatórios, com vista a aumentar a

eficácia e produtividade, mantendo o rigor e a qualidade, tendo-se reflectido acerca de assuntos relativos à

organização das fiscalizações, e às respectivas linhas de conduta e responsabilidades dos fiscalizadores.

14. A COOPERAÇÃO COM O ITIJ E A CS AO ABRIGO DO N.º 4 DO ARTIGO 10.º DA PORTARIA N.º 2/2012,

DE 2 DE JANEIRO

Também no âmbito dos procedimentos tendo em vista a Fiscalização Electrónica (Desmaterializada) da CPEE

em relação a todos os Agentes de Execução, na sequência da reunião havida na CPEE em 10/02/2012 com

vista à operacionalização das funcionalidades do CITIUS e do SISAAE, e concretização dos acessos da

CPEE previstos na Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro, pese embora os acessos ainda não estarem a

funcionar, em 13/02/2012 o ITIJ disponibilizou à CPEE uma listagem contendo a identificação dos

processos executivos não movimentados nos últimos 3 (três) meses e a identificação dos Agentes de

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Execução responsáveis, de modo a que também por esta via de alerta a CPEE possa aferir das razões

adjacentes a tal omissão, detectar irregularidades e ainda prevenir o risco da sua ocorrência no futuro.

Com efeito, no artigo 10.º da Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro, encontra-se regulamentado o

procedimento de acesso da CPEE ao SISAAE para efeitos de decisão/deliberação da CPEE, no exercício da

sua competência legal de fiscalização dos agentes de execução, devendo constar do CITIUS e do SISAAE a

seguinte informação:

a) A lista de todos os processos de execução a cargo do agente de execução fiscalizado, identificados

pelo respectivo número de processo (entrada em vigor até 30/03/2012);

b) O histórico de todos os processos de execução a cargo do agente de execução fiscalizado, incluindo

as datas de recepção no processo judicial das comunicações do agente de execução dirigidas ao

tribunal (entrada em vigor até 30/03/2012);

c) O registo de cada diligência, notificação e acto processual praticado pelo agente de execução

fiscalizado em cada processo de execução, incluindo as datas de recepção das comunicações pelo

agente de execução no SISAAE (entrada em vigor em 30/01/2012);

d) A conta-corrente discriminada de cada processo de execução a cargo do agente de execução

fiscalizado (entrada em vigor até 29/06/2012);

e) Os movimentos efectuados na conta-cliente dos exequentes, contendo todas as quantias recebidas e

destinadas a reparos, despesas e honorários do agente de execução fiscalizado em cada processo de

execução (entrada em vigor até 29/06/2012);

f) Os movimentos efectuados na conta-cliente dos executados, contendo todas as quantias recebidas e

destinadas ao pagamento da quantia exequenda e demais encargos com o processo, em cada processo

de execução (entrada em vigor até 29/06/2012);

g) Todos os movimentos efectuados pelo agente de execução fiscalizado na conta-cliente dos

exequentes e na conta-cliente dos executados (entrada em vigor até 29/06/2012);

h) A lista de todos os processos de execução em que o agente de execução em causa foi substituído

(entrada em vigor em 30/01/2012);

i) Notificação da CPEE ou de cada membro pertencente à comissão de fiscalização ao agente de

execução fiscalizado (entrada em vigor em 30/01/2012);

j) Envio de elementos e demais requerimentos pelo agente de execução fiscalizado (entrada em vigor

em 30/01/2012);

k) No CITIUS, no final de cada trimestre, um registo electrónico com indicação dos processos

executivos que não estejam tramitados há mais de três meses, a contar da prática da última diligência

ou acto processual (entrada em vigor até 29/06/2012).

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Assim, atendendo a que a maioria das normas referidas no artigo 10.º da Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro,

ainda não foram alvo de desenvolvimento informático no SISAAE (por parte da CS), e no CITIUS (por parte

do ITIJ), a CPEE continua a comunicar via correio electrónico com os Agentes de Execução Fiscalizados,

com as Comissões de Fiscalização e com o Millennium BCP, e a fiscalizar os Agentes de Execução de acordo

com a lei vigente e o Manual de Procedimentos de Fiscalização da CPEE 2011/2012, aguardando-se

com expectativa o efectivo funcionamento na prática dos mecanismos de fiscalização previstos na Portaria n.º

2/2012, pelos enormes benefícios que certamente daí advirão.

67/287

§§ 5.º – DEONTOLOGIA E ÉTICA DOS AGENTES DE EXECUÇÃO – PLENÁRIO E GRUPO DE GESTÃO

15. PEDIDOS DE SUSPENSÃO DE ACEITAR NOVOS PROCESSOS

O Plenário da CPEE, na qualidade de órgão competente para deliberar acerca dos pedidos de suspensão de

aceitar novos processos apresentados pelos Agentes de Execução, atendendo à multiplicidade de

fundamentos alegados e à diversidade de situações a que os pedidos se reportam, ponderou a necessidade de

disponibilização no SISAAE aos Agentes de Execução de formulários electrónicos para preenchimento pelo

Agentes de Execução e envio electrónico à CPEE, possibilitando-se logo de seguida também a execução pela

CPEE da sua deliberação no SISAAE.

Em 2009 o Grupo de Gestão da CPEE elaborou formulários electrónicos, mas estes ainda não foram

inseridos pela CS no SISAAE, pese embora o Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro preveja que tais

comunicações entre a CPEE e os Agentes de Execução se façam exclusivamente por meios electrónicos.

Continua, assim prejudicada a comunicação electrónica via SISAAE entre a CPEE e os Agentes de Execução,

dado que a CPEE não tem acesso informático ao SISAAE para executar as suas próprias deliberações, sendo

para tanto necessária a existência de Perfil próprio e autónomo para a CPEE, já reivindicada nas

Recomendações da CPEE de 2010.

Com efeito, no artigo 5.º da Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro, encontra-se regulamentado o procedimento

de acesso da CPEE ao SISAAE para efeitos de decisão/deliberação da CPEE, no exercício da sua

competência legal de decisão sobre os pedidos de agentes de execução quanto à suspensão de aceitação de

novos processos judiciais durante um determinado período de tempo, devendo constar no SISAAE a

seguinte informação:

a) Número de dias em que o Agente de Execução esteve suspenso de ser nomeado para novos

processos (entrada em vigor em 30/01/2012);

b) O requerimento do Agente de Execução dirigido à CPEE via electrónica (entrada em vigor em

30/01/2012);

c) A decisão/deliberação da CPEE de deferimento do pedido de agente de execução de suspensão de

nomeação para novos processos judiciais, por um determinado período de tempo (entrada em vigor

em 30/01/2012);

d) Execução da decisão/deliberação da CPEE directamente no SISAAE, no âmbito da lista informática

dos agentes de execução (entrada em vigor em 30/01/2012).

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Não obstante a referida Portaria ter, na sua generalidade, entrado em vigor em 30/01/2012, à excepção da

funcionalidade referida na alínea a) supra, as demais alíneas ainda não foram alvo do respectivo

desenvolvimento informático no SISAAE por parte da CS.

16. PARECER QUANTO À REINSCRIÇÃO COMO AGENTE DE EXECUÇÃO

O Plenário da CPEE é o órgão competente para a emissão dos pareceres relativos à reinscrição como Agente

de Execução e bem assim, a Presidente da CPEE, através do despacho de delegação de competências n.º

5696/2010, de 29 de Março, no âmbito do qual o Plenário da CPEE delegou na sua Presidente a competência

para a realização de diligências e documentos preparatórios do exercício da competência pelo Plenário da

emissão de parecer favorável à reinscrição como agente de execução.

Como diligências preparatórias à emissão de parecer, destacam-se as seguintes:

a) Obtenção de informação sobre sanções aplicáveis ao requerente na qualidade de solicitador de

execução;

b) Obtenção de informação sobre existência de processos disciplinares pendentes contra o requerente;

c) Informação oficial da data da cessação de funções;

d) Relatório ou certidão emitida pelo competente Conselho Regional da Câmara dos Solicitadores

relativa ao procedimento de substituição em consequência da cessação de funções.

Com efeito, no artigo 4.º da Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro, encontra-se regulamentado o procedimento

de acesso da CPEE ao SISAAE para efeitos de decisão/deliberação da CPEE, no exercício da sua

competência legal de emissão de parecer da CPEE quanto à reinscrição como Agente de Execução, devendo

constar do SISAAE a seguinte informação:

a) Data em que o agente de execução cessou funções (entrada em vigor em 30/03/2012);

b) Número de processos disciplinares pendentes em relação ao requerente, enquanto agente de

execução (entrada em vigor em 29/06/2012);

c) Registo das penas disciplinares aplicadas ao requerente, enquanto agente de execução (entrada em

vigor em 30/01/2012).

Não obstante a referida Portaria ter, na sua generalidade, entrado em vigor em 30/01/2012, à excepção da

funcionalidade referida na alínea c) supra, as demais alíneas ainda não foram alvo do respectivo

69/287

desenvolvimento informático no SISAAE por parte da CS, aguardando-se que até às respectivas datas de

entrada em vigor das alíneas a) e b) tais funcionalidades se encontrem operacionais no SISAAE.

17. IMPEDIMENTOS/ SUSPEIÇÕES / ESCUSAS

O Grupo de Gestão da CPEE, na qualidade de órgão competente para decidir questões relacionadas com

impedimentos, escusas e suspeições de agentes de execução, atendendo à falta de fundamentos invocados

pelos requerentes, à multiplicidade de fundamentos alegados e à diversidade de situações a que os pedidos se

reportam, ponderou a necessidade de disponibilização aos Agentes de Execução de formulários para

preenchimento e envio ao órgão competente, com o objectivo de simplificar a elaboração do requerimento a

apresentar à CPEE e bem assim a análise dos diferentes pedidos e decisões perante cada caso concreto.

Tais formulários encontram-se elaborados pelo Grupo de Gestão desde 2009, porém ainda não foram

disponibilizados aos agentes de execução, uma vez que tal finalidade se cumprirá por mera comunicação

telemática, a ocorrer via SISAAE entre a CPEE e o agente de execução requerente.

As comunicações telemáticas entre a CPEE e os agentes de execução apenas ocorrerão quando à Comissão

for concedido o acesso informático ao SISAAE para executar as suas próprias decisões enquanto órgão

competente para decidir questões relacionadas com impedimentos, escusas e suspeições de agentes de

execução, exigindo-se para tanto a existência de Perfil próprio e autónomo para a CPEE.

Com efeito, no artigo 6.º da Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro, encontra-se regulamentado o procedimento

de acesso da CPEE ao SISAAE para efeitos de decisão/deliberação da CPEE, no exercício da sua

competência legal de decidir os pedidos de escusa, impedimentos e suspeição dos agentes de execução,

devendo constar do SISAAE a seguinte informação:

a) Data de designação do agente de execução (entrada em vigor em 30/01/2012);

b) Data de disponibilização de acesso do agente de execução ao processo (entrada em vigor em

30/01/2012);

c) Envio do requerimento pelo Agente de Execução à CPEE via electrónica (entrada em vigor em

30/01/2012);

d) Notificação da decisão da CPEE ao Agente de Execução via electrónica, devendo a comunicação do

deferimento do pedido de escusa ou da declaração do impedimento legal ou da existência de

suspeição ao exequente ser efectuada preferencialmente pela mesma via quando o exequente pratique

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os actos por via electrónica, ficando a informação disponível para consulta no processo (entrada em

vigor em 30/01/2012);

e) Execução da decisão do deferimento do pedido de escusa, de declaração de impedimento legal ou da

existência de suspeição é directamente executada pela CPEE no SISAAE, implicando a desassociaçao

do Agente de Execução do processo de execução a seu cargo, ficando a informação disponível para

consulta no processo (entrada em vigor em 29/06/2012).

Não obstante a referida Portaria ter, na sua generalidade, entrado em vigor em 30/01/2012, à excepção da

funcionalidade referida na alínea a) supra, as demais alíneas ainda não foram alvo do respectivo

desenvolvimento informático no SISAAE por parte da CS.

18. DEFINIÇÃO DA ACTUAÇÃO DA CPEE NO ÂMBITO DE PROCEDIMENTOS DE SUBSTITUIÇÃO

A.) PROCEDIMENTOS DE SUBSTITUIÇÃO

Os procedimentos necessários à substituição de Agente de Execução são da competência da CPEE nos casos

seguintes (cfr. os n.º s 2 e 6 do artigo 8.º da Portaria n.º 331-B/2009, de 30 de Março):

Aplicação ao Agente de Execução da pena disciplinar de suspensão por período superior a 10 dias;

Aplicação ao Agente de Execução da pena disciplinar de expulsão.

Os procedimentos necessários à substituição de Agente de Execução são assegurados pelo Agente de

Execução substituído nos casos seguintes:

Substituição voluntária pelo Exequente (artigo 7.º n.º 6 da Portaria n.º 331-B/2009);

Destituição pela CPEE (processos iniciados após 31/03/2009 - cfr. o n.º 6 do artigo 9.º da

mesma Portaria n.º 331-B/2009) – se o Agente de Execução substituído não efectuar a

transferência a mesma tem de ser assegurada pela CPEE.

a) Procedimentos a adoptar

No caso de livre substituição pelo Exequente:

A substituição é apresentada pelo Exequente por transmissão electrónica de dados ou em

suporte papel (artigo 2.º e 3.º da Portaria n.º 331-B/2009) e implica necessariamente a

designação de Agente de Execução substituto);

O Agente de Execução substituído e o Agente de Execução substituto são notificados da

substituição através do SISAAE;

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Se o Agente de Execução substituto não aceitar a designação, a secretaria designa novo agente

de execução de acordo com as regras da distribuição;

O Agente de Execução substituído é responsável pela entrega ao Agente de Execução

substituto dos seguintes elementos no prazo de 10 dias após o pedido deste último:

O arquivo das execuções pendentes para as quais tenha sido designado;

Os registos e suportes informáticos de contabilidade, das contas-clientes do agente de

execução e das execuções para as quais tenha sido designado;

Os bens móveis de que o substituído era fiel depositário na qualidade de agente de

execução penhorados à ordem das execuções para as quais tenha sido designado;

O saldo das contas-clientes referentes às execuções para as quais tenha sido designado,

após liquidação das quantias devidas ao Agente de Execução substituído;

A qualidade de fiel depositário em execuções pendentes para as quais tenha sido

designado.

O agente de execução substituto apresenta um relatório sobre a situação das execuções

com os respectivos acertos de contas.

Não há lugar a emissão de certidão pela CPEE.

No caso de destituição pela CPEE:

Notificação efectuada pela CPEE, por via electrónica e automática, enviada em simultâneo

ao tribunal e ao exequente, produzindo a destituição efeitos desde a data da comunicação;

O exequente pode designar outro Agente de Execução;

Se a designação não for efectuada no prazo de 20 dias a contar da data em que o tribunal

recebeu a notificação da CPEE, ou caso o Agente de Execução designado pelo

Exequente não aceite a designação, a secretaria designa novo Agente de Execução de

acordo com as regras da distribuição;

O Agente de Execução substituto é notificado da substituição através do SISAAE;

O Agente de Execução substituído entrega no prazo de 10 dias a contar da solicitação

efectuada pelo Agente de Execução substituto os seguintes elementos:

O arquivo das execuções pendentes para as quais tenha sido designado;

Os registos e suportes informáticos de contabilidade, das contas-clientes do agente

de execução e das execuções para as quais tenha sido designado;

Os bens móveis de que o substituído era fiel depositário na qualidade de agente de

execução penhorados à ordem das execuções para as quais tenha sido designado;

Caso o Agente de Execução substituído não faça a entrega dos elementos, esta deve ser

assegurada pela CPEE.

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Com efeito, no artigo 7.º da Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro, encontra-se regulamentado o procedimento

de acesso da CPEE ao SISAAE para efeitos de decisão/deliberação da CPEE, no exercício da sua

competência legal de destituição de agentes de execução, devendo constar do SISAAE a seguinte informação:

a) Informação constante do processo de execução em causa: registo de cada diligência; notificação e

actos processuais praticados pelo agente de execução cuja destituição está em causa, incluindo as

datas de recepção no processo judicial das comunicações do agente de execução dirigidas ao tribunal

e de recepção das comunicações pelo agente de execução no SISAAE (entrada em vigor em

30/03/2012);

b) Envio à CPEE ou pelo Tribunal ou pelo Exequente do pedido de destituição do agente de execução

(entrada em vigor em 30/03/2012);

c) Notificação da decisão da CPEE ao Tribunal e ao Exequente por via electrónica (entrada em vigor

em 30/03/2012);

d) Notificação da CPEE ao Agente de Execução para se pronunciar sobre o pedido de destituição por

via electrónica (entrada em vigor em 30/03/2012);

e) Pronúncia do Agente de Execução por via electrónica (entrada em vigor em 30/03/2012);

f) Execução da decisão/deliberação da CPEE de destituição de agente de execução num determinado

processo de execução directamente no SISAAE, implicando a desassociação do agente de execução

em causa, ficando a informação disponível para consulta do processo (entrada em vigor em

29/06/2012).

Não obstante a referida Portaria ter, na sua generalidade, entrado em vigor em 30/01/2012, à excepção da

funcionalidade referida na alínea a) supra, as demais alíneas ainda não foram alvo do respectivo

desenvolvimento informático no SISAAE por parte da CS.

B.) N.º DE SUBSTITUIÇÕES DO CONHECIMENTO DA CPEE

Salvo as substituições que ocorrem por força do exercício das suas competências legais, a CPEE não tem

acesso à informação relativa ao n.º de substituições de agentes de execução ocorridas entre os dias

01/04/2011 e 16/02/2012, mas tem continuado a ser diariamente notificada pelos Tribunais e pelos

respectivos Conselhos Regionais (Norte e Sul) da Câmara dos Solicitadores (via postal, telefax e pelo sistema

informático CITIUS) de inúmeras substituições de agentes de execução em determinados processos,

assegurando-se assim o cumprimento de uma boa cooperação institucional.

73/287

N.º de substituições de Agente de Execução na sequência de Deferimento de Impedimento 189 7

N.º de substituições de Agente de Execução na sequência de Destituição pela CPEE 6

N.º de Livre substituições de Agente de Execução (a pedido do Exequente) 409

No entanto, não será demais referir que a CPEE, apesar de ser notificada por várias entidades para proceder à

desassociação de Agentes de Execução no SISAAE no âmbito de Processos Judiciais a seu cargo, motivadas

pela destituição judicial (processos anteriores a 31/03/2009) ou pela livre substituição de Agentes de

Execução pelo Exequente, ao abrigo do n.º 6 do artigo 808.º do CPC (processos posteriores a 31/03/2009),

apenas tem competência para destituir agentes de execução em processos judiciais executivos instaurados

após o dia 31/03/2009, ao abrigo do disposto no n.º 6 do artigo 808.º do Código de Processo Civil (na

redacção dada pelo referido Decreto-Lei n.º 226/2008), conjugado com o artigo 9.º da Portaria n.º 331-

B/2009, de 30 de Março, na redacção dada pela Portaria n.º 1148/2010, de 4 de Novembro, sob a epígrafe

“destituição” e que tal procedimento encontra-se, repete-se, em fase de desenvolvimento informático do

SISAAE pela CS, até 29/06/2012 (cfr. artigo 7.º e alínea b) do n.º 2 do artigo 17.º da Portaria n.º 2/2012, de

2 de Janeiro.

C.) PARTICIPAÇÃO DA CPEE NAS REUNIÕES DA COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DOS

AGENTES DE EXECUÇÃO DA CS

Em Outubro de 2011 a CPEE foi convidada a participar nas reuniões da Comissão de Acompanhamento e

Monitorização dos Agentes de Execução (CAMAE) da CS, no âmbito do exercício das competências legais

da CPEE e enquanto órgão independente da CS, tendo-se na 1.ª reunião, que teve lugar no dia 27/10/2011,

aflorado a necessidade de serem constituídas equipas de Agentes de Execução substitutos e liquidatários dos

processos de Agentes de Execução que cessam funções por força de:

a) Morte, incapacidade definitiva, incapacidade temporária, cessação voluntária de funções, aplicação

pelos 3 órgãos disciplinares da CS (Conselho Superior, SRDN e SRDS) das penas disciplinares de

suspensão de funções ou de expulsão - competência legal da CS;

b) Aplicação pela CPEE da medida cautelar de suspensão preventiva de funções (artigo 125.º/2 do

ECS), da pena disciplinar de suspensão de actividade por mais de 10 dias e da pena disciplinar de

expulsão enquanto agente de execução (artigo 131.º-B do ECS) - competência legal da CPEE.

7 Apenas as decisões de deferimento de impedimento que se verificaram durante o andamento do processo judicial (e não logo no início do mesmo) dão lugar a processo de substituição acompanhado pela CPEE.

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No âmbito da 2.ª reunião, que decorreu no dia 29/11/2011, pelas 16H00, foram distribuídas as seguintes

deliberações tomadas pelo Conselho Geral da CS em 19.11.2011:

a) A Deliberação do Conselho Geral da CS 20111119 - 8.2.3, relativa à nomeação e à remuneração dos

Agentes de Execução Liquidatários;

b) A Deliberação do Conselho Geral da CS 20111119 - 8.2.4, relativa à remuneração dos Agentes de

Execução Liquidatários.

Considera-se Agente de Execução Liquidatário o Agente de Execução responsável por reorganizar os

processos que estavam a cargo de um Agente de Execução que tenha cessado as suas funções a seu pedido ou

em caso de morte, incapacidade definitiva (da competência da CS) ou que tenha sido alvo pela CPEE das

penas disciplinares de suspensão de funções superior a 10 dias ou de expulsão, recuperando o histórico da

tramitação de cada processo executivo com vista a identificar e a reportar ao órgão competente todas as

diligências realizadas ao longo de cada processo e por recuperar o histórico de todas as movimentações

contabilísticas já realizadas no âmbito de cada processo, com vista a apresentar os respectivos acertos de

contas.

O Agente de Execução Liquidatário (objecto das Deliberações do Conselho Geral da CS de 19/11/2011) é

uma figura distinta do Agente de Execução Substituto (alvo da Deliberação do Grupo de Gestão da CPEE

n.º 92/2011, de 03/03/2011), porquanto:

a) O Agente de Execução Substituto é designado pelo Exequente de acordo com as regras de

designação de Agentes de Execução previstas no artigo 808.º do Código do Processo Civil (CPC) e

tem como função não só apresentar o estado dos processos de execução que estavam a cargo do

Agente de Execução substituído e os respectivos acertos de contas, bem como realizar todas as

diligências processuais e exercer as restantes competências legalmente atribuídas aos Agente de

Execução no âmbito dos processos executivos distribuídos;

b) O Agente de Execução Liquidatário será nomeado de acordo com um procedimento específico

aprovado pelo Conselho Geral da CS, descrito infra, e intervém no caso de um Agente de Execução

ter cessado as suas funções a seu pedido ou em caso de morte, incapacidade definitiva, suspensão de

funções superior a 10 dias ou expulsão, e o Exequente não ter procedido à designação de um

substituto, com o objectivo apenas de reorganizar os processos de execução que estavam a

cargo do Agente de Execução substituto e de realizar os respectivos acertos de contas, nada

impedindo, porém, que o Exequente, após a liquidação dos processos, aceite o Agente de Execução

Liquidatário como Agente de Execução Substituto num processo em concreto. Significa, por isso,

75/287

que o Agente de Execução Liquidatário não está obrigado a prosseguir com o processo de execução,

excepto se o Exequente aceitar que o mesmo seja designado como Agente de Execução substituto.

Da Deliberação do Conselho Geral da CS de 19.11.2011 resulta, em síntese, que os Agentes de Execução

Liquidatários assumem dois relevantes papéis:

a) Reorganizador dos processos que estavam a cargo do Agente de Execução substituído, recuperando

o histórico da tramitação de cada processo executivo com vista a identificar e a reportar todas as

diligências realizadas ao longo de cada processo;

b) Gestor contabilístico dos processos que estavam a cargo do Agente de Execução substituído,

recuperando o histórico de todas as movimentações contabilísticas já realizadas no âmbito de cada

processo, com vista a apresentar os respectivos acertos de contas.

No dia 07/12/2011 a CPEEGG tomou posição acerca desta matéria tendo, em síntese, deliberado:

a) Concordar na generalidade com o conteúdo das duas Deliberações do Conselho Geral da CS,

relativas à nomeação e à remuneração dos Agentes de Execução Liquidatários e considerando-se, em

especial, que a previsão de regras específicas para a selecção de Agentes de Execução Liquidatários

que se responsabilizassem pela reorganização dos processos de execução e pelos acertos de contas

dos processos que estavam a cargo de um Agente de Execução que cessara funções, contribuía para a

eficácia das execuções (cfr. Deliberação n.º 412/2011, de 07/12/2011 da CPEEGG);

b) Aprovar as oito propostas de alteração à Deliberação do Conselho Geral da CS 20111119-8.2.3,

constantes da Informação n.º 3/AC/2011, de 6 de Dezembro (cfr. Deliberação n.º 413/2011, de

07/12/2011 da CPEEGG);

c) Independentemente do acolhimento pela CS das sugestões na generalidade e especialidade feitas pela

CPEEGG, aproveitar-se o modelo aprovado pela CS de “Anúncio para a criação de Lista de Agentes de

Execução Liquidatários”, eliminando-se a duplicação de anúncios e poupando-se em meios e recursos,

bastando que a CS concordasse em inserir no seu anúncio uma nova Parte, contendo as regras

especiais relativas à CPEE no que respeita aos Agentes de Execução Liquidatários a designar nos

termos das competências legais da CPEE, aprovadas nos termos da alínea b), com a redacção prevista

na Parte IV da Informação n.º 3/AC/2011, de 6 de Dezembro, em respeito pela independência da

CPEE e pela Deliberação n.º 92/2011, de 03/03/2011, da CPEEGG (cfr. Deliberação n.º 414/2011,

de 07/12/2011 da CPEEGG).

À data do presente relatório de actividades encontra-se a decorrer o processo de selecção e recrutamento dos

Agentes de Execução Liquidatários, mediante avaliação prévia, o qual tem sido acompanhado pela CPEE.

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PARTE III

DIVULGAÇÃO DA CPEE

19. O SÍTIO DA CPEE NA INTERNET - DIVULGAÇÃO, TRANSPARÊNCIA E PROXIMIDADE AOS CIDADÃOS

No quadro do Objectivo III do Programa de Acção da CPEE 2009-2012, e tendo em vista “Assegurar a

divulgação da CPEE”, considerou-se necessário desenvolver esforços no sentido de divulgar e aproximar a

CPEE dos operadores judiciários (maxime, os agentes de execução), cidadãos e empresas, para que estes

possam dirigir-se à CPEE sempre que o entendam conveniente, e desenvolver um canal de comunicação

entre a CPEE e os utentes da Justiça e o tecido económico, visando a credibilização da Justiça e a solução dos

problemas que se colocam na tramitação processual e que podem afectar os direitos dos cidadãos.

É no desenvolvimento deste quadro estratégico que se têm levado a cabo todos ao esforços empreendidos e

no âmbito dos quais o sítio da CPEE na Internet é o local privilegiado para a publicação dos mesmos.

A.) A ABERTURA DO SÍTIO DA CPEE NA INTERNET EM JUNHO DE 2009

O sítio da CPEE na Internet foi desde a criação da CPEE um dos principais objectivos da Presidente da

CPEE, tendo em vista:

a) Constituir um elo de ligação entre a CPEE e os cidadãos e as empresas, destinatários do serviço

público de Justiça prestado pela CPEE;

b) Abrir duas áreas de acesso reservado, uma para o Plenário da CPEE, e para todas as entidades nele

representadas, e outra para o Grupo de Gestão da CPEE, através do qual os Membros comunicam

electronicamente, e se guarda o arquivo electrónico relativo a todas as reuniões da CPEE;

c) Aumentar a transparência da actividade da CPEE.

