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REVISÃO DO PDM DE MIRANDA DO CORVO AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA RELATÓRIO AMBIENTAL CÂMARA MUNICIPAL DE MIRANDA DO CORVO MARÇO 2013

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  • REVISO DO PDM DE MIRANDA DO CORVO

    AVALIAO AMBIENTAL ESTRATGICA

    RELATRIO AMBIENTAL

    CMARA MUNICIPAL DE MIRANDA DO CORVO

    MARO 2013

  • Avaliao Ambiental Estratgica Reviso do Plano Diretor Municipal de Miranda do Corvo

    Relatrio Ambiental

    Ladeira da Paula n 6, 3040-574 COIMBRA NIPC: 507104145 Capital Social 58.500 - Telef: 239 801 450 Fax: 239 801 459 [email protected] www.sinergiae.pt 2

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    AVALIAO AMBIENTAL ESTRATGICA

    REVISO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE MIRANDA DO CORVO

    Volume I Resumo No Tcnico

    Volume II Relatrio Ambiental

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    NDICE

    1 SUMRIO EXECUTIVO ............................................................................................................. 11 2 INTRODUO ......................................................................................................................... 13 3 EQUIPA TCNICA .................................................................................................................... 15 4 OBJETIVOS E METODOLOGIA DA AAE ...................................................................................... 17

    4.1 Objetivos ........................................................................................................... 17

    4.2 Metodologia ....................................................................................................... 17

    4.2.1 Considerao de Alternativas ....................................................................... 20 4.2.2 Evoluo da Situao Atual sem a Implementao do Plano ...................... 20 4.2.3 Envolvimento Pblico e Institucional ............................................................ 20

    5 OBJETO DE AVALIAO .......................................................................................................... 23 5.1 Objeto e Objetivos Estratgicos ........................................................................ 23

    5.2 Antecedentes .................................................................................................... 34

    6 QUADRO DE REFERNCIA ESTRATGICO ................................................................................. 36 7 FATORES CRTICOS DE DECISO ............................................................................................ 41 8 ANLISE DE INCOMPATIBILIDADES E SINERGIAS ........................................................ 45 9 ANLISE POR FATOR CRTICO DE DECISO ......................................................................... 49

    9.1 Ordenamento do Territrio ................................................................................ 49

    9.1.1 Situao Existente e Anlise Existencial ...................................................... 51 9.1.2 Efeitos Esperados ........................................................................................ 74 9.1.3 Sntese de Oportunidades e Riscos ............................................................. 91 9.1.4 Diretrizes de Gesto e Medidas de Minimizao dos Efeitos do Plano ....... 92 9.1.5 Quadro de Governana para a Ao ............................................................ 92 9.1.6 Plano de Seguimento e Quadro de Controlo ................................................ 93

    9.2 Qualidade Ambiental ......................................................................................... 93

    9.2.1 Situao Existente e Anlise Tendencial ..................................................... 95 9.2.2 Efeitos Esperados ...................................................................................... 131 9.2.3 Sntese de Oportunidades e Riscos ........................................................... 138 9.2.4 Diretrizes de Gesto e Medidas de Minimizao dos Efeitos do Plano ..... 139 9.2.5 Quadro de Governana para a Ao .......................................................... 139 9.2.6 Plano de Seguimento e Quadro de Controlo .............................................. 140

    9.3 Riscos Naturais ............................................................................................... 140

    9.3.1 Situao existente e Anlise tendencial ..................................................... 141 9.3.2 Efeitos Esperados ...................................................................................... 146 9.3.3 Sntese de Oportunidades e Riscos ........................................................... 149 9.3.4 Diretrizes de Gesto e Medidas Minimizao dos Efeitos do Plano .......... 150 9.3.5 Quadro de Governana para a Ao .......................................................... 150 9.3.6 Plano de Seguimento e Quadro de Controlo .............................................. 150

    9.4 Biodiversidade ................................................................................................. 152

    9.4.1 Situao Existente e Anlise Tendencial ................................................... 154 9.4.2 Efeitos Esperados ...................................................................................... 175 9.4.1 Sntese de Oportunidades e Riscos ........................................................... 195 9.4.2 Diretrizes de Gesto e Medidas de Minimizao dos Efeitos do Plano ..... 195 9.4.3 Quadro de Governana para a Ao .......................................................... 196 9.4.4 Plano de Seguimento e Quadro de Controlo .............................................. 196

    9.5 Patrimnio Cultural e Arqueolgico ................................................................. 197

    9.5.1 Situao Existente e Anlise Tendencial ................................................... 197 9.5.2 Efeitos Esperados ...................................................................................... 202 9.5.3 Sntese de Oportunidades e Riscos ........................................................... 204 9.5.4 Diretrizes de Gesto e Medidas de Minimizao dos Efeitos do Plano ..... 205

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    9.5.5 Quadro de Governana para a Ao .......................................................... 205 9.5.6 Plano de Seguimento e Quadro de Controlo .............................................. 206

    10 SNTESE DA AVALIAO AMBIENTAL ESTRATGICA ................................................................ 206 11 SNTESE DE DIRETRIZES DE GESTO E MEDIDAS DE MINIMIZAO DOS EFEITOS DO PLANO .... 209 12 QUADRO DE GOVERNANA PARA A AO GERAL ................................................................... 215 13 PLANO DE SEGUIMENTO E QUADRO DE CONTROLO DA IMPLEMENTAO DO PLANO ................. 219 14 CONCLUSES ...................................................................................................................... 225 15 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................... 227 ANEXOS ........................................................................................................................................ 1 ANEXO I QUADRO DE REFERNCIA ESTRATGICO ........................................................................ 1 ANEXO III RESPOSTA S RECOMENDAES EFECTUADAS PELAS ERAE ........................................ 1 1. RESPOSTAS S RECOMENDAES EFETUADAS PELAS ERAE RELATIVAMENTE AO RFC ............ 1 2. RESPOSTAS S RECOMENDAES EFETUADAS PELAS ERAE RELATIVAMENTE AO

    RELATRIO AMBIENTAL ........................................................................................................... 1 ANEXO IV ALTERAES NOS INDICADORES PROPOSTOS .............................................................. 2

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    NDICE DE QUADROS

    Quadro 1 Equipa tcnica envolvida na elaborao da AAE .................................................... 15 Quadro 2 Aes e medidas previstas para cada Objetivo Estratgico do Plano

    Diretor Municipal de Miranda do Corvo .................................................................. 25 Quadro 3 Sntese da convergncia entre o Quadro de Referncia Estratgico e os

    objetivos estratgicos do PDM de Miranda do Corvo em Reviso ........................ 39 Quadro 4 Relao entre fatores ambientais presentes na legislao e os fatores

    crticos escolhidos na presente Avaliao Ambiental Estratgica da Reviso do PDM ..................................................................................................... 42

    Quadro 5 Relao entre os Fatores Crticos selecionados e os diferentes planos, programas e estratgias considerados no Quadro de Referncia Estratgico .............................................................................................................. 43

    Quadro 6 Objetivos de Sustentabilidade definidos para a presente AAE e respetiva associao aos diferentes planos, programas e estratgias do QRE .................... 44

    Quadro 7 Matriz de Incompatibilidades e Sinergias entre Objetivos Estratgicos do PDM de Miranda do Corvo ..................................................................................... 45

    Quadro 8 Matriz de Incompatibilidades e Sinergias entre Objetivos Estratgicos do PDM e os Objetivos de Sustentabilidade definidos para a AAE ............................ 47

    Quadro 9 Associao entre Objetivos de Sustentabilidade e os Critrios e Indicadores de Avaliao definidos no Factor Crtico de Deciso Ordenamento do Territrio ..................................................................................... 50

    Quadro 10 Populao residente no Concelho de Miranda do Corvo, entre 1981 e 2011 ........................................................................................................................ 52

    Quadro 11 Populao residente nas freguesias do Concelho de Miranda do Corvo .............. 53 Quadro 12 Populao residente (N.) por Local de residncia e Grupo etrio (por

    ciclos de vida) para os anos de 2001 e 2011 ......................................................... 53 Quadro 13 Taxa de Natalidade e Taxa de Mortalidade no Concelho de Miranda do

    Corvo, entre 2005 e 2011 ....................................................................................... 54 Quadro 14 ndice de Envelhecimento no Concelho de Miranda do Corvo, entre 1998

    e 2011 ..................................................................................................................... 55 Quadro 15 ndice de Dependncia de Idosos no Concelho de Miranda do Corvo

    entre 2001 e 2011 ................................................................................................... 55 Quadro 16 Taxa de analfabetismo (%) por Local de residncia em 2001 e 2011 ................... 56 Quadro 17 Distribuio da populao residente por nvel de ensino, em 2011, no

    Concelho de Miranda do Corvo .............................................................................. 56 Quadro 18 Populao empregada (N.) por Local de residncia e Setor de atividade

    econmica ............................................................................................................... 57 Quadro 19 Taxa de Atividade no Concelho de Miranda do Corvo, entre 2001 e 2011 ........... 58 Quadro 20 Volume de negcios e pessoal ao servio das empresas no Concelho de

    Miranda do Corvo, em 2010 ................................................................................... 59 Quadro 21 Evoluo do Indicador do Poder de Compra per Capita no Concelho de

    Miranda do Corvo, Sub-Regio Pinhal Interior Norte, Regio Centro e Continente entre 2005 e 2009 ................................................................................ 63

