45
DIREITO INTERNACIONAL – JOÃO PAULO LORDELO SUJEITOS DE DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Sumário: 1. Personalidade internacional: aspectos gerais 2. O Estado 3. Os órgãos do Estado nas relações internacionais 4. As organizações internacionais: a ONU e outras organizações 1. Personalidade internacional: aspectos gerais O exame da personalidade internacional alude, em regra, à faculdade de atuar diretamente na sociedade internacional, que comportaria: o poder de criar normas internacionais ; a aquisição e o exercício de direitos e obrigações fundamentadas nessas normas; e a faculdade de recorrer a mecanismos internacionais de solução de controvérsias . Segundo entendimento clássico, apenas os Estados e as organizações internacionais seriam sujeitos de Direito Internacional. Alguns concursos seguem essa linha. O entendimento moderno, contudo, entende que outros entes também vêm exercendo papel mais ativo na sociedade internacional, admitindo-se existência de sujeitos outros, que são: O indivíduo; As empresas; As organizações não-governamentais (ONGs). Mas atente: nenhuma dessas novas pessoas internacionais detém todas as prerrogativas dos Estados e organismos internacionais, a exemplo da capacidade para celebrar tratados. Por conta disso, parte da doutrina classifica os indivíduos, as empresas e as ONGs como sujeitos fragmentários do Direito das Gentes. 1.1 ESTADOS É o ente composto por um território, onde vive uma comunidade humana governada por um poder soberano e cujo aparecimento não depende da anuência de outros membros da sociedade internacional. O Estado possui personalidade internacional ORIGINÁRIA. 1

4. Sujeitos de DIP

Embed Size (px)

DESCRIPTION

4. Sujeitos de DIP

Citation preview

DIREITO INTERNACIONAL JOO PAULO LORDELOSUJEITOS DE DIREITO INTERNACIONAL PBLICOSumrio:1. Personaliae in!erna"ional: as#e"!os $erais%. O Es!ao&. Os 'r$(os o Es!ao nas rela)*es in!erna"ionais+. As or$ani,a)*es in!erna"ionais: a ONUe ou!rasor$ani,a)*es1. Personaliae in!erna"ional: as#e"!os $eraisO exame da personalidade internacional alude em re!ra " #aculdadede a!uar ire!amen!e na so"ieae in!erna"ional- $ue comportaria% o poder de criar normas internacionais& aa$uisi'(oeoexerc)ciodedireitoseo*ri!a'+es#undamentadasnessas normas& e a #aculdade de recorrera mecanismos internacionais de solu'(o decontro,-rsias./e!undoen!enimen!o "lssi"o-apenas osEs!aose asor$ani,a)*es in!erna"ionaisseriamsu0eitosdeDireitoInternacional. Al!unsconcursos se!uem essa lin1a.Oen!enimen!o moerno-contudo entende $ue outros entestam*-m ,2m exercendo papel mais ati,o na sociedade internacional admitindo3seexist2ncia de su0eitos outros $ue s(o% O ini./uo0 As em#resas& As or$ani,a)*es n(o1$o.ernamen!ais 2ON3s4.4as atente% nen1uma dessas no,as pessoas internacionais det-m todasas prerro!ati,as dos Estados e or!anismos internacionais a exemplo dacapacidade para cele*rar tratados. Por conta disso parte da doutrina classi5ca osindi,)duos as empresas e as ON6s como su5ei!os 6ra$men!rios o Direi!oas 3en!es.1.1 ESTADOS 7oentecompostopor um!erri!'rio onde,i,euma"omuniae1umana$o.ernaapor um#oerso7eranoe cu0o aparecimenton(o e#ene aanu8n"ia e ou!ros mem7ros a so"ieaein!erna"ional.O Estado possui#ersonaliae in!erna"ionalORI3IN9RIA.1.