Razão pela qual, logo na 2.ª reunião da CPEEP, realizada no dia 06/04/2009, dia da sua tomada de posse, a

Presidente da CPEE propôs a criação do sítio na Internet da CPEE, os seus conteúdos, e bem assim que a

gestão do sítio fosse unicamente feita por Membros da CPEE, tendo na 3.ª reunião da CPEEP, de

25/05/2009, sido deliberado que o sítio da CPEE na Internet estaria disponível em http://www.cpee.pt, o que

veio a efectivar-se em 23/06/2009.

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B.) A DEFINIÇÃO DOS CONTEÚDOS

Desde a data da concepção do sítio na Internet e do seu início de funcionamento, os seus conteúdos têm sido

alvo de complemento, actualização e aperfeiçoamento constantes, sendo a definição de todos os conteúdos

do sítio na Internet, tal como a respectiva política de privacidade, da inteira responsabilidade da CPEEGG.

Desde a sua criação a CPEE tem procedido a uma divulgação pormenorizada daqueles que são os passos

considerados como susceptíveis de interessar aos nossos principais interlocutores, bem como ao público em

geral. Os conteúdos do sítio pretendem divulgar a constituição e actividades da CPEE, constando breves

currículos da Presidente e dos membros do Grupo de Gestão, bem como os calendários e ordens de trabalho

das reuniões; informações relevantes concernentes à acção executiva, em notícias e através do Manual de

Perguntas e Respostas sobre a Acção Executiva, que se encontra disponível online desde 14/09/2009;

documentos elaborados no seio da CPEE e outra documentação relevante, encontrando-se disponíveis o

Programa de Acção da CPEE 2009/2012, o Regulamento de Funcionamento, e os Manuais de

Procedimentos de Fiscalização e de Apreciação Liminar e Processo Disciplinar, para além da legislação e

regulamentação relevante na matéria. O sítio possibilita ainda a comunicação com os cidadãos,

disponibilizando para o efeito um formulário de contacto e o formulário “Queixa Electrónica”, que permite a

submissão de queixas à Comissão.

A CPEE divulga ainda através do sítio da Internet a sua actividade na prática, informando das diligências

externas em que participam a Presidente e os membros do Grupo de Gestão, publicitando todas as

comunicações proferidas em conferências e congressos, explicitando as competências da CPEE em matéria

de disciplina e fiscalizações e de acesso ao estágio de agente de execução.

No 3.º ano de actividade será de destacar a informação que, pela sua relevância, passou a constar dos

conteúdos do sítio da internet da CPEE:

Banners para os sítios da internet de todas as entidades representadas no Plenário da CPEE;

CPEE na comunicação social;

2.ª Conferência Internacional “Promover a Eficácia das Execuções” e Workshop “As Boas

Práticas na Actividade de Agente de Execução”;

Agentes de Execução alvo de penas disciplinares aplicadas pela CPEE, constando deste campo as

deliberações da CPEEGG que aplicam as penas disciplinares, na íntegra;

CPEE - Audição Pública (Manual de Boas Práticas do Agente de Execução e Código Deontológico/Ética do

Agente de Execução)

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O sítio permite ainda reforçar as ligações de trabalho entre a CPEE e a CEPEJ, na medida em que foi

disponibilizado um campo para a divulgação das recomendações não só da CPEE como da CEPEJ, nos seus

relatórios bianuais.

C.) RESPONSABILIDADE AMBIENTAL

Importa salientar que a inclusão no sítio, na sua área reservada, da documentação referente a todas as

reuniões semanais do Grupo de Gestão e a todas as reuniões bimensais do Plenário, tem permitido evitar a

impressão e envio de significativas quantidades de papel, assim possibilitando, para além de uma maior

rapidez na comunicação com todos os elementos destes órgãos, uma poupança significativa.

20. PARTICIPAÇÃO DA CPEE EM CONFERÊNCIAS, COLÓQUIOS E ACÇÕES DE FORMAÇÃO

No quadro do Objectivo III do Programa de Acção da CPEE 2009-2012, a CPEE definiu como um dos

seus objectivos a divulgação da CPEE e das alterações legislativas recentes, contribuindo para a formação

nesta matéria, a Presidente da CPEE e os Membros da CPEEP e CPEEGG têm efectuado diversas

participações em conferências, colóquios, acções de formação, intervenções públicas e publicação de artigos

sobre esta matéria, entre as quais se desatacam as dos pontos seguintes:

20.1. A NÍVEL NACIONAL

a) Dia 07/04/2011 - VI Encontro Nacional de Estudantes de Solicitadoria, organizado pela Escola

Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria - Intervenção do Membro do

Grupo de Gestão da CPEE, Dra. Ana Luísa Rodrigues (em representação da Presidente da CPEE),

subordinada ao tema "A actuação da Comissão para a Eficácia das Execuções: a exigência no

acesso à profissão de agente de execução e transparência no exercício de funções públicas –

a relevância da disciplina e da fiscalização", disponível ao público em

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/A_ACTUACAO_DA_CPEE_EXIGENCIA_NO_ACESSO

_A_PROFISSAO_RELEVANCIA_DA_FISCALIZACAO_E_DISCIPLINA.pdf ;

b) Dia 15/07/2011 - "II Jornadas de Estudo dos Agentes de Execução", organizadas pela CS e

pelo Colégio de Especialidade de Agentes de Execução, que tiveram lugar no Auditório Cardeal

Medeiros da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa – Intervenção do Membro do Grupo de

Gestão, Dra. Inês Caeiros (em representação da Presidente da CPEE), subordinada ao tema "A

Relevância da Agilização do Processo de Despejo para Eficácia das Execuções", disponível

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ao público em

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/CPEE_relevancia_agilizacao_processo_despejo_para_eficacia_execucoes

_15_07_2011.pdf;

c) Dia 23/09/2011 - 2.ª Conferência Internacional "Promover a Eficácia das Execuções" e

Workshop “Boas Práticas na Actividade do Agente de Execução”, que teve lugar nos dias 23 e

24 de Setembro de 2011, no Centro Multimeios de Espinho – Discurso da Presidente da CPEE, na

Sessão de Abertura. O discurso pode ser visualizado no sítio na Internet da JustiçaTV

em http://www.justicatv.com/index.php?p=816;

d) Dia 23/09/2011 - 2.ª Conferência Internacional "Promover a Eficácia das Execuções" e

Workshop “Boas Práticas na Actividade do Agente de Execução”, que teve lugar nos dias 23 e

24 de Setembro de 2011, no Centro Multimeios de Espinho - Intervenção do Membro do Grupo de

Gestão da Comissão para a Eficácia das Execuções, Dra. Ana Luísa Rodrigues, subordinada ao tema

"A concretização pela CPEE das recomendações da CEPEJ e da UIHJ", disponível ao

público em

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/A_concretizacao_pela_CPEE_das_recomendacoes_CEPEJ_UIHJ_A

NA_LUISA_RODRIGUES_Membro_da_CPEE___.pdf;

e) Dia 24/09/2011 - 2.ª Conferência Internacional "Promover a Eficácia das Execuções" e

Workshop “Boas Práticas na Actividade do Agente de Execução”, que teve lugar nos dias 23 e

24 de Setembro de 2011, no Centro Multimeios de Espinho - Intervenção do Membro do Grupo de

Gestão da Comissão para a Eficácia das Execuções, Dra. Ana Cabral, subordinada ao tema "A

arbitragem na acção executiva", disponível ao público em

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/A_arbitragem_na_accao_executiva_Ana_Cabral_Membro_da_CPEE__.pdf;

f) Dia 24/09/2011 - 2.ª Conferência Internacional "Promover a Eficácia das Execuções" e

Workshop “Boas Práticas na Actividade do Agente de Execução”, que teve lugar nos dias 23 e

24 de Setembro de 2011, no Centro Multimeios de Espinho - Intervenção da Presidente da CPEE,

subordinada ao tema "O contributo da CPEE: o 2.º ano de actividade e propostas para o

futuro", disponível ao público em

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/O_contributo_da_CPEE_PAULA_MEIRA_LOURENCO_Presi

dente_CPEE___.pdf;

g) Dia 24/09/2011 - 2.ª Conferência Internacional "Promover a Eficácia das Execuções" e

Workshop “Boas Práticas na Actividade do Agente de Execução”, que teve lugar nos dias 23 e

24 de Setembro de 2011, no Centro Multimeios de Espinho – Discurso da Presidente da CPEE na

Sessão de Encerramento da Conferência;

80/287

h) Dia 06/10/2011 - "Jornada Internacional de Solicitadoria", que teve lugar no Instituto Superior

de Ciências da Administração, em Lisboa - Intervenção do Membro do Grupo de Gestão da

Comissão para a Eficácia das Execuções, Dra. Ana Cabral, subordinada ao tema "A Actividade do

Agente de Execução – o contributo dos Solicitadores e da CPEE", disponível ao público em

http://www.cpee.pt/media/uploads/stories/APRESENTAO_AC_ISCAD_A_ACTIVIDADE_DO_AE_CONTRI

BUTO_SOLICITADORES_E_CPEE_06_10_2011.pdf;

i) Dia 13/10/2011 - Seminário "Cobranças - Novas Ferramentas para a recuperação de Créditos", co-

organizado pela sociedade BPO Advogados e a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola,

que teve lugar no Hotel Tiara Park Atlantic, em Lisboa - Intervenção do Membro do Grupo de

Gestão da Comissão para a Eficácia das Execuções, Dra. Inês Caeiros, subordinada ao tema "As

Funções do Agente de Execução e o Papel da CPEE na Acção Executiva", disponível ao

público em

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/APRESENTACAO_IC_CCILE_BPO_AS_FUNCOES_DO_AE_O_P

APEL_DA_CPEE_NA_ACCAO_EXECUTIVA_13_10_2011.pdf;

j) Dia 03/11/2011 - Conferência “A Acção Executiva”, que teve lugar no Conselho Distrital de Lisboa

da Ordem dos Advogados - Intervenção da Presidente da CPEE, subordinada ao tema "A

actividade da CPEE: Balanço e Propostas para o Futuro", disponível ao público em

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/A_actividade_da_CPEE_Balanco_e_Propostas_para_o_Futuro_Presi

dente__CPEE_03_11_2011.pdf;

k) Dia 06/11/2011 – I Jornadas Processuais de Direito Processual Civil”, organizado pela Delegação de

Valpaços da Ordem dos Advogados e pela Delegação de Chaves da Ordem dos Advogados, sob a

coordenação científica do Juiz de Direito do Tribunal Judicial de Valpaços, que teve lugar nos dias 5

e 6 de Novembro de 2011, no Pavilhão Multiusos de Valpaços - Intervenção da Presidente da CPEE,

na sessão de encerramento da Conferência (06.11.2011), disponível ao público em

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/A_relevancia_do_papel_da_CPEE_no_sistema_portugues_PAULA_

MEIRA_LOURENCO_Valpacos_Novembro_2011.pdf.

20.2. A NÍVEL INTERNACIONAL

Realça-se a participação da Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, na reunião do Conselho

Científico da UIHJ, do qual é Membro desde Junho de 2008 (Instituto Jacques Isnard), que teve lugar no dia

06/10/2011, na sede da Associação dos Agentes de Execução da Grécia, em Atenas, e ainda as seguintes

intervenções:

81/287

a) Dia 08/06/2011 - 2.ª Conferência Internacional sobre Eficiência da Execução das Decisões Judiciais

e de outras Autoridades, que teve lugar nos dias 8 a 10 de Junho, em Kazan (Federação Russa), no

quadro do Projecto de Cooperação entre a União Europeia e a Federação Russa "Execução e

Eficiência da Justiça na Federação Russa" - Intervenção da Presidente da CPEE, subordinada ao

tema “O sistema de controlo dos Agentes de Execução em Portugal de acordo com os

critérios da Comissão Europeia para a Eficiência da Justiça (CEPEJ) do Conselho da

Europa”, disponível ao público em

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/PRESIDENT_OF_CPEE_2011_RUSSIA_Portuguese_system_co

ntrol_CEPEJ_criteria_2__.pdf;

b) Dia 12/07/2011 - Audição pública da Presidente da CPEE no Parlamento Europeu, que teve lugar

em Bruxelas, a convite do Presidente do Comité de Assuntos Jurídicos do Parlamento Europeu, o

Eurodeputado Klaus-Heiner Lehne, subordinada ao tema “Um instrumento horizontal para a

tutela judicial colectiva na Europa?”, disponível ao público em

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Experience_Portugal_Paula_Meira_Lourenco_HEARING_12_07_

2011_PT.pdf;

c) Dia 07/10/2011 - Conferência Internacional «L’Huissier de Justice: moteur économique grâce à son rôle dans

l’administration de la preuve», organizada pela Union International des Huissires de Justice (UIHJ), que

teve lugar em Atenas - Intervenção da Presidente da CPEE, subordinada ao tema “Les procédures

Électroniques d`exécution au Portugal et le rôle de l `Agent d`Exécution”, disponível ao

público em

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Le_Procedures_electroniques_e_execution_au_Portugal_le_role_de_l_Agent_a_Exe

cution_PAULA_MEIRA_LOURENCO_07_10_2011.pdf;

d) Dia 08/10/2011 - 7.º Seminário Internacional “Legislação sobre a execução da decisão judicial na

Federação Russa e nos países da União Europeia: análise de Direito Comparado e experiência da sua

aplicação”, que teve lugar nos dias 7 e 8 de Outubro de 2011, na Academia de Direito Russo do

Ministério da Justiça da Federação Russa, em Moscovo – Intervenção da Presidente da CPEE,

subordinada ao tema "The role of the Portuguese Enforcement Agent and the competences of

the Commission for the Efficiency of Enforcement Procedures”, disponível ao público em

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Role_of_Enforcement_Agent_and_the_CPEE_competences_PAULA_MEIRA_

LOURENCO_Oral_Presentation_EN_.pdf.

82/287

21. PARTICIPAÇÃO DA CPEE EM AUDIÇÕES/EVENTOS/REUNIÕES/ SESSÕES PÚBLICAS

21.1. AUDIÇÃO PÚBLICA DA PRESIDENTE DA CPEE NO PARLAMENTO EUROPEU – JULHO 2011

No dia 12/07/2011, a Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, a convite do Presidente do

Comité de Assuntos Jurídicos do Parlamento Europeu, o Eurodeputado Klaus-Heiner Lehne, participou na

Audição Pública promovida pelo Parlamento Europeu, em Bruxelas, subordinada ao tema “Um

instrumento horizontal para a tutela judicial colectiva na Europa?”, tendo a audição sido aberta por

Viviane Reding, Vice-Presidente da Comissão Europeia e Comissária Europeia para a Justiça, Direitos

Fundamentais e Cidadania.

A intervenção da Presidente da CPEE está disponível ao público no sítio da CPEE na Internet em

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Experience_Portugal_Paula_Meira_Lourenco_HEARING_12_07_2011_PT

.pdf.

21.2. AUDIÊNCIA DA PRESIDENTE DA CPEE COM S. EXA. A MINISTRA DA JUSTIÇA – AGOSTO 2011

No dia 01/08/2011, a Presidente da CPEE, acompanhada por dois membros do Grupo de Gestão, foi

recebida em audiência concedida por S. Exa. a Ministra da Justiça, no âmbito da qual foi apresentada a

actividade desenvolvida pela CPEE e os seus resultados e entregue cópia da Deliberação do Grupo de Gestão

da CPEE n.º 268/2011, de 28/07/2011, de aprovação do montante relativo à dotação anual para a assessoria

do Grupo de Gestão da CPE para o ano de 2012 em € 233.800,00, tendo em vista a competente

cabimentação orçamental para o ano de 2012 e a emissão do despacho conjunto respeitante ao recrutamento

de técnicos para assessorar o Grupo de Gestão da CPEE (cfr. ofício da CPEE n.º 2373/2011, de

29/07/2011).

21.3. AUDIÇÃO PÚBLICA DA PRESIDENTE DA CPEE NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA – SETEMBRO 2011

No dia 20/09/2011 a Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, foi ouvida pela Comissão de

Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, da Assembleia da República, tendo apresentado o

balanço dos 2 anos de actividade da CPEE, salientado as principais melhorias no sistema das execuções após

o dia 31 de Março de 2009, em especial, a celeridade e transparência do processo de execução, integralmente

electrónico, possibilitando a consulta pelo juiz, pela CPEE e pelas partes de todos os actos processuais

registados no CITIUS, e a efectiva disciplina e fiscalização que tem sido assegurada pela CPEE, apresentando

83/287

como prova os dados estatísticos relativos à actividade da CPEE, e a respectiva análise, retirando aqui a

necessidade de assegurar:

a) A formação contínua obrigatória dos agentes de execução;

b) A concessão à CPEE dos meios financeiros e materiais para o exercício da sua actividade, em

especial, através da criação de um perfil independente/próprio de acesso directo e integral aos

processos executivos e contas-cliente da responsabilidade dos agentes de execução, através dos

actuais sistemas informáticos CITIUS (do Ministério da Justiça) e SISAAE (da Câmara dos

Solicitadores), tendo em vista a realização de uma fiscalização preventiva, como aquela que ocorre

com sucesso noutros países europeus, como por exemplo na Holanda, onde a supervisão dos agentes

de execução também é assegurada por uma entidade pública independente e de forma integralmente

electrónica.

A apresentação da Presidente da CPEE no início da audição encontram-se disponíveis ao público em

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Audicao_Presidente_da_CPEE_Assembleia_da_Republica_20_09_2011.pdf e

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/ANEXO_MONITORIZACAO_DAS_RECOMENDACOES_CPEE.pdf, podendo a

audição ser visualizada na íntegra em http://80.251.167.42/videos-

canal/XII/SL1/02_com/01_cacdlg/20110920cacdlg_pml.wmv.

21.4. SESSÃO SOLENE DE ABERTURA DO ANO JUDICIAL – JANEIRO 2012

No dia 31/01/2012, a Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, esteve presente na Sessão Solene

de Abertura do Ano Judicial, que teve lugar no Salão Nobre do Supremo Tribunal de Justiça, a qual foi

presidida por Sua Excelência o Presidente da República.

22. A CPEE NA COMUNICAÇÃO SOCIAL

Importa ainda salientar o crescente interesse que vem suscitando junto da Comunicação Social a intervenção

desta Comissão, o que se poderá explicar por vários motivos, entre os quais se situam, desde logo, o peso da

acção executiva em matéria de pendências nos Tribunais, o relevo desta matéria para a economia, e a

apreciação que vem sendo feita do trabalho desenvolvido em matéria de recomendações, agilização da

implementação de medidas legais e actuação fiscalizadora e disciplinar efectivas por parte da Comissão.

Assim, importa registar que a Presidente concedeu entrevistas a diversos órgãos de Comunicação Social,

como foi o caso dos seguintes (as notícias encontram-se disponíveis para consulta no sítio da CPEE na

Internet no campo "CPEE na Comunicação Social", por ordem cronológica:

84/287

22.1. NA TELEVISÃO

a) Entrevista da Presidente da CPEE à Justiça TV (Portugal) – dia 12/04/2011: balanço dos 2

anos de actividade da CPEE

No dia 12/04/2011, Paula Meira Lourenço, Presidente da CPEE desde 31 de Março de 2009, data da sua

eleição por unanimidade pelos Membros do Plenário deste órgão independente ao serviço da Justiça Cível

(que representam 18 entidades), concedeu uma extensa entrevista à “Justiça TV”, a qual teve lugar na sede da

CPEE, em Lisboa, e durante a qual a Presidente da CPEE respondeu a várias questões que lhe foram

colocadas a propósito de vários temas.

A entrevista pode ser visualizada nos seguintes 3 links:

http://www.justicatv.com/index.php?p=617

Apresentação do trabalho da Comissão para a Eficácia das Execuções;

Independência da Comissão;

Fiscalização e inspecção dos agentes de execução;

Formação de agentes de execução;

Número de agentes de execução.

http://www.justicatv.com/index.php?p=618

Utilização de meios electrónicos pela CPEE e por outros actores da Acção Executiva;

Desmaterialização de actos no Processo Executivo, nomeadamente a penhora electrónica de

depósitos bancários;

Garantia da protecção de dados pessoais;

Exemplo de medidas relevantes, sugeridas pela Comissão, para tornar as execuções mais eficazes.

http://www.justicatv.com/index.php?p=619

Grupo de Gestão da CPEE;

Insuficiência de técnicos para assegurar uma adequada efectivação dos poderes inspectivos e

disciplinares da CPEE;

Eventual recandidatura ao cargo de Presidente da CPEE;

Visão académica e profissional da Mestre Paula Meira Lourenço sobre o Processo Executivo;

Papel agregador da CPEE, entre os diferentes operadores judiciais;

Âmbito do Protocolo de Cooperação entre o DIAP de Lisboa e a CPEE.

85/287

b) Intervenções do Juiz Desembargador Rui Rangel e do Bastonário da Ordem dos Advogados,

Dr. Marinho Pinto no Programa “Justiça Cega”, do canal RTP Informação (Portugal) - dia

05/12/2011

No Programa “Justiça Cega,” do canal RTP Informação, emitido no dia 05/12/2011, o Juiz Desembargador

Rui Rangel, e o Bastonário da Ordem dos Advogados, Dr. António Marinho Pinto, fizeram as suas

intervenções, tendo destacado pela positiva o trabalho desenvolvido pela CPEE no âmbito das suas

competências legais.

As intervenções estão disponíveis no sítio da CPEE na Internet em http://www.cpee.pt/tv/ (sobre a CPEE aos

11:00 minutos).

22.2. NA IMPRENSA ESCRITA

a) Notícias sobre a celebração do Protocolo de Cooperação entre o DIAP de Lisboa e a CPEE em

12/04/2011

Jornal i 04/04/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/DIAP_assina_protocolo_que_agiliza_informao_e_investigao_de_ilcitos_praticados_por_solicitadores.mht;

Revista Advocatus 08/04/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Revista_AVOCATUS_08_04_2011.pdf;

Sapo Notícias 12/04/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Hoje__notcia_-_Notcias_-_Sapo_Notcias.mht ;

b) Entrevista da Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, ao "Jornal Negócios", de dia

06/04/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/JNegocios_CPEE_06_04_2011.pdf

c) Entrevista da Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, ao Semanário "Expresso",

de dia 07/05/2011:

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Expresso_7_5_2011.pdf ;

d) Notícias sobre a celebração do Protocolo de Cooperação entre o DIAP de Coimbra e a CPEE

em 21/06/2011:

Correio da Manhã 19/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/CM_19_06_2011.pdf ;

Revista Advocatus 20/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Protocolo_celebracao_DIAP_Coimbra_CPEE.pdf;

Diário de Notícias 20/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Diario_Noticias_20_06_2011.pdf;

A Bola 20/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/A_Bola_20_06_2011.pdf;

Justiça TV 20/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Justica_TV_20_06_2011.pdf;

86/287

Diário de Notícias 20/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/DN_20_06_2011_1.pdf;

Diário de Notícias 21/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/dn_20_06_2011.pdf;

Diário de Notícias 21/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/DN_21_06_2011__.pdf;

As Beiras 21/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/As_Beiras_22_06_2011.pdf;

Netmadeira 21/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/NetMadeira_21_06_2011.pdf;

Aeiou visão pt 21/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Accao_Executiva_21_06_2011.pdf;

Jornal de Notícias 22/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/JN_22_06_2011.pdf;

DN Portugal 22/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/DNPortugal_22_06_2011.pdf;

SIC Notícias 22/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/SIC_Noticias_Protocolo_DIAP_CPEE_22_06_2011.pdf;

ionline 22/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Informacao_22_06_2011.pdf;

BPIonline 22/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/BPI_online_22_06_2011.pdf;

SIC Noticías 22/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/SIC_Noticias_Accao_Executiva_22_06_2011.pdf;

Sapo Notícias 22/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Sapo_Noticias_22_06_2011.pdf;

Negóciosonline 22/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Negocios_22_06_2011.pdf;

Diário As Beiras 22/06/2011: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/DB_22_07_2011.pdf.

e) CPEE queixa-se de falta de meios e admite que em Março havia perto de 600 participações

por analisar – Público, 09/07/2011:

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Publico_9_07_2011.pdf

f) CPEE divulga dados estatísticos relativos à disciplina e fiscalização dos Agentes de Execução

- Vida Económica, 22/07/2011:

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/VD_22_07_2011.pdf ;

g) CPEE apresenta à delegação de representantes do Banco Central Europeu, Comissão

Europeia e do Fundo Monetário Internacional um balanço sobre as recomendações da CPEE

acerca da eficácia das execuções e a formação dos Agentes de Execução, e bem assim sobre a

disciplina e fiscalização dos Agentes de Execução – Lusa, 29/07/2011:

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/lusa.pdf;

h) CPEE recebida em audiência pela Ministra da Justiça - Revista Advocatus 02/08/2011:

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Revista_Advocatus_02_08_2011_.pdf;

87/287

i) Entrevista da Presidente da CPEE “Jornal de Notícias” acerca do balanço da actividade da

CPEE feito na audiência concedida pela Ministra da Justiça - Jornal de Notícias, 03/08/2011:

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/JN_3_8_2011.pdf;

j) 2.ª Conferência Internacional "Promover a Eficácia das Execuções" e Workshop “Boas

Práticas na Actividade do Agente de Execução” – dias 23 e 24 de Setembro de 2011,

organizada pela Comissão para a Eficácia das Execuções, com o apoio da Câmara Municipal

de Espinho - Revista Advocatus, 16/09/2011:

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/3997-espinho-acolhe-conferencia-sobre-eficacia-nas-

execucoes.pdf;

k) Presidente da CPEE recebida na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades

e Garantias, da Assembleia da República - Lusa e Público, 20/09/2011:

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Publico_21_09_2011.pdf;

l) Cobrança de dívidas: 13 Agentes Suspensos - Agência Financeira - IOL de 23/09/2011:

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Noticia_Agencia_Financeira_CPEE_suspende_preventiva

mente_13_AE_23_09_2011.pdf;

m) A CPEE: opinião do Advogado Dr. Rui Varela Gonçalves - Revista Advocatus, 03/11/2011:

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Advocatus_03_11_2011.pdf

n) Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro – acesso electrónico da CPEE a sistemas CITIUS e

SISAAE para o exercício das suas competências legais:

Wolters Kluwer 03/01/2012: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Wolters_Kluwer_03_01_2012.pdf

Diário de Notícias 03/01/2012: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/DN_03_01_2012.pdf

Dinheiro Vivo 03/01/2012: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Dinheiro_Vivo_03-01-2012.pdf

Portal Citius 04/01/2012: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Citius_04_01_2012.pdf

Revista Advocatus 06/01/2012: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Advocatus_06_01_2012.pdf.

o) A Comissão Para a Eficácia das Execuções chama a atenção para a importância da consulta

da Lista Pública de Execuções criada em 2009:

Correio da Manhã 02/03/2012: http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/CM_2_3_2012.pdf

88/287

23. ENTREVISTA DA PRESIDENTE DA CPEE À TVI (CANAL DE TELEVISÃO DE PORTUGAL)

No dia 12/04/2011, a Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, foi entrevistada pela jornalista

Cláudia Rosenbusch, tendo um excerto da mesma sido transmitida no "Jornal das 8" da estação televisiva

portuguesa TVI, no dia 11/07/2011, no âmbito da rubrica "Repórter TVI: cobrança de dívidas em «Pagar à força»".

A entrevista encontra-se disponível online no sítio da CPEE na Internet no campo "CPEE na

Comunicação Social / Televisão" (http://www.cpee.pt/tv/), aos 16 minutos e 20 segundos.