    Quadro 22 Usos do Solo identificados nos PMOT (ha), 2008 ................................................. 64 Quadro 23 Usos do Solo identificados nos PMOT (ha) ........................................................... 64 Quadro 24 Contabilizao de reas dos aglomerados urbanos .............................................. 66 Quadro 25 Delimitao do territrio de Miranda do Corvo relativamente aos

    Ecossistemas da REN existentes ........................................................................... 68 Quadro 26 Distncias quilomtricas de Miranda do Corvo ...................................................... 70 Quadro 27 Distncias quilomtricas entre sedes de freguesia ................................................ 72 Quadro 28 Anlise SWOT no mbito do FCDOrdenamento do Territrio ............................... 73 Quadro 29 reas da estrutura espacial do territrio Solo Rural ........................................... 78 Quadro 30 reas da estrutura espacial do territrio Solo Urbano ........................................ 79 Quadro 31 Permetros urbanos propostos e em vigor ............................................................. 80 Quadro 32 reas de RAN do Municpio de Miranda do Corvo ................................................ 82 Quadro 33 Quantificao da rea da REN do Municpio de Miranda do Corvo e

    alteraes sofridas no mbito da redelimitao da REN pela CCDRC e alteraes propostas redelimitao no mbito da reviso do PDM .................... 84

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    Quadro 34 Orientaes de gesto constantes na Reviso do PDM de Miranda do Corvo relativas aos habitats presentes no municpio ............................................. 85

    Quadro 35 Orientaes de gesto constantes na Reviso do PDM de Miranda do Corvo relativas s espcies faunsticas presentes no municpio ........................... 86

    Quadro 36 rea de Estrutura Ecolgica no municpio de Miranda do Corvo .......................... 88 Quadro 37 Resumo de oportunidades e riscos para o FCD Ordenamento do

    Territrio .................................................................................................................. 91 Quadro 38 Associao entre Objetivos de Sustentabilidade e Critrios e Indicadores

    de Avaliao ........................................................................................................... 94 Quadro 39 Dados de 2010, 2011 e 2012 das captaes do sistema de

    abastecimento de gua do Concelho ..................................................................... 96 Quadro 40 Dados de 2012 da Rede de Distribuio do Sistema de Abastecimento

    de gua no Concelho ............................................................................................. 97 Quadro 41 Dados da abrangncia do servio coletivo de abastecimento (2011) ................... 99 Quadro 42 Parmetros em incumprimento na gua fornecida na Rede de

    Distribuio (dados de 2007 a 2012) .................................................................... 101 Quadro 43 Percentagem de perdas na Rede de Abastecimento de gua ............................ 103 Quadro 44 Dados de 2011 das Estaes de Tratamento de guas Residuais no

    Concelho ............................................................................................................... 104 Quadro 45 Rede de drenagem das guas residuais no Concelho (dados de 2007) ............. 104 Quadro 46 Abrangncia do servio coletivo de Saneamento (2011) .................................... 105 Quadro 47 Dados anuais da Eficincia de Tratamento nas ETAR ........................................ 109 Quadro 48 Classificao da Praia Fluvial da Senhora da Piedade para o ano 2009 ............ 113 Quadro 49 Dados das estaes de monitorizao da qualidade da gua

    subterrnea ........................................................................................................... 113 Quadro 50 Evoluo da Produo Anual de RSU ................................................................. 114 Quadro 51 Cobertura da recolha seletiva .............................................................................. 115 Quadro 52 Equipamentos disponibilizados populao ....................................................... 115 Quadro 53 Evoluo da Produo Anual de Reciclveis (em Kg) ......................................... 117 Quadro 54 Dados de emisso de poluentes .......................................................................... 127 Quadro 55 Anlise SWOT no mbito do FCD Qualidade Ambiental ..................................... 130 Quadro 56 Resumo de oportunidades e riscos para o FCD Qualidade Ambiental ............... 138 Quadro 57 Associao entre Objetivos de Sustentabilidade e os Critrios e

    Indicadores de avaliao definidos no Fator Crtico de Deciso Riscos Naturais ................................................................................................................. 141

    Quadro 58 Nmero de ocorrncias e rea ardida (ha) por freguesia do concelho ............... 142 Quadro 59 rea das zonas com risco de eroso e escarpas ................................................ 144 Quadro 60 Anlise SWOT no mbito do FCD Riscos Naturais ............................................. 146 Quadro 61 Resumo de oportunidades e riscos para o FCD Riscos Naturais ....................... 149 Quadro 62 Associao entre Objectivos de Sustentabilidade e os Critrios e

    indicadores de avaliao definidos no Factor Crtico de Deciso Biodiversidade ...................................................................................................... 153

    Quadro 63 Informao relativa insero do SIC Serra da Lous no concelho de Miranda do Corvo ................................................................................................. 156

    Quadro 64 Espcies florsticas e faunsticas, de interesse conservacionista presentes no SIC Serra da Lous e na rea do municpio de Miranda do Corvo .................................................................................................................... 158

    Quadro 65 Habitats naturais e seminaturais constantes do anexo B-I do Decreto-Lei n. 49/2005, de 24 de fevereiro presentes no SIC Serra da Lous e na rea do municpio de Miranda do Corvo. ............................................................. 160

    Quadro 66 Distribuio da rea ardida, no perodo de 1997-2008, nas reas naturais de interesse conservacionista suscetveis de integrar a Estrutura Ecolgica Municipal .............................................................................................. 163

    Quadro 67 Identificao das Zonas de Caa existentes no Concelho .................................. 172 Quadro 68 Anlise SWOT no mbito do factor crtico Biodiversidade. ................................. 173 Quadro 69 UOPG previstas na reviso do PDM de Miranda do Corvo e a potencial

    afetao da EEM prevista ..................................................................................... 182 Quadro 70 Resumo de oportunidades e riscos para o FCD Biodiversidade ......................... 195 Quadro 71 Critrios e indicadores de avaliao do FCD Patrimnio Cultural e

    Arqueolgico ......................................................................................................... 197

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    Quadro 72 Patrimnio classificado no concelho .................................................................... 198 Quadro 73 Patrimnio do concelho em vias de classificao ................................................ 198 Quadro 74 Imveis com interesse patrimonial ....................................................................... 199 Quadro 75 Anlise SWOT no mbito do Patrimnio Cultural e Arqueolgico ....................... 201 Quadro 76 Patrimnio proposto para classificao no concelho ........................................... 202 Quadro 77 Resumo de oportunidades e riscos para o FCD Patrimnio Cultural e

    Arqueolgico ......................................................................................................... 204 Quadro 78 Quadro sntese de oportunidades e riscos identificados na AAE ........................ 207 Quadro 79 Sntese de Diretrizes de Gesto e Medidas de Minimizao dos efeitos

    do Plano ................................................................................................................ 211 Quadro 80 Quadro de Governana para a Ao ................................................................... 217 Quadro 81 Quadro de Seguimento e Controlo da Reviso do PDM de Miranda do

    Corvo .................................................................................................................... 221

    NDICE DE FIGURAS

    Figura 1 Relao entre as diferentes fases da proposta da Reviso do Plano ....................... 18 Figura 2 Algumas iniciativas propostas e seu enquadramento no municpio e nos

    objetivos da Reviso do PDM ................................................................................. 33 Figura 3 Integrao dos Fatores Crticos de Deciso na estruturao de uma AAE .............. 41 Figura 4 Enquadramento Regional de Miranda do Corvo ....................................................... 49 Figura 5 Zona Industrial de Miranda do Corvo ......................................................................... 60 Figura 6 Carta de Ocupao do Solo ....................................................................................... 65 Figura 7 Reserva Agrcola Nacional publicada na Portaria n. 280/91 de 22 de

    agosto ..................................................................................................................... 67 Figura 8 Permetro Florestal no concelho de Miranda do Corvo ............................................. 69 Figura 9 Rede de acessos Regionais e Inter-Regionais ao municpio de Miranda do

    Corvo ...................................................................................................................... 71 Figura 10 Rede ferroviria ........................................................................................................ 72 Figura 11 Redelimitao da Reserva Ecolgica Nacional, por Ecossistema .......................... 83 Figura 12 Traado do IC3 ........................................................................................................ 90 Figura 13 rea de implementao do Metro Mondego ............................................................ 91 Figura 14 Rede hidrogrfica ................................................................................................... 111 Figura 15 Excerto da Carta de Rudo do Concelho de Miranda do Corvo, indicador

    de rudo Lden ........................................................................................................ 118 Figura 16 Excerto da Carta de Rudo do Concelho de Miranda do Corvo, indicador

    de rudo Ln ............................................................................................................ 119 Figura 17 Zona de conflito Lden............................................................................................. 122 Figura 18 Zona de conflito Ln ................................................................................................. 123 Figura 19 Mapa das zonas sensveis e mistas ...................................................................... 125 Figura 20 Mapa de Risco de Incndio ................................................................................... 143 Figura 21 Distribuio das reas com risco de eroso e escarpas no concelho de

    Miranda do Corvo ................................................................................................. 144 Figura 22 Distribuio das zonas ameaadas pelas cheias no concelho de Miranda

    do Corvo ............................................................................................................... 145 Figura 23 rea do SIC Serra da Lous inserida no municpio de Miranda do Corvo ............ 156 Figura 24 Corredores ecolgicos definidos no PROFPIN que abrangem a rea do

    municpio de Miranda do Corvo ............................................................................ 162 Figura 25 Representatividade da ocupao florestal no municpio de Miranda do

    Corvo .................................................................................................................... 165 Figura 26 Carta de ocupao do solo do municpio de Miranda do Corvo ............................ 166 Figura 27 rea de floresta de proteo (Permetro Florestal de Alge) no municpio

    de Miranda do Corvo ............................................................................................ 168

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    1 SUMRIO EXECUTIVO

    O presente documento constitui o Relatrio Ambiental do processo de Avaliao Ambiental

    Estratgica relativo Reviso do Plano Diretor Municipal de Miranda do Corvo, promovido pela

    Cmara Municipal de Miranda do Corvo.