%OR3ANI:A; EESTADO DACIDADE DO=ATICANOA /anta /- - aen!iae ?ue "omana a I$re5aCa!'li"a A#os!'li"a Romana. 7 c1e5ada pelo Papa e -compostapelaC@riaRomana con0untode;r!(os$ueassessora o /umo Pont)5ce em sua miss(o de condu8ir os5-is cat;licos.O /anto Padre !o8a de s!a!us e #rerro$a!i.as e CAe6ee Es!ao.A /anta /-#oe "ele7rar !ra!aos- #ar!i"i#ar eor$ani,a)*esin!erna"ionaiseeBer"eroirei!oele$a)(o2irei!o e en.iar e re"e7er a$en!esi#lom!i"os4- a7rino miss*es i#lom!i"as-c1e5adas por Nriopara$uea/anta/-possaexercer suas #un'+es. Possui direito de le!a'(o o $ual noentanto - exercido pela /anta /- $ue a!e em nome doEstado da Cidade do =aticano ocupando3se na pr>tica dadiplomacia ,aticana.1.+ O INDI=CDUO Durante muito tempo a doutrina n(o con#eria ao indi,)duoo car>ter de su0eito de Direito Internacional. Entretanto adoutrina ,em paulatinamente rendendo3se " e,id2ncia de$ueoindi,)duoa!enasociedadeinternacional muitas,e8esindependentementedoEstado?ex.% um:rasileiropode reclamar " Comiss(o Interamericana de Direitos@umanos inclusi,econtrao:rasil& umapessoanaturalpoderesponder peranteoTPI etc.A.A#ersonaliaein!erna"ional o ini./uo aina D "on!es!aa.A!en!e: seres Aumanos n(o #oem "ele7rar!ra!aos.Al-m disso o acesso direto a #orosinternacionais ainda - restrito.1.EOR3ANI:A;reas de interesse p,eisaos conEitos armados& a possi*ilidade de 5rmar tratados com Estadosneutros& O ente estatal de ori!em 5caisentodee,entual responsa*ili8a'(o pelos atos do*eli!erante&Terceiros 5cam o*ri!ados a o*ser,ar osde,eres de neutralidade.ii. INSUR3ENTESN(oassumemapropor'(oda*eli!erDncia. /(oa)*es e menor #ro#or)(olo"ali,aas- re.ol!as e$uarni)*es mili!arese!". Ex.% Re,olta Armada ?9FGHA.Oseurecon1ecimento -ATODISCRICION9RIOdentro do $uals(o esta*elecidos seus e#eitos $uenormalmente n(o est(o pr-3de5nidos no DIP. Assimen?uan!o os 7eli$eran!es #oem "ele7rar!ra!aos- os insur$en!es #oemou n(o- ae#ener o a!o e re"onAe"imen!o.IInsur!entes s(o *eli!erantes com direitoslimitadosJ ?Al#red =erdrossA.iii. NA;ticas.O*s.% a manuten'(o do re!ime democr>tico - condi'(o paraparticipa'(ono4ercosul ouparao!o8odetodos os direitos inerentes aosparticipantes.%.E Direi!os e e.eres os Es!aosOs direitos e de,eres #undamentais dos Estados encontram3seconsa!rados tantonoCOSTUGEcomonaNORGAESCRITA cu0oprincipalexemplo - a Con.en)(o e Gon!e.ieu so7re Direi!os e De.eres e 1T&&em .i$or no Brasil. Euseuart.H elaconsa!raodireitodeoEstadoexistirindependentemente do recon1ecimento. =e0amos os principais direitos e de,eres%DIREITOS DE=ERESi. Direi!o e eBis!ir0ii. Direito ae6ener suain!e$riae e ine#en8n"ia0iii. Direito de"onser.a)(oe#ros#eriaeEn,ol,e ain,iola*ilidadedo territ;rio $uen(o pode ser o*0eto de ocupa'(omilitar ou $ual$uer medida de#or'a sal,o nas 1ip;teses dele!)timade#esaeopera'(oparai. De.er e #ro!e)(odosna"ionais e es!ran$eiros&ii. De.er