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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ – UTFPR DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA – DAELT PÓS-GRADUAÇÃO EM EFICIÊNCIA ENERGÉTICA JORGE MOACIR GHAZAL CRISTIANO GRUBA ELABORAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS PARA A IMPLANTAÇÃO DE UM PROGRAMA DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM INDÚSTRIA DE BENS DE CONSUMO MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO CURITIBA 2013

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ – UTFPR DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA – DAELT

PÓS-GRADUAÇÃO EM EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

JORGE MOACIR GHAZAL CRISTIANO GRUBA

ELABORAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS PARA A IMPLANTAÇÃO DE

UM PROGRAMA DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM INDÚSTRIA DE

BENS DE CONSUMO

MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO

CURITIBA

2013

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JORGE MOACIR GHAZAL CRISTIANO GRUBA

ELABORAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS PARA A IMPLANTAÇÃO DE

UM PROGRAMA DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM INDÚSTRIA DE

BENS DE CONSUMO

Trabalho de Conclusão de Curso de Especialização, apresentado à disciplina de Trabalho de Diplomação, da Especialização em Eficiência Energética do Departamento Acadêmico de Eletrotécnica – DAELT – da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, como requisito parcial para obtenção do título Lato Sensu.

Orientador: Prof. Carlos Henrique Mariano, Dr.

CURITIBA

2013

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TERMO DE APROVAÇÃO

JORGE MOACIR GHAZAL CRISTIANO GRUBA

ELABORAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS PARA A IMPLANTAÇÃO DE

UM PROGRAMA DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM INDÚSTRIA DE

BENS DE CONSUMO

Esta Monografia foi apresentada em 13 de Dezembro de 2013 como requisito parcial

para obtenção do título de Especialista em Eficiência Energética da Universidade

Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Os candidatos foram arguido pela Banca

Examinadora composta pelos professores abaixo assinados. Após deliberação, a

Banca Examinadora considerou o trabalho aprovado.

Carlos Henrique Mariano Prof. Dr. Engenharia Elétrica

Orientador

Luiz Amilton Pepplow Prof. Eng. Eletricista e de Segurança

Maria de Fátima Ribeiro Raia Profa. Dr. Engenharia Elétrica

Gerson Maximo Tiepolo Prof. Msc. Engenharia de Produção e Sistemas

A folha de aprovação assinada encontra-se na Coordenação do Curso de Engenharia Elétrica

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RESUMO

GRUBA, Cristiano; GHAZAL, Jorge Moacir. ELABORAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS PARA A IMPLANTAÇÃO DE UM PROGRAMA DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM INDÚSTRIA DE BENS DE CONSUMO. Trabalho de Conclusão de Curso – Especialização em eficiência energética, UTFPR – Universidade Federal Tecnológica do Paraná, 2013. Este estudo tem como propósito elaborar os procedimentos para implantação de um programa de eficiência energética nas instalações da ELECTROLUX DO BRASIL S&A de Curitiba, propondo ações para melhorar o seu desempenho energético nos processo produtivo. Este programa ira observar os vários elementos que influenciam no desempenho do sistema produtivo, e pode ser adaptado ou estendido à indústrias com processos similares. O estudo foi classificado como sendo de natureza científica aplicada. A meta de redução de consumo em kWh / produto e de 3% ao ano. As ações são detalhadas por níveis bronze, prata e ouro, e tem como resultado a implantação de um programa de eficiência energética chamado de “Green Spirit” e obter através deste a certificação ouro neste programa na unidade Electrolux Curitiba. Palavras-chave: Eficiência Energética; “Green Spirit”.

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ABSTRACT

The present study has the purpose develop procedures for implementing an energy efficiency program in the ELECTROLUX DO BRASIL S&A Curitiba, proposing actions to improve their energy performance in production process. This program will look at the various elements that influence the performance of the production system, and can be adapted or extended to industries with similar processes. The study was classified as science applied. The target of reducing consumption in kWh per product is 3% per year. The actions are detailed by levels, bronze, silver and gold, and are resulted in the implementation of an energy efficiency program called "Green Spirit" and obtaining across this the gold certification from Electrolux Curitiba unit. Keywords: Energy Efficiency; “Green Spirit".

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Plano de Ação 5W2H.....................................................................20 Tabela 2: Processos intensivos de energia elétrica.......................................50 Tabela 3: Processos intensivos de Gás Natural.............................................50 Tabela 4: Dados para composição da MTR...................................................78

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Fachada da Administração. ........................................................................ 14 Figura 2: Instalações da Electrolux Guabirotuba. ...................................................... 15 Figura 3: Eficiência energética na industria. .............................................................. 19 Figura 4: Exemplo de como as áreas forma distribuídas .......................................... 23 Figura 5: Data “LOGGER” ......................................................................................... 23 Figura 6: Exemplo do adesivo de informação da temperatura. ................................. 24 Figura 7: Exemplo de gráfico de temperatura. .......................................................... 24 Figura 8: Capa do procedimento de gestão de temperatura. .................................... 25 Figura 9: Programa de manutenção preventiva ar condicionado. ............................. 26 Figura 10: Exemplo do plano de preventiva de inspeção. ......................................... 27 Figura 11: Exemplo de comunicação eletrônica ........................................................ 28 Figura 12: Exemplo do procedimento de desligamento. ........................................... 29 Figura 13: Tela de visualização do software de controle. .......................................... 30 Figura 14: Informativo do acompanhamento de metas de consumo. ........................ 31 Figura 15: Metas de energia por período. ................................................................. 31 Figura 16: Gerenciamento de consumo de energia elétrica. ..................................... 32 Figura 17: Auditórias do Green Spirit. ....................................................................... 33 Figura 18: Gráfico de monitoração dos de vazamentos de ar comprimido. .............. 34 Figura 19: Exemplo de ordem de trabalho para eliminação de vazamento. .............. 35 Figura 20: Rota de inspeção de vazamento de ar comprimido. ................................ 36 Figura 21: Atividade de reparo de vazamentos de ar comprimido. ........................... 36 Figura 22: Cronograma de reparo de vazamentos de ar comprimido. ...................... 37 Figura 23: Software do sistema de gerenciamento de ar comprimido. ...................... 39 Figura 24: Processos que necessitam de alta pressão 7,5 bar. ................................ 40 Figura 25: Indicação visual de que estão nas áreas e nos equipamentos. ............... 40 Figura 26: Medidor de vazão de ar comprimido da cabine de pintura. ...................... 41 Figura 27: Medidor de pressão do ar comprimido da pintura. ................................... 42 Figura 28: Exemplo de análise do processo pelo método ishikawa. ......................... 42 Figura 29: Documentos de orientações de eficiência energética em maquinas. ....... 44 Figura 30: Documentos de orientações de eficiência energética em iluminação. ..... 45 Figura 31: e-mail que foi enviado pelo Supervisor de Engenharia Industrial. ............ 46 Figura 32: Novo transportador da linha de montagem. ............................................. 47 Figura 33: Exemplo de como o OEE é monitorado. .................................................. 51 Figura 34: Exemplo de como o OEE é monitorado. .................................................. 52 Figura 35: Exemplo de fichas técnica de operação de máquina. .............................. 52 Figura 36: Exemplo de disponibilidade de seguimento. ............................................ 53 Figura 37:Exemplo de produtividade por segmento. ................................................. 54 Figura 38: Monitoramento gráfico do OEE da moldagem por Injeção. ...................... 55 Figura 39: Monitoramento gráfico do OEE da termoformagem. ................................ 55 Figura 40: Monitoração do consumo de energia elétrica. .......................................... 56 Figura 41: Monitoração do consumo de energia elétrica. .......................................... 57 Figura 42: Analisador de energia EMBRASUL. ......................................................... 58 Figura 43: Economizador de energia KESECO ULTRA. ........................................... 58 Figura 44: Instalação do equipamento KESECO ULTRA. ......................................... 59 Figura 45: Ficha do produto Parco® Cleaner ZX-4™. ............................................... 59 Figura 46: Rigo 5 retrofit projeto. ............................................................................... 60 Figura 47: Manta térmica em uma injetora de plástico. ............................................. 61

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Figura 48: Necessidades de ar comprimido em diferentes condições de operação. . 63 Figura 49: Esquema do sistema de gerenciamento de ar comprimido. ..................... 64 Figura 50: Resumo da análise do sistema de iluminação. ........................................ 65 Figura 51: Foto da lâmpada de indução e da área piloto. ......................................... 66 Figura 52: Exemplos de soluções de iluminação de alta eficiência. .......................... 67 Figura 53: Painel de informações do Green Spirit. .................................................... 68 Figura 54: Informativo interno para as áreas de produção. ....................................... 69 Figura 55: Painel de apresentação do programa Green Spirit. ................................. 69 Figura 56: Envolvimento da comunidade no programa Green Spirit. ........................ 70 Figura 57: Informativo interno da apresentação dos projetos dos Green Gears. ...... 70 Figura 58: Troféu para os projetos dos Green Gears. ............................................... 70 Figura 59: Programa Kaizen...................................................................................... 71 Figura 60: Projeto do colaborador Raimiro. ............................................................... 72 Figura 61: Projeto do colaborador Toni Carlos Dinis. ................................................ 72 Figura 62: Projeto do colaborador Geraldo Bianchini. ............................................... 73 Figura 63: Consumo específico no período de referência e pós-retrofit. ................... 79 Figura 64: Fórmula de regressão baseada na relação entre produção e consumo. . 80 Figura 65: Soma cumulativa das ações no período pós-retrofit. ............................... 81 Figura 66: Formula de regressão meta. .................................................................... 82 Figura 67: Carta de Controle. .................................................................................... 82 Figura 68: SDT 200 medidor de vazamento de ar comprimido. ................................ 85 Figura 69: Visualização da tela do sistema de ar comprimido................................... 86 Figura 70: Monitoramento gráfico do consumo de água. .......................................... 87 Figura 71: Reutilização da água descartada da ETE para os banheiros da fábrica. . 87 Figura 72: Monitoramento gráfico do consumo de energia. ...................................... 88 Figura 73: Gráfico de retorno financeiro de um conjunto de placas solares. ............. 90 Figura 74: Instalação da planta de geração de energia solar. ................................... 91 Figura 75: Funcionamento do sistema de utilização do ar . ...................................... 91 Figura 76: Gráfico de consumo de energia Electrolux Curitiba 2011 x 2012. ............ 92

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LISTA DE SÍMBOLOS E UNIDADES

% Percentual

Bar Bar

CO² Dióxido de carbono

GLP Gás liquefeito de petróleo

GN Gás natural

kW Quilo Watt

kWh Quilo Watt hora

°C Graus Celsius

l/s Litros por segundo

m³ metros cúbicos

R$ Real

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LISTA DE ABREVIATURAS

ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica

COPEL Companhia Paranaense de Energia

EGE Eficiência Global de Equipamento

EMS Electrolux Manufacturing System (Sistema Electrolux de manufatura)

ETE Estação de Tratamento de Efluentes

ESCO Empresa de Serviços de Conservação de Energia

KPI Key Performance Indicator (indicado chave de desempenho)

OS Ordem de Serviço

PM Productive Maintenance (Manutenção produtiva)

ROL RECEITAS OPERACIONAIS LÍQUIDAS

SMED Single Minute Exchange of Die (troca rápida de ferramentas)

TI Tecnologia da Informação

VSM Value Stream Mapping (Mapeamento do Fluxo de Valor)

WILL Wide Implementation of Lean Logistics (Implantação de logística

enxuta em larga escala)

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 13 1.1 TEMA ................................................................................................................. 13 1.1.1 Delimitação do Tema....................................................................................... 14 1.2 PROBLEMAS E PREMISSAS ............................................................................ 15 1.3 OBJETIVOS ....................................................................................................... 16 1.3.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 16 1.3.2 Objetivos Específicos ...................................................................................... 16 1.3.3 Estrutura do Trabalho ...................................................................................... 17 1.4 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................. 18 1.5 JUSTIFICATIVA ................................................................................................. 19 2 O PROGRAMA GREEN SPIRIT ........................................................................... 21 2.1 RESUMO DO PROGRAMA GREEN SPIRIT ..................................................... 21 3 PROGRAMA GREEN SPIRIT NÍVEL BRONZE .................................................... 22 3.1 RESUMO DAS AÇOES DO NÍVEL BRONZE .................................................... 22 3.2 MONITORAÇÃO DE TEMPERATURA .............................................................. 22 3.2.1 Controle de Temperatura Verão / Inverno ....................................................... 22 3.2.2 Método de Medição de Temperatura .............................................................. 23 3.2.3 Registros de Temperatura ............................................................................... 24 3.2.4 Procedimento de Gerenciamento de Temperatura ......................................... 25 3.2.5 Resultados das Ações de Gerenciamento de Temperatura ............................ 25 3.2.6 Plano de Manutenção de Ar Condicionado ..................................................... 26 3.2.7 Ações Corretivas em Caso de Não Conformidade .......................................... 27 3.2.8 Resultados das Ações de Manutenção de Ar Condicionado e Auditórias ....... 28 3.3 USO DE ENERGIA EM PERÍODOS SEM ATIVIDADES .................................... 29 3.3.1 Programa de Desligamento em Períodos Sem Atividades .............................. 29 3.3.2 Monitoração Gráfica do Consumo de Energia ................................................. 30 3.3.3 Meta de Consumo de Energia Elétrica por Turnos de Trabalho ...................... 31 3.3.4 Monitoração do Consumo nos Grandes Consumidores .................................. 32 3.3.5 Auditoria de Desligamentos ............................................................................. 32 3.3.6 Resultados das Ações do Uso de Energia nos Períodos Sem Atividades ...... 33 3.4 PROGRAMA PARA ELIMINAR VAZAMENTOS DE AR COMPRIMIDO ............ 33 3.4.1 Monitoração do Nível de Vazamentos ............................................................. 33 3.4.2 Manutenção Corretiva de Vazamentos de Ar Comprimido .............................. 34 3.4.3 Manutenção Preventiva de Vazamentos de Ar Comprimido ........................... 35 3.4.4 Metas do Nível de Vazamento de Ar Comprimido ........................................... 37 3.4.5 Estudos para Separar e Isolar Áreas Sem Utilização de Ar Comprimido ........ 37 3.4.6 Resultados das Ações da Redução do Nível de vazamentos ......................... 38 3.5 REDUÇÃO DA PRESSÃO DE AR COMPRIMIDO ............................................. 38 3.5.1 Pressão de Trabalho da Planta Industrial ........................................................ 38 3.5.2 Pressão Requerida para Operação na Planta Industrial ................................. 39 3.5.3 Indicação Visual da Pressão de Operação ...................................................... 40 3.5.4 Análise da Necessidade de Alta Pressão de Ar Comprimido .......................... 41 3.5.5 Definição da Pressão Ideal de Ar Comprimido ................................................ 43 3.5.6 Ações para Redução da Alta Pressão de Ar Comprimido ............................... 43 3.5.7 Resultados das Ações para Redução da Pressão do Ar Comprimido ............ 43 3.6 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA PARA NOVOS EQUIPAMENTOS ......................... 44 3.6.1 Documentos de Regras para Aquisição de Novos Equipamentos .................. 44 3.6.2 Aplicação do Documento para Aquisição de Novas Máquinas ....................... 45