    A Cmara Municipal de Miranda do Corvo deliberou proceder reviso do seu Plano Diretor

    Municipal, com o objetivo de responder, por um lado, s solicitaes de diferentes setores de

    atividade e por outro s necessidades da populao em geral, procurando responder aos

    desafios que se colocam no presente e que se perspetivam para o futuro do municpio.

    A Reviso do Plano Diretor Municipal (PDM) de Miranda do Corvo encontra-se sujeita a

    Avaliao Ambiental Estratgica (AAE), nos termos do disposto nas alneas c) do n. 2, do

    Artigo 86., do Decreto-Lei n. 380/99, de 22 de setembro, com alteraes introduzidas e

    republicao operada pelo Decreto-Lei n. 46/2009, de 20 de fevereiro, e a) do n. 1 do Artigo

    3. do Decreto-Lei n. 232/2007, de 15 de junho (que transpe para o direito nacional, as

    Diretivas Europeias 2001/42/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 27 de junho, e

    2003/35/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de maio), alterado pelo Decreto-Lei

    n. 58/2011, de 04 de maio.

    Uma das principais potencialidades da avaliao ambiental de planos e programas (Avaliao

    Ambiental Estratgica) reside na integrao dos fatores ambientais nas polticas e estratgicas

    e nos instrumentos de gesto territorial, neste caso do Plano Diretor Municipal.

    O facto de a Reviso do PDM se encontrar prximo da fase final do processo de reviso

    aquando da entrada em vigor dos Decreto-Lei n. 232/2007, de 15 de junho, e Decreto-Lei n.

    316/2007, de 17 de setembro, veio condicionar bastante o alcance da presente Avaliao

    Ambiental Estratgica (AAE), na medida em que as decises de Ordenamento, os Objetivos

    Estratgicos e as opes/iniciativas territoriais (Plantas de Ordenamento e Condicionantes, )

    se encontravam praticamente concludos. Desta forma a presente AAE teve um papel limitado

    ao nvel do seu contributo para encontrar opes estratgicas/territoriais de um nvel mais

    elevado de sustentabilidade.

    Todavia, verificou-se desde logo que a reviso do PDM de Miranda do Corvo apresentava j

    um forte fio condutor rumo sustentabilidade ambiental do municpio, patente no seu objetivo

    global: Garantir o desenvolvimento equilibrado do territrio, protegendo e valorizando o

    patrimnio natural e paisagstico e a biodiversidade do concelho, com recurso a uma poltica de

    ordenamento do territrio sustentvel, visando assegurar uma maior coeso territorial e

    econmico-social, no sentido de constituir uma comunidade saudvel e solidria.

    Esta preocupao ao nvel da sustentabilidade ambiental manifestada em vrias vertentes,

    nomeadamente ao nvel das infraestruturas de saneamento em curso, beneficiao de rios e

    outras linhas de gua, criao de novos espaos industriais e ampliao do existente,

    integrao das reas de Rede Natura 2000 e das orientaes de gesto dos valores naturais

    presentes, a incluso dos corredores ecolgicos definidos no mbito dos PROF na classe de

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    espao Estrutura Ecolgica Municipal e a promoo da qualificao territorial, da segurana de

    pessoas e bens e a valorizao dos recursos de combate a incndios florestais.

    Ao nvel dos efeitos negativos identificados pode destacar-se alguma indefinio na

    classificao das reas de floresta de proteo e os potenciais conflitos decorrentes da

    construo de novas vias de comunicao, face preservao e valorizao dos recursos

    naturais, paisagsticos e ecolgicos existentes.

    Os Fatores Crticos identificados para levar a cabo a Avaliao Ambiental Estratgica sobre a

    proposta de reviso do PDM de Miranda do Corvo foram cinco: Ordenamento do Territrio,

    Qualidade Ambiental, Riscos Naturais, Biodiversidade e Patrimnio Cultural e

    Arqueolgico.

    Com vista minimizao dos efeitos ambientais negativos de ndole estratgica e

    potenciao das oportunidades identificadas foram apresentadas Diretrizes de Gesto e

    Medidas de Minimizao, bem como um Quadro de Governana que interessa atender.

    O ponto forte ou a principal oportunidade com realizao da presente AAE consiste no Plano

    de Seguimento e Quadro de Controlo da implementao da Reviso do PDM de Miranda do

    Corvo, que visa acompanhar atravs de indicadores a evoluo das variadas dimenses

    ambientais do novo PDM.

    As entidades com responsabilidades ambientais especficas foram ouvidas e apresentaram

    recomendaes/propostas de alterao numa primeira fase da AAE, a definio do mbito e

    alcance da avaliao (tambm designada a fase do Relatrio de Fatores Crticos de Deciso).

    O PDM, acompanhado do presente Relatrio Ambiental, ser apresentado a Consulta Pblica,

    aps a qual ser elaborada a Declarao Ambiental deste processo para apresentao na

    Agncia Portuguesa de Ambiente e ao pblico em geral.

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    2 INTRODUO

    O presente documento constitui o Relatrio Ambiental do processo de Avaliao Ambiental

    Estratgica relativo Reviso do Plano Diretor Municipal de Miranda do Corvo, promovido pela

    Cmara Municipal de Miranda do Corvo.

    A reviso do Plano Diretor Municipal de Miranda do Corvo encontra-se sujeita a Avaliao

    Ambiental Estratgica (AAE), nos termos do disposto nas alneas c) do n. 2, do Artigo 86., do

    Decreto-Lei n. 380/99, de 22 de setembro, com alteraes introduzidas e republicao

    operada pelo Decreto-Lei n. 46/2009, de 20 de fevereiro, e a) do n. 1 do Artigo 3. do Decreto-

    Lei n. 232/2007, de 15 de junho (que transpe para o direito nacional, as Diretivas Europeias

    2001/42/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 27 de junho, e 2003/35/CE, do

    Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de maio), alterado pelo Decreto-Lei n. 58/2011, de

    04 de maio.

    A reviso do PDM encontrava-se em fase de concluso aquando da entrada em vigor da

    legislao acima referida, como tal o processo de avaliao ambiental teve incio, excluindo-se

    do mbito do mesmo, a anlise de alternativas, uma vez que as propostas efetuadas no mbito

    da reviso j se encontravam definidas, nomeadamente as opes estratgicas de

    desenvolvimento e os modelos de organizao territorial e de proteo/valorizao ambiental

    definidos nas Plantas de Ordenamento e Condicionantes, bem como no Regulamento,

    aguardando-se apenas o seguimento para Consulta Pblica, ao abrigo do Artigo 77. do

    Decreto-Lei n. 380/99, de 22 de setembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.

    46/2009, de 20 de fevereiro.

    Numa fase anterior elaborao do presente Relatrio Ambiental (RA) foi levada a cabo a

    definio do mbito e alcance da avaliao ambiental, que culminou com a elaborao do

    Relatrio de Fatores Crticos (Sinergiae, 2009), sobre o qual foram consultadas e emitiram

    parecer a Comisso de Coordenao e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), o

    Instituto da Conservao da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), a Agncia Portuguesa do

    Ambiente (APA), a Autoridade Nacional de Proteo Civil (ANPC), a Administrao Regional de

    Sade do Centro (ARS-C), o Instituto da gua e a Administrao Regional Hidrogrfica do

    Centro (ARH-C).

    A crescente degradao dos ecossistemas e as ameaas que afetam o equilbrio ambiental e o

    tecido econmico e social tm determinado a procura de modelos mais sustentveis, que

    visam o desenvolvimento em diferentes vertentes (econmica, social, cultural e ambiental) sem

    comprometer as geraes futuras. Neste seguimento, o presente RA pretende avaliar e

    contribuir para o incremento de sustentabilidade ambiental ao PDM em reviso, ambicionando

    alcanar um equilbrio entre a preservao dos recursos naturais, identificando as

    oportunidades e riscos de natureza ambiental e estratgica, bem como Diretrizes de Gesto

    Sustentvel, um Quadro de Governana e ainda um Plano de Seguimento da execuo do

    PDM.

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    3 EQUIPA TCNICA

    A elaborao da Avaliao Ambiental Estratgica (AAE) da Reviso do PDM de Miranda do

    Corvo encontra-se a cargo da empresa SINERGIAE, Lda., sob a coordenao do Dr. Nuno

    Maria Brilha Vilela.

    Dado o mbito multidisciplinar do exerccio de avaliao, a AAE envolveu uma vasta equipa de

    tcnicos especializados de modo a assegurar a elaborao dos vrios domnios especficos

    envolvidos (Quadro 1).