e n(o in!er.en)(onosassuntosdeal'adadaso*eraniade outros entes estatais&iii. De,er desolu"ionar#a"iN"amen!e as suas"on!ro.Drsias0i,. De,erderes#ei!arosirei!osVDIREITO INTERNACIONAL JOO PAULO LORDELOmanter a se!uran'a internacionale a pa8 nos termos da Carta daONU&i.. A se or$ani,ar "omo en!ener"on.enien!e0.. Ale$islarso7re seusin!eresses0.i. A aminis!rar seus ser.i)os0.ii. Ae!erminar a 5urisi)(oe"om#e!8n"ia e seus!ri7unais0.iii. Direitodeexercer sua0urisdi'(oso*retodas as pessoas $ueseencontremno Estado nacionaisou estran!eiros.e ou!ros Es!aos.O*s.% o direito de um Estado inter,ir em outro em prol da prote'(o dosdireitos 1umanos -"on!ro.er!io.Para PORTELA o direito de inter,en'(o1umanit>rias;se0usti5canointeressedaprote'(odapa8edase!uran'ainternacionais ca*endo aos or!anismos internacionais.%.H Dou!rina DRA3O1PORTER ?cai muito em concursoAAdoutrinaDra!oderi,adoprinc)piodan(o3inter,en'(oederi,adaconcep'(o#ormuladapelo4inistrodasRela'+esExterioresdaAr!entina Lu)s4aria Dra!o no in)cio do s-culo passado.Bundamentalmente pu!na "on!ra o em#re$o a 6or)a armaa #orum oumais Es!aos?uano .o!aoa o7ri$arou!rosen!es es!a!ais a#a$arem @.ias ?ue es!es assumiram. Essa postura ,iolaria a so*erania e ai!ualdade entre os Estados.Atente% a doutrina Dra!o n(o ,isa ne!a a o*ri!a'(o do ente de,edormasapenase,itaaco*ran'adod-*itomediante,iol2ncia.Elatam*-mtin1acomo o*0eti,o contri*uir para a de#esa da Am-rica Latina contra a inter,en'(oestran!eira.O pensamento de Dra!o di#undiu3se amplamente e terminou a"olAio#elos #ar!i"i#an!es a Con6er8n"ia a Pa, e Uaia e 1TVI-consa!radona Con.en)(o Por!er 2"onAe"ia !am7Dm "omo Con.en)(o Dra$o1Por!er#or Celso e Al7u?uer?ue Gello4.Gas a!en!e: a Con.en)(o Por!er mi!i$ou os e6ei!os a Dou!rinaDra$o- e6eneno a #ossi7iliae o em#re$o a 6or)a armaa "on!raumEs!ao#araa"o7ran)ae/.ias?uees!e!enAa"omoEs!aoa!a"an!e- seus aliaos ou "ia(os em uas Ai#'!ese:i. Puando o e.eor n(o a"ei!ar a ar7i!ra$em #ara solu"ionara ?ues!(o0ii. Puando o de,edor se re"use a "um#rir o lauo ar7i!ral.FDIREITO INTERNACIONAL JOO PAULO LORDELOPara PORTELA a Con,en'(o Porter encontra3se erro$aa ao menosnesseponto por c1ocar3secontraprinc)pios posteriormenteconsa!rados naCar!aasNa)*esUnias $ue,edamtotalmenteoempre!oda#or'anasrela'+es internacionais sal,o no caso de le!)tima de#esa indi,idualou coleti,acontra a!ress(o externa ou de a'(o militar determinada pela ONU por meio doseu Consel1o de /e!uran'a contra a amea'a " pa8 ruptura da pa8 ou ato dea!ress(o.N(o con#unda as doutrinas citadas acima%Dou!rina To7ar Dou!rina Es!raa Dou!rina Dra$o1Por!er=incula o recon1ecimentode 6o,erno aoa#oio#o#ular.Entende $ue orecon1ecimento ou n(ode !o,erno por umEstado - ato $uein!er6ereemassun!osin!ernos o ou!ro,iolando sua so*erania.Entenden(o ser#oss/.el o uso a 6or)aarmaa #or um Es!ao#ara 6or)ar o ou!ro ao#a$amen!o e suas/.ias.TO:AR W APOIO POPULAR?rimouUABoi acol1ida naCon,en'(o Porter $uepre,2 exce'(o nos casosde% aA n(oaceita'(odaar*itra!em& *A n(oaceita'(o do laudoar*itral.Para PORTELA essacon,en'(o #oi derro!adapela Carta da ONU.