24. ENTREVISTA DA PRESIDENTE DA CPEE À HBT (CANAL DE TELEVISÃO DA FEDERAÇÃO RUSSA)

No dia 10/06/2011, a Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, foi entrevistada pela HTB (canal

de televisão da Federação Russa), a qual foi concedida no âmbito da intervenção da Presidente da CPEE na

2.ª Conferência Internacional sobre Eficiência da Execução das Decisões Judiciais e de outras Autoridades,

que se realizou em Kazan, nos dias 8 a 10 de Junho de 2011, no quadro do Projecto de Cooperação entre a

União Europeia e a Federação Russa "Execução e Eficiência da Justiça na Federação Russa, participação

subordinada ao tema “O sistema de controlo dos Agentes de Execução em Portugal de acordo com os

critérios da Comissão Europeia para a Eficiência da Justiça do Conselho da Europa”.

A entrevista encontra-se disponível online no sítio da CPEE na Internet no campo "CPEE na

Comunicação Social / Televisão", através do link http://www.chp.ntv.ru/news/25892/ (entrevista aos

4 minutos e 25 segundos).

89/287

25. PUBLICAÇÕES DA PRESIDENTE DA CPEE

No 3.º ano de actividade, destacamos as seguintes publicações da Presidente da CPEE:

a) Maio de 2011 - “Du droit à l`exécution au droit de l`exécution”, in “ACTES DU COLLOQUE

INTERNATIONAL DE SIBIU (ROUMAINE) – 13-14-25 MAI 2009 - L`EUROPE JUDICIAIRE: 10 ANS

APRÈS LE CONSEIL DE TAMPERE; LE DROIT DE L`EXÉCUTION – PERSPECTIVES

TRANSNATIONALES”, Éditions Juridiques et Techniques, Paris, Maio, 2011, pp. 167-172, disponível

ao público em

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Presidente_CPEE_droit_a_l_execution_et_droit_de_l_execution_2011

.pdf (publicação da intervenção da Presidente da CPEE no dia 14/05/2009, no âmbito do Colóquio

Internacional organizado pela UIHJ, que decorreu na Faculdade de Direito de “Simion Barnutiu”»,

na Roménia);

b) Dezembro de 2011 - “O Papel da Comissão para a Eficácia das Execuções”, in Boletim da Ordem

dos Advogados, n.º 85, Dezembro, 2011, pp. 64-65, disponível ao público

em http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/artigo_da_Presidente_CPEE_O_Papel_da_Comissao_Para_a_E

ficacia_das_Execucoes_BOA_Dezembro_2011.pdf ;

c) Novembro/Dezembro de 2011 - “A Relevância da Participação dos Cidadãos e das Empresas

na Comissão para a Eficácia das Execuções”, in Revista Indústria - Revista de Empresários e Negócios,

da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, n.º 90, Novembro/Dezembro, 2011, pp. 52-53,

disponível ao público

em http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Artigo_da_Presidente_CPEE_A_Relevancia_da_Participacao_do

s_cidadaos_e_das_empresas_na_CPEE_Revista_CIP.pdf;

d) Dezembro de 2011 - “The Portuguese system of control over the profession of enforcement

agent, in compliance with criteria defined by the European Commission for the Efficiency of

Justice”, in “EFFICIENCY OF ENFORCEMENT PROCEEDINGS OF COURT JUDGMENTS AND ACTS OF OTHER

OFFICIAL AUTHORITIES”, Publications of the International Scientific Conference, June 8-11 2011,

Kazan (Volga Region), Federal University, 2011, pp. 291-306, disponível ao público em

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Portuguese_system_control_the_CPEE_criteria_of_CEPEJ_PAULA

_MEIRA_LOURENCO_Junho_2011.pdf (publicação da intervenção da Presidente da CPEE no dia

08/06/2011, no âmbito da 2.ª Conferência Internacional sob o tema“Efficiency Proceedings of Court

90/287

Judgments and acts of other official authorities”, que teve lugar nos dias 8 a 11 de Junho de 2011, na

Universidade Federal de Direito de Kazan, da Federação Russa, no quadro do Projecto de

Cooperação entre a União Europeia e a Federação Russa "Execução e Eficiência da Justiça na

Federação Russa");

e) Fevereiro de 2012 - “The role of the Portuguese Enforcement Agent and the competences of

the Commission for the Efficiency of Enforcement Procedures”, publicado em homenagem ao

Professor Doutor Jorge Miranda, e disponível ao público no sítio da Internet da CPEE em

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Role_of_Enforcement_Agent_and_the_CPEE_PAULA_MEIRA_LOUREN

CO_em_homenagem_ao_Prof_Doutor_Jorge_Miranda.pdf e também do Instituto de Ciências Jurídico-Políticas

da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa - http://icjp.pt/seccoes/656 (publicação da

intervenção da Presidente da CPEE no dia 08/10/2011, no âmbito do 7.º Seminário Internacional

sob o tema “A Legislação acerca da acção executiva na Federação Russa e na União Europeia: análise teórica e

prática”, que teve lugar nos dias 7 e 8 de Outubro de 2011, na Academia de Direito da Federação

Russa).

91/287

PARTE IV

COOPERAÇÃO COM OUTRAS ENTIDADES

26. VISITAS À SEDE DA CPEE

26.1. DRA. MARIA JOSÉ MORGADO, DIRECTORA DO DIAP DE LISBOA

Em Julho de 2011, a Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, recebeu a visita na sede da CPEE

da Dra. Maria José Morgado, Directora do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa,

no âmbito da qual decorreu uma reunião de trabalho atento o Protocolo de cooperação celebrado com o

DIAP de Lisboa, que teve lugar no dia 12 Abril de 2011.

26.2. DR. NUNO DE VILLA-LOBOS, DIRECTOR DO CENTRO DE ARBITRAGEM ADMINISTRATIVA

Em Julho de 2011, a Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, recebeu a visita na sede da CPEE

do Dr. Nuno de Villa-Lobos, Director do Centro de Arbitragem Administrativa, no âmbito da qual decorreu

uma reunião de trabalho atinente às competências legais semelhantes e homólogas entre as instituições que

representam.

26.3. DR. EURICO DOS REIS, JUIZ DESEMBARGADOR DO TRIBUNAL DA RELAÇÃO DE LISBOA

Em Agosto de 2011, a Presidente da CPEE, Mestre Paula Meira Lourenço, recebeu a visita na sede da CPEE

do Dr. Eurico dos Reis, Juiz Desembargador do Tribunal da Relação de Lisboa, no âmbito da qual decorreu

uma reunião de trabalho atenta a participação do Ilustre orador numa Conferência a organizar pela CPEE.

26.4. DR. PAULO RIJO FERREIRA, JUIZ DESEMBARGADOR DO TRIBUNAL DA RELAÇÃO DE LISBOA

Em Setembro de 2011, Paula Meira Lourenço, Presidente da CPEE, recebeu a visita na sede da CPEE do Dr.

Paulo Rijo Ferreira, Juiz Desembargador do Tribunal da Relação de Lisboa, no âmbito da qual decorreu uma

reunião de trabalho atenta a participação do Ilustre orador na 2.ª Conferência Internacional da CPEE

“Promover a Eficácia das Execuções” e Workshop "As Boas Práticas na Actividade do Agente de

Execução", que teve lugar nos dias 23 e 24 de Setembro de 2011, no Centro Multimeios de Espinho.

92/287

27. PROTOCOLOS DE COOPERAÇÃO

No quadro da promoção da colaboração interinstitucional que se exige aos diferentes actores do sistema em

que se move a actuação da CPEE, objectivo que a CPEE tem prosseguido de forma a amplificar a eficácia da

sua acção e a sua capacidade de actuação, assim beneficiando também a promoção do interesse público que se

lhe encontra confiado, o ano em referência contou com importantes desenvolvimentos que, no essencial,

comportam.

27.1. PROTOCOLO CELEBRADO COM O DIAP DE LISBOA

Em 22/03/2011 o Plenário da CPEE aprovou por unanimidade a celebração de um Protocolo de

Cooperação entre a CPEE e o DIAP de Lisboa, o qual foi celebrado no dia 12/04/2011.

À celebração deste Protocolo subjaz o facto de as competências legais de fiscalização e de disciplina da

CPEE, em matéria da actividade desempenhada pelos Agentes de Execução, e as competências legais do

DIAP de Lisboa em matéria de prevenção e investigação criminal, terem áreas de actuação que, embora a

diferentes níveis (criminal para o DIAP de Lisboa, fiscalizador e disciplinar para a CPEE), podem ser

comuns, assim se potenciando a actuação de qualquer destas entidades.

Com a celebração deste Protocolo pretende-se promover o interesse público através da criação de sinergias,

tendo em vista, por um lado, o exercício cada vez mais eficiente dos poderes sancionatórios (criminal e

disciplinar), designadamente através da operacionalização de maiores contactos e de optimização dos recursos

das entidades envolvidas, acentuando também a eficácia preventiva da sua actuação, o que terá projecção,

designadamente, na melhoria do ambiente económico nacional.

27.2. PROTOCOLO CELEBRADO COM O DIAP DE COIMBRA

À semelhança do que ocorrera relativamente à celebração do Protocolo entre a CPEE e o DIAP de Lisboa

em 12/04/2011, no dia 17/05/2011 o Plenário da CPEE aprovou por unanimidade a celebração de um

Protocolo de Cooperação entre a CPEE e o DIAP de Coimbra, o qual foi celebrado no dia 21/06/2011.

À celebração deste Protocolo subjazem as mesmas razões que estiveram na base da celebração do Protocolo

de Cooperação com o DIAP de Lisboa, acima explanadas.

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27.3. PROTOCOLO CELEBRADO COM O DIAP DO PORTO

À semelhança do que ocorrera relativamente o Protocolo entre a CPEE e os DIAP de Lisboa e Coimbra,

respectivamente celebrados em 12/04/2011 e 17/05/2011, no dia 25/10/2011 o Plenário da CPEE aprovou

por unanimidade a celebração de um Protocolo de Cooperação entre a CPEE e o DIAP do Porto, o qual foi

celebrado no dia 21/11/2011.

À celebração deste Protocolo subjazem as mesmas razões que estiveram na base da celebração do Protocolo

de Cooperação com o DIAP de Lisboa e o DIAP de Coimbra, supra enunciadas.

28. PARTICIPAÇÃO DA CPEE NO PROCEDIMENTO LEGISLATIVO

28.1. DESPACHO DA MINISTRA DA JUSTIÇA QUE APROVA O PLANO DE ACÇÃO PARA A JUSTIÇA NA

SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO – DESPACHO N.º 16171/2011, DE 29 DE NOVEMBRO

No dia 14/10/2011, o Gabinete de Sua Excelência a Ministra da Justiça enviou à CPEE o Projecto de

Despacho que aprovava o Plano de Acção para a Justiça na Sociedade de Informação, para audição no prazo

de 10 dias, tendo no dia 25/10/2011 a CPEE remetido ao mesmo Gabinete os pareceres emitidos pelo

Grupo de Gestão e pelo Plenário da CPEE, sendo de louvar a iniciativa de aprovação do Plano de Acção

para a Justiça na Sociedade de Informação, em especial, o facto de a CPEE ser ouvida e considerada uma das

entidades com as quais o grupo de trabalho para o desenvolvimento do Plano de Acção para a Justiça na

Sociedade de Informação tem vindo a estabelecer uma relação de cooperação (cfr. ofício CPEE 3377/2011,

de 25/10/2011).

28.2. PORTARIA N.º 308/2011, DE 21 DE DEZEMBRO – 4.ª ALTERAÇÃO DA PORTARIA N.º 331-B/2009, DE

30 DE MARÇO - TRANSPARÊNCIA NAS CONTAS-CLIENTES DOS AGENTES DE EXECUÇÃO

No dia 14/10/2011, o Gabinete de Sua Excelência a Ministra da Justiça enviou à CPEE o Projecto relativo à

3.ª alteração da Portaria 331-B/2009, de 30 de Março, que regulamenta vários aspectos das acções executivas

cíveis, para audição no prazo de 10 dias, tendo-se concluído que as alterações que se pretendiam introduzir à

Portaria n.º 331-B/2009, de 30 de Março, tinham 3 objectivos:

1) Criar mecanismos que tornem a movimentação das contas-clientes mais transparente e que

facilitem a detecção de lapsos e comportamentos negligentes e culposos por parte de Agentes de

Execução;

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2) Permitir uma fiscalização mais eficaz e uma responsabilização mais célere em caso de

irregularidades;

3) Aumentar a confiança da Justiça e dos Cidadãos no papel desempenhado pelos Agentes de

Execução. Em face do conteúdo descrito na Parte II do Projecto de Parecer e atendendo ao

exercício das funções da CPEE enquanto órgão responsável pela disciplina e fiscalização dos

Agentes de Execuções, e pela emissão de recomendações para a eficácia das execuções e para a

formação dos Agentes de Execução.

Na 101.ª reunião do Grupo de Gestão da CPEE, realizada em 10/11/2011, a CPEEGG deliberou

CONCORDAR COM A GENERALIDADE do conteúdo do Projecto de alteração da Portaria n.º 331-B/2009, de

30 de Março, a qual se considerava representar uma clara vantagem para o exercício da actividade dos

Agentes de Execução de uma forma mais transparente, rigorosa e sujeita a uma fiscalização eficaz,

considerando-se, em especial, que o recurso à indicação obrigatória do número de identificação bancária no

âmbito de cada processo judicial permitiria no futuro detectar com mais facilidade e rapidez situações de

movimentações irregulares de contas-clientes por parte dos Agentes de Execução, pelo que se aplaudiram as

normas propostas no Projecto de Portaria em análise, e assinalou a necessidade de se propor ao Ministério da

Justiça o aperfeiçoamento da redacção de algumas normas constantes do mesmo, tais como (cfr. Deliberação

n.º 362/2011, de 10/11/2011, da CPEEGG):

1) A aclaração da redacção do n.º 2 do artigo 2.º-A do Anteprojecto de Portaria;

2) A simplificação da redacção do artigo 27.º-C do Anteprojecto de Portaria;

3) O aditamento de um novo artigo ao Anteprojecto de Portaria (Artigo 27.º-D), que reiterasse a

operacionalização do acesso directo e electrónico da CPEE aos sistemas informáticos CITIUS e

SISAAE, tendo em vista contribuir para uma fiscalização mais eficaz e uma responsabilização mais

célere em caso de irregularidades, com a seguinte redacção:

“A fiscalização da realização dos movimentos a crédito e a débito das contas-clientes

nos termos previstos nos artigos 27.º-A e 27.º-B é da responsabilidade da Comissão para

a Eficácia das Execuções, que acede electronicamente e de forma directa ao sistema

informático de suporte à actividade dos Agentes de Execução e ao CITIUS.”.

Assim, a CPEEGG remeteu ao Gabinete da Ministra da Justiça este PARECER FAVORÁVEL E PROPOSTA DE

ADITAMENTO da CPEEGG relativo ao Projecto de 3.ª alteração da Portaria n.º 331-B/2009, de 30 de Março

(cfr. ofício CPEE 3588/2011, de 14/11).

95/287

28.3. PORTARIA N.º 2/2012, DE 2 DE JANEIRO – PREVÊ O ACESSO DA CPEE AOS SISTEMAS

INFORMÁTICOS CITIUS E SISAAE (2011)

Na sequência da audiência de dia 01/08/2011, concedida à CPEE por Sua Excelência a Ministra da Justiça, e

da apresentação pela CPEE de algumas soluções acerca do reforço das suas competências de controlo e

supervisão, a CPEE apresentou a Sua Excelência a Ministra da Justiça um Projecto de Portaria que visava

regular o acesso directo e a consulta aos sistemas informáticos CITIUS e SISAAE pela CPEE no exercício

das competências legais, proposta essa que serviu de base à Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro.

Assim, no dia 14/10/2011, o Gabinete de Sua Excelência a Ministra da Justiça enviou à CPEE o referido, e

atendendo à composição pluralista e democrática da CPEE, e aos seus dois modos de funcionamento, a

Presidente da CPEE distribuiu o Projecto de Portaria acima referido pela CPEEP e CPEEGG, a saber:

c) Ponto 9 da ordem de trabalhos da 21.ª reunião da CPEEP, que teve lugar no dia 22/11/2011, tendo

em vista recolher todas as sugestões e contributos que se revelassem úteis para a apreciação do

anteprojecto em causa;

d) Ponto 3 da ordem de trabalhos da 104.ª reunião da CPEEGG, solicitando-se a análise e a aprovação

de parecer acerca do Anteprojecto de Portaria em causa, tendo a CPEEGG deliberado, por

unanimidade, aprovar o PARECER FAVORÁVEL e PROPOSTA DE ADITAMENTO (aditamento

de um novo artigo respeitante à emissão de certidão em caso de substituição de Agentes de Execução)

relativamente ao Projecto de Portaria que regulamenta o acesso electrónico da CPEE à informação

disponível no CITIUS e no SISAAE, e procedeu ao seu urgente envio ao Gabinete de Sua

Excelência a Ministra da Justiça (cfr. Deliberação n.º 399/2011, de 24/11/2012, da CPEEGG).

28.4. CONCLUSÕES DA COMISSÃO PARA A REFORMA DO PROCESSO CIVIL

No dia 13/01/2012, o Gabinete de Sua Excelência a Ministro da Justiça remeteu à CPEE as Conclusões da

Comissão Para a Reforma do Processo Civil compostas por uma “Exposição de Motivos” e dois articulados de

alteração legislativa do “Código de Processo Civil” e a “Normas Transitórias”.

Pese embora o ofício supra referido não faça menção à audição da CPEE (o que configurará certamente um

mero lapso, atendendo à audição da CPEE no âmbito de outros procedimentos legislativos), a CPEE não

poderá deixar de se pronunciar sobre as Conclusões da Comissão Para a Reforma do Processo Civil, atendendo a que

as propostas apresentadas constituem profundas alterações no âmbito do regime da acção executiva, do

estatuto do Agente de Execução e da estrutura orgânica da CPEE.

96/287

Assim, como habitual, atendendo à composição pluralista e democrática da CPEE, as referidas Conclusões da

Comissão Para a Reforma do Processo Civil foram apresentadas aos Membros do Plenário da CPEE na 22.ª

reunião de dia 17/01/2012, e bem assim aos Membros do Grupo de Gestão da CPEE no dia da sua recepção,

encontrando-se em fase apreciação.

29. PARTICIPAÇÃO DA CPEE EM GRUPOS DE TRABALHO

29.1. PARTICIPAÇÃO NO GRUPO DE TRABALHO “E-JUSTIÇA II”, DO ISCSP

No âmbito do Protocolo de Cooperação celebrado entre a CPEE e o ISCSP, a CPEE integra desde Julho de

2011 o Grupo de Trabalho “E-Justiça II”, criado pela Associação para a Promoção e Desenvolvimento da

Sociedade da Informação (APDSI), coordenado pelo Professor Doutor João Bilhim, e co-coordenado pela

Professora Doutora Maria Helena Monteiro, e que funciona no Instituto Superior de Ciências Sociais e

Políticas da Universidade Técnica de Lisboa (ISCSP), com o objectivo de estudar e recolher diversos

contributos e boas práticas quanto ao seguinte tema “O que o sector da Justiça em Portugal tem a ganhar com o

desenvolvimento da Sociedade da Informação”.

Atendendo ao facto de desde 2006, em Portugal, terem sido planeadas e implementadas diversas soluções de

automatização e desmaterialização de processos no contexto da Justiça, nomeadamente, ao nível dos

Tribunais, Registos, Gestão da Documentação e Workflows, entre outras iniciativas inovadoras, o plano de

actividades da APDSI para 2011 incluiu o objectivo de desenvolver um novo estudo sobre o tema “O que o

sector da Justiça em Portugal tem a ganhar com o desenvolvimento da Sociedade da Informação” e que correspondesse a

uma segunda fase do estudo já desenvolvido em 2005 e apresentado em 2006 sobre E-Justiça em Portugal,

pelo que o Grupo de Trabalho “E-Justiça II” tendo por base o relatório do primeiro estudo apresentado

pelo mesmo grupo de trabalho, em Março de 2006, disponível em www.apdsi.pt.

Assim, desde 6 de Maio de 2011 que têm sido realizadas diversas reuniões no âmbito deste Grupo de

Trabalho tendo a CPEE participado na sua maioria, tendo em Novembro de 2011 a CPEE apresentado ao

Grupo de Trabalho o seu contributo mediante a entrega de um documento escrito denominado “A

Comissão para a Eficácia das Execuções: um órgão público, independente e democrático ao serviço

da justiça cível”, que será integrado no estudo final do grupo de trabalho a apresentar publicamente entre

Março e Abril de 2012.

97/287

O contributo da CPEE no âmbito do Grupo de Trabalho “E-Justiça II” pretendeu dar a conhecer o

funcionamento e os resultados da CPEE enquanto órgão democrático e pluralista constituído pela CPEEP e

CPEEGG, onde se encontram representados os principais representantes do Governo, dos operadores

judiciários, dos utentes dos serviços da Justiça e das Confederações com assento na Comissão Permanente de

concertação social do Conselho Económico e Social, dando conta ainda dos objectivos da CPEE órgão que

tem como objectivos assegurar a eficácia e eficiência das execuções, a informatização e simplificação dos

serviços da Justiça relacionados com a acção executiva e a transparência e disciplina da actividade dos Agentes

de Execução.

A participação da CPEE no Grupo de Trabalho “E-Justiça II” representa uma mais-valia para o estudo e

divulgação de boas práticas no âmbito da acção executiva.

29.2. PARTICIPAÇÃO NO GRUPO DE TRABALHO DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA PARA REDUÇÃO DA

PENDÊNCIA

A participação activa da CPEE no Grupo de Trabalho do Mistério da Justiça para a redução da pendência

processual já foi alvo da nossa atenção acima, no ponto 5.4.

29.3. PARTICIPAÇÃO NO GRUPO DE TRABALHO DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA SOBRE O PLANO DE

ACÇÃO PARA A JUSTIÇA NA SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO

No dia 19/12/2011 a CPEE foi convidada a participar no Grupo de Trabalho do Ministério da Justiça sobre

o Plano de Acção para a Justiça na Sociedade de Informação, criado pelo Despacho n.º 16171/2011, de 29 de

Novembro, coordenado pelo Dr. João Miguel Barros, Chefe do Gabinete da Ministra da Justiça, e integrado

pelo Dr. Ricardo Negrão dos Santos, técnico especialista do Gabinete do Secretário de Estado da

Administração Patrimonial e Equipamentos do Ministério da Justiça, bem como representantes do ITIJ, do

Instituto dos Registos e do Notariado, da Direcção-Geral da Administração da Justiça e da DGPJ, devendo

estabelecer formas de colaboração com o Conselho Superior da Magistratura, o Conselho Superior dos

Tribunais Administrativos e Fiscais, a Procuradoria-Geral da República, a OA, a Ordem dos Notários, a CS, a

CPEE, a Associação Sindical dos Juízes Portugueses, o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público e o

Sindicato dos Funcionários Judiciais.

98/287

Com vista a desenvolver as acções definidas no âmbito deste grupo de trabalho foram criados os seguintes

sub-grupos: (i) Grupo dos Tribunais; (ii) Grupo dos Registos e Notariado (iii) Grupo do Portal da Justiça e

que têm como principais objectivos os seguintes:

a) Grupo de Trabalho Tribunais: estabelecer as bases para um sistema de informatização da gestão

processual em todas as jurisdições, de alta segurança e com graus diferenciados de acesso, no respeito

do princípio da independência da justiça, e transformar os tribunais em organizações voltadas para o

cidadão, com níveis de serviço aceites e previsíveis, assegurando a eficácia, a eficiência e a satisfação

de todo os utilizadores do sistema.

b) Grupo de Trabalho Registos e Notariado: potenciar o portal da justiça como o local de acesso

privilegiado de contacto entre os cidadãos/agentes económicos e o Estado para efeitos de recolha e

gestão de informação relacionada com os actos jurídicos e os actos civis.

c) Grupo de Trabalho do Portal da Justiça: posicionar a Internet como o canal privilegiado de

relacionamento com os utentes, através da dinamização do portal da justiça. Para além de se

assegurar as interfaces adequadas para o acesso à justiça, esta acção visa ainda promover o

conhecimento e promover a sociedade da informação.

A CPEE esteve presente em todas as reuniões plenárias do Grupo de Trabalho realizada nos dias

21/12/2011 e em 08/02/2012 (presença da Presidente da CPEE e de um Membro da CPEEGG), e na

maioria das reuniões semanais do Grupo de Trabalho dos Tribunais tendo apresentado o seu contributo

na construção dos seguintes fluxogramas processuais

a) Tramitação processual da entrada de documento em tribunal;

b) Tramitação processual da acção declarativa comum;

c) Tramitação processual do processo de inventário;

d) Tramitação processual da acção executiva.

Até à data da aprovação do presente relatório de actividade (06.03.2012), as reuniões realizadas no âmbito

deste sub-grupo de trabalho têm como prioridades desenvolver uma arquitectura de sistemas de informação

para a justiça que assegure as bases para o desenvolvimento aplicacional, nomeadamente uma plataforma de

dados de referência sobre as empresas e os cidadãos, um repositório de documentos, vídeo e áudio comum a

todas as instituições da justiça e um conjunto de normas sobre o desenvolvimento das aplicações informáticas

da justiça, e actualizar e desenvolver, de acordo com o modelo de arquitectura desenhado, o sistema de gestão

processual integrado nos tribunais, dando suporte a todas as actividades realizadas, não apenas as

administrativas, mas também no registo pleno das múltiplas intervenções no tribunal, envolvendo todos os

intervenientes judiciários.

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Por sua vez a CPEE esteve ainda presente na reunião de 13/01/2012 do Grupo de Trabalho do Portal da

Justiça, tendo apresentado um conjunto de ideias e recomendações com vista a promover e a dinamizar a

comunicação entre os cidadãos e a informação sobre a área da Justiça, de uma forma simples e inovadora,

destacando-se as seguintes:

a) Campo aberto às sugestões/recomendações ;

b) Disponibilização de FAQ´S ;

c) Divulgação de Boas Práticas nos Tribunais e de outras boas práticas;

d) Campo reservado para documentos que se encontram em audição pública;

e) Disponibilização de legislação/regulamentação;

f) Disponibilização de acessos electrónicos às listas públicas mais relevantes em matéria da acção

executiva (Lista Pública de Execuções, Lista de Devedores às finanças e segurança social, Lista de

insolventes e Lista dos grandes litigantes);

g) Campo aberto à possibilidade de introdução de Inquéritos e da submissão da respectiva resposta;

h) Possibilidade de obter informações sobre em que estado se encontra um determinado Processo e a

possibilidade de qualquer operador judiciário poder submeter textos explicativos, que possam

futuramente ser integrados, designadamente, mediante a interligação do sítio da internet da CPEE a

um sistema de gestão documental e a um Workflow/Fluxograma da tramitação electrónica dos

procedimentos de apreciação liminar e de processo disciplinar prevista na Lei, traduzida numa

aplicação informática, cujo procedimento já foi projectado e apresentado pela CPEE à entidade

responsável por este encargo e que aguarda implementação.

i) Transmitir em directo Conferências/Colóquios/Aulas Abertas;

j) Introduzir um sistema de operador virtual que possa responder a questões colocadas pelos

utilizadores;

k) Notícias permanentemente actualizadas sobre legislação/regulamentação e sobre as principais

decisões que afectam o processo executivo;

l) Comunicados explicativos sobre legislação ou outras questões em matéria de Acção Executiva;

m) Guias práticos de aplicação da legislação (actualmente já existe um guia prático sobre a Reforma da

Acção Executiva que dificilmente é visível no CITIUS);

n) Campo de audição pública de iniciativas sobre a Acção Executiva;

o) Divulgação de Estatísticas;

p) Divulgação dos manuais de procedimentos da CPEE (disciplina e fiscalização) e dos Manuais da CS e

de outras entidades;

q) Recomendações de entidades.