    Quadro 1 Equipa tcnica envolvida na elaborao da AAE

    Nome Formao

    Coordenao Nuno Vilela Lic. em Biologia; MSc Economia

    Ecolgica

    Apoio Coordenao Ricardo Ramalho Lic. em Biologia

    Ordenamento do Territrio e

    Patrimnio Cultural e

    Arqueolgico

    Catarina Maia

    Lic. Planeamento Regional e Urbano

    Ps-graduao Direito do Ordenamento,

    Urbanismo e Ambiente

    Qualidade Ambiental e Riscos

    Naturais

    Paula Bernardo

    Lic.em Engenharia do Ambiente; Ps-

    graduao Segurana e Higiene no

    Trabalho

    Patrcia Monteiro Lic. em Engenharia do Ambiente

    Biodiversidade Ricardo Ramalho Lic. em Biologia

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    4 OBJETIVOS E METODOLOGIA DA AAE

    4.1 OBJETIVOS

    Os objetivos da avaliao ambiental estratgica so definidos no Artigo 2. do Decreto-Lei n.

    232/2007, de 15 de junho, postulando este que tais consistem na identificao, descrio e

    avaliao dos eventuais impactes significativos no ambiente resultantes de um plano ou

    programa, realizada durante um procedimento de preparao e elaborao de um plano ou

    programa e antes do mesmo ser aprovado ou submetido ao procedimento legislativo,

    concretizada na elaborao de um relatrio ambiental e na realizao de consultas, e a

    ponderao dos resultados obtidos na deciso final sobre o plano ou programa e a divulgao

    pblica de informao respeitante deciso final.

    O objetivo da elaborao do Relatrio Ambiental da Reviso do Plano Diretor Municipal

    Miranda do Corvo, dando cumprimento legislao em vigor, identificar, descrever e avaliar

    as consequncias das opes estratgicas, concretizadas no contedo do plano (peas

    escritas e desenhadas), ao nvel dos seus impactes de natureza estratgica, designadamente

    oportunidades e riscos de ndole ambiental.

    A presente AAE pretende tambm definir um quadro de Diretrizes de minimizao dos efeitos

    negativos, um quadro de Governana para a Ao e ainda um quadro de Seguimento/Controlo

    da implementao do plano, com vista ao acompanhamento das oportunidades e riscos

    previstos no mbito da presente.

    4.2 METODOLOGIA

    Atendendo ao facto de a proposta de reviso do Plano Diretor Municipal de Miranda do Corvo

    se encontrar prximo da fase final do processo de reviso (aguardando a entrada em Consulta

    Pblica) aquando da entrada em vigor dos Decreto-Lei n. 232/2007, de 15 de junho, e

    Decreto-Lei n. 316/2007, de 17 de setembro, a avaliao ambiental da reviso do Plano

    Diretor Municipal em causa, recorrendo a uma abordagem estratgica, carece de condies e

    requisitos bsicos para ser aplicada, dado que nesta fase no esto em discusso as grandes

    opes estratgicas da proposta de plano.

    No entanto, a abordagem desenvolvida no presente Relatrio Ambiental sobre a reviso do

    Plano Diretor Municipal de Miranda do Corvo seguir a estrutura e diretrizes metodolgicas

    previstas de acordo com o Guia de Boas Prticas para a Avaliao Ambiental Estratgica

    publicado pela Agncia Portuguesa de Ambiente (Partidrio, 2007) e do Guia da Avaliao

    Ambiental dos Planos Municipais de Ordenamento do Territrio (Cunha et al., 2008).

    Na Figura 1 evidencia-se a relao com as correspondentes fases da proposta de reviso do

    Plano, referindo-se assim a ligao do processo de planeamento com o procedimento da

    Avaliao Ambiental Estratgica.

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    Figura 1 Relao entre as diferentes fases da proposta da Reviso do Plano

    A metodologia consistiu, numa primeira fase, na proposta dos Fatores Crticos para a Deciso,

    ou seja dos fatores ambientais mais preponderantes na avaliao ambiental a realizar. A

    escolha dos fatores crticos para a deciso e anlise ambiental do plano contemplou a

    considerao das seguintes etapas:

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    Opes Estratgicas da proposta do PDM em reviso que traduzem os objetivos

    estratgicos do objeto de avaliao;

    Definio do Quadro de Referncia Estratgico (QRE) para a Avaliao Ambiental

    Estratgica (AAE);

    Considerao das principais problemticas ambientais do municpio.

    Na sequncia dos passos anteriores so definidos os Fatores Crticos para a anlise do ponto

    de vista ambiental e da sustentabilidade sobre a proposta de Reviso do PDM de Miranda do

    Corvo.

    Aps a identificao dos Fatores Crticos sero descritos os critrios e indicadores utilizados na

    anlise de cada um deles.

    Ao nvel do presente Relatrio Ambiental a anlise levada a cabo em cada Fator Crtico, sobre

    as opes estratgicas da proposta de Reviso do PDM, ser estruturada do seguinte modo:

    1. Descrio e Objetivo

    2. A situao existente e as principais tendncias

    3. Efeitos esperados, oportunidades e riscos ambientais

    4. Diretrizes para seguimento: planeamento, gesto e monitorizao

    5. Quadro de Governana para Ao

    6. Plano de Seguimento e Quadro de Controlo

    Em cada Fator Crtico ser efetuada uma anlise de ndole pericial, qualitativa, recorrendo

    elaborao de anlise SWOT (Strength/Foras Weakness/Fraquezas Oportunities/

    Oportunidades Threats/Ameaas).

    Posteriormente sero analisados os diferentes indicadores definidos para cada Fator Crtico de

    Deciso com vista avaliao dos efeitos das opes estratgicas da presente proposta de

    plano no alcance dos objetivos contemplados no Quadro de Referncia Estratgico.

    Ainda do ponto de vista metodolgico, destaca-se o importante contributo providenciado pelas

    entidades com responsabilidades ambientais especficas (ERAE), cujas recomendaes

    trouxeram maior abrangncia e acuidade/assertividade anlise ambiental efetuada,

    particularmente importante numa fase inicial de implementao do procedimento de AAE a

    PMOT em Portugal.

    Os pareceres emitidos por cada uma das ERAE1 encontram-se reproduzidos no Anexo II. O

    Anexo III refere tambm quais as sugestes/recomendaes que foram acatadas e

    1 Refira-se que a larga maioria das ERAE consultadas no emitiram os respetivos pareceres em conformidade com o

    n. 3 do Artigo 3. do Decreto-Lei n. 232/2007, de 15 de junho, no que diz respeito ao prazo estabelecido (20 dias). Todavia, as respetivas recomendaes foram tidas em considerao e nortearam a estrutura, bem como o contedo do presente Relatrio Ambiental, pela mais valia que constituram, no fazendo uso do n. 4 do Artigo 3. do mesmo diploma legal.

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    incorporadas na anlise do presente Relatrio Ambiental, bem como a respetiva justificao

    quando tal no aconteceu.

    Refira-se ainda que desde o Relatrio de Fatores Crticos produzido at elaborao do

    Relatrio Ambiental, tambm por iniciativa da equipa responsvel foram abandonados e/ou

    adicionados indicadores na anlise de cada Fator Crtico. Essas alteraes constam no Anexo

    IV.

    4.2.1 Considerao de Alternativas

    Como pode ser verificado no Captulo dos Antecedentes do Plano (ver ponto 5.2), o processo

    de Reviso do PDM de Miranda do Corvo iniciou-se em 1998, tendo a entrada em vigor do

    Decreto-Lei n. 232/2007, de 15 de junho, encontrado o processo da reviso prximo do seu

    final, apenas a aguardar a realizao de pequenas alteraes decorrentes de alteraes

    recentes ao Regime Jurdico dos Instrumentos de Gesto Territorial (RJIGT), e das quais a

    AAE tambm faz parte, com a sada do diploma legal suprarreferido e do Decreto-Lei n.

    316/2007, de 19 de setembro.

    Aquando do incio da AAE (agosto de 2008), os Objetivos Estratgicos da Reviso do PDM j

    estavam definidos, as principais iniciativas territoriais e respetivas Unidades Operativas de

    Planeamento e Gesto j se encontravam delimitadas, a delimitao dos permetros urbanos j

    se encontrava finalizada, bem como os processos de desafetao de solos integrados na

    Reserva Agrcola Nacional e na Reserva Ecolgica Nacional. As diretrizes do Plano Setorial da

    Rede Natural 2000 (SIC PTCON0060 Serra da Lous) encontravam-se a aguardar o parecer

    final relativo sua integrao.

    Em virtude do referido, foi a AAE desenvolvida sem a considerao e avaliao de cenrios

    alternativos.

    4.2.2 Evoluo da Situao Atual sem a Implementao do Plano

    Dada a obrigatoriedade de levar a cabo a reviso do PDM em vigor no municpio de Miranda

    do Corvo decorridos 10 anos aps a sua entrada em vigor (1993), e em conformidade com o

    n. 3 do Artigo 98. do RJIGT, no se considera pertinente efetuar o exerccio da Evoluo da

    Situao Atual sem a Implementao do Plano.

    4.2.3 Envolvimento Pblico e Institucional

    O envolvimento institucional iniciou-se em dezembro de 1998, com a publicao da Comisso

    Tcnica de Acompanhamento (CTA), atravs do Despacho n. 22560/98 e publicado em Dirio

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    da Repblica n. 301, 2. Srie, de 31 de dezembro, pelo que desde ento diversas reunies se

    tm realizado para a apreciao dos diferentes aspetos tcnicos.