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3.6.3 Aquisição de Novos Equipamentos ................................................................. 46 3.6.4 Resultados das Ações Para a Aquisição de Novos Equipamentos ................. 47 3.7 CONSIDERAÇÕES DO CAPITULO NÍVEL BRONZE ........................................ 48 3.7.1 Diagnostico Prévio da Situação ....................................................................... 48 4 PROGRAMA GREEN SPIRIT NÍVEL PRATA ....................................................... 49 4.1 RESUMO DAS AÇOES DO NÍVEL PRATA ...................................................... 49 4.2 PROCESSOS DE UTILIZAÇÃO INTENSIVA DE ENERGIA. ............................ 49 4.2.1 Identificação Dos Grandes Consumidores de Energia .................................... 49 4.2.2 Identificação dos Processos de Utilização Intensiva de Energia ..................... 51 4.2.3 Monitoração da EGE ....................................................................................... 51 4.2.4 Melhoria da EGE nos Grandes Consumidores ................................................ 53 4.2.5 Definição da Meta de Melhoria da EGE 2011 x 2012 ...................................... 54 4.2.6 Resultados das Ações da Monitoração da EGE .............................................. 55 4.3 MONITORAR O CONSUMO DE ENERGIA ....................................................... 56 4.3.1 Análise do Consumo de Energia ..................................................................... 57 4.3.2 Teste de Um novo Desengraxe a Baixa Temperatura..................................... 59 4.3.3 Retrofit de Equipamentos de Alto Consumo de Energia ................................. 60 4.3.4 Utilização de Novas Tecnologias para Conservação de Calor ........................ 60 4.4 CONSIDERAÇÕES DO CAPITULO NÍVEL PRATA .......................................... 61 4.4.1 Diagnostico Prévio da Situação ....................................................................... 61 5 PROGRAMA GREEN SPIRIT NÍVEL OURO ........................................................ 62 5.1 RESUMO DAS AÇOES DO NÍVEL OURO ........................................................ 62 5.2 MONITORAÇÃO DO USO DO AR COMPRIMIDO ............................................ 63 5.2.1 Meta de Consumo de Ar Comprimido por Turnos de Trabalho ....................... 63 5.2.2 Monitoração de Consumo de Ar Comprimido .................................................. 63 5.2.3 Resultados das Ações de Monitoração do Uso do Ar Comprimido ................. 64 5.3 ANÁLISE DO SISTEMA DE ILUMINAÇÃO ........................................................ 65 5.3.1 Mapeamento da Iluminação da Planta Industrial ............................................. 65 5.3.2 Ações para Melhorar a Eficiência da Iluminação ............................................. 65 5.3.3 Sugestões Para Melhoria da Eficiência da Iluminação .................................... 66 5.3.4 Resultados das Ações da Análise do Sistema de Iluminação ......................... 67 5.4 COMUNICAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO DE PESSOAS ...................................... 68 5.4.1 Painel de Informações do ”Green Spirit” ......................................................... 68 5.4.2 Campanha de Conscientização ....................................................................... 69 5.4.3 Implantação das Melhores Ideias .................................................................... 71 5.4.4 Resultados das Ações de Comunicação e Sensibilização de Pessoas .......... 73 5.5 CONSIDERAÇÕES DO CAPITULO NÍVEL OURO ........................................... 73 5.5.1 Diagnostico Prévio da Situação ....................................................................... 73 6 MEDIÇÃO E VERIFICAÇÃO ................................................................................. 74 6.1 CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE CONSUMIDORA ....................................... 74 6.2 DESCRIÇÃO DA MEDIDA DE RACIONALIZAÇÃO DE ENERGIA .................... 74 6.3 NORMAS E RECOMENDAÇÕES APLICADAS NO PLANO DE M & V ............. 74 6.4 DEFINIÇOES ESPECÍFICAS DO PLANO DE M & V ......................................... 75 6.4.1 Limites, fronteira de Medição e Efeitos Interativos .......................................... 75 6.5 GRANDEZAS DA M & V ..................................................................................... 75 6.5.1 Variáveis Independentes ................................................................................. 75 6.5.2 Variáveis Dependentes ................................................................................... 75 6.5.3 Fatores Estatísticos ......................................................................................... 75 6.6 OPÇÃO DA M & V .............................................................................................. 75 6.6.1 Justificativa da Opção da M & V ...................................................................... 75

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6.7 PERÍODO E INTERVALO DA M & V .................................................................. 76 6.8 MEDIÇÃO DA MEDIÇÃO E VERIFICAÇÃO ...................................................... 76 6.8.1 Período de referência ...................................................................................... 76 6.8.2 Pontos de Medição Antes ................................................................................ 76 6.8.3 Período Pós – Retrofit ..................................................................................... 76 6.8.4 Pontos de Medição Após ................................................................................. 76 6.9 ESPECIFICAÇÕES DOS EQUIPAMENTOS DA M & V ..................................... 76 6.10 PRECISÃO E INCERTEZAS ESPERADA ........................................................ 76 6.11 PREÇO DE ENERGIA...................................................................................... 77 6.12 AJUSTE DA M & V ........................................................................................... 77 6.12.1 Ajuste de Rotina ............................................................................................ 77 6.12.2 Ajuste de Não–Rotina .................................................................................... 77 6.13 RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO DA M & V ............................................... 77 6.14 METODOLOGIA DA MEDIÇÃO & VERIFICAÇÃO .......................................... 77 6.15 EXECUÇÃO DA M & V ..................................................................................... 77 6.15.1 M & V Período de Referência ........................................................................ 77 6.15.2 M & V no Período Pós – Referência .............................................................. 77 6.15.3 Comparativo da M & V e Metas da MRE ....................................................... 78 6.16 CRONOGRAMA DE M & V .............................................................................. 78 6.17 MONITORING TARGETING AND REPORTING - MTR ................................... 80 7 PROPOSTAS DE AÇÕES FUTURAS ................................................................... 83 7.1 CERTIFICAÇÃO PLATINA NO PROGRAMA GREEN SPIRIT .......................... 83 7.2 PRINCIPAIS AÇOES PARA O ANO DE 2013 ................................................... 84 7.3 NOVOS REQUISITOS DO PROGRAMA GREEN SPIRIT PARA 2013 ............. 85 7.4 NOVOS REQUISITOS DO NÍVEL BRONZE ...................................................... 85 7.4.1 Estudo para Reduzir a Pressão no Ponto de Uso para 5,5 bar. ...................... 85 7.4.2 Gestão e Planejamento de Redução do Consumo de Água. .......................... 86 7.4.3 Principais Projetos para Redução do Consumo de Água: ............................... 88 7.4.4 Gestão e Planejamento de Redução do Consumo de Energia. ...................... 88 7.5 NOVOS REQUISITOS DO NÍVEL PRATA ........................................................ 88 7.5.1 Equipamentos de Uso Intensivo de Energia e Melhoria da EGE .................... 88 7.6 NOVOS REQUISITOS DO NÍVEL OURO .......................................................... 89 7.6.1 Estudos de Financiamentos para Projetos Energéticos .................................. 89 7.6.2 Estudos para Utilização de Energias Renováveis ........................................... 90 7.6.3 Utilização de Energias Renováveis ................................................................. 90 8 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 92 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 94 APENDICE A – PLANILHA DE AVALIAÇÃO DO PROGRAMA ................................ 96

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13

1 INTRODUÇÃO

1.1 TEMA

Em um meio de crescente concorrência e pressão por melhores resultados

operacionais, as indústrias de bens de consumo procuram encontrar formas de

enfrentar a competição industrial que hoje é global. As tendências de mercado

sinalizam um cenário de alta competitividade nos preços deste segmento industrial,

devido à contínua entrada de eletrodomésticos asiáticos. Com isto, a indústria

precisa fazer frente a esse movimento, com a redução de custos e aumento da

produtividade para se manter a frente dos concorrentes no mercado global, deforma

sustentável e com preocupação crescente com o meio ambiente.

A conscientização dos consumidores para o consumo eficiente de energia

permitem as concessionárias de energia atender novos consumidores sem

investimentos adicionais, postergando investimentos em sistemas de geração,

transmissão e distribuição (COPEL, 2013).

Deste modo, este estudo visou criar a metodologia para a implantação de

um programa de Eficiência Energética chamado de “Green Spirit“ na Electrolux,

unidade Curitiba. O Programa “Green Spirit“ é um programa interno da Electrolux e

tem como pilares: economizar energia, poupar água, reduzir a emissão de CO², com

meta principal de redução de 3% ao ano o consumo de energia em kWh / unidade

produzida, para água o programa tinha como meta a redução de 20% em m³ /

produto de 2010 a 2014, e para o ano de 2013, a meta definida e que o consumo

não poderia ser maior que 2012.

A Certificação “Green Spirit“ tem quatro níveis: bronze, prata, ouro e platina

Cada um desses níveis deve realizar ações recomendadas pelo programa “Green

Spirit” para atender os requisitos da certificação, como iluminação, otimização no

uso do ar comprimido, desligamentos de equipamentos em períodos sem atividades,

etc. Para o ano de 2012, foi estabelecido que todas as plantas industriais do Brasil

tinham como objetivo atingir à certificação ouro do programa “Green Spirit“

(Electrolux do Brasil S&A, 2012).

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14

1.1.1 Delimitação do Tema

Este trabalho foi realizado no setor secundário que é composto por

indústrias da área metalúrgica para produção de bens de consumo. Este documento

descreve os diversos temas e ações do programa de eficiência energética chamado

de “Green Spirit”. Para cada um desses temas, foram realizadas ações na planta

industrial para alcançar a certificação pretendida dentro dos níveis bronze, prata,

ouro ou platina. Para o ano de 2012, a certificação pretendida foi a de nível ouro e a

meta para o ano de 2013, e a certificação platina da Electrolux unidade Curitiba, na

Figura 1 é possível ver a fachada da Electrolux Curitiba.

Característica da empresa que é foco deste estudo.

Nome: Electrolux do Brasil S&A

Ramo de atividade: Indústria

Localização: Ministro Gabriel Passos 360 – Guabirotuba - Curitiba – PR

Figura 1: Fachada da Administração.

Fonte: própria (2013).

A Electrolux do Brasil atende o mercado latino-americano e possui um

Escritório Administrativo em São Paulo, uma fábrica de Lavadoras de Roupa,

Freezers e Fogões em São Carlos, uma fábrica de Condicionadores de Ar e

Microondas em Manaus e duas fábricas em Curitiba, uma de Refrigeradores e

Freezers e outra de Eletroportáteis.

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15

Em 2008, a Electrolux lançou o programa chamado “Green Spirit” que tem

suas atividades voltadas ao gerenciamento dos recursos naturais utilizados pela

empresa de forma a evitar o desperdício e contribuir para o meio ambiente.

Anualmente todas as plantas da Electrolux no mundo são auditadas para

obter a certificação do “Green Spirit”, que pode ser bronze, prata, outro ou platina.

No ano de 2012, foi estabelecida a meta de que todas as plantas do Brasil deveriam

ser certificadas no nível ouro deste programa, na Figura 2 é possível ver a vista

aérea das instalações da Electrolux Curitiba unidade Guabirotuba.

Figura 2: Instalações da Electrolux Guabirotuba. Fonte: Google Maps (2012).

1.2 PROBLEMAS E PREMISSAS

Para atendimento a uma determinação da matriz da Electrolux informando a

necessidade de um programa de eficiência energética chamado de “Green Spirit”

nas unidades da Electrolux, e este programa tem como meta economizar energia,

poupar água, reduzir a emissão de CO².

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16

A meta principal foi a redução de 3% ao ano no consumo de energia em

kWh / unidade produzida, e para água a meta do programa era que o consumo não

poderia ser maior que o do ano de 2012.

Para atendimento as recomendações deste programa foram verificados que havia

diversos desperdícios energéticos e oportunidades de ações em vários setores da

planta industrial da Electrolux unidade Guabirotuba.

Entre os problemas estão o uso inadequado de ar condicionado das áreas

administrativas que apresentavam possibilidades de redução de consumo com o

monitorado da temperatura e ajuste conforme norma NR 17 (ABNT, 1978), o não

desligamento entre turnos de produção e finais de semana também representava

uma oportunidade de redução de consumo com o desligamento das maquinas,

equipamentos, iluminação, etc., a quantidade excessiva de vazamentos e a

utilização inadequada da pressão do ar comprimido poderia ser corrigida com um

programa de gestão de ar comprimido, a falta de medição de energia nos grandes

consumidores não nos possibilitava a medição para validação das ações tomadas, a

baixa disponibilidade das máquinas e equipamentos poderia ser melhorada para se

conseguir uma maior produtividade, a utilização de iluminação de baixa eficiência

energética apresentava uma oportunidade de ganho com a troca para novas

tecnologias, a não utilização de fontes renováveis de energia era uma oportunidade

para a instalação de um conjunto de painéis solares e a falta de campanhas para

envolvimento das pessoas na conservação de energia elétrica.

Todos estes problemas apresentavam oportunidades para melhorar as

metas financeiras da empresa.

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo Geral

Descrever o processo de implantação do programa de Eficiência Energética

chamado de ”Green Spirit” na unidade Electrolux do Brasil S&A unidade Curitiba.

1.3.2 Objetivos Específicos

Foram definidos os procedimentos para implantação de um programa de

Eficiência Energética, e um método de avaliação das ações tomadas.

Para iniciar o programa foi necessário realizar o levantamento das

informações de consumo de energia e produção na empresa (faturas de energia

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17

elétrica, gás natural e GLP, volumes produzidos, etc.). Este programa também

contemplou a monitoração de temperatura das áreas administrativas, e um

procedimento de desligamento entre turnos de produção e finais de semana

juntamente com auditórias para validar o programa de desligamento.

Para os problemas com ar comprimido, realizou-se um programa que

contempla as ações para eliminar vazamentos, e a implantação de um sistema de

gerenciamento de compressores “on-line” que permitiu a redução da pressão e

medição de consumo de ar comprimido nas centrais e nos grandes consumidores.

Para os usuários que requeriam alta pressão a planta já estava utilizando a geração

individual de ar comprimido, e para determinar as causas da necessidade da alta

pressão utilizou-se a ferramenta da qualidade conhecida como diagrama de

Ishikawa (ISHIKAWA, 1993).

Para os grandes consumidores de energia elétrica e gás natural o programa

previa a instalação de medição de energia setorial e um manual de boas práticas

para a aquisição de novos equipamentos com a aplicação das ferramentas da

qualidade como o PM (manutenção produtiva) e SMED (troca rápida de

ferramentas) com a intenção de melhorar a Eficiência Global dos Equipamentos

(EGE).

Para a iluminação, realizou-se um estudo por modelo e nível de iluminação

requerida conforme NBR5413 (ABNT, 1992) e um comparativo de diversos tipos de

luminárias em uma área piloto da planta industrial.

Para aumentar o envolvimento das pessoas realizaram-se campanhas de

conscientização informando como elas poderiam ajudar na conservação de energia.

1.3.3 Estrutura do Trabalho

Este trabalho esta estruturado em capítulos e estão estruturados da seguinte

forma:

Capitulo 1- Uma abordagem dos problemas e oportunidades para o uso eficiente da

energia.

Capitulo 2 – Uma descrição do programa “Green Spirt” que tem como pilares

economizar energia, poupar água, reduzir a emissão de CO² e diminuir o uso de

substâncias químicas que agridam o meio ambiente.

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18

Capitulo 3 – Uma descrição do programa “Green Spirt” nível Bronze, este nível é

onde estão as grandes oportunidades de redução dos desperdícios e todas as ações

são de baixo custo de execução.

Capitulo 4 - Uma descrição do programa “Green Spirt” nível Prata que é focada nos

grandes consumidores de energia, a qual a redução dos desperdícios tem grande

impacto no consumo global da planta industrial.

Capitulo 5 - Uma descrição do programa “Green Spirt” nível Ouro que é focada em

ar comprimido, iluminação e envolvimento de pessoas.

Capitulo 6 – Neste capitulo se realizou a Medição e Verificação que faz a validação

dos resultados apresentados.

Capitulo 7 – Neste capitulo estão detalhados as propostas de ações futuras para a

melhoria do programa de eficiência energética com a inclusão de novas ações que

devem ser tomadas no ano de 2013.

Capitulo 8 – Conclusão demonstrando os resultados alcançados e dificuldades

encontradas para a implantação do programa de eficiência energética “Green Spirit”.

1.4 REFERENCIAL TEÓRICO

Atualmente, as empresas dos mais diversos ramos de atividade, necessitam

rever seus conceitos quanto à adoção de medidas para reduzir os desperdícios

energéticos (JANNUZZI e SWISHER, 1997).

Globalmente, a companhia segue as premissas do programa ”Green Spirit”

que é um conceito de desenvolvimento sustentável mundial, com o objetivo de reunir

ações para diminuir os impactos ambientais e principalmente, sistematizar a troca de

informações para melhoria de desempenho de suas unidades, envolvendo os

funcionários e os processos de produção, na Figura 3 tem-se exemplos de ações

que podem ser tomadas na indústria para melhoria da eficiência energética (INEGI,

2012).

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19

Figura 3: Eficiência energética na indústria. Fonte: Instituto de engenharia mecânica e gestão industrial. (2013).

Dentro da eficiência energética, há possibilidade de análise, diagnóstico e

correção de situações desfavoráveis (INEE, 2012), aplicando os conhecimentos

obtidos durante a pós-graduação em eficiência energética, propondo a elaboração

de um processo para a implantação de um programa de eficiência energética

chamado de ”Green Spirit”. Espera-se com a implantação deste programa a

correção de situações desfavoráveis, bem como o aumento de competitividade

industrial, além disso, contribuir para o alcance das metas de sustentabilidade da

companhia.

