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Comunidade Yuba e Ballet Stagium promovem integração entre grupos ARTES E ESPETÁCULOS A Comunidade Yuba, em Mirandópolis, assiste na semana que vem a espetáculos de dança de dois grupos que mostrarão, através da arte, a integração das culturas japonesa e brasileira. Em comemoração à imigração japonesa e ao aniversário da cidade, a Companhia do Balé Yuba e a Companhia do Ballet Stagium se apresentam nos dias 17 e 18, respectivamente, no Teatro Yuba. | pág 8 ANO 9 – Nº 2055 / 2052 SÃO PAULO, 10 A 13 DE JUNHO DE 2006 R$ 2,00 ASSINE AGORA (11) 3208-3977 AGENDA O 28º CONCERTO BUN- KYO AOS DOMINGOS apresenta amanhã (11), às 11h, no Pequeno Auditório do Bun- kyo, Recital de Violino e Pia- no com Ayumi Shigeta (piano) e Luiz Amato (violino). Desde que formaram o duo, em 1994, Ayumi e Luiz já se apresenta- ram em importantes salas de concerto. O Bunkyo fica na Rua São Joaquim, 381. Tel.: 11/3208-1755. Entrada franca. A FUNDAÇÃO JAPÃO apresenta hoje (10) e amanhã (11) espetáculo inédito com a flautista e ocarista Keiko Asoo e com o violonista Camilo Carrara. No repertório, can- ções tradicionais japonesas e músicas populares brasileiras e estrangeiras. Sábado, às 18h, no Restaurante Shintori (Al. Campinas, 600). Domingo, às 11h, no Espaço Cultural da Fundação Japão (Av. Paulis- ta, 37, 1º andar). Informações pelo tel.: 11/3141-0843. Entra- da franca. O NIPPON COUNTRY CLUB (NCC), em conjunto com a Comissão de Eventos, Divulgação, Integração e Pro- moção do Centenário da Imi- gração Japonesa no Brasil, pro- move, em junho, o 3º Torneio Nippon Intercolonial Poliespor- tivo e o Matsuri Night. O pri- meiro, que deve reunir cerca de 2500 atletas de todo o País, acontece entre os dias 15 e 18. Já o “Matsuri Night”, festival que simboliza uma cerimônia de agradecimento à natureza, será realizado no feriado de Corpus Christi, a partir das 18h, com Festival Gastronômico e show internacional com a can- tora Mariko Nakahira. Leia mais na pág. 3 A PREFEITURA DO CAMPUS DA USP DE RI- BEIRÃO PRETO e a Co- missão de Cultura e Extensão Universitária da FMRP promo- vem o Festival do Japão hoje (10) e amanhã (11). A festa reúne atrações como cerimô- nia do chá, shodô, sumiê, pipamodelismo e animê, acon- tece das 10h às 22h, comemo- rando também os 150 anos da cidade do interior paulista. Lo- cal: Av. Bandeirantes, 3900. A LIGA DAS ASSOCIA- ÇÕES CULTURAIS DE ASSAÍ (Laca), no Paraná, realiza a 63ª Expoasa – Expo- sição Agrícola Regional –, hoje (10) e amanhã (11). O evento, que traz também muitos estandes de maquinários, veí- culos, caminhões e motos, além de shows artísticos, acontece no Centro Poliesportivo Yonezo Ueno. Informações pelo tel.: 43/3262-1447. O INSTITUTO CULTU- RAL NIPO-BRASILEI- RO organiza neste fim de semana (10 e 11), das 10h às 20h, o 2º Festival do Japão de Campinas, na sede da enti- dade. Muitos cantores de ka- raokê, exposições culturais, shows de taikô, dança, artes marciais, origami e venda de artesanatos integram o even- to. Informações pelo tel.: 19/ 3241-1213. EVENTOS Já estão abertas as inscrições para o Concurso Miss Festival do Japão, que este ano será realizado no dia 15 de julho, no palco principal do 9º Festi- val do Japão, no Centro de Exposi- ções Imigrantes, em São Paulo. Além do concurso, o coordenador Kendi Yamai programou uma série de atra- ções musicais e culturais para animar a platéia. | pág 6 Inscrições abertas para Miss Festival do Japão ESPORTES Que tal assistir a partida entre Brasil e Japão rodeado de amigos – cerca de 400, para ser mais exato – em meio a um bate-papo enquanto belisca uns petiscos e bebe uma gelada? Essa é a proposta do Bunkyo, que no próximo dia 22 abrirá suas portas para os visitantes, ou melhor, torcedores, brasileiros e japoneses vibrarem com o jogo válido pela última rodada da fase de classi- ficação. | pág 7 Bunkyo entra no clima da Copa do Mundo ESPORTES De férias do Campeonato Brasileiro, Rodrigo Tabata disse que torcerá pelas seleções brasileira e japonesa no Mun- dial. Exatamente nessa ordem. “A parti- da entre as duas equipes vai terminar em- patada em 2 a 2, mas o Brasil ficará em primeiro no grupo e o Japão em segun- do”, prevê Tabata. | pág 7 Tabata sonha em defender a Seleção Brasileira Kinu oferece sugestão para Dia dos Namorados Na seção desta semana escolhemos a casa que tem desde o início do ano no coman- do o chef Adriano Kanashiro, o Kinu. O renomado chef inaugurou no mês passado um novo cardápio, que inclui pratos que mesclam a cozinha tradicional japonesa com um toque de criatividade da gastro- nomia contemporânea. | pág 5 RESTAURANTES MARCUS HIDE LITERATURA Em Tudo ou Nada, o autor aborda as difíceis decisões da vida, quando uma atitude define o final da história . “A vida não tem replay” e “Escolhas da vida” são capítulos do livro, escrito em linguagem simples e recheado de me- táforas ilustrativas. Shinyashiki também é autor de outras publicações, como O Sucesso é Ser Feliz, Os Donos do Futuro e Heróis de Verdade. | pág 6 Roberto Shinyashiki lança novo livro DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO REPRODUÇÃO REPRODUÇÃO

30 SETEMBRO - Jornal Nippak · 2018. 3. 18. · marciais, origami e venda de artesanatos integram o even-to. Informações pelo tel.: 19/ 3241-1213. EVENTOS Já estão abertas as

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  • Comunidade Yuba e Ballet Stagiumpromovem integração entre grupos

    ARTES E ESPETÁCULOS

    A Comunidade Yuba, em Mirandópolis, assiste na semana que vem a espetáculos de dança de dois grupos que mostrarão, através da arte, aintegração das culturas japonesa e brasileira. Em comemoração à imigração japonesa e ao aniversário da cidade, a Companhia do Balé Yubae a Companhia do Ballet Stagium se apresentam nos dias 17 e 18, respectivamente, no Teatro Yuba. | pág 8

    ANO 9 – Nº 2055 / 2052 — SÃO PAULO, 10 A 13 DE JUNHO DE 2006 — R$ 2,00

    ASSINE AGORA

    (11) 3208-3977

    AGENDA

    O 28º CONCERTO BUN-KYO AOS DOMINGOSapresenta amanhã (11), às 11h,no Pequeno Auditório do Bun-kyo, Recital de Violino e Pia-no com Ayumi Shigeta (piano)e Luiz Amato (violino). Desdeque formaram o duo, em 1994,Ayumi e Luiz já se apresenta-ram em importantes salas deconcerto. O Bunkyo fica naRua São Joaquim, 381. Tel.:11/3208-1755. Entrada franca.

    A FUNDAÇÃO JAPÃOapresenta hoje (10) e amanhã(11) espetáculo inédito com aflautista e ocarista Keiko Asooe com o violonista CamiloCarrara. No repertório, can-ções tradicionais japonesas emúsicas populares brasileirase estrangeiras. Sábado, às 18h,no Restaurante Shintori (Al.Campinas, 600). Domingo, às11h, no Espaço Cultural daFundação Japão (Av. Paulis-ta, 37, 1º andar). Informaçõespelo tel.: 11/3141-0843. Entra-da franca.

    O NIPPON COUNTRYCLUB (NCC), em conjuntocom a Comissão de Eventos,Divulgação, Integração e Pro-moção do Centenário da Imi-gração Japonesa no Brasil, pro-move, em junho, o 3º TorneioNippon Intercolonial Poliespor-tivo e o Matsuri Night. O pri-meiro, que deve reunir cercade 2500 atletas de todo o País,acontece entre os dias 15 e 18.Já o “Matsuri Night”, festivalque simboliza uma cerimôniade agradecimento à natureza,será realizado no feriado deCorpus Christi, a partir das 18h,com Festival Gastronômico eshow internacional com a can-tora Mariko Nakahira. Leiamais na pág. 3

    A PREFEITURA DOCAMPUS DA USP DE RI-BEIRÃO PRETO e a Co-missão de Cultura e ExtensãoUniversitária da FMRP promo-vem o Festival do Japão hoje(10) e amanhã (11). A festareúne atrações como cerimô-nia do chá, shodô, sumiê,pipamodelismo e animê, acon-tece das 10h às 22h, comemo-rando também os 150 anos dacidade do interior paulista. Lo-cal: Av. Bandeirantes, 3900.

    A LIGA DAS ASSOCIA-ÇÕES CULTURAIS DEASSAÍ (Laca), no Paraná,realiza a 63ª Expoasa – Expo-sição Agrícola Regional –, hoje(10) e amanhã (11). O evento,que traz também muitosestandes de maquinários, veí-culos, caminhões e motos, alémde shows artísticos, aconteceno Centro PoliesportivoYonezo Ueno. Informaçõespelo tel.: 43/3262-1447.

    O INSTITUTO CULTU-RAL NIPO-BRASILEI-RO organiza neste fim desemana (10 e 11), das 10h às20h, o 2º Festival do Japão deCampinas, na sede da enti-dade. Muitos cantores de ka-raokê, exposições culturais,shows de taikô, dança, artesmarciais, origami e venda deartesanatos integram o even-to. Informações pelo tel.: 19/3241-1213.