    As entidades representadas na CTA so:

    Comisso de Coordenao e Desenvolvimento Regional do Centro CCDRC;

    Direo Geral do Territrio DGT

    Administrao da Regio Hidrogrfica do Centro ARH-C;

    Direo Regional de Agricultura e Pescas do Centro DRAP-C;

    Delegao Regional da Economia do Centro, do Ministrio da Economia

    DREC;

    Instituto Gesto do Patrimnio Arquitetnico e Arqueolgico IGESPAR;

    Estradas de Portugal EP;

    Instituto de Turismo de Portugal TP;

    Instituto da Conservao da Natureza ICN;

    Direo Regional de Cultura do Centro DRCC;

    Instituto da gua - INAG

    Numa primeira fase importa salientar que em 1999 foram publicados anncios em jornais

    nacionais e regionais convidando os interessados a participar na reviso do PDM de Miranda

    do Corvo, tendo os resultados desta consulta sido devidamente analisados e ponderados.

    No n. 3 do Artigo 7. do Decreto-Lei n. 232/2007, de 15 de junho, consagrada a

    necessidade de submeter o Plano e o presente Relatrio Ambiental a consulta s entidades

    que em virtude das suas responsabilidades ambientais especficas, possam interessar os

    efeitos ambientais resultantes da aplicao do plano ou programa.

    De acordo com o n. 3 do Artigo 5. do Decreto-Lei n. 232/2007, de 15 de junho, articulado

    com o n. 7 do Artigo 74. do Decreto-Lei n. 316/2007, de 19 de setembro, consagrada a

    necessidade de se proceder solicitao de parecer sobre o mbito da avaliao ambiental e

    sobre o alcance da informao a incluir no relatrio ambiental s entidades que em virtude das

    suas responsabilidades ambientais especficas, possam interessar os efeitos ambientais

    resultantes da aplicao do plano ou programa:

    Agncia Portuguesa do Ambiente APA;

    Comisso de Coordenao e Desenvolvimento Regional Centro CCDR-C;

    Autoridade Nacional de Proteo Civil ANPC;

    Administrao da Regio Hidrogrfica do Centro ARH-C;

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    Instituto da gua IA;

    Instituto da Conservao da Natureza e da Biodiversidade ICNB;

    Autoridade Nacional Florestal AFN;

    Administrao Regional de Sade do Centro ARS-C, I.P.

    O presente Relatrio Ambiental ser submetido s ERAE, em conformidade com o n. 1 do

    Artigo 7. do Decreto-Lei n. 232/2007, de 15 de junho, tendo estas entidades um prazo de 30

    dias para se pronunciarem (n. 3 do mesmo artigo).

    O Plano e o Relatrio Ambiental sero posteriormente levados a Consulta Pblica, dando

    cumprimento ao disposto no n. 3 e no n. 4 do Artigo 77. do Decreto-Lei n. 46/2009, de 20 de

    fevereiro, e ainda no n. 6 e no n. 7 do Artigo 7. do Decreto-Lei n. 232/2007, de 15 de junho.

    Finda a Consulta Pblica e aprovado o plano, a entidade responsvel pela elaborao e

    execuo do plano enviar Agncia Portuguesa de Ambiente uma Declarao Ambiental

    onde consta a forma como as consideraes ambientais e o Relatrio Ambiental foram

    integrados no plano, entre outras, de acordo com o Artigo 10. do Decreto-Lei n. 232/2007, de

    15 de junho.

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    5 OBJETO DE AVALIAO

    5.1 OBJETO E OBJETIVOS ESTRATGICOS

    O objeto da presente avaliao ambiental estratgica incide sobre os propsitos da reviso do

    Plano Diretor Municipal de Miranda do Corvo, que visa o desenvolvimento equilibrado do

    territrio, tornando-o qualificado, dinmico, atrativo e com elevada qualidade de vida, atravs

    da proteo, valorizao e promoo do patrimnio natural e paisagstico, com recurso a uma

    poltica de ordenamento sustentvel, almejando assegurar maior coeso territorial e

    econmico-social, que permita consolidar e melhorar a posio do concelho de Miranda do

    Corvo no contexto regional e, simultaneamente, potenciar a diversidade e qualidade dos seus

    recursos para um mercado turstico exigente.

    Os Vetores Estratgicos subjacentes reviso do PDM de Miranda do Corvo e que, por sua

    vez, fazem parte do objeto da presente avaliao so:

    Afirmao e consolidao da posio do concelho de Miranda do Corvo na regio,

    como comunidade que promove o conceito de bem-estar;

    Manuteno da qualidade ambiental e paisagstica do concelho, com recurso ao

    estmulo do uso das energias renovveis;

    Salvaguarda e recuperao do Patrimnio Natural, Cultural, Arqueolgico e Histrico-

    arquitetnico;

    Promoo da complementaridade entre as atividades econmicas, a cultura e o

    ambiente natural, com particular destaque para a inovao das artes e ofcios.

    No sentido de atingir o objetivo assente nos referidos vetores, apontam-se seis Objetivos

    Estratgicos que se inter-relacionam e completam na sua ao2, e que constituem, num nvel

    de maior concretizao, matria objeto da avaliao ambiental a que o presente relatrio se

    dedica:

    I. Afirmao do concelho, no contexto regional e nacional, como rea privilegiada de

    oferta de atividades econmicas, tursticas e de lazer, sustentada no ambiente natural

    e nos recursos endgenos com destaque para a floresta;

    II. Ajustamento das acessibilidades inter-regionais e conservao/monitorizao das vias

    intra-concelhias;

    III. Concluso e manuteno da poltica de infraestruturao e saneamento bsico nos

    aglomerados urbanos e rurais, conciliada com sistemas multimunicipais;

    2Citao retirada do Relatrio 2, documento elaborado no mbito da reviso do PDM de Miranda do Corvo.

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    IV. Adequao da oferta de equipamentos coletivos e servios de carter social, cultural,

    educativo, de sade, bem como de infraestruturas industriais e econmicas s

    necessidades da populao;

    V. Promoo, valorizao e preservao do patrimnio arquitetnico, arqueolgico e

    paisagstico;

    VI. Implementao, dinamizao e monitorizao dos diversos planos de nvel municipal,

    regional e nacional.

    Cada um dos Objetivos Estratgicos supra-referidos composto por um conjunto de

    medidas/iniciativas territoriais propostas que procuram consubstanciar e materializar os

    objetivos globais atrs definidos.

    O Quadro 2 elenca o conjunto de aes e iniciativas que a autarquia pretende levar a cabo no

    sentido de implementar o disposto nos Vetores e Objetivos Estratgicos desta reviso do PDM.

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    Quadro 2 Aes e medidas previstas para cada Objetivo Estratgico do Plano Diretor Municipal de Miranda do Corvo

    I. Afirmao do concelho, no contexto regional e nacional,

    como rea privilegiada de oferta de atividades

    econmicas, tursticas e de lazer, sustentada no ambiente

    natural e nos recursos endgenos com destaque

    para a floresta

    II. Ajustamento das acessibilidades inter-

    regionais e conservao/monitorizao

    das vias intra-concelhias

    III. Concluso e manuteno da poltica de infraestruturao e saneamento bsico nos

    aglomerados urbanos e rurais, conciliada com sistemas multimunicipais

    IV. Adequao da oferta de equipamentos coletivos e servios de carter social, cultural, educativo, de sade, bem como de infraestruturas industriais e econmicas s necessidades da populao

    V. Promoo, valorizao e

    preservao do patrimnio

    arquitetnico, arqueolgico e

    paisagstico

    VI. Implementao, dinamizao e

    monitorizao dos diversos planos de nvel

    municipal, regional e nacional

    1.1. Promoo das atividades tursticas e apoio iniciativa

    turstica privada;

    1.2. Plano de desenvolvimento sustentado das Aldeias de

    Xisto, por meio da sua recuperao e promoo

    turstica;

    1.3. Criao de uma Pousada da Juventude no concelho;

    1.4. Criao de novas praias fluviais;

    1.5. Recuperao e promoo turstica/cultural do Convento de

    Semide;

    1.6. Promoo de atividades culturais, feiras, certames e

    exposies;

    1.7. Apoio a iniciativas e atividades de animao cultural;

    1.8. Reforo na aposta do turismo ecolgico/ambiental;

    1.9. Recuperao da aldeia serrana do Cadaval para fins

    tursticos;

    1.10. Promoo do Santurio do Sr. da Serra como espao

    turstico e religioso;

    1.11. Promoo do espao natural da Sr. da Piedade de

    Tbuas;

    1.12. Apoio insero do concelho em circuitos tursticos.

    2.1. Beneficiao da ligao Coimbra/Canas/Cabouco com

    construo de nova ponte sobre o Rio Ceira;

    2.2. Construo da variante aos Moinhos;

    2.3. Pavimentao, retificao e manuteno da rede viria

    municipal;

    2.4. Abertura de novas estradas municipais;

    2.5. Criao de parques de estacionamento;

    2.6. Construo de passeios na rea urbana da vila;

    2.7. Construo da central de camionagem;

    2.8. Implementao de uma estrutura rodoviria principal que melhore a acessibilidade

    rede nacional de IP e IC;

    2.9. Construo da variante da N342 em Lamas;

    2.10. Remodelao e requalificao urbana do

    Ramal da Lous e respetivas estaes e apeadeiros, no

    mbito da modernizao da linha da Lous pela Metro

    Mondego.