1.5 JUSTIFICATIVA

Para a implantação do programa de eficiência energética chamado de

”Green Spirit” na unidade Electrolux do Brasil S&A unidade Curitiba, verificou-se que

a implantação de um programa de eficiência energética é uma forma de melhorar o

desempenho energético nos processo produtivo, e atingir a meta de redução

proposta de 3% ao ano.

Uma das ferramentas da qualidade que se utilizou para auxiliar a

implantação do programa para redução dos desperdícios foi o 5W2H. O modelo de

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20

plano de ação 5W2H possui esse nome porque se orienta através de sete palavras

(inglês) que começam com estas letras.

WHAT (o que será feito) reduzir o consumo de energia em 3% em kWh/produto no

ano de 2012 com relação a 2011.

WHY (por que será feito) a redução dos desperdícios é importante para a

competitividade da Electrolux no mercado nacional.

WHERE (onde será feito) planta Industrial da Electrolux de Curitiba.

WHEN (quando será feito) durante o ano de 2012.

WHO (por quem será feito) departamento de engenharia de fábrica e colaboradores.

HOW (como será feito) com a utilização das ferramentas e recomendações do

programa “Green Spirit”.

HOW MUCH (quanto custará) o programa tem previsão de custo inicial de R$

200.000,00.

Este modelo de plano de ação deve ser usado como ferramenta gerencial

pelos envolvidos no programa “Green Spirit” para planejar o que deve ser feito,

distribuir as tarefas entre os integrantes da equipe e acompanhar o que cada um

está fazendo. É interessante saber que esse método tem a sua origem conhecida

remontando a cerca de 400 anos antes de Cristo, pois era utilizado pelo filósofo

Sócrates (BROCKA, 2012).

Plano de Ação 5W2HData da criação do plano: 1/1/2012 Responsável: Objetivo:Data da revisão do plano: Responsável: Indicador:

Meta:

Início Fim

Reduzir o consumo de energia em 3% em

kWh/protuto no ano de 2012 com relação a

2011.

Com a utilização das ferramentas e

recomendações do programa

Green Spirit

Departamento de Engenharia de Fábrica e

colaboradores

1/1/2012 30/12/2012

Planta Industrial

da Electrolux de Curitiba

A redução dos desperdícios é

importante para a competitividade da

Electrolux no mercado nacional.

R$ 200,00 100,00%

O que Como Quem

Jorge Ghazal

Quando% CompletoQuantoPor queOnde

kWh/produto produzidoRedução Consumo Energia

3 % ao Ano

Tabela 1: Plano de Ação 5W2H.

Fonte: Autoria própria.

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21

2 O PROGRAMA GREEN SPIRIT

2.1 RESUMO DO PROGRAMA GREEN SPIRIT

O Programa ”Green Spirit” tem como pilares economizar energia, poupar

água, reduzir a emissão de CO² e diminuir o uso de substâncias químicas que

agridam o meio ambiente. Para a redução do consumo de energia e água nas suas

plantas industriais, escritórios e armazéns (Electrolux do Brasil S&A, 2012). As

metas definidas para o ano de 2012, é de 3% em relação ao ano de 2011. A meta de

redução do consumo de energia para 2015, em relação ao ano de 2011, é de 15%.

Para o ano de 2012.

O termo ”Green Spirit” refere-se ao programa global de desenvolvimento

sustentável da Electrolux e deriva do inglês ”Green” (verde) e ”Spirit” (espírito)

espírito verde. Para um melhor entendimento do programa, o mesmo foi estruturado

em quatro níveis que são os níveis bronze, prata, ouro e platina. O nível bronze é o

nível onde estão as grandes oportunidades de redução dos desperdícios, e todas as

plantas industriais devem implementar as ações propostas do nível bronze para

solicitar a certificação para os próximos níveis prata, ouro e platina.

O nível platina representa a excelência em gestão de eficiência energética

que é um estudo para mudanças físicas na planta industrial, onde deve estudar a

capacidade de cada fase do processo de produção para identificar as atividades

necessárias para implementar um fluxo contínuo de funcionamento das linhas de

montagem com a reorganização dos trabalhos, eliminação de estoques

intermediários, etc.

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22

3 PROGRAMA GREEN SPIRIT NÍVEL BRONZE

3.1 RESUMO DAS AÇOES DO NÍVEL BRONZE

O nível bronze tem como ações propostas para monitoração e controle de

temperatura, programa de monitoração e desligamento de energias em períodos

sem atividades, eliminação de vazamentos de ar comprimido e a redução da

pressão do ar comprimido na planta industrial.

A certificação nível bronze é a mais abrangente de todas e envolve os

principais tópicos de redução de desperdícios. Para a implementação deste nível foi

necessário muito trabalho e envolvimento de todas as áreas da indústria, e os custos

foram relativamente baixos, não requerendo grandes investimentos.

A principal dificuldade encontrada neste nível do programa foi a instalação

de medição de energia nos grandes consumidores que são as termoformadoras,

injetoras e pintura. Esta ação depende de um desligamento da máquina para

instalação dos componentes elétricos, e como a demanda de produção estava

elevada, grande parte das máquinas trabalhavam todos os domingos. Também foi

importante ressaltar as dificuldades encontradas com a integração da medição via

“ethernet” com o sistema de tecnologia da informação da Electrolux.

Hoje todas as ações do nível bronze do programa ”Green Spirit” estão

implementadas e ha um grande esforço para manter estas ações.

A seguir estão detalhadas as ações para a implantação do programa “Green

Spirit” nível bronze.

3.2 MONITORAÇÃO DE TEMPERATURA

3.2.1 Controle de Temperatura Verão / Inverno

Inverno: a engenharia industrial definiu a máxima temperatura de

aquecimento para cada área dos edifícios de produção e escritório.

Verão: a engenharia industrial definiu o ajuste da mínima temperatura de

refrigeração para cada área dos edifícios de produção e escritório.

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23

- Exemplo de Evidência.

A planta industrial não tem ar condicionado, portanto, não é necessário o

controle de temperatura.

Para as áreas administrativas foi definida a temperatura conforme a norma

NR 17 (ABNT, 1978), com o limite de temperatura de 20ºC a 23ºC que é a condição

de conforto térmico. Na Figura 4 é possível ver um exemplo de como foi dividida as

áreas monitoradas.

Figura 4: Exemplo de como as áreas forma distribuídas

Fonte: Autoria própria.

3.2.2 Método de Medição de Temperatura

A engenharia industrial definiu o método para medir a temperatura da planta

industrial e administrativa (pontos de medição de frequência, equipamento de

medição, e o método de gravação).

- Exemplo de Evidência:

Foram instalados 35 medidores do tipo “logger”, nas áreas administrativas /

engenharia e monitoração da temperatura ambiente, e os medidores estão

programados para registrar a temperatura a cada hora. O “download” dos dados é

realizado uma vez a cada mês, e estes dados são transferidos para uma planilha de

controle em Excel a Figura 5 mostra o “logger” utilizado para medição e registro da

temperatura..

Figura 5: “LOGGER” responsável pelos registros de temperatura.

Fonte: Autoria própria.

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24

Foi realizada a informação aos setores sobre a temperatura de conforto

térmico de 20ºC a 23ºC conforme a NR 17 (ABNT, 1978), a Figura 6 mostra a foto

do adesivo que foi confeccionado com o logotipo do “Green Spirit“e instalado em

todos os aparelhos de ar condicionados.

Figura 6: Exemplo do adesivo de informação da temperatura.

Fonte: Autoria própria.

3.2.3 Registros de Temperatura

Os dados foram gravados de acordo com um método de medição de

temperatura e estes devem ser disponibilizados em um gráfico, juntamente com os

níveis mínimos e máximos.

- Exemplo de Evidência:

Conforme o gráfico da Figura 7 é possível verificar os registros de

temperatura da área do ambulatório comparada com a temperatura ambiente,

juntamente com os limites mínimo e máximo de temperatura.

Figura 7: Exemplo de gráfico de temperatura.

Fonte: Autoria própria.

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25

3.2.4 Procedimento de Gerenciamento de Temperatura

A engenharia industrial elaborou um procedimento escrito de gestão de

temperatura para garantir a utilização eficiente dos sistemas de aquecimento /

resfriamento presente na planta.

- Exemplo de Evidência:

A engenharia industrial elaborou um procedimento de gerenciamento de

temperatura, a capa deste documento pode ser vista na Figura 8, este documento

informa como deve ser a gestão de temperatura, auditorias, aquisição e manutenção

de ar condicionado.

Figura 8: Capa do procedimento de gestão de temperatura.

Fonte: Autoria própria.

3.2.5 Resultados das Ações de Gerenciamento de Temperatura

Antes destas ações, as áreas regulavam a temperatura do ar condicionado

em 17°C que era a menor temperatura possível, e os aparelhos de ar condicionados

ficavam ligados durante toda a noite para que no dia seguinte o ambiente estivesse

refrigerado. A área administrativa representa 4% do consumo da planta e como

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26

estão instalados mais de 600 aparelhos de ar condicionado, a redução energética

com esta ação foi de aproximadamente 1 % do consumo total da planta industrial.

3.2.6 Plano de Manutenção de Ar Condicionado

A engenharia industrial definiu as ações necessárias para preparar as

instalações para a mudança de estações do ano verão / inverno (prevenção de

perdas de calor, manutenção preventiva).

- Exemplo de Evidência:

Foi implantado um procedimento de auditoria para verificar as temperaturas

utilizadas nos aparelhos de ar condicionado. As temperaturas de trabalho dos

equipamentos não variavam com a mudança de estações do ano de verão para

inverno. Também foi implementado um plano de manutenção preventiva para ar

condicionado conforme Figuras 9 e 10.

Figura 9: Programa de manutenção preventiva de ar condicionado.

Fonte: Software ManuSis ® ,sistema de manutenção (2013).

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27

Figura 10: Exemplo do plano de preventiva de inspeção.

Fonte: Software ManuSis ® ,sistema de manutenção (2013).

3.2.7 Ações Corretivas em Caso de Não Conformidade

Onde os registros de temperatura estavam fora do nível mínimo / máximo,

as ações corretivas e os dados históricos mostraram que essas ações foram

eficazes.

- Exemplo de Evidência:

Quando os dados registrados estavam fora do limite mínimo / máximo, uma

comunicação eletrônica era aberta no Sistema de Gestão Integrada da Electrolux

conforme demonstrado no exemplo da Figura 11 sobre a necessidade de

desligamento do ar condicionado nos períodos sem atividades.

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28

Figura 11: Exemplo de comunicação eletrônica.

Fonte: Sistema de Gestão Integrada Electrolux (2013).

3.2.8 Resultados das Ações de Manutenção de Ar Condicionado e Auditórias

Antes das ações de monitoração da temperatura não havia um plano de

manutenção preventiva para os aparelhos de ar condicionado visando à eficiência

energética, o que fazia com que os aparelhos não tivessem um rendimento

satisfatório, com a implementação do plano de manutenção preventiva pretendia-se

assegurar que todos os aparelhos trabalhassem em sua condição ideal de

funcionamento. Se durante a auditória alguma área mantivesse o aparelho de ar

condicionado ligado fora do expediente de trabalho ou final de semana uma

comunicação ambiental era gerada e deveria ser respondida pelo gerente da área.

Não foi possível medir a redução do consumo com a manutenção preventiva de ar

condicionado, mas como comentado anteriormente o programa de desligamento de

ar condicionado e monitoração da temperatura proporcionou uma redução de

aproximadamente 1 % em relação ao consumo total da planta industrial.

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29

3.3 USO DE ENERGIA EM PERÍODOS SEM ATIVIDADES

3.3.1 Programa de Desligamento em Períodos Sem Atividades

Foi elaborado um programa para assegurar que os equipamentos estavam

devidamente desligados quando o seu funcionamento não era necessário.

O programa levou em consideração:

• a elaboração de um mapa visual da planta mostrando todos os equipamentos

e pessoas responsáveis por desligar / ligar em cada área;

• a elaboração de um procedimento padrão com um mapa de localização e

instruções escritas para desligar / ligar em cada área, mostrando a sequência

com segurança e método para desligar / ligar.

- Exemplo de Evidência:

A Figura 12 mostra um exemplo de procedimento de desligamento com o

mapa visual (AutoCAD 2008) de cada área nas linhas de montagem.

Figura 12: Exemplo do procedimento de desligamento.

Fonte: Autoria própria.

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30

3.3.2 Monitoração Gráfica do Consumo de Energia

O uso de energia para os períodos de trabalho foram graficamente

monitorados e armazenados em uma base de dados, e eram realizadas

comunicações mensais nos quadros do programa “Green Spirit”.

- Exemplo de Evidência:

Era realizado o acompanhamento dos registros de energia elétrica usada na

planta industrial pelo “software” de supervisão SisACS, na Figura 13 é demonstrada

a tela de monitoração de consumo do “software” SisACS.

Figura 13: Tela de visualização do software de controle.

Fonte: “Software” SisACS , Gerenciamento e Controle de Energia Elétrica e Utilidades.

Mensalmente eram divulgados no quadro de informações do “Green Spirit”

os resultados do acompanhamento da meta de consumo de energia e água da

planta industrial, conforme pode ser visto na Figura 14.

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31

Figura 14: Informativo do acompanhamento de metas de consumo. Fonte: Documento interno da Electrolux do Brasil S&A (2012).

3.3.3 Meta de Consumo de Energia Elétrica por Turnos de Trabalho

Os níveis de consumo de energia para os períodos de produção foram

definidos. Os desvios dos valores da meta deveriam ser conhecidos e ações

corretivas foram tomadas quando necessárias. Os dados históricos deveriam

mostram que as ações corretivas foram eficazes.

- Exemplo de Evidência:

Conforme Figura 15 pode ser visto os gráficos de consumo com a produção

normal 8.350 kW, produção normal e manutenção 2.600 kW, e nenhuma atividade

1.600 kW.

Figura 15: Metas de energia por período. Fonte: “Software” SisACS , Gerenciamento e Controle de Energia Elétrica e Utilidades.

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32

3.3.4 Monitoração do Consumo nos Grandes Consumidores

Por meio do sistema de gerenciamento de energia “online”, que aparece

representado na Figura 16 (Schneider Electric, 2012), foi possível monitorar o

consumo por máquina e identificar onde era necessário colocar esforços para o

aumento da eficiência energética. Também era possível verificar a eficácia das

ações tomadas para a redução do consumo de energia elétrica.

Figura 16: Gerenciamento de consumo de energia elétrica.

Fonte: Schneider Electric, Gerenciamento e Controle de Energia Elétrica e Utilidades.

3.3.5 Auditoria de Desligamentos

Um programa de auditoria de desligamento foi implementado e os dados

históricos mostraram que o programa era eficaz.

- Exemplo de Evidência:

As auditorias foram realizadas mensalmente pelo técnico de manutenção e

na Figura 17 é possível ver o exemplo do “check list” utilizado nas auditórias. No

caso do não cumprimento das recomendações de desligamentos, uma comunicação

eletrônica era aberta no Sistema de Gestão Integrada da Electrolux sobre a

necessidade de desligamento de máquinas, equipamentos e iluminação.

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33

Figura 17: Auditórias do Green Spirit. Fonte: Autoria própria.

3.3.6 Resultados das Ações do Uso de Energia nos Períodos Sem Atividades

Antes das ações para o uso racional de energia nos períodos sem

atividades, a planta industrial não realizava o desligamento dos equipamentos, e em

parte da iluminação não era possível desligar por não haver teclas para ligar ou

desligar as mesmas, somente era possível fazer o desligamento nos disjuntores dos

painéis elétricos sendo que esta situação foi corrigida em toda a planta industrial. A

redução energética estimada com estas ações foi de aproximadamente 0,1 % do

consumo total da planta industrial.

3.4 PROGRAMA PARA ELIMINAR VAZAMENTOS DE AR COMPRIMIDO

3.4.1 Monitoração do Nível de Vazamentos

Foram realizadas as medições do nível de vazamentos de ar comprimido da

planta industrial e estas medições eram monitoradas com uma frequência pré-

estabelecida.

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34

O nível de vazamento foi comparado em relação ao percentual de ar

comprimido necessário para a plena operação da planta para definição de uma

meta.