    EVENTOS

    Já estão abertas as inscrições para oConcurso Miss Festival do Japão, queeste ano será realizado no dia 15 dejulho, no palco principal do 9º Festi-val do Japão, no Centro de Exposi-ções Imigrantes, em São Paulo. Alémdo concurso, o coordenador KendiYamai programou uma série de atra-ções musicais e culturais para animara platéia. | pág 6

    Inscrições abertas paraMiss Festival do Japão

    ESPORTES

    Que tal assistir a partida entre Brasil e Japão rodeado de amigos – cerca de400, para ser mais exato – em meio a um bate-papo enquanto belisca unspetiscos e bebe uma gelada? Essa é a proposta do Bunkyo, que no próximodia 22 abrirá suas portas para os visitantes, ou melhor, torcedores, brasileirose japoneses vibrarem com o jogo válido pela última rodada da fase de classi-ficação. | pág 7

    Bunkyo entra no clima da Copa do Mundo

    ESPORTES

    De férias do Campeonato Brasileiro,Rodrigo Tabata disse que torcerá pelasseleções brasileira e japonesa no Mun-dial. Exatamente nessa ordem. “A parti-da entre as duas equipes vai terminar em-patada em 2 a 2, mas o Brasil ficará emprimeiro no grupo e o Japão em segun-do”, prevê Tabata. | pág 7

    Tabata sonha em defendera Seleção Brasileira

    Kinu oferece sugestão paraDia dos NamoradosNa seção desta semana escolhemos a casaque tem desde o início do ano no coman-do o chef Adriano Kanashiro, o Kinu. Orenomado chef inaugurou no mês passadoum novo cardápio, que inclui pratos quemesclam a cozinha tradicional japonesacom um toque de criatividade da gastro-nomia contemporânea. | pág 5

    RESTAURANTES

    MARCUS HIDE

    LITERATURA

    Em Tudo ou Nada, o autor aborda asdifíceis decisões da vida, quando umaatitude define o final da história . “Avida não tem replay” e “Escolhas davida” são capítulos do livro, escrito emlinguagem simples e recheado de me-táforas ilustrativas. Shinyashiki tambémé autor de outras publicações, comoO Sucesso é Ser Feliz, Os Donos doFuturo e Heróis de Verdade. | pág 6

    Roberto Shinyashikilança novo livro

    DIVULGAÇÃODIVULGAÇÃO

    REPRODUÇÃO

    REPRODUÇÃO

  • 2 JORNAL NIKKEI São Paulo, 10 a 13 de junho de 2006

    P A N O R A M AFotos: Marcus Kiyohide Iizuka

    O bairro da Liberdade e suas lojas tradicionais japonesas (2)

    EDITORA JORNALÍSTICAUNIÃO NIKKEI LTDA.

    CNPJ 02.403.960/0001-28

    Rua da Glória, 332 - LiberdadeCEP 01510-000 - São Paulo - SP

    Tel. (11) 3208-3977

    Fax (11) 32085521

    E-mail:[email protected]

    Diretor-Presidente: Raul TakakiDiretor Responsável: Daniel Takaki

    Jornalista Responsável: Takao Miyagui (Mtb. 15.167)

    Redator Chefe: Aldo ShigutiRedação: Cíntia Yamashiro, Juliana Kirihata e Gilson

    YoshiokaFotógrafo: Marcus Kiyohide Iizuka

    Publicidade:

    Tel. (11) 3208-3977 – Fax (11) 3341-6476

    Periodicidade: quarta-feira e sábado

    Assinatura semestral: R$ 80,00

    E-mail: [email protected]

    Uma mistura de peixaria,” lojas de bentô”, lembranças e papelaria, a filial Casa Ono está instalada há 35 anos na região. Especializada emrevistas de tricô, crochê, moda, atende um público de 50% descendentes e 50% não descendentes. E aluga fitas da quase extinta VHS de

    novelas, filmes e documentários, além de mangás. É conhecida também por oferecer livros de arquitetura, decoração e fotografia.Abaixo, nasfotos, Suzan Yabase e Seishi Yamashita, Sadamu Furusato (funcionário há 20 anos) e o gerente Katsumi Yamaguchi, fazendo pose.

    Na discreta fachada do sobrado da Rua Conselheiro Furtado está escrito em ideograma “Livraria Takano”. Fundada há 31 anos, diz oproprietário Taikyu Takano. Especializada nos temas de imigração japonesa e também relacionados ao Brasil, exporta para as universidades doJapão livros sobre plantas, frutas e animais. Takano também contribui com a relação do intercâmbio Brasil-Japão e a entidade Abeuni. A livraria

    é uma mistura de galeria de arte, com cerâmicas de Suzuki, Izumi, Obara e Nakatani, e pinturas como Handa, Mabe entre outros.End. Rua Conselheiro Furtado, 759 – Liberdade- SP – Tel.: 11/3209-3313

  • São Paulo, 10 a 13 de junho de 2006 JORNAL NIKKEI 3

    A Kibô-no-Iê (Casa da Es-perança), entidade localizadaem Itaquaquecetuba e que dáassistência e amparo ao defi-ciente mental e mental-físico,reuniu aproximadamente milpessoas domingo (4) no 6ºKiboi-no-Rolete. O evento éum dos calendários da entida-de e que arrecada fundos parasua manutenção. Num dia demuito sol, todos puderam apro-veitar o grande espaço dasdependências do Lar e Ofici-na Abrigada, que acolhe 80 in-ternos.

    Para o almoço, foram sa-boreados dois bois e dois por-cos assados por inteiro norolete, além das guarnições. O

    presidente, Kihatiro Kita, con-tou com o apoio de várias au-toridades, que estiveram pre-sentes, e demonstrou-se satis-feito com o sucesso, uma es-pécie de preparatória para aFesta do Verde, que reúne umpúblico dez vezes maior.

    Para animar o dia, os visi-tantes acompanharam osshows de Karen Ito, EdsonSaito, além das apresentaçõesde musicoterapia e de quadri-lha com os internos, já que aomesmo tempo se realizava aFesta Junina. Um bazar, bingos,venda de pratos típicos comopipoca, canjica e vinho quentee o Espaço Criança não falta-ram.

    EVENTO

    Mil visitantes prestigiam 6ºKiboi-no-Rolete e Festa Junina

    DIVULGAÇÃO

    Evento contou com apresentações de msucoterapia e quadrilha

    Apróxima segunda-feiraserá dia 12 de junho,Dia dos Namorados.Para quem já tem companhia,a preocupação de comprar opresente certo. Para quem estásozinho e está procurando poralguém, a preocupação decomo encontrar um amor.

    Para quem se encaixa nes-sa segunda condição e querum relacionamento sério, oEnkyo (Beneficência Nipo-Brasileira de São Paulo)disponibiliza o “Serviço de Ori-entação Matrimonial”. Apóspreencher uma ficha de cadas-tro, com informações pessoaise foto, as fichas daqueles quemais combinam com o perfildesejado pelo interessado lhesão apresentadas. SegundoHélio Kubo, psicólogo do ser-viço social do Enkyo, em tor-no de 250 pessoas estão ca-dastradas, na maioria mulhe-res, de 30 a 50 anos. Aos can-didatos a namorado(a), ele dáuma dica: “É melhor não tra-zer foto 3x4, porque não é umaboa propaganda”.

    Além das fichas, o serviçotambém promove, três vezes aoano, almoços e passeios, nosquais as pessoas possam seconhecer e, quem sabe, enga-tar um romance: “O evento éaberto ao público em geral, masevitamos um desequilíbrio naquantidade de homens e mulhe-res”, conta Kubo. Pelas con-tas do psicólogo, cerca de 10%dos casais que se conhecempelo Enkyo terminam no altar.Para ele, o que diferencia o ser-viço de um site de relaciona-mento da Internet, por exem-plo, é a seriedade. “Na Inter-net não dá para saber se as in-formações são verdadeiras ounão, é mais arriscado”, diz.

    Miai e Internet - Hélio ques-tiona a credibilidade das infor-mações passadas pela Internet.Afinal, explica, mentir é muitofácil quando se está protegidopor uma tela de computador.

    Mas, para quem tenta pro-curar alguém por esse meio,não faltam opções. Há diver-sos sites destinados a relacio-

    namentos e encontros. Umexemplo é o sitewww.nikkeiprocura.com.br.Para conversar com outraspessoas pela Internet, é preci-so preencher um cadastro ecriar um perfil, passos nãomuito diferentes daqueles se-guidos por quem utiliza o ser-viço de orientação matrimoni-al do Enkyo.

    Outra prática conhecida porquem está procurando um paré o encontro programado poramigos. Na comunidade japo-nesa, é comum encontrar ca-sais que se uniram através de“miais”, ou seja, por casamen-tos arranjados. Entre os maisvelhos, esses casamentos nãoeram somente arranjados, mastambém decididos pelos paisdos noivos.

    Luciane Sakamoto tem 17anos, e está sem namorado.“Está difícil arranjar namorado,porque sempre falta algumacoisa na pessoa. Quando nãofalta, ele não está interessado.Nunca é recíproco”, diz a estu-dante de um cursinho pré-ves-tibular. Ela já conheceu um ra-paz pela Internet, mas acha queo melhor meio de se encontraralguém é entre o grupo de ami-gos. Diferente dos avós, que seuniram graças a um casamen-to arranjado, Luciane acreditaque é preciso conhecer bem apessoa antes de casar.

    Mas, quando namora, nãopensa logo em casamento:“Você tem que tentar fazer acoisa durar. Mas que seja eter-no enquanto dure”, diz avestibulanda. Emerson Ueha-ra e Luciana Yonamine namo-ram há sete meses, mas tam-bém acham cedo pensar emcasamento. Eles se conhece-ram num kaikan, e acham que,para o namoro dar certo, “aspessoas têm que combinar”.Os dois dizem que não se ca-sariam por “miai”. “Hoje nãoé mais necessário. Antes ospais obrigavam a casar”, dizela. Mas, ambos acreditamque, nesses casos, “o amorpode até surgir, mas é maisadaptação do que amor”.

    (Juliana Kirihata)

    COMUNIDADE

    De ‘miai’ a Internet, dicas para quem não querpassar o Dia dos Namorados em branco

    Declaro para os devidos fins de direito que foi furtado no dia 26/11/2002, na Av. Cel.Sezefredo Fagundes, 2520, os seguintes documentos: RG, cartão magnético deCaixa Econômica Federal, carteira funcional da Assembléia Legislativa do Estadode São Paulo, carteira de congressista, cartão do plano de saúde da Caixa EconômicaFederal. Para reservar os direitos que possam causar danos a minha pessoa, façoa publicação em jornal de circulação

    Ushitaro Kamia – RG. 3032098-7

    A Associação paraComemoração doCentenário da Imi-

    gração Japonesa no Brasil e oNippon Country Club (NCC)promovem, em junho, o 3º Tor-neio Nippon Intercolonial Po-liesportivo e o Matsuri Night.O primeiro será entre os dias15 e 18. Já o “Matsuri Night”,festival que simboliza uma ce-rimônia de agradecimento ànatureza, será realizado no fe-riado de Corpus Christi.

    O evento, que acontece nasede campestre do NCC, emArujá (distante cerca de 30minutos da Capital), reúneatrações diversas, comoshows, música, comidas típi-cas japonesas e queima defogos.

    O Matsuri Night, é maisuma das co-realizações da Co-missão de Eventos de Divul-gação, Integração e Promoção(Cedip) do Centenário da Imi-gração Japonesa. A entradaserá gratuita, com apresenta-ções variadas, com destaque

    para o show da cantora japo-nesa Mariko Nakahira, quecostuma incluir em seu reper-tório hits como “Sakura”,“Akai Tombo”, “Dó Ré Mi” e“Edelweiss”, além de clássi-cos como “Garota deIpanema”, “Time to SayGoodbye”, “Love is a ManySplendored Thing”, entre ou-tras.

    O público mais jovem con-tará com a animação do ritmoda Banda Pop!. Os organiza-dores prometem também mo-mentos de interação com oMatsuri Dance (uma versãomoderna do clássico “bonodori”). A noite se encerracom uma grande queima defogos de artifícios.

    Na praça de alimentação,destaques para o teriyaki(frango com molho adocica-do), guiozá (pastel chinês re-cheado), sobá (macarrão detrigo sarraceno), e o tradicio-nal tempurá e yakisoba, entretantas outras iguarias da culi-nária japonesa.