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30. AS REUNIÕES ENTRE A CPEE E OS REPRESENTANTES DA CE-BCE-FMI (TROIKA): A INCLUSÃO DA

CPEE NAS REVISÕES DE SETEMBRO E DEZEMBRO DE 2011

A.) 1.ª REUNIÃO – CPEE/CE-BCE-FMI: DIA 29.07.2011

No dia 29/07/2011 a Presidente da CPEE e dois membros do Grupo de Gestão reuniram com uma das

delegações da Comissão Europeia (CE), do Banco Central Europeu (BCE) e do Fundo Monetário

Internacional (FMI), tendo a CPEE apresentado um documento contendo, em síntese, os seguintes

elementos:

a) Introdução - A actividade da CPEE em 2 anos de actividade

A CPEE concretiza em Portugal as linhas de orientação da CEPEJ;

A CPEE é o elo de ligação com a UIHJ;

b) As Recomendações da CPEE - monitorização

A metodologia da emissão de Recomendações pela CPEE;

Os critérios de análise da CPEE (inspirados na CEPEJ);

c) A emissão das Recomendações pela CPEE

Da publicação da opinião da presidente da CPEE: as medidas urgentes;

O balanço da execução das recomendações da CPEE (Junho de 2011);

d) Dos compromissos do memorando de entendimento (Mou) na área da justiça: a sua coincidência

com as recomendações da CPEE

Os compromissos no memorando de entendimento;

As Recomendações da CPEE em linha de orientação com o MoU;

e) As medidas de combate à pendência processual.

B.) 2.ª REUNIÃO – CPEE/CE-BCE-FMI: DIA 02.08.2011

Em 02/08/2011 a Presidente da CPEE e dois membros do Grupo de Gestão reuniram pela 2.ª vez com uma

das delegações da CPEE/CE-BCE-FMI, tendo a CPEE apresentado um documento contendo, em síntese,

uma análise prospectiva da CPEE, salientando-se os seguintes elementos:

a) Apresentação de sugestões para a diminuição da pendência e para o aumento da eficiência dos

tribunais;

b) A urgente necessidade de dotar a CPEE dos meios financeiros adequados;

c) A necessidade de aumentar o controlo e fiscalização da CPEE e a independência financeira da

CPEE;

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d) Iniciativas da CPEE Janeiro a Julho de 2011.

C.) O PONTO 7.3 DA 1.ª AVALIAÇÃO DA CPEE/CE-BCE-FMI, DE SETEMBRO DE 2011, REFERE A

NECESSIDADE DE REFORÇO INSTITUCIONAL E FINANCEIRO DA CPEE

Na sequência das duas reuniões realizadas entre a CPEE e os representantes da CPEE/CE-BCE-FMI foi

possível descrever a forma de funcionamento da CPEE, os resultados da sua actividade, algumas sugestões

para a redução da pendência e para o aumento da eficiência da acção executiva, bem como as razões que

justificam a urgente necessidade de dotar a CPEE dos meios financeiros adequados ao exercício das suas

competências, o Relatório da 1.ª Avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira,

celebrado entre o Estado Português e a CPEE/CE-BCE-FMI faz referência a essa mesma necessidade de

dotar a CPEE de meios financeiros adequados, no seu ponto 7.3, que estabelece:

“7.3. Given the pivotal role of enforcement agents in the debt enforcement process, strengthen the legal and

institutional framework in line with international practice with a particular focus on the

financing structure and authority of the oversight body, including adopting a decree-law by

end December 2011 to ensure the oversight body’s full access to the enforcement case files”.

D.) 3.ª REUNIÃO – CPEE/CE-BCE-FMI: DIA 11.11.2011

Em 11/11/2011 a Presidente da CPEE e um membro da CPEEGG reuniram pela 3.ª vez com uma das

delegações da CE-BCE-FMI, tendo a CPEE apresentado os seguintes elementos:

a) A situação financeira da CPEE: sem autonomia financeira

Financiamento da CPEE pelo Ministério da Justiça;

Financiamento da CPEE pela Câmara dos Solicitadores;

b) Os resultados da actividade da CPEE entre 31/03/2009 e 10/11/2011

c) Os poderes de disciplina e de fiscalização da CPEE, em particular:

A disciplina dos Agentes de Execução;

A fiscalização dos Agentes de Execução;

d) O acesso da CPEE aos sistemas informáticos CITIUS e SISAAE;

e) Propostas da CPEE para a eficácia do processo de execução: as recomendações da CPEE.

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E.) OS PONTOS 7.3 E 37 DA 2.ª AVALIAÇÃO DO CPEE/CE-BCE-FMI, DE NOVEMBRO DE 2011 –

MANUTENÇÃO DA NECESSIDADE DE REFORÇO INSTITUCIONAL E FINANCEIRO DA CPEE

Mais uma vez, em Novembro de 2011, no âmbito do Relatório da 2.ª Avaliação do Programa de

Assistência Económica e Financeira, celebrado entre o Estado Português e a Comissão Europeia, o

Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional, mantêm-se as referências à eficácia da

acção executiva e à necessidade de garantir os meios financeiros e estruturais (acessos electrónicos, por

exemplo) necessários para o funcionamento do órgão responsável pela disciplina e fiscalização dos Agentes

de Execução, com pleno impacto na actividade da CPEE, a saber:

E.1.) Ponto 7.3. do Relatório da 2.ª Avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira -

Memorando de Entendimento celebrado entre o Estado Português e a Comissão Europeia, o Banco

Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional

“7.3 Strengthen the legal and institutional framework for enforcement agents in line with international practice with a

particular focus on the financing structure and authority of the oversight body.

Adopt a regulation by end-December 2011 to ensure the oversight body’s full access to the enforcement case files.

To improve the legal and institutional framework for the enforcement agents, prepare an action plan by end-February

2012 to: i) identify measures over the next twelve months to achieve the objectives of strengthening the authority and

financing structure of the oversight body and enhancing the accountability of enforcement agents, and ii) include an

analysis of the feasibility of a fee structure that incentivizes speedy enforcement. In addition, make the oversight body’s full

access to the enforcement case files, including financial data operational by 15 March 2012”.

E.2.) Ponto 37 do Relatório da 2.ª Avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira -

Memorando de Entendimento celebrado entre o Estado Português e a Comissão Europeia, o Banco

Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional

“37. We are implementing targeted measures to achieve a steady reduction of the backlogged enforcement cases.

An inter-agency task force will be established by en-November 2011 to set quarterly targets for closing enforcement cases

and prepare quarterly reports on implementation status, with the first report to be completed by February, 15 2012. To

improve the legal and institutional framework for enforcement agents, we will prepare an action plan by end-February

2012 to: (i) identify measures over the next twelve months to achieve the objectives of strengthening the authority and

financing structure of the oversight body and enhancing the accountability of enforcement agents, and (ii) include an

analysis of the feasibility of a fee structure that incentivizes speedy enforcement. In addition, the oversight body’s full access

to the enforcement case files, including financial data, will become operational by March 15, 2012”.

103/287

F.) 4.ª REUNIÃO – CPEE/CE-BCE-FMI: DIA 26.02.2012

Por último, no dia 26/02/2012 a Presidente da CPEE e um membro do Grupo de Gestão reuniram pela 3.ª

vez com uma das delegações da CPEE/CE-BCE-FMI, na qual estiveram também presentes vários

representantes e dirigentes e organismos do Ministério da Justiça, tendo a CPEE apresentado os seguintes

elementos:

a) Os resultados da actividade da CPEE entre 31/03/2009 e 09/02/2012;

b) A eliminação da pendência processual – implementação do ponto 7.1 do MoU;

Recomendações da CPEE dirigidas ao Ministério da Justiça com a cooperação da Câmara dos

Solicitadores;

Recomendações da CPEE dirigidas aos Agentes de Execução;

O plano da CPEE;

c) A implementação dos pontos 7.3 e 37. da 2.ª Avaliação pela Troika (Novembro de 2011)

d) As 18 principais recomendações emitidas pela CPEE

11 Recomendações da CPEE dirigidas ao Ministério da Justiça;

7 Recomendações da CPEE dirigidas à Câmara dos Solicitadores.

e) A implementação da Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro.

104/287

PARTE V

OS DADOS ESTATÍSTICOS E SUA ANÁLISE

31. OS DADOS ESTATÍSTICOS DA ACÇÃO EXECUTIVA DIVULGADOS PELO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

O exercício da actividade da CPEE depende da boa cooperação do MJ, gestor do sistema informático

CITIUS/HABILUS, e da CS, responsável pelo SISAAE, enquanto entidades gestoras dos sistemas

informáticos cujo bom funcionamento é nuclear à eficiência da acção executiva e do exercício da actividade

dos seus diversos prestadores de serviço público de Justiça.

Tendo em vista permitir o acesso directo pela CPEE aos dados estatísticos relativos às execuções cíveis do

Ministério da Justiça, a CPEE celebrou um Protocolo de Cooperação com a Direcção-Geral da Política de

Justiça (DGPJ), que lhe permite aceder a uma área reservada do Sistema de Informação das Estatísticas da

Justiça (SIEJ).

Sempre que os dados solicitados às supra referidas entidades não existam, não sejam recolhidos, não sejam

atempadamente disponibilizados ou os estudos necessários à ponderação dos critérios ainda não hajam sido

feitos ou divulgados, a CPEE não disporá do suporte estatístico necessário e crucial à ponderação dos

critérios infra referidos.

Importa sublinhar, uma vez mais, que foi a transparência do processo electrónico que permitiu identificar este

problema, para que, uma vez resolvido, se possa prosseguir efectuando uma análise rigorosa do sistema de

execuções cíveis em Portugal após o Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro, em comparação com as

execuções cíveis pendentes em 31/03/2009, e com base em critérios homogéneos de análise e suportados por

uma visão multidisciplinar (jurídica, económica, sociológica e de gestão).

Em face do exposto, a CPEE aguardou a disponibilização dos dados estatísticos do CITIUS em conjugação

com os dados estatísticos do SISAAE, após a qual poderia ser realizada uma análise multidisciplinar, com a

colaboração de especialistas em Economia, Sociologia e Gestão, a par dos cultores do Direito Processual Civil.

No entanto, dos dados divulgados pela DGPJ não resultaram destacados os dados específicos das acções

executivas (cíveis) em relação ao plano geral das acções cíveis existentes nos tribunais portugueses, nem tão

pouco das acções judiciais no panorama geral do sistema judicial português.

105/287

Neste sentido, inexistindo no supra referido estudo divulgado pela DGPJ dados estatísticos específicos e

delimitados no espaço e no tempo quanto ao impacto que a acção executiva cível tem actualmente no sistema

judicial português, é nesta sede que a CPEE, no âmbito da sua actividade, procede à recolha de dados

estatísticos junto do Sistema de Informação das Estatísticas da Justiça (SIEJ) sobre a tramitação da acção

executiva nos Tribunais visando a sua análise, de forma a detectar eventuais problemas na tramitação e

movimentação processual, designadamente de acordo com os critérios fixados pela CPEE para esse efeito,

tendo em vista o exercício das competências da Comissão, como sendo a emissão de recomendações sobre a

eficácia das execuções, no âmbito do Protocolo celebrado com a DGPJ.

Por último, tendo por referência os dados da acção executiva referidos na alínea j) do ponto 75 das “Linhas

de Orientação para uma melhor aplicação das recomendações do Conselho da Europa acerca das

execuções” aprovadas pela CEPEJ em Dezembro de 2009, a saber:

“75. In order to undertake quality control of enforcement proceedings, each Member State should establish European quality standards/criteria aiming at assessing annually, through an independent review system and random on-site inspection, the efficiency of the enforcement services. Among these standards, there should be: (…) j. The procedure, on an annual basis:

the number of pending cases,

the number of incoming cases,

the number of executed cases,

the clearance rate,

the time taken to complete the enforcement,

the success rates (recovery of debts, successful evictions, remittance of amounts outstanding, etc.),

the services rendered in the course of the enforcement (attempts at enforcement, time input, decrees, etc.),

the enforcement costs incurred and how they are covered,

the number of complaints and remedies in relation to the number of cases settled.”

a CPEE solicitou dados à DGPJ, e obteve os resultados apresentados nas Figs. 7 e 8, infra:

106/287

FIG. 7 - ACÇÕES EXECUTIVAS CÍVEIS FINDAS, NOS TRIBUNAIS JUDICIAIS DE 1.ª INSTÂNCIA, SEGUNDO A DURAÇÃO MÉDIA (EM MESES), NO ANO DE 2010

FONTE: DGPJ

Ano 2010

Área Processual Tipo de Espécie do Processo Duração média

(em meses)

Justiça Cível Execuções 43

Notas:

a) A partir de 2007 os dados estatísticos sobre processos nos tribunais judiciais de 1.ª instância passaram a ser recolhidos a partir do sistema informático dos tribunais representando a situação dos processos registados nesse sistema b) Dados actualizados em: 19-10-2011. Nestes dados não são contabilizados os processos transitados, apensados, incorporados ou integrados, remetidos a outra entidade e os processos com termo "N.E." e modalidade do termo "N.E.".

FIG. 8 - ACÇÕES EXECUTIVAS CÍVEIS FINDAS, NOS TRIBUNAIS JUDICIAIS DE 1.ª INSTÂNCIA, SEGUNDO

AS MODALIDADES DE TERMO EXTINÇÃO PARA PAGAMENTO INTEGRAL E EXTINÇÃO PARA PAGAMENTO PARCIAL, NO ANO DE 2010

FONTE: DGPJ

Ano 2010

Modalidade do termo N.º Processos

Total 164.737

Dos quais:

Extinção p/ Pagamento Integral 75.763

Extinção p/ Pagamento Parcial 2.820

Taxa de sucesso de extinção para pagamento integral 45,99%

Taxa de sucesso de extinção para pagamento parcial 1,71% Notas: a) A partir de 2007 os dados estatísticos sobre processos nos tribunais judiciais de 1.ª instância passaram a ser recolhidos a partir do sistema informático dos tribunais representando a situação dos processos registados nesse sistema b) Dados actualizados em: 19-10-2011. Nestes dados não são contabilizados os processos transitados, apensados, incorporados ou integrados, remetidos a outra entidade e os processos com termo "N.E." e modalidade do termo "N.E.".

107/287

32. OS DADOS ESTATÍSTICOS DA CPEE DO 3.º ANO DE ACTIVIDADE E A SUA ANÁLISE

Atendendo a que o 3.º ano de actividade da CPEE compreende o período de Abril de 2011 a Fevereiro de

2012, à semelhança do 1.º e 2.º ano de actividade da CPEE foram recolhidos os dados estatísticos da

actividade da CPEE relativos a este período de tempo, os quais são apresentados nos Anexos VIII a XIII do

presente Relatório de Actividades, pela seguinte ordem:

a) Anexo VIII - Dados Estatísticos do Plenário - Pedidos de suspensão de aceitar novos processos;

b) Anexo IX - Dados Estatísticos do Plenário - Reinscrição como Agente de Execução;

c) Anexo X - Dados Estatísticos do Grupo de Gestão - Impedimentos, escusas e suspeições;

d) Anexo XI - Dados Estatísticos do Grupo de Gestão – Participações;

e) Anexo XII - Dados Estatísticos do Grupo de Gestão - Processos Disciplinares;

f) Anexo XIII - Dados Estatísticos do Grupo de Gestão – Fiscalizações.

De seguida, procede-se à análise dos dados estatísticos referidos que contribui não só para a apresentação dos

resultados da actividade da CPEE de forma transparente mas também para o estudo de soluções que

contribuam para a eficácia das execuções e para a formação dos Agentes de Execução.

32.1. PLENÁRIO

A.) PEDIDOS DE SUSPENSÃO DE ACEITAR NOVOS PROCESSOS (ANEXO VIII)

No âmbito da sua competência legal para decidir pedidos de suspensão de aceitar novos processos (cfr. n.º 1

do artigo 122.º e alínea c) do n.º 1 do artigo 69.º-F do ECS), o CPEEP deferiu 38 pedidos de suspensão

de receber novos processos:

a) 33 Deferimentos totais;

b) 5 Deferimentos parciais.

Sendo o Plenário da CPEE competente para deliberar acerca dos pedidos de suspensão de aceitar novos

processos, foi delegada esta competência na Presidente da CPEE ao abrigo do Despacho n.º 5696/2010, de

29 de Março (publicado na 2.ª Série do Diário da República) ao abrigo do qual, no período compreendido

entre 01/04/2011 e 16/02/2012 foram tomadas pela Presidente da CPEE 32 decisões de suspensão de

aceitar novos processos, relativamente a pedidos apresentados por Agentes de Execução nesse

sentido.

108/287

FIG. 9 – TIPO DE DECISÕES – NUMERICAMENTE

FONTE: CPEE

FIG. 10 – TIPO DE DECISÕES – PERCENTUALMENTE

FONTE: CPEE

1

5

33

0 5 10 15 20 25 30 35

PENDENTE

DEFERIMENTO PARCIAL

DEFERIMENTO

2% 13%

85%

PENDENTE

DEFERIMENTO PARCIAL

DEFERIMENTO

109/287

FIG. 11 – N.º DE FUNDAMENTOS INVOCADOS COMO PRINCIPAL RAZÃO

FONTE: CPEE

FIG.12 – N.º DE FUNDAMENTOS INVOCADOS COMO PRINCIPAL RAZÃO (PERCENTUALMENTE)

FONTE: CPEE

1

1

1

1

4

4

4

4

20

0 5 10 15 20 25

TITULAR DE ÓRGÃO DIRIGENTE

DIFICULDADES TRAMITAÇÃO

GRAVIDEZ

MOTIVOS DE ORDEM PESSOAL

MOTIVOS DE SAÚDE

ORGANIZAÇÃO DO ESCRITÓRIO

ANDAMENTO PROCESSOS ANTIGOS

CESSAÇÃO DE FUNÇÕES

FÉRIAS

2% 2% 3% 3%

10%

10%

10%

10%

50%

TITULAR DE ÓRGÃO DIRIGENTE

DIFICULDADES TRAMITAÇÃO

GRAVIDEZ

MOTIVOS DE ORDEM PESSOAL

MOTIVOS DE SAÚDE

ORGANIZAÇÃO DO ESCRITÓRIO

ANDAMENTO PROCESSOS ANTIGOS

CESSAÇÃO DE FUNÇÕES

FÉRIAS

110/287

Ainda quanto aos pedidos de suspensão de aceitar novos processos, importa referir quais os principais

fundamentos invocados pelos agentes de execução para a apresentação do pedido à CPEE.

Assim, como se poderá verificar nas Figuras 11 e 12, no 3.º ano de actividade da CPEE (2011-2012) e no

âmbito do exercício desta competência legal, conclui-se que a principal razão apresentada pelos Agentes de

Execução que justificam os pedidos de suspensão de aceitar novos processos é o gozo de férias, que é

invocada como fundamento em 50 % dos casos. Por sua vez, são ainda indicadas como principais razões “os

motivos de saúde” (10% do total dos casos), “a cessação de actividade como agente de execução” (10% do

total dos casos), o “andamento dos processos antigos” (10 % do total dos casos) e a “organização do

escritório” (10 % do total dos casos).

FIG. 13 – N.º DE FUNDAMENTOS INVOCADOS COMO SEGUNDA RAZÃO

FONTE: CPEE

FIG. 14 – N.º DE FUNDAMENTOS INVOCADOS COMO SEGUNDA RAZÃO (PERCENTUALMENTE)

FONTE: CPEE

32

2

1

1

1

1

1

1

0 5 10 15 20 25 30 35

NÃO INDICA

ORGANIZAÇÃO DO ESCRITÓRIO

ASSISTÊNCIA À FAMÍLIA

CESSAÇÃO DE FUNÇÕES

DELEGAÇÃO TOTAL DE PROCESSOS

DEMISSÃO DE FUNCIONÁRIO

FÉRIAS

MOTIVOS DE SAÚDE

80%

5% 2%

2% 2% 3% 3% 3%

NÃO INDICA

ORGANIZAÇÃO DO ESCRITÓRIO

ASSISTÊNCIA À FAMÍLIA

CESSAÇÃO DE FUNÇÕES

DELEGAÇÃO TOTAL DE PROCESSOS

DEMISSÃO DE FUNCIONÁRIO

FÉRIAS

MOTIVOS DE SAÚDE

111/287

Note-se que estes fundamentos respeitam a vicissitudes habituais da vida profissional da população activa, o

que deve também merecer reflexão do ponto de vista da evolução do estatuto jurídico destes profissionais

liberais que exercem funções públicas e no quadro das matérias reflexamente resultantes deste estatuto.

Conclui-se ainda que, comparativamente aos 1.º e 2.º anos de actividade da CPEE, os principais fundamentos

invocados pelos agentes de execução se mantêm no 3.º ano de actividade da CPEE, elementos esses que

continuam a ser considerados pelo Plenário no quadro da ponderação e fixação do número de candidatos a

admitir nos estágios de agente de execução.

B.) PARECERES QUANTO À REINSCRIÇÃO COMO AGENTE DE EXECUÇÃO (ANEXO IX)

Relativamente aos pedidos de emissão de parecer em relação à reinscrição enquanto Agente de Execução (a

CPEEP é competente para a emissão do referido parecer, ao abrigo do disposto na alínea f) do n.º 1 do artigo

117.º conjugado com a alínea c) do n.º 1 do artigo 69.º-F do ECS), no período compreendido entre

01/04/2011 e 16/02/2012 foram emitidos 8 (oito) pareceres de reinscrição de Agentes de Execução

pela CPEE: 5 (cinco) favoráveis e 1 (um) desfavorável, tendo a CPEE reencaminhado 1 (um) pedido para o

órgão legalmente competente (cfr. Figura 15).

Na data de aprovação do presente relatório, 1 (um) pedido de reinscrição como Agente de Execução

encontra-se pendente de deliberação pela CPEE.

Uma vez que a competência de emissão de parecer em relação à reinscrição enquanto Agente de Execução foi

delegada na Presidente da CPEE ao abrigo do Despacho n.º 5696/2010, de 29 de Março (publicado na 2.ª

Série do Diário da República), no período compreendido entre 01/04/2011 e 16/02/2012 foram tomadas

pela Presidente da CPEE 2 decisões de emissão de parecer favorável à reinscrição de agentes de

execução, relativamente a pedidos apresentados por Agentes de Execução nesse sentido.

112/287

FIG. 15 – N.º DE PARECERES EMITIDOS

FONTE: CPEE

FIG. 16 – EVOLUÇÃO MENSAL DOS PEDIDOS DE EMISSÃO DE PARECERES PELA CPEE

EM FUNÇÃO DO N.º DE REQUERIMENTOS APRESENTADOS

FONTE: CPEE

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

4,5

5

PARECER FAVORÁVEL PARECER NÃO FAVORÁVEL

PENDENTE REMESSA AO ÓRGÃO COMPETENTE

5

1 1 1

2

1

2

1 1 1

0

0,5

1

1,5

2

2,5

MARÇO DE 2011 MAIO DE 2011 JULHO DE 2011 NOVEMBRO DE 2011

DEZEMBRO DE 2011

JANEIRO DE 2012

113/287

FIG. 17– EVOLUÇÃO MENSAL DOS PEDIDOS DE EMISSÃO DE PARECERES PELA CPEE

EM FUNÇÃO DO N.º DE REQUERIMENTOS APRESENTADOS (PERCENTAGEM)

FONTE: CPEE

Relativamente à evolução mensal dos pedidos de reinscrição em função do número de requerimentos

apresentados, conclui-se pela análise das Figuras 16 e 17 que têm sido apresentados com uma cadência

irregular, sendo que 25 % dos pedidos foram apresentados em Março de 2011 e 25 % em Julho de 2011. Os

restantes pedidos de emissão de parecer têm sido apresentados de forma igualmente distribuída pelos

restantes meses (12 % em Maio de 2011 e Novembro de 2011, e 13 % em Dezembro de 2011 e Janeiro de

2012) .

Dos dados apresentados resulta evidente o quão residual é o uso do instrumento da reinscrição, um factor a

considerar também em sede de ponderação e fixação do número de candidatos a admitir nos estágios de

agente de execução.

25%

12%

25%

12%

13%

13% Março de 2011

Maio de 2011

Julho de 2011

Novembro de 2011

Dezembro de 2011

Janeiro de 2012

114/287

32.2. GRUPO DE GESTÃO

A.) IMPEDIMENTOS, ESCUSAS E SUSPEIÇÕES (ANEXO X)

No 3.º ano de actividade a CPEE recebeu no período em análise 24 (vinte e quatro) pedidos referentes à

apreciação de impedimentos, escusas e suspeições.

FIG. 18 – TIPO DE PEDIDOS – NUMERICAMENTE

FONTE: CPEE

De entre os 24 pedidos, foram apresentados 12 (doze) pedidos de verificação de impedimentos, 6 (seis)

pedidos de verificação de situações de escusa e 2 (dois) pedidos de verificação de suspeições (cfr. Figura 18).

0

2

4

6

8

10

12

IMPEDIMENTO ESCUSA SUSPEIÇÃO DESASSOCIAÇÃO NÃO ACEITAÇÃO DE PROCESSO

SUBSTITUIÇÃO

12

6

2 2

1 1

115/287

FIG. 19– TIPO DE PEDIDOS – PERCENTUALMENTE

FONTE: CPEE

Significa, por isso, que os pedidos referentes à apreciação de impedimentos representam 50 % do universo total dos

pedidos apresentados e os pedidos de verificação de situações de escusa representam 25 % (cfr. Figura 19).

FIG. 20 – FUNDAMENTOS INVOCADOS- NUMERICAMENTE

FONTE: CPEE

50%

25%

9%

8% 4% 4%

IMPEDIMENTO

ESCUSA

SUSPEIÇÃO

DESASSOCIAÇÃO

NÃO ACEITAÇÃO DE PROCESSO

SUBSTITUIÇÃO

1

2

2

2

3

3

3

4

4

0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5

RELAÇÃO PROFISSIONAL COM UMA DAS PARTES/AMIZADE COM UMA DAS PARTES

RELAÇÃO FAMILIAR COM MANDATÁRIO JUDICIAL

QUEBRA DE CONFIANÇA

OUTRO

RELAÇÃO PROFISSIONAL COM UMA PARTE

AMEAÇAS E COAÇÃO GRAVE

NÃO INDICA

RELAÇÃO FAMILIAR COM UMA PARTE

INCOMPATIBILIDADES COM O EXEQUENTE E/OU O SEU MANDATÁRIO

116/287

Foram ainda apresentados 2 (dois) requerimentos relacionados com a desassociação de Agentes de Execução,

1 (um) relacionado com substituições e 1 (um) requerimentos relativos à não aceitação de processos por

Agentes de Execução.

FIG. 21 – FUNDAMENTOS INVOCADOS- PERCENTUALMENTE

FONTE: CPEE

Da análise das Figuras 20 e 21 constata-se que os motivos de “incompatibilidades com o exequente e/ou o

seu mandatário” e a “relação familiar com uma das partes” são os principais fundamentos invocados para a

apreciação de situações de impedimentos, escusas e suspeições de Agentes de Execução.

Significa que comparativamente ao 2.º ano de actividade da CPEE e à semelhança dos números do 1.º ano de

actividade da CPEE os principais fundamentos invocados no 3.º ano de actividade têm natureza mais

objectiva, na medida em que no 2.º ano de actividade da CPEE mais de 50 % dos casos apresentados ao

Grupo de Gestão tinham por base as “incompatibilidades com o exequente e/ou o seu mandatário”, a “falta

de isenção” e a “quebra de confiança”.