- Exemplo de Evidência:

A medição do nível de vazamento de ar foi definida para ser realizada em

intervalos de 60 dias, e foi elaborado um gráfico conforme demonstrado na Figura 18

para acompanhar os dados coletados. Quando o nível de vazamento de ar era maior

do que 10% o intervalo das medições passavam a ser feitas com uma frequência de

30 dias.

Figura 18: Gráfico para monitoração de vazamentos de ar comprimido.

Fonte: Autoria própria.

3.4.2 Manutenção Corretiva de Vazamentos de Ar Comprimido

Foi elaborada uma ordem de serviço específica para manutenção corretiva

de vazamentos de ar comprimido, conforme exemplo demonstrado na Figura 19.

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35

Figura 19: Exemplo de ordem de trabalho para eliminação de vazamento.

Fonte: Software ManuSis ® ,sistema de manutenção (2012).

3.4.3 Manutenção Preventiva de Vazamentos de Ar Comprimido

A engenharia industrial elaborou um programa de eliminação de vazamento

de ar comprimido que visava à redução dos vazamentos de ar a um nível inferior a

10%, conforme demonstrado nas Figuras 20, 21 e 22 está a rota de inspeção e os

formulários de manutenção preventiva.

Uma verificação periódica era realizada para determinar a localização dos

vazamentos de ar comprimido e se os reparos dos vazamentos identificados foram

realizados com agilidade.

- Exemplo de Evidência:

Foi elaborada uma ordem de serviço específica para a manutenção

preventiva de reparo de vazamentos de ar comprimido. Também havia um

cronograma específico para reparo de vazamento de ar comprimido.

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36

Figura 20: Rota de inspeção de vazamento de ar comprimido. Fonte: Software ManuSis ® ,sistema de manutenção (2012).

Figura 21: Atividade de reparo de vazamentos de ar comprimido. Fonte: Software ManuSis ® ,sistema de manutenção (2012).

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37

Figura 22: Cronograma de reparo de vazamentos de ar comprimido.

Fonte: Software ManuSis ® ,sistema de manutenção (2012).

3.4.4 Metas do Nível de Vazamento de Ar Comprimido

Os resultados do programa de reparo de vazamentos de ar comprimido

tinham que atender uma das seguintes metas:

O nível de vazamento de ar comprimido deveria ser inferior a 10%, ou o nível de

vazamento deveria ser reduzido em 25% ou mais, em comparação com relação ao

nível mais alto de vazamento do ano anterior (a meta deveria ser atingida no

terceiro trimestre do presente ano).

- Exemplo de Evidência:

Com as ações de reparos e eliminação de vazamentos de ar comprimido foi

possível manter o nível de vazamentos abaixo dos 10%.

3.4.5 Estudos para Separar e Isolar Áreas Sem Utilização de Ar Comprimido

Atividades de engenharia foram conduzidas para isolar as áreas ou

equipamentos que não eram necessários estar disponíveis para quando houvesse

trabalho parcial em uma determinada área.

- Exemplo de Evidência:

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38

Foi realizado um estudo para isolar a linha de montagem 5 em times de

trabalho, com a utilização de válvulas de bloqueio operando por CLP, para quando

houver a interrupção da produção todo o ar comprimido seja desligado. O presente

trabalho ainda não foi executado, e esta aguardando a liberação de recurso

financeiro para a execução dos serviços. O investimento necessário para realizar

esta ação foi dividido por time de trabalho e o valor total para as adequações é de

R$ 240.635,35

3.4.6 Resultados das Ações da Redução do Nível de vazamentos

Antes das ações para redução do nível de vazamentos não se realizava a

medição dos vazamentos na planta industrial, e com a medição foi verificado que,

27,5% do ar comprimido gerado na planta industrial era desperdiçados com

vazamentos.

Após a redução do nível de vazamentos para um nível menor que 10% a economia

estimada com esta ação foi de aproximadamente 0,5 % do consumo geral da planta

industrial.

3.5 REDUÇÃO DA PRESSÃO DE AR COMPRIMIDO

3.5.1 Pressão de Trabalho da Planta Industrial

Para determinar a pressão necessária de ar comprimido na planta industrial

realizou-se a medição da pressão do sistema na sala de compressores e no ponto

de uso da planta industrial.

- Exemplo de evidência:

Foi implantado um programa que monitorava e gerenciava o sistema de ar

comprimido. Atualmente o sistema de ar comprimido está trabalhando com uma

pressão de 6,0 bar na sala de compressores, na Figura 23 podemos ver a tela

principal do gerenciador de compressores (INGERSOLRAND, 2012).

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39

Figura 23: Software do sistema de gerenciamento de ar comprimido.

Fonte: Software (VX), sistema de gerenciamento de compressores Ingersoll Rand (2012).

3.5.2 Pressão Requerida para Operação na Planta Industrial

A engenharia industrial realizou uma avaliação do menor nível de pressão

necessária para operação dos equipamentos de produção. Os processos

específicos que requeriam elevados níveis de pressão, por exemplo, maior do que

6,5 bar foram identificados e mapeados.

- Exemplo de Evidência:

Realizou-se uma verificação das especificações das maquinas e

equipamentos para verificar a pressão nominal de trabalho, onde se verificou que a

pressão nominal necessária para operação da grande maioria das máquinas e

equipamentos é de 6,0 bar.

Também foram identificados os usuários de alta pressão, estes usuários

eram as cabines de pintura das duas fábricas, a pressão necessária para o processo

de pintura era de 7,5 bar. Para o processo de pintura foram instalados dois

compressores para a geração individual destes equipamentos que requerem alta

pressão, conforme demonstrado na Figura 24 o projeto da planta industrial esta

mapeado com os dois usuários de alta pressão (AutoCAD 2008).

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40

.

Figura 24: Processos que necessitam de alta pressão 7,5 bar. Fonte: Documento interno da Electrolux do Brasil S&A.

3.5.3 Indicação Visual da Pressão de Operação

A pressão correta de funcionamento de todos os equipamentos foi

visualmente indicada.

- Exemplo de Evidência:

Foi confeccionado um logo, conforme demonstrado na Figura 25, para

indicação visual da pressão necessária nas áreas da planta industrial e nos

equipamentos, a pressão ideal para os equipamentos da planta em 2012, foi definida

em 6 bar, e para 2013, foram realizados testes para reduzir a pressão para 5,5 bar.

Figura 25: Indicação visual de que estão nas áreas e nos equipamentos. Fonte: Autoria própria.

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41

3.5.4 Análise da Necessidade de Alta Pressão de Ar Comprimido

No caso em que era necessária uma pressão de ar comprimido no ponto de

utilização maior do que 6,5 bar realizou-se atividades de melhoria contínua para

analisar e eliminar as causas desta necessidade de alta pressão (ou em processo

específico ou no sistema de distribuição de ar).

- Exemplo de Evidência:

Para entender o comportamento e as necessidades do processo que

necessitam de alta pressão, foram instalados manômetros em pontos chaves do

equipamento de pintura, conforme demonstrado nas Figuras 26 e 27. Iniciou-se um

plano de ação através do diagrama de causa e efeito para entender e definir as

causas para a necessidade da alta pressão (ISHIKAWA, 1993), conforme Figura 28,

mas devido a diversos problemas no processo operacional da pintura as ações

ainda não foram implementadas.

Figura 26: Medidor de vazão de ar comprimido da cabine de pintura.

Fonte: Autoria própria.

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42

Figura 27: Medidor de pressão do ar comprimido da pintura.

Fonte: Autoria própria.

Figura 28: Exemplo de análise do processo pelo método Ishikawa.

Fonte: Autoria própria.

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43

3.5.5 Definição da Pressão Ideal de Ar Comprimido

A engenharia industrial definiu a pressão ideal do sistema de ar comprimido

necessária para operação normal dos equipamentos (por exemplo, 5,5 bar). A partir

da definição da pressão ideal de trabalho, a especificação de projeto de qualquer

novo equipamento a ser instalado na planta industrial deve atender a este requisito.

- Exemplo de Evidência:

A pressão ideal na central de compressores foi definida como sendo de 6,0

bar. Através de uma comunicação por e-mail foi informado para todos os

departamentos responsáveis pela compra de novas máquinas e equipamentos que

os novos equipamentos adquiridos deveriam trabalhar com uma pressão máxima de

6,0 bar (Diretrizes de Eficiência Energética de Novos Equipamentos).

3.5.6 Ações para Redução da Alta Pressão de Ar Comprimido

As ações tomadas sobre os usuários que necessitam de alta pressão devem ser

eficazes, e a pressão do sistema de ar comprimido deve ser reduzida.

- Exemplo de Evidência:

Devido a diversos problemas no processo de pintura (baixa camada de tinta,

camada irregular, etc.) o processo de pintura está em investigação, e as ações para

redução da pressão ainda não foram implementadas, novas ações serão realizadas

durante o ano de 2013.

3.5.7 Resultados das Ações para Redução da Pressão do Ar Comprimido

Antes das ações para a redução da pressão do ar comprimido, eram

necessário 4 compressores em funcionamento com a capacidade máxima de

pressão de 7,2 bar. Isso faz com os compressores não operassem em modo alívio /

carga, pois a pressão de 7,2 bar somente era atingida com a planta industrial

parada. Após a redução da pressão de 7,2 bar para 6,0 bar foi possível manter as

operações com 3 compressores e a economia estimada com esta ação foi de

aproximadamente 0,6 % do consumo geral da planta industrial.

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44

3.6 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA PARA NOVOS EQUIPAMENTOS

3.6.1 Documentos de Regras para Aquisição de Novos Equipamentos

A engenharia industrial elaborou um documentado para aquisição de novos

equipamentos, com as regras técnicas a serem observadas no momento da

aquisição de um novo equipamento, a fim de assegurar que qualquer nova máquina

instalada na planta possa executar a tarefa para a qual foi concebida utilizando a

quantidade mínima possível de energia e de água, sem afetar o desempenho,

segurança ou qualidade a capa deste manual de eficiência energética esta

demonstrado na Figura 29.

Figura 29: Documentos de orientações de eficiência energética em maquinas. Fonte: Manual de boas práticas da Electrolux (2012).

- Exemplo de Evidência:

Foram seguidas as orientações do documento de Eficiência Energética na

aquisição de novos equipamentos para a Electrolux. Também foi consultado o

documento fornecido pela Electrolux da Itália para projetos de iluminação, a capa do

manual de eficiência energética para iluminação esta demonstrado na Figura 30.

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45

Figura 30: Documentos de orientações de eficiência energética em iluminação.

Fonte: Manual de boas práticas da Electrolux (2012).

3.6.2 Aplicação do Documento para Aquisição de Novas Máquinas

Os documentos anteriormente mencionados, foram oficialmente

implementados e eram conhecidos por todos os membros da equipe de engenharia

que estavam envolvidos na aquisição de novos equipamentos.

- Exemplo de Evidência:

Para registrar a comunicação, foi enviado um e-mail, conforme Figura 31,

pelo supervisor da engenharia de fábrica para os departamentos de engenharia

industrial e engenharia de manufatura que são os departamentos responsáveis pela

aquisição de novas máquinas e equipamentos, também foram informando sobre as

diretrizes de Eficiência Energética para aquisição de novas máquinas e

equipamentos.

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46

Figura 31: e-mail que foi enviado pelo Supervisor de Engenharia Industrial.

Fonte: DLUGOSZ et al. (2012).

3.6.3 Aquisição de Novos Equipamentos

Qualquer novo equipamento adquirido a partir da data de emissão do

documento deveria ser fabricado observando as regras de Eficiência Energética.

- Exemplo de Evidência:

Em Setembro de 2012 foi instalado um novo transportador, conforme

demonstrado na foto da figura 32 para a linha de montagem 1, e este equipamento

trabalhava com cilindros pneumáticos da marca FESTO com pressão máxima de

trabalho em 5,5 bar (FESTO, 2012), este transportador possui inversores de

frequência em todos os motores para redução do consumo de energia elétrica.

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47

Figura 32: Novo transportador da linha de montagem.

Fonte: Autoria própria. 3.6.4 Resultados das Ações Para a Aquisição de Novos Equipamentos

Antes da divulgação do documento de Eficiência Energética na aquisição de

novos equipamentos, não havia definições e padrões de como deveriam ser

construídos os novos equipamentos, permitindo variações na construção dos

equipamentos e que não fossem os mais adequados as instalações industriais

existentes. Com o manual de boas praticas na aquisição de novos equipamentos foi

possível eliminar futuros desperdícios devido à compra de um equipamento que

respeite as recomendações de fabricação e que tenha alta eficiência energética.

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48

3.7 CONSIDERAÇÕES DO CAPITULO NÍVEL BRONZE

3.7.1 Diagnostico Prévio da Situação

Antes do programa nível bronze não havia a preocupação com o consumo

energético na planta e cada departamento fazia ações isoladas de acordo com sua

gestão. Com as definições do programa “Green Spirit” todos os departamentos

tiveram que se adequar às novas exigências, pois o “Green Spirit” passou a ser

parte de um programa de manufatura global da Electrolux chamado de EMS

(“Electrolux Manufacturing System”) que contempla segurança, qualidade, custo,

entrega e motivação. Para o ano de 2012 foi incluído o programa “Green Spirit”

dentro do programa do EMS.

Todas as ações requeridas pelo programa a nível bronze foram

implementadas com sucesso, e com este nível do programa foi alcançada uma

redução no consumo de 2,2% em relação ao consumo do ano de 2011, e esta

redução representa uma economia anual de aproximadamente R$ 280.000,00.

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49

4 PROGRAMA GREEN SPIRIT NÍVEL PRATA

4.1 RESUMO DAS AÇOES DO NÍVEL PRATA

O nível prata tinha como ações propostas, a monitoração e controle dos

processos de utilização intensiva de energia, monitoração da eficiência global dos

equipamentos (EGE) e análises do consumo de energias nestes processos.

A certificação nível prata seria conseguida após a implementação de todas

as ações do nível bronze, e era focada nos grandes consumidores de energia, a

qual a redução dos desperdícios tem grande impacto no consumo global da planta

industrial. Para implantação deste nível, novos métodos de trabalho e projetos

deveriam ser desenvolvidos e os custos são de acordo com a dificuldade encontrada

em cada projeto. A principal dificuldade encontrada para implementação deste nível

foi o desafio de melhorar a eficiência global do equipamento (EGE), pois envolve

disponibilidade, desempenho e índice de qualidade. O nível prata do programa

“Green Spirit” foi atingido e foi monitorado durante todo o ano de 2012, para manter

as ações implementadas.

4.2 PROCESSOS DE UTILIZAÇÃO INTENSIVA DE ENERGIA.

4.2.1 Identificação Dos Grandes Consumidores de Energia

A engenharia industrial realizou uma avaliação nos processos existentes de

utilização intensiva de energia. Estes processos foram conhecidos e as suas fontes

de energia foram identificadas. Os processos foram classificados de forma gráfica,

para que se permitisse a identificação dos principais consumidores de energia.

- Exemplo de Evidência:

Foi elaborada uma tabela com o consumo de energia elétrica e gás natural

dos grandes consumidores, conforme tabelas 2 e 3. As injetoras e termoformagem

são os dois maiores consumidores de energia elétrica e a pintura é o maior

consumidor de gás natural.

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50

Eletricidade consumo por área

Área / Processo 2013 %

1 Termoformadoras 15,92%

2 Injetoras 13,58%

3 Pintura 12,24%

4 Compressores 12,19%

5 Iluminação com lâmpadas fluorescente 9,62%

6 Iluminação com lâmpadas vapor metálico 7,38%

7 Metalurgia 6,80%

8 Espumação de gabinete 4,87%

9 Administração 4,00%

10 Linhas de montagem 3,00%

11 Espumação de portas 2,42%

12 Bombas e exaustores 2,33%

13 Pré tratamento de chapas 2,10%

14 Laboratórios 2,09%

15 Bombas de vácuo 1,52%

Tabela 2: Processos intensivos de energia elétrica.

Fonte: Autoria própria.

Grandes consumidores de Gás Natural

1 Queimador 1 da estufa de cura pintura F1 19,37%

2 Queimador 2 da estufa de cura pintura F1 9,87%

3 Queimador 1 da estufa de secagem F1 9,49%

4 Queimador 3 da estufa de pintura cura F1 9,49%

5 Queimador 2 da estufa de secagem F1 8,65%

6 Queimador Infra Vermelho F2 7,08%

7 Pré tratamento boiler F1 7,07%

8 Embaladora linha montagem 3 5,8%

9 Embaladora linha montagem 4 4,8%

10 Queimador 2 da estufa de secagem F1 4,68%

11 Restaurante 4,63%

12 Embaladora linha montagem 2 3,12%

13 Embaladora linha montagem 1 2,68%

14 Embaladora linha montagem 5 2,38%

TOTAL 100,0%

Tabela 3: Processos intensivos de Gás Natural. Fonte: Autoria própria.