    Esporte e integração – O“3º Torneio Nippon Intercolo-nial Poliesportivo”, contarácom a participação de 2.500atletas de todo Brasil que es-tarão disputando 13 modalida-des (basquete, beisebol, judô,natação, mallet golf, gatebol,karatê, futebol, vôlei, handebol,tênis de mesa, tênis de campoe corrida de rua).

    O objetivo é promover a in-tegração da comunidade es-portiva e o despertar do sen-timento de gratidão aos imi-grantes japoneses, o que mo-tivou a Associação para Co-memoração do Centenário daImigração Japonesa no Bra-sil desenvolver uma parceriacom o clube.

    A abertura oficial aconte-ce durante o Matsuri Night.“Trata-se de um evento quevem crescendo a cada ano”,explica o primeiro vice-presi-dente do NCC e coordenadorda área de Esportes do Cen-tenário, Valter Sassaki, lem-brando que, no ano passado, o

    CENTENÁRIO

    Matsuri Night traz shows e cultura japonesatorneio reuniu 2.100 atletas.“Ao idealizarmos o evento,nosso intuito foi o de aglutinardiversas modalidades em sólocal aproveitando a estruturado clube”, destaca.

    Para o coordenador daCedip, Akira Obara, trata-se deuma oportunidade para “criarum clima para o Centenário”.“A competição reúne jovens denorte a sul do País e, desta for-ma, podemos atingir um núme-ro maior de pessoas que, cer-tamente, divulgarão os traba-lhos que a Associação está de-senvolvendo em suas respecti-vas regiões”, explica Obara.

    MATSURI NIGHTQUANDO: 15 DE JUNHO(QUINTA-FEIRA),A PARTIR DAS 18H3º TORNEIO INTERCOLONIALPOLIESPORTIVOQUANDO: DE 15 A 18 DE JUNHO, APARTIR DAS 9HONDE: NIPPON COUNTRY CLUB(RODOVIA PRESIDENTE DUTRA, KM205,5 – ARUJÁ)INFORMAÇÕES PELO TEL.: 11/4655-4252

    Três histórias de amor

    “Sou nissei, 29 anos, estu-dante de odontologia, procurogarota para futuro compromis-so”. Hoje com 52 anos, ao lem-brar do anúncio publicado naantiga revista Grande Hotel,Nelson Hideo Kato acha gra-ça. Mas foi devido a ele que odentista conheceu a esposaSueli da Silva. Na época, airmã dela, Marly, foi uma das840 candidatas à namoradaque mandaram cartas e fotosao rapaz franzino, de 1,65m dealtura, e pouco mais de 54 kg.“Vieram cartas de todo o Bra-sil”, gaba-se Nelson. Ele pas-sou 4 meses conhecendo aspretendentes. Viajou para Mi-nas Gerais, Santa Catarina,Porto Alegre. Mas escolheu aque morava mais perto: Marly.

    Na hora em que ele foi en-contrar a garota, foi a irmã Su-eli que atendeu à porta de casa.Reconhecendo a garota da fotorecebida junto à carta, ficousurpreso ao ser informado deque ela não era Marly. Nelson

    achou estranho e, mais tarde,confirmaria a suspeita de quequem lhe escrevera mandara afoto de outra pessoa: “Sueli eramais fotogênica”, explicaRosely da Silva, outra irmã queacompanhou a história.

    Durante quase 5 meses, orapaz namorou Marly. Mas, “Agente não combinava”, contaa secretária. Algum tempo de-pois do fim da relação, a garo-ta sugeriu à irmã que namo-rasse Nelson, já que os doiseram mais parecidos. “Dei amaior força a eles”, garante a“cupido”.

    Após a aprovação deMarly, Sueli passou a freqüen-tar o consultório do dentista, afim de vê-lo mais vezes. Comoas famílias já se conheciam,Kato não encontrou problemasquando começou a namorar averdadeira garota das fotos.Em fevereiro, o casal comple-tou 19 anos de casados. E,entre as irmãs, nenhum sinalde ressentimento. (JK)

    Nissei procura

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    Caçula de quatro irmãs,Kaoru Murakami, 53 anos, jáestava preocupada, quando,aos trinta e dois, era a únicasolteira da família. “Na época,quando a moça passava dostrinta anos o pessoal já come-çava a chamá-la de encalha-da”, conta ela. A preocupaçãonão durou muito. Em 1986, aos33 anos, Kaoru casava-se comYoshiaki, após um “miai”. Oprimeiro encontro foi na igre-ja, local que o relojoeiro, já com45 anos, costumava freqüen-tar. Dias antes, Elza, irmã deKaoru, conheceu uma senho-ra da mesma igreja, que já ha-via apresentado a Yoshiaki pre-tendentes à namorada. Semsucesso, ela sugeriu a Elza quetrouxesse sua irmã caçula para

    que encontrasse Murakami.Depois da igreja, os dois

    marcaram de se encontrar emfrente a um supermercado, deonde foram, a pé, até a Praçada República. “Ele não conver-sou muito, foi andando na fren-te e eu, atrás”. SegundoKaoru, o namoro era compor-tado. Beijo? “Só depois do ca-samento”, lembra a aposenta-da. “Ele é muito tímido. Atéhoje não gosta que eu pegueem sua mão em público”, com-pleta. Para ela, o amor podesurgir da convivência, mas sobuma condição: “desde que hajarespeito mútuo”.

    Além do beijo, Kaoru des-cobriria, só depois do matrimô-nio, a idade de seu marido. “Eupensava que ele era mais novo,

    porque não aparenta a idadeque tem”, conta ela. No dia dosnamorados, nem sempre ga-nha presente, mas, marido, ela

    já tem. “Ele não lembra decomprar no dia, mas às vezesfaz uma surpresa”, diz a apo-sentada. (JK)

    Namoro sem beijoARQUIVO PESSOAL

    Ela morava no Riode Janeiro. Ele, emSão Paulo. Não fos-se a Internet, SusanaSilva Ishii e Hugo So-ares Ishii dificilmenteestariam dividindo omesmo sobrenome.Eles se conheceramnuma sala de bate-papo virtual. Enquan-to ela se identificacomo Susana mesmo,Hugo usava o pseu-dônimo Tristan, refe-rência a um persona-gem do filme Lendasda Paixão, interpreta-do por Brad Pitt.Durante sete meses,apenas trocarammensagens e telefo-nemas. Até que, umdia, resolveram se co-nhecer pessoalmente.“Fiquei interessado mesmoquando recebi, pelo correio, afoto dela”, conta o designergráfico.

    O primeiro encontro foi noaeroporto, dia primeiro de se-tembro de 2000. A publicitá-ria, que já havia recebido umafoto de “Tristan” via internet,achou que, pessoalmente, eleera um pouco diferente: “Nafoto ele estava mais magro enovo. E eu nem tinha perce-bido que era mestiço, porqueusava um sombreiro mexica-no”, lembra. Mas diz que, ape-sar disso, a impressão foi boa.Segundo ela, quando voltou a

    São Paulo, porém, Hugo esta-va sem muitas esperanças deum relacionamento mais sério:“Ele foi embora pensando quenão ia acontecer nada, poisnão éramos ainda namorados”.

    O paulista estava engana-do. Exatamente um ano depoisde desembarcar no Rio,Susana se casaria com ele.“Eu larguei tudo e vim morarem São Paulo sem saber ondeficava a padaria”, diz ela. ParaHugo, existe um aspecto posi-tivo do relacionamento virtual:“Pela intenet, você conhece apessoa pelo lado que realmen-te importa”. (JK)

    Amor.com.br

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  • 4 JORNAL NIKKEI São Paulo, 10 a 13 de junho de 2006

    *OSCAR TOYOTA

    Perdeu a comunidadenipo-brasileira, no dia 1º de ju-nho, uma de suas figuras maisilustres: Dr. Issao Nishi,bastense, 76 anos, que, semdúvida, foi um “guerreiro” eexemplo de retidão, comobem afirmou seu primogênito,o médico oftaltomologistaMauro Nishi.

    Tive a honra de ter traba-lhado com o Dr. Issao porquase uma década no seuescritório de advocacia, man-tendo com ele uma relação deestreita harmonia, amizade emútuo respeito. Gozar de suaamizade foi um privilégio.

    Realmente, Dr Issao, den-tre as características marcan-tes de sua rica virtude huma-na, destacava-se como umgrande “guerreiro”, um ho-mem virtuoso, independente,altivo, combativo e de umaretidão inatacável. Tambémtive o privilégio de conhecere conviver com o Dr. Issaosolidário, amigo, benfeitor,um coração grandioso, sem-pre disposto a ajudar e orien-tar as pessoas que o rodea-vam e o procuravam. Foi umchefe de família exemplar,que tinha imenso orgulho dasua família, de todos, semexceção, certamente o seumaior patrimônio.

    Em todos os cargos queocupou, Dr. Issao Nishi dis-tinguiu-se como um líder. Nãoadmitia exercer funções deforma burocrática e mecâni-ca. Não tolerava o desinte-resse, a inércia, a omissão ea falta de posicionamento cla-ro. Era otimista e perseveran-te. Era muito exigente consi-go próprio, um perfeccionistapor natureza. Desprovido demaquiagens e disfarces, erao que era, mostrava o quesentia, dizia o que pensava.E por ser franco, direto, ob-jetivo, e sem rodeios, por ve-zes cometia excessos passa-geiros, mas uma coisa erainegável, jamais se ouviraqualquer questionamento so-

    bre a sua honorabilidade.Na advocacia, não se aco-

    vardava diante de nada, sejarelativos aos casos mais com-plexos, adversários podero-sos ou autoridades em geral.A sua postura ética era reco-nhecida até por seus adver-sários. Ao ser contatado, bus-cava logo uma imediata solu-ção para o caso, independen-temente do acerto e recebi-mento de quaisquer honorá-rios. Aliás, os honorários areceber era com que menosse preocupava. E tambémdurante sua profissional ad-vogou graciosamente ou co-brando ínfimos honoráriospara inúmeras pessoas, em-presas ou entidades, semalarde e sem esperar ou co-brar qualquer agradecimentoou contrapartida.

    Na administração públicatambém teve desempenhoexemplar e atuante, dentreoutros, como secretário deEstado dos Negócios Jurídi-cos da Prefeitura de São Pau-lo e procurador-chefe da As-sembléia Legislativa do Esta-do de São Paulo.

    E se não bastasse a suaintensa atividade como advo-gado militante e no serviçopúblico, Dr. Issao, dotado deespírito corporativo e comu-nitário, ainda encontrava tem-po para se dedicar às ativi-dades sociais e esportivas,como por exemplo, à Associ-ação Mie-Ken, ao beisebol eao golfe. Foi presidente daFederação Paulista de Beise-bol e Softbol e membro daFederação Internacional deBeisebol. Foi presidente doConselho Deliberativo doArujá Golf Clube.

    Do mestre, padrinho eamigo, Dr. Issao, guardo asmais sinceras e gratas lem-branças.

    Assim, com profundo res-peito, presto esta singela re-verência à memória do Dr.Issao Nishi, externando a mi-nha eterna gratidão.