    3.1. Construo de ETAR e emissrio principal enquadrado no Sistema Multimunicipal das guas

    do Mondego;

    3.2. Construo de novas redes de saneamento;

    3.3. Ampliao da rede de saneamento da vila e outros aglomerados;

    3.4. Construo de mini-estaes de tratamento em diversos aglomerados;

    3.5.Conceo e execuo da rede de saneamento nos lugares de Canas, Vale de Colmeias, Chs, Semide, Rio de Vide, Vale do Aor, Vendas da Serra; Senhor da Serra, Semide, Rio de Vide,

    Lamas, Bujos e Corvo;

    3.6. Limpeza e manuteno da rede geral de saneamento;

    3.7. Reforo e ampliao do abastecimento de gua no concelho;

    3.8. Aquisio de terrenos para instalao de infraestruturas de captao de gua;

    3.9. Aquisio e manuteno de equipamentos de captao e tratamento de gua;

    3.10. Integrao no Sistema Multimunicipal guas do Mondego;

    3.11. Remodelao da rede de guas e ramais domicilirios nos lugares de Moinhos, Semide, Rio

    de Vide, Lamas, Bujos e Corvo;

    3.12. Controlo sistemtico da qualidade da gua;

    3.13. Expanso da rede de recolha do lixo;

    3.14. Construo de pontos de gua para preveno e combate a incndios;

    3.15. Abertura e conservao de estradas florestais;

    3.16. Apoio preveno de riscos de agentes biticos e abiticos;

    3.17. Manuteno da existncia do Gabinete Tcnico Florestal;

    3.18. Criao de uma rede de parques industriais no concelho;

    3.19. Criao de um centro de experimentao que congregue valncias na rea do artesanato,

    cermica, energia e construo civil;

    3.20. Criao de uma rede de espaos para a cultura, requalificao, educao, identidade e cio;

    3.21. Criao de um portal de apoio base econmica local;

    3.22. Criao de um barmetro inovao, competitividade e empreendedorismo.

    4.1. Construo do Centro Social Polivalente de Semide;

    4.2. Construo do Centro Social Polivalente de Lamas;

    4.3. Construo do Centro Social Polivalente Casa do Reis em Vila Nova;

    4.4. Construo e modernizao de parques infantis;

    4.5. Criao de uma Escola Tcnico-Profissional;

    4.6. Construo de Escola EB12 em Miranda do Corvo;

    4.7. Ampliao da EB1 de Pereira de Cima;

    4.8. Beneficiao geral da EB1 de Casal da Senhora;

    4.9. Beneficiao do espao exterior do Jardim de Infncia e da EB1 de Lamas;

    4.10. Beneficiao do espao exterior da EB1 de Vila Nova;

    4.11. Ampliao da EB1 de Rio de Vide

    4.12. Transformao da EB1 de Pereira de Baixo em Jardim de Infncia;

    4.13. Transformao da EB1 de Casais de So Clemente em Jardim de Infncia;

    4.14. Beneficiao geral da EB1 de Miranda do Corvo;

    4.15. Beneficiao geral do Jardim de Infncia e da EB1 de Semide;

    4.16. Beneficiao do espao exterior da EB1 de Espinho;

    4.17. Construo de Escolas E3S em Semide

    4.18. Construo de EB1 em Montoiro

    4.19. Construo de Jardim de Infncia em Casal da Senhora;

    4.20. Construo de novos cemitrios;

    4.21. Construo de um Pavilho Multiusos/Centro de Exposies;

    4.22. Criao de Museu;

    4.23. Construo de Arquivo Municipal;

    4.24. Apoio a instituies de solidariedade social;

    4.25. Beneficiao das zonas envolventes a instalaes desportivas;

    4.26. Reabilitao do relvado do campo de futebol municipal;

    4.27. Construo de polidesportivo/ringue de Miranda do Corvo;

    4.28. Construo de piscinas nas freguesias de Miranda do Corvo, Rio de Vide e Lamas;

    4.29. Apoio promoo das atividades desportivas;

    4.30. Arranjo urbanstico da Av. Padre Amrico;

    4.31. Requalificao urbana do centro histrico de Miranda do Corvo;

    4.32. Arranjo urbanstico da Praa Lus de Cames;

    4.33. Beneficiao da Praa Jos Falco e Rio Alhda;

    4.34. Arranjo urbanstico em Porto Mourisco;

    4.35. Requalificaes urbanas nas freguesias;

    4.36. Requalificao urbana da Rua Mota Pinto;

    4.37. Requalificao urbana da zona antiga das aldeias de Semide e Sr. Serra da Serra;

    4.38. Ampliao e requalificao do loteamento industrial existente;

    4.39. Criao de novos loteamentos industriais;

    4.40. Reabilitao do comrcio local;

    4.41. Apoio ao associativismo empresarial e cooperativo;

    4.42. Criao de empresas de insero;

    4.43. Construo do mercado de Semide;

    4.44. Implementao de programa educativo para a promoo de uma cultura de valores estratgicos;

    4.45. Formao e qualificao para a inovao, competitividade e empreendedorismo;

    4.46. Promoo da cidadania Sistema de participao contnua e recolha de ideias;

    4.47. Criao de um gabinete de apoio inovao, competitividade e empreendedorismo;

    4.48. Estabelecimento de uma rede de competncias para a inovao nas artes e ofcios

    locais;

    4.49. Lanamento de uma estratgia para a sade, turismo, bem-estar e longevidade;

    4.50. Lanamento de uma estratgia municipal para o uso de energias renovveis;

    4.51. Criao de um evento anual de projeo nacional Festival da Longevidade.

    5.1. Valorizao ambiental e espaos

    ldicos;

    5.2. Beneficiao de rios e outras linhas de gua;

    5.3. Apoio a iniciativas de valorizao e defesa do patrimnio cultural.

    6.1. Concluso dos Planos de Pormenor das novas

    Zonas Industriais;

    6.2. Articulao com os restantes Planos existentes

    para o Concelho;

    6.3. Criao do Gabinete de Desenvolvimento

    Estratgico, dotando-o com as valncias

    multidisciplinares necessrias;

    6.4. Implementao do PD-ICE Programa Diretor de

    Inovao, Competitividade e Empreendedorismo;

    6.5. Elaborao do plano de desenvolvimento desportivo;

    6.6. Implementao da Carta Educativa do

    Concelho;

    6.7. Elaborao do plano rodovirio municipal;

    6.8. Implementao do Plano de Pormenor da

    Quinta da Paiva;

    6.9. Elaborao e implementao do Plano Municipal de Defesa da

    Floresta Contra Incndios (PMDFCI).

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    No sentido de operacionalizar todo o conjunto de medidas e aes que territorializam os

    objetivos estratgicos propostos, a equipa do plano esboou a definio de13 Unidades

    Operativas de Planeamento e Gesto (UOPG), no sentido de dotar as diversas reas do

    concelho, submetidas a curto prazo a intervenes de carter urbanstico, a objetivos e

    orientaes especficos, de forma a dot-las das condies necessrias para a prossecuo

    dos trabalhos a executar. Deste modo, nesta parte do relatrio, proceder-se- identificao e

    descrio de cada uma das UOPG previstas, bem como os objetivos e orientaes

    preconizados para cada uma delas em particular. Por conseguinte, encontramos as seguintes

    unidades:

    UOPG U1 rea de Aptido Turstica - Turismo Religioso do Senhor da Serra

    A UOPG U1 rea de Aptido Turstica - Turismo Religioso do Senhor da Serra visa promover

    o estudo e a gesto do espao de aptido turstica destinada a Turismo Religioso do Senhor da

    Serra por forma a apoiar o espao cultural constitudo pelo Santurio do Senhor da Serra,

    tendo por base os seguintes objetivos:

    a) Promover a expanso urbana qualificada e de transio com o solo rural e reas de

    ocupao urbana, apoiada em sistemas de continuidade e qualificao do espao

    pblico;

    b) Promover um conceito de planeamento que privilegie a qualidade ambiental e

    urbanstica do espao, procurando assegurar a sua sustentabilidade, desenvolvendo

    estratgias de ocupao para edificao de baixa densidade, de modo a assegurar a

    intimidade dos espaos a vivenciar pelos visitantes;

    c) Dotar o espao das infraestruturas necessrias ao seu aproveitamento como local de

    apoio ao culto religioso;

    d) Promover as condies necessrias para receber numerosos grupos de peregrinos.

    UOPG U2 Zona Industrial de Vale Marelo

    Esta UOPG U2 compreende o Plano de Pormenor, em vigor, da Zona Industrial de Vale Marelo

    publicado atravs do Aviso n. 23181/2009, no Dirio da Repblica, 2. srie, n. 248, de 24 de

    dezembro de 2009.

    UOPG U3 rea de Equipamentos de Lamas

    A UOPG U3 rea de Equipamentos de Lamas tem por objetivo a criao, na freguesia de

    Lamas, de uma rea para equipamentos desportivos e respetivas funes complementares.

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    UOPG U4 ParqueEmpresarial de Lamas

    A UOPG U4 tem por objetivo o desenvolvimento de um Plano de Pormenor para o Parque

    Empresarial de Lamas.

    Trata-se de uma zona destinada localizao, proteo e instalao de unidades empresariais

    e industriais em geral, a equipamentos e servios de apoio empresarial e industrial, bem como

    outras atividades cuja localizao seja incompatvel com a habitao.

    Tem como objetivos:

    a) Acolher atividades empresariais e industriais e outras funes complementares e

    relocalizar atividades existentes;

    b) Estruturao urbana e viria do parque empresarial e industrial;

    c) Articulao entre o parque empresarial e industrial e o n rodovirio do IC3;

    d) Integrao e proteo paisagstica do parque empresarial e industrial com a envolvente

    urbana e rural;

    e) Salvaguarda das linhas de gua e das linhas de drenagem natural existentes no parque

    empresarial e industrial.