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51

4.2.2 Identificação dos Processos de Utilização Intensiva de Energia

Com a medição e identificação dos grandes consumidores de energia foi

possível priorizar os esforços onde a redução dos desperdícios tinha grande impacto

no consumo global da planta industrial.

4.2.3 Monitoração da EGE

Levando em consideração os dois primeiros processos intensivos de

energia, a Eficiência Global do Equipamento (EGE) e o consumo de energia foram

monitorados. O tempo de ciclo da máquina era conhecido e indicado visualmente no

equipamento, nas Figuras 33 e 34 é possível ver como a Eficiência Global do

Equipamento era monitorada.

- Exemplo de Evidência:

A engenharia industrial determinou que um responsável deveria verificar

constantemente o “software” (PCPMASTER) que monitora online o tempo de ciclo

das máquinas.

Figura 33: Exemplo de como a EGE é monitorado. Fonte: “Software” do Sistema de Gerenciamento de Produção PCPMASTER (2012).

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52

Figura 34: Exemplo de como a EGE é monitorado. Fonte: Autoria própria.

Nas máquinas e equipamentos havia um documento que mostrava todos os

parâmetros de ajustes para diferentes tipos de moldes, incluindo o tempo de ciclo

das máquinas conforme pode ser visto nas fichas técnicas da Figura 35.

Figura 35: Exemplo de fichas técnica de operação de máquina. Fonte: Documento interno da Electrolux do Brasil S&A (2012).

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53

4.2.4 Melhoria da EGE nos Grandes Consumidores

Levando em consideração os dois primeiros processos intensivos de energia

as equipes multifuncionais trabalharam ativamente nos processos de utilização

intensiva de energia para melhorar continuamente a sua eficiência (EGE +

Ferramentas EMS padrão). O tempo de ciclo (ou saturação de equipamentos) e

atividades de otimização, faziam parte do plano de ação de melhoria contínua.

- Exemplo de Evidência:

Havia uma equipe (PM, SMED), que era focado em melhoria da eficiência

global dos equipamentos e implementação do programa EMS com a utilização das

ferramentas padrão do EMS. Esta equipe também trabalhava para melhorar o tempo

de ciclo nos principais equipamentos que estavam com o tempo saturado, nas

Figuras 36 e 37 é possível ver um exemplo dos gráficos de disponibilidade e

produtividade de equipamentos.

Figura 36: Exemplo de disponibilidade de seguimento.

Fonte: “Software” do Sistema de Gerenciamento de Produção PCPMASTER (2012).

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54

Figura 37:Exemplo de produtividade por segmento.

Fonte: “Software” do Sistema de Gerenciamento de Produção PCPMASTER (2012).

4.2.5 Definição da Meta de Melhoria da EGE 2011 x 2012

Para o ano de 2012, foi definida a meta de melhoria no indicador da

eficiência global dos equipamentos (EGE) com base na média de 2011, para os dois

maiores processos de uso intensivos de energia.

Para os processos de 2011, que tiveram uma eficiência global dos

equipamentos menor que 45%, a planta deveria demonstrar uma melhoria de 20%

no final do 3º trimestre. Para os processos que em 2011, tiveram uma eficiência

global dos equipamentos menor que 65%, a planta deveria demonstrar uma

melhoria de 10% no final do 3º trimestre. Para os processos que em 2011, estavam

acima de uma eficiência global de equipamentos médio de 65%, a planta deveria

definir sua própria meta de melhoria durante o período de pré-avaliação.

- Exemplo de Evidência:

A meta estabelecida pela engenharia industrial para a eficiência global de

equipamentos foi definida em 79% para a moldagem por injeção e 75% para a área

de termoformagem, nos gráficos das Figuras 38 e 39 é possível acompanhar a

eficiência global dos equipamentos em gráfico mensal.

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55

Figura 38: Monitoramento gráfico do EGE da moldagem por Injeção.

Fonte: Autoria própria.

Figura 39: Monitoramento gráfico do EGE da termoformagem. Fonte: Autoria própria.

4.2.6 Resultados das Ações da Monitoração da EGE

Antes da implementação das ações para monitoração da Eficiência Global

de Equipamentos (EGE) não era possível avaliar se as melhorias realizadas nos

equipamentos eram eficazes, e não era realizado o acompanhamento da Eficiência

Global dos Equipamentos. Após o monitoração da EGE foi possível detectar que

máquinas iguais tinham resultados de produtividade e qualidade diferentes, e tomar

ações para identificar e corrigir os problemas.

Com a identificação dos grandes consumidores e com a implementação da

monitoração da eficiência global dos equipamentos foi possível direcionar os

esforços onde poderia haver maiores ganhos energéticos, com ações de melhoria

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56

da eficiência em equipamentos abaixo da meta ou na redução de desperdícios em

equipamentos com alto consumo energético.

4.3 MONITORAR O CONSUMO DE ENERGIA

Os sistemas de monitoramento de energia foram instalados para registrar o

consumo de energia desses dois primeiros processos de uso intensivos de energia

(injeção e termoformadoras).

- Exemplo de Evidência:

Foram instalados medidores para registrar o consumo energético nas 11

termoformadoras e 39 injetoras, na Figura 40 temos um exemplo de instalação da

medição de energia elétrica.

Figura 40: Monitoração do consumo de energia elétrica. Fonte: Autoria própria.

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57

Na Figura 41 podemos ver um exemplo de gráfico gerado a partir do sistema

EGX 300 da Schneider de monitoração de consumo de energia elétrica:

Figura 41: Monitoração do consumo de energia elétrica.

Fonte: Software do Sistema PowerLogic EGX300 Schneider.

4.3.1 Análise do Consumo de Energia

Foram conduzidas análises avançadas para entender o consumo específico

de energia desses processos (energia consumida por peça ou kg produzido). Esta

informação foi utilizada para definir as condições ideais de operação das máquinas,

(tempo de ciclo, saturação de equipamentos, parâmetros de processo, etc.) e

deveria ser uma ferramenta disponível para o gerente da área para que se possa

definir as condições e cronograma ideal de produção. Foram realizadas atividades

de engenharia para diminuir o consumo de energia desses processos.

- Exemplo de evidência:

Foi adquirido um analisador de energia da Embrasul modelo RE4000,

conforme modelo da Figura 42, que nos ajudou a analisar e compreender o

consumo específico de energia das máquinas e equipamentos.

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58

Figura 42: Analisador de energia EMBRASUL.

Fonte: <http://www.embrasul.com.br/>. Acesso em 23 jan. 2013.

Encontra-se em testes na injetora ROMI número 26 um equipamento da

KESECO chamado de ULTRA que utiliza o princípio de que, com menos resistência

elétrica no condutor, há menos calor sendo gerado e assim menos energia é

necessária para a corrente fluir, pois quanto menor a resistência, melhor será o fluxo

de corrente. Diminuindo a resistência do condutor, tem-se uma melhora na

circulação de corrente e menos perdas por calor gerado pelo atrito dos átomos e

impurezas que existam no condutor, por consequência, reduz o consumo de energia

elétrica (KOREAN TECH, 2012), na Figura 43 temos os principais benefícios

informados pelo fabricante e na Figura 44 temos a foto do aparelho instalado para

testes.

Este estudo nos permitiu uma melhor compreensão do processo de

moldagem por injeção.

Figura 43: Economizador de energia KESECO ULTRA. Fonte: <http://www.keseco.com/>. Acesso em 20 jan. 2013.

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59

Figura 44: Instalação do equipamento KESECO ULTRA. Fonte: Autoria própria.

4.3.2 Teste de Um novo Desengraxe a Baixa Temperatura

O produto utilizado anteriormente trabalhava entre 55° e 60° C. A nova

tecnologia, chamada ”Parco Cleaner” ZX-4, atua entre 35° e 40° C. Com a utilização

do novo desengraxante, as Plantas Guabirotuba e São Carlos registraram uma

economia de 70% de energia no processo de pré-tratamento. O projeto também foi

de encontro com a política ambiental da Electrolux, pois o novo produto usado na

área de pintura não contém o elemento químico Boro, o que melhora a qualidade

dos efluentes gerados no processo, abaixo na figura 45 esta a ficha técnica do

produto.

Introdução PARCO CLEANER ZX-4 é um desengraxante líquido alcalino, livre de silicatos, desenvolvido para limpeza de metais ferrosos.

PARCO CLEANER ZX-4 possui uma mistura única de tensoativos que promove uma capacidade superior de limpeza em baixas temperaturas, reduzindo o consumo de energia e custos de processo.

Após limpeza de superfícies, nas peças que não passam por uma operação posterior de enxágüe, PARCO CLEANER ZX-4 retarda o aparecimento de oxidação. Esta propriedade antiferrugem depende da concentração de uso do produto e das condições atmosféricas do ambiente.

PARCO CLEANER ZX-4 pode ser usado com aplicação por spray ou imersão.

Tratamento com Parco Cleaner ZX-4

3.1 Preparação inicial do banho

Para cada 100 L de banho adicionar à água, sob agitação:

PARCO CLEANER ZX-4 1,0 à 5,0 L

OBS.: Para montagem do banho de Parco Cleaner ZX-4, proceder do seguinte modo:

- Colocar água no tanque limpo (cerca de ¾ de seu nível de trabalho).

- Adicionar a quantidade calculada de produto.

- Completar o nível e homogeneizar.

- Ligar o sistema de aquecimento e aquecer o banho até a temperatura de trabalho.

3.2 Condições normais de funcionamento

Alcalinidade livre 4,2 a 20,9 pontos (mL)

Tempo de Tratamento 0,5 a 3 minutos (spray)

0,5 a 6 minutos (imersão)

Temperatura 20,0 a 80,0 ºC

OBS.: As condições de uso indicadas, são apenas

Parco Cleaner ZX-4

Desengraxante alcalino - imersão / spray

Figura 45: Ficha do produto Parco® Cleaner ZX-4™. Fonte: Fichas técnicas de produtos químicos da Electrolux.

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60

4.3.3 Retrofit de Equipamentos de Alto Consumo de Energia

Foi realizado o ”retrofit” em um quadro de aquecimento de uma

termoformadora (Rigo 5), conforme Figura 46, para otimizar as condições de

operação da máquina com o aumento da eficiência global dos equipamentos e

melhorar o aquecimento das chapas plásticas com redução do consumo de energia

elétrica.

Figura 46: Rigo 5 Projeto de Retrofit.

Fonte: Documento interno da Electrolux do Brasil S&A (2012).

4.3.4 Utilização de Novas Tecnologias para Conservação de Calor

Foram Instaladas mantas térmicas sobre as resistências das injetoras de

plástico, conforme pode ser visto na Figura 47, e realizado medições para validação

do projeto de utilização de mantas térmicas na Injetora de número 34.

A medição de consumo sem a manta foi de 7,2 kWh e com a manta de 5,9

kWh. A redução do consumo foi de 1,3 kWh, correspondendo em uma redução de

consumo de aproximadamente 18%. Considerando que a injetora trabalha 24 horas

por dia, 26 dias por mês e 11,2 meses por ano. O total de economia de energia foi

de 9.225 kWh por ano. Para os cálculos foi usado o custo do kWh de R$ 0,17. A

economia anual é de R$ 1.568.

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61

Figura 47: Manta térmica em uma injetora de plástico.

Fonte: Autoria própria.

4.4 CONSIDERAÇÕES DO CAPITULO NÍVEL PRATA

4.4.1 Diagnostico Prévio da Situação

A situação inicial da planta antes do início do programa nível prata era de

desconhecimento da real eficiência energética da planta, não era realizado o

acompanhamento da eficiência global dos equipamentos e também não se tinha a

medição do consumo de energia nos grandes consumidores de energia.

Todas as ações requeridas pelo programa a nível prata foram

implementadas com sucesso, e estão instalados medição de consumo de gás, ar

comprimido e energia elétrica em todos os grandes consumidores de energia,

totalizando 72 pontos de medição de consumo, este nível do programa foi o que teve

o maior resultado em economia de energia devido à troca do produto químico do

processo de desengraxe por o novo produto químico a baixa temperatura, somente

esta ação representa uma redução de consumo global da planta de 2,55 %, e o total

alcançado com o nível prata do programa foi uma redução no consumo de 3,29 %

em relação ao consumo do ano de 2011, esta redução representa uma economia

anual de aproximadamente R$ 410.000,00.

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62

5 PROGRAMA GREEN SPIRIT NÍVEL OURO

5.1 RESUMO DAS AÇOES DO NÍVEL OURO

A certificação nível ouro é conseguida após a implementação de todas as

ações do nível bronze e prata, e esta focada em ar comprimido, iluminação e

envolvimento de pessoas. Nesta etapa, a análise do sistema de ar comprimido foi a

que tem maior oportunidade de melhoria na eficiência energética e também a que

teve maior complexidade, pois envolve pesquisas de equipamentos e novas

tecnologias.

Para a melhoria da eficiência em ar comprimido foi instalado um sistema de

gerenciamento de compressores, sendo que o mesmo está em operação desde

dezembro de 2012. Os dados estão sendo analisados para entendermos o processo

buscando a melhoria da eficiência energética e redução no consumo de energia.

A principal dificuldade encontrada para implementação do nível ouro do

programa foi a mudança cultural das pessoas, pois não havia a cultura de redução

de desperdícios. Para os 52 colaboradores ”Green Gears” que tem a função de

supervisionar os processos das linhas de montagem e componentes foi lançado o

desafio de projetos proativos, os ”Green Gears” que tinha a função de repassar para

os outros colaboradores os conceitos do EMS, com estes projetos foi possível

disseminar os conceito do ”Green Spirit”.

Também foi trabalhoso o levantamento da iluminação existente em toda a

planta industrial devido à necessidade de registrar a quantidade de lâmpadas por

modelo e potência, e para se realizar as medições do nível de luminância em todas

as áreas, tiveram que ser realizada as medições a noite devido à planta fazer uso da

iluminação natura durante o dia.

O nível ouro do programa ”Green Spirit” foi implantado com sucesso e

encontra-se em processo de substituição toda a iluminação existente na planta

industrial por luminárias mais eficientes.

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63

5.2 MONITORAÇÃO DO USO DO AR COMPRIMIDO

5.2.1 Meta de Consumo de Ar Comprimido por Turnos de Trabalho

A engenharia industrial realizou uma análise para entender as necessidades

de ar comprimido da planta em suas diferentes condições de operação (produção

total, turno da noite, fins de semana). A análise permitiu um plano de ação para o

uso eficiente do ar comprimido (por exemplo, redução de atividades de manutenção

extraordinárias que fazem uso de ar comprimido, aquisição de pequenos

compressores dedicados para processos específicos).

- Exemplo de Evidência:

Foram coletados e analisados os dados do sistema de gerenciamento de

compressores para compreender o funcionamento do sistema e decidir quais eram

as melhores práticas para o uso do ar comprimido, conforme gráfico da Figura 48 é

possível avaliar o consumo durante diferentes condições de operação da planta

industrial. Para reduzir o consumo de ar comprimido em períodos sem atividade

foram instaladas válvulas para bloqueio de ar comprimido em áreas que utilizam

ferramentas pneumáticas para desligar as mesmas (INGERSOLRAND, 2012).

Figura 48: Necessidades de ar comprimido em diferentes condições de operação.

Fonte: Software (VX) sistema de gerenciamento de compressores Ingersoll Rand (2012).

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64

5.2.2 Monitoração de Consumo de Ar Comprimido

A engenharia industrial desenvolveu um sistema de registro e monitoração

de consumo de ar comprimido para entender as necessidades de ar da planta em

diferentes condições de operação.

- Exemplo de Evidência:

Foi instalado um sistema de gerenciamento de ar comprimido da empresa Ingersoll

Rand, que monitora e controla as necessidades de ar comprimido da planta

industrial, conforme pode ser visto no desenho esquemático da Figura 49

(INGERSOLRAND, 2012)

Figura 49: Esquema do sistema de gerenciamento de ar comprimido. Fonte: <http://www.ingersollrand.com.br/>. Acesso em 12 dez. 2012.