    *Oscar Toyota é advogado

    OPINIÃO

    Dr. Issao Nishi, um guerreiroe exemplo de retidão

    Presente no estande daVertente Oceânica Sul do Es-tado de São Paulo no 2° Salãode Turismo - Roteiros do Bra-sil, Registro aproveitou a opor-tunidade para divulgar o Ro-teiro da Imigração Japonesa ea 11ª Festa do Sushi, que acon-tece hoje (10) e amanhã (11),no Centro de Exposição daExpovale. O 2° Salão de Tu-rismo aconteceu entre os dias2 e 6 no Expo Center Norte,em São Paulo, com uma mos-tra de resultados das açõesdesenvolvidas pelo Programade Regionalização do Turismo- Roteiros do Brasil, que bus-ca a ampliação da oferta tu-rística nacional e foi lançadopelo Governo Federal em abrilde 2004.

    Na oportunidade, o diretordo Departamento Municipal deDesenvolvimento Econômico eEmprego, Manoel Chikaoka,aproveitou a visita do cantorDaniel para convidá-lo para afesta. “A pedido do prefeitoClóvis Vieira Mendes, divulga-mos a Festa do Sushi no even-to, chamando a atenção de vá-rios visitantes do estande, inclu-

    sive do cantor Daniel, que au-tografou um cartaz da festa”.

    Segundo o secretário deTurismo e presidente do Con-selho de Turismo de São Pau-lo, Fernando Longo, o 2° Sa-lão de Turismo foi uma ótimavitrine para a apresentação deroteiros e eventos, e o Vale doRibeira se destacou por seruma região rica, com diversasbelezas naturais. Já o cantorDaniel parabenizou os organi-

    CIDADES/REGISTRO

    Chikaoka divulga Festa do Sushi no Salão São Paulo de Turismo

    O secretário de Turismo, Fernando Longo, o cantor Daniel, aproprietária do Foz do Marinheiro, Valéria Soares e Manoel Chikaoka

    ANTONIO CARLOS MESQUITA

    zadores da Festa do Sushi, res-saltando que possui muito boaslembranças do município e desua apresentação na Expovale.

    A segunda edição do Salãodo Turismo reservou novida-des para o público, como aampliação da área ocupada(36 mil m², contra 30 mil m²da primeira edição), ampliaçãoe remodelação dos setoresdestinados à gastronomia e aoartesanato e um espaço desti-

    nado à venda de pacotes tu-rísticos com preços mais bai-xos para o público visitante.

    O Estado de São Paulo foirepresentado pelas oitomacrorregiões que abrangemas 645 cidades do Estado, se-gundo a divisão elaborada portécnicos da Secretaria de Tu-rismo do Estado de São Paulo.

    Errata – Realizada em parce-ria entre a Prefeitura Munici-pal de Registro, AssociaçãoCultural Nipo-Brasileira deRegistro, Registro Base BallClube (RBBC) e a unidade daUnesp da cidade de Registro,a 11ª edição da Festa do Sushideve atrair mais de 12 mil visi-tantes. Diferentemente do quefoi publicado na edição passa-da do Jornal Nikkei, a partede culinária, o ponto alto doevento, não está a cargo daFenivar (Federação das Enti-dades Nikkeis do Vale do Ri-beira), e sim, do próprio Bun-kyo local.

    A programação artísticacontará com artistas locais,como os músicos Sesary (har-pa) e Luiz Henrique (violão),que prometem incluir cançõesjaponesas no repertório, o can-tor sertanejo Joe Hirata e o gru-po de taikô RyukyukokuMatsuri Daiko, além de dan-ças folclóricas e apresentaçãode balé.

    11ª FESTA DO SUSHIQUANDO: SÁBADO (10), A PARTIR DAS18H E DOMINGO (11), A PARTIR DOMEIO-DIAONDE: RECINTO DA EXPOVALE(RODOVIA BR-116, KM 449)INFORMAÇÕES PELO TEL.: 13/3822-4144

    O coronel Carlos Nakaha-rada assumiu o Comando dePoliciamento de Área Metro-politano 12 (CPAM-12), emMogi das Cruzes. O novo co-mandante substituirá Davi An-tonio de Godoy e será o res-ponsável por finalizar o pro-cesso de instalação do coman-do na cidade.

    No último dia 5, Nakahara-da, já como novo comandantedo CPAM, realizou uma visitade cortesia ao prefeito JunjiAbe. “O coronel conhece bema realidade de Mogi das Cru-zes e será um importante par-ceiro na luta pela redução dacriminalidade em nossa cida-de”, afirmou o prefeito JunjiAbe, lembrando que antes da

    criação do CPAM-12, Mogiestava subordinada ao CPAM7, em Guarulhos, que era co-mandado pelo próprio coronel.

    A instalação do comandoem Mogi ocorreu após intensamobilização do prefeito juntoao Governo do Estado. Atual-mente, o CPAM-12 está loca-lizado no 17º Batalhão, mas aPrefeitura está procurando umnovo local. A intenção é queele fique entre os bairrosMogilar e Ponte Grande.

    O CPAM-12 abrangerá osbatalhões de Mogi (17º),Suzano (32º) e Itaquaquecetu-ba (35º), que atendem tambémàs cidades de Ferraz de Vas-concelos, Poá, Salesópolis,Biritiba Mirim e Guararema.

    CIDADES/MOGI DAS CRUZES

    Coronel Nakaharada assumeo Comando de Policiamento

    Coronel Carlos Nakaharada com o prefeito Junji Abe

    DIVULGAÇÃO

    De 15 a 18 de junho, umpedacinho do Japãoestará concentrado noCentro de Exposições e Even-tos de Londrina durante a rea-lização da 4ª Casa Japão, 2ºPortal do Oriente e 45ª Expo-sição Agrícola da ACEL (As-sociação Cultural e Esportivade Londrina). Os três eventosprometem quatro dias de mui-ta festa, animados por música,dança e o melhor da culináriaoriental. Segundo MityShiroma, da Comissão Orga-nizadora, em função do feria-do de Corpus Christi, a expec-tativa é receber mais de 50 milvisitantes nos quatro dias deprogramação.

    Mity conta que é a primei-ra vez que os três eventos se-rão realizados em conjunto.“Na verdade, a Casa Japão jáera realizada com a ExposiçãoAgrícola e este ano decidimosagregar também o Portal doOriente para enriquecer aindamais a festa”, explicou Mity ementrevista ao Jornal Nikkei,acrescentando que o Portal doOriente é organizado pela co-munidade nikkei de Londrinae conta com o apoio das co-munidades chinesa e coreanalocais, que participam comoconvidadas.

    Mity lembra que a grandefesta da comunidade nipo-londrinense comemora os 98anos da chegada dos primei-ros imigrantes japoneses aoBrasil e a integração de seusdescendentes na “terra ver-melha”. Tanto que a decora-ção do espaço da festa terátanabatas confeccionados porum grupo de cerca de 300 se-nhoras da terceira idade, alémdas cores verde e amarelo emhomenagem à Copa do Mun-do e uma grande bola de 1,40mde diâmetro.

    Estão confirmados na pro-gramação shows de matsuridance, a animada dança quereúne pessoas de todas as ida-

    Casa Japão e Exposição Agrícola‘agregam’ Portal do Oriente

    des ao som dos tambores ja-poneses, os taikôs; espetáculode dança indiana; apresenta-ções de artes marciais, concur-so da Garota e Garotinha Ori-ental; e a presença de doiscães-robôs Aibo, que obede-cem ao comando da voz hu-mana em língua japonesa.

    Agrícola – No setor agrícolaestarão presentes pequenos e

    médicos agricultores de toda aregião, expondo seus melhoresprodutos. São frutas, verduras,legumes, oleaginosas que con-correm a prêmios e, no últimodia da festa, podem ser adqui-ridos pelos visitantes a preçosbem acessíveis. São mais de600 produtores expondo cer-ca de 3 mil itens.

    A exposição vai contar comprodutores de orquídeas, uvas,

    CIDADES/LONDRINA

    produtos orgânicos,feira de produtos ar-tesanais, compotas,artesanatos. Alémdisso, a 45ª Exposiçãofará uma parceriacom a polícia ambien-tal para realizar umamostra de animais sil-vestres empalhadosque vai servir paraconscientizar o públi-co sobre a questão daconservação ambien-tal.

    Programação – Aabertura dos trêsprincipais eventos dacomunidade nipo-londrinense está con-firmada para o dia 15,às 11h, com a partici-pação de autoridades

    locais e do Estado. Na sexta-feira, dia 16, o Centro de Even-tos será aberto às 18h. No sá-bado e domingo, o espaço es-tará aberto ao público das 10às 22h.

    O Centro de Exposições eEventos de Londrina fica naRodovia Mábio GonçalvesPalhano, 3333. Informaçõespelo tel.: 43/3357-3003 ou nosite: www.casajapao.com.br

    DIA 15/06 (QUINTA-FEIRA)11h - Abertura Oficial12h30 - Cerimônia do Chá13h - Banda ARB - Anime Rock Band13h30 - Apresentação de Karaokê dos Can-tores de Londrina14h - Oficina de Mangá - K2 Mangá16h - Concurso Garotinha Oriental19h30 - Concurso Garota Oriental22h - Matsuri Dance ao vivo - Grupo Sansey

    DIA 16/06 (SEXTA-FEIRA)19h - Palestra: Passos para comprar sua fran-quia e Avaliando a franquia dos seus sonhos20h - Top Nikkei21h - Matsuri Dance - Grupo Sansey

    DIA 17/06 (SÁBADO)14h - Oficina de Mangá - K2 Mangá14h - Apresentação de Danças Árabes com aCompanhia Rhamza Alli

    14h30 - Swâsthya Yôga - Prática e Coreogra-fia com Instrutores da Universidade de Yôga15h - Grupo Natyadarma15h30 - Grupo Wadaiko Ishin Ladies16h - Grupo Natyadarma16h30 - Apresentação de Karaokê dos Canto-res de Londrina17h - Bon Odori Tradicional18h - Apresentação de Taikô - Grupo Ishindaiko18h30 - Apresentação de Karaokê dos Canto-res de Londrina20h - Banda - Os Nisseis21h30 - Matsuri Dance ao vivo - Grupo Sansey

    DIA 18/06 (DOMINGO)08h - Missa em Ação de Graças aos 98 anos daImigração. Japonesa no Brasil - Pastoral Nipo-Brasileira10h - Cerimônia Budista - Igreja Nishi-Hongwanji de Londrina13h - Transmissão do Jogo Brasil x Austrália

    15h - Arte Marcial: Shorinji Kempô15h - Oficina de Mangá - K2 Mangá15h30 - Arte Marcial: Associação de Aikidôde Londrina16h15 - Arte Marcial: Suzuki Judô Clube eAssociação Londrinense de Judô16h30 - Arte Marcial: Academia Pequeno Ti-gre Taekwondo16h45 - Arte Marcial: AssociaçãoLondrinense Nihon Karatê Kyokai (estiloShotokan)17h - Arte Marcial: Kung Fú Wushu17h15 - Arte Marcial: Academia de KaratêOguido-Dojô (estilo Shorinryu)17h30 - Arte Marcial: Associação Kendô -Shinkokai de Londrina17h45 - Artes Marciais: Associação e Acade-mia Kaiko - Sumô e Ninjutsu18h30 - Jam Session - Studio Musical20h - Matsuri Dance - Grupo Sansey*Programação sujeita a alteração

    PROGRAMAÇÃO

    Concurso da Garota Oriental é uma das atrações do evento em Londrina

    DIVULGAÇÃO

  • São Paulo, 10 a 13 de junho de 2006 JORNAL NIKKEI 5

    R E S T A U R A N T E S

    Kinu reinventa cardápio comAdriano Kanashiro no comando

    O ambiente local é maisum ingrediente que colaboracom o clima da noite do pró-ximo dia 12, uma segunda-feira. Numa região de gran-de expansão comercial ecultural, o Brooklyn, o Kinufavorece muita inspiração eo espaço do restaurante –que apresenta o balcão dosushi-bar, muitas mesas eoferece ainda uma sala pri-vativa de até 14 lugares, comluz baixa e música ambiente– é rodeado de vidro.

