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com de Uberlândia *3ª EDIÇÃO - ABRIL 2017

*3ª EDIÇÃO - ABRIL 2017 - uberlandia.mg.gov.br · prioritário às pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. § 1º Considera-se, para os efeitos deste Decreto:

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  • comde Uberlndia

    *3 EDIO - ABRIL 2017

  • Acessibilidade tema atual e importante no Brasil e em especial para a administrao municipal de Uberlndia. Hoje o Municpio pode se orgulhar de estar entre as cidades de mdio porte no pas com o maior ndice de acessibilidade, em reas tais como: escolas, transporte acessvel por nibus ou vans, unidades de atendimento integral - UAIS, e o corredor de transportes da Joo Naves. Neste sentido, e percebendo as principais dificuldades enfrentadas pelos profissionais quanto s normas e leis referentes ao assunto, a Prefeitura de Uberlndia realizou uma seleo dos principais desenhos tcnicos, referenciados nas legislaes municipal e federal, para elaborar a CARTILHA DE ACESSIBILIDADE, que mais uma ferramenta de apoio tcnico disponvel para ajudar a sanar dificuldades e contribuir para que Uberlndia continue se orgulhando do ttulo de exemplo de boas prticas em acessibilidade. Para a elaborao deste material foi levada em conta a experincia do Ncleo de Acessibilidade em contato direto com especialistas do setor, tomando como base a legislao vigente e as normas de acessibilidade, como a NBR 9050/15, da ABNT. Dessa forma, procurou-se ilustrar essas normas em desenhos de fcil entendimento e pouco texto, privilegiando a imagem e valorizando a informao passada em cada detalhe.

    Diretoria de Acessibilidade e Mobilidade Reduzida

    APRESENTAO

  • LEI N 10.741, DE 6 DE ABRIL DE 2011

    INSTITUI O CDIGO MUNICIPAL DE POSTURAS DE UBERLNDIA E REVOGA A LEI N 4744, DE 05 DE JULHO DE 1988 E SUAS ALTERAES.

    CAPTULO IIIDA UTILIZAO DAS VIAS PBLICAS E LOGRADOUROS PBLICOS

    SEO IDA OCUPAO DAS CALADAS PBLICASArt. 55. A Secretaria Municipal de Servios Urbanos poder permitir a ocupao de passeios pblicos com mesas, cadeiras ou outros objetos, obedecidas as seguintes exigncias:...III - dever respeitar uma faixa de circulao com pelo menos 1,20m (um metro e vinte), para trnsito de pedestres;

    IV - as mesas, cadeiras e outros objetos, devero ficar posicionados de forma perpendicular ao longo da parede do imvel;... 1 A rea destinada colocao de mesas e cadeiras e outros objetos, dever ser demarca-da, separando-a da faixa de circulao para pedestres, por uma faixa colada ou pintada na cor amarela, com largura entre 4 (quatro) e 5 (cinco) centmetros.... 4 As mesas e cadeiras utilizadas por bares, restaurantes e congneres, devidamente autorizadas, somente podero ser colocadas na calada a partir das 18:30 horas....Art. 57. A colocao de mesas e cadeiras ou outros objetos no poder importar em:I - impedimento ou limitao ao trnsito de pedestres, ao acesso de veculos e visibilidade dos motoristas, sobretudo em esquinas;

    DECRETO N 5.296 DE 2 DE DEZEMBRO DE 2004.

    Regulamenta as Leis ns 10.048, de 8 de novembro de 2000, que d prioridade de atendimen-to s pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critrios bsicos para a promoo da acessibilidade das pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida, e d outras providncias.

    O PRESIDENTE DA REPBLICA, no uso da atribuio que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituio, e tendo em vista o disposto nas Leis ns 10.048, de 8 de novembro de 2000, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000,

    DECRETA:CAPTULO IDISPOSIES PRELIMINARES

    Art. 1 Este Decreto regulamenta as Leis ns 10.048, de 8 de novembro de 2000, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000.Art. 2 Ficam sujeitos ao cumprimento das disposies deste Decreto, sempre que houver interao com a matria nele regulamentada:

    I - a aprovao de projeto de natureza arquitetnica e urbanstica, de comunicao e informao, de transporte coletivo, bem como a execuo de qualquer tipo de obra, quando tenham destinao pblica ou coletiva;II - a outorga de concesso, permisso, autorizao ou habilitao de qualquer natureza;III - a aprovao de financiamento de projetos com a utilizao de recursos pblicos, dentre eles os projetos de natureza arquitetnica e urbanstica, os tocantes comunicao e

    informao e os referentes ao transporte coletivo, por meio de qualquer instrumento, tais como convnio, acordo, ajuste, contrato ou similar; eIV - a concesso de aval da Unio na obteno de emprstimos e financiamentos internacionais por entes pblicos ou privados.Art. 3 Sero aplicadas sanes administrativas, cveis e penais cabveis, previstas em lei, quando no forem observadas as normas deste Decreto.Art. 4 O Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficincia, os Conselhos Estaduais, Municipais e do Distrito Federal, e as organizaes representativas de pessoas portadoras de deficincia tero legitimidade para acompanhar e sugerir medidas para o cumprimento dos requisitos estabelecidos neste Decreto.

    CAPTULO IIDO ATENDIMENTO PRIORITRIO

    Art. 5 Os rgos da administrao pblica direta, indireta e fundacional, as empresas prestadoras de servios pblicos e as instituies financeiras devero dispensar atendimento prioritrio s pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida.

    1 Considera-se, para os efeitos deste Decreto:I - pessoa portadora de deficincia, alm daquelas previstas na Lei n 10.690, de 16 de junho de 2003, a que possui limitao ou incapacidade para o desempenho de atividade e se enquadra nas seguintes categorias:

    a) deficincia fsica: alterao completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da funo fsica, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputao ou ausncia de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congnita ou adquirida, exceto as deformidades estticas e as que no produzam dificuldades para o desempenho de funes;b) deficincia auditiva: perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas freqncias de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz;c) deficincia visual: cegueira, na qual a acuidade visual igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correo ptica; a baixa viso, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correo ptica; os casos nos quais a somatria da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60o; ou a ocorrncia simultnea de quaisquer das condies anteriores;d) deficincia mental: funcionamento intelectual significativamente inferior mdia, com manifestao antes dos dezoito anos e limitaes associadas a duas ou mais reas de habilidades adaptativas, tais como:

    1. comunicao; 2. cuidado pessoal; 3. habilidades sociais; 4. utilizao dos recursos da comunidade; 5. sade e segurana; 6. habilidades acadmicas; 7. lazer; e 8. trabalho;e) deficincia mltipla - associao de duas ou mais deficincias;

    II - pessoa com mobilidade reduzida, aquela que, no se enquadrando no conceito de pessoa portadora de deficincia, tenha, por qualquer motivo, dificuldade de movimentar-se, permanente ou temporariamente, gerando reduo efetiva da mobilidade, flexibilidade, coordenao motora e percepo. 2 O disposto no caput aplica-se, ainda, s pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos, gestantes, lactantes e pessoas com criana de colo.

    3 O acesso prioritrio s edificaes e servios das instituies financeiras deve seguir os preceitos estabelecidos neste Decreto e nas normas tcnicas de acessibilidade da Associao Brasileira de Normas Tcnicas - ABNT, no que no conflitarem com a Lei no 7.102, de 20 de junho de 1983, observando, ainda, a Resoluo do Conselho Monetrio Nacional no 2.878, de 26 de julho de 2001.Art. 6 O atendimento prioritrio compreende tratamento diferenciado e atendimento imediato s pessoas de que trata o art. 5.

    1 O tratamento diferenciado inclui, dentre outros:

    I - assentos de uso preferencial sinalizados, espaos e instalaes acessveis;II - mobilirio de recepo e atendimento obrigatoriamente adaptado altura e condio fsica de pessoas em cadeira de rodas, conforme estabelecido nas normas tcnicas de acessibilidade da ABNT;III - servios de atendimento para pessoas com deficincia auditiva, prestado por intrpretes ou pessoas capacitadas em Lngua Brasileira de Sinais - LIBRAS e no trato com aquelas que no se comuniquem em LIBRAS, e para pessoas surdocegas, prestado por guias-intrpretes ou pessoas capacitadas neste tipo de atendimento;IV - pessoal capacitado para prestar atendimento s pessoas com deficincia visual, mental e mltipla, bem como s pessoas idosas;V - disponibilidade de rea especial para embarque e desembarque de pessoa portadora de deficincia ou com mobilidade reduzida;VI - sinalizao ambiental para orientao das pessoas referidas no art. 5o;VII - divulgao, em lugar visvel, do direito de atendimento prioritrio das pessoas portado-ras de deficincia ou com mobilidade reduzida;VIII - admisso de entrada e permanncia de co-guia ou co-guia de acompanhamento junto de pessoa portadora de deficincia ou de treinador nos locais dispostos no caput do art. 5, bem como nas demais edificaes de uso pblico e naquelas de uso coletivo, mediante apresentao da carteira de vacina atualizada do animal; IX - a existncia de local de atendimento especfico para as pessoas referidas no art. 5.

    2 Entende-se por imediato o atendimento prestado s pessoas referidas no art. 5, antes de qualquer outra, depois de concludo o atendimento que estiver em andamento, observado o disposto no inciso I do pargrafo nico do art. 3 da Lei n 10.741, de 1 de outubro de 2003 (Estatuto do Idoso).

    3 Nos servios de emergncia dos estabelecimentos pblicos e privados de atendimento sade, a prioridade conferida por este Decreto fica condicionada avaliao mdica em face da gravidade dos casos a atender.

    4 Os rgos, empresas e instituies referidos no caput do art. 5 devem possuir, pelo menos, um telefone de atendimento adaptado para comunicao com e por pessoas portadoras de deficincia auditiva.Art. 7 O atendimento prioritrio no mbito da administrao pblica federal direta e indireta, bem como das empresas prestadoras de servios pblicos, obedecer s disposies deste Decreto, alm do que estabelece o Decreto n 3.507, de 13 de junho de 2000.Pargrafo nico. Cabe aos Estados, Municpios e ao Distrito Federal, no mbito de suas competncias, criar instrumentos para a efetiva implantao e o controle do atendimento prioritrio referido neste Decreto.