5.2.3 Resultados das Ações de Monitoração do Uso do Ar Comprimido

Antes das ações para monitoração do consumo de ar comprimido, não era

possível avaliar a quantidade necessária de compressores em funcionamento para

manter a planta em operação. Após a monitoração do uso do ar comprimido foi

possível verificar a real necessidade de compressores em funcionamento e desligar

um compressor que funcionava somente para elevar a pressão do ar comprimido.

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65

5.3 ANÁLISE DO SISTEMA DE ILUMINAÇÃO

5.3.1 Mapeamento da Iluminação da Planta Industrial

A engenharia industrial efetuou uma análise do sistema de iluminação

presente em todas as áreas. O resultado desta análise foi um mapeamento dos tipos

de luminárias, do nível iluminação presente na planta e do nível de iluminação

mínimo requerido pela norma NBR 5413 (ABNT, 1992).

- Exemplo de evidência:

Foi realizado um mapeamento dos tipos de luminárias presente na área da

planta industrial e o nível de iluminação existente confrontado com a norma NBR

5413 (ABNT, 1992), na Figura 50 podem ser visto os resultados encontrados.

Figura 50: Resumo da análise do sistema de iluminação. Fonte: Autoria própria.

5.3.2 Ações para Melhorar a Eficiência da Iluminação

Com base na análise anterior, foi conduzida uma avaliação do nível de

Eficiência Energética do sistema de iluminação existente para revelar oportunidades

de melhoria.

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66

- Exemplo de Evidência:

Foram substituídas as antigas lâmpadas fluorescentes por modernas

lâmpadas T5 em 31% na planta industrial. As áreas onde o nível de luminância era

maior do que prevê a norma NBR 5413 (ABNT, 1992), foram prevista ações para

adequação da iluminação destas áreas.

Também foram realizados teste em uma área piloto para substituir as

lâmpadas de vapor metálico por lâmpadas mais eficientes (Lâmpadas de indução),

conforme pode ser visto na Figura 51.

Figura 51: Foto da lâmpada de indução e da área piloto. Fonte: Autoria própria.

5.3.3 Sugestões Para Melhoria da Eficiência da Iluminação

A engenharia industrial recomendou soluções de iluminação de alta

eficiência. Isto poderia ser realizado em uma ou na combinação das seguintes

formas:

• com a substituição das lâmpadas existentes por outras de alta eficiência.

• com a instalação de sistemas de gestão de iluminação, por exemplo:

detectores de movimento, sistemas de variação da intensidade de iluminação,

temporizadores.

• com a maximização da utilização da luz ambiente.

- Exemplo de Evidência:

Foram instalados detectores de movimento, lâmpadas de alta eficiência e

sensores de intensidade de luz. Também estava sendo maximizada a utilização da

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67

luz ambiente em algumas áreas da planta industrial, conforme pode ser visto na

Figura 52.

Figura 52: Exemplos de soluções de iluminação de alta eficiência.

Fonte: Autoria própria.

5.3.4 Resultados das Ações da Análise do Sistema de Iluminação

Antes das ações para análise do sistema de iluminação, não se tinha ideia

de qual era o consumo de energia em iluminação durante a produção e a quantidade

de energia desperdiçada durante os períodos sem atividades. Também não era

conhecida a quantidade de luminárias e modelos de lâmpadas utilizadas na planta

da Electrolux de Curitiba.

Após o levantamento dos tipos de lâmpadas e quantidades de luminárias, foi

possível avaliar o potencial de economia com os desligamentos da iluminação em

períodos sem atividades, e prever investimentos para a troca das lâmpadas de vapor

metálico por lâmpadas mais eficientes de indução, a substituição das lâmpadas esta

sendo prevista para ser realizada em um período de quatro anos, com a troca de

250 lâmpadas por ano, também foi conduzido um trabalho de instalação de sensores

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68

de luminosidade e presença em locais onde pode ser utilizada a iluminação natural

ou que tenha baixo fluxo de pedestres e empilhadeiras.

5.4 COMUNICAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO DE PESSOAS

5.4.1 Painel de Informações do ”Green Spirit”

As Informações do programa ”Green Spirit” foram atualizadas e exibidas no

painel de informações do ”Green Spirit”, incluindo: Indicador KPI do desempenho de

energia, o Indicador KPI do consumo de água, o plano de ação atualizado para o

ano em curso.

- Exemplo de Evidência:

Foram Instalados painéis específicos para o programa ”Green Spirit”, onde

as informações estavam disponíveis. Estas informações também foram

disponibilizadas nos quadros de informações das áreas de produção, nas Figuras 53

e 54 pode ser visto o painel e as informações.

Figura 53: Painel de informações do Green Spirit.

Fonte: Autoria própria.

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69

Figura 54: Informativo interno para as áreas de produção. Fonte: Documento interno da Electrolux do Brasil S&A.

5.4.2 Campanha de Conscientização

A engenharia industrial também solicitou a elaboração de uma campanha de

comunicação para aumentar a consciência das pessoas sobre o programa ”Green

Spirit” e como eles poderiam ajudar na economia de energia.

- Exemplo de Evidência:

• realizou-se a apresentação da equipe “Green Spirit”, com a descrição do

objetivo do programa e explicado as atividades em curso para economia de energia.

• realizou-se a descrição de como eram realizadas as medições do consumo

de energia e água, e de como ele era reportado.

• foi informado que a participação de todos era necessária e de que forma as

pessoas poderiam contribuir para evitar os desperdícios de energia e água.

Nas Figuras 55, 56, 57, 58 e 59 pode ser visto as campanhas realizadas.

Figura 55: Painel de apresentação do programa Green Spirit.

Fonte: Documento interno da Electrolux do Brasil S&A.

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70

Figura 56: Envolvimento da comunidade no programa Green Spirit.

Fonte: Documento interno da Electrolux do Brasil S&A.

Figura 57: Informativo interno da apresentação dos projetos dos Green Gears.

Fonte: Documento interno da Electrolux do Brasil S&A.

Figura 58: Troféu para os projetos dos Green Gears. Fonte: Autoria própria.

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71

Figura 59: Programa Kaizen.

Fonte: Documento interno da Electrolux do Brasil S&A.

5.4.3 Implantação das Melhores Ideias

As três melhores ideias da campanha foram selecionadas e implementadas.

- Exemplo de Evidência:

Foram implantadas as três melhores ideias conforme descrito a seguir.

• ideia do coordenador da linha de montagem 5 Raimiro Ricken. Sua ideia

consistia em deslocar o horário de trabalho de um operador para iniciar seu turno 20

minutos após o horário normal. Com esta ação, o operador percorria toda a linha de

montagem verificando a iluminação, ventiladores e equipamentos ligados, também

verificava a existência de vazamentos de ar comprimido.

Quando era encontrado algum equipamento que ficou ligado, era fixado um

aviso para o operador que deixou o equipamento ou iluminação ligada, na Figura 60

e possível ver o operador e o aviso. Este colaborador, também fazia um relatório de

equipamentos com vazamentos de ar comprimido para a coordenação da linha. A

coordenação da linha tinha a obrigação de abrir uma ordem de serviço para

eliminação dos vazamentos.

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72

Colaborador responsável pela verificação Aviso de equipamento que ficou ligado

Figura 60: Projeto do colaborador Raimiro.

Fonte: Autoria própria. • ideia do colaborado Toni Carlos Dinis do departamento de plásticos.

Sua ideia consistia em melhorar o isolamento do canhão de das máquinas

de injeção, através da instalação de mantas térmicas. Foi realizado o estudo para

uma máquina de injeção e o resultado obtido na redução do consumo de energia

elétrica foi de 9,2 kWh por ano, na Figura 61 é possível ver a instalação das mantas

térmica.

Figura 61: Projeto do colaborador Toni Carlos Dinis. Fonte: Autoria própria.

• ideia do colaborador Geraldo Bianchini do departamento de expedição.

Sua ideia consistia em diminuir o consumo de gás GLP nas empilhadeiras,

aplicando a curva ABC, que é um importante instrumento para se examinar

estoques, permitindo a identificação daqueles itens que justificam atenção e

tratamento adequados quanto à sua administração. Um exemplo era o momento em

que havia um aumento de vendas do refrigerador modelo RE28 e a ideia consistia

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73

em reorganizar o estoque e colocar este modelo perto do portão de saída. Com a

implantação desta ideia, foi obtida uma redução de gás GLP de 222 kg, e

corresponde a 40% do consumo de gás GLP de Julho de 2012, na Figura 62 pode

ser vista a organização do estoque conforme curva ABC.

Figura 62: Projeto do colaborador Geraldo Bianchini. Fonte: Autoria própria.

5.4.4 Resultados das Ações de Comunicação e Sensibilização de Pessoas

Antes das ações comunicação e sensibilização de pessoas, não existia o

envolvimento dos colaboradores e com a implementação do programa foram

premiada as três melhores ideias com um jantar com acompanhante para valorizar

as iniciativas em desenvolver soluções para a redução e eliminação de desperdícios.

5.5 CONSIDERAÇÕES DO CAPITULO NÍVEL OURO

5.5.1 Diagnostico Prévio da Situação

A situação inicial da planta antes do início da implantação do programa nível

ouro era de baixo envolvimento das pessoas e utilização ineficiente do ar

comprimido, com a implantação das ações requeridas pelo programa “Green Spirit”

nível ouro o resultado em economia de energia representou foi uma redução no

consumo em 1,3 % com relação ao consumo do ano de 2011, e esta redução

representa uma economia anual de aproximadamente R$ 174.000,00.

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74

6 MEDIÇÃO E VERIFICAÇÃO

6.1 CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE CONSUMIDORA

O plano de medição e verificação foi realizado na planta da Electrolux

Unidade Curitiba durante o ano de 2012. A Electrolux do Brasil atende o mercado

latino-americano e possui um Escritório Administrativo em São Paulo, uma fábrica de

Lavadoras de Roupa, Freezers e Fogões em São Carlos, uma fábrica de

Condicionadores de Ar e Microondas em Manaus e duas fábricas em Curitiba, uma

de Refrigeradores e Freezers e outra de Eletroportáteis.

6.2 DESCRIÇÃO DA MEDIDA DE RACIONALIZAÇÃO DE ENERGIA

O plano de medição e verificação é realizado levando em consideração as

oportunidades de melhorias encontradas e oportunidades de ações em vários

setores da planta industrial da Electrolux unidade Curitiba, conforme descrito a

seguir:

• uso inadequado dos ar condicionados das áreas administrativas;

• o não desligamento entre turnos de produção e finais de semana;

• quantidade excessiva de vazamentos de ar comprimido;

• utilização de pressão de ar comprimido inadequada;

• falta de medição de energia nos grandes consumidores;

• baixa disponibilidade das máquinas e equipamentos(OEE);

• iluminação de baixa eficiência energética;

• falta de campanhas para envolvimento das pessoas na conservação de

energia elétrica;

• dificuldades para alcançar as metas financeiras da empresa;

• não utilização de fontes renováveis de energia.

6.3 NORMAS E RECOMENDAÇÕES APLICADAS NO PLANO DE M & V

Para execução do projeto são utilizadas as seguintes normas:

Norma NR 10 – Norma de regulamentação de segurança em energia elétrica;

Norma NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão;

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75

PIMVP – Protocolo Internacional de Medição e Verificação de Performance,

Janeiro/2012.

6.4 DEFINIÇÕES ESPECÍFICAS DO PLANO DE M & V

6.4.1 Limite, fronteira de Medição e Efeitos Interativos

O limite imaginário estabelecido é em toda a planta industrial da Electrolux.

Esta medição foi realizada no consumo de energia levando em consideração os

trabalhos realizados pelo programa de eficiência energética “Green Spirit”.

6.5 GRANDEZA DA M & V

6.5.1 Variáveis Independentes

Produção de refrigeradores.

6.5.2 Variáveis Dependentes

Consumo de energia elétrica.

6.5.3 Fatores Estáticos

A planta industrial da Electrolux unidade Curitiba, possui laboratórios de

testes e desenvolvimento de produtos, o que faz com que se tenha uma demanda

mínima de 1500 kW mesmo sem nenhuma atividade de produção na planta

industrial.

6.6 OPÇÃO DA M & V

6.6.1 Justificativa da Opção da M & V

A opção utilizada para a medição é a opção C, porque as técnicas de

verificação para a opção C são destinadas as medições antes e após-retrofit em

toda a instalação considerada As economias são determinadas diretamente a partir

do medidor principal de energia da concessionária, com medições curtas ou

contínuas durante o período de pós-retrofit (INSTITUTO NACIONAL DE EFICIÊNCIA

ENERGÉTICA, 2012).

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76

6.7 PERÍODO E INTERVALO DA M & V

As medições efetuadas em intervalos mensais para que se possa

acompanhar o consumo durante todos os meses do ano de 2012 em relação a 2011.

As medições iniciaram em 2011, que é o período de referência (baseline) e a

comparação foi realizada através da comparação dos mesmos meses do ano de

2012, em comparação com o mesmo mês do ano de 2011, o controle continua até a

presente data através da técnica do “Monitoring, Targeting and reporting”.

6.8 MEDIÇÃO DA MEDIÇÃO E VERIFICAÇÃO

6.8.1 Período de referência

O período de referência foi o ano de 2011.

6.8.2 Pontos de Medição Antes

Foram realizadas leituras mensais das faturas de energia da planta da

Electrolux unidade Curitiba.

6.8.3 Período Pós – Retrofit

O período pós- retrofit considerado foi o ano de 2012.

6.8.4 Pontos de Medição Após

Foi utilizada a mesma base de dados do período antes das melhorias, que

são as leituras mensais das faturas de energia da planta da Electrolux unidade

Curitiba.

6.9 ESPECIFICAÇÕES DOS EQUIPAMENTOS DA M & V

A medição de consumo é realizada através de medidores aferidos de

consumo da entrada de energia COPEL.

6.10 PRECISÃO E INCERTEZAS ESPERADA

O erro do equipamento de medição da COPEL é de 0,5 %, sendo que o erro

devido a modelagem (regressão) é estimado em 10% segundo orientação do

PIMVP. Assim, o erro total da medição e verificação é de 10,05 %.

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77

6.11 PREÇO DE ENERGIA

O valor do custo de energia elétrica que foi considerado para os cálculos foi

de R$ 0,22 por kWh, e estão demonstrados em cada cálculo realizado.

6.12 AJUSTE DA M & V

6.12.1 Ajuste de Rotina

Não foram realizados ajustes e correções em relação ao volume de

produção.

6.12.2 Ajuste de Não–Rotina

Não foram realizados ajustes de não rotina.

6.13 RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO DA M & V

O departamento de Engenharia industrial foi o responsável pelas

informações e medições das variáveis dependentes.

6.14 METODOLOGIA DA MEDIÇÃO & VERIFICAÇÃO

Foram utilizadas as faturas de energia para totalização do consumo mensal,

e também foi monitorada a produção mensal de refrigeradores. Não foram

realizados ajustes de medição, visto que sempre foi comparado o mesmo mês do

ano de 2011, com o mesmo mês do ano de 2012.

6.15 EXECUÇÃO DA M & V

6.15.1 M & V Período de Referência

Foram realizados medições de consumo de energia antes da implementação

do programa de eficiência energética e foram registradas todas as variáveis

dependentes e independentes. O período de referência é o ano de 2011.

6.15.2 M & V no Período Pós – Referência

Após os trabalhos realizados pelo programa de eficiência energética foram

realizadas as medições de consumo, e também foram registradas todas as variáveis

dependentes e independentes para comparação com o ano de referência de 2011.

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78

6.15.3 Comparativo da M & V e Metas da MRE

Com o termino das medições no ano de 2012, os dados de consumo antes e

depois da implementação do programa de eficiência energética “Green Spirit” foram

analisados e comparados com o estudo com a devida regressão.

6.16 CRONOGRAMA DE M & V

Para este trabalho foram realizadas medições do ano de 2011, antes da

implementação do programa de eficiência energética “Green Spirit”, e foram

coletadas as medições do ano de 2012, para efeito comparativo após a

implementação do programa.