    Bem como os restauran-tes francês Eau (do chefPascal Valero) e italianoGrand Caffè (de VincentePellegrini), também do hotelGrand Hyatt São Paulo, ojaponês Kinu terá um cardá-pio especial no Dia dos Na-morados. Elaborado pelochef da casa, Adriano Ka-nashiro, o menu é compostode quatro pratos.

    Namorados ganhamcardápio especial no dia 12

    Eis a seguir: sashimi desalmão com molho de maçãe pêra com saquê, shoyu eovas de mujol (caviar espa-nhol); sushi de atum euramaki de shokotem(tempurá de lagostim); car-ne tipo kobe com purê dekabocha e molho de cogu-melos; e robalo grelhadocom tare trufado e batatascoradas com legumes.

    Há também a sobreme-sa Tanaka: biscoito de la-ranja e amêndoa, mousse-line de champagne comgeléia de saquê e lichia,servido com calda de figo.E o casal ganha ainda ta-ças de Champagne MoëtChandon.

    A reserva, de preferên-cia, deve ser feita com an-tecedência e o menu valeR$ 180,00 por pessoa. O te-lefone é 11/ 6838-3208.

    (CY)

    Pratos do Kinu primam pela criatividade e apresentação

    por esse potencial de apresen-tar uma cozinha diferenciada.”Além dos hóspedes do GrandHyatt, boa parte “businessmen”.“Hoje a cozinha japonesa é di-fundida no mundo inteiro, e aprocura é muito grande.”

    Para suprir todo esse pú-blico e garantir a qualidade e aeficiência no serviço, o hoteloferece todo o aparato neces-sário. “Aqui tem o chef de ban-quetes [para eventos], confei-taria, padaria, e o chefe exe-cutivo coordena toda a opera-ção. Antes eu tinha autorida-de para fazer o que bem en-tender e tinha mais flexibilida-de. Aqui preciso me progra-mar”, afirma ele, que “veio darua”. Seu caminho é o inversodo chef Yasuo Asai, que co-mandou o Kinu até o início doano – este deve abrir em bre-ve outra casa em São Paulo.Mas Kanashiro vê as vanta-gens: “Minha mão-de-obra émais especializada que a an-terior, pois o pessoal é maisqualificado – com faculdadede gastronomia –, e isso facili-tou bastante. Há um cuidadoespecial com os alimentos, temde haver planejamento paranão faltar e usamos produtosde alta qualidade.”

    Antes de ser chamadopara o hotel, Adriano adqui-riu experiência nos restauran-tes Sea House (da Al. San-tos) e no Ryoshi (Aclimação)e tinha suas “crias”, com osquais ganhou notoriedade.Abriu com outros sócios oAoyama (1997), By Aoyama(2001, fechado em 2004) emais um Aoyama (2003).“Começou a me dar coceiri-nha de querer cozinhar e mesurgiu o convite para traba-lhar no Kinu. E para isso tivede me desligar de outros res-taurantes, já que aqui seriaum ritmo mais forte”, afirma.Antes não era? “Você preci-sa respirar o hotel para en-tender”, emenda.

    (Cíntia Yamashiro)

    KINUAV. DAS NAÇÕES UNIDAS, 13.301,SÃO PAULOTEL.: 11/6838-3208ALMOÇO – DE SEGUNDA A SEXTA, DAS12H ÀS 15H; SÁBADO E DOMINGOFECHADO. JANTAR – DE DOMINGO AQUINTA, DAS 19H30 ÀS 23H30; SEXTA ESÁBADO, DAS 19H30 À 0HACEITA VISA, AMEX, CREDICARD,MASTERCARD E DINERSESTACIONAMENTO:R$ 10,00 (ALMOÇO) E R$ 12,00 (JANTAR)

    A Hikari está realizando acampanha Copa Junina nospontos-de-venda para promo-ver a venda de pipoca, dosprodutos típicos para FestasJuninas e de outros petiscosque, em geral, são consumi-dos durante os jogos de fute-bol. A empresa, que está com-pletando 40 anos, esperatriplicar a venda de pipocasdurante o mês de junho. A es-timativa é de que sejamcomercializadas 3.300 tone-ladas de pipoca. “Desta vez,as datas dos jogos da Copa

    coincidem com o períodojunino. Isso possibilitou a pro-gramação de ações promoci-onais conjuntas. Assim, nossadecoração nos supermercados

    Hikari promove campanha Copa Junina para triplicar vendas de pipocaé composta tanto de barracastípicas, quanto de bandeirolas,forrações e cartazes com ilus-trações de futebol”, explicaLuiz Kurita, diretor comercialda Hikari.

    A empresa também estáaproveitando a campanhaCopa Junina para incrementarsua linha de pipocas com o lan-çamento da pipoca Top LineHikari. A nova pipoca é com-posta de grãos de milho sele-cionados, que garantem umpercentual de estouro bem pró-ximo de 100%.

    Segundo Kurita, a comer-cialização de produtos alusi-vos à Copa Junina deverá pro-porcionar um aumento de cer-ca de 30% no faturamento daempresa. O Chá de Quentão,por exemplo, produto que fa-cilita o preparo do tradicionalquentão, deverá ter um au-mento de venda de 20%. Asvendas dos demais produtostípicos, tais como canjica bran-ca, canela em casca, canelaem pó, cravo da índia e fubádeverão aumentar duas vezesno mês de junho em relação

    aos outros meses do ano.A Hikari espera também

    incrementar a comercializa-ção de outros produtos quepodem ser consumidos duran-te os jogos da Copa, tais comoamendoim, salgadinhos, faro-fa, paçoca e farinha paracuscuz.

    Mercado – De acordo comdados da Hikari, o consumo depipoca no Brasil é de 70 miltoneladas por ano. A pipocatradicional ainda é a mais ven-dida, com 80% de participação.

    Embora represente 20% domercado, a pipoca para mi-croondas tem apresentadoum crescimento de vendasanual de 30% nos últimosanos.

    A Hikari possui uma am-pla linha de pipocas, queabrange a tradicional e amicroondas. A empresaestá sempre inovando e foia primeira a lançar a pipo-ca para microondas light ea pipoca para microondassabor chocolate no merca-do brasileiro.

    DIVULGAÇÃO

    Incrustado no hotel cincoestrelas Grand Hyatt, ao lado daMarginal Pinheiros, Zona Sul deSão Paulo, está uma cozinha ja-ponesa adaptada e comandadapor um chef que veio do Nortedo Paraná. No comando da casadesde fevereiro, o renomadoAdriano Kanashiro apresentouno mês de maio novidades emseu cardápio.

    Uma mistura de saboresbrasileiros com o tradicionalpaladar nipônico. E como éque ele faz isso? Kanashironão tem receio de ousar, e fazdos peixes e frutas do Brasiluma combinação impecáveldando um toque diferenciadoaos pratos por ele assinados.Isso pode ser muito bem per-cebido no menu degustaçãoque oferece aos clientes quequerem “se divertir”, como elemesmo diz, saboreando cadasurpresa sua.

    Mas aqui iremos quebrar umpouco essa surpresa e mostrarparte do giro que ele preparoupara a reportagem do JornalNikkei num jantar em seu ele-gante espaço. Há duas opçõesde seu menu degustação: oshun (sushi-bar e cozinha quen-te) e o utage (sushi-bar). Shun,o mais pedido, é composto ba-sicamente por quatro pratos fri-os, dois quentes, dois de sushi euma sobremesa. Alguns dosque nós experimentamos: co-meçando pelo tártar de salmãocom creme de tofu, decoradocom azeite de pimenta e ovasde mujol (caviar espanhol), umaobra de arte para a visão e opaladar; um sashimi de atum –peixe que não pode faltar – commolho de missô, foie gras e caju;e que tal o arroz tailandês comlagostim à milanesa?

    Outros peixes que partici-param deste desfile são peixe-serra, pargo e anchova. “Te-nho de me dispor de pelo me-nos cinco tipos de peixe. Que-ro mostrar a variedade, achoimportante as pessoas degus-tarem outros peixes, para nãoficar só no salmão e atum”,explica. E outras variaçõespodem ser tainha, baiacu, pei-xe-sapo, entre outros, depen-

    dendo do que se tem no dia àdisposição.

    E Kanashiro põe a criativi-dade para funcionar em cadadetalhe. A anchova ao vapor– servida em prato de cerâmi-ca, como todos os outros –,envolta de vôngoles com nira,se alia aos filetes de gobô fri-to, que dão um sabor leve, dei-xando-os secos e crocantes.

    Frutas – Quem disse que fru-tas não combinam com comi-da salgada? Adriano Kanashi-ro propõe um desafio aindamaior e as leva para os sushise sashimis ou as aproveita paraos molhos que prepara, umavariedade de cores e sabores.As frutas podem ser curingana forma in natura, em peda-ços. Das brasileiras, gosta deutilizar a acerola, tamarindo, ocaju, como faz com o últimoprato, o sushi de atum com foie

    gras grelhado – o único fixo domenu. Neste gran finale – an-tes da sobremesa, claro – uti-liza a fruta confitada ao saquê.“Cozinho o caju por muito tem-po no saquê com gergelim emel, para tirar o suco. E o co-loco como último do menu paranão tirar o gosto de outros pra-tos. As pessoas acham surpre-endente”, assegura. Tudo cul-pa do foie gras, que, aconse-lhado por um chef amigo, foiparar ao lado dos peixes, algoimpensável aos franceses.

    Para não estragar – aindamais – a surpresa, não revela-remos a sobremesa, mas valeadiantar que fechou a seqüên-cia satisfatoriamente. Pelosnove pratos, paga-se R$ 115,00por pessoa.

    E o que beber com tudoisso? O chef sugere cerveja,champanha ou “saquê, que éuma bebida leve e versátil”.

    Trajetória – Natural de Lon-drina, o sansei tomou gostopela cozinha ao lado da mãe,Cecília, que lhe ensinou os pri-meiros passos. Na mesa decasa, o cardápio era de comi-das brasileira e japonesa. “Eucresci comendo sashimi depeixe de água doce, como piau,tilápia e piapara, porque noNorte do Paraná o mar era lon-ge.” E como não havia tantosprodutos importados na época,o wasabi era substituído porgengibre ralado e limão.

    “De 25 anos para cá ascoisas mudaram muito. Hojequalquer produto que quere-mos do Japão encontramos nasmercearias da Liberdade”,comenta o chef, que uma vezpor semana visita as lojas parareforçar seu restaurante e suacasa. E no Bairro Oriental bus-ca também condimentos asiá-ticos, caldos, cogumelos.