    CAPTULO IIIDAS CONDIES GERAIS DA ACESSIBILIDADE

    Art. 8 Para os fins de acessibilidade, considera-se:I - acessibilidade: condio para utilizao, com segurana e autonomia, total ou assistida, dos espaos, mobilirios e equipamentos urbanos, das edificaes, dos servios de

    transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicao e informao, por pessoa portadora de deficincia ou com mobilidade reduzida;II - barreiras: qualquer entrave ou obstculo que limite ou impea o acesso, a liberdade de movimento, a circulao com segurana e a possibilidade de as pessoas se comunicarem ou terem acesso informao, classificadas em:

    a) barreiras urbansticas: as existentes nas vias pblicas e nos espaos de uso pblico;b) barreiras nas edificaes: as existentes no entorno e interior das edificaes de uso pblico e coletivo e no entorno e nas reas internas de uso comum nas edificaes de uso privado multifamiliar;c) barreiras nos transportes: as existentes nos servios de transportes; ed) barreiras nas comunicaes e informaes: qualquer entrave ou obstculo que dificulte ou impossibilite a expresso ou o recebimento de mensagens por intermdio dos dispositivos, meios ou sistemas de comunicao, sejam ou no de massa, bem como aqueles que dificultem ou impossibilitem o acesso informao;

    III - elemento da urbanizao: qualquer componente das obras de urbanizao, tais como os referentes pavimentao, saneamento, distribuio de energia eltrica, iluminao pblica, abastecimento e distribuio de gua, paisagismo e os que materializam as indicaes do planejamento urbanstico;IV - mobilirio urbano: o conjunto de objetos existentes nas vias e espaos pblicos, superpostos ou adicionados aos elementos da urbanizao ou da edificao, de forma que sua modificao ou traslado no provoque alteraes substanciais nestes elementos, tais como semforos, postes de sinalizao e similares, telefones e cabines telefnicas, fontes pblicas, lixeiras, toldos, marquises, quiosques e quaisquer outros de natureza anloga;V - ajuda tcnica: os produtos, instrumentos, equipamentos ou tecnologia adaptados ou especialmente projetados para melhorar a funcionalidade da pessoa portadora de deficincia ou com mobilidade reduzida, favorecendo a autonomia pessoal, total ou assistida;VI - edificaes de uso pblico: aquelas administradas por entidades da administrao pblica, direta e indireta, ou por empresas prestadoras de servios pblicos e destinadas ao pblico em geral;VII - edificaes de uso coletivo: aquelas destinadas s atividades de natureza comercial, hoteleira, cultural, esportiva, financeira, turstica, recreativa, social, religiosa, educacional, industrial e de sade, inclusive as edificaes de prestao de servios de atividades da mesma natureza;VIII - edificaes de uso privado: aquelas destinadas habitao, que podem ser classifica-das como unifamiliar ou multifamiliar; eIX - desenho universal: concepo de espaos, artefatos e produtos que visam atender simultaneamente todas as pessoas, com diferentes caractersticas antropomtricas e sensoriais, de forma autnoma, segura e confortvel, constituindo-se nos elementos ou solues que compem a acessibilidade.

    Art. 9 A formulao, implementao e manuteno das aes de acessibilidade atendero s seguintes premissas bsicas:I - a priorizao das necessidades, a programao em cronograma e a reserva de recursos para a implantao das aes; e

    II - o planejamento, de forma continuada e articulada, entre os setores envolvidos.

    CAPTULO IVDA IMPLEMENTAO DA ACESSIBILIDADE ARQUITETNICA E URBANSTICA

    Seo IDas Condies GeraisArt. 10. A concepo e a implantao dos projetos arquitetnicos e urbansticos devem atender aos princpios do desenho universal, tendo como referncias bsicas as normas

    tcnicas de acessibilidade da ABNT, a legislao especfica e as regras contidas neste Decreto.

    1 Caber ao Poder Pblico promover a incluso de contedos temticos referentes ao desenho universal nas diretrizes curriculares da educao profissional e tecnolgica e do ensino superior dos cursos de Engenharia, Arquitetura e correlatos.

    2 Os programas e as linhas de pesquisa a serem desenvolvidos com o apoio de organis-mos pblicos de auxlio pesquisa e de agncias de fomento devero incluir temas voltados para o desenho universal.Art. 11. A construo, reforma ou ampliao de edificaes de uso pblico ou coletivo, ou a mudana de destinao para estes tipos de edificao, devero ser executadas de modo que sejam ou se tornem acessveis pessoa portadora de deficincia ou com mobilidade reduzida.

    1 As entidades de fiscalizao profissional das atividades de Engenharia, Arquitetura e correlatas, ao anotarem a responsabilidade tcnica dos projetos, exigiro a responsabili-dade profissional declarada do atendimento s regras de acessibilidade previstas nas normas tcnicas de acessibilidade da ABNT, na legislao especfica e neste Decreto.

    2 Para a aprovao ou licenciamento ou emisso de certificado de concluso de projeto arquitetnico ou urbanstico dever ser atestado o atendimento s regras de acessibilidade previstas nas normas tcnicas de acessibilidade da ABNT, na legislao especfica e neste Decreto.

    3 O Poder Pblico, aps certificar a acessibilidade de edificao ou servio, determinar a colocao, em espaos ou locais de ampla visibilidade, do "Smbolo Internacional de Acesso", na forma prevista nas normas tcnicas de acessibilidade da ABNT e na Lei n 7.405, de 12 de novembro de 1985.Art. 12. Em qualquer interveno nas vias e logradouros pblicos, o Poder Pblico e as empresas concessionrias responsveis pela execuo das obras e dos servios garantiro o livre trnsito e a circulao de forma segura das pessoas em geral, especialmente das pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida, durante e aps a sua execuo, de acordo com o previsto em normas tcnicas de acessibilidade da ABNT, na legislao especfica e neste Decreto.Art. 13. Orientam-se, no que couber, pelas regras previstas nas normas tcnicas brasileiras de acessibilidade, na legislao especfica, observado o disposto na Lei n 10.257, de 10 de julho de 2001, e neste Decreto:

    I - os Planos Diretores Municipais e Planos Diretores de Transporte e Trnsito elaborados ou atualizados a partir da publicao deste Decreto;II - o Cdigo de Obras, Cdigo de Postura, a Lei de Uso e Ocupao do Solo e a Lei do Sistema Virio;III - os estudos prvios de impacto de vizinhana;IV - as atividades de fiscalizao e a imposio de sanes, incluindo a vigilncia sanitria e ambiental; eV - a previso oramentria e os mecanismos tributrios e financeiros utilizados em carter compensatrio ou de incentivo.

    1 Para concesso de alvar de funcionamento ou sua renovao para qualquer atividade, devem ser observadas e certificadas as regras de acessibilidade previstas neste Decreto e nas normas tcnicas de acessibilidade da ABNT.

    2 Para emisso de carta de "habite-se" ou habilitao equivalente e para sua renovao, quando esta tiver sido emitida anteriormente s exigncias de acessibilidade contidas na legislao especfica, devem ser observadas e certificadas as regras de acessibilidade previstas neste Decreto e nas normas tcnicas de acessibilidade da ABNT.

    Seo IIDas Condies EspecficasArt. 14. Na promoo da acessibilidade, sero observadas as regras gerais previstas neste Decreto, complementadas pelas normas tcnicas de acessibilidade da ABNT e pelas disposies contidas na legislao dos Estados, Municpios e do Distrito Federal.Art. 15. No planejamento e na urbanizao das vias, praas, dos logradouros, parques e demais espaos de uso pblico, devero ser cumpridas as exigncias dispostas nas normas tcnicas de acessibilidade da ABNT.

    1 Incluem-se na condio estabelecida no caput:I - a construo de caladas para circulao de pedestres ou a adaptao de situaes consolidadas;II - o rebaixamento de caladas com rampa acessvel ou elevao da via para travessia de pedestre em nvel; eIII - a instalao de piso ttil direcional e de alerta.

    2 Nos casos de adaptao de bens culturais imveis e de interveno para regular-izao urbanstica em reas de assentamentos subnormais, ser admitida, em carter excepcional, faixa de largura menor que o estabelecido nas normas tcnicas citadas no caput, desde que haja justificativa baseada em estudo tcnico e que o acesso seja viabilizado de outra forma, garantida a melhor tcnica possvel.Art. 16. As caractersticas do desenho e a instalao do mobilirio urbano devem garantir a aproximao segura e o uso por pessoa portadora de deficincia visual, mental ou auditiva, a aproximao e o alcance visual e manual para as pessoas portadoras de deficincia fsica, em especial aquelas em cadeira de rodas, e a circulao livre de barreiras, atendendo s condies estabelecidas nas normas tcnicas de acessibilidade da ABNT.

    1 Incluem-se nas condies estabelecida no caput:I - as marquises, os toldos, elementos de sinalizao, luminosos e outros elementos que tenham sua projeo sobre a faixa de circulao de pedestres;II - as cabines telefnicas e os terminais de auto-atendimento de produtos e servios;III - os telefones pblicos sem cabine;IV - a instalao das aberturas, das botoeiras, dos comandos e outros sistemas de acionamento do mobilirio urbano;V - os demais elementos do mobilirio urbano;VI - o uso do solo urbano para posteamento; eVII - as espcies vegetais que tenham sua projeo sobre a faixa de circulao de pedestres.

    2 A concessionria do Servio Telefnico Fixo Comutado - STFC, na modalidade Local, dever assegurar que, no mnimo, dois por cento do total de Telefones de Uso Pblico - TUPs, sem cabine, com capacidade para originar e receber chamadas locais e de longa distncia nacional, bem como, pelo menos, dois por cento do total de TUPs, com capacidade para originar e receber chamadas de longa distncia, nacional e internacional, estejam adaptados para o uso de pessoas portadoras de deficincia auditiva e para usurios de cadeiras de rodas, ou conforme estabelecer os Planos Gerais de Metas de Universalizao.

    3 As botoeiras e demais sistemas de acionamento dos terminais de auto-atendimento de produtos e servios e outros equipamentos em que haja interao com o pblico devem estar localizados em altura que possibilite o manuseio por pessoas em cadeira de rodas e possuir mecanismos para utilizao autnoma por pessoas portadoras de deficincia visual e auditiva, conforme padres estabelecidos nas normas tcnicas de acessibilidade da ABNT.Art. 17. Os semforos para pedestres instalados nas vias pblicas devero estar equipados com mecanismo que sirva de guia ou orientao para a travessia de pessoa portadora de

    deficincia visual ou com mobilidade reduzida em todos os locais onde a intensidade do fluxo de veculos, de pessoas ou a periculosidade na via assim determinarem, bem como mediante solicitao dos interessados.Art. 18. A construo de edificaes de uso privado multifamiliar e a construo, ampliao ou reforma de edificaes de uso coletivo devem atender aos preceitos da acessibilidade na interligao de todas as partes de uso comum ou abertas ao pblico, conforme os padres das normas tcnicas de acessibilidade da ABNT.Pargrafo nico. Tambm esto sujeitos ao disposto no caput os acessos, piscinas, andares de recreao, salo de festas e reunies, saunas e banheiros, quadras esportivas, portarias, estacionamentos e garagens, entre outras partes das reas internas ou externas de uso comum das edificaes de uso privado multifamiliar e das de uso coletivo.Art. 19. A construo, ampliao ou reforma de edificaes de uso pblico deve garantir, pelo menos, um dos acessos ao seu interior, com comunicao com todas as suas dependncias e servios, livre de barreiras e de obstculos que impeam ou dificultem a sua acessibilidade.

    1 No caso das edificaes de uso pblico j existentes, tero elas prazo de trinta meses a contar da data de publicao deste Decreto para garantir acessibilidade s pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida.