Dados de Medição Baseline

Período Produção

milhares

Consumo

Energia (MWh)

Consumo

Especifico

(MWh x kmil)

Prognóstico

MWh

Diferença

MWh

Soma

acumulada

Pe

río

do

de

Re

ferê

nci

a

jan/11 216.286 5.013 0,02318 4.713 300 300

fev/11 212.759 5.196 0,02442 4.666 530 830

mar/11 237.360 4.730 0,01993 4.998 -268 562

abr/11 208.561 4.980 0,02388 4.609 371 933

mai/11 230.407 4.930 0,02140 4.904 26 959

jun/11 201.862 4.729 0,02343 4.519 210 1.169

jul/11 72.822 2.516 0,03455 2.777 -261 909

ago/11 203.358 4.528 0,02227 4.539 -11 898

set/11 181.728 4.350 0,02394 4.247 103 1.001

out/11 192.676 4.354 0,02260 4.395 -41 960

nov/11 196.703 4.605 0,02341 4.449 156 1.116

dez/11 213.683 4.527 0,02119 4.678 -151 965

Pe

río

do

s-re

tro

fit

jan/12 237.412 5.076 0,02138 4.999 77 1.043

fev/12 206.534 4.558 0,02207 4.582 -24 1.019

mar/12 254.529 5.305 0,02084 5.230 75 1.094

abr/12 207.462 4.476 0,02158 4.594 -118 976

mai/12 236.161 5.009 0,02121 4.982 27 1.003

jun/12 230.226 4.855 0,02109 4.902 -47 957

jul/12 131.934 3.584 0,02717 3.575 9 966

ago/12 250.639 5.129 0,02046 5.177 -48 918

set/12 214.572 4.626 0,02156 4.690 -64 854

out/12 245.019 5.115 0,02088 5.101 14 868

nov/12 230.558 4.766 0,02067 4.906 -140 728

dez/12 210.037 4.571 0,02176 4.629 -58 670

Tabela 4 – Dados para composição da MTR

Fonte: Autoria própria.

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79

Na tabela 4, os valores marcados em verde representam o período de

baseline (referência) e período marcado em amarelo é o período com melhor

desempenho das ações e que serve de meta.

Figura 63 – Consumo específico no período de referência e pós-retrofit

Fonte: Autoria própria.

A figura 63 representa o consumo específico que é a relação entre o

consumo de energia e a produção durante o período de referência e pós-retrofit. O

gráfico de consumo específico mostra claramente a tendência de queda durante o

período analisado.

Com os dados da tabela 4, pode-se traçar o gráfico para relacionar a

produção com o consumo e gerar a equação de regressão 0,0135x +1793,5, como

se pode observar na figura 64.

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80

Figura 64 – Fórmula de regressão baseada na relação entre produção e consumo

Fonte: Autoria própria.

6.17 MONITORING TARGETING AND REPORTING - MTR

Atendendo ao axioma da “Monitoring, Targeting and Reporting” que diz: “não

se pode gerenciar o que não se pode medir”, buscamos programar esta metodologia

de análise para o monitoramento continuo das ações implantadas.

Entende-se que a medição e verificação nos mostra uma análise em tempo

definido, ou seja, estática, e que a técnica de MTR é a análise dinâmica e continua

das ações no tempo.

Este monitoramento irá permitir ao departamento de engenharia de fábrica

controlar as ações, onde poderá detectar desvios (por exemplo, aumento no

consumo de energia para a produção de um mesmo volume de produção) ou

comprovar mudanças esperadas de futuras ações.

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81

Figura 65 – Soma cumulativa das ações no período pós-retrofit

Fonte: Autoria própria.

Através da figura 65, pode-se observar a queda no valor acumulado no

período pós-retrofit.

Com a equação da figura 66, pode-se criar o gráfico denominado carta de

controle, o qual pode ser utilizado para analisar eventuais desvios encontrados nas

medições. A carta de controle pode ser observada na figura 67, e a mesma

representa as medições entre os anos 2011 a 2012.

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82

Figura 66 – Formula de regressão meta baseada na relação entre produção e consumo

Fonte: Autoria própria.

Figura 67 – Carta de Controle para as ações implementadas

Fonte: Autoria própria.

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83

7 PROPOSTAS DE AÇÕES FUTURAS

7.1 CERTIFICAÇÃO PLATINA NO PROGRAMA GREEN SPIRIT

Para a auditoria do “Green Spirit” de 2013, a Electrolux de Curitiba irá

solicitar a certificação platina, com a apresentação do projeto WILL (“Wide

Implementation of Lean Logistics”), que é um estudo para mudanças físicas na

planta, para implementação de um fluxo contínuo de produção, do início até o final

da linha de montagem, este projeto já se encontra implantado em duas linhas de

montagem e deverá ser entendido para as outras três linhas de montagem.

O projeto WILL, estuda a capacidade de cada fase do processo de

produção, para identificar as atividades necessárias de implementar um fluxo

contínuo de funcionamento da linha de montagem. Isso se aplica a plantas

industriais em que o número de horas de trabalho de uma ou mais áreas

tecnológicas é maior que o horário de funcionamento das linhas de montagem (por

exemplo, áreas tecnológicas que operam por dois ou três turnos).

O projeto WILL, está realizando um mapeamento completo das restrições

dos processos de produção para identificar aqueles processos tecnológicos que

impedem a planta industrial de ter um fluxo contínuo (Electrolux do Brasil S&A).

Uma vez que estes processos forem identificados, a planta industrial devera

estudar e documentar as atividades que precisarão ser feitas para que o objetivo de

fluxo contínuo seja alcançado, por exemplo:

Melhoria na Eficiência Global dos Equipamentos (EGE) existentes,

duplicação de equipamentos, duplicação de ferramenta, direta e indireta,

reorganização de trabalho, eliminação de estoques intermediários, etc.

A planta industrial deverá apresentar uma análise completa de VSM (“Value

Stream Mapping”), acompanhada com uma lista de ações requeridas para alcançar

o fluxo continuo de processo e receber apoio para a avaliação dos investimentos

necessários para adequações.

Com a implementação do fluxo contínuo de produção, têm-se os seguintes

benefícios:

• não há necessidade de turnos fora do horário normal nas linhas de

montagem;

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84

• não há necessidade de adicionar serviços indiretos fora do horário normal de

produção (manutenção, instalações, controle de qualidade, logística de

armazenagem);

• a planta industrial pode ser desligada para períodos de não produtividade

evitando o consumo de ar comprimido, aquecimento, água e iluminação (Electrolux

do Brasil S&A).

7.2 PRINCIPAIS AÇOES PARA O ANO DE 2013

Para o ano de 2013, deverá se dar continuidade com as seguintes

atividades:

• análise da iluminação, substituindo as lâmpadas de baixo rendimento por

lâmpadas mais eficientes;

• nas áreas onde o nível de iluminação é superior ou inferior à norma NBR

5413 (ABNT, 1992), deverá ser realizada as correções necessárias;

• estudos e testes nas máquinas e equipamentos para que o sistema de ar

comprimido possa trabalhar com a pressão de 5,5 bar no ponto de uso;

• analisar os dados de consumo de energia e verificar as oportunidades de

melhoria na eficiência dos equipamentos;

• analisar o consumo de ar comprimido e de gás natural para verificar as

oportunidades de melhoria na eficiência dos equipamentos;

• projeto de um sistema de ar condicionado central para as áreas

administrativas;

• validar os testes e implementar o novo desengraxante Parco Cleaner ZX-4;

• fazer o uso do medidor de vazamento de ar comprimido para ajudar na

manutenção preventiva para inspeção de vazamento de ar comprimido, com este

equipamento pode-se mensurar o nível de vazamento, na Figura 68 e possível ver o

equipamento adiquirido da empresa Hottec.

• projeto e instalação de uma bomba de calor para aquecimento da água do

pré-tratamento da pintura e resfriamento da cabine de operação.

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85

Figura 68: SDT 200 medidor de vazamento de ar comprimido. Fonte: <http://www. hottec.com.br/>. Acesso em 13 dez. 2012.

7.3 NOVOS REQUISITOS DO PROGRAMA GREEN SPIRIT PARA 2013

Com o intuito de melhorar o programa de Eficiência Energética, alguns

novos requisitos foram adicionados, outros modificados, e estão sendo realizadas as

adequando para as novas recomendações do programa. A seguir estão detalhadas

às modificações para o programa ”Green Spirit” que devem ser implantadas durante

o ano de 2013.

7.4 NOVOS REQUISITOS DO NÍVEL BRONZE

7.4.1 Estudo para Reduzir a Pressão no Ponto de Uso para 5,5 bar.

Deverá ser realizado um estudo, para determinar o que é necessário para

reduzir a pressão no ponto de uso, para que todos os equipamentos possam operar

com uma pressão máxima de 5,5 bar.

- Exemplo de Evidência:

A pressão do sistema foi reduzida mensalmente em 0,1 bar e atualmente a

planta industrial está trabalhando com 5,8 bar de pressão na geração e 5,6 bar no

ponto de uso, conforme esta demonstrado na Figura 69 a pressão de geração.

Alguns equipamentos apresentaram falhas de funcionamento em operação na nova

pressão de 5,7 bar, e as correções foram realizadas nos mesmos para que fosse

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86

possível passar a operar com a pressão reduzida, a meta de 5,5 bar no ponto de uso

deve ser atingida ate o final do ano de 2013.

Figura 69: Visualização da tela do sistema de ar comprimido.

Fonte: Software Visualização (VX) sistema de gerenciamento de compressores Ingersoll Rand.

7.4.2 Gestão e Planejamento de Redução do Consumo de Água.

A engenharia industrial deve demonstrar que faz uma gestão eficaz do

consumo de água e o programa de conservação apresentar evidências de redução

contínua do consumo de água por unidade produzida, conforme demonstrado na

Figura 70, e possível ver o gráfico de consumo de água.

- Exemplo de Evidência:

Para o ano de 2012, foi definida uma meta interna de redução do consumo

de água em 3%, e para o ano de 2013, o consumo de água não poderá ser maior

que o do ano de 2012.

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87

Figura 70: Monitoramento gráfico do consumo de água. Fonte: Documento interno da Electrolux do Brasil S&A.

Também foi instalado um reservatório que acumula a água que era

descartada pela estação de tratamento de efluentes (ETE), e reutilizada nos

banheiros da fábrica, na Figura 71 é possível ver as instalações.

Figura 71: Reutilização da água descartada da ETE para os banheiros da fábrica.

Fonte: Autoria própria.

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88

7.4.3 Principais Projetos para Redução do Consumo de Água:

• instalação um sistema para monitoração online do consumo de água e

gestão de consumo no processo;

• reutilização da água do processo de lavagem de peças na pintura;

• substituição do processo de tratamento de superfície de fosfatização para

nano cerâmica;

• redução do tempo de tratamento de água na ETE de 26 m³/h para 8 m³/h.

7.4.4 Gestão e Planejamento de Redução do Consumo de Energia.

A planta deve demonstrar que o consumo de energia por unidade produzida

manteve no mínimo o mesmo nível do ano de 2012.

- Exemplo de Evidência:

Para o ano de 2013, foi determinada uma nova meta interna de redução de

energia de 3%, e conforme gráfico da Figura 72 é possível ver que com as ações do

programa “Green Spirit” esta sendo possível atingir esta meta.

Figura 72: Monitoramento gráfico do consumo de energia.

Fonte: Documento interno da Electrolux do Brasil S&A.

7.5 NOVOS REQUISITOS DO NÍVEL PRATA

7.5.1 Equipamentos de Uso Intensivo de Energia e Melhoria da EGE

A principal mudança no nível prata foi nos processos de uso intensivo de

energia que em 2012, estavam acima de uma Eficiência Global de Equipamentos

(EGE) médio de 70%, foi definido que a planta devera definir sua própria meta de

melhoria durante o período de pré-avaliação.

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89

7.6 NOVOS REQUISITOS DO NÍVEL OURO

7.6.1 Estudos de Financiamentos para Projetos Energéticos

Para atingir os novos requisitos do nível ouro devera ser realizado um

estudo sobre os tipos de assistência financeira estadual ou federal para projetos de

Eficiência Energética e energias renováveis.

- Exemplo de Evidência:

Foram verificadas as diversas linhas de financiamento, e entre elas podemos

destacar o BNDS BNDES que oferece linhas de crédito para investimento em

melhorias de processos, renovação ou substituição de equipamentos com vistas à

Eficiência Energética. Esta linha é chamada de apoio a projetos de Eficiência

Energética – PROESCO. Podem usufruir desta linha de financiamento ESCOS e

usuários finais de energia. Focos de atuação: iluminação, motores, otimização de

processos, bombeamento, ar condicionado e ventilação, refrigeração e resfriamento,

produção e distribuição de vapor, aquecimento, automação e controle, distribuição

de energia e gerenciamento energético. São financiáveis: estudos e projetos, obras

e instalações, máquinas e equipamentos, serviços técnicos especializados, sistemas

de informação, monitoramento, controle e fiscalização (BNDS, 2012).

Concessionárias de energia elétrica, por força da Lei 9991/2000, as

concessionárias investem 1% de suas Receitas Operacionais Líquidas - ROL em

programas de Eficiência Energética e em programas de pesquisa e desenvolvimento

no setor elétrico. A partir de 2006, a Lei determina que o percentual para os

programas de Eficiência Energética seja de 0,25% e para os programas de pesquisa

e desenvolvimento sejam de 0,75%.

O Banco do Brasil dispõe de um programa específico para estimular a

realização de negócios com empresas que forneçam, desenvolvam ou necessitem

de produtos e serviços voltados para a racionalização e a otimização do uso de

energia, tais como: inversores de frequência, motores de alta eficiência, reatores

eletrônicos, lâmpadas, sensores de presença, capacitores e acessórios, turbinas,

coletores fotovoltaicos e aquecedores solares de água, além de sistemas de

gerenciamento de energia (BANCO DO BRASIL, 2012).

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90

7.6.2 Estudos para Utilização de Energias Renováveis

Devera ser realizado um estudo de engenharia para determinar a relação

custo benefícios, e a viabilidade da implementação de uma fonte de energia

renovável e projetos de recuperação de energia.

- Exemplo de Evidência:

Realizou-se um estudo de retorno financeiro, conforme demonstrado na

figura 73, para a aquisição de um conjunto de 6 placas solares conectadas a rede

elétrica com o sistema ”on-grid”, promovendo a compensação tarifária de kW/h

gerado por kW/h consumido, segundo a resolução 482 da ANEEL de 17 de abril de

2012.

Figura 73: Gráfico de retorno financeiro de um conjunto de placas solares.

Fonte: Compact cia (2013).

7.6.3 Utilização de Energias Renováveis

Deveria ser implementado com sucesso, um projeto de energia renovável ou

projeto de recuperação de energia maior do que 20 kW de potência instalada.

- Exemplo de Evidência:

Foi instalada uma planta de geração de energia solar composta de 40

painéis solares de 250 W, esta planta de geração solar será no sistema ”on-grid”

sendo que para esta conexão estamos aguardando a homologação do inversor de

acordo com a norma da COPEL NTC 905100. A potência total instalada da primeira

fase para 2013 será de 10 kW e para o ano de 2014 a potência devera aumentar

para 20 kW , na Figura 74 pode ser vista o inicio das instalação dos painéis solares.

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91

Figura 74: Instalação da planta de geração de energia solar.

Fonte: Autoria própria (2013).

Para o projeto de recuperação de energia, será realizado um projeto de

utilização de ar externo “free cooling” para climatização da cabine de pintura da

fábrica 1, na Figura 75 é possível ver como o sistema funciona, e este projeto de

recuperação de energia e equivalente a 25 kW, Este projeto e instalação foi

contratado com a empresa Climasul, e será instalado durante o ano de 2013.

Figura 75: Funcionamento do sistema utilização do ar externo frio.

Fonte: Climasul (2013).

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92

8 CONCLUSÃO

Com a implantação do programa de eficiência energética e das ações

propostas nos níveis bronze, prata e ouro pelo programa “Green Spirit” no ano de

2012, foi possível atingir e superar a meta proposta de 3%. A redução alcançada foi

de aproximadamente 6% em kWh/produto produzido em relação ao ano de 2011.

Este resultado pode ser visto na Figura 76 onde esta representada na forma de um

gráfico a redução do consumo.

Jan Feb Mar Apr Maj Jun Jul Aug Sep Okt Nov Dec100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%94% 94% 97% 96% 97% 96% 95% 94% 94% 94% 93% 94%

70%

80%

90%

100%

110%

120%

Jan

Feb

Mar

Apr

Maj

Jun

Jul

Au

g

Sep Okt

Nov

Dec

2011 2012

YTD Green Spirit Target vs Full Year 2011

Figura 76: Gráfico de consumo de energia Electrolux Curitiba 2011 x 2012.