%.I EB!in)(o e su"ess(o e Es!aosAextin'(odoEstadodepende emprinc)pio apenas da#eraeal$um e seus elemen!os "ons!i!u!i.os. Os Estados podem se extin!uir dasse!uintes #ormas%i. PUSFO0ii. UNIPICA;FO0iii. REUNIPICA;FO ou A3RE3A;FO Ocorre $uando dois ou maisentes estatais se unempara #ormar umno,o Estado comoocorreu na Aleman1a Oriental&i,. DISSOLU;FO OU DESINTE3RA;FO Ocorre $uando um enteestatal maior desaparece para dar lu!ar a outros como #oi o casoda Iu!ol>s,ia e da Uni(o /o,i-tica&.. NE3OCIA;5cos.%.J.+ Jurisi)(o !erri!orial: irei!os !erri!oriais e 5urisi)(o. mperium edominiumO territ;rio - a >rea !eo!r>5ca so*re a $ual o Estado tem 0urisdi'(o ali#a8endo incidir sua ordem 0ur)dica e exercendo seu poder so*erano. A 0urisdi'(oestatal so*reoterrit;rio-3ERAL?a*ran!etodasascompet2nciast)picasAeEQCLUSI=A ?n(o de,e coexistir com outra so*erania no mesmo espa'oA.Todo os indi,)duos $ue se encontrem no territ;rio de um Estado est(oo*ri!ados a o*edecerem "s leis desse ente estatal. Al-m disso os es!ran$eiron(o #oer(o #re!ener irei!os i6eren!es ?ue os os na"ionais.Gas a!en!e: a a)(o eB!ra!erri!orial o Es!ao D- em re$ra- il/"i!ase n(o 6or "onsen!ia- em$erale 6orma eB#ressa- #elo en!e es!a!alone essa a)(o o"orre. Con,-m atentar aos se!uintes conceitos%#$%NU% %&E'U%Por ela o Estado - propriet>rio doterrit;rio e portanto titular de umdireito real.N(o existiria dom)nio mas apenas umarela'(o pela $ualEstado exerceria seupoder so*re pessoas e por meiodestas so*re o territ;rio.%.T A imuniae W 5urisi)(o es!a!al%.T.1 Con"ei!o e na!ure,aAimunidadede0urisdi'(osere#ere"impossi*ilidadede$uecertaspessoas se0am 0ul!adas por outros Estados contra a sua ,ontade e $ue seus *ensse0am su*metidos a medidas por parte das autoridades dos entes estatais ondese encontram ou onde atuam.Tais pessoas s(o%os Es!aos es!ran$eiros- as or$ani,a)*esin!erna"ionais e os 'r$(os 2au!oriaes4 de Estado estran!eiros.O #undamento da imunidade est> na #ro!e)(o as #essoas na!uraise 5ur/i"as ?ue a!uam nas rela)*es in!erna"ionais- ?ue #re"isam "on!ar9CDIREITO INTERNACIONAL JOO PAULO LORDELO"om a #rerro$a!i.a e eBer"er suas 6un)*es sem "ons!ran$imen!os e?ual?uer es#D"ie.Tra!a1se e limi!a)(o ire!a a so7erania.%.T.% Ori$em- 6unamen!os e limi!esTEORIA CL9SSICA TEORIA GODERNADeacordocomaTEORIACL9SSICA-&A' N &A'E% N$N (A)E*+U#,U%-%&E'U%?i!uais n(opodem 0ul!ar i!uaisA. Ou se0a o Estadoestran!eiro n(o poderia ser 0ul!adopelas autoridades de outro Estadocontra a sua ,ontade.Esse princ)pio #oi 6ormulao aina naIaeGDia-sendocompat),el comno'+es$uesetornariamcarasparaoDireito Internacional como a so*eraniaa exclusi,idade 0urisdicional aindepend2ncia e a i!ualdade 0ur)dicaentre os Estado.Cuida3se portanto da!eoria aimuniae a7solu!a- $ue permite $ueum Estado estran!eiro n(o se su0eite "0urisdi'(o dom-stica de outro enteestatal sal,ocomseuconsentimento.Atualmente essa ,is(o cl>ssica est>superada.A ,is(o moderna por sua ,e8 di,ide osatosestataisem a!oseim#Drioea!os e $es!