    UOPG U5 rea de Salvaguarda e Reabilitao do Centro Histrico de Miranda do Corvo

    A UOPG U5 rea de Salvaguarda e Reabilitao do Centro Histrico de Miranda do Corvo

    visa promover o estudo e a gesto para a salvaguarda do Centro Histrico da Vila de Miranda

    do Corvo de acordo com os seguintes objetivos:

    a) Garantir condies de segurana, habitabilidade e salubridade no centro histrico e a

    proteo do patrimnio arquitetnico;

    b) Requalificar e recuperar o patrimnio histrico;

    c) Melhorar a acessibilidade e mobilidade no centro histrico;

    d) Melhorar as infraestruturas existentes;

    e) Manter as habitaes existentes, adequando as condies de habitabilidade s

    exigncias da vida moderna;

    f) Revitalizar as atividades econmicas e os locais de convvio;

    g) Reformular o sistema de trnsito e estacionamento;

    h) Possibilitar lugares de estacionamento em zonas relativamente prximas;

    i) Garantir meios de proteo contra incndios;

    j) Garantir reas livres e de lazer;

    k) Promover obras de conservao do edificado;

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    l) Lanar aes que visem dinamizar e animar a atividade econmica do Centro Histrico,

    enquanto potenciadoras de uma maior atratividade do mesmo;

    m) Melhoria do tecido social com vista a melhorar a fixao das populaes;

    n) Privilegiar a utilizao residencial, mas incentivar outras atividades compatveis com

    essa rea urbana, designadamente as comerciais, servios, turismo e mesmo algumas

    industriais, desde que a indstria seja concilivel com o uso habitacional dominante e/ou

    corresponda a atividades de referncia cultural e histrica.

    UOPG U6 Plano de Pormenor da rea Envolvente Estao do Corvo

    A UOPG U6 Plano de Pormenor da rea Envolvente Estao do Corvo visa o

    reordenamento da rea de influncia da Estao de Corvo, tendo como objetivos

    programticos prioritrios os seguintes:

    a) Integrao funcional e paisagstica da infraestrutura ferroviria e estao do Metro na

    Zona envolvente;

    b) Aumento da qualidade da rea urbana e rural envolvente;

    c) Reordenamento do trnsito na rea de interveno;

    d) Criao de estacionamento, devidamente disciplinado, para veculos ligeiros e pesados,

    ajustado s necessidades da rea de interveno do Plano;

    e) Potenciar/impulsionar a utilizao do Transporte Pblico;

    f) Ordenamento da rea de interveno, atravs do estabelecimento de princpios

    orientadores de ocupao edificatria;

    g) Definio de usos para os terrenos expectantes e para as instalaes que se encontrem

    desativadas;

    h) Resoluo dos impactes visuais, nomeadamente atravs do reforo de cortinas arbreas

    e sonoros na envolvente ao corredor ferrovirio, com incorporao de solues

    minoradoras da perturbao potencialmente induzida pelas vibraes e rudo;

    i) Avaliao das Principais Unidades de Paisagem ou de maior relevncia biofsica

    atravessadas e seu enquadramento e harmoniosa integrao paisagstica na globalidade

    e ao tratamento especfico em cada situao em particular;

    j) Insero urbana e integrao paisagstica, mediante a incorporao de solues de

    requalificao do espao canal e de medidas de estabilizao de taludes;

    k) Enquadramento, dimensionamento e formalizao da tipologia geral da insero urbana,

    no sentido da valorizao visual e esttica do espao canal com tratamento especfico:

    i) na rea imediatamente adjacente linha;

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    ii) nas zonas verdes vizinhas;

    iii) nas rvores de alinhamento dos passeios vizinhos;

    iv) nas estaes;

    v) nos espaos de interface urbana;

    l) Disciplina e racionalizao do espao pblico pela organizao do mobilirio urbano,

    melhoramento dos percursos pedonais, melhoramento das condies de iluminao

    pblica, reperfilamento de ruas e sua relao com as plataformas, arborizao e criao

    de espaos verde e reforo da arborizao do traado.

    m) Investimento na mobilidade, na acessibilidade universal, na funcionalidade, na qualidade

    material e esttica e no conforto de utilizao.

    UOPG U7 rea de Expanso de Entre Quintas

    A UOPG U7 rea de Expanso de Entre Quintas tem por objetivo o desenvolvimento de um

    estudo para a expanso de Entre Quintas, freguesia de Miranda do Corvo. Trata-se de um

    espao urbanizvel destinado preponderantemente localizao de edifcios de habitao

    coletiva e equipamentos coletivos de escalo municipal ou supramunicipal, e por necessitar de

    obras de urbanizao primria e secundria.

    UOPG U8 Plano de Pormenor da Quinta da Paiva

    Esta UOPG compreende o Plano de Pormenor da Quinta da Paiva, publicado atravs do Aviso

    n. 10864/2009, no Dirio da Repblica, 2. srie, n. 113, de 15 de junho de 2009.

    UOPG U9 rea de Expanso de Godinhela

    A UOPG U9 rea de Expanso de Godinhela tem por objetivo o desenvolvimento de um

    estudo para a expanso do lugar de Godinhela, freguesia de Miranda do Corvo. Trata-se de um

    espao urbanizvel destinado preponderantemente localizao de edifcios de habitao

    unifamiliar, edifcios de uso no habitacional compatvel com a habitao e anexos para

    arrecadao e/ou garagem.

    UOPG U10 Plano de Pormenor da Zona Industrial da Pereira

    A UOPG U10 Plano de Pormenor da Zona Industrial da Pereira tem por objetivo o

    desenvolvimento de um Plano de Pormenor para a Zona Industrial da Pereira garantindo um

    espao fsico onde a indstria se possa implantar privilegiadamente contribuindo para o

    desenvolvimento econmico e para o aumento da qualidade de vida, tendo como objetivos:

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    a) A pormenorizao do planeamento urbanstico, coordenando a circulao viria e

    pedonal com a edificao proposta;

    b) O planeamento urbanstico, moldado segundo uma estrutura urbana, tendo em linha de

    conta importantes fatores urbansticos, tais como acessos, iluminao, mobilirio urbano,

    equipamentos, boas condies de habitabilidade, sucesso de espaos e harmonia de

    conjunto;

    c) Diferenciao de formas de interveno consoante as especificidades da rea, dado o

    seu carcter heterogneo, adequando-se realidade existente e s caractersticas

    locais, integrando-se numa estratgia de desenvolvimento baseada na preservao,

    valorizao e enquadramento.

    UOPG U11 Parque Empresarial de Expanso entre Pereira e Corga

    A UOPG U11 Parque Empresarial de Expanso entre Pereira e Corga tem por objetivo

    promover o estudo e a gesto do espao compreendido entre a Zona Industrial da Pereira e a

    Zona Industrial da Corga, garantindo a interligao entre estas zonas industriais, tendo como

    objetivos:

    a) A pormenorizao do planeamento urbanstico, coordenando a circulao viria e

    pedonal com a edificao proposta;

    b) O planeamento urbanstico, moldado segundo uma estrutura urbana, tendo em linha de

    conta importantes fatores urbansticos, tais como acessos, iluminao, mobilirio urbano,

    equipamentos, boas condies de habitabilidade, sucesso de espaos e harmonia de

    conjunto;

    c) Diferenciao de formas de interveno consoante as especificidades da rea, dado o

    seu carcter heterogneo, adequando-se realidade existente e s caractersticas

    locais, integrando-se numa estratgia de desenvolvimento baseada na preservao,

    valorizao e enquadramento;

    d) A salvagarda e viabilizao da explorao de depsitos minerais (recursos geolgicos do

    domnio pblico) compatibilizadas com o uso dominante da restante UOPG (atravs do

    plano de lavra referente recuperao da explorao).

    UOPG U12 Plano de Pormenor da Zona Industrial da Corga

    A UOPG U12 Plano de Pormenor da Zona Industrial da Corga tem por objetivo o

    desenvolvimento de um Plano de Pormenor para a Zona Industrial da Corga garantindo um

    espao fsico onde a indstria se possa implantar privilegiadamente contribuindo para o

    desenvolvimento econmico e para o aumento da qualidade de vida, tendo como objetivos:

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    a) A pormenorizao do planeamento urbanstico, coordenando a circulao viria e

    pedonal com a edificao proposta;

    b) O planeamento urbanstico, moldado segundo uma estrutura urbana, tendo em linha de

    conta importantes fatores urbansticos, tais como acessos, iluminao, mobilirio urbano,

    equipamentos, boas condies de habitabilidade, sucesso de espaos e harmonia de

    conjunto;

    c) Diferenciao de formas de interveno consoante as especificidades da rea, dado o

    seu carcter heterogneo, adequando-se realidade existente e s caractersticas

    locais, integrando-se numa estratgia de desenvolvimento baseada na preservao,

    valorizao e enquadramento;

    d) A salvagarda e viabilizao da explorao de depsitos e massas minerais

    compatibilizadas com o uso dominante da restante UOPG (atravs do plano de pedreira

    referente recuperao da explorao).