Fonte: Autoria própria

Através da análise das instalações industriais da planta e dos

conhecimentos obtidos durante a especialização em Eficiência Energética, foi

possível diagnosticar e corrigir as situações desfavoráveis de desperdícios de

energia e implementar otimizações nos processos produtivos.

A equipe do programa ”Green Spirit” envolveu todas as áreas e

colaboradores da Electrolux para a busca de soluções e novas propostas na área de

Eficiência Energética, também firmou como objetivo do trabalho, a elaboração de um

programa de Eficiência Energética chamado de ”Green Spirit”, e que pode ser usado

de base para diversas empresas do setor industrial secundário.

Todo o planejamento do programa ”Green Spirit” foi realizado por meio de

pesquisa e projeto. A cooperação da equipe e as cobranças das atividades durante

a fase de realização, também contribuíram em modo determinante para a

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93

implantação do projeto. Durante a fase de pesquisa para definição das ações que

melhor se aplicasse à solução dos problemas de desperdício de energia e melhoria

da eficiência dos processos em geral, foram estudados outras soluções que não se

aplicaram neste momento sendo que as mesmas se mostraram inviáveis devido à

complexidade de implantação ou devido ao alto custo envolvidos nas soluções.

Durante a implantação do programa ”Green Spirit”, uma atividade se

mostrou realmente crítica, que foi a dificuldade na mudança cultural das pessoas,

para a redução dos desperdícios. Cabe um alerta, cada unidade fabril apresenta

particularidades próprias e consequentemente apresenta problemas e resultados

diferentes dos alcançados pela unidade de fabril da Electrolux de Curitiba.

A preocupação com a segurança na implementação do programa “Green

Spirit”, respeitando os aspectos de mantenabilidade (Manual de Confiabilidade,

Mantenabilidade e Disponibilidade. Rio de Janeiro: 2001, 374 p), de confiabilidade, e

o plano de manutenção, foram levados em consideração para que o programa de

eficiência resultasse em um projeto funcional e seguro. As várias disciplinas

cursadas na Especialização em Eficiência Energética na UTFPR foram de extrema

importância para a elaboração deste trabalho, endossando principalmente a

aplicação real dos aspectos da disciplina, que viabilizaram uma solução completa

com a interação de diversas áreas do conhecimento cientifico.

A equipe considera que teve êxito no desenvolvimento e implantação do

programa de Eficiência Energética chamado de “Green Spirit“ na unidade da

Electrolux de Curitiba, e que alcançou o objetivo proposto do programa de Eficiência

Energética com o atendimento dos requisitos e cumprimento das metas para a

certificação ouro no programa, e foi definido que durante a auditoria de 2013, a

Electrolux de Curitiba irá solicitar a certificação platina no programa “Green Spirit“.

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94

9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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DLUGOSZ, Emerson, Jorge Ghazal e Rafael Suzuki. Curitiba Facility Green Spirit: Gold Certification. 1ª. ed. Curitiba, 2012.

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FACULDADES SÃO LUCAS, Manual de Elaboração do Projeto Para Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, pg10. 2013. Disponível em:<

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FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio Século XXI: 1999. O Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2128 p.

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95

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96

APENDICE A – PLANILHA DE AVALIAÇÃO DO PROGRAMA

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97

Requisitos da certificação Bronze

1 VERÃO / INVERNO CONTROLE DE TEMPERATURA Não SimMinimo /

Excelência

01:01

Inverno: A planta industrial deve ter definido as configurações máximas de temperatura de aquecimento para cada área dos edifícios de produção e escritório.Verão: A planta industrial tem definido o mínimo de ar ajustes de temperatura de refrigeração para cada área dos edifícios de produção e escritório.

Minimo

01:02A planta industrial deve ter definido o método para medir a temperatura da planta (pontos de medição de freqüência, equipamento de medição, e o método de gravação).

Minimo

01:03Os dados são gravados de acordo com um método de medição de temperatura e este é visualizado num gráfico, juntamente com os níveis mínimos e máximos.

Minimo

01:04A planta deve ter um procedimento escrito da gestão de temperatura para garantir a utilização eficiente dos sistemas de aquecimento / resfriamento presente na planta.

Minimo

01:05Planta deve definir as ações necessárias para preparar as instalações para a mudança de estações do ano verão / inverno (prevenção de perdas de calor, manutenção).

Minimo

01:06Onde os registros de temperatura estão fora do nível mínimo / Maximo, devem existem ações corretivas, e os dados históricos devem mostram que essas ações são eficazes.

Minimo

2 USO DE ENERGIA EM PERÍODOS SEM ATIVIDADES Não SimMinimo /

Excelência

02:01

Deverá existir um programa para assegurar que o equipamento está devidamente desligado quando o seu funcionamento não é necessário.O programa deve levar em consideração: • A existência de um mapa visual da planta industrial mostrando todos os equipamentos e pessoas responsáveis por desligar / ligar em cada área.• A existência de um procedimento padrão com um mapa de localização e instruções escritas para desligar / ligar em cada área, mostrando a seqüência com segurança e método para desligar / ligar.

Minimo

02:02O uso de energia para os períodos de trabalho devem ser graficamente monitorados e armazenados em uma base de dados, e realizadas comunicações mensais.

Minimo

02:03

As metas para os níveis de consumo de energia para os períodos de produção devem estar definidas. Os desvios dos valores da meta devem ser conhecidos e ações corretivas devem ser tomadas quando necessárias. Os dados históricos devem mostram que as ações são eficazes.

02:04

Através do sistema de gerenciamento de energia online, é possível monitorar o consumo por máquina e identificar onde e necessário colocar esforços para a redução de consumo. Também é possível verificar a eficiência das ações tomadas para redução do consumo de energia elétrica.

Minimo

02:05Um programa de auditoria de desligamentos deverá ser implementado e os dados históricos devem mostrar que o programa é eficaz.

Minimo

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98

4 REDUÇÃO DA PRESSÃO DE AR COMPRIMIDO Não SimMinimo /

Excelência

04:01A pressão do sistema de ar comprimido na sala de compressores e no ponto de uso da industria deve ser conhecida.

Minimo

04:02

A planta industrial deve realizar uma avaliação do menor nível de pressão necessária para operação dos equipamentos de produção. Os processos específicos que requerem elevados níveis de pressão, por exemplo, maior do que 6,5 bar, devem ser identificados e mapeados

Minimo

04:03A pressão correta de funcionamento de todos os equipamentos deve ser visualmente indicada.

Minimo

04:04

No caso em que é necessária uma pressão de ar comprimido no ponto de utilização maior do que 6,5 bar, deve ser realizada uma atividade de melhoria contínua para analisar e eliminar as causas desta necessidade de alta pressão (ou em processo específico ou no sistema de distribuição de ar).

Minimo

04:05

A planta industrial deve ter definida a pressão ideal de ar comprimido do sistema de ar comprimido que a planta tem intenção de trabalhar (por exemplo, 5,5 bares / 80 psi). A partir da definição da pressão ideal de trabalho, a especificação de projeto de qualquer novo equipamento a ser instalado na planta industrial deve cumprir este requisito.

Minimo

04:06As ações tomadas sobre os usuários que necessitam de alta pressão devem ser eficazes, e a pressão do sistema de ar comprimido deve ser reduzida.

Minimo

04:07Deverá ser realizado um estudo, para determinar o que é necessário para reduzir a pressão no ponto de uso, para que todos os equipamentos possam operar com uma pressão máxima de 5,5 bar.

Minimo 2013

5EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NA AQUISIÇÃO DE NOVOS EQUIPAMENTOS

Não SimMinimo /

Excelência

05:01

A planta industrial deve ter um documentado com as regras técnicas a serem observadas no momento da aquisição de um novo equipamento, a fim de assegurar que qualquer nova máquina instalada na planta irá executar a tarefa para a qual foi concebida utilizando a quantidade mínima possível de energia e de água, sem afetar o desempenho, segurança ou qualidade do novo equipamento.

Minimo

05:02Os documentos anteriormente mencionados estão oficialmente implementados e são conhecidos por todos os membros da equipe de engenharia que estão envolvidos na aquisição de novos equipamentos.

Minimo

05:03Qualquer novo equipamento adquirido a partir da data de emissão do documento foi fabricado observando as regras de Eficiência Energética.

Minimo

6GERENCIAMENTO DO CONSUMO DE AGUA E PLANO DE REDUÇÃO PARA 2013

Não SimMinimo /

Excelência

06:01

Deve ser demonstrado, que a planta industrial tem uma gestão eficaz do consumo de água e o programa de conservação deverá apresentar evidências de redução contínua do consumo de água por unidade produzida.

Minimo

06:02A planta deve demonstrar que o consumo de água por unidade produzida manteve no mínimo o mesmo nível de 2012.

Minimo

7GERENCIAMENTO DO CONSUMO DE ENERGIA E PLANO DE REDUÇÃO PARA 2013

Não SimMinimo /

Excelência

07:01A planta deve demonstrar que o consumo de energia por unidade produzida manteve no mínimo o mesmo nível de 2012.

Minimo

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99

REQUISITOS DA CERTIFICAÇÃO PRATA

8EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM PROCESSOS DE UTILIZAÇÃO INTENSIVA DE ENERGIA.

Não SimMinimo /

Excelência

08:01

A planta industrial deve realizar uma avaliação nos processos existentes de utilização intensiva de energia. Estes processos são conhecidos e as suas fontes de energia estão identificadas. Os processos são classificados de forma gráfica para que se permita a identificação dos principais consumidores de energia.

Minimo

08:02

Levando em consideração os dois primeiros processos intensivos de energia. A eficiência global do Equipamento (OEE) é monitorizada nos processos acima mencionados. O tempo de ciclo da máquina é conhecido e é visualmente indicado no equipamento.

Minimo

08:03

Levando em consideração os dois primeiros processos intensivos de energia:Equipes multifuncionais estão trabalhando ativamente nos processos de utilização intensiva de energia para melhorar continuamente a sua eficiência (OEE + Ferramentas EMS padrão). Tempo de ciclo (ou saturação equipamentos) atividades de otimização devem fazer parte do plano de ação de melhoria contínua.

Minimo

08:04

Devera haver a melhoria do OEE com base na média de 2011 para os dois maiores processos intensivos de energia.Para os processos que em 2011 tiveram um OEE menor que 45%, a planta deve demonstrar uma melhoria de 20% no final do 3º trimestre. Para os processos que em 2011 tiveram um OEE menor que 65%, a planta deve demonstrar uma melhoria de 10% no final do 3º trimestre. Para os processos que para 2011 estavam acima de um OEE médio de 65% a planta deve definir sua própria meta de melhoria durante o período de pré-avaliação.

Minimo

08:05Os sistemas de monitoramento de energia devem estar instalados para registrar o consumo de energia desses dois primeiros processos intensivos de energia.

Excelência

08:06

Devem ser conduzidas análises avançadas para entender o consumo específico de energia desses processos (energia consumida por peça produzida). Esta informação deve ser utilizada para definir as condições ideais de operação das máquinas, (tempo de ciclo, saturação de equipamentos, parâmetros de processo, etc.) e deve ser uma ferramenta disponível para o gerente da área para que se possa definir o cronograma ideal de produção. Atividades de engenharia devem ser realizadas para otimizar o consumo de energia desses processos.

Excelência

08:07nos processos de uso intensivo de energia que em 2012 estavam acima de um OEE médio de 70%, a planta deve definir sua própria meta de melhoria durante o período de pré-avaliação.

Mínimo 2013

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100

REQUISITOS DA CERTIFICAÇÃO OURO

9 MONITORAÇÃO DO USO DO AR COMPRIMIDO Não SimMinimo /

Excelência

09:01

A planta industrial deve realizar uma análise para entender as necessidades de ar comprimido da planta em suas diferentes condições de operação (produção total, turno da noite, fins de semana). A análise deve permitir um plano de ação para a otimização do uso de ar comprimido (por exemplo, redução de atividades de manutenção extraordinárias que fazem uso de ar comprimido, aquisição de pequenos compressores dedicados para processos específicos).

Minim o

09:02A planta industrial deve instalar um sistema de registro e monitoração de consumo de ar comprimido para entender as necessidades de ar da planta.

Minim o

09:03A planta industrial deve instalar um sistema de registro e monitoração de consumo de ar comprimido para entender as necessidades de ar da planta.

Excelência

10 ANÁLISE DO SISTEMA DE ILUMINAÇÃO Não SimMinimo /

Excelência

10:01

A planta industrial, deve efetuar uma análise do sistema de iluminação presente em todas as áreas. O resultado desta análise deve ser um mapeamento dos tipos de luminárias, do nível iluminação presente na planta e do nível de iluminação mínimo requerido pela norma NBR 5413.

Minim o

10:02Com base na análise anterior, deve-se realizar uma avaliação do nível de eficiência energética do sistema de iluminação existente para verificar as oportunidades de melhoria.

Minim o

10:03

A planta industrial deve implementar soluções de iluminação de alta eficiência. Isto pode ser feito em uma ou a combinação das seguintes formas:• Com a substituição das lâmpadas existentes por outras de alta eficiência.• Com a instalação de sistemas de gestão de iluminação, por exemplo: detectores de movimento, sistemas de variação da intensidade de iluminação, temporizadores.• Com a maximização da utilização da luz ambiente.

Excelência

11 COMUNICAÇÃO E ENVOLVIMENTO DE PESSOAS Não SimMinimo /

Excelência

11:01

As Informações do programa Green Spirit devem ser atualizadas e exibidas no painel de informações do Green Spirit, incluindo: Indicador KPI do desempenho de energia, o Indicador KPI do consumo de água, o plano de ação atualizado para o ano em curso.

Minim o

11:02

A planta industrial deve ter uma campanha de comunicação para aumentar a consciência das pessoas sobre o programa Green Spirit e como eles podem ajudar na economia de energia:• Realizar a apresentação da equipe Green Spirit, com a descrição do objetivo do programa e explicado as atividades em curso para economia de energia.• Realizar a descrição de como são realizadas as medições do consumo de energia e água, e de como ele é reportado.• Informar que a participação de todos é necessária, e de que forma as pessoas podem contribuir para evitar os desperdícios de energia e água.

Minim o

11:03 As três melhores idéias da campanha foram selecionadas e implementadas.

Minim o

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101

12 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E ENERGIAS RENOVÁVEIS Não SimMinimo /

Excelência

12:01Para atingir o nível ouro deve ser realizado um estudo sobre os tipos de assistência financeira estadual ou federal para projetos de Eficiência Energética e energias renováveis.

Minimo 2013

12:02Deverá ser realizado um estudo de engenharia para determinar a relação custo benefícios, e a viabilidade da implementação de uma fonte de energia renovável e projetos de recuperação de energia.

Minimo 2013

12:03Deverá ser implementado com sucesso, um projeto de energia renovável ou projeto de recuperação de energia maior do que 20 kW de potência instalada.

Excelência 2013

REQUISITOS DA CERTIFICAÇÃO PLATINA

13ESTUDO PARA MUDANÇAS FÍSICAS NA PLANTA PARA IMPLEMENTAÇÃO DE UM FLUXO CONTÍNUO DE PRODUÇÃO DO INÍCIO ATÉ O FINAL DA LINHA DE MONTAGEM

Não SimMinimo /

Excelência

13:01

A planta industrial deve estudar a capacidade de cada fase do processo de produção para identificar as atividades necessárias para implementar um fluxo contínuo de funcionamento da linha de montagem. Isso se aplica a plantas industriais em que o número de horas de trabalho de uma ou mais áreas tecnológicas é maior que o horário de funcionamento das linhas de montagem (por exemplo, áreas tecnológicas que operam por dois ou três turnos).

Minimo

13:02A planta industrial devera realizar um mapeamento completo das restrições dos processos de produção para identificar aqueles processos tecnológicos que impedem a planta industrial de ter um fluxo contínuo.

Minimo

13:03

Uma vez que estes processos forem identificados, a planta industrial deve estudar e documentar as atividades que precisarão ser feitas para que o objetivo de fluxo contínuo seja alcançado, por exemplo:Melhoria no OEE dos equipamentos existentes, duplicação de equipamentos, duplicação de ferramenta, direta e indireta reorganização de trabalho, eliminação de estoques intermediários, etc.

Minimo

13:04

A planta industrial deverá apresentar uma análise completa de VSM (Value Stream Mapping), acompanhada com uma lista de ações requeridas para alcançar o fluxo continuo de processo, e receber apoio para a avaliação de investimentos necessários para adequações.

Minimo