(o.Coma pro!ressi,a intensi5ca'(o dasrela'+es internacionais a imunidadepassou a ser Eexi*ili8ada notadamenteen!re o Nnal o sD"ulo QIQe aD"aaeHVosD"ulo#assao.Birmou3se o se!uinte posicionamento%a4 ATOS DE IGP>RIO:s(o a$ueles$ue o Estado pratica no exerc)ciode suasprerro!ati,as so*eranas1a,endo imunidade de 0urisdi'(o&74 ATOSDE3ESTFO:s(oa$uelesem $ue o ente estatal -,irtualmente e$uiparado a umparticular n(o 1a,endoimunidade. Ex.% a$uisi'(o de *ensm;,eis e im;,eis contrata'(o deser,i'os e #uncion>rios paramiss+es diplom>ticas-RESPONSABILIDADE CI=IL etc.O*s.9% a no'(o de atos de imp-rio e atos de !est(o como re#er2nciasparaaan>lisedaincid2nciaoun(odeimunidadede5urisi)(oa#li"a1sea#enasWimuniaeoEs!aono#ro"essoe"onAe"imen!o- n(osere6erino nem W imuniae e 5urisi)(o es!a!al no "am#o a eBe"u)(onem"simunidadesdeautoridadesestran!eirase ultimamente tam*-mdasor!ani8a'+es internacionais.O*s.C% o :rasil adota,a a teoria cl>ssica at- a mudan'a reali8ada pelo/TB no 0ul!amento da ACI G.TGT em 9GFG $ue admitiu n(o 1a,er imunidade doEstado estran!eiro em mat-ria tra*al1ista. Decidiu3se $uepri.il/iosdiplom0ticos n1o podem ser in.ocados2 em processos tra3alhistas2 paracoonestar oenri4uecimentosemcausadeEstadosestran/eiros2 eminaceit0.el detrimento de tra3alhadores residentes em territ5rio3rasileiro. O*s.H% GUITCSSIGA ATEN;FOY A possi*ilidade de o Estado estran!eirosesu*meteraoJudici>rio*rasileiros;poder>serapuradaem0u)8o. Ca*eaoma!istrado comunicar3se com o ente estatalexterno para $ue este $uerendoopon1a resist2ncia " sua su*miss(o " autoridade 0udiciaria *rasileira e para $uese possa discutir se o ato - de imp-rio ou de !est(o. Ou se0a ian!e e um9HDIREITO INTERNACIONAL JOO PAULO LORDELO#ro"essorela!i.oauma!oeim#Drio- o5ui,n(oe.e- eimeia!o-eB!in$uir o #ro"esso- mas sim "on!a"!ar o en!e es!a!al es!ran$eiro- #ormeioe "omuni"a)(oW Em7aiBaa- #ara ?ue oEs!aoes!ran$eiroZeBer)a o seu irei!o W imuniae Z 2STJ- RO &TOG3- DJ VH.V&.VH4.=aleressaltar$uea0urisprud2nciado/TJ #oi duranteal!umtempooscilante $uanto a ser ou n(o ser cita'(o a comunica'(o ao Estado estran!eiro.Atualmente pre,alece $ue tal ato n(o D a "i!a)(o #re.is!a no ar!. %1& oCPC- mas GERA COGUNICA;FO.Por 5m ressalte3se $ue o Estado estran!eiro pode a $ual$uer temporenunciar " imunidade.%.T.& Imuniae e or$ani,a)*es in!erna"ionaisEm princ)pio as re$ras rela!i.as Ws imuniaes as or$ani,a)*esin!erna"ionaiss(oes!a7ele"iasen!roeseusa!os"ons!i!u!i.osouem!ra!aos es#e"/N"os cele*rados como s Estados comos $uais oor!anismo internacional manten1a rela'+es. Em al!uns casos por-m as normass(o ,a!as. O $ue #a8erZNo :rasil os principais acordos $ue ,i!oramso*re o tema s(o%Con,en'(o so*re Pri,il-!ios e Imunidades das Na'+es Unidas ?9GMTA& Con,en'(oso*rePri,il-!ioseImunidadesdas A!2nciasEspeciali8adasdasNa'+es Unidas?9GMVA& Acordo so*re Pri,il-!ios e Imunidades da Or!ani8a'(o dos EstadosAmericanos ?9GMGA.GUITCSSIGA ATEN;FO: ENLUANTO AS RE3RAS REPERENTES [SIGUNIDADES DOS ESTADOS SFO COSTUGEIRAS- AS RE3RAS RELATI=AS[S IGUNIDADES DAS OR3ANI:A;rio*rasileiro estando #ora do alcance das normas da CLT.Em s)ntese pre,alece 1o0e aIGUNIDADE ABSOLUTA DASOR3ANI:A;ticas?