    2 Sempre que houver viabilidade arquitetnica, o Poder Pblico buscar garantir dotao oramentria para ampliar o nmero de acessos nas edificaes de uso pblico a serem construdas, ampliadas ou reformadas.Art. 20. Na ampliao ou reforma das edificaes de uso pbico ou de uso coletivo, os desnveis das reas de circulao internas ou externas sero transpostos por meio de rampa ou equipamento eletromecnico de deslocamento vertical, quando no for possvel outro acesso mais cmodo para pessoa portadora de deficincia ou com mobilidade reduzida, conforme estabelecido nas normas tcnicas de acessibilidade da ABNT.Art. 21. Os balces de atendimento e as bilheterias em edificao de uso pblico ou de uso coletivo devem dispor de, pelo menos, uma parte da superfcie acessvel para atendimento s pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida, conforme os padres das normas tcnicas de acessibilidade da ABNT.Pargrafo nico. No caso do exerccio do direito de voto, as urnas das sees eleitorais devem ser adequadas ao uso com autonomia pelas pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida e estarem instaladas em local de votao plenamente acessvel e com estacionamento prximo.Art. 22. A construo, ampliao ou reforma de edificaes de uso pblico ou de uso coletivo devem dispor de sanitrios acessveis destinados ao uso por pessoa portadora de deficincia ou com mobilidade reduzida.

    1 Nas edificaes de uso pblico a serem construdas, os sanitrios destinados ao uso por pessoa portadora de deficincia ou com mobilidade reduzida sero distribudos na razo de, no mnimo, uma cabine para cada sexo em cada pavimento da edificao, com entrada independente dos sanitrios coletivos, obedecendo s normas tcnicas de acessibilidade da ABNT.

    2 Nas edificaes de uso pblico j existentes, tero elas prazo de trinta meses a contar da data de publicao deste Decreto para garantir pelo menos um banheiro acessvel por pavimento, com entrada independente, distribuindo-se seus equipamen-tos e acessrios de modo que possam ser utilizados por pessoa portadora de deficin-cia ou com mobilidade reduzida.

    3 Nas edificaes de uso coletivo a serem construdas, ampliadas ou reformadas, onde devem existir banheiros de uso pblico, os sanitrios destinados ao uso por pessoa portadora de deficincia devero ter entrada independente dos demais e obedecer s normas tcnicas de acessibilidade da ABNT.

    4 Nas edificaes de uso coletivo j existentes, onde haja banheiros destinados ao uso pblico, os sanitrios preparados para o uso por pessoa portadora de deficincia ou com mobilidade reduzida devero estar localizados nos pavimentos acessveis, ter entrada independente dos demais sanitrios, se houver, e obedecer as normas tcnicas de acessib-ilidade da ABNT.Art. 23. Os teatros, cinemas, auditrios, estdios, ginsios de esporte, casas de espetcu-los, salas de conferncias e similares reservaro, pelo menos, dois por cento da lotao do estabelecimento para pessoas em cadeira de rodas, distribudos pelo recinto em locais diversos, de boa visibilidade, prximos aos corredores, devidamente sinalizados, evitando-se reas segregadas de pblico e a obstruo das sadas, em conformidade com as normas tcnicas de acessibilidade da ABNT.

    1 Nas edificaes previstas no caput, obrigatria, ainda, a destinao de dois por cento dos assentos para acomodao de pessoas portadoras de deficincia visual e de pessoas com mobilidade reduzida, incluindo obesos, em locais de boa recepo de mensagens sonoras, devendo todos ser devidamente sinalizados e estar de acordo com os padres das normas tcnicas de acessibilidade da ABNT.

    2 No caso de no haver comprovada procura pelos assentos reservados, estes podero excepcionalmente ser ocupados por pessoas que no sejam portadoras de deficincia ou que no tenham mobilidade reduzida.

    3 Os espaos e assentos a que se refere este artigo devero situar-se em locais que garantam a acomodao de, no mnimo, um acompanhante da pessoa portadora de deficincia ou com mobilidade reduzida.

    4 Nos locais referidos no caput, haver, obrigatoriamente, rotas de fuga e sadas de emergncia acessveis, conforme padres das normas tcnicas de acessibilidade da ABNT, a fim de permitir a sada segura de pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida, em caso de emergncia.

    5 As reas de acesso aos artistas, tais como coxias e camarins, tambm devem ser acessveis a pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida.

    6 Para obteno do financiamento de que trata o inciso III do art. 2, as salas de espet-culo devero dispor de sistema de sonorizao assistida para pessoas portadoras de deficincia auditiva, de meios eletrnicos que permitam o acompanhamento por meio de legendas em tempo real ou de disposies especiais para a presena fsica de intrprete de LIBRAS e de guias-intrpretes, com a projeo em tela da imagem do intrprete de LIBRAS sempre que a distncia no permitir sua visualizao direta.

    7 O sistema de sonorizao assistida a que se refere o 6 ser sinalizado por meio do pictograma aprovado pela Lei n 8.160, de 8 de janeiro de 1991.

    8 As edificaes de uso pblico e de uso coletivo referidas no caput, j existentes, tm, respectivamente, prazo de trinta e quarenta e oito meses, a contar da data de publicao deste Decreto, para garantir a acessibilidade de que trata o caput e os 1 a 5.Art. 24. Os estabelecimentos de ensino de qualquer nvel, etapa ou modalidade, pblicos ou privados, proporcionaro condies de acesso e utilizao de todos os seus ambientes ou compartimentos para pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida, inclusive salas de aula, bibliotecas, auditrios, ginsios e instalaes desportivas, laboratrios, reas de lazer e sanitrios.

    1 Para a concesso de autorizao de funcionamento, de abertura ou renovao de curso pelo Poder Pblico, o estabelecimento de ensino dever comprovar que: I - est cumprindo as regras de acessibilidade arquitetnica, urbanstica e na comuni-cao e informao previstas nas normas tcnicas de acessibilidade da ABNT, na

    legislao especfica ou neste Decreto;II - coloca disposio de professores, alunos, servidores e empregados portadores de deficincia ou com mobilidade reduzida ajudas tcnicas que permitam o acesso s atividades escolares e administrativas em igualdade de condies com as demais pessoas; eIII - seu ordenamento interno contm normas sobre o tratamento a ser dispensado a professores, alunos, servidores e empregados portadores de deficincia, com o objetivo de coibir e reprimir qualquer tipo de discriminao, bem como as respectivas sanes pelo descumprimento dessas normas.

    2 As edificaes de uso pblico e de uso coletivo referidas no caput, j existentes, tm, respectivamente, prazo de trinta e quarenta e oito meses, a contar da data de publicao deste Decreto, para garantir a acessibilidade de que trata este artigo.Art. 25. Nos estacionamentos externos ou internos das edificaes de uso pblico ou de uso coletivo, ou naqueles localizados nas vias pblicas, sero reservados, pelo menos, dois por cento do total de vagas para veculos que transportem pessoa portadora de deficincia fsica ou visual definidas neste Decreto, sendo assegurada, no mnimo, uma vaga, em locais prximos entrada principal ou ao elevador, de fcil acesso circulao de pedestres, com especificaes tcnicas de desenho e traado conforme o estabelecido nas normas tcnicas de acessibilidade da ABNT.

    1 Os veculos estacionados nas vagas reservadas devero portar identificao a ser colocada em local de ampla visibilidade, confeccionado e fornecido pelos rgos de trnsito, que disciplinaro sobre suas caractersticas e condies de uso, observando o disposto na Lei n 7.405, de 1985.

    2 Os casos de inobservncia do disposto no 1 estaro sujeitos s sanes estabeleci-das pelos rgos competentes.

    3 Aplica-se o disposto no caput aos estacionamentos localizados em reas pblicas e de uso coletivo.

    4 A utilizao das vagas reservadas por veculos que no estejam transportando as pessoas citadas no caput constitui infrao ao art. 181, inciso XVII, da Lei n 9.503, de 23 de setembro de 1997.Art. 26. Nas edificaes de uso pblico ou de uso coletivo, obrigatria a existncia de sinalizao visual e ttil para orientao de pessoas portadoras de deficincia auditiva e visual, em conformidade com as normas tcnicas de acessibilidade da ABNT.Art. 27. A instalao de novos elevadores ou sua adaptao em edificaes de uso pblico ou de uso coletivo, bem assim a instalao em edificao de uso privado multifamiliar a ser construda, na qual haja obrigatoriedade da presena de elevadores, deve atender aos padres das normas tcnicas de acessibilidade da ABNT.

    1 No caso da instalao de elevadores novos ou da troca dos j existentes, qualquer que seja o nmero de elevadores da edificao de uso pblico ou de uso coletivo, pelo menos um deles ter cabine que permita acesso e movimentao cmoda de pessoa portadora de deficincia ou com mobilidade reduzida, de acordo com o que especifica as normas tcnicas de acessibilidade da ABNT.

    2 Junto s botoeiras externas do elevador, dever estar sinalizado em braile em qual andar da edificao a pessoa se encontra.

    3 Os edifcios a serem construdos com mais de um pavimento alm do pavimento de acesso, exceo das habitaes unifamiliares e daquelas que estejam obrigadas instalao de elevadores por legislao municipal, devero dispor de especificaes tcnicas e de projeto que facilitem a instalao de equipamento eletromecnico de deslocamento vertical para uso das pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade

    reduzida. 4 As especificaes tcnicas a que se refere o 3 devem atender:

    I - a indicao em planta aprovada pelo poder municipal do local reservado para a instalao do equipamento eletromecnico, devidamente assinada pelo autor do projeto;II - a indicao da opo pelo tipo de equipamento (elevador, esteira, plataforma ou similar);III - a indicao das dimenses internas e demais aspectos da cabine do equipamento a ser instalado; eIV - demais especificaes em nota na prpria planta, tais como a existncia e as medidas de botoeira, espelho, informao de voz, bem como a garantia de responsabi-lidade tcnica de que a estrutura da edificao suporta a implantao do equipamen-to escolhido.

    Seo IIIDa Acessibilidade na Habitao de Interesse SocialArt. 28. Na habitao de interesse social, devero ser promovidas as seguintes aes para assegurar as condies de acessibilidade dos empreendimentos:

    I - definio de projetos e adoo de tipologias construtivas livres de barreiras arquitetnicas e urbansticas;II - no caso de edificao multifamiliar, execuo das unidades habitacionais acessveis no piso trreo e acessveis ou adaptveis quando nos demais pisos;III - execuo das partes de uso comum, quando se tratar de edificao multifamiliar, conforme as normas tcnicas de acessibilidade da ABNT; eIV - elaborao de especificaes tcnicas de projeto que facilite a instalao de elevador adaptado para uso das pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida.

    Pargrafo nico. Os agentes executores dos programas e projetos destinados habitao de interesse social, financiados com recursos prprios da Unio ou por ela geridos, devem observar os requisitos estabelecidos neste artigo.Art. 29. Ao Ministrio das Cidades, no mbito da coordenao da poltica habitacional, compete:

    I - adotar as providncias necessrias para o cumprimento do disposto no art. 28; eII - divulgar junto aos agentes interessados e orientar a clientela alvo da poltica habitacional sobre as iniciativas que promover em razo das legislaes federal, estaduais, distrital e municipais relativas acessibilidade.