    UOPG U13 Aldeias Temticas do Cadaval

    A UOPG U13 Aldeias Temticas do Cadaval tem por objetivo:

    a) O desenvolvimento de uma rea de aptido turstica no Cadaval, beneficiando dos

    recursos edificados e naturais existentes;

    b) Valorizao das caractersticas arquitetnicas, atravs da recuperao das habitaes e

    do patrimnio natural e construdo;

    c) Recuperao dos caminhos existentes e dos percursos de guas naturais;

    d) Recuperao paisagstica dos terrenos envolventes, atravs da manuteno e

    implementao da floresta, da recuperao das hortas, dos pomares e dos apoios

    agrcolas;

    e) Requalificao dos espaos pblicos e das infraestruturas das aldeias do Cadaval

    Fundeiro e Cadaval Cimeiro;

    f) Aumentar a oferta turstica de qualidade do Municpio.

    Na Figura 2 apresentam-se alguns exemplos de iniciativas propostas de acordo com os

    Objetivos Estratgicos da Reviso do PDM e a sua localizao no municpio.

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    Figura 2 Algumas iniciativas propostas e seu enquadramento no municpio e nos objetivos da Reviso do PDM

    OE III Apoio preveno de riscos de agentes biticos e abiticos OE VI Elaborao e implementao do PMDFCI

    OE IV Criao de novos loteamentos industriais

    OE IV Requalificao urbana do Centro Histrio de Miranda do Corvo OE V Apoio a iniciativas de valorizao e defesa do Patrimnio Cultural

    OE I Recuperao da aldeia serrana do Cadaval para fins tursticos

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    5.2 ANTECEDENTES

    A reviso do PDM de Miranda do Corvo teve incio com base no Decreto-Lei n. 69/90, de 2 de

    maro, onde se previa um processo simplificado, apenas com reformulao do Regulamento e

    das Plantas de Ordenamento e de Condicionantes.

    O Regime Jurdico dos Instrumentos de Gesto Territorial Decreto-Lei n. 380/99, de 22 de

    setembro, alterado pelo Decreto-Lei n. 310/2003, de 10 de dezembro veio revogar o

    Decreto-Lei n. 69/90, de 2 de maro, impondo que o processo de reviso seguisse os trmites

    de um processo de elaborao, obrigando execuo de todas as peas escritas e

    desenhadas, ao acrscimo de elementos e ainda justificao sistematizada de todas as

    propostas e medidas a adotar.

    Esta situao implicou um aumento considervel de trabalhos e estudos, nomeadamente a

    atualizao e levantamento de informao enquadrada em caracterizaes do territrio,

    biofsica, social, econmica, urbanstica, paisagstica, cultural, de infraestruturas e de

    equipamentos coletivos; a justificao detalhada e convincente da necessidade de aumento

    e/ou redefinio dos permetros urbanos; reunies de desafetao de solos da RAN e da REN;

    reunies sistemticas com a CTA, parcial ou total, at aceitao da verso final;

    Posteriormente foi publicado o Decreto-Lei n. 316/2007, de 19 de setembro, entretanto

    alterado e republicado pelo Decreto-Lei n. 46/2009, de 20 de fevereiro, que veio introduzir

    alteraes ao nvel dos elementos necessrios reviso dos Planos Municipais de

    Ordenamento do Territrio, nomeadamente com a introduo da Avaliao Ambiental

    Estratgica.

    Muito resumidamente referem-se as seguintes datas, em termos cronolgicos, a respeito do

    processo de reviso do PDM de Miranda do Corvo3:

    1993, PDM em vigor publicado pelo Decreto Regulamentar n. 114, I Srie-B, de 17 de

    maio;

    Abril de 1998, deliberao da autarquia para a reviso do PDM;

    Dezembro de 1998, publicao da Comisso Tcnica de Acompanhamento (CTA);

    Julho de 1999, primeira reunio com a CTA;

    Fevereiro de 2000, assinatura do protocolo PROCARTA entre a AMVCD e o ento

    Instituto Portugus de Cartografia e Cadastro (IPCC), para a realizao de cartografia

    numrica escala 1:10000;

    Novembro de 2000, segunda reunio com a CTA no GAT da Lous;

    3 Informao mais detalhada acerca da cronologia do processo de reviso do PDM de Miranda do Corvo no Relatrio

    2, que acompanha o Plano.

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    Janeiro de 2002, entrega equipa do PDM, de uma verso da REN elaborada sobre as

    cartas militares, escala 1:25000, da responsabilidade da CCDRC/DRAOTC, para o

    concelho de Miranda do Corvo;

    Maio de 2002, entrega equipa do PDM de uma nova verso da REN, REN bruta,

    elaborada sobre a cartografia 1:10000;

    Novembro de 2003, concluso da verso 1 dos processos de desafetao de solos da

    REN e RAN;

    Novembro de 2004, receo do Mapa de Rudo Municipal e controle de qualidade do

    mesmo. Reunio entre vrias entidades para discusso da verso 3 do processo de

    desafetao de solos REN e da RAN;

    Janeiro de 2005, apresentao, pelo ICNB, de proposta do Plano Setorial da Rede

    Natura 2000, com informao til a integrar no processo da reviso do PDM;

    Fevereiro de 2005, reunio no GAT da Lous, com o Diretor Regional do Ambiente e

    Ordenamento do Territrio do Centro Eng. Armando Basso , presidentes das

    Cmaras Municipais e Equipa Tcnica do PDM, para discusso da redefinio da REN

    dos Municpios de Lous, Miranda do Corvo, Penela e Vila Nova de Poiares, com base

    em novos critrios, diferentes dos da REN maio/2002, na qual foi decidido

    promoverem-se as novas cartas da REN;

    Reformulao das Cartas da REN, da responsabilidade da CCDRC, com a colaborao

    da Equipa Tcnica do PDM de modo a tornar o processo mais clere;

    Maro de 2005, entrega Equipa do PDM, para aferio, de uma nova verso da REN,

    da responsabilidade da CCDRC, para o Concelho de Miranda do Corvo;

    Maio de 2005, verso da REN maio/2005, aps aferio de detalhes com a CCDRC;

    Janeiro de 2006, terceira da reunio da CTA, dia 10;

    Fevereiro de 2007, quarta reunio da CTA, dia 15.

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    6 QUADRO DE REFERNCIA ESTRATGICO

    O papel do Quadro de Referncia Estratgico o de enquadrar a proposta do Plano Diretor

    Municipal em anlise, no quadro estratgico de planos, programas e estratgias nacionais que

    servem de referencial avaliao ambiental estratgica.

    Apresentam-se de seguida os instrumentos planos, programas e estratgias - mencionados

    anteriormente:

    Programa Nacional da Poltica de Ordenamento do Territrio PNPOT

    Estratgia Nacional de Desenvolvimento Sustentvel 2005-2015 ENDS

    Plano Nacional da gua PNA

    Plano Estratgico de Abastecimento de gua e Saneamento de guas Residuais para

    o perodo de 2007-2013 PEAASAR II

    Plano Nacional para o Uso Eficiente da gua PNUEA

    Plano Estratgico para os Resduos Slidos Urbanos para o perodo de 2007-2016

    PERSU II

    Estratgia Nacional para Efluentes Agropecurios e Agroindustriais ENEAPAI (2007-

    2013)

    Programa de Ao Nacional de Combate Desertificao PANCD

    Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incndios PNDFCI

    Plano Estratgico Nacional do Turismo PENT

    Plano Nacional de Desenvolvimento Rural PNDR

    Programa Operacional Temtico Valorizao do Territrio POTVT (QREN)

    Plano Setorial da Rede Natura 2000 PSRN 2000

    Estratgia Nacional para a Conservao da Natureza e Biodiversidade ENCNB

    Plano Nacional de Ao para a Eficincia Energtica PNAEE

    Plano da Bacia Hidrogrfica do Rio Mondego PBHM

    Plano Regional de Ordenamento do Territrio do Centro PROTC

    Plano Regional de Ordenamento Florestal do Pinhal Interior Norte PROFPIN

    Programa Diretor de Inovao, Competitividade e Empreendedorismo (PD-ICE) para o

    Municpio de Miranda do Corvo

    Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incndios PMDFCI

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    No Anexo I constam os diferentes planos, programas, estratgias e respetivos objetivos

    estratgicos que englobam o Quadro de Referncia Estratgico da presente avaliao

    ambiental estratgica sobre a Reviso do Plano Diretor Municipal de Miranda do Corvo.

    As matrizes que se encontram no Anexo I apresentam a correspondncia entre os objetivos

    estratgicos de cada um dos programas, planos e estratgias que compem o Quadro de

    Referncia Estratgico com os objetivos estratgicos assumidos na proposta de reviso do

    PDM de Miranda do Corvo ao nvel da manifestao de diferentes graus de

    ligao/convergncia dos respetivos objetivos estratgicos, enquadrada numa escala que varia

    entre fraca, mdia ou forte.

    O Quadro 3 procura sumarizar a informao relativa convergncia do Quadro de Referncia

    Estratgico e dos objetivos estratgicos da Reviso do PDM, no dispensando a consulta do

    Anexo I.

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    Quadro 3 Sntese da convergncia entre o Quadro de Referncia Estratgico e os objetivos estratgicos do PDM de Miranda do Corvo em Reviso

    PDM Miranda do Corvo

    I. Afirmao do Concelho no contexto regional e nacional como rea privilegiada de

    oferta de atividades econmicas,tursticas e de

    lazer, sustentada no ambiente natural e nos recursos

    endgenos com destaque para a floresta.

    II. Ajustamento das acessibilidades inter-regionais e conservao/monitorizao

    das vias intra-con