/TB ACO3A!R3QMHR/P DJ de CM.99.XTA. Esse - inclusi,e o entendimento do T/T?T/T /:DI3C RO4/ n. CFCRCXXH3XXX39X3XX39 DJ CT.XF.XQA.Em todo caso em mat-ria de eBe"u)(o Ns"al- o STP !em man!io aimuniae de execu'(o do Estado estran!eiro.Assim para PORTELA a imunidade de execu'(o - LUASE ABSOLUTA.Issopor$uepodemser elencadasasse!uintespossi*ilidadedesatis#a'(odod-*ito% Pa$amen!o ,olunt>rio& Ne$o"ia)*escondu8idas pelo 4inist-rio das Rela'+esExteriores& Expedi'(o de "ar!a ro$a!'ria& Execu'(ode7ensn(oa6e!osaos ser,i'os diplom>ticos econsulares& Ren@n"ia " imunidade.Per$un!a1se: o Es!ao es!ran$eiro #oe ser au!or e uma a)(oa5ui,aa no Brasil\ /I4 $uanto a isso n(o 1> $ual$uer limita'(o.LUESTrea de compet2ncia os se!uintes assuntos%I 3 pol)tica internacional&II 3 rela'+es diplom>ticas e ser,i'os consulares&III 3 participa'(o nas ne!ocia'+es comerciais econNmicas t-cnicas eculturais com !o,ernos e entidades estran!eiras&I= 3 pro!ramas de coopera'(o internacional e de promo'(o comercial& e= 3 apoio a dele!a'+es comiti,as e representa'+es *rasileiras em a!2nciase or!anismos internacionais e multilaterais. Par>!ra#o rios locais podem ter $ual$uer nacionalidade masn(o !er(o as mesmas #rerro$a!i.as o #essoal i#lom!i"o.Per$un!a1se: o em7aiBaor D i#loma!a\ O em*aixador - o "Ae6ea miss(o i#lom!i"a 2em7aiBaa4. No Brasil- D um "ar$o e "onNan)ao CAe6e o EBe"u!i.o- sendo necess>ria a sua a#ro.a)(o #elo Senao- #or.o!o se"re!o-ap;ssa*atna.Normalmente -nomeadopeloc1e#edoEstado$uerepresenta. En$uantoexercesuas#un'+esDi#loma!a.4asatente% oem*aixador n(oprecisanecessariamentepertencer aum$uadrodecarreiradiplom>tica #oeno ser ini"ao en!re #essoas e "onNan)a.O ar!. 1+ a Con.en)(o e =iena e 1TH1 i.ie os CAe6es eGiss(o Di#lom!i"a em !r8s "lasses:i. EGBAIQADORESOUNNCIOSAcreditadosperanteC1e#esde Estado e outros C1e#es de 4iss(o de Cate!oria e$ui,alente&ii. EN=IADOS- GINISTROS OUINTERNNCIOSAcreditadosperante C1e#es de Estado&iii. ENCARRE3ADOS DE NE3SCIOSAcreditados peranteGinis!ro as Rela)*es EB!eriores./(o #uncion>rios $uesu*stituem o Em*aixador em suas aus2ncias ou $ue respondempor uma Em*aixada em per)odos em $ue n(o 1> C1e#e de 4iss(oDiplom>tica indicado ou em $ue estes ainda n(o assumiram suas#un'+es.9FDIREITO INTERNACIONAL JOO PAULO LORDELOO*s.9% anomea'(odoEm*aixador-processo$uere$uer noDIP opedido e a concess(o deA6'7E%EN*2concess(o $ue consiste ema!ois"ri"ionrio #elo ?ual o Es!ao a"rei!ao a"ei!a a ini"a)(o eem7aiBaores!ran$eiro#ara?uenelea!ue.N(o-atodeo#)cio sendonecess>rio pedido do acreditante. Al-mdisso o processo de concess(o -SECRETO e NFO PRECISA SER GOTI=ADO.O*s.C% oem*aixador iniciasuas#un'+escomaa#resen!a)(oas"reen"iaisaoCAe6eoEs!ao"rei!aoouas"'#iasN$uraasesuas "reen"iais W "Aan"elaria lo"al. Os demais a!entes diplom>ticos iniciamsua ati,idade por mera noti5ca'(o " c1ancelaria do Estado acreditado.