    Seo IVDa Acessibilidade aos Bens Culturais ImveisArt. 30. As solues destinadas eliminao, reduo ou superao de barreiras na promoo da acessibilidade a todos os bens culturais imveis devem estar de acordo com o que estabelece a Instruo Normativa n 1 do Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional - IPHAN, de 25 de novembro de 2003.

    CAPTULO VDA ACESSIBILIDADE AOS SERVIOS DE TRANSPORTES COLETIVOS

    Seo IDas Condies GeraisArt. 31. Para os fins de acessibilidade aos servios de transporte coletivo terrestre, aquavirio e areo, considera-se como integrantes desses servios os veculos, terminais, estaes, pontos de parada, vias principais, acessos e operao.Art. 32. Os servios de transporte coletivo terrestre so:

    I - transporte rodovirio, classificado em urbano, metropolitano, intermunicipal e interestadual;II - transporte metroferrovirio, classificado em urbano e metropolitano; e

    III - transporte ferrovirio, classificado em intermunicipal e interestadual.Art. 33. As instncias pblicas responsveis pela concesso e permisso dos servios de transporte coletivo so:I - governo municipal, responsvel pelo transporte coletivo municipal;II - governo estadual, responsvel pelo transporte coletivo metropolitano e intermunicipal;III - governo do Distrito Federal, responsvel pelo transporte coletivo do Distrito Federal; eIV - governo federal, responsvel pelo transporte coletivo interestadual e internacional.Art. 34. Os sistemas de transporte coletivo so considerados acessveis quando todos os seus elementos so concebidos, organizados, implantados e adaptados segundo o conceito de desenho universal, garantindo o uso pleno com segurana e autonomia por todas as pessoas.

    Pargrafo nico. A infra-estrutura de transporte coletivo a ser implantada a partir da publicao deste Decreto dever ser acessvel e estar disponvel para ser operada de forma a garantir o seu uso por pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida.Art. 35. Os responsveis pelos terminais, estaes, pontos de parada e os veculos, no mbito de suas competncias, asseguraro espaos para atendimento, assentos preferen-ciais e meios de acesso devidamente sinalizados para o uso das pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida.Art. 36. As empresas concessionrias e permissionrias e as instncias pblicas responsveis pela gesto dos servios de transportes coletivos, no mbito de suas competncias, devero garantir a implantao das providncias necessrias na operao, nos terminais, nas estaes, nos pontos de parada e nas vias de acesso, de forma a assegurar as condies previstas no art. 34 deste Decreto.

    Pargrafo nico. As empresas concessionrias e permissionrias e as instncias pblicas responsveis pela gesto dos servios de transportes coletivos, no mbito de suas competncias, devero autorizar a colocao do "Smbolo Internacional de Acesso" aps certificar a acessibilidade do sistema de transporte.Art. 37. Cabe s empresas concessionrias e permissionrias e as instncias pblicas responsveis pela gesto dos servios de transportes coletivos assegurar a qualificao dos profissionais que trabalham nesses servios, para que prestem atendimento prioritrio s pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida.

    Seo IIDa Acessibilidade no Transporte Coletivo RodovirioArt. 38. No prazo de at vinte e quatro meses a contar da data de edio das normas tcnicas referidas no 1o, todos os modelos e marcas de veculos de transporte coletivo rodovirio para utilizao no Pas sero fabricados acessveis e estaro disponveis para integrar a frota operante, de forma a garantir o seu uso por pessoas portadoras de deficin-cia ou com mobilidade reduzida.

    1o As normas tcnicas para fabricao dos veculos e dos equipamentos de transporte coletivo rodovirio, de forma a torn-los acessveis, sero elaboradas pelas instituies e entidades que compem o Sistema Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial, e estaro disponveis no prazo de at doze meses a contar da data da publicao deste Decreto.

    2o A substituio da frota operante atual por veculos acessveis, a ser feita pelas empresas concessionrias e permissionrias de transporte coletivo rodovirio, dar-se- de forma gradativa, conforme o prazo previsto nos contratos de concesso e permisso deste servio.

    3o A frota de veculos de transporte coletivo rodovirio e a infra-estrutura dos servios deste transporte devero estar totalmente acessveis no prazo mximo de cento e vinte meses a contar da data de publicao deste Decreto.

    4o Os servios de transporte coletivo rodovirio urbano devem priorizar o embarque e desembarque dos usurios em nvel em, pelo menos, um dos acessos do veculo.Art. 39. No prazo de at vinte e quatro meses a contar da data de implementao dos programas de avaliao de conformidade descritos no 3o, as empresas concessionrias e permissionrias dos servios de transporte coletivo rodovirio devero garantir a acessibilidade da frota de veculos em circulao, inclusive de seus equipamentos.

    1 As normas tcnicas para adaptao dos veculos e dos equipamentos de transporte coletivo rodovirio em circulao, de forma a torn-los acessveis, sero elaboradas pelas instituies e entidades que compem o Sistema Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial, e estaro disponveis no prazo de at doze meses a contar da data da publicao deste Decreto.

    2 Caber ao Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial - INMETRO, quando da elaborao das normas tcnicas para a adaptao dos veculos, especificar dentre esses veculos que esto em operao quais sero adaptados, em funo das restries previstas no art. 98 da Lei n 9.503, de 1997.

    3 As adaptaes dos veculos em operao nos servios de transporte coletivo rodovirio, bem como os procedimentos e equipamentos a serem utilizados nestas adaptaes, estaro sujeitas a programas de avaliao de conformidade desenvolvidos e implementados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial - INMETRO, a partir de orientaes normativas elaboradas no mbito da ABNT.

    Seo IIIDa Acessibilidade no Transporte Coletivo AquavirioArt. 40. No prazo de at trinta e seis meses a contar da data de edio das normas tcnicas referidas no 1, todos os modelos e marcas de veculos de transporte coletivo aquavirio sero fabricados acessveis e estaro disponveis para integrar a frota operante, de forma a garantir o seu uso por pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida.

    1 As normas tcnicas para fabricao dos veculos e dos equipamentos de transporte coletivo aquavirio acessveis, a serem elaboradas pelas instituies e entidades que compem o Sistema Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial, estaro disponveis no prazo de at vinte e quatro meses a contar da data da publicao deste Decreto.

    2 As adequaes na infra-estrutura dos servios desta modalidade de transporte devero atender a critrios necessrios para proporcionar as condies de acessibilidade do sistema de transporte aquavirio.Art. 41. No prazo de at cinqenta e quatro meses a contar da data de implementao dos programas de avaliao de conformidade descritos no 2, as empresas concessionrias e permissionrias dos servios de transporte coletivo aquavirio, devero garantir a acessibilidade da frota de veculos em circulao, inclusive de seus equipamentos.

    1 As normas tcnicas para adaptao dos veculos e dos equipamentos de transporte coletivo aquavirio em circulao, de forma a torn-los acessveis, sero elaboradas pelas instituies e entidades que compem o Sistema Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial, e estaro disponveis no prazo de at trinta e seis meses a contar da data da publicao deste Decreto.

    2 As adaptaes dos veculos em operao nos servios de transporte coletivo aquavirio, bem como os procedimentos e equipamentos a serem utilizados nestas adaptaes, estaro sujeitas a programas de avaliao de conformidade desenvolvidos e implementados pelo INMETRO, a partir de orientaes normativas elaboradas no mbito da ABNT.

    Seo IVDa Acessibilidade no Transporte Coletivo Metroferrovirio e FerrovirioArt. 42. A frota de veculos de transporte coletivo metroferrovirio e ferrovirio, assim como a infra-estrutura dos servios deste transporte devero estar totalmente acessveis no prazo mximo de cento e vinte meses a contar da data de publicao deste Decreto.

    1 A acessibilidade nos servios de transporte coletivo metroferrovirio e ferrovirio obedecer ao disposto nas normas tcnicas de acessibilidade da ABNT.

    2 No prazo de at trinta e seis meses a contar da data da publicao deste Decreto, todos os modelos e marcas de veculos de transporte coletivo metroferrovirio e ferrovirio sero fabricados acessveis e estaro disponveis para integrar a frota operante, de forma a garantir o seu uso por pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida.Art. 43. Os servios de transporte coletivo metroferrovirio e ferrovirio existentes devero estar totalmente acessveis no prazo mximo de cento e vinte meses a contar da data de publicao deste Decreto.

    1 As empresas concessionrias e permissionrias dos servios de transporte coletivo metroferrovirio e ferrovirio devero apresentar plano de adaptao dos sistemas existentes, prevendo aes saneadoras de, no mnimo, oito por cento ao ano, sobre os elementos no acessveis que compem o sistema.

    2 O plano de que trata o 1 deve ser apresentado em at seis meses a contar da data de publicao deste Decreto.

    Seo VDa Acessibilidade no Transporte Coletivo AreoArt. 44. No prazo de at trinta e seis meses, a contar da data da publicao deste Decreto, os servios de transporte coletivo areo e os equipamentos de acesso s aeronaves estaro acessveis e disponveis para serem operados de forma a garantir o seu uso por pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida.

    Pargrafo nico. A acessibilidade nos servios de transporte coletivo areo obedecer ao disposto na Norma de Servio da Instruo da Aviao Civil NOSER/IAC - 2508-0796, de 1 de novembro de 1995, expedida pelo Departamento de Aviao Civil do Comando da Aeronutica, e nas normas tcnicas de acessibilidade da ABNT.

    Seo VIDas Disposies FinaisArt. 45. Caber ao Poder Executivo, com base em estudos e pesquisas, verificar a viabilidade de reduo ou iseno de tributo:

    I - para importao de equipamentos que no sejam produzidos no Pas, necessrios no processo de adequao do sistema de transporte coletivo, desde que no existam similares nacionais; eII - para fabricao ou aquisio de veculos ou equipamentos destinados aos sistemas de transporte coletivo.

    Pargrafo nico. Na elaborao dos estudos e pesquisas a que se referem o caput, deve-se observar o disposto no art. 14 da Lei Complementar n 101, de 4 de maio de 2000, sinalizando impacto oramentrio e financeiro da medida estudada.Art. 46. A fiscalizao e a aplicao de multas aos sistemas de transportes coletivos, segundo disposto no art. 6, inciso II, da Lei n 10.048, de 2000, cabe Unio, aos Estados, Municpios e ao Distrito Federal, de acordo com suas competncias.

    CAPTULO VIDO ACESSO INFORMAO E COMUNICAO Art. 47. No prazo de at doze meses a contar da data de publicao deste Decreto,

    ser obrigatria a acessibilidade nos portais e stios eletrnicos da administrao pblica na rede mundial de computadores (internet), para o uso das pessoas portadoras de deficincia visual, garantindo-lhes o pleno acesso s informaes disponveis.