4% 8%

8%

8%

12%

13%

13%

17%

17%

RELAÇÃO PROFISSIONAL COM UMA DAS PARTES/AMIZADE COM UMA DAS PARTES

RELAÇÃO FAMILIAR COM MANDATÁRIO JUDICIAL

QUEBRA DE CONFIANÇA

OUTRO

RELAÇÃO PROFISSIONAL COM UMA PARTE

AMEAÇAS E COAÇÃO GRAVE

NÃO INDICA

RELAÇÃO FAMILIAR COM UMA PARTE

INCOMPATIBILIDADES COM O EXEQUENTE E/OU O SEU MANDATÁRIO

117/287

Estas situações foram frequentemente analisadas e decididas através da aplicação subsidiária aos Agentes de

Execução dos impedimentos gerais inerentes à profissão de solicitador e de advogado (cfr. n.º 4 do artigo

121.º do ECS).

FIG. 22 – TIPO DE DECISÕES – NUMERICAMENTE

FONTE: CPEE

FIG.23 – TIPO DE DECISÕES – PERCENTUALMENTE

FONTE: CPEE

1

1

2

5

5

10

0 2 4 6 8 10 12

DEFERIMENTO

INDEFERIMENTO PARCIAL E EXTINÇÃO POR INUTILIDADE PARCIAL

INUTILIDADE SUPERVENIENTE

INDEFERIMENTO

PENDENTE

DECLARAÇÃO DE IMPEDIMENTO LEGAL

4% 4%

8%

21%

21%

42%

DEFERIMENTO

INDEFERIMENTO PARCIAL E EXTINÇÃO POR INUTILIDADE PARCIAL

INUTILIDADE SUPERVENIENTE

INDEFERIMENTO

PENDENTE

DECLARAÇÃO DE IMPEDIMENTO LEGAL

118/287

Relativamente às decisões tomadas pelo Grupo de Gestão da CPEE quanto aos pedidos de verificação de

situações de impedimentos, suspeições e escusas constata-se da análise das Figuras 22 e 23 que 42 % dos

pedidos foram objecto de declaração de impedimento legal e apenas 21 % de indeferimento. Por outro lado,

conclui-se que à data do presente relatório de actividades 21 % das decisões encontram-se pendentes e 8 %

dos pedidos foram extintos por inutilidade superveniente.

119/287

B.) PARTICIPAÇÕES (ANEXO XI)

No âmbito da apreciação liminar das participações recebidas pela CPEE relativas aos comportamentos dos

Agentes de Execução, importa analisar alguns dados que nos permitem caracterizar os participantes mais

frequentes, a evolução do número de entradas de participações na CPEE, por mês, durante o 3.º ano de

actividade e o tratamento das queixas pela CPEE.

FIG.24 – TIPO DE PARTICIPANTES

FONTE: CPEE

936

205

129 119

69 40

21 1

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

TRIBUNAL EXECUTADO MANDATÁRIO DO

EXEQUENTE

EXEQUENTE AGENTE DE EXECUÇÃO

TERCEIRO MANDATÁRIO DO

EXECUTADO

MINISTÉRIO PÚBLICO

120/287

FIG. 25 – TIPO DE PARTICIPANTES- PERCENTUALMENTE

FONTE: CPEE

Assim, no 3.º ano de actividade (período compreendido entre 01/04/2011 e 16/02/2012) o

participante mais frequente é o tribunal, sendo responsável pela apresentação de 62 % das

participações. Os executados são responsáveis por apresentar 13% das participações, seguidos dos

exequentes e dos seus mandatários, que apresentam respectivamente 8% das participações (cfr. Figuras 24 e

25).

Constata-se, portanto, que quanto à autoria das participações os tribunais continuam a ser os principais

participantes à semelhança dos dados recolhidos pela CPEE nos 1.º e 2.º anos de actividade. Contudo, face

ao 2.º ano de actividade da CPEE em que o segundo maior participante era o mandatário do exequente, no

3.º ano de actividade o segundo maior participante é o executado, denotando-se uma tendência acrescida de

comunicação por parte dos executados de indícios de irregularidades disciplinares no âmbito de processos

executivos.

62% 13%

8%

8%

5% 3% 1% 0%

TRIBUNAL

EXECUTADO

MANDATÁRIO DO EXEQUENTE

EXEQUENTE

AGENTE DE EXECUÇÃO

TERCEIRO

MANDATÁRIO DO EXECUTADO

MINISTÉRIO PÚBLICO

121/287

FIG. 26 – EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE QUEIXAS ENTRADAS NA CPEE

NO 3.º ANO DE ACTIVIDADE

FONTE: CPEE

Relativamente ao número de queixas entradas na CPEE durante o 3.º ano de actividade constata-se da análise

da Figura 26 que houve um aumento exponencial de entrada de participações na CPEE entre Abril e Maio

de 2011, sendo que em Abril registavam-se 94 participações e 174 participações em Maio de 2011, ocorrendo

um aumento na ordem dos 90 %.

Durante os meses de Maio e Julho de 2011 a entrada de participações manteve-se constante, na ordem das

150 a 160 participações, salvo em Agosto de 2011 que se verificou uma diminuição acentuada na entrada de

participações.

94

174

150 157

79

133 133

154

164 163

140

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

122/287

Por sua vez, o aumento crescente e constante registou-se novamente entre os meses de Setembro e Outubro

de 2011, registando-se a entrada de cerca de 133 participações nesses meses. De Novembro a Dezembro de

2011 registou-se um novo aumento de participações, com a entrada por mês de cerca de 160 participações,

tendência essa que se mantém constante até Fevereiro de 2012.

Por fim importa referir que, comparativamente ao 2.º ano de actividade da CPEE, ocorreu um aumento

exponencial de entrada de participações na CPEE, por mês, tanto que em Maio de 2009 se registou

uma entrada de 25 participações, e em Abril de 2010 deram entrada 174 participações.

FIG. 27 – EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE QUEIXAS ENTRADAS NA CPEE FONTE: CPEE

Relativamente ao número global de entrada de participações na CPEE, a evolução constante da Figura 27 é a

seguinte:

Em 2009 entraram 71 queixas;

Em 2010 entraram 414 queixas;

Em 2011 entraram 1.595 queixas;

Até 16/02/2012 já entraram 302 queixas.

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

ANO DE 2009 ANO DE 2010 ANO DE 2011 ANO DE 2012 ATÉ 16 FEVEREIRO

71

414

1.595

302

123/287

FIG. 28 – TRATAMENTO DAS QUEIXAS PELA CPEE (NUMERICAMENTE)

FONTE: CPEE

Finalmente, importa referir que no 3.º ano de actividade a CPEE decidiu 336 queixas em apreciação liminar

encontrando-se pendentes 1975 (Fig. 28), ou seja, encontrando-se 85% dos processos por decidir (Fig. 29).

FIG. 29 – TIPO DE DECISÕES – PERCENTUALMENTE

FONTE: CPEE

1975

336

TOTAL DE QUEIXAS PENDENTES DE APRECIAÇÃO

TOTAL DE QUEIXAS DECIDIDAS

85%

15%

DECIDIDAS

EM ANÁLISE

124/287

C.) PROCESSOS DISCIPLINARES (ANEXO XII)

Relativamente ao exercício da competência disciplinar pela CPEE, constata-se da análise da Figura 30 que

houve um aumento exponencial do número de processos disciplinares instaurados pela CPEE tendo entre

2009 e 16 de Fevereiro de 2012, a CPEEGG decidido instaurar 266 Processos Disciplinares: 258

processos disciplinares entre 2009 e 2011, a que acresce 8 decisões de instauração de processos disciplinares

entre 01/01/2012 e 16/02/2012, em relação a um total de 114 Agentes de Execução.

FIG.30 – DECISÕES DE INSTAURAÇÃO DE PROCESSOS DISCIPLINARES ENTRE 31/03/2009 E 16/02/2012

FONTE: CPEE

0

20

40

60

80

100

120

140

2009 2010 2011 2012

28

104

126

8

125/287

FIG. 31 – PENDÊNCIA PROCESSUAL EM RELAÇÃO AOS PROCESSOS DISCIPLINARES INSTAURADOS

E EM CURSO NA CPEE (ENTRE 31/03/2009 E 16/02/2012)

FONTE: CPEE

Relativamente ao número de processos disciplinares que se encontram em curso na CPEE, conclui-se que 82 %

do número total dos processos disciplinares instaurados pela CPEE se encontram pendentes e 18 %

encontram-se concluídos (cfr. Figura 31).

Importa referir que a pendência de 82 % se justifica na sua maioria pelo facto de os processos

disciplinares serem distribuídos na sua maioria apenas pelos 3 membros da CPEEGG que se

encontram em exclusividade de funções e pelo facto de se manter o constrangimento financeiro da falta de

emissão do despacho conjunto dos membros do Governo responsáveis pelas Finanças e Justiça que fixa a

dotação anual para a contratação de equipas de apoio ao Grupo de Gestão para o exercício da sua

competência disciplinar.

82%

18%

TOTAIS

FINDOS

126/287

FIG. 32 – DECISÕES DA CPEE NO ÂMBITO DA ACÇÃO DISCIPLINAR (ENTRE 01/04/2011 E 16/02/2012)

FONTE: CPEE

Da análise da Figura 32 é possível verificar o total e o tipo de decisões da CPEE aplicadas no âmbito do

exercício da sua competência disciplinar. Nestas decisões incluem-se as decisões que são tomadas ao longo do

processo disciplinar, desde a aplicação de medidas cautelares como é o caso da suspensão preventiva de

funções ou o bloqueio de contas-clientes, às decisões da CPEE de acusar um Agente de Execução mediante a

elaboração de um despacho de acusação ou de arquivar os factos pelo qual o Agente de Execução estava

indiciado. Significa que as decisões aqui em causa não se confundem com as decisões finais de aplicação de

penas disciplinares, que serão analisadas mais adiante (cfr. Figura 37).

Assim, conclui-se que a medida disciplinar mais aplicada pela CPEE é a medida cautelar de

suspensão preventiva do exercício de funções de Agente de Execução (aplicada em 34 % dos casos),

seguida do bloqueio de contas-clientes tituladas pelos Agentes de Execução (34 %).

À semelhança do que já sucedia no 2.º ano de actividade as medidas cautelares de suspensão preventiva e de

bloqueio das contas-clientes são as medidas mais aplicadas no âmbito de processos disciplinares.

34%

34%

10%

10%

5% 5% 2%

SUSPENSÃO PREVENTIVA

BLOQUEIO DE CONTAS CLIENTES

APLICAÇÃO DE PENA

SUSPENSÃO DE ACEITAÇÃO DE NOVOS PROCESSOS POR 60 DIAS

ARQUIVAMENTO PARCIAL

DESTITUIÇÃO

DESPACHO DE ACUSAÇÃO

127/287

FIG. 33 – DECISÕES DA CPEE NO ÂMBITO DA ACÇÃO DISCIPLINAR/POR TIPO DE PARTICIPANTE

FONTE: CPEE

Das Figuras 32 e 33, acerca do total de decisões da CPEE no âmbito disciplinar e por tipo de participante,

importa salientar, designadamente, que no referente aos casos de “suspensão preventiva/bloqueio a débito das contas-

cliente”, que totalizam uma parte importante das decisões adoptadas em sede disciplinar, e que se referem a

uma realidade grave que merece uma especial atenção, as participações surgem essencialmente por via dos

Tribunais e das fiscalizações.

0 1 2 3 4 5 6 7

SUSPENSÃO DE PREVENTIVA DO EXERCÍCIO DE FUNÇÕES

BLOQUEIO A DÉBITO DAS CONTAS-CLIENTES

ARQUIVAMENTO PARCIAL

APLICAÇÃO DE PENA

DESTITUIÇÃO

ARQUIVAMENTO

SUSPENSÃO DE ACEITAÇÃO DE NOVOS PROCESSOS

SANÇÃO ACESSÓRIA DE RESTITUIÇÃO DE QUANTIAS

SANÇÃO ACESSÓRIA DE PERDA DE HONORÁRIOS

DESPACHO DE ACUSAÇÃO

7

7

2

5

1

1

6

6

1

1

1

1

1

1

1

1

1

1

CÂMARA DOS SOLICITADORES/ MP

MANDATÁRIO JUDICIAL DO EXECUTADO

MANDATÁRIO DO EXEQUENTE

AGENTE DE EXECUÇÃO

TRIBUNAL

FISCALIZAÇÃO

128/287

FIG. 34 – RELAÇÃO ENTRE O TIPO DE PARTICIPANTE E OS PROCESSOS DISCIPLINARES INSTAURADOS NO 3.º ANO DE ACTIVIDADE (ENTRE 01/04/2011 E 16/02/2012)

FONTE: CPEE

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

CÂMARA DOS SOLICITADORES

FISCALIZAÇÃO TRIBUNAL MANDATÁRIO JUDICIAL DO EXECUTADO

AGENTE DE EXECUÇÃO

MANDATÁRIO DO EXEQUENTE

46

12

9

2 1 1

129/287

FIG. 35 – RELAÇÃO ENTRE O TIPO DE PARTICIPANTE E OS PROCESSOS DISCIPLINARES INSTAURADOS NO 3.º ANO DE ACTIVIDADE (ENTRE 01/04/2010 E 16/02/2012) - PERCENTUALMENTE

FONTE: CPEE

Relativamente à caracterização dos participantes mais frequentes em relação aos processos disciplinares

instaurados, conclui-se que houve uma alteração face ao 2.º ano de actividade da CPEE, uma vez que no 3.º

ano de actividade o Participante mais frequente é a CS, representando 65 %, e já não o Tribunal (cfr.

Figuras 34 e 35).

Esta alteração pode justificar-se em parte pelo facto de a CS, nomeadamente as Secções Regionais

Deontológicas, terem remetido durante o 3.º ano de actividade da CPEE em larga quantidade as

participações que lhes são remetidas pelos tribunais, por serem da competência da CPEE uma vez que

dizem respeito a infracções cometidas pelos Agentes de Execução após 31/03/2009.

Constatou-se ainda que esses mesmos órgãos da CS remeteram à CPEE, sobretudo, no último trimestre de

2011 e até Fevereiro de 2012, processos disciplinares que já corriam termos nesses órgãos mas que no entanto

se enquadravam no âmbito da competência disciplinar da CPEE, tendo a CPEE em alguns desses casos

deliberado apensar a processos disciplinares já existentes na CPEE.

65%

17%

13%

1% 1% 3%

CÂMARA DOS SOLICITADORES

FISCALIZAÇÃO

TRIBUNAL

AGENTE DE EXECUÇÃO

MANDATÁRIO DO EXEQUENTE

MANDATÁRIO JUDICIAL DO EXECUTADO

130/287

FIG. 36 – RELAÇÃO ENTRE AS INFRACÇÕES DISCIPLINARES IMPUTADAS, OS DEVERES INDICIARIAMENTE

VIOLADOS E OS PROCESSOS DISCIPLINARES INSTAURADOS NO 3.º ANO DE ACTIVIDADE (ENTRE 01/04/2010 E 16/02/2012) – FONTE: CPEE

0 2 4 6 8 10 12 14

Viola deveres deontológicos, disposições legais e regulamentos

Não mantém as contas-clientes segundo ECS

Viola o dever de diligência

Falta de provisão ou indícios de irregularidade nas contas-clientes

Não corrige as irregularidades verificadas na sua conta-cliente

Impede a fiscalização

Por qualquer forma obstrui a fiscalização

Não aplica devidamente as quantias e coisas que lhe estão confiadas

Nãp presta os esclarecimentos solicitados pela partes

Não entrega prontamente as quantias

Não presta os esclarecimentos que lhe são solicitados pelo Tribunal

Não entrega prontamente as quantias

Execede o âmbito da sua competência

Não presta contas da actividade realizada

Usa meios ilegais no exercício das suas funções

Não cumpre ou executa as decisões do Juiz

Não pratica as tarifas aprovadas por portaria

Não regista actos no SISAAE

Não cumpre o dever de informar, designadamenrte sobre o …

Não regista informaticamente todos os movimentos das contas-…

Pratica actos próprios da sua qualidade de agente de execução sem …

Não disponibiliza suportes documentais e informaticos das contas-…

Não tem domicilio profissional

Não emite recibo de acordo com o artigo 16.º da Portaria 331-B

Não tem contabilidade organizada

Usa meios desproporcionais no exercício das suas funções

Não entrega documentos

Prejudica dolosamente o executado

Contrata ou mantém funcionários sem cumprir o regulamento da CS

Recusa, sem fundamento, do execício das suas funções

Não submete a decisão do Juiz

Não cumpre as notificações previstas artigo 15.º da Portaria n.º 331-…

Não arquiva nem conservar os documentos relativos às execuções

Não dispõe de duas contas-clientes (Exequente/ Executados)

Prejudicar dolosamente o Executado

14

11

11

11

9

8

8

8

7

6

6

6

6

5

4

4

3

3

3

2

2

2

2 2

2

1

1

1

1

1

1

1

1

1

1

131/287

No que diz respeito ao tipo de infracções mais frequentes que estão indiciadas nos processos disciplinares

instaurados pela CPEE, conclui-se pela análise da Figura 36 que as principais infracções indiciadas são

as seguintes:

a) Violação dos deveres deontológicos e disposições legais aplicáveis – 14;

b) Não mantém as contas-clientes segundo o ECS – 11;

c) Falta de provisão ou indícios de irregularidades nas contas-clientes – 11;

d) Violação do dever de diligência e zelo – 11.

Verifica-se assim mais uma alteração face ao 2.º ano de actividade da CPEE na medida em que nesse ano de

actividade os principais indícios recaíam sobre a violação do dever de diligência e zelo (31 situações), seguido

da violação de deveres deontológicos e disposições legais e regulamentares aplicáveis.

Significa, portanto, que no 3.º ano de actividade os principais indícios que deram origem a

instauração de processos disciplinares se relacionam não só com a violação de deveres

deontológicos mas também com a organização e regularidade de contas-clientes tituladas por

Agentes de Execução, o que denota também uma especial atenção da CPEE na actuação imediata e

na análise e fiscalização nestas situações.

FIG. 37 – TIPOLOGIA DE PENAS APLICADAS PELA CPEE (ENTRE 01/04/2011 E 16/02/2012)

FONTE: CPEE

Por último, no que diz respeito ao tipo de penas disciplinares aplicadas pela CPEE durante o 3.º ano de

actividade, constata-se da análise da Figura 37 que em 25 % dos casos foi aplicada a pena de expulsão e

também em 25 % foi aplicada a sanção acessória de restituição de quantias.

25%

25% 25%

12%

13% EXPULSÃO

SANÇÃO ACESSÓRIA DE RESTITUIÇÃO DE QUANTIAS

SANÇÃO ACESSÓRIA DE PERDA DE HONORÁRIOS

MULTA

SUSPENSÃO DE ACTIVIDADE POR 3 ANOS

132/287

Diferentemente ao que sucedeu no 2.º ano de actividade em que a pena disciplinar mais aplicada foi

a advertência (37%), no 3.º ano de actividade a pena de expulsão foi a mais aplicada em cumulação

com a pena acessória de restituição de quantias. Significa isto que os processos disciplinares que

findaram no 3.º ano de actividade implicaram a apreciação de infracções disciplinares mais graves,

tendo dado origem à aplicação da pena disciplinar mais gravosa – a pena de expulsão.

D.) FISCALIZAÇÕES (ANEXO XIII)

Relativamente ao exercício da competência de fiscalização pela CPEE conclui-se da análise da Figura 38 que

no 3.º ano de actividade a CPEE realizou 654 fiscalizações: 28 fiscalizações presenciais e 626

fiscalizações electrónicas.

FIG. 38 – TIPO DE FISCALIZAÇÕES REALIZADAS PELA CPEE NO 3.º ANO DE ACTIVIDADE

FONTE: CPEE

TOTAL DE FISCALIZAÇÕES PRESENCIAIS TOTAL DE FISCALIZAÇÕES ELECTRÓNICAS

28

626

133/287

FIG. 39 – TIPO DE FISCALIZAÇÕES REALIZADAS PELA CPEE NO 3.º ANO DE ACTIVIDADE

FONTE: CPEE

Deve ainda assinalar-se que a CPEE assegurou, pela 1.ª vez, que todos os Agentes de Execução eram

alvo de fiscalização pela CPEE, sob a forma electrónica, mediante o envio de uma check-list aos Agentes de

Execução que deveria ser preenchida dentro de um determinado prazo (cfr. Figuras 38 e 39), o que constitui

um marco assinalável cujos efeitos preventivos são inelutáveis.

FIG. 40 – EVOLUÇÃO DAS FISCALIZAÇÕES REALIZADAS PELA CPEE NO 3.º ANO DE ACTIVIDADE

FONTE: CPEE

4%

96%

TOTAL DE FISCALIZAÇÕES PRESENCIAIS

TOTAL DE FISCALIZAÇÕES ELECTRÓNICAS

3%

97%

TOTAL DE FISCALIZAÇÕES CONCLUÍDAS

TOTAL DE FISCALIZAÇÕES ELECTRÓNICAS E PRESENCIAIS REALIZADAS

134/287

Relativamente à evolução das fiscalizações realizadas pela CPEE importa salientar que 3 % do total das

fiscalizações realizadas pela CPEE se encontram concluídas, e 97 % por concluir (cfr. Figura 40).

Importa referir que o elevado número de fiscalizações realizadas e que se encontram por concluir se explica

em larga medida pelo facto de terem sido realizadas 626 fiscalizações electrónicas e que cuja informação

enviada pelos Agentes de Execução bem como os extractos bancários solicitados ao Millennium BCP de cada

Agente de Execução fiscalizado electronicamente se encontrarem a aguardar uma análise por parte da CPEE.

Acresce que a insuficiência de recursos humanos na CPEE e a falta de financiamento para a contratação de

pessoal que preste apoio no âmbito do tratamento de informação fornecida pela fiscalização, tem vindo a

agravar-se sobretudo no 3.º ano de actividade.

FIG. 41 – ACTOS DE FISCALIZAÇÃO NA FORMA PRESENCIAL REALIZADAS PELOS FISCALIZADORES DA CPEE NO 3.º ANO DE ACTIVIDADE

FONTE: CPEE

0

20

40

60

80

100

120

TOTAL DE FISCALIZAÇÕES PRESENCIAIS REALIZADAS

PELOS FISCALIZADORES DA CPEE (NA RELAÇÃO FISCALIZAÇÃO/POR

FISCALIZADOR)

FISCALIZAÇÕES EXTRAORDINÁRIAS

FISCALIZAÇÕES ORDINÁRIAS

105 103

2

135/287

Conclui-se da análise da Figura 41 que os Fiscalizadores da CPEE efectuaram 105 fiscalizações presenciais,

103 fiscalizações extraordinárias e 2 fiscalizações ordinárias. Nestes números incluem-se várias diligências de

fiscalização (diligências que se prolongaram por mais de um dia) e deve atender-se ao facto de cada comissão

de fiscalização poder ser constituída até 3 elementos.

FIG. 42 – CRITÉRIOS DE DECISÃO SOBRE AS FISCALIZAÇÕES EXTRAORDINÁRIAS PRESENCIAIS

FONTE: CPEE

7

5

4

3

3

3

3

2

2

1

1

1

0 1 2 3 4 5 6 7 8

NÃO PRATICA DILIGÊNCIAS OU ACTOS PROCESSUAIS COM ZELO NO ÂMBITO DO PROCESSO EXECUTIVO

SUSPENSO DE ACEITAR NOVOS PROCESSOS POR MAIS DE 120 DIAS NO MESMO ANO JUDICIAL

PARTILHA DE ESCRITÓRIO COM AGENTE DE EXECUÇÃO FISCALIZADO

NÃO RESPONDE À SOLICITAÇÃO DE ESCLARECIMENTOS FORMULADA PELA CPEE

NÃO ENVIA A DOCUMENTAÇÃO SOLICITADA

DIVERGÊNCIA DE DOMICÍLIOS PROFISSIONAIS, IMPOSSIBILIDADE DE CONTACTO COM O AGENTE DE EXECUÇÃO

CANDIDATO A INTEGRAR COMISSÕES DE FISCALIZAÇÃO DA CPEE

TEM MOVIMENTAÇÕES IRREGULARES NAS CONTAS-CLIENTES

SUSPENSO DE ACEITAR PROCESSOS NOVOS POR MAIS DE 6 (SEIS) MESES

SUSPENSO DE ACEITAR NOVOS PROCESSOS COM FUNDAMENTO EM DOENÇA POR PERÍODO IGUAL OU SUPERIOR A 120

SEGUIDOS/INTERPOLADOS

ILICITOS CRIMINAIS

10 OU MAIS PARTICIPAÇÕES/ QUEIXAS NA CPEE

136/287

Por último acresce referir que os critérios para a determinação da realização de uma fiscalização, constantes

do Manual de Procedimentos de Fiscalização da CPEE 2011/2012, são a base fundamental para a

tomada de decisão de realização de uma fiscalização extraordinária.

A Figura 42 evidencia desde logo a prioridade conferida pela CPEE ao longo do 3.º ano de actividade à falta

de prática de diligências ou actos processuais com zelo no âmbito do processo executivo e à suspensão de

aceitação de novos processos por mais de 120 dias no mesmo ano judicial, o que assume especial relevo num

momento em que o foque das atenções está na redução da pendência processual e para a extinção de

processos executivos.

Pese embora as dificuldades associadas a uma carência de financiamento pela Câmara dos Solicitadores, que

remonta à entrada em funções da CPEE e que se mantém nesta data, foi possível à CPEEGG focar-se nas

questões mais relevantes e/ou urgentes, até ao nível do interesse nacional e internacional, de acordo com os

critérios subjacentes à tomada de decisões de início de um processo de fiscalização extraordinário referidos na

Figura 42.

137/287

PARTE VI

A FALTA DE APOIO FINANCEIRO DA ACTIVIDADE DA CPEE

33. OS ENCARGOS FINANCEIROS DA RESPONSABILIDADE DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

O Decreto-Lei n.º 165/2009, de 22 de Julho, define a distribuição de encargos financeiros entre as duas

entidades financiadoras da actividade da CPEE: a SGMJ e a CS.

Assim, os encargos financeiros respeitantes à actividade da CPEE suportados pela Secretaria-Geral do

Ministério da Justiça encontram-se elencadas no artigo 2.º do referido Decreto-Lei n.º 165/2009:

33.1. DO INTEGRAL CUMPRIMENTO DAS ALÍNEAS A), B), C) E D) DO ARTIGO 2.º DO DECRETO-LEI N.º

165/2009, DE 22 DE JULHO

A.) ALÍNEA A) DO ARTIGO 2.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22 DE JULHO

O pagamento da remuneração base, subsídio de refeição, despesas de representação, atribuição de telefones

móveis para uso oficial, abono de ajudas de custo e subsídio de transporte e outros suplementos

remuneratórios devidos pelo exercício de funções pelo presidente e pelos três membros do Grupo de Gestão

da CPEE escolhidos pela Presidente, respectivamente, têm ocorrido no estrito cumprimento das obrigações

legais e orçamentais a que a SGMJ se encontra adstrita.

Desde Janeiro de 2011 foram aplicadas à Presidente da CPEE e bem assim aos três membros da CPEEGG

em exclusividade de funções, as reduções salariais contempladas na Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro,

Lei do Orçamento de Estado para 2011.

B.) ALÍNEA B) DO ARTIGO 2.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22 DE JULHO

Nos termos do disposto no n.º 6 do artigo 69.º-E do ECS, os Vogais na CPEEP participantes nas respectivas

reuniões têm direito ao abono de senhas de presença, nos termos e condições a fixar por despacho conjunto

dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da justiça.

138/287

O pagamento das senhas de presença de cada vogal participante nas reuniões do Plenário não tem vindo a ser

realizado pela SGMJ, estando em causa o período compreendido entre 01/04/2011 e 16/02/2012, razão pela

qual já se fez chegar à SGMJ um pedido de pagamento, tendo em vista rectificar a situação, o mais depressa

possível.