&.1.E A$en!es "onsulares/(o #uncion>rios encarre!ados de o#erecer aos nacionais a prote'(o e aassist2ncia no exterior.Aati,idadeconsulartem ori$ensnaan!i$uiae sendore$ulaaa!ualmen!e#elaCon.en)(oe=ienaso7reRela)*es Consulares e1TH&. No !eral compete ao a!ente consular a prote'(o dos interesses do Estado$ue o en,ia e de seus nacionais pessoas #)sicas ou 0ur)dicas. Assim os a!entesconsulares podem exercer um am#lo rol e 6un)*es- muitas assemel1adas aosa!entes diplom>ticos. Toda,ia a ess2ncia da #un'(o consular !ira em torno daprote'(o e da assist2ncia aos nacionais no exterior.Nesse sentido compete ao a!ente consular%i. a #un'(o no!arial e e re$is!ro "i.il0ii. emi!ir .is!os a es!ran$eiros $ue dese0am ,ia0ar ao Estado $uerepresenta&iii. res$uarar os in!eresses os na"ionais no caso de su"ess(o#or mor!ee os interesses de menorese in"a#a,es$ue se0amnacionaisdeseuEstado especialmente$uando#orre$ueridaatutela ou a curatela&i,. tomar asmeias "a7/.eis #ara a re#resen!a)(o osna"ionais#eran!easau!oriaes inclusi,eas0udiciais doEstado receptor&,. dependendo da cidade poder> tam*-m exercer #un'+es!/#i"ase a$en!es i#lom!i"os- "omo a #romo)(o "omer"ial-a!ra)(o e in.es!imen!os- i.ul$a)(o "ul!ural e!"0,i. atuar comorepresentantedoEstado0untoaumaor!ani8a'(ointernacional caso em$ue rece*er> todas as imunidades eprerro!ati,as de um representante estatal.O*s.9% umEstado$uen(oti,ermiss(odiplom>ticaemoutroEstadopoder> ser ali representado por um #uncion>rio consular.Per$un!a1se: o ?ue a NOTIPICA;FO CONSULAR\ Para #acilitar o exerc)cio de suas #un'+es os a!entes consulares*ene5ciam3se do instituto da INOTIPICA;FO CONSULARJ. Poresse instituto os cNnsules t2m direito a "omuni"ar1se "om os9GDIREITO INTERNACIONAL JOO PAULO LORDELOna"ionais e seu Es!ao e e .isi!1los-aina ?ue#resos. Ainda emdecorr2ncia daNOTIPICA;FO CONSULAR-asautoridades competentes do Estado receptor de,er(o a partirdesolicita'(odointeressadoin6ormaro?uan!oan!esWre#ar!i)(o"onsular"a7/.el ?uano- emsua5urisi)(o-um na"ional o Es!ao o "onsulao 6or #reso. ANOTIPICA;FOCONSULARtam*-m-con1ecidacomoodireito " in#orma'(o so*re a assist2ncia consular sendoconsiderada pelo /TB como #rerro$a!i.a 5ur/i"a e "ar!er6unamen!al- ?ue Ao5e "om#*e o uni.erso "on"ei!ual oirei!os 7si"os a #essoa Aumana-relacionadadiretamentecomas !arantias m)nimas do de,ido processole!al. /e!undo o /TB aNOTIPICA;FO CONSULAR- umaprerro!ati,a a ser asse!urada ao estran!eiro8*($U*#ELA92ouse0a semdemora noexatomomentoem$uesereali8ar apris(oe em$ual$uer caso antes $ueomesmopreste a primeira declara'(o perante a autoridade competente.Gas a!en!e: os "_nsules e.em ser a7s!er e in!er.ir em6a.or e um na"ional- se es!e se o#user eB#ressamen!e.O*s.9% as autoridades do Estado receptor s(o o7ri$aas a in6ormar asautoridadesconsularesacercadamor!eeumna"ionaldeumEstadodareparti'(o da necessidade de nomea)(o e !u!or ou "uraor para o menor oude sinis!ro om na.io ou aerona.e.O*s.C%oes!a7ele"imen!oeRELA;ticaeconsular. Assim os diplomatas exercem #un'+es consulares caso este0am lotadosem miss+es consulares.&.% Pri.ilD$ios e imuniaes&.%.1 No)*es $eraisOs#ri.ilD$ios e imuniaes con5!uram modalidade de imuniaee 5urisi)(o. /e!undo entende o STP- con5!uram ,erdadeira Iimpossi*ilidade0ur)dicaJ deum;r!