    1 Nos portais e stios de grande porte, desde que seja demonstrada a inviabilidade tcnica de se concluir os procedimentos para alcanar integralmente a acessibilidade, o prazo definido no caput ser estendido por igual perodo.

    2 Os stios eletrnicos acessveis s pessoas portadoras de deficincia contero smbolo que represente a acessibilidade na rede mundial de computadores (internet), a ser adotado nas respectivas pginas de entrada.

    3 Os telecentros comunitrios instalados ou custeados pelos Governos Federal, Estadu-al, Municipal ou do Distrito Federal devem possuir instalaes plenamente acessveis e, pelo menos, um computador com sistema de som instalado, para uso preferencial por pessoas portadoras de deficincia visual.Art. 48. Aps doze meses da edio deste Decreto, a acessibilidade nos portais e stios eletrnicos de interesse pblico na rede mundial de computadores (internet), dever ser observada para obteno do financiamento de que trata o inciso III do art. 2.Art. 49. As empresas prestadoras de servios de telecomunicaes devero garantir o pleno acesso s pessoas portadoras de deficincia auditiva, por meio das seguintes aes:

    I - no Servio Telefnico Fixo Comutado - STFC, disponvel para uso do pblico em geral:a) instalar, mediante solicitao, em mbito nacional e em locais pblicos, telefones de uso pblico adaptados para uso por pessoas portadoras de deficincia;b) garantir a disponibilidade de instalao de telefones para uso por pessoas portado-ras de deficincia auditiva para acessos individuais;c) garantir a existncia de centrais de intermediao de comunicao telefnica a serem utilizadas por pessoas portadoras de deficincia auditiva, que funcionem em tempo integral e atendam a todo o territrio nacional, inclusive com integrao com o mesmo servio oferecido pelas prestadoras de Servio Mvel Pessoal; ed) garantir que os telefones de uso pblico contenham dispositivos sonoros para a identificao das unidades existentes e consumidas dos cartes telefnicos, bem como demais informaes exibidas no painel destes equipamentos;

    II - no Servio Mvel Celular ou Servio Mvel Pessoal:a) garantir a interoperabilidade nos servios de telefonia mvel, para possibilitar o envio de mensagens de texto entre celulares de diferentes empresas; eb) garantir a existncia de centrais de intermediao de comunicao telefnica a serem utilizadas por pessoas portadoras de deficincia auditiva, que funcionem em tempo integral e atendam a todo o territrio nacional, inclusive com integrao com o mesmo servio oferecido pelas prestadoras de Servio Telefnico Fixo Comutado.

    1 Alm das aes citadas no caput, deve-se considerar o estabelecido nos Planos Gerais de Metas de Universalizao aprovados pelos Decretos ns 2.592, de 15 de maio de 1998, e 4.769, de 27 de junho de 2003, bem como o estabelecido pela Lei n 9.472, de 16 de julho de 1997.

    2 O termo pessoa portadora de deficincia auditiva e da fala utilizado nos Planos Gerais de Metas de Universalizao entendido neste Decreto como pessoa portadora de deficincia auditiva, no que se refere aos recursos tecnolgicos de telefonia.Art. 50. A Agncia Nacional de Telecomunicaes - ANATEL regulamentar, no prazo de seis meses a contar da data de publicao deste Decreto, os procedimentos a serem observados para implementao do disposto no art. 49.Art. 51. Caber ao Poder Pblico incentivar a oferta de aparelhos de telefonia celular que indiquem, de forma sonora, todas as operaes e funes neles disponveis no visor.Art. 52. Caber ao Poder Pblico incentivar a oferta de aparelhos de televiso equipados

    com recursos tecnolgicos que permitam sua utilizao de modo a garantir o direito de acesso informao s pessoas portadoras de deficincia auditiva ou visual.

    Pargrafo nico. Incluem-se entre os recursos referidos no caput:I - circuito de decodificao de legenda oculta;II - recurso para Programa Secundrio de udio (SAP); eIII - entradas para fones de ouvido com ou sem fio.

    Art. 53. A ANATEL regulamentar, no prazo de doze meses a contar da data de publicao deste Decreto, os procedimentos a serem observados para implementao do plano de medidas tcnicas previsto no art. 19 da Lei n 10.098, de 2000. Regulam-entado pela portaria N 310, DE 27 DE JUNHO DE 2006

    1 O processo de regulamentao de que trata o caput dever atender ao disposto no art. 31 da Lei n 9.784, de 29 de janeiro de 1999.

    2 A regulamentao de que trata o caput dever prever a utilizao, entre outros, dos seguintes sistemas de reproduo das mensagens veiculadas para as pessoas portadoras de deficincia auditiva e visual:

    I - a subtitulao por meio de legenda oculta;II - a janela com intrprete de LIBRAS; eIII - a descrio e narrao em voz de cenas e imagens.

    3 A Coordenadoria Nacional para Integrao da Pessoa Portadora de Deficincia - CORDE da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica assistir a ANATEL no procedimento de que trata o 1.Art. 54. Autorizatrias e consignatrias do servio de radiodifuso de sons e imagens operadas pelo Poder Pblico podero adotar plano de medidas tcnicas prprio, como metas antecipadas e mais amplas do que aquelas as serem definidas no mbito do procedimento estabelecido no art. 53.Art. 55. Caber aos rgos e entidades da administrao pblica, diretamente ou em parceria com organizaes sociais civis de interesse pblico, sob a orientao do Ministrio da Educao e da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, por meio da CORDE, promover a capacitao de profissionais em LIBRAS.Art. 56. O projeto de desenvolvimento e implementao da televiso digital no Pas dever contemplar obrigatoriamente os trs tipos de sistema de acesso informao de que trata o art. 52.Art. 57. A Secretaria de Comunicao de Governo e Gesto Estratgica da Presidncia da Repblica editar, no prazo de doze meses a contar da data da publicao deste Decreto, normas complementares disciplinando a utilizao dos sistemas de acesso informao referidos no 2o do art. 53, na publicidade governamental e nos pronunci-amentos oficiais transmitidos por meio dos servios de radiodifuso de sons e imagens.

    Pargrafo nico. Sem prejuzo do disposto no caput e observadas as condies tcnicas, os pronunciamentos oficiais do Presidente da Repblica sero acompanha-dos, obrigatoriamente, no prazo de seis meses a partir da publicao deste Decreto, de sistema de acessibilidade mediante janela com intrprete de LIBRAS.Art. 58. O Poder Pblico adotar mecanismos de incentivo para tornar disponveis em meio magntico, em formato de texto, as obras publicadas no Pas.

    1o A partir de seis meses da edio deste Decreto, a indstria de medicamentos deve disponibilizar, mediante solicitao, exemplares das bulas dos medicamentos em meio magntico, braile ou em fonte ampliada.

    2o A partir de seis meses da edio deste Decreto, os fabricantes de equipamentos eletroeletrnicos e mecnicos de uso domstico devem disponibilizar, mediante solicitao, exemplares dos manuais de instruo em meio magntico, braile ou em

    fonte ampliada.Art. 59. O Poder Pblico apoiar preferencialmente os congressos, seminrios, oficinas e demais eventos cientfico-culturais que ofeream, mediante solicitao, apoios humanos s pessoas com deficincia auditiva e visual, tais como tradutores e intrpretes de LIBRAS, ledores, guias-intrpretes, ou tecnologias de informao e comunicao, tais como a transcrio eletrnica simultnea.Art. 60. Os programas e as linhas de pesquisa a serem desenvolvidos com o apoio de organismos pblicos de auxlio pesquisa e de agncias de financiamento devero contemplar temas voltados para tecnologia da informao acessvel para pessoas portadoras de deficincia.

    Pargrafo nico. Ser estimulada a criao de linhas de crdito para a indstria que produza componentes e equipamentos relacionados tecnologia da informao acessvel para pessoas portadoras de deficincia.

    CAPTULO VIIDAS AJUDAS TCNICASArt. 61. Para os fins deste Decreto, consideram-se ajudas tcnicas os produtos, instrumentos, equipamentos ou tecnologia adaptados ou especialmente projetados para melhorar a funcionalidade da pessoa portadora de deficincia ou com mobilidade reduzida, favorecendo a autonomia pessoal, total ou assistida.

    1o Os elementos ou equipamentos definidos como ajudas tcnicas sero certifica-dos pelos rgos competentes, ouvidas as entidades representativas das pessoas portadoras de deficincia.

    2o Para os fins deste Decreto, os ces-guia e os ces-guia de acompanhamento so considerados ajudas tcnicas.Art. 62. Os programas e as linhas de pesquisa a serem desenvolvidos com o apoio de organismos pblicos de auxlio pesquisa e de agncias de financiamento devero contemplar temas voltados para ajudas tcnicas, cura, tratamento e preveno de deficincias ou que contribuam para impedir ou minimizar o seu agravamento.

    Pargrafo nico. Ser estimulada a criao de linhas de crdito para a indstria que produza componentes e equipamentos de ajudas tcnicas.Art. 63. O desenvolvimento cientfico e tecnolgico voltado para a produo de ajudas tcnicas dar-se- a partir da instituio de parcerias com universidades e centros de pesquisa para a produo nacional de componentes e equipamentos.

    Pargrafo nico. Os bancos oficiais, com base em estudos e pesquisas elaborados pelo Poder Pblico, sero estimulados a conceder financiamento s pessoas portado-ras de deficincia para aquisio de ajudas tcnicas.Art. 64. Caber ao Poder Executivo, com base em estudos e pesquisas, verificar a viabilidade de:

    I - reduo ou iseno de tributos para a importao de equipamentos de ajudas tcnicas que no sejam produzidos no Pas ou que no possuam similares naciona-is;II - reduo ou iseno do imposto sobre produtos industrializados incidente sobre as ajudas tcnicas; eIII - incluso de todos os equipamentos de ajudas tcnicas para pessoas portado-ras de deficincia ou com mobilidade reduzida na categoria de equipamentos sujeitos a deduo de imposto de renda.

    Pargrafo nico. Na elaborao dos estudos e pesquisas a que se referem o caput, deve-se observar o disposto no art. 14 da Lei Complementar n 101, de 2000, sinalizando impacto oramentrio e financeiro da medida estudada.Art. 65. Caber ao Poder Pblico viabilizar as seguintes diretrizes:

    I - reconhecimento da rea de ajudas tcnicas como rea de conhecimento;II - promoo da incluso de contedos temticos referentes a ajudas tcnicas na educao profissional, no ensino mdio, na graduao e na ps-graduao;III - apoio e divulgao de trabalhos tcnicos e cientficos referentes a ajudas tcnicas;IV - estabelecimento de parcerias com escolas e centros de educao profissional, centros de ensino universitrios e de pesquisa, no sentido de incrementar a formao de profissionais na rea de ajudas tcnicas; eV - incentivo formao e treinamento de ortesistas e protesistas.