C.) ALÍNEA D) DO ARTIGO 2.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22 DE JULHO

Nos termos do disposto nos n.º s 5 e 13 do artigo 118.º do ECS, o exame de admissão a estágio de agente de

execução (sua elaboração, definição de critérios de avaliação e avaliação) e, bem assim, a avaliação final de

conclusão do estágio são actividades desenvolvidas por uma entidade externa e independente da CS e da OA

para o efeito pela CPEEP (cfr. alínea c) do artigo 69.º-C e a) do n.º 1 do artigo 69.º-F do ECS).

No âmbito do 1.º Estágio de Agente de Execução, iniciado em Fevereiro de 2010 e concluído em Abril de

2011, o pagamento à referida entidade externa da fase inicial (elaboração, realização e correcção do exame de

acesso ao estágio de agente de execução) encontra-se realizado pela SGMJ.

No âmbito do 2.º Estágio de Agente de Execução, iniciado em Março de 2011, o pagamento à referida

entidade externa relativo à fase inicial (elaboração, realização e correcção do exame de acesso ao estágio de

agente de execução), encontra-se igualmente realizado pela SGMJ, no estrito cumprimento das obrigações

legais e orçamentais a que esta Secretaria-Geral se encontra adstrita.

Por sua vez, no âmbito do 3.º Estágio de Agente de Execução, à data de aprovação do presente Relatório o

foi efectuada a adjudicação da elaboração do exame de admissão a estágio de agente de execução e de

avaliação final de conclusão do estágio à entidade externa e independente já escolhida pela CPEEP em

17/01/2011, a acima referida FDUNL.

Para mais desenvolvimentos sobre a rubrica referente à actividade desenvolvida pela entidade externa

escolhida pela CPEEP no âmbito dos 1.º, 2.º e 3.º Estágios de Agente de Execução, ver o §§ 5.º da Parte II,

supra.

139/287

33.2. A FALTA DE DESPACHO MINISTERIAL PARA RECRUTAMENTO DE TÉCNICOS – ALÍNEA C) DO

ARTIGO 2.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22 DE JULHO

O Grupo de Gestão da CPEE pode ser assessorado por peritos ou técnicos por si escolhidos, a recrutar

dentro da dotação máxima anual que for fixada por despacho conjunto dos membros do Governo

responsáveis pelas áreas das Finanças e da Justiça, nos termos do n.º 3 do artigo 69.º- F do ECS, ou seja, para

o exercício das seguintes competências legais:

Instruir processos disciplinares;

Aplicar penas aos Agentes de Execução;

Proceder a inspecções e fiscalizações aos Agentes de Execução;

Preparar os documentos e realizar os procedimentos necessários ao exercício pelo Plenário da CPEE

da competência legal de fixação do n.º de agentes de execução a admitir em cada estágio;

Preparar os documentos e realizar os procedimentos necessários ao exercício pelo Plenário da CPEE

da competência legal de escolha e designação da entidade externa e independente responsável pelo

acesso ao estágio e avaliação final dos agentes de execução estagiários;

Preparar a elaboração do relatório anual de actividade, a aprovar pelo Plenário da CPEE.

A.) A FALTA DE EMISSÃO DO DESPACHO MINISTERIAL PARA RECRUTAMENTO DE TÉCNICOS PARA

ASSESSORAR O GRUPO DE GESTÃO DA CPEE NO ANO DE 2011

Em 02/09/2010 o Grupo de Gestão da CPEE deliberou, por unanimidade, na sua 50.ª reunião, o pedido de

fixação da dotação anual para a assessoria técnica da CPEE para o ano de 2011, no montante global de €

174.800,00, em concordância com os fundamentos constantes da Informação n.º 31/JB/2010, de 13 de

Agosto, que dela faz parte integrante. E em 08/09/2010 a CPEE remeteu a S. Exa. o Ministro da Justiça a

competente e fundamentada proposta de emissão de despacho ministerial, tendo em vista a atribuição de €

174.800,00 para o efeito (cfr. ofício da CPEE n.º 2176/2010, de 08/09/2010), tendo sido transmitida a

especial urgência e necessidade de promover o recrutamento de técnicos atendendo ao aumento do número

de queixas recebidas na CPEE (só no 1.º trimestre do ano de 2011 a CPEEGG recebera mais de 60% das

queixas que recebeu durante todo o ano de 2010).

No entanto, não foi emitido o despacho conjunto dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das

Finanças e Justiça para recrutamento de técnicos para assessorar o Grupo de Gestão da CPEE no ano de

2011, pelo que as competências legais atribuídas ao Grupo de Gestão foram exercidas apenas pelos 5

membros do Grupo de Gestão, sendo que apenas 4 membros se encontram em exclusividade de funções.

140/287

B.) A FALTA DE EMISSÃO DO DESPACHO MINISTERIAL PARA RECRUTAMENTO DE TÉCNICOS PARA

ASSESSORAR O GRUPO DE GESTÃO DA CPEE NO ANO DE 2012

Em 28/07/2011 o Grupo de Gestão da CPEE aprovou por unanimidade dos membros presentes, na sua 92.ª

reunião, através da Deliberação do Grupo de Gestão n.º 268/2011, de 28/07/2011, de concordância com os

fundamentos constantes da Informação n.º 52/IC/2011, de 28 de Julho, que dela faz parte integrante, o

pedido de fixação da dotação anual para a assessoria técnica da CPEE para o ano de 2012, no montante

global de € 233.800,00.

No dia 01/08/2011, durante a audiência concedida por S. Exa. a Ministra da Justiça à CPEE, foi entregue

cópia da referida Deliberação do Grupo de Gestão da CPEE n.º 268/2011, de 28/07/2011, de aprovação do

montante relativo à dotação anual para a assessoria do Grupo de Gestão da CPEE para o ano de 2012 em €

233.800,00, tendo em vista a competente cabimentação orçamental para o ano de 2012 e a emissão do

despacho conjunto respeitante ao recrutamento de técnicos para assessorar o Grupo de Gestão da CPEE

(cfr. ofício da CPEE n.º 2373/2011, de 29/07/2011).

Por sua vez, no dia 19/09/2011, em resposta ao pedido efectuado, a CPEE recebeu o ofício n.º 103, de

16/09/2011, (Referência P.º 1986/2008), do Gabinete do Secretário de Estado da Administração Patrimonial

e Equipamentos do Ministério da Justiça, na qual se podia ler a transcrição do despacho proferido por S. Exa.

o Secretário de Estado, datado de 14/09/2011, relativo ao pedido da CPEE acima referido:

“Tendo em conta as limitações orçamentais para 2012, e considerando o presente parecer e o facto da acção executiva se

encontrar em reavaliação no âmbito da Comissão da Reforma do Processo Civil; considerando o valor referência anual

constante do Relatório Intercalar de Abril de 2011 proferido pelo Conselho Superior da Magistratura e em face da difícil

conjuntura económica e do propósito de redução de despesas em sede, particularmente, contratação de recursos humanos,

considero não se justificar a contratação de peritos e técnicos para assessoria.”

Tendo a CPEE solicitado o envio do parecer que subjazia ao despacho ministerial acima transcrito, no dia

23/11/2011, a CPEE recebeu o ofício n.º 275 (Referência: P.º 1986/2008, 6.º Volume) do Gabinete de S.

Exa. o Secretário de Estado da Administração Patrimonial e Equipamentos do Ministério da Justiça, através

do qual foi remetida à CPEE uma cópia do parecer que sustentava o despacho acima referido e sobre o qual

foi o mesmo exarado, tendo a CPEE tomou conhecimento dos fundamentos que originaram a negação do

financiamento no valor de € 233.800,00 para a assessoria da CPEE para o ano de 2012.

141/287

No dia 07/12/ 2011, na sua 106.ª reunião ordinária, o Grupo de Gestão da CPEE analisou detalhadamente o

parecer subjacente ao despacho ministerial, e solicitou a S. Exa. o Secretário de Estado da Administração

Patrimonial e Equipamentos do Ministério da Justiça uma audiência, com carácter de urgência, para reiterar a

apresentação dos fundamentos descritos na Deliberação n.º 416/2011, de 07/12/2011, que suportam a

necessidade e a especial urgência da emissão do despacho ministerial que prevê o recrutamento de técnicos

e/ou peritos para assessorar o Grupo de Gestão da CPEE para o ano de 2012, em especial, devido à sua falta

reiterada durante os anos de 2010 e 2011.

33.3. OS FUNDAMENTOS QUE JUSTIFICAM A NECESSIDADE E A ESPECIAL URGÊNCIA DA EMISSÃO DO

DESPACHO MINISTERIAL QUE PREVÊ O RECRUTAMENTO DE TÉCNICOS E/OU PERITOS PARA

ASSESSORAR O GRUPO DE GESTÃO DA CPEE

A.) EXERCÍCIO ALARGADO DAS COMPETÊNCIAS DA CPEE

O exercício do alargado conjunto de competências legais cometidas ao Plenário da CPEE (11 Membros – 22

reuniões) e ao Grupo de Gestão da CPEE (5 Membros – 106 reuniões), enquanto órgão administrativo

colegial, tem vindo a ser preparado e exercido integralmente pelos 4 (quatro) Membros do Grupo de Gestão

que estão em exclusividade de funções: a Presidente da CPEE e os 3 (três) Membros do Grupo de Gestão

escolhidos pela Presidente e votados favoravelmente pelo Plenário, por serem os únicos Membros que se

encontram em exclusividade de funções, por estarem sujeitos ao regime de acumulação, incompatibilidades e

impedimentos aplicável aos titulares de cargos dirigentes do mesmo nível e grau da Administração Pública.

Com já referido no presente Relatório, a CPEE funciona em Plenário e em Grupo de Gestão, tendo já

apresentado resultados positivos, no exercício das suas competências legais, designadamente:

Plenário da CPEE:

Emissão das recomendações sobre a eficácia das execuções e a formação dos Agentes de Execução –

93 recomendações em 2010; 105 recomendações em 2011;

Escolha e designação da entidade externa responsável pelo exame inicial de acesso ao estágio e pela

avaliação final dos agentes de execução estagiários - preparação do procedimento de acordo com o

Código dos Contratos Públicos – foram celebrados 2 contratos públicos, lançados 2 estágios de

Agentes de Execução, correspondendo à entrada de cerca de 530 Agentes de Execução; encontra-se

em curso a adjudicação da 3.ª entidade externa, e abertura do 3.º estágio de Agentes de Execução;

Emissão de pareceres relativos à reinscrição de Agentes de Execução – 22 pareceres;

142/287

Análise e deliberação de pedidos de suspensão de aceitar novos processos – 220 pedidos, relativos a

146 Agentes de Execução;

Elaboração dos relatórios anuais de actividade – 3 relatórios anuais (incluindo o presente), disponíveis

ao público no sítio da CPEE na Internet em

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/1_RELATORIO_ANUAL_ACTIVIDADES_CPEE_.pdf e

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/2_RELATORIO_ANUAL_ACTIVIDADES_CPEE_2010_2011___.pdf .

Grupo de Gestão da CPEE:

Análise das participações relativas à actividade dos Agentes de Execução – 2.382;

Instauração dos processos disciplinares; instrução dos processos disciplinares; aplicação das penas

disciplinares aos Agentes de Execução – 266 processos disciplinares, relativos a 114 Agentes de

Execução;

Destituição dos Agentes de Execução – 6 destituições;

Aplicação de medidas cautelares – 22 Agentes de Execução suspensos preventivamente; 5 Agentes de

Execução inibidos de receber processos novos;

Fiscalização dos Agentes de Execução – 731 Agentes de Execução fiscalizados;

Instrução dos pedidos e proposta de deliberação acerca das questões relacionadas com os

impedimentos e suspeições dos Agentes de Execução - 108 pedidos, relativos a 74 Agentes de

Execução;

Análise dos relatórios elaborados pelos Agentes de Execução substitutos - 995.

Significa, portanto, que sem assessoria técnica, os 3 Membros do Grupo de Gestão da CPEE são

responsáveis pela:

a) Preparação de todos os documentos e procedimentos necessários ao exercício das competências

legais do Plenário da CPEE;

b) Exercício das competências legais do Grupo de Gestão da CPEE;

c) Elaboração de 8 Regulamentos Internos e Manuais da CPEE;

d) Emissão de 9 Pareceres relativos a iniciativas legislativas e regulamentares;

e) Coordenação e/ou Participação em 8 Grupos de Trabalho:

1.) O Grupo de Trabalho da CPEE para a Implementação das Soluções Electrónicas - GT-CPEE-SE;

2.) O Grupo de Trabalho da CPEE para a Agilização da Penhora Electrónica (depósitos bancários) – GT-

CPEE-APE;

3.) O Grupo de Trabalho da CPEE para a Análise da Eficácia das Execuções – GT-CPEE-AEE;

143/287

4.) Participação no Grupo E-JUSTIÇA, do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da

Universidade Técnica de Lisboa/e Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade de

Informação;

5.) O Grupo de Trabalho da CPEE constituído pelos Agentes de Execução responsáveis por um elevado

n.º de processos judiciais;

6.) Participação no Grupo de Trabalho do Ministério da Justiça para redução da pendência processual

(Despacho n.º 16445/2011, de 5 de Dezembro, de Sua Excelência a Ministra da Justiça);

7.) Participação no Grupo de Trabalho do Ministério da Justiça do Plano de Acção da Justiça na Sociedade

de Informação (Despacho n.º 16171/2011, de 29 de Novembro, de Sua Excelência a Ministra da

Justiça);

8.) Participação no Grupo de Trabalho do Ministério da Justiça relativo ao Mapa Judiciário (2012).

Por sua vez, atendendo ao facto de a Presidente da CPEE acompanhar directamente o exercício de todas as

competências legais do Plenário e do Grupo de Gestão da CPEE, até 16 de Fevereiro de 2012 a Presidente da

CPEE geria cerca de 4.629 processos, o que significava que cada um dos 3 Membros do Grupo de Gestão da

CPEE era responsável por cerca de 1.550 processos, como se comprova pela seguinte Tabela (Figura 43):

TIPO DE PROCESSO

N.º DE PROCESSOS DISTRIBUÍDOS AOS

3 MEMBROS DO GRUPO DE GESTÃO

EM EXCLUSIVIDADE DE FUNÇÕES

Preparação da emissão das Recomendações da CPEE para a Eficácia das Execuções e para a formação dos Agentes de Execução, a aprovar pelo Plenário da CPEE, de 2009/2010 e de 2011/2012.

2

Preparação da escolha e designação da entidade externa responsável pelo exame inicial de acesso ao estágio e avaliação final dos agentes de execução estagiários - preparação do procedimento de acordo com o Código dos Contratos Públicos

3

Preparação dos Relatórios Anuais de Actividades da CPEE 3

Análise de Pedidos de suspensão de aceitar novos processos 220

Análise de Pedidos de reinscrição de Agente de Execução - Pareceres favoráveis

26

Apreciação/Análise de Participações 2.382

Instauração, instrução e deliberação acerca de Processos Disciplinares

266

Destituição de Agentes de Execução 6

Aplicação de medidas cautelares a Agentes de Execução 22

144/287

Análise de Impedimentos/Escusas/Suspeições 108

Análise de Livre Substituições de Agentes de Execução 409

Análise de Relatórios de Agentes de Execução substitutos 359

Preparar/realizar fiscalizações e analisar e deliberar sobre relatórios de fiscalizações: 1.) Presenciais = 105; 2.) Electrónicas = 626

731

Fiscalizações Presenciais feitas pelos Membros do Grupo de Gestão

78

Participação em 8 Grupos de Trabalho: 1.) O Grupo de Trabalho da implementação das soluções electrónicas (citação electrónica das finanças e segurança social desde Janeiro de 2011); 2.) O Grupo de Trabalho para a Agilização da Penhora Electrónica (em especial, de depósitos bancários) – GT-CPEE-APE; 3.) O Grupo de Trabalho para a Análise da Eficácia das Execuções – GT-CPEE-AEE; 4.) O Grupo E-JUSTIÇA, do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa/e Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade de Informação. 5.) Acompanhamento do Grupo de Trabalho do Ministério da Justiça e Grupo de Trabalho com Agentes de Execução responsáveis por um elevado n.º de processos; 6.) O Grupo de Trabalho do Ministério da Justiça para redução da pendência processual; 7.) O Grupo de Trabalho do Ministério da Justiça para a Justiça na Sociedade de Informação; 8.) O Grupo de Trabalho do Ministério da Justiça sobre o Mapa Judiciário

8

Elaboração de Regulamentos Internos e Manuais 6

Total 4.629

FIG. 43 - N.º DE PROCESSOS A CARGO DOS 3 MEMBROS DO GRUPO DE GESTÃO

EM EXCLUSIVIDADE DE FUNÇÕES

FONTE: CPEE

145/287

B.) AUMENTO EXPONENCIAL DAS PARTICIPAÇÕES ENTRADAS NA CPEE

Outro dos fundamentos que justificam a necessidade e urgência da emissão do despacho conjunto ministerial

que fixa a dotação máxima anual para o recrutamento de peritos ou técnicos para assessorar o Grupo de

Gestão da CPEE é o facto de nos últimos dois anos de actividade da CPEE se ter verificado um aumento

exponencial do n.º de participações entradas na CPEE – desde o início da actividade da CPEE até

16/02/2012 deram entrada 2.382 participações, sendo que cada membro do Grupo de Gestão em

exclusividade de funções tinha a seu cargo em 16/02/2012 cerca de 794 participações para apreciação liminar,

conforme se comprova no Quadro infra (Fig. 44):

ANO

N.º DE PARTICIPAÇÕES ENTRADAS

NA CPEE

N.º MÉDIO DE PARTICIPAÇÕES POR

CADA MEMBRO DO GRUPO DE GESTÃO

EM EXCLUSIVIDADE DE FUNÇÕES

2009

71

24

2010

414

138

2011

1595

531

2012 (até 16/02/2012) 302 100

TOTAL

2.382

794

Fig. 44 - N.º MÉDIO DE PARTICIPAÇÕES A CARGO DE CADA 3 MEMBRO DO GRUPO DE GESTÃO EM EXCLUSIVIDADE DE FUNÇÕES (ENTRE 31/03/2009 E 16/02/2012)

FONTE: CPEE

Apesar dos fundamentos descritos supra, até à data da elaboração do presente Relatório de Actividades, a

CPEE aguarda a emissão do despacho conjunto ministerial que fixa a dotação máxima anual para o

recrutamento de peritos ou técnicos para assessorar o Grupo de Gestão da CPEE no ano de 2012, que à

semelhança dos anos de 2010 e de 2011, continua sem ser emitido.

146/287

Em suma, o cumprimento entre 31.03.2009 e 16.02.2012 das obrigações legais e orçamentais a que a SGMJ se

encontra adstrita pode ser resumido na Tabela infra (Fig. 45):

FINANCIMENTO DA CPEE MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

REMUNERAÇÃO DA PRESIDENTE E DOS 3 MEMBROS DO GRUPO DE

GESTÃO

PAGAMENTO DAS SENHAS DE PRESENÇA DOS MEMBROS DO

PLENÁRIO

PAGAMENTO DA ENTIDADE EXTERNA RESPONSÁVEL PELA SELECÇÃO

DOS CANDIDATOS E AVALIAÇÃO FINAL DOS AE ESTAGIÁRIOS

ASSESSORIA TÉCNICA DO GRUPO DE GESTÃO DA CPEE 2009

2010

2011

2012

FIG. 45 – FINANCIAMENTO DA CPEE PELO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

(ENTRE 31/03/2009 E 16/02/2012) FONTE: CPEE

34. A NECESSIDADE DE MELHORIA NO ACESSO DA CPEE AO SISTEMA INFORMÁTICO CITIUS

O Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro, criou em Portugal o processo executivo electrónico, e a

CPEE como parte integrante, como órgão público de coordenação ao nível do Plenário, e órgão de execução

que pode promover a destituição de agentes de execução nos processos instaurados após o dia 31/03/2009, e

como órgão disciplinar e de fiscalização, ao nível do Grupo de Gestão, devendo assim comunicar com os

outros operadores judiciários de forma igualmente electrónica.

Aliás, a Portaria n.º 331.º-B/2009, de 30 de Março, definiu a utilização intensiva de comunicação por meios

electrónicos entre os diferentes operadores do sistema (mandatários judiciais, agentes de execução e a CPEE)

através dos respectivos sistemas informáticos CITIUS e SISAAE, tendo em vista a transparência da prática

dos actos, a celeridade e a eficiência do processo executivo.

147/287

Na medida em que até à data da aprovação do presente relatório (06.03.2012), o Ministério da Justiça

concedeu à CPEE o acesso ao CITIUS, desde Janeiro de 2010, por equiparação ao “perfil” concedido aos

mandatários judiciais das partes do processo, não tendo a CPEE um perfil próprio, nem podendo executar as

suas decisões directamente na aplicação informática CITIUS, incumprindo-se assim o Decreto-Lei n.º

226/2008, de 20 de Novembro, e da Portaria n.º 331-B/2009, de 30 de Março.

Em Julho de 2010, o Plenário da CPEE emitiu as suas recomendações sobre a eficácia das execuções, em

especial, a necessidade de se realizar o desenvolvimento informático necessário à criação do Perfil próprio da

CPEE no CITIUS, tendo tal recomendação sido reiterada em Novembro de 2011, aguardando-se a efectiva

concretização da mesma.

Tal acesso encontra-se actualmente previsto, desde Janeiro de 2012, através da Portaria n.º 2/2012, de 2 de

Janeiro, disponível em http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/Portaria_2_2012_de_2_de_Janeiro.pdff.

A referida Portaria visa ao regulamentar o acesso electrónico da CPEE ao Sistema de Informação de Suporte

à actividade dos Tribunais (CITIUS) e ao Sistema Informático de Suporte à Actividade dos Agentes de

Execução (SISAAE), para o exercício das competências legais da CPEE, reforçando a actividade de um órgão

público ao serviço das execuções cíveis desde 31/03/2009.

Mediante tal acesso permitir-se-á ainda à CPEE o pleno exercício das suas competências legais que

impliquem não só a consulta de informação constante de cada processo de execução, como também a

execução das suas decisões e deliberações directamente nos respectivos sistemas informáticos CITIUS e

SISAAE, ficando os mesmos registados para consulta electrónica de qualquer operador judiciário

interveniente no processo, com evidentes ganhos de celeridade e transparência processual, agilizando-se assim

a actividade da CPEE, principalmente em matéria de fiscalização e de disciplina dos agentes de execução

Nos termos do n.º 1 do artigo 17 da Portaria 2/2012, de 2 de Janeiro, a mesma entrou genericamente em

vigor em 30/01/2012, exceptuando o n.º 2 quais os artigos que apenas entram em vigor em 30/03/2012 e

26/06/2012.

Assim, atendendo às diferentes fases de entrada em vigor de cada uma das funcionalidades que os respectivos

sistemas informáticos CITIUS e SISAAE facilitam o exercício das competências legais da CPEE, procedemos

à análise e conferência das que se actualmente já se encontram operacionalizadas e das que ainda aguardam o

respectivo desenvolvimento informático no ANEXO XIV ao presente Relatório.

148/287

35. OS ENCARGOS FINANCEIROS DA RESPONSABILIDADE DA CÂMARA DOS SOLICITADORES

35.1. DO INTEGRAL CUMPRIMENTO DAS ALÍNEAS D), E) E G) DO ART. 3.º DO DECRETO-LEI N.º

165/2009, DE 22/07

De acordo com a repartição dos encargos financeiros estipulada pelo Decreto-Lei n.º 165/2009 e no período

compreendido entre 01/04/2011 a 06/03/2012 a CS tem cumprido com a sua obrigação legal de suporte dos

encargos da CPEE inerentes às despesas de funcionamento para o exercício da sua actividade,

designadamente, assistência técnico-informática, material administrativo, telecomunicações, correio,

electricidade, água, serviços de limpeza, entre outras.

No entanto, atendendo ao aumento exponencial e contínuo de arquivo físico existente na sede da CPEE,

decorrente do efectivo exercício, transversal a todas as competências acometidas à CPEE, e ao espaço exíguo

em que a actual sede da CPEE se tornou para o acervo de competências a que se encontra incumbida, é

premente a solução do problema da falta de condições físicas para a continuação da prossecução dos

objectivos legais e estratégicos da CPEE, pelo que será de ponderar, pelo menos, a possibilidade de se afectar

outros espaços físicos para se guardar documentos de arquivo (morto) e a documentação e demais dados

recolhidos no âmbito da actividade de fiscalização, sobretudo após a realização da fiscalização de 731 Agentes

de Execução.

Por último, quanto ao fundo de maneio da CPEE, no valor máximo de € 5.000 (cinco mil euros) anuais, é

destinado a suportar, de imediato, despesas ocasionais e de pequeno montante relativas aos encargos referidos

em todas as alíneas do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 165/2009, de 22 de Julho, e foi integralmente

disponibilizado à CPEE em Fevereiro de 2012, tendo por referência o ano de 2012.

Saliente-se que a prestação de contas relativas ao fundo de maneio de 2011 foi feita pela Presidente da CPEE

junto dos Membros do Plenário da CPEE, na 22.ª reunião do Plenário, de 17/01/2012, através da junção de

cópia dos mapas de contas/despesas relativos a cada mês (entregues junto da CS trimestralmente), não tendo

nenhum dos membros presentes levantado qualquer questão.

149/287

35.2. DA FALTA DE INSTALAÇÃO DA APLICAÇÃO INFORMÁTICA PARA TRAMITAÇÃO DOS PROCESSOS

DISCIPLINARES E DE FISCALIZAÇÃO – ALÍNEA A) DO ART. 3.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22/07

Tendo em vista a aplicação da alínea a) do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 165/2009, de 22 de Julho, em Agosto

de 2009 a CPEE elaborou todo o Workflow/Fluxograma da tramitação electrónica dos procedimentos de

apreciação liminar e de processo disciplinar prevista na Lei, traduzida numa aplicação informática,

designadamente mediante a transposição das minutas recolhida naqueles manuais, atenta a elevada relevância

que tal aplicação terá para efeitos de eficiência do desempenho da acção disciplinar da CPEE.

Aliás, o recurso à tramitação electrónica do processo disciplinar ficou consagrado como um meio para atingir

o Objectivo I do Programa de Acção e Linhas de Orientação da CPEE para o triénio 2009/2012, ou

seja, desenvolver a E-CPEE, tendo em vista a redução do tempo médio das apreciações liminares e dos

processos disciplinares, a desburocratização dos meios de comunicação, definindo, com total transparência, o

ponto de situação relativamente a cada processo, e assegurando uma redução em termos de custos

administrativos/financeiros de contexto.

Em Novembro de 2009 a CPEE enviou à CS, e em Março de 2011 voltou a entregar à CS numa reunião que

teve lugar na CPEE, para os efeitos do disposto nas alíneas a) e b) do artigo 3.º do referido Decreto-Lei n.º

165/2009, de 22 de Julho, toda a documentação respeitante ao desenvolvimento e implementação das

aplicações informáticas necessárias à tramitação electrónica e ao tratamento estatístico dos processos

disciplinares e de fiscalização elaborada pela CPEE, e bem assim documentos respeitantes à contratação dos

serviços de desenvolvimento e implementação de tais aplicações informáticas, de acordo com as disposições

aplicáveis do CCP, a saber:

- Minuta de Convite à Apresentação de Proposta;

- Minuta de Caderno de Encargos e respectivos anexos que dele fazem parte integrante,

designadamente o projecto de Fluxograma de tramitação dos processos disciplinares (cfr. ofício da

CPEE n.º 718/2009, de 05/11/2009).

Até à presente data a CPEE aguarda uma resposta formal da parte da CS ao ofício da CPEE n.º 718/2009, de

05/11/2009, tendo esta situação já sido aflorada diversas vezes em reuniões ocorridas com os representantes

da CS ao longo do 3.º ano de actividade.