    No Kinu, “procuro montarparte do cardápio com a cozi-nha tradicional, mantendo suabase forte, e em outra partefaço minha bagunça, incorpo-rando ingredientes e técnicasde outras cozinhas”, explicaele, que tem influências de ou-tros chefs amigos, francês, es-panhol... Como os também ta-rimbados Emmanoel Bassoleil(hoje no Unique) e Allan VilaEspejo (que cuida de uma ca-deia de restaurantes italianos).E com eles foi à Ásia em 2003,quando puderam passear pelaCingapura – onde aconteciaum festival gastronômico – eTailândia, conhecendo novossabores. “Ficamos quase 20dias comendo nos restauran-tes para entender a cultura lo-cal, explorar ingredientes e téc-nicas. Foi uma experiênciamuito divertida.” O coentro,por exemplo, que detestava,aprendeu a gostar lá.

    “Toda mudança é boa, e aspessoas são abertas a experi-mentar coisas novas.” E essamarca é também o que faz seupúblico procurá-lo no hotel, umpouco afastado da região cen-tral de São Paulo. “Tenho umaclientela que já me acompanha

    Chef Adriano Kanashiro e os molhos diferenciados que prepara

    MARCUS HIDE

  • 6 JORNAL NIKKEI São Paulo, 10 a 13 de junho de 2006

    As inscrições para o con-curso Miss Festival do Japão2006 já estão abertas. Paraparticipar, a candidata deve serdescendente de japoneses e teridade mínima de 15 anos emáxima de 30.

    O Miss Festival do Japãodeste ano será realizado no dia15 de julho (sábado), no palcoprincipal do 9º Festival do Ja-pão, no Centro de ExposiçõesImigrantes, em São Paulo.Além do concurso de miss, ocoordenador do evento, KendiYamai, prepara uma série deatrações musicais e culturaispara animar a platéia. No des-file, as candidatas utilizamyukatá (quimono de verão) evestido longo. Os critériosadotados pelos jurados do con-curso Miss Festival do Japão2006 serão beleza plástica, ele-gância, desenvoltura, simpatiae envolvimento com a culturajaponesa.

    “Esse evento é tão impor-tante quanto as outras atra-ções do Festival, porque mos-tra as participantes em trajestipicamente japoneses, divul-gando a cultura japonesa.Além disso, o concurso de missacaba reunindo não só os jo-vens, mas a família toda”, afir-ma o coordenador KendiYamai, que a partir deste sá-bado (10), das 8h às 8h30,apresentará o programaOKTV, na Band.

    As candidatas podem seinscrever pela Internet, no sitewww.festivaldojapao.com. Asinscrições podem ser feitas atéo dia 30 de junho e serão acei-tas também via correio (é ne-cessário incluir a ficha de ins-crição, disponível no site doFestival do Japão).

    Para participar do concur-

    so, as candidatas devem envi-ar de duas a seis fotos colori-das, todas recentes e de boaqualidade, sendo pelo menosuma de rosto e outra de corpointeiro, sem óculos escuros,boné ou roupas largas. Todasas candidatas menores de 18anos devem providenciar au-torização para participar doconcurso, assinada pelos paisou responsável legal.

    A divulgação do resultadodo concurso e a premiação dasfinalistas acontecem no dia 15de julho, logo após o desfile.

    No domingo, dia 16 de julho,as finalistas do concurso MissFestival do Japão prestigiam asfestividades vestindo yukatá ecumprimentando o público pre-sente ao evento.

    Em 2005, a vencedora doconcurso Miss Festival do Ja-pão foi a estudante LieneYurie Neves Ura, de 16 anos,da cidade de Adamantina, querecebeu como prêmio umapassagem de ida e volta aoJapão pela Air France, alémde flores, kit de cosméticos,book, academia e tratamento

    9º FESTIVAL DO JAPÃO

    Abertas as inscrições para o Concurso de Missestético. Ela representou aprovíncia japonesa deWakayama, e atualmente tra-balha no Japão, contratadacomo modelo profissional. Ascandidatas do Miss Festival doJapão também serão avalia-das, e as que se encaixaremno perfil poderão ser convida-das para iniciar uma carreiraprofissional.

    O Festival – Este ano, o Fes-tival do Japão acontece em doisfinais de semana, nos dias 15e 16, e 22 e 23 de julho. Des-taque do Calendário OficialTurístico do Estado de SãoPaulo e um dos eventos quecomemoram os 98 anos deimigração japonesa no Brasil,o Festival do Japão é conside-rado um dos maiores eventosde cultura japonesa no mundo.A festa, organizada desde 1998pelo Kenren (Federação dasAssociações de Províncias doJapão no Brasil), apresentashows musicais, atrações cul-turais, danças típicas, culinária,exposições e atividades para ascrianças. Em 2006, o tema doevento é o “Matsuri”, que sig-nifica festival, em japonês. Éuma tradição japonesa organi-zar festivais para ofereceragradecimentos à natureza eaos deuses.

    MISS FESTIVAL DO JAPÃO 2006DATA: 15 DE JULHOLOCAL: 9º FESTIVAL DO JAPÃO (CENTRODE EXPOSIÇÕES IMIGRANTES, RODOVIADOS IMIGRANTES, KM. 1,5, SÃO PAULO,SP)INSCRIÇÕES:WWW.FESTIVALDOJAPAO.COM OU CAIXAPOSTAL 12824, CEP 04009-970, SÃOPAULO, SP (ATÉ 30/06)INFORMAÇÕES: (11) 6865-4312E-MAIL: [email protected]

    DIVULGAÇÃO

    Concurso do ano passado premiou vencedora com viagem ao Japão

    erta vez, duranteum fim de sema-na, eu estava na

    chácara de um casal de ami-gos preparando um almoço daturma. De repente, minha fi-lha, Marina, que na época ti-nha 4 anos, entrou como umfuracão na cozinha, dizendo:‘Papai, vem ver que passari-nho lindo eu achei!’. Fui até ofogão, desliguei o gás, lavei asmãos e, em seguida, tirei oavental. Quando saí da cozi-nha, uns 30 segundos depois,Marina já estava voltando comuma expressão de frustraçãono rosto: o passarinho tinhavoado.” Inspirado nesse episó-dio, o pai da menina, RobertoShinyashiki, resolveu, anos de-pois, escrever “Tudo ou Nada”,seu mais recente livro. Em 142páginas, o autor trata de mo-mentos de decisão. Momentosem que uma escolha pode de-terminar os diferentes rumosda vida.

    A publicação agradará osentusiastas da categoria deauto-ajuda. Seguindo a mesmalinguagem fácil e otimista deseus muitos livros do gênero,tais como “O Sucesso é SerFeliz”, “Amar Pode Dar Cer-to” e “Heróis de Verdade”, opsiquiatra e psicoterapeuta dáconselhos de como partir parao “tudo ou nada”, ou seja, ar-riscar para conseguir seus ob-jetivos. E dá um exemplo: “Ogaroto que está no último anoda faculdade decide fazer umestágio. Esta nova etapa de suavida irá lhe exigir muito esfor-ço e dedicação. É um momen-to de decisão, de tudo ou nada.Ou ele assume a responsabili-dade e dá seu primeiro passorumo à carreira e independên-cia ou continuará dependentede seus pais e sem maturida-de para assumir sua vida.”

    LITERATURA

    Em ‘Tudo ou Nada’, Shinyashikiaborda momentos de decisão

    Mensagem – Shinyashikitambém dá palestras, e foieleito, pela revista Vida Exe-cutiva de fevereiro, um dosmelhores consultores de exe-

    cutivos do Brasil. A escolhanão foi baseada somente naspalestras. Algumas de suasobras flertam claramente comesse público, caso de “Os Do-

    “C nos do Futuro”, “A Revoluçãodos Campeões” e “A Alma doNegócio”. Não é o caso, po-rém, de “Tudo ou Nada”.Abordando diversas situaçõesda vida, como o vestibular, ocasamento ou uma mudançade emprego, a publicação ten-ta ser abrangente. “Uma ins-piração para você criar cora-gem e mergulhar nos chama-dos da vida”, diz ele na intro-dução. Nas páginas do livro,o leitor encontrará muitasmetáforas, todas lembrandoda necessidade de se tomaruma decisão em busca de umamelhora pessoal ou profissio-nal, mesmo que, para isso,haja um sofrimento momen-tâneo.

    Com “Tudo ou Nada”, o au-tor completa 11 publicações des-de “A Carícia Essencial”, seuprimeiro livro, lançado em 1985.“Todos nós na vida, eu diria que,pelo menos uma vez por ano,somos chamados para um mo-mento de tudo ou nada. Quan-do menos esperamos, quandoestamos em paz, tranqüilos coma nossa rotina, aparece, sem avi-so, um desafio para enfrentar-mos”, diz o autor.

    É certo que a mensagem deShinyashiki não é nova. A idéiade que, diante de certas situa-ções, é preciso se tomar atitu-des radicais, parece, para mui-tos, óbvia. Porém, as vendasda categoria de auto-ajuda – oautor, por exemplo, já vendeu6,5 milhões de exemplares –mostram que um grande nú-mero de pessoas busca, ainda,um empurrão, um incentivopara tomar atitudes.

    (Juliana Kirihata)

    TUDO OU NADAAUTOR: ROBERTO SHINYASHIKIEDITORA GENTEPREÇO: R$ 19,90

    A publicação soma-se aos outros dez livros de Roberto Shinyashiki

    “Você nunca partirá para o tudo ou nada nemcorrerá o risco de encontrar um amor na vida ou de

    mudar de profissão, muito menos de se separar econseguir ser feliz. Porque, em vez de aproveitar ospassarinhos que voam à sua frente, estará olhando

    para o futuro que nunca chega.

    Mas, se vivermos um dia de cada vez, viveremostodos os dias de nossa vida. Essa é uma mensagembastante simples, mas muito profunda, que estimulacada um de nós a assumir a responsabilidade pela

    construção de nossa felicidade”.

    Trecho de Tudo ou Nada

    EXPOSIÇÃO

    ITO apresenta exposição‘Do Corpo à Paisagem’

    Para ampliar a reflexão so-bre dois temas recorrentes nacena artística contemporânea,o Instituto Tomie Ohtakerealiza a exposição Do Corpoà Paisagem. A abertura acon-tece no dia 19 de junho. Comcuradoria de Agnaldo Farias,a mostra reúne três artistas –Rafael Assef, Marco PauloRolla e Luiz Zerbini – que têmna gênese de sua obra ques-tões voltadas ao mundo íntimo(o corpo) e ao externo (a pai-sagem). “São três artistas,três individuais simultâneas,cada qual ocupando uma dasgrandes salas do segundo pisodo Instituto, que apresentamvisões distintas e admiráveis dese pensar questões que, segun-do o curador, persistem em semanter enigmáticas.

    Para Rafael Assef (1970,SP) tudo o que o corpo vive ficamarcado nele mesmo, comomemória física de sua história.Em três, das quatro séries fo-tográficas que apresenta naexposição, os trabalhos ilustramincisões no corpo humano, esseradical processo escolhido peloartista para expressar seu vi-gor poético.

    É o caso de Mapas (2004),na qual Assef desenha em suaprópria pele antigos percursos(como de casa para escola),dos 16 aos 33 anos, série quese desdobra na inédita Mapasde Saída (2006), com os atuaisdeslocamentos do artista. Jáem Jogo de Dados (2005), ou-tro trabalho inédito, ele esco-lheu 13 pessoas para tatuardados e números remetendo àssimbologias da tatuagem con-vencional.