    Art. 66. A Secretaria Especial dos Direitos Humanos instituir Comit de Ajudas Tcnicas, constitudo por profissionais que atuam nesta rea, e que ser responsvel por:

    I - estruturao das diretrizes da rea de conhecimento;II - estabelecimento das competncias desta rea;III - realizao de estudos no intuito de subsidiar a elaborao de normas a respeito de ajudas tcnicas;IV - levantamento dos recursos humanos que atualmente trabalham com o tema; eV - deteco dos centros regionais de referncia em ajudas tcnicas, objetivando a formao de rede nacional integrada.

    1 O Comit de Ajudas Tcnicas ser supervisionado pela CORDE e participar do Programa Nacional de Acessibilidade, com vistas a garantir o disposto no art. 62.

    2 Os servios a serem prestados pelos membros do Comit de Ajudas Tcnicas so considerados relevantes e no sero remunerados.

    CAPTULO VIIIDO PROGRAMA NACIONAL DE ACESSIBILIDADEArt. 67. O Programa Nacional de Acessibilidade, sob a coordenao da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, por intermdio da CORDE, integrar os planos plurianuais, as diretrizes oramentrias e os oramentos anuais.Art. 68. A Secretaria Especial dos Direitos Humanos, na condio de coordenadora do Programa Nacional de Acessibilidade, desenvolver, dentre outras, as seguintes aes:

    I - apoio e promoo de capacitao e especializao de recursos humanos em acessib-ilidade e ajudas tcnicas;II - acompanhamento e aperfeioamento da legislao sobre acessibilidade;III - edio, publicao e distribuio de ttulos referentes temtica da acessibilidade;IV - cooperao com Estados, Distrito Federal e Municpios para a elaborao de estudos e diagnsticos sobre a situao da acessibilidade arquitetnica, urbanstica, de transporte, comunicao e informao;V - apoio e realizao de campanhas informativas e educativas sobre acessibilidade;VI - promoo de concursos nacionais sobre a temtica da acessibilidade; eVII - estudos e proposio da criao e normatizao do Selo Nacional de Acessibili-dade.

    CAPTULO IXDAS DISPOSIES FINAISArt. 69. Os programas nacionais de desenvolvimento urbano, os projetos de revitalizao, recuperao ou reabilitao urbana incluiro aes destinadas eliminao de barreiras arquitetnicas e urbansticas, nos transportes e na comunicao e informao devidamente adequadas s exigncias deste Decreto.Art. 70. O art. 4o do Decreto n 3.298, de 20 de dezembro de 1999, passa a vigorar com as seguintes alteraes:I - deficincia fsica - alterao completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da funo fsica, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputao ou ausncia de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congnita ou adquirida, exceto as deformidades estticas e as que no produzam dificuldades para o desempenho de

    funes;II - deficincia auditiva - perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas freqncias de 500HZ, 1.000HZ, 2.000Hz e 3.000Hz;III - deficincia visual - cegueira, na qual a acuidade visual igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correo ptica; a baixa viso, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correo ptica; os casos nos quais a somatria da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60o; ou a ocorrncia simultnea de quaisquer das condies anteriores;

    Art. 71. Ficam revogados os arts. 50 a 54 do Decreto n 3.298, de 20 de dezembro de 1999.Art. 72. Este Decreto entra em vigor na data da sua publicao.Braslia, 2 de dezembro de 2004; 183o da Independncia e 116o da Repblica.

    Este texto no substitui o publicado no D.O.U. de 3.12.2004.

    PREFEITURA MUNICIPAL DE UBERLNDIASECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO URBANODIRETORIA DE ACESSIBILIDADE E MOBILIDADE REDUZIDANCLEO DE ACESSIBILIDADE

    ROTEIRO PARA ELABORAO E ANALISE DE PROJETOS QUANTO A ACESSIBILIDADEConsiderando a Lei Municipal Complementar n 524 de 08 de abril de 2011, que estabelece o cdigo de obras do municpio de Uberlndia e seus distritos, a Lei Municipal n 10.686 de 20 de dezembro de 2010 que estabelece as diretrizes do sistema virio do municpio de Uberlndia e que adota a NBR9050 para a aprovao de projetos de construo e reforma de logradouros e edificaes, as Leis Federais n 10.098/00, 10.098/00, a Lei Federal 13.146/15 Lei Brasileira de Incluso da Pessoa com Deficincia, o decreto Federal 5.296/04 que estabelecem normas gerais e critrios bsicos para a promoo da acessibilidade das pessoas com deficincia ou com mobilidade reduzida e o Decreto Federal n 3.298/99 que regulamenta a Lei Federal 7.853/ 89 que dispe sobre a Poltica Nacional para a Integrao da Pessoa Portadora de Deficincia. 1 - Acessos Desnvel de piso acima de 1,5 cm dever ser vencido atravs de rampa com inclinao dentro dos parmetros da NBR-9050 Indicar cotas de nvel de piso desde o(s) ponto(s) da calada prximo(s) ao(s) acesso (s) principal (is) at a recepo / entrada da edificao. Indicar cotas de nveis de piso desde a vaga do estacionamento acessvel a veculos que conduzem pessoa com deficincia at o acesso principal da edificao.

    2 - Circulao Indicar cotas de nvel de piso de todos os ambientes de uso comum quando houver mudana de nvel. Indicar largura de corredores e demais reas de circulao, largura mnima de 1,20m,Indicar largura mnima da faixa de circulao da calada pblica 1,5m no mnimo; 1,20m para casos de reformas.Indicar recurso utilizado para o deslocamento vertical na edificao aos usurios de cadeira de rodas (rampa, plataforma ou elevador).Informar a condio fsica do material empregado nas reas de deslocamento de forma a garantir que seja regular, firme, estvel e antiderrapante.

    3 - Rampas na Edificao Indicar inclinao, extenso e largura de cada um dos seguimentos da rampa, dentro dos parmetros estabelecidos pela NBR -9050. ( i =1:12) largura mnima 1,20m;Indicar a existncia de patamar plano que anteceda e proceda a rampa com no mnimo 1,20m; indicar a cota de piso de cada patamar da rampa. Indicar corrimo e/ ou guarda-corpo em detalhe na escala de 1: 50, demonstrando dimet-ro da seo circular (deve ser circular), altura, forma de fixao e incio e final dos mesmos.

    4 - Equipamentos eletromecnicos de circulao (elevador/esteiras/plataforma) Indicara existncia de equipamentos eletromecnicos (elevadores ou similares) que permitam o acesso a todos os pavimentos da edificao. NO ser aceito como acessibili-dade carrinhos ou similares. Indicar, mesmo que por nota em uma das pranchas do projeto, as dimenses internas do fosso, (mnimo de 1,50m x 1,50m) e das cabinas do elevador ou plataforma, (mnimo de 1,10m x 1,40 m, NBR NM 313 NBR-ISO -9386-1). Indicar, mesmo que por nota em uma das pranchas do projeto, a altura dos pontos mais alta e mais baixo das botoeiras de comando e acionamento do elemento eletromecni-co. Indicar, mesmo que por nota em um a das pranchas do projeto, a garantia de informao em sistema braile, luz e voz indicando os pavimentos e direo do movimento da cabina.

    5 - Portas Indicar largura de todas as portas dos ambientes de uso comum (mnimo de 0,80m e para sanitrios de locais esportivos, 1,0 m ); as portas de acesso das unidades devem ter no mnimo 0,80m. ndicar, mesmo que por nota em uma das pranchas do projeto, que as maanetas das portas dos ambientes de uso comum sero no formato de alavanca. Indicar, mesmo que por nota em uma das pranchas do projeto, a existncia ou no de molas nas portas; se positivo, informar qual a fora delas (O mecanismo de acionamento das portas deve requerer fora humana direta igual ou inferior a 36 N.)

    6 - Piscina Indicar forma de acesso ao solrio, assim como cotas de nvel de piso de todo o percurso desde a sada da edificao at a borda da piscina. Indicar acesso aos sanitrios/vestirios que atendem a piscina para usurios de cadeira de rodas, assim como s de mais reas de lazer adjacentes. Indicar acesso piscina para usurios de cadeira de rodas, nos termos da NBR-9050.

    7 - Estacionamento Indicar e atender o nmero de vagas adaptadas para veculos que conduzem pessoas com deficincia nos termos da tabela da NBR-9050. Indicar a(s) vaga(s) de veculo(s) que conduz (em) pessoas com deficincia o mais prximo possvel do acesso principal da edificao. Apresentar rea de embarque/ desembarque com largura e especificaes conforme N B R-9050, assim como a indicao do smbolo internacional de acesso na referida vaga.

    8 - Sanitrios e Vestirios Apresentar sanitrio acessvel nos parmetros da NBR-9050 (quando houver mais de um pavimento na edificao, dever haver, pelo menos, um sanitrio acessvel em cada pavimento). Apresentar detalhes dos sanitrios acessveis em escala 1:20 ou 1:25 com dimenso interna, locao de vaso, lavatrio e barras, afastamento do vaso das paredes e forma de abertura da porta. Informar dimenses das barras de transferncia (comprimento, dimetro da seo circular, distncia da parede at a barra e distncia da barra at o vaso). Indicar circunferncia com dimetro de 1,50m interno ao box acessvel livre de qualquer obstculo e rea de transferncia ao lado do vaso mnima de 0,80m x 1,20m. A abertura da porta do box deve ser para fora, de correr ou sanfonada, com maaneta de alavanca e barra interna para fech-la. Apresentar vestirios acessveis nos termos da NBR-9050.

    9 - Locais de Reunio (ou aglomerao de pessoas) Indicar e atender a localizao e quantidade de vagas reservadas para pessoas com deficincia nos termos da tabela da NBR-9050. Indicar o acesso ao palco, altar, tablado elevado, assim como secretaria interna, sacristia, camarim a usurios de cadeira de rodas, nos termos da NBR-9050. (Nesse caso os desnveis podem ser vencidos por rampas com inclinao de at 16%.)Indicar se o mobilirio utilizado para assento fixo ou mvel e a rea reservada para

    usurios de cadeira de rodas. Indicar os locais de hospedagem adaptados para pessoas com dificuldades de locomoo, nos parmetros da NBR-9050 (10% com no mnimo uma unidade). Para hotis e similares aps junho de 2018, todos os projetos devero atender aos princpios do desenho universal.

    10- Caladas Indicar a largura da calada e do passeio (faixa de circulao de pedestres).Indicar a inclinao transversal da c alada (mximo 3%) Indicar a condio fsica do material utilizado no revestimento do passeio, garantido que o mesmo seja regular, firme, estvel e antiderrapante. Solicitamos que nos terrenos localizados em esquinas implantem rampas de acesso calada, em ambas as ruas que definem o lote, nos padres estabelecidos pela NBR-9050.