150/287

Em 11/11/2011, a CS deu a seguinte indicação (cfr. ofício da CS n.º 4122/2011, de 11/11/2011):

“e. A actual direcção assegurou que iria criar uma funcionalidade informática que permitisse à CPEE e as restantes

órgãos disciplinares da Câmara o acesso aos documentos produzidos e recebidos através da plataforma informática

SISAAE/GPESE de forma a serem analisados no âmbito de processos de fiscalização, ou disciplinares”;

“f. O desenvolvimento daquela aplicação, que visa separar a possibilidade de movimentação, o acesso aos documentos e

movimentos contabilísticos, dos eventuais comentários de gestão de funcionários de cada escritório, está atrasada”;

E do qual se destacam as seguintes propostas:

“Que se disponibilize à CPEE a plataforma de gestão documental que é usada pelo Conselho Geral para facilitar a

tramitação dos processos disciplinares e o tratamento do expediente da CPEE.

Que, até estar desenvolvida a funcionalidade informática acima referida em f) seja dado acesso ao GPESE/ SISAAE

caso a caso, seguindo-se as seguintes regras:

4.1 No âmbito de processo de fiscalização normal será notificado o agente de execução para autorizar o acesos à aplicação

informática e obtida esta os serviços fornecem uma senha e password de duração temporal limitada com o nível atribuído a

um empregado forense.

4.2 No decurso de processo de fiscalização extraordinário, os serviços informáticos da Câmara, mediante a indicação de

que foi aberto processo, fornecem uma senha e password equivalente ao de um funcionário forense, devendo o agente de

execução ao ser notificado da fiscalização ser informado pelo órgão disciplinar de que já se obteve acesso ao sistema

informático nestes termos. (…)”.

Até à data da elaboração do presente relatório ainda não foi apresentada uma solução informática pela CS

neste sentido, nem a CPEE dispõe da plataforma de gestão documental e dos acessos anteriormente

referidos, pese embora a CS tenha informado a CPEE que esta solução se encontrava em desenvolvimento

no âmbito da execução da Portaria 2/2012, de 2 de Janeiro, o que a CPEE aguarda com expectativa, atenta a

sua enorme relevância para a eficiência do trabalho desenvolvido, em especial, como forma de contrabalançar

a exiguidade de meios humanos.

151/287

35.3. A FALTA DE ADEQUAÇÃO DA REMUNERAÇÃO NO ÂMBITO DAS FISCALIZAÇÕES - ALÍNEA B) DO

ART. 3.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22/07

No que diz respeito às fiscalizações, enquanto as fiscalizações realizadas pelos 4 Membros do CPEEGG que

exercem o seu mandato em exclusividade de funções, constituem um encargo financeiro do MJ, e apenas no

que concerne às deslocações (cfr. alínea a) do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 165/2009, de 22 de Julho), as

demais fiscalizações são um encargo da CS nos termos do n.º 3 do art. 127.º e 131.º do ECS e da

alínea b) do art. 3.º do Decreto-Lei n.º 165/2009, de 20 de Julho, ou seja, trata-se aqui das fiscalizações

feitas pelos Agentes de Execução Fiscalizadores da CPEE e da assessoria técnica a tais fiscalizações.

Quanto aos honorários e às despesas Agentes de Execução Fiscalizadores da CPEE, entre 13.07.2011

e 06.03.2012, a CS procedeu ao pagamento de € 10.816,82 (dez mil, oitocentos e dezasseis euros e oitenta

e dois cêntimos), segundo informação prestada na data da aprovação do presente Relatório (06.03.2012).

Contudo, no que concerne à proposta de financiamento da CPEE para o ano de 2012 a apresentar à CS, nos

termos do n.º 3 do artigo 127.º do ECS, conjugado com o artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 165/2009, de 22 de

Julho, tendo a CPEE tido conhecimento de que se estava estaria a aproximar a aprovação do orçamento da

CS para o ano de 2012, e dentro do espírito de ampla cooperação entre a CPEE e a CS e à semelhança do

ocorrido nos anos anteriores, a CPEE reputou ser de máxima relevância e oportunidade apresentar junto da

CS uma proposta de financiamento (e sem prejuízo de outras que ao longo do ano de 2012 pudessem ser

oportunas apresentar), tendo em linha de conta os objectivos estratégicos e operacionais da CPEE para o ano

de 2012, e que atendendo a que a CPEE não participava na aprovação do orçamento da CS, pois não tinha

rubrica específica no elenco legal para o efeito, logo, não estaria a par dos valores eventualmente em causa

(como sejam, os montantes que constituíam a receita da Caixa de Compensações), e nem sequer dispunha da

assessoria de um técnico/director financeiro para elaborar uma proposta de “orçamento”, sem mencionar

quantias certas, salvo raras excepções, deixando-se à consideração da Câmara dos Solicitadores o devido

enquadramento financeiro adequado.

Atendendo a que a actividade fiscalizadora da CPEE, evoluiu ao longo dos 3 anos de actividade, quer em

termos de metodologia, quer quanto aos resultados apresentados, e porque a CS só efectuou o pagamento do

montante total de € 10.816,82 referente aos encargos com as fiscalizações de 2011, quantia insuficiente e

desadequada face ao trabalho e ao tempo despendido pelos Agentes de Execução Fiscalizadores da CPEE

nas fiscalizações realizadas, feito sem qualquer assessoria técnica, a qual é agora essencial e face ao volume de

trabalho (cfr. n.º 2 artigo 131.º do ECS) - 731 Agentes de Execução fiscalizados -, o Grupo de Gestão da

152/287

CPEE aprovou uma proposta de financiamento para as fiscalizações da CPEE para o ano de 2012, ao abrigo

do disposto no n.º 2 do artigo 127.º do ECS, conjugado com o artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 165/2009, de 22

de Julho, a qual foi enviada à CS através do oficio n.º 3758/2011, de 15 de Dezembro, tendo em vista a sua

apreciação e a aprovação total ou parcial da proposta de financiamento da CPEE, aguardando-se a resposta

da CS (cfr. Deliberações n.º 483/2011 e n.º 484/2011, de 15/11/2011, da CPEEGG).

Esta proposta de financiamento apresentada pela CPEE à CS assentou ainda nos resultados alcançados pela

CPEE e sede de fiscalizações (731 Agentes de Execução fiscalizados) e das Recomendações n.º s 65, 66 e 67

do Plenário da CPEE, de 22/11/2011, a saber:

a) Pagamento das 100 Fiscalizações Presenciais planeadas para o ano de 2012;

b) REC. 65 - Pagamento aos Agentes de Execução Fiscalizadores pela análise dos elementos recolhidos

em sede de fiscalização presencial e pela elaboração dos relatórios de fiscalização a submeter à CPEE –

94 Fiscalizações Pendentes de análise/elaboração de relatórios;

c) REC. 66 - Pagamento à assessoria técnica das Comissões de Fiscalização, pela análise dos elementos

recolhidos em sede de fiscalização presencial;

d) REC. 67 - Pagamento de assessoria técnica para a análise dos elementos recolhidos em sede de

fiscalização electrónica realizada aos 626 Agentes de Execução – 626 Fiscalizações Pendentes de

análise/elaboração de relatórios

A.) AS 100 FISCALIZAÇÕES PRESENCIAIS PLANEADAS PARA O ANO DE 2012

Atendendo aos resultados apresentados pela CPEE nos últimos dois anos em matéria de fiscalizações, em

face aos recursos existentes, à semelhança dos objectivos já traçados no sentido de aumentar a realização das

diligências de Fiscalização, e atendendo ainda ao facto de ser necessário, por imposição legal, proceder nos

próximos dois anos à fiscalização dos Agentes de Execução que iniciaram a sua actividade a partir de 2009

(cerca de 178 Agentes de Execução) a CPEE planeia realizar, em 2012, cerca de 100 Fiscalizações

Presenciais (50 Fiscalizações Extraordinárias e 50 Fiscalizações Ordinárias), conforme objectivo

proposto no Manual de Procedimentos de Fiscalização 2011/2012.

Actualmente, as Fiscalizações Presenciais são remuneradas apenas ao abrigo dos artigos 10.º e 11.º do

Regulamento de Fiscalizações de 2007 aprovado pelo Conselho Geral da CS, nos seguintes termos:

a) As Fiscalizações Ordinárias são compensadas mediante o pagamento a cada Agente de Execução

membro da Comissão de Fiscalização de Uma Unidade de Conta, contra a entrega do

correspondente recibo (cfr. artigo 10.º do Regulamento de Fiscalizações de 2007, aplicável ex vi do

n.º 2 do artigo 131.º do ECS);

153/287

b) As Fiscalizações Extraordinárias são compensadas mediante o pagamento a cada Agente de

Execução membro da Comissão de Fiscalização de Uma Unidade e Meia de Conta, contra a

entrega do correspondente recibo (cfr. artigo 11.º do Regulamento de Fiscalizações de 2007, aplicável

ex vi do n.º 2 do artigo 131.º do ECS).

O CPEE GG, aquando da proposta de financiamento para 2012, solicitou à CS um aumento dos valores

previstos no acima referido Regulamento da CS de 2007, porque são desajustados em relação ao trabalho

efetuado através da fiscalização feita pela CPEE desde 31/03/2009, nos termos da lei e dos Manuais de

Procedimentos da CPEE, pelo que se impunha a actualização de valores em face ao trabalho efectuado na

realidade, regulamentando-se de forma justa o disposto na alínea b) do art. 3.º do Decreto-Lei n.º 165/2009,

de 22 de Julho, razão pela qual, aliás, a CPEEP emitiu as Recomendações n.º 65, 66 e 67.

B.) REC. 65 DO PLENÁRIO DA CPEE - PAGAMENTO AOS AGENTES DE EXECUÇÃO

FISCALIZADORES PELA ANÁLISE DOS ELEMENTOS RECOLHIDOS EM SEDE DE FISCALIZAÇÃO

PRESENCIAL E PELA ELABORAÇÃO DOS RELATÓRIOS DE FISCALIZAÇÃO A SUBMETER À CPEE

De modo a potenciar o aumento da capacidade da CPEE para realizar mais fiscalizações à actividade dos

Agentes de Execuções, seja aumentando o número de Agentes de Execução Fiscalizadores, seja aumentando

a celeridade na entrega de relatórios de fiscalização, considerou-se essencial que fossem criados incentivos do

ponto de vista financeiro para a realização dessas tarefas por parte dos Agentes de Execução Fiscalizadores,

dado que o Processo de Fiscalização Presencial implica:

a) A deslocação ao escritório dos Agentes de Execução para recolher informações no âmbito do

escritório dos Agentes de Execução;

b) A recolha das informações e dos elementos segundo os procedimentos da CPEE – cfr. Manual de

Procedimentos de Fiscalização 2011/2012, disponível em

http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/MANUAL_DE_PROCEDIMENTOS_DE_FISCALIZACAO_2011-

2012.pdf ;

c) A análise de toda a documentação recolhida, incluindo Processos Judiciais e extractos bancários;

d) A elaboração dos relatórios de fiscalização a submeter à CPEE (actualmente, cada relatório é

composto, em média, por 150 páginas).

Só após a Deliberação do CPEEGG sobre o Relatório Final de Fiscalização é que se pode considerar que

uma fiscalização está concluída, pelo que razão pela qual a CPEE tem actualmente 94 Processos de

Fiscalizações pendentes de análise, devido à falta de um dos passos referidos nas alíneas a) a d),

supra.

154/287

O aumento da compensação financeira pela realização de uma Fiscalização Presencial, ao tornar-se uma

contrapartida equilibrada em face das diversas diligências que necessitam de ser realizadas em sede de

fiscalização, em especial: a) A análise dos documentos recolhidos em sede de fiscalização; b) A análise dos

extractos bancários relativas às contas-cliente; c) A elaboração do relatório final de fiscalização; poderá

desbloquear os Processos Pendentes e assegurar uma fiscalização eficaz.

Incentivando a candidatura de mais Agentes de Execução à Bolsa de Fiscalizadores da CPEE,

potenciando desta forma o aumento da capacidade de fiscalização da CPEE.

Só o efectivo financiamento da CPEE permitirá acompanhar de forma directa, imediata e eficaz a actividade

dos Agentes de Execução, e só dessa forma se conseguirá a necessária certificação da profissão e a

manutenção de padrões que permitam tornar mais eficaz a acção executiva, bem como categorizar e tipificar

as recomendações sobre a formação dos Agentes de Execução.

C.) REC. 66 DO PLENÁRIO DA CPEE - PAGAMENTO À ASSESSORIA TÉCNICA DAS COMISSÕES DE

FISCALIZAÇÃO, PELA ANÁLISE DOS ELEMENTOS RECOLHIDOS EM SEDE DE FISCALIZAÇÃO

PRESENCIAL

Para além do aumento da contrapartida financeira dos Agentes de Execução Fiscalizadores da CPEE,

considerou-se ainda essencial solicitar à CS a cabimentação de um valor para a criação e pagamento das

assessorias técnicas das Comissões de Fiscalização, legalmente previstas no n.º 3 do artigo 127.º, e no n.º 2 do

artigo 131.º, ambos do ECS, e cuja função é exactamente proceder à análise dos elementos recolhidos em

sede de fiscalização presencial (ex.: processos judiciais, extractos bancários) e à elaboração dos relatórios de

fiscalização a submeter à CPEE.

D.) REC. 67 DO PLENÁRIO DA CPEE - PAGAMENTO DE ASSESSORIA TÉCNICA PARA A ANÁLISE

DOS ELEMENTOS RECOLHIDOS EM SEDE DE FISCALIZAÇÃO ELECTRÓNICA REALIZADA AOS

626 AGENTES DE EXECUÇÃO

A assessoria técnica das Comissões de Fiscalização referida na alínea anterior seria essencial ao tratamento

dos dados recolhidos no âmbito das 626 Fiscalizações Electrónicas realizada pela CPEE no ano de

2011 (em especial, a elaboração dos respectivos relatórios), assessoria que pode ser assegurada por uma

entidade externa que possa efectuar o necessário tratamento dos dados recolhidos electronicamente, quer

actualmente por email, quer pelo SISAAE (no futuro), através da Portaria n.º 308/2011, de 21/12 e Portaria

n.º 2/2012, de 02/01, nos termos previstos no n.º 1 do artigo 131.º do ECS.

155/287

Até à data de aprovação do presente relatório anual (06/03/2012), a CPEE não obtivera a resposta da CS em

relação à proposta de financiamento feita através do seu ofício n.º 3758/2011, de 16/12/2011, nem às

Recomendações do Plenário da CPEE n.º s 65 a 67, nos termos acima expostos.

35.4. A INSUFICIÊNCIA DO SECRETARIADO - ALÍNEA C) DO ART. 3.º DO DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE

22/07

Entre Maio de 2009 e Agosto de 2010, a actividade da CPEE assentou numa única funcionária administrativa.

Após reiterados pedidos, em especial através do ofício da CPEE n.º 1550/2010, de 29 de Junho, no qual se

solicitava a afectação de 3 funcionárias para integrar o secretariado, baseando-se no acervo de competências

legais e de expediente, a CS admitiu mais uma funcionária.

O aumento de responsabilidade por parte do secretariado da CPEE, que implica um recrutamento rigoroso

pela mesma, é acompanhado pelo aumento exponencial de expediente, sendo de salientar que entre o dia

01/04/2011 e o dia 16/02/2012, a CPEE recebeu e enviou 10.255 ofícios, repartidos da seguinte forma:

a) Entre o dia 01/04/2011 e o dia 31/12/2011 – 8.457 ofícios (quase 9.000 ofícios):

- 5375 - n.º de registo de entradas;

- 3082 - n.º de registo de saídas;

b) Entre o dia 01/01/2012 e o dia 16/02/2012 – 1.798 ofícios (ou seja, cerca de 21% do total dos

ofícios referidos na alínea a) supra):

- 1215 - n.º de registo de entradas.

- 583 - n.º de registo de saídas.

Em 11/11/2011, a CS respondeu favoravelmente, concedendo na contratação de mais 2 (dois) colaboradores

com a categoria de assistentes administrativos, com contrato a prazo de 6 (seis) meses, em face do reiterado

pedido de financiamento feito pela CPEE (designadamente através do ofício da CPEE n.º 500/2011, de

04/03/2011, e através de elementos entregues aos representantes da CS na reunião que teve lugar na CPEE

no dia 05/05/2011) – cfr. ofício da CS n.º 4122/2011, de 11/11/2011.

Atendendo ao grau de exigência que se pretende manter no Secretariado CPEE face ao aumento exponencial

de trabalho, ao acervo de documentação a necessitar de arquivo, ao rigor no tratamento e classificação da

mesma, está em curso mas ainda não está concluído o processo de recrutamento necessário à selecção dois

funcionários para o exercício de funções de assistentes administrativos de um órgão disciplinar e de

fiscalização independente da CS, como é a CPEE.

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35.5. A FALTA DE MATERIAL INFORMATIVO E DE DIVULGAÇÃO DA CPEE - ALÍNEA F) DO ART. 2.º DO

DECRETO-LEI N.º 165/2009, DE 22/07

Ainda no âmbito da repartição de encargos financeiros entre as entidades financiadoras da CPEE, nos termos

do disposto na alínea f) do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 165/2009, de 22 de Julho, incumbe à Câmara dos

Solicitadores suportar "Encargos com material informativo e de divulgação" da CPEE.

No ano de 2009 e 1.º trimestre de 2010 foi promovida pela CS e pela DGPJ a efectiva distribuição de alguns

exemplares dos cartazes de divulgação da actividade da CPEE, por Tribunais Judiciais e Conservatórias de

Registo Comercial e Predial.

No entanto, em três anos de actividade da CPEE não foram publicados, nem distribuídos os documentos

elaborados pela Comissão para a Eficácia das Execuções que são de toda a relevância para formação dos

agentes de execução e publicitação da actividade desenvolvida pela CPEE, a saber:

Manual de Procedimentos de Fiscalização da CPEE 2009/2010;

Manual de Procedimentos de Fiscalização da CPEE 2011/2012;

Manual de Procedimentos de Apreciação Liminar e de Processo Disciplinar 2009/2010;

1.º Relatório Anual de Actividades da CPEE 2009/2010;

2.º Relatório Anual de Actividades da CPEE 2010/2011;

Recomendações da CPEE 2009/2010;

Recomendações da CPEE 2011/2012

Conclusões da 1.ª Conferência Internacional "Promover a Eficácia das Execuções" – Junho 2010;

Conclusões da 2.ª Conferência Internacional "Promover a Eficácia das Execuções" e Workshop “As boas

Práticas na Actividade do Agente de Execução” – Setembro 2011.

Não obstante a inexistência de publicações promovidas pela CS, através de edição impressa, a CPEE

procedeu à divulgação de todas as suas publicações, através da sua publicitação no seu sítio na Internet, e

através da impressão de exemplares, encadernados a quente ou com argolas.

157/287

36. A NECESSIDADE DE MELHORIA DO ACESSO AO SISAAE

Desde 09/04/2010 que a CPEE acede ao SISAAE através de um perfil próprio mediante a introdução de

uma palavra-chave que lhe foram atribuídas pela CS.

A criação de um perfil próprio da CPEE no SISAAE permite-lhe consultar os processos executivos a cargo

dos vários Agentes de Execução e as comunicações electrónicas disponíveis em cada processo judicial

realizadas entre o Agente de Execução, as partes, o Tribunal e outras entidades.

Em 20/07/2011 a CS disponibilizou à CPEE outra ferramenta electrónica no SISAAE que lhe permite

comunicar electronicamente com os Agentes de Execução mediante o envio de emails, ofícios e outra

documentação através do SISAAE, onde ficam registadas as comunicações referidas, tendo os membros do

Grupo de Gestão da CPEE recebido formação sobre esta nova funcionalidade nesta mesma data.

Por sua vez, desde 11/11/2011 que a CS disponibilizou à CPEE um novo sistema de pesquisa dos processos

judiciais a cargo dos Agentes de Execução, possibilitando que a CPEE pesquisasse os processos judiciais não

só através da introdução do número do processo judicial mas também através da introdução do nome do

Agente de Execução ou da sua cédula profissional, obtendo desta forma o acesso a todos os processos

judiciais que cada Agente de Execução tem a seu cargo e o seu número total.

Para além disso, em Janeiro de 2012 a CS disponibilizou à CPEE uma nova funcionalidade “Cadastro” que

ainda se encontra em fase de aperfeiçoamento e que permite consultar o registo dos processos disciplinares

instaurados contra determinado Agente de Execução nos vários órgãos da CS e na CPEE e conhecer as penas

disciplinares respectivamente aplicadas.

Em suma, à data do presente relatório de actividades a CPEE dispõe de um perfil próprio no SISAAE que

lhe permite realizar as seguintes tarefas:

a) Aceder aos processos judiciais e à respectiva informação registada no SISAAE, mediante uma

pesquisa por número do processo judicial;

b) Aceder a todos os processos judiciais que se encontram a cargo de um determinado Agente de

Execução, mediante uma pesquisa por nome do Agente de Execução ou por cédula profissional;

c) Aceder ao número total de processos judiciais a cargo de cada Agente de Execução;

d) Aceder ao registo dos processos disciplinares em curso contra um determinado Agente de Execução

bem como conhecer as penas disciplinares respectivamente aplicadas.

158/287

Contudo, importa referir que com a publicação da Portaria n.º 2/2012, de 2 de Fevereiro, que regula o acesso

da CPEE aos sistemas electrónicos CITIUS e SISAAE com os seguintes objectivos:

a) Destina -se a agilizar o exercício das competências que lhe são legalmente atribuídas em matéria

disciplinar e de fiscalização do agente de execução, permitindo:

b) Consultar a tramitação processual e respectivo histórico;

c) Obter as informações estritamente necessárias sobre a actividade dos agentes de execução;

d) Executar electronicamente as suas decisões;

e) Comunicar electronicamente com o tribunal, com as partes que pratiquem actos por via electrónica e

com os agentes de execução.

foram definidas novas permissões de acesso da CPEE a mais informação constante dos sistemas informáticos

referidos o que implica o desenvolvimentos de novas funcionalidades ou a sua adaptação tanto no CITIUS

como no SISAAE, as quais serão disponibilizadas de forma faseada e nos termos do artigo 17.º da Portaria

n.º 2/2012, de 2 de Fevereiro que define uma entrada em vigor faseada dos preceitos da Portaria, estipulando

três datas de entrada em vigor, a saber:

a) 30/01/2012;

b) 30/03/2012;

c) 29/06/2012;

Assim, neste momento a CPEE ainda não tem acesso ao SISAAE para executar as suas deliberações e para

aceder a um conjunto de informações disponibilizadas de forma agregada e que se encontra prevista na

Portaria n.º 2/2012, de 2 de Fevereiro (cfr. ANEXO XIV), destacando-se as seguintes:

a) Para efeitos de instrução do procedimento conducente à emissão de parecer da CPEE quanto à

reinscrição como agente de execução, o SISAAE disponibiliza a seguinte informação: (i) A data em

que o agente de execução cessou funções; (ii) O número de processos disciplinares pendentes em

relação ao requerente, enquanto agente de execução; (iii) O registo das penas disciplinares aplicadas

ao requerente, enquanto agente de execução. (artigo 4.º);

b) Para efeitos de instrução do procedimento relativo à decisão da CPEE acerca dos pedidos de

suspensão de nomeação para novos processos judiciais formulados pelos agentes de execução,

durante determinado período de tempo, o SISAAE disponibiliza o número de dias em que o agente

de execução esteve suspenso de ser nomeado para novos processos (artigo 5.º);

c) O envio dos requerimentos pelos agentes de execução à CPEE e a notificação das decisões da CPEE

ao agente de execução, efectuam-se por via electrónica através do SISAAE;

159/287

d) Para efeitos de instrução do procedimento subjacente à decisão dos pedidos de escusa dos agentes de

execução ou sobre questões relacionadas com impedimentos e suspeições dos agentes de execução,

os sistemas de informação disponibilizam as datas de designação do agente de execução e de

disponibilização de acesso por este ao processo (artigo 6.º);

e) Para efeitos de instrução do procedimento relativo à destituição de agentes de execução, o SISAAE

disponibiliza a informação constante do processo de execução em causa, o registo de cada diligência,

notificação e acto processual praticados pelo agente de execução cuja destituição está em causa,

incluindo as datas de recepção no processo judicial das comunicações do agente de execução

dirigidas ao tribunal e de recepção das comunicações pelo agente de execução no SISAAE (artigo

7.º);

f) Para efeitos de aplicação de medidas cautelares aos agentes de execução em sede de processo

disciplinar, em especial, a suspensão preventiva de funções e o bloqueio dos movimentos a débito

das contas -clientes, o SISAAE disponibiliza a seguinte informação: (i) A conta -corrente

discriminada de cada processo de execução; (ii) Em cada processo de execução, os movimentos

efectuados na conta -cliente dos exequentes, contendo todas as quantias recebidas e destinadas a

preparos, despesas e honorários do agente de execução arguido; (iii) Em cada processo de execução,

os movimentos efectuados pelo agente de execução arguido na conta–cliente dos executados,

contendo todas as quantias recebidas e destinadas ao pagamento da quantia exequenda e demais

encargos com o processo; (iv) Os movimentos efectuados na conta-cliente dos exequentes e na

conta-cliente dos executados, pelo agente de execução arguido (artigo 8.º);

g) Para efeitos de instrução dos processos disciplinares dos agentes de execução e aplicação das

respectivas penas disciplinares, o SISAAE disponibiliza: (i) O registo de cada diligência, notificação e

acto processual praticado pelo agente de execução arguido em cada processo de execução, incluindo

as datas de recepção das comunicações pelo agente de execução no SISAAE; (ii) A data em que o

agente de execução cessou funções; (iii) O número de processos disciplinares pendentes na Câmara

dos Solicitadores em relação ao agente de execução arguido; (iv) O registo das penas disciplinares

aplicadas ao agente de execução arguido (artigo 9.º);

h) Para efeitos de fiscalização dos agentes de execução, o SISAAE disponibiliza (i) Em cada processo de

execução a cargo do agente de execução fiscalizado, o registo de cada diligência, notificação e acto

processual por si praticados, incluindo as datas de recepção das comunicações pelo agente de

execução no SISAAE; (ii) A conta -corrente discriminada de cada processo de execução a cargo do

agente de execução fiscalizado; (iii) Em cada processo de execução, os movimentos efectuados na

conta -cliente dos exequentes, contendo todas as quantias recebidas e destinadas a preparos, despesas

e honorários do agente de execução fiscalizado; (iv) Em cada processo de execução, os movimentos

160/287

efectuados na conta -cliente dos executados, contendo todas as quantias recebidas e destinadas ao

pagamento da quantia exequenda e demais encargos com o processo; (v) Todos os movimentos

efectuados pelo agente de execução fiscalizado na conta -cliente dos exequentes e na conta -cliente

dos executados; (vi) A lista de todos os processos de execução em que o agente de execução em

causa foi substituído (artigo 10.º);

i) Execução das deliberações da CPEE relativas à suspensão de nomeação de Agentes de Execução

para novos processos judiciais (artigo 5.º), aos pedidos de verificação de situações de impedimentos,

escusas e suspeições dos Agentes de Execução (artigo 6.º), à destituição de agentes de execução num

determinado processo de execução (artigo 7.º), à decisão de aplicação pela CPEE da medida cautelar

de suspensão preventiva de funções de agente de execução por mais de 10 dias (artigo 8.º) e à

aplicação de penas disciplinares (artigo 9.º).

161/287

PARTE VII

CONCLUSÕES

No final do terceiro ano de actividade, aquando da apresentação das actividades desenvolvidas quer pelo

Plenário, quer pelo Grupo de Gestão, importa verificar, como primeiro balanço, o cumprimento do exercício

de auto-responsabilização que consta do Programa de Acção da CPEE 2009-2012. Importará analisar, por

referência a cada um dos três objectivos definidos no mesmo, as medidas concretas, tendo em vista os

resultados a atingir fixados, que já foram realizadas e aquelas que ainda terão de ser colocadas em prática

durante a vigência do Programa de Acção (triénio 2009-2012).