    Na série Lâminas (2005),o artista fotografa facas de trêsestabelecimentos comerciais,ampliando a imagem até per-der o registro das formas, pararevelar o verdadeiro corpo dometal cortante, instrumentofundamental em sua produção.

    Os 25 trabalhos de MarcoPaulo Rolla (1967, MG) dãoum panorama da trajetória doartista. Nestas obras realiza-das entre 1998 e 2005, se ex-pressam as relações entre ohomem e a natureza e o ho-mem e os objetos. Em vídeos,fotos, pinturas e instalações, ocorpo, presente ou oculto, ex-põe a sua violência e a suaenergia até a morte.

    Para investigar a paisagem,o curador Agnaldo Farias trazà mostra a obra de Luiz Zerbini(1959, SP), reconhecida pelasintonia com questões do espa-ço – arquitetura e paisagem.Nas 14 obras que apresenta,Zerbini reafirma seu interesseem aprofundar a exterioridadedo mundo superficial da aparên-cia, retomando, na tradição dapintura, a idéia de paisagem.Nestes trabalhos recentes(2004/2006), o campo visual édesestabilizado por elementos,espécie de grades, que o artis-ta interpõe entre o observadore a pretensa imagem-fim.

    DO CORPO À PAISAGEMQUANDO: DE 20 DE JUNHO A 20 DE JULHOABERTURA: 19 DE JUNHO, ÀS 20H. DETERÇA A DOMINGO DAS 11H ÀS 20HONDE: INSTITUTO TOMIE OHTAKE (AV.FARIA LIMA, 201 – ENTRADA PELA RUACOROPÉS)ENTRADA FRANCAINFORMAÇÕES PELO TEL.: 11/2245-1900

    Exposição no Instituto Tomie Ohtake reúne obras de três artistas

    DIVULGAÇÃO

    O início de uma parceriaque beneficiará a comunidadenikkei e toda a sociedade. Édessa forma que o presidentedo Instituto Paulo Kobayashi(IPK), Vitor Kobayashi, e apresidente do Instituto de Pro-moção Humana Grupo Nikkei,Leda Shimabukuro, definiramo evento que aconteceu naquinta(8), na Associação Cul-tural e Assistencial da Liber-dade, onde foi realizada a pa-lestra “A Essência do Marke-ting Pessoal”, destinada aosvoluntários do Grupo Nikkei eao público em geral. As próxi-mas atividades conjuntas ain-da estão em fase de estudo.

    O presidente do IPK des-tacou a importância da parce-ria: “Vamos desenvolver outrosprojetos em conjunto, pois osnossos trabalhos se comple-mentam. A realização de ati-vidades é sempre necessáriadevido à rotatividade dos vo-luntários. Decidiremos o cro-nograma para futuros treina-mentos a partir do resultadodessa palestra”. Ele disse quenovas ações serão realizadas“conforme o entrosamento dogrupo”.

    Kobayashi afirmou tam-bém que o IPK pode assesso-rar o Grupo Nikkei em ques-tões burocráticas: “Podemosprestar auxílio para que o gru-po se torne uma OSCIP (Or-ganização Social Civil de Inte-resse Público), atraindo, as-sim, o interesse de empresas

    por conta dos incentivos fiscais.Além disso, com o nossoknow-how, podemos proporci-onar parcerias deles com ogoverno”.

    Para Leda Shimabukuro, oprincipal benefício para aque-les que procurarem os servi-ços das duas entidades será onetworking. “Chega um deter-minado momento em que aspessoas cansam de procuraremprego por conta do desgas-te psicológico. Com uma redede solidariedade, fica muitomais fácil. É a mais importan-te ferramenta no combate aodesemprego”.

    Ela destacou também o be-nefício que as famílias podemter com os serviços.“Quandoum jovem consegue um em-prego, é um problema a me-nos dentro das famílias”, afir-ma. Disse ainda que o esforçoconjunto será um importantereforço para a comunidade:“O nosso trabalho nunca este-ve restrito aos descendentes,mas 99% dos nossos candida-tos são nikkeis. A empatia comeles é maior porque parecempessoas próximas, como sobri-nhos ou parentes”, conclui.

    Desde 1999, o GrupoNikkei já realizou cadastra-mento, orientação em pales-tras e entrevistas, cursos, indi-cação de vagas para cerca de9 mil candidatos. O InstitutoPaulo Kobayashi tem comoprincipal atividade iniciativasvoltadas à educação.

    TERCEIRO SETOR

    Instituto Paulo Kobayashi eGrupo Nikkei fazem parceria

    REPRODUÇÃO

  • São Paulo, 10 a 13 de junho de 2006 JORNAL NIKKEI 7

    COPA DO MUNDO 1

    Rodrigo Tabata acredita em bonsresultados da Seleção Japonesa

    Um dos jogadores maisimportantes do atualtime do Santos, onikkei Rodrigo Tabata mostraconfiança em bons resultadosdos times brasileiro e japonêsna Copa do Mundo da Alema-nha, que teve início na últimasexta-feira (9), e não descar-ta, para o futuro, jogar pela se-leção japonesa. De férias doCampeonato Brasileiro e des-cansando em uma fazenda emGoiânia (GO), o jogador acre-dita que a equipe comandadapelo técnico brasileiro Zicopode ir longe na competição,inclusive dificultando a vidados brasileiros no último jogoda primeira fase, no dia 22 dejunho. “Brasil e Japão vai ser2 a 2”, afirma, categórico.

    Para o jogador, que assistiráos jogos da Copa colado na te-levisão, as duas equipes passa-rão à fase seguinte: o Brasil, emprimeiro lugar, e o Japão, emsegundo. E, como todo bom tor-cedor e respaldado pela experi-ência como jogador profissional,faz análises e arrisca hipótesessobre ambas as seleções.

    “O Brasil é uma seleçãoque tem a característica de jo-gar no ataque e, por isso, mui-tas vezes acaba sobrecarre-gando a zaga”, afirma Tabata.Porém, na visão do atleta, otrabalho desenvolvido pelo trei-nador brasileiro Carlos AlbertoParreira – um dos maiores es-trategistas hoje do futebol –, édestacado como um fator quepode trazer mais equilíbrio aotime: “Ele é um técnico quenão descuida da marcação,além de valorizar a posse e otoque de bola”, explica, con-firmando que se a equipe ca-narinho mantiver um padrão dejogo consistente, o Brasil é ofavorito para a conquista dotítulo: “Nós temos os melhoresjogadores do mundo. Mas nãosabemos como a equipe vai seportar no momento da compe-tição”.

    Quanto ao Japão, o meia-atacante explica que a seleçãoé “teoricamente mais fraca,mas que vem surpreendendonos últimos amistosos”. Tabataafirma ainda que a comissãotécnica, composta por brasilei-

    ros em sua maioria, está ten-tando agregar criatividade aoestilo de jogo dos japoneses.“Eles têm como característicasprincipais a determinação e avelocidade. Vi o Zico falandoque eles seguiam à risca todasas instruções, além de anotá-las em cadernos. A introduçãode atividades de descontração,mas que são ligadas ao fute-bol, como o futevôlei, porexemplo, vão servir para elesdesenvolverem outras habilida-des”, explica ele, adiantandoque nunca precisou fazer ano-tações para lembrar das ins-truções dos técnicos.

    Já na fase do “mata-mata”,o jogador nikkei acredita queo Japão, mesmo sem tradiçãono esporte, poderá surpreen-der adversários consideradosfavoritos. “O Japão nunca ven-ceu um torneio de expressão,mas acho que chega até àsquartas-de-final.”

    Possibilidades – Mesmosem nunca ter sido convocadopela Seleção Brasileira,Rodrigo Tabata, atualmente

    com 26 anos, sonha um diapoder defender o País e jogarao lado de estrelas comoRonaldinho Gaúcho, Ronaldo ecia. “É uma coisa até normal.Todo o sonho de um jogador édefender o Brasil, especial-mente em uma Copa do Mun-do.”

    Atuando no futebol desde1995, quando estreou nas ca-tegorias de base do Paulista deJundiaí e despertou os olharesdos grandes times jogando noGoiás em 2004 e 2005, o nikkeideixa as portas abertas parajogar em qualquer país ou sele-ção. Segundo ele, até mesmose um dia a oportunidade dedefender uma seleção pintar dooutro lado do mundo – maisespecificamente no Japão –, onikkei afirma que não hesitaráem trocar de país, afinal, osolhos puxados não escondem oslaços com o Oriente. “Se umdia surgir a possibilidade, voupensar com muito carinho. Gos-to muito do Japão e seria umaexperiência muito interessan-tes”, confirma.

    (Gilson Yoshioka)

    O santista Tabata afirma: “O Japão nunca venceu um torneio de expressão, mas acho que chega até às quartas-de-final”

    DIVULGAÇÃO

    No topo do ranking nacio-nal mais uma vez, o mesate-nista Thiago Monteiro conse-guiu um bom resultado noAberto de Taipei, ao vencer, naestréia, junto com o francêsCristophe Legout, os japone-ses Yuya Mizuno e MasatoShiono por tranqüilos 3 sets a0 (11/4, 11/9, 11/6).

    Mostrando disposição desobra para atuar nas duplascom Legout e técnica apura-da após um longo treinamentona Europa, o brasileiro emen-dou logo em seguida mais umavitória, desta vez contra ocoreano Ji Hoon Jo e o alemãoBastian Steger. O placar foium apertado: 3 a 2, com parci-ais de 12/10, 12/10, 3/11, 9/11e 12/10.

    Segundo o jogador, as vitó-rias mostram que a experiên-cia no exterior tem dado bonsresultados, principalmente pelofato de conseguir vencer ad-versários tradicionais da mo-dalidade. “Cheguei bem paraa competição e já fui baterbola com os suecos e espa-nhóis. Por uma hora, jogamosalguns sets, só para pegar rit-mo e acostumar com o local”,

    disse Thiago após uma cansa-tiva viagem de 30 horas paraTaipei.

    Na espera para o começodos confrontos individuais,Monteiro confirmou que espe-ra repetir novamente os bonsresultados obtidos nas duplas.Entre os adversários que devempegar o brasileiro, um dos maisdifíceis será o espanhol AlfredoCarneros, atual número 141 doranking mundial. “Será um jogoduro. Conhecemos bastante ojogo um do outro, pois já treina-mos juntos algumas vezes. Sejogar como joguei nas duplasterei minhas chances”, avaliouo jogador, que participa da com-petição sem nenhum tipo de pa-trocínio. “Gostaria de enfatizara importância desse torneio.Custeei as despesas, pois que-ro jogar o máximo de competi-ções possível para subir noranking.”

    Após o término do torneioem Taipei, Monteiro tem umdestino certo: quer voltar aoBrasil para participar do Aber-to do Brasil, marcado para ofim de junho, e, claro, matar assaudades da família e dos ami-gos.

    Na última quarta-feira (7)uma delegação composta pordirigentes e atletas do COB(Comitê Olímpico Brasileiro)fizeram uma visita a parlamen-tares em Brasília, com o intui-to de reforçar o pedido deaprovação do projeto de lei deincentivos fiscais ao esportenacional.