    11- Vegetao e Mobilirio Informar, mesmo que por meio de nota em uma das pranchas do projeto, que a vegetao implantada prxima s reas de circulao no podero obstruir a mobilidade no passeio, nem devero ser de espcies venenosas ou dotadas de espinhos. Informar a existncia de mobilirio urbano instalado na calada pertencente ao empreendi-mento analisado, com dimenses do prprio, assim como as larguras livres para circulao (ex. rvores, telefones pblicos, lixeiras, guia rebaixada para entrada e sada de veculos, abrigo de nibus, etc) Indicar a existncia de bebedouro acessvel para usurios de cadeira de rodas, nos termos da NBR-9050. Indicar a existncia de rea rebaixada do balco de atendimento para usurios de cadeira de rodas, nos termos da NBR-9050. Indicar a existncia de textura de piso alertando a localizao do mobilirio urbano, assim como o seu acesso por usurios de cadeira de rodas.

    12- Sinalizao Indicar o uso do Smbolo Internacional de Acesso aos locais acessveis (ex. Sanitrios, vagas reservadas de estacionamento, balces de atendimento, locais reservados em auditrios, etc.) Indicar a existncia de informaes visuais, tteis e/ ou sonoras de acesso e utilizao dos ambientes de uso comum, nos termos das Normas da ABNT.

    13- Juntas e Grelhas- Grades, ralos e tampas de inspeo devem ser niveladas com o piso, com frestas, ressaltos ou rebaixos mximos de 0,5cm.-Os vos das grelhas devem ter distanciamento mximo de 1,5cm e o sentido das aberturas transversal ao deslocamento.

    14 - Documentao

    Identificar o uso de cada ambiente, em todos os pavimentos constantes no projeto. No quadro de reas existente no selo do projeto deve constar o uso definido em cada um dos pavimentos, junto com a rea consruda.

    Obs.: Estas exigncias so consideradas preliminares, podendo surgir outras quando da apresentao do projeto alterado e/ou memoriais solicitados.

  • LEI N 10.741, DE 6 DE ABRIL DE 2011

    INSTITUI O CDIGO MUNICIPAL DE POSTURAS DE UBERLNDIA E REVOGA A LEI N 4744, DE 05 DE JULHO DE 1988 E SUAS ALTERAES.

    CAPTULO IIIDA UTILIZAO DAS VIAS PBLICAS E LOGRADOUROS PBLICOS

    SEO IDA OCUPAO DAS CALADAS PBLICASArt. 55. A Secretaria Municipal de Servios Urbanos poder permitir a ocupao de passeios pblicos com mesas, cadeiras ou outros objetos, obedecidas as seguintes exigncias:...III - dever respeitar uma faixa de circulao com pelo menos 1,20m (um metro e vinte), para trnsito de pedestres;

    IV - as mesas, cadeiras e outros objetos, devero ficar posicionados de forma perpendicular ao longo da parede do imvel;... 1 A rea destinada colocao de mesas e cadeiras e outros objetos, dever ser demarca-da, separando-a da faixa de circulao para pedestres, por uma faixa colada ou pintada na cor amarela, com largura entre 4 (quatro) e 5 (cinco) centmetros.... 4 As mesas e cadeiras utilizadas por bares, restaurantes e congneres, devidamente autorizadas, somente podero ser colocadas na calada a partir das 18:30 horas....Art. 57. A colocao de mesas e cadeiras ou outros objetos no poder importar em:I - impedimento ou limitao ao trnsito de pedestres, ao acesso de veculos e visibilidade dos motoristas, sobretudo em esquinas;

    DECRETO N 5.296 DE 2 DE DEZEMBRO DE 2004.

    Regulamenta as Leis ns 10.048, de 8 de novembro de 2000, que d prioridade de atendimen-to s pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critrios bsicos para a promoo da acessibilidade das pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida, e d outras providncias.

    O PRESIDENTE DA REPBLICA, no uso da atribuio que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituio, e tendo em vista o disposto nas Leis ns 10.048, de 8 de novembro de 2000, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000,

    DECRETA:CAPTULO IDISPOSIES PRELIMINARES

    Art. 1 Este Decreto regulamenta as Leis ns 10.048, de 8 de novembro de 2000, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000.Art. 2 Ficam sujeitos ao cumprimento das disposies deste Decreto, sempre que houver interao com a matria nele regulamentada:

    I - a aprovao de projeto de natureza arquitetnica e urbanstica, de comunicao e informao, de transporte coletivo, bem como a execuo de qualquer tipo de obra, quando tenham destinao pblica ou coletiva;II - a outorga de concesso, permisso, autorizao ou habilitao de qualquer natureza;III - a aprovao de financiamento de projetos com a utilizao de recursos pblicos, dentre eles os projetos de natureza arquitetnica e urbanstica, os tocantes comunicao e

    informao e os referentes ao transporte coletivo, por meio de qualquer instrumento, tais como convnio, acordo, ajuste, contrato ou similar; eIV - a concesso de aval da Unio na obteno de emprstimos e financiamentos internacionais por entes pblicos ou privados.Art. 3 Sero aplicadas sanes administrativas, cveis e penais cabveis, previstas em lei, quando no forem observadas as normas deste Decreto.Art. 4 O Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficincia, os Conselhos Estaduais, Municipais e do Distrito Federal, e as organizaes representativas de pessoas portadoras de deficincia tero legitimidade para acompanhar e sugerir medidas para o cumprimento dos requisitos estabelecidos neste Decreto.

    CAPTULO IIDO ATENDIMENTO PRIORITRIO

    Art. 5 Os rgos da administrao pblica direta, indireta e fundacional, as empresas prestadoras de servios pblicos e as instituies financeiras devero dispensar atendimento prioritrio s pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida.

    1 Considera-se, para os efeitos deste Decreto:I - pessoa portadora de deficincia, alm daquelas previstas na Lei n 10.690, de 16 de junho de 2003, a que possui limitao ou incapacidade para o desempenho de atividade e se enquadra nas seguintes categorias:

    a) deficincia fsica: alterao completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da funo fsica, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputao ou ausncia de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congnita ou adquirida, exceto as deformidades estticas e as que no produzam dificuldades para o desempenho de funes;b) deficincia auditiva: perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas freqncias de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz;c) deficincia visual: cegueira, na qual a acuidade visual igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correo ptica; a baixa viso, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correo ptica; os casos nos quais a somatria da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60o; ou a ocorrncia simultnea de quaisquer das condies anteriores;d) deficincia mental: funcionamento intelectual significativamente inferior mdia, com manifestao antes dos dezoito anos e limitaes associadas a duas ou mais reas de habilidades adaptativas, tais como:

    1. comunicao; 2. cuidado pessoal; 3. habilidades sociais; 4. utilizao dos recursos da comunidade; 5. sade e segurana; 6. habilidades acadmicas; 7. lazer; e 8. trabalho;e) deficincia mltipla - associao de duas ou mais deficincias;

    II - pessoa com mobilidade reduzida, aquela que, no se enquadrando no conceito de pessoa portadora de deficincia, tenha, por qualquer motivo, dificuldade de movimentar-se, permanente ou temporariamente, gerando reduo efetiva da mobilidade, flexibilidade, coordenao motora e percepo. 2 O disposto no caput aplica-se, ainda, s pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos, gestantes, lactantes e pessoas com criana de colo.

    3 O acesso prioritrio s edificaes e servios das instituies financeiras deve seguir os preceitos estabelecidos neste Decreto e nas normas tcnicas de acessibilidade da Associao Brasileira de Normas Tcnicas - ABNT, no que no conflitarem com a Lei no 7.102, de 20 de junho de 1983, observando, ainda, a Resoluo do Conselho Monetrio Nacional no 2.878, de 26 de julho de 2001.Art. 6 O atendimento prioritrio compreende tratamento diferenciado e atendimento imediato s pessoas de que trata o art. 5.

    1 O tratamento diferenciado inclui, dentre outros:

    I - assentos de uso preferencial sinalizados, espaos e instalaes acessveis;II - mobilirio de recepo e atendimento obrigatoriamente adaptado altura e condio fsica de pessoas em cadeira de rodas, conforme estabelecido nas normas tcnicas de acessibilidade da ABNT;III - servios de atendimento para pessoas com deficincia auditiva, prestado por intrpretes ou pessoas capacitadas em Lngua Brasileira de Sinais - LIBRAS e no trato com aquelas que no se comuniquem em LIBRAS, e para pessoas surdocegas, prestado por guias-intrpretes ou pessoas capacitadas neste tipo de atendimento;IV - pessoal capacitado para prestar atendimento s pessoas com deficincia visual, mental e mltipla, bem como s pessoas idosas;V - disponibilidade de rea especial para embarque e desembarque de pessoa portadora de deficincia ou com mobilidade reduzida;VI - sinalizao ambiental para orientao das pessoas referidas no art. 5o;VII - divulgao, em lugar visvel, do direito de atendimento prioritrio das pessoas portado-ras de deficincia ou com mobilidade reduzida;VIII - admisso de entrada e permanncia de co-guia ou co-guia de acompanhamento junto de pessoa portadora de deficincia ou de treinador nos locais dispostos no caput do art. 5, bem como nas demais edificaes de uso pblico e naquelas de uso coletivo, mediante apresentao da carteira de vacina atualizada do animal; IX - a existncia de local de atendimento especfico para as pessoas referidas no art. 5.

    2 Entende-se por imediato o atendimento prestado s pessoas referidas no art. 5, antes de qualquer outra, depois de concludo o atendimento que estiver em andamento, observado o disposto no inciso I do pargrafo nico do art. 3 da Lei n 10.741, de 1 de outubro de 2003 (Estatuto do Idoso).

    3 Nos servios de emergncia dos estabelecimentos pblicos e privados de atendimento sade, a prioridade conferida por este Decreto fica condicionada avaliao mdica em face da gravidade dos casos a atender.

    4 Os rgos, empresas e instituies referidos no caput do art. 5 devem possuir, pelo menos, um telefone de atendimento adaptado para comunicao com e por pessoas portadoras de deficincia auditiva.Art. 7 O atendimento prioritrio no mbito da administrao pblica federal direta e indireta, bem como das empresas prestadoras de servios pblicos, obedecer s disposies deste Decreto, alm do que estabelece o Decreto n 3.507, de 13 de junho de 2000.Pargrafo nico. Cabe aos Estados, Municpios e ao Distrito Federal, no mbito de suas competncias, criar instrumentos para a efetiva implantao e o controle do atendimento prioritrio referido neste Decreto.