37. OBJECTIVO I

Atenta a actividade desenvolvida pela CPEE neste terceiro ano de actividades (Abril de 2011 a Fevereiro de

2012), importa agora verificar, no âmbito do OBJECTIVO I da actividade da CPEE: “PROMOVER A

EFICÁCIA DAS EXECUÇÕES: CELERIDADE E EFICIÊNCIA, ATRAVÉS DO PROCESSO ELECTRÓNICO”, os

resultados que neste terceiro ano de funcionamento da Comissão já foram alcançados.

No que se refere às medidas já implementadas no terceiro ano de actividade, no âmbito do Resultado a

atingir I.1. A melhoria da eficácia através da participação de todos os intervenientes na Justiça (cfr.

Programa de Acção e Linhas de Orientação da CPEE 2009-2012) elencam-se as seguintes:

Monitorização periódica da acção executiva, aproveitando o contributo de cada um dos membros

da CPEE, e a análise de conjunto que daí resulta;

Recolha dos dados necessários à análise anual pelo Plenário das execuções iniciadas, findas e

paradas;

Recolha dos dados e informação relevante sobre a actividade dos Agentes de Execução com vista a

obter as causas de pendência processual e a contribuir para a diminuição da pendência processual;

Incentivo aos Agentes de Execução a extinguir os processos executivos quando já não há bens

penhoráveis, eliminando-se as falsas pendências processuais;

Obtenção do número total de processos executivos que se encontram sem qualquer tramitação há

mais de 3 meses;

Publicação e monitorização da entrada em funcionamento da Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro,

que regula o acesso electrónico da CPEE ao CITIUS e ao SISAAE;

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Aprovação do relatório anual de actividades da CPEE, com discussão e aprovação pelo Plenário,

com base nos dados obtidos através da monitorização da acção executiva, quanto a

intervenções/alterações legislativas entendidas como justificadas;

Emissão de 105 recomendações sobre a eficácia das execuções e a formação dos agenets de

execução;

Implementação de metodologias de recolha de dados tendo em vista a emissão de recomendações

sobre a eficácia das execuções, aproveitando o contributo de todos os membros do Plenário da

CPEE;

Estabelecimento de acordos de colaboração e protocolos de cooperação com todas as entidades

que possam promover a eficácia das execuções (refira-se, designadamente, o celebrado com o

Colégio de Especialidade dos Agentes de Execução e os protocolos celebrados com os

Departamentos de Investigação Penal de Lisboa, Coimbra e Porto).

Como medidas ainda a implementar durante a vigência do actual Programa de Acção e Linhas de Orientação da

CPEE 2009-2012, no que se refere ao Resultado a atingir I.1. A melhoria da eficácia através da participação de todos os

intervenientes na Justiça elencam-se as seguintes:

Continuação da promoção da celeridade processual através de pedidos de esclarecimentos e

informações às entidades competentes sempre que o processo se encontrar parado por causas

imputáveis às mesmas;

Continuação da emissão de pareceres e sugestões quanto a actos legislativos e regulamentares

(sempre que solicitador pelo legislador ou quando a CPEE entenda necessário emitir parecer

porque a matéria justifica);

Implementação da Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro, que regula o acesso electrónico da CPEE

ao CITIUS e ao SISAAE;

Continuação do incentivo e acompanhamento dos Agentes de Execução na extinção dos processos

executivos quando já não há bens penhoráveis, eliminando-se as falsas pendências processuais, e a

recolher novos dados sobre a matéria;

Divulgação e Publicação dos resultados da implementação da simplificação da acção executiva

(tempo de demora dos actos, número de participações de agentes de execução, número de agentes

de execução livremente destituídos pelo exequente, tempo médio da execução desde a sua entrada

até à sua extinção, número de adesões aos planos de pagamento, etc.);

Monitorização periódica da acção executiva, aproveitando o contributo de cada um dos membros

da CPEE, e a análise de conjunto que daí resulta;

163/287

Recolha dos dados necessários à análise anual pelo Plenário das execuções iniciadas, findas e

paradas;

Continuação da cooperação com a CEPEJ e a UIHJ tendo em vista a promoção da eficácia das

execuções em Portugal;

Início da cooperação com a Agência de Supervisão Financeira dos Agentes de Execução da

Holanda (Bureau Financieel Toezicht).

No que se refere às medidas já implementadas no terceiro ano de funcionamento, no âmbito do

Resultado a atingir I.2. Aumentar a qualidade e a exigência da formação inicial e contínua dos

agentes de execução (Cfr. Programa de Acção e Linhas de Orientação da CPEE 2009-2012) elencam-se as

seguintes:

Preparação dos documentos e realizar as diligências para a emissão de recomendações sobre a

formação dos agentes de execução.

Escolha e designação da entidade externa e independente responsável pela elaboração do exame de

admissão ao 3.º estágio de Agentes de Execução e pela avaliação final dos Agentes de Execução

estagiários.

Ainda a implementar durante a vigência do actual Programa de Acção e Linhas de Orientação da CPEE 2009-

2012, e por referência ao Resultado a atingir I.2. Aumentar a qualidade e a exigência da formação

inicial e contínua dos agentes de execução elencam-se as seguintes:

Preparação dos documentos e realizar as diligências necessárias à divulgação/publicação dos

resultados da implementação da simplificação da acção executiva (tempo de demora dos actos,

número de participações de agentes de execução, número de agentes de execução livremente

destituídos pelo exequente, tempo médio da execução desde a sua entrada até à sua extinção,

número de adesões aos planos de pagamento, etc.);

Continuação da cooperação com a CEPEJ e a UIHJ, e início da cooperação com a Agência de

Supervisão Financeira dos Agentes de Execução da Holanda (Bureau Financieel Toezicht) tendo em

vista a dignificação da profissão de Agente de Execução enquanto profissional liberal sujeito a um

rigoroso estatuto público, de molde a que actue no estrito cumprimento da lei, com imparcialidade

e isenção, assegurando o equilíbrio entre as garantias processuais das partes.

Implementação de uma notificação aos agentes de execução, de forma automática e electrónica,

sempre que o processo executivo estiver parado mais de 40 dias, decorrente das medidas

operacionais em curso inerentes à aplicação da Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro.

164/287

38. OBJECTIVO II

Atenta a actividade desenvolvida pela CPEE neste terceiro ano de actividades, importa agora verificar, no

âmbito do Objectivo II da actividade da CPEE “CONTRIBUIR PARA O AUMENTO DO NÍVEL DE

FORMAÇÃO TÉCNICA E DEONTOLÓGICA DOS AGENTES DE EXECUÇÃO, REFORÇANDO A SUA

DISCIPLINA E PROMOVENDO A DINAMIZAÇÃO DO E-AGENTE DE EXECUÇÃO”, os resultados já atingidos,

neste terceiro ano de funcionamento da Comissão:

Como medidas já implementadas no terceiro ano de funcionamento, no que se refere ao Resultado a

atingir II.1. Aumentar a transparência da actividade, a qualidade e a exigência da formação inicial e

contínua dos agentes de execução (Cfr. Programa de Acção e Linhas de Orientação da CPEE 2009-2012)

elencam-se as seguintes:

Definição do número de candidatos a admitir no 3.º estágio de agente execução;

Aprovação do relatório com os critérios de selecção da entidade externa e independente responsável

pela elaboração do exame de admissão a estágio e pela avaliação do trabalho desenvolvido pelo

agente de execução estagiário durante o estágio referente ao 3.º estágio

Continuação da divulgação das “Perguntas Frequentes” (FAQ) acerca da CPEE, e de “Perguntas

Frequentes” (FAQ) acerca da Acção Executiva em http://www.cpee.pt e ainda do "Manual de

Perguntas e Respostas sobre a Acção Executiva" que foi elaborado pela DGPJ e pela CPEE;

Continuação do estabelecer intercâmbios de informação em http://www.cpee.pt mediante a divulgação

das actividades desenvolvidas no estrangeiro, designadamente pela CEPEJ - Comissão Europeia para

a Eficácia da Justiça (CEPEJ) - e pelos Huissiers de Justice, mormente pela União Internacional dos

Huissiers de Justice, das participações da Presidente da Comissão em conferências de cariz nacionais e

internacional e bem assim de opiniões e relatórios importantes relacionados com a actividade das

referidas entidades e da CPEE, divulgando estudos de direito comparado com base na troca de

experiência e informação;

Emissão de parecer acerca da reinscrição ou registo como agente de execução;

Decisão dos pedidos dos agentes de execução de suspensão de aceitar novos processos; decidindo os

pedidos de escusa, os impedimentos e suspeições dos agentes de execução;

Promoção de acções de formação contínuas, apoiadas, acompanhadas e eventualmente participadas

por elementos da CPEE;

Organização de acções de formação e conferências que contem com a presença de representantes de

entidades nacionais e internacionais homólogas à CPEE e à CS, reforçando a cooperação

internacional com entidades homólogas da CPEE ou que partilham os mesmos objectivos.

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Realização de um exame de avaliação e selecção dos Agentes de Execução Liquidatários, em

colaboração com a Câmara dos Solicitadores

Como medida ainda a implementar durante a vigência do actual Programa de Acção e Linhas de Orientação da

CPEE 2009-2012, no que se refere ao Resultado a atingir II.1. Aumentar a transparência da actividade,

a qualidade e a exigência da formação inicial e contínua dos agentes de execução, elenca-se a seguinte:

Elaboração e divulgação pela CPEE de um Prémio “Boas Práticas da Actividade do Agente de Execução”;

Como medidas já implementadas no terceiro de funcionamento, no que se refere ao Resultado a atingir

II.2. Melhoria do grau de cumprimento da lei, das normas éticas, deontológicas e disciplinares pelos

agentes de execução (Cfr. Programa de Acção e Linhas de Orientação da CPEE 2009-2012) destacam-se as

seguintes:

Colocação em discussão pública, no sítio da CPEE na Internet, disponível em http://www.cpee.pt

(no campo denominado “CPEE-Audição Pública”), dos princípios gerais do Manual de Boas Práticas do

Agente de Execução e do Código Deontológico do Agente de Execução;

Divulgação no sítio da CPEE na Internet das informações referentes ao 1.º, 2.º e 3.º estágios de

agentes de execução;

Promoção da elaboração de manuais de boas práticas, tendo em vista a melhoria da qualidade do

serviço prestado pelo agente de execução.

Como medida ainda a implementar durante a vigência do actual Programa de Acção e Linhas de Orientação da

CPEE 2009-2012, no que se refere ao Resultado a atingir II.2. Melhoria do grau de cumprimento da lei,

das normas éticas, deontológicas e disciplinares pelos agentes de execução, elenca-se a seguinte:

Publicação pela CPEE de um Manual de Boas Práticas/ de Conduta/ de um Código de Ética, cuja

elaboração está a concluir-se, uma vez que as “Linhas Gerais do Manual de Boas Práticas do Agente de

Execução” foram divulgadas em http://www.cpee.pt num campo específico denominado “CPEE-Audição

Pública”.

No que se refere às medidas já implementadas no terceiro ano de actividade, no âmbito do Resultado a

atingir II.3. Detecção e punição em tempo útil do incumprimento das normas legais e estatutárias

pelo agente de execução, e sua eficiente fiscalização e inspecção (cfr. Programa de Acção e Linhas

de Orientação da CPEE 2009-2012) elencam-se as seguintes:

Adopção de planos de fiscalização ordinária dos agentes de execução, designadamente o início da

fiscalização ordinária electrónica, à distância, de todos os agentes de execução;

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Continuação da divulgação das FAQ sobre as suas competências e ainda sobre a acção executiva, em

http://www.cpee.pt, a CPEE fomentou o conhecimento pelos cidadãos e pelas empresas da sua

actividade e da actividade do agente de execução.

Publicação da Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro, no âmbito da qual se prevê o acesso da CPEE a

um conjunto de informação essencial para a fiscalização e para o exercício da competência disciplinar

da CPEE, mediante o acesso ao CITIUS e SISAAE.

Como medidas ainda a implementar durante a vigência do actual Programa de Acção e Linhas de Orientação da

CPEE 2009-2012, no que se refere ao Resultado a atingir II.3. Detecção e punição em tempo útil do

incumprimento das normas legais e estatutárias pelo agente de execução elencam-se as seguintes:

Implementação da Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro, na parte em que prevê a desmaterialização

dos procedimentos de decisão das competências da CPEE que asseguram ao agente de execução um

processo disciplinar e de fiscalização mais célere, no âmbito de uma aplicação informática eficaz, que

permita a comunicação electrónica entre a CPEE;

Continuação da divulgação em http://www.cpee.pt com carácter regular, das violações da lei detectadas

e as sanções disciplinares aplicadas (cuja publicidade se encontre prevista);

Execução da Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro, no âmbito da qual se prevê o acesso da CPEE a

um conjunto de informação essencial para a fiscalização e para o exercício da competência disciplinar

da CPEE, mediante o acesso ao CITIUS e SISAAE.

Como medidas ainda a implementar durante a vigência do actual Programa de Acção e Linhas de Orientação da

CPEE 2009-2012, no que se refere ao Resultado a atingir II.4. E-Agente de Execução elencam-se as

seguintes:

Implementação da Portaria n.º 2/2012, de 2 de Janeiro, na parte respeitante à desmaterialização dos

processos disciplinares e das fiscalizações e dos restantes procedimentos de decisão das competências

da CPEE;

Possibilidade de a CPEE comunicar com os Agentes de Execução e executar as suas decisões através

do SISAAE, enviando notificações electrónicas através deste sistema, concretizando assim a Portaria

n.º 2/2012, de 2 de Janeiro;

Participação da CPEE em acções de formação sobre o SISAAE tendo em vista a sua promoção e

incentivar a respectiva utilização junto dos agentes de execução.

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39. OBJECTIVO III

Atenta a actividade desenvolvida pela CPEE neste terceiro ano de actividade, importa agora verificar, no

âmbito do Objectivo III da actividade da CPEE “ASSEGURAR A DIVULGAÇÃO DA CPEE E PROMOVER A

SUA ACTUAÇÃO ATRAVÉS DE MEIOS ELECTRÓNICOS (E-CPEE), TORNANDO-A O ELO DE LIGAÇÃO

ENTRE OS OPERADORES JUDICIÁRIOS, OS CIDADÃOS E AS EMPRESAS”, os resultados a atingir que, neste

terceiro ano de funcionamento da Comissão, foram cumpridos.

Assim, a CPEE, na qualidade de órgão novo ao serviço da Justiça, procurou orientar a sua actuação,

também no sentido de divulgar e aproximar a actividade da CPEE aos operadores judiciários (maxime, os

agentes de execução) e aos cidadãos e empresas, para que estes possam dirigir-se à CPEE sempre que

entendam conveniente, constituindo um canal de comunicação entre a CPEE e os utentes da Justiça e o

tecido económico, tendo em vista reforçar a confiança na Justiça e contribuir para a definição de soluções

que promovam a eficácia das execuções.

Reflexo dos nossos esforços e do interesse crescente da matéria (até ao nível do Memorando de

Entendimento celebrado entre o Governo Português e a CE-BCE-FMI, a actividade da Comissão

tem sido reconhecido pela opinião pública, assim permitindo atingir o objectivo traçado.

Como medidas já implementadas no terceiro ano de actividade, no que se refere ao Resultado a atingir

III.1. Promover a E-CPEE e a sua divulgação (Cfr. Programa de Acção e Linhas de Orientação da CPEE 2009-

2012) elencam-se as seguintes:

Manutenção e melhorias no sítio da CPEE na Internet – http://www.cpee.pt -, através do qual se faz a

divulgação da actividade da CPEE, de forma transparente, designadamente, a publicitação do

calendário das reuniões e deliberações da CPEE, de documentos relevantes elaborados pela

Comissão no exercício da sua actividade, de acontecimentos com especial relevo para esta área;

Manutenção em http://www.cpee.pt de uma área de acesso restrito aos Membros do Plenário da CPEE

para acompanhamento dos trabalhos da CPEE;

Manutenção em http://www.cpee.pt de uma área de acesso restrito aos Membros do Grupo de Gestão da

CPEE, para acompanhamento dos trabalhos da CPEE;

Continuação da publicitação das publicações da CPEE em http://www.cpee.pt;

Divulgação da CPEE através da sua participação em conferências, seminários e outros eventos.

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Como medida ainda a implementar durante a vigência do actual Programa de Acção e Linhas de Orientação da

CPEE 2009-2012, no que se refere ao Resultado a atingir III.1. Promover a E-CPEE e a sua divulgação

elenca-se a seguinte:

Divulgação da CPEE mediante pequeno anúncio radiofónico e/ou televisivo.

No que se refere às medidas já implementadas no terceiro ano de actividade, no âmbito do Resultado a

atingir III.2. Reforçar o elo de ligação entre a CPEE, os cidadãos e as empresas (Cfr. Programa de Acção

e Linhas de Orientação da CPEE 2009-2012) elencam-se as seguintes:

Continuação da divulgação em http://www.cpee.pt de informação relevante para os cidadãos e as

empresas, numa linguagem clara (sem a complexidade própria da linguagem técnico-jurídica), como

sejam as respostas a FAQ acerca da CPEE e a FAQ acerca da Acção Executiva.

Como medidas ainda a implementar durante a vigência do actual Programa de Acção e Linhas de Orientação da

CPEE 2009-2012, no que se refere ao Resultado a atingir III.2. Reforçar o elo de ligação entre a CPEE,

os cidadãos e as empresas elenca-se a seguinte:

Promoção e realização de sessões de debate periódicas, fechadas e abertas ao público, visando

abarcar as diferentes sensibilidades e preocupações daqueles que são representados pelos membros

do Plenário da CPEE – incentivar a efectiva participação e divulgação desses eventos através de cada

membro do Plenário, consoante os temas e o público-alvo em causa;

Realização de inquéritos periódicos aos utentes da acção executiva (particulares e profissionais do

foro), para avaliar o grau de satisfação quanto ao novo sistema de execuções;

Realização de inquéritos periódicos aos utentes da acção executiva (particulares e profissionais do

foro), para avaliar o grau de satisfação em relação à actividade desempenhada pelo agente de

execução.

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40. A URGENTE NECESSIDADE DE APOIO FINANCEIRO À CPEE PELO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E

CÂMARA DOS SOLICITADORES - AS DIRECTRIZES CE-BCE-FMI

Conforme referido no Ponto 33 da Parte VI do presente Relatório, o Grupo de Gestão da CPEE pode

ser assessorado por peritos ou técnicos por si escolhidos, a recrutar dentro da dotação máxima anual

que for fixada por despacho conjunto dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das

Finanças e da Justiça – cfr. o n.º 3 do artigo 69.º- F do ECS.

Em 2009, através da publicação do Despacho n.º 386/2010, de 7 de Janeiro, que determinou a atribuição de

€44.800,00, foi assegurada a assessoria técnica do Grupo de Gestão da CPEE para esse ano.

No entanto, as verbas solicitadas para os anos de 2010 e 2011 não foram objecto de emissão do competente

despacho, sendo que até à data da elaboração do presente Relatório a fixação da verba destinada para o ano

de 2012 ainda não foi objecto de despacho favorável, tendo a CPEE recebido no dia 19/09/2011 o ofício n.º

103, de 16/09/2011, (Referência P.º 1986/2008), do Gabinete do Secretário de Estado da Administração

Patrimonial e Equipamentos do Ministério da Justiça, no qual se podia ler a transcrição do despacho

proferido por S. Exa. o Secretário de Estado da Administração Patrimonial e Equipamentos do

Ministério da Justiça, datado de 14/09/2011, relativo ao pedido da dotação financeira para o

recrutamento de assessores CPEE:

“Tendo em conta as limitações orçamentais para 2012, e considerando o presente parecer e o facto da acção executiva se

encontrar em reavaliação no âmbito da Comissão da Reforma do Processo Civil; considerando o valor referência anual

constante do Relatório Intercalar de Abril de 2011 proferido pelo Conselho Superior da Magistratura e em face da difícil

conjuntura económica e do propósito de redução de despesas em sede, particularmente, contratação de recursos humanos,

considero não se justificar a contratação de peritos e técnicos para assessoria.”

A falta de emissão de tais despachos coloca em causa o normal funcionamento da CPEE, atenta, desde logo,

a crescente solicitação da intervenção desta Comissão ao nível da análise das participações recebidas na

CPEE, da instrução dos processos disciplinares e da elaboração e análise dos relatórios das diligências de

fiscalização aos escritórios dos agentes de execução, sem esquecer a colaboração que a CPEE presta ao nível

da formação dos Agentes de Execução e da sua participação em grupos de trabalho relacionados com a

eficácia da Justiça, como se demonstrou no Ponto 33 da Parte VI do presente Relatório.

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Importa realçar que o exercício das competências cometidas ao Grupo de Gestão da CPEE com qualidade,

eficiência e celeridade estão também dependentes do apoio financeiro prestado à CPEE, nomeadamente ao

nível do recrutamento de assessores e/ou peritos para o apoio do exercício das competências do Grupo de

Gestão. Assinale-se que o recrutamento aqui em causa não implica a “contratação de peritos e técnicos” nos termos

da legislação aplicável aos trabalhadores que exercem funções públicas, porquanto a CPEE não dispõe de

quadro de pessoal, mas depende, anualmente, da emissão de um despacho conjunto dos membros do

governo responsáveis pela justiça e finanças que fixaria a dotação financeira da assessoria técnica do Grupo

de Gestão da CPEE.

Sendo evidente o relevo que as competências atribuídas à CPEE em matéria de disciplina e fiscalização dos

Agentes de Execução e de eficácia das acções executivas representam para o tecido económico-social, uma

adequada dotação de meios daqueles que exercem esta missão, em especial quando tal dotação encontra plena

habilitação legal, fortemente sufragada por uma ampla maioria parlamentar que entendeu que este seria um

relevante instrumento para aumento da eficácia das execuções, representa um retorno para a eficácia da

Justiça e para a economia do País.

Para além do mais, a adequada dotação de meios financeiros conferiria à CPEE um reforço das suas

competências enquanto órgão democrático, pluralista e independente ao serviço da Justiça, tendo sido

inclusivamente defendido publicamente durante o ano de 2011 a urgente necessidade de reforçar os recursos

humanos da CPEE por diversas oradores e personalidades públicas e nacionais tais como S. Exa. o

Presidente do Supremo Tribunal de Justiça e do Conselho Superior da Magistratura (Noronha Nascimento),

o Presidente da União Internacional dos Huissiers de Justice e Oficiais de Justiça (Leo Netten), o 1.º Vice-

Presidente da União Internacional dos Huissiers de Justice e Oficiais de Justiça (Bernard Menut), o Professor

Doutor António Rebelo de Sousa, do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade

Técnica de Lisboa, o Professor Guillaume Payan, da Universidade de Maine, durante a 1.ª Conferência

Internacional, que decorreu nos dias 18 e 19 de Junho de 2010, em Lisboa

(http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/CONCLUSOES_da_CONFERENCIA_INTERNACIONAL_CPEE

_JUNHO_2010.pdf), e o Desembargador do Tribunal da Relação de Lisboa, Juiz Paulo Rijo Ferreira, no

âmbito da 2.ª Conferência Internacional, que ocorreu nos dias 23 e 24 de Setembro de 2011, em Espinho

(http://www.cpee.pt/media/uploads/pages/CONCLUSOES_2_CONFERENCIA_INTERNACIONAL_WORK

SHOP_CPEE_SETEMBRO_2011.pdf ).

171/287

Em relação à CS, tal como enunciado no Ponto 35, supra, em sede de fiscalização e de apoio de

secretariado da CPEE, entendemos que importa colocar em prática as directrizes enunciadas no

ofício da CS n.º 412/2011, de 11/11/2011, em síntese:

a) RECOMENDAÇÕES DO PLENÁRIO DA CPEE:

REC. 65 - Pagamento aos Agentes de Execução Fiscalizadores pela análise dos elementos

recolhidos em sede de fiscalização presencial e pela elaboração dos relatórios de fiscalização

a submeter à CPEE – 94 Fiscalizações Pendentes de análise/elaboração de relatórios;

REC. 66 - Pagamento à assessoria técnica das Comissões de Fiscalização, pela análise dos

elementos recolhidos em sede de fiscalização presencial;

REC. 67 - Pagamento de assessoria técnica para a análise dos elementos recolhidos em sede

de fiscalização electrónica realizada aos 626 Agentes de Execução – 626 Fiscalizações

Pendentes de análise/elaboração de relatórios;

b) Melhoria de acesso ao SISAAE – retirar as potencialidades e virtualidades da realização pela CPEE

de uma eficaz fiscalização das contas-clientes/Processos Judiciais (conciliação bancária) dos Agentes

de Execução via SISAAE;

c) Pagamento das 100 Fiscalizações Presenciais planeadas para o ano de 2012, de forma justa e

adequada, actualizando-se os valores do Regulamento da CS de 2007;

d) Contratação de mais 2 administrativos para o secretariado da CPEE.

Por último, acresce que os representantes da CE-BCE-FMI entenderam igualmente ser essencial

dotar a CPEE de meios financeiros adequados, tal como se pode ler nos pontos 7.3 e 37 dos

Relatórios da 1.ª e 2.ª Avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira - Memorando

de Entendimento celebrado entre o Estado Português e a Comissão Europeia, o Banco Central

Europeu e o Fundo Monetário Internacional, a saber:

Ponto 7.3. do Relatório da 1.ª Avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira -

Memorando de Entendimento celebrado entre o Estado Português e a Comissão Europeia, o Banco

Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional

“7.3. Given the pivotal role of enforcement agents in the debt enforcement process, strengthen the legal and

institutional framework in line with international practice with a particular focus on the

financing structure and authority of the oversight body, including adopting a decree-law by

end December 2011 to ensure the oversight body’s full access to the enforcement case files”.

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Ponto 7.3. do Relatório da 2.ª Avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira -

Memorando de Entendimento celebrado entre o Estado Português e a Comissão Europeia, o Banco

Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional

“7.3 Strengthen the legal and institutional framework for enforcement agents in line with international practice with a

particular focus on the financing structure and authority of the oversight body.

Adopt a regulation by end-December 2011 to ensure the oversight body’s full access to the enforcement case files.

To improve the legal and institutional framework for the enforcement agents, prepare an action plan by end-February

2012 to:

i) identify measures over the next twelve months to achieve the objectives of strengthening the authority and financing structure of the oversight body and enhancing the accountability of enforcement agents, and

ii) include an analysis of the feasibility of a fee structure that incentivizes speedy enforcement. In addition, make the oversight body’s full access to the enforcement case files, including financial data operational by 15

March 2012”.

Ponto 37 do Relatório da 2.ª Avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira -

Memorando de Entendimento celebrado entre o Estado Português e a Comissão Europeia, o Banco

Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional

“37. We are implementing targeted measures to achieve a steady reduction of the backlogged enforcement cases.

An inter-agency task force will be established by en-November 2011 to set quarterly targets for closing enforcement cases

and prepare quarterly reports on implementation status, with the first report to be completed by February, 15 2012. To

improve the legal and institutional framework for enforcement agents, we will prepare an action plan by end-February

2012 to: (i) identify measures over the next twelve months to achieve the objectives of strengthening the authority and

financing structure of the oversight body and enhancing the accountability of enforcement agents, and (ii) include an

analysis of the feasibility of a fee structure that incentivizes speedy enforcement.

In addition, the oversight body’s full access to the enforcement case files, including financial data, will become operational

by March 15, 2012”.

Por último, importa ainda assinalar as inelutáveis gravosas consequências práticas da falta de financiamento

da CPEE, em particular, para o ano de 2012, devido por um lado, à pendência acumulada devido à falta de

financiamento já durante os anos de 2010 e de 2011, e em especial, a possível/eventual prescrição de

infracções disciplinares praticadas pelos Agentes de Execução e comunicadas à CPEE no início da sua

actividade (Março de 2009).