    Durante o encontro, o gru-po conversou com o presiden-te da Câmara, Aldo Rebelo, ecom demais lideranças parti-dárias para agilizar o processode aprovação do projeto. Aexpectativa da comunidadeesportiva é para que as repre-sentações de cada partido pos-sam aprovar o projeto em ca-ráter de urgência, fazendo comque a votação seja realizada atéo dia 17 de junho, antes do pe-ríodo de recesso da Câmara.

    Representando o judô na-

    TÊNIS DE MESA

    Thiago Monteiro vencejaponeses em Aberto de Taipei

    DIVULGAÇÃO CBTM

    JUDÔ

    COB quer mais apoio degoverno para os esportes

    cional, o presidente da CBJ(Confederação Brasileira deJudô), Wanderley Teixeira, e omedalhista olímpico CarlosHonorato puderam explicar aRebelo as principais dificulda-des encontradas hoje pela mo-dalidade.

    “Estivemos também comalgumas lideranças partidárias.É fundamental para o esportebrasileiro a aprovação desteprojeto”, diz Paulo Wanderley.

    Para Honorato, o maior in-vestimento no judô resultariaem mais medalhas olímpicas.“O esporte vai crescer bastan-te com essa lei. O salto serámuito maior do que se espera.Se só com os recursos da leiAgnelo Piva, o esporte vem sedesenvolvendo, com essa leipoderemos conquistar maismedalhas em menor espaço detempo”, afirmou o judoca.

    Brasileiro fez dupla com o francês Legout na estréia

    O Bunkyo (Sociedade Bra-sileira de Cultura Japonesa) vaientrar no clima da Copa doMundo. No dia 22, a entidadevai abrir suas portas para quemquiser acompanhar a partidaentre Brasil e Japão, válidapela última rodada da fase declassificação. A proposta éamenizar a imagem “sisuda” eo “ar de formalidade” que ron-dam a principal entidade dacomunidade nipo-brasileira. “Aidéia é fazer com que, nessedia, quem comparecer troqueo paletó e a gravata pela ca-miseta, seja ela verde-e-ama-rela ou azul”, diz o vice-presi-dente do Bunkyo, Akio Ogawa,referindo-se aos uniformes dasseleções brasileira e japonesa.

    Para conferir um climadescontraído à quadra de es-portes, onde serão instaladosum telão medindo 5x10m (sememendas) – material feito sobencomenda pela Sansuy – e oprojetor fornecido pela Panaso-nic, Ogawa explica que o am-biente será o de um botequim,com mesas e cadeiras espalha-das pelo local. O acesso serápermitido a partir das 15h, umahora antes do início da partida.

    “Estamos convidando exe-cutivos japoneses, que não es-tão acostumados à cultura bra-sileira de reunir amigos embares para assistir jogos”, ex-plica Ogawa, acrescentando

    COPA DO MUNDO 2

    Duelo entre Brasil e Japão coloca Bunkyo no Mundialque os convites, cerca de 400,estarão à disposição dos tor-cedores a partir do dia 14 edevem ser retirados na secre-taria da entidade. “Estamospedindo uma contribuição novalor de R$ 5,00, que dá direi-to ao portador consumir pipo-ca e amendoim à vontade”,esclarece Ogawa, lembrandoque as bebidas serão cobradasà parte. Os associados tam-bém terão direito a um hachi-maki nas cores verde-e-ama-relo e branco e vermelho. “Es-tamos pensando também emcolocar o símbolo da Associa-ção para Comemoração doCentenário da Imigração Japo-nesa no Brasil”, antecipa ovice-presidente, afirmando queo Bunkyo “é a única entidadeque pode organizar um eventocom essa duplicidade semagredir ninguém”.

    Orgulho – “São várias as ra-zões que contribuem para quetudo transcorra de forma har-mônica. O jogo acontece naquinta-feira e acredito que aspessoas não vão enforcar otrabalho no dia seguinte. Alémdisso, por ser no bairro da Li-berdade, a imprensa vai estarpresente dando flashes aovivo”, diz ele, antecipando quevárias emissoras já manifesta-ram interesse em acompanharo evento, entre elas Globo,

    Bandeirantes, Record e RedeTV!, além da estatal japonesaNHK.

    “A cobertura é importantepara dar visibilidade às come-morações do centenário”, avi-sa, acrescentando que o pro-jeto não seria viável caso oconfronto tivesse ar de rivali-dade como um Brasil e Argen-tina, inimigos declarados.

    “Nós, nikkeis, sentimos or-gulho de ter um jogador[Alessandro Santos] e um téc-nico [Zico] na Seleção Japo-nesa”, conta Ogawa, lembran-do que Brasil e Japão mantêm

    laços sangüíneos desde 1908,ano da chegada dos primeirosimigrantes japoneses ao Bra-sil, País que os pioneiros apren-deram a gostar e adotaramcomo sua segunda Pátria. “Vaiser um evento, no mínimo, inu-sitado e diferente”, prevêOgawa, admitindo que a torci-da é para que o Brasil termineem primeiro e o Japão em se-gundo no Grupo F, que contaainda com as seleções da Aus-trália e da Croácia.

    Mais informações podemser obtidas pelo tel.: 11/3208-1755.

  • 8 JORNAL NIKKEI São Paulo, 10 a 13 de junho de 2006

    ARTES E ESPETÁCULOS

    AComunidade Yuba, umsímbolo de resistênciadas tradições e costu-mes japoneses no noroeste deSão Paulo, será presenteadanos meses de junho e julho comum grande evento cultural.Uma parceria entre o BaléYuba e a Companhia de BalletStagium, de São Paulo, irá pos-sibilitar uma grande integraçãoentre os grupos, as crianças ea população que vive na regiãode Mirandópolis.

    As datas já estão agenda-das: 17 de junho, às 20h,quando acontece uma apre-sentação da Companhia deBalé Yuba, que tem 70 mem-bros; e dia 18, mesmo horá-rio, em que a Cia. de BalletStagium mostrará o espetácu-lo “Coisas do Brasil”,coreografado por seus 22 bai-larinos adultos. Tudo aconte-ce no Teatro da AssociaçãoComunidade Yuba, que temcapacidade para 700 pessoas.

    “Esses espetáculos, queocorrem em duas etapas, es-tão inclusos no programa decomemoração do aniversáriode Mirandópolis. Yuba é con-siderado um pólo de cultura naregião, porque ao seu redorfalta um pouco dessa trans-missão”, afirma FabiolaPizarro Ota, da empresa Axis,que organiza o evento.

    A segunda apresentaçãoacontece no domingo (18) emarca as comemorações dos98 anos da imigração japonesao Brasil. É também o dia departida entre Brasil e Austrá-lia na Copa da Alemanha, numconfronto marcado para às13h.

    E nem por isso as atençõesdeixarão de estar voltadaspara o futebol – ou para as

    apresentações de dança. Apósuma viagem de São Paulo, osbailarinos da Cia. Stagium de-vem se unir aos de Yuba.Como conta a coordenadorado projeto, Aya Ohara, da Co-munidade Yuba, a torcida devese concentrar num salão tododecorado para assistir à par-tida. E independente do resul-tado, a animação estará ga-rantida e embalada para o es-petáculo de logo mais à noite.

    Com esse pontapé inicial,a finalidade é unir as duas cul-turas, brasileira e japonesa,

    Comunidade Yuba e Ballet Stagium realizamespetáculos para promover integração cultural

    além de trazer atividades ino-vadoras aos artistas envolvi-dos e proporcionar a inclusãocultural e social para a popu-lação rural e urbana da região.Isso será mais evidente nomês de julho, entre os dias 21e 23, quando acontece umprograma que irá interagirtoda a Comunidade Yuba e domunicípio com as 36 criançase os seis adultos do ProjetoJoaninha.

    Trata-se de uma programa-ção recheada de atrações: ofi-cinas, atividades rurais, apre-

    sentações do Balé Yuba, pas-seios e aulas artísticas. Tudogratuito, bem como as apre-sentações da semana quevem.

    Joaninha - Filha da fundado-ra do Balé Yuba, AkikoOhara, Aya Ohara segue ospassos da mãe e une as duasescolas de dança. Ela foi aresponsável pela parceria, queteve sua primeira demonstra-ção em Mirandópolis, no mês

    de julho do ano passado, como Projeto Joaninha. A ação, deensejo social do Stagium, aco-lhe crianças entre 7 e 18 anos.São 210 estudantes de esco-las públicas da periferia deSão Paulo que praticam aulasde teatro, música, danças ecapoeira, baseando-se no con-ceito da disciplina. Não sãotodos, porém, que viajarão atéa cidade localizada a 608 qui-lômetros da capital paulista.

    “Desde pequena tive expe-

    riências ligadas à arte. Aos 15anos fui ao Japão, onde fiqueipor dois anos, e quando volteipara Yuba quis buscar minhaidentidade, queria ter contatocom as pessoas”, afirma Aya.Por isso, começou a freqüen-tar as aulas do Ballet Stagium,onde depois se tornou profes-sora – atividade exercida atéo ano passado. “E senti a ne-cessidade de levar as crian-ças para lá, fazendo essa in-tegração. Acho interessanteesse contato da segunda e ter-ceira gerações da Comunida-de Yuba com as crianças.”

    Como observa Fabiola,será uma “troca sensacional,pois o a proposta visa prepa-rar as crianças nessa inclusãosocial através da dança e daarte”. Ela se admira, inclusi-ve, com a adaptação dos alu-nos naquele meio rural, em queeles ajudam até mesmo na co-lheita dos imigrantes descen-dentes que vivem em Yuba,cuja história remete ao ano de1933, quando Issamu Yubacomeçou a construir a fazen-da. Hoje, quatro geraçõesprosseguem no ideal que mon-tou, de desenvolver a vivên-cia por meio da arte e da agri-cultura.

    APRESENTAÇÃO DACOMPANHIA DO BALÉ YUBAQUANDO: 17 DE JUNHO, ÀS 20H

    APRESENTAÇÃO DACOMPANHIA DE BALLETSTAGIUMQUANDO: 18 DE JUNHO, ÀS 20H

    ONDE: ASSOCIAÇÃO COMUNIDADE YUBA- 1º ALIANÇA, MIRANDÓPOLIS, 531INFORMAÇÕES: 18/3708 1247

    Oficinas ministradas pela Associação Comunidade YubaSouran Bushi: ampliar o contato dos brasileiros com a cultura japonesa através da utilizaçãode elementos de linguagem artística pretende

    Três Alianças e uma História: difundir a memória histórica da colonização japonesa nonoroeste paulista destacando o Centenário da Imigração Japonesa de 2008

    Da Cultura do Homem à Cultura da Terra: promover a participação e integração nasatividades fundamentais da vida rural, evidenciando o conceito de desenvolvimento sustentá-vel.

    Ateliê: aulas de desenho para estimular a sensibilidade e valorizar a característica de cadaindivíduo

    Oficinas ministradas pelo Projeto Joaninha/Ballet StagiumProfessor Criativo: contribuir para a capacitação profissional do corpo docente, através daaplicação de vivência artística e pedagógica

    Priojeto Joaninha levará crianças a Mirandópolis no mês de julho

    Ballet Stagium, de São Paulo, participa de parceria e faz uma apresentação na Comunidade Yuba no próximo dia 18

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