    CAPTULO IIIDAS CONDIES GERAIS DA ACESSIBILIDADE

    Art. 8 Para os fins de acessibilidade, considera-se:I - acessibilidade: condio para utilizao, com segurana e autonomia, total ou assistida, dos espaos, mobilirios e equipamentos urbanos, das edificaes, dos servios de

    transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicao e informao, por pessoa portadora de deficincia ou com mobilidade reduzida;II - barreiras: qualquer entrave ou obstculo que limite ou impea o acesso, a liberdade de movimento, a circulao com segurana e a possibilidade de as pessoas se comunicarem ou terem acesso informao, classificadas em:

    a) barreiras urbansticas: as existentes nas vias pblicas e nos espaos de uso pblico;b) barreiras nas edificaes: as existentes no entorno e interior das edificaes de uso pblico e coletivo e no entorno e nas reas internas de uso comum nas edificaes de uso privado multifamiliar;c) barreiras nos transportes: as existentes nos servios de transportes; ed) barreiras nas comunicaes e informaes: qualquer entrave ou obstculo que dificulte ou impossibilite a expresso ou o recebimento de mensagens por intermdio dos dispositivos, meios ou sistemas de comunicao, sejam ou no de massa, bem como aqueles que dificultem ou impossibilitem o acesso informao;

    III - elemento da urbanizao: qualquer componente das obras de urbanizao, tais como os referentes pavimentao, saneamento, distribuio de energia eltrica, iluminao pblica, abastecimento e distribuio de gua, paisagismo e os que materializam as indicaes do planejamento urbanstico;IV - mobilirio urbano: o conjunto de objetos existentes nas vias e espaos pblicos, superpostos ou adicionados aos elementos da urbanizao ou da edificao, de forma que sua modificao ou traslado no provoque alteraes substanciais nestes elementos, tais como semforos, postes de sinalizao e similares, telefones e cabines telefnicas, fontes pblicas, lixeiras, toldos, marquises, quiosques e quaisquer outros de natureza anloga;V - ajuda tcnica: os produtos, instrumentos, equipamentos ou tecnologia adaptados ou especialmente projetados para melhorar a funcionalidade da pessoa portadora de deficincia ou com mobilidade reduzida, favorecendo a autonomia pessoal, total ou assistida;VI - edificaes de uso pblico: aquelas administradas por entidades da administrao pblica, direta e indireta, ou por empresas prestadoras de servios pblicos e destinadas ao pblico em geral;VII - edificaes de uso coletivo: aquelas destinadas s atividades de natureza comercial, hoteleira, cultural, esportiva, financeira, turstica, recreativa, social, religiosa, educacional, industrial e de sade, inclusive as edificaes de prestao de servios de atividades da mesma natureza;VIII - edificaes de uso privado: aquelas destinadas habitao, que podem ser classifica-das como unifamiliar ou multifamiliar; eIX - desenho universal: concepo de espaos, artefatos e produtos que visam atender simultaneamente todas as pessoas, com diferentes caractersticas antropomtricas e sensoriais, de forma autnoma, segura e confortvel, constituindo-se nos elementos ou solues que compem a acessibilidade.

    Art. 9 A formulao, implementao e manuteno das aes de acessibilidade atendero s seguintes premissas bsicas:I - a priorizao das necessidades, a programao em cronograma e a reserva de recursos para a implantao das aes; e

    II - o planejamento, de forma continuada e articulada, entre os setores envolvidos.

    CAPTULO IVDA IMPLEMENTAO DA ACESSIBILIDADE ARQUITETNICA E URBANSTICA

    Seo IDas Condies GeraisArt. 10. A concepo e a implantao dos projetos arquitetnicos e urbansticos devem atender aos princpios do desenho universal, tendo como referncias bsicas as normas

    tcnicas de acessibilidade da ABNT, a legislao especfica e as regras contidas neste Decreto.

    1 Caber ao Poder Pblico promover a incluso de contedos temticos referentes ao desenho universal nas diretrizes curriculares da educao profissional e tecnolgica e do ensino superior dos cursos de Engenharia, Arquitetura e correlatos.

    2 Os programas e as linhas de pesquisa a serem desenvolvidos com o apoio de organis-mos pblicos de auxlio pesquisa e de agncias de fomento devero incluir temas voltados para o desenho universal.Art. 11. A construo, reforma ou ampliao de edificaes de uso pblico ou coletivo, ou a mudana de destinao para estes tipos de edificao, devero ser executadas de modo que sejam ou se tornem acessveis pessoa portadora de deficincia ou com mobilidade reduzida.

    1 As entidades de fiscalizao profissional das atividades de Engenharia, Arquitetura e correlatas, ao anotarem a responsabilidade tcnica dos projetos, exigiro a responsabili-dade profissional declarada do atendimento s regras de acessibilidade previstas nas normas tcnicas de acessibilidade da ABNT, na legislao especfica e neste Decreto.

    2 Para a aprovao ou licenciamento ou emisso de certificado de concluso de projeto arquitetnico ou urbanstico dever ser atestado o atendimento s regras de acessibilidade previstas nas normas tcnicas de acessibilidade da ABNT, na legislao especfica e neste Decreto.

    3 O Poder Pblico, aps certificar a acessibilidade de edificao ou servio, determinar a colocao, em espaos ou locais de ampla visibilidade, do "Smbolo Internacional de Acesso", na forma prevista nas normas tcnicas de acessibilidade da ABNT e na Lei n 7.405, de 12 de novembro de 1985.Art. 12. Em qualquer interveno nas vias e logradouros pblicos, o Poder Pblico e as empresas concessionrias responsveis pela execuo das obras e dos servios garantiro o livre trnsito e a circulao de forma segura das pessoas em geral, especialmente das pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida, durante e aps a sua execuo, de acordo com o previsto em normas tcnicas de acessibilidade da ABNT, na legislao especfica e neste Decreto.Art. 13. Orientam-se, no que couber, pelas regras previstas nas normas tcnicas brasileiras de acessibilidade, na legislao especfica, observado o disposto na Lei n 10.257, de 10 de julho de 2001, e neste Decreto:

    I - os Planos Diretores Municipais e Planos Diretores de Transporte e Trnsito elaborados ou atualizados a partir da publicao deste Decreto;II - o Cdigo de Obras, Cdigo de Postura, a Lei de Uso e Ocupao do Solo e a Lei do Sistema Virio;III - os estudos prvios de impacto de vizinhana;IV - as atividades de fiscalizao e a imposio de sanes, incluindo a vigilncia sanitria e ambiental; eV - a previso oramentria e os mecanismos tributrios e financeiros utilizados em carter compensatrio ou de incentivo.

    1 Para concesso de alvar de funcionamento ou sua renovao para qualquer atividade, devem ser observadas e certificadas as regras de acessibilidade previstas neste Decreto e nas normas tcnicas de acessibilidade da ABNT.

    2 Para emisso de carta de "habite-se" ou habilitao equivalente e para sua renovao, quando esta tiver sido emitida anteriormente s exigncias de acessibilidade contidas na legislao especfica, devem ser observadas e certificadas as regras de acessibilidade previstas neste Decreto e nas normas tcnicas de acessibilidade da ABNT.

    Seo IIDas Condies EspecficasArt. 14. Na promoo da acessibilidade, sero observadas as regras gerais previstas neste Decreto, complementadas pelas normas tcnicas de acessibilidade da ABNT e pelas disposies contidas na legislao dos Estados, Municpios e do Distrito Federal.Art. 15. No planejamento e na urbanizao das vias, praas, dos logradouros, parques e demais espaos de uso pblico, devero ser cumpridas as exigncias dispostas nas normas tcnicas de acessibilidade da ABNT.

    1 Incluem-se na condio estabelecida no caput:I - a construo de caladas para circulao de pedestres ou a adaptao de situaes consolidadas;II - o rebaixamento de caladas com rampa acessvel ou elevao da via para travessia de pedestre em nvel; eIII - a instalao de piso ttil direcional e de alerta.

    2 Nos casos de adaptao de bens culturais imveis e de interveno para regular-izao urbanstica em reas de assentamentos subnormais, ser admitida, em carter excepcional, faixa de largura menor que o estabelecido nas normas tcnicas citadas no caput, desde que haja justificativa baseada em estudo tcnico e que o acesso seja viabilizado de outra forma, garantida a melhor tcnica possvel.Art. 16. As caractersticas do desenho e a instalao do mobilirio urbano devem garantir a aproximao segura e o uso por pessoa portadora de deficincia visual, mental ou auditiva, a aproximao e o alcance visual e manual para as pessoas portadoras de deficincia fsica, em especial aquelas em cadeira de rodas, e a circulao livre de barreiras, atendendo s condies estabelecidas nas normas tcnicas de acessibilidade da ABNT.

    1 Incluem-se nas condies estabelecida no caput:I - as marquises, os toldos, elementos de sinalizao, luminosos e outros elementos que tenham sua projeo sobre a faixa de circulao de pedestres;II - as cabines telefnicas e os terminais de auto-atendimento de produtos e servios;III - os telefones pblicos sem cabine;IV - a instalao das aberturas, das botoeiras, dos comandos e outros sistemas de acionamento do mobilirio urbano;V - os demais elementos do mobilirio urbano;VI - o uso do solo urbano para posteamento; eVII - as espcies vegetais que tenham sua projeo sobre a faixa de circulao de pedestres.

    2 A concessionria do Servio Telefnico Fixo Comutado - STFC, na modalidade Local, dever assegurar que, no mnimo, dois por cento do total de Telefones de Uso Pblico - TUPs, sem cabine, com capacidade para originar e receber chamadas locais e de longa distncia nacional, bem como, pelo menos, dois por cento do total de TUPs, com capacidade para originar e receber chamadas de longa distncia, nacional e internacional, estejam adaptados para o uso de pessoas portadoras de deficincia auditiva e para usurios de cadeiras de rodas, ou conforme estabelecer os Planos Gerais de Metas de Universalizao.

    3 As botoeiras e demais sistemas de acionamento dos terminais de auto-atendimento de produtos e servios e outros equipamentos em que haja interao com o pblico devem estar localizados em altura que possibilite o manuseio por pessoas em cadeira de rodas e possuir mecanismos para utilizao autnoma por pessoas portadoras de deficincia visual e auditiva, conforme padres estabelecidos nas normas tcnicas de acessibilidade da ABNT.Art. 17. Os semforos para pedestres instalados nas vias pblicas devero estar equipados com mecanismo que sirva de guia ou orientao para a travessia de pessoa portadora de

    deficincia visual ou com mobilidade reduzida em todos os locais onde a intensidade do fluxo de veculos, de pessoas ou a periculosidade na via assim determinarem, bem como mediante solicitao dos interessados.Art. 18. A construo de edificaes de uso privado multifamiliar e a construo, ampliao ou reforma de edificaes de uso coletivo devem atender aos preceitos da acessibilidade na interligao de todas as partes de uso comum ou abertas ao pblico, conforme os padres das normas tcnicas de acessibilidade da ABNT.Pargrafo nico. Tambm esto sujeitos ao disposto no caput os acessos, piscinas, andares de recreao, salo de festas e reunies, saunas e banheiros, quadras esportivas, portarias, estacionamentos e garagens, entre outras partes das reas internas ou externas de uso comum das edificaes de uso privado multifamiliar e das de uso coletivo.Art. 19. A construo, ampliao ou reforma de edificaes de uso pblico deve garantir, pelo menos, um dos acessos ao seu interior, com comunicao com todas as suas dependncias e servios, livre de barreiras e de obstculos que impeam ou dificultem a sua acessibilidade.

    1 No caso das edificaes de uso pblico j existentes, tero elas prazo de trinta meses a contar da data de publicao deste Decreto para garantir acessibilidade s pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida.

    2 Sempre que houver viabilidade arquitetnica, o Poder Pblico buscar garantir dotao oramentria para ampliar o nmero de acessos nas e