(o0udici>rio*rasileiro por exemplo expedir pro,imentos0urisdicionais mandamentais a $ual$uer miss(o diplom>tica ouconsular emmani#esta AUSKNCIA DE ENriocomomem*rodamiss(o o$ueimplicaon(o3recon1ecimentodepri,il-!ios e imunidades e portanto a possi*ilidade de $ue o a!ente estran!eirose0a processado e 0ul!ado localmente.O*s.T% o Estado acreditante pode renunciar a imunidade. Essa rentico ou desua #am)lia inclu)dos os *ens destinados " suainstala'(o tam*-m est(o isentos de tari#asal#ande!>riasem7ora n(o e es#esas "omarma,ena$em e !rans#or!e.O*s.C% a isen'(o de tri*utos n(o se estende a $uemcontrate com a miss(o diplom>tica.4 IN=IOLABILIDADE Oslo"al a miss(odiplom>tica ?ou se0a asinstala'+es da em*aixadaA a resi8n"ia #ar!i"ulare os .e/"ulos a miss(o diplom>tica e do a!entesdiplom>ticos n(o podem ser o*0eto de $ual$uer a'(opor parte das autoridades locais.O*s.% as autoridades dos Estados acreditados #oemrela!i.i,ar a norma de proi*i'(o de in!resso em umaCCDIREITO INTERNACIONAL JOO PAULO LORDELOem*aixada estran!eira emcaso de sinistros $ueexi0ama'(oimediata comoinc2ndiosem7oraaCon.en)(o e =iena e 1TH1 naa i$a ares#ei!o..14 DOCUGENTOS EARLUI=OSTam*-m os ar?ui.os e o"umen!os da em*aixadaem $ual$uer momento e one ?uer ?ue es!e5am- amala i#lom!i"a- as "omuni"a)*es as miss*ese dos a!entes diplom>ticos n(o podem ser o*0eto de$ual$uer monitoramento o $ue ,eda a espiona!em.Al-mdisso os*ensdasmiss+esdiplom>ticasn(opodem ser o*0eto de *usca apreens(oo ou $ual$uermedida de execu'(o..%4 BA3A3EG A 7a$a$em os a$en!es i#lom!i"os n(o #oeser a7er!a- sal,o se 1ou,er moti,os s-rios para crer$ue a mesma cont-mo*0etos n(o pre,istos nasisen'+es da Con,en'(o de =iena de 9GT9 ou o*0etoscu0a importa'(o ou exporta'(o - proi*ida.Ex.% a *a!a!em pode ser a*erta se esti,ertransportando o*0etos como dro!as armasexemplares da *iodi,ersidade etc.O*s.%EQTENSFO.As imunidades dos a!entes diplom>ticos s(oextensi,as "s respecti,as PAGCLIAS E DEPENDENTES desde $ue $ue ten1amsido inclu)dos na lista diplom>tica e $ue n(o se0amnacionais do Estadoacreditado.O PESSOAL ADGINISTRATI=O E T>CNICO DA GISSFO- assim comoos mem*ros de suas #am)lias $ue com eles ,i,am oriundos de outras carreiras doser,i'o exterior tam*-m !o8am das imunidadeseB"e!o ?uan!o W 7a$a$em.No campo c),el as imunidades a*ran!emapenas os atos relacionados aoexerc)cio da#un'(o.J> o pessoaldoser,i'o!o8ar> deimunidades$uantoaosatos praticados no exerc)cio de suas #un'+es e de isen'(o de impostos e taxasso*re os seus sal>riosese ?ue n(o se5amna"ionais o Es!aoa"rei!ao nem nele !enAam resi8n"ia #ermanen!e.&.%.& Pri.ilD$ios e imuniaes "onsularesOs pri,il-!ios e as imunidades consulares s(o emlin1as !eraissemel1ante aos dos diplom>ticos por-m mais restritos ?pois ,inculadas "s suas#un'+esA.No campo penal os cNnsules n(o poder(o ser detidos ou presospre,enti,amente exceto em caso de "rime $ra.e e em decorr2ncia de e"is(oe au!oriae 5ui"iaria "om#e!en!e. Poder(o ser presos tam*-memdecorr2ncia de senten'a de5niti,a exceto por atos relacionados ao exerc)cio desuas #un'+es.Nocampo"i.ilaminis!ra!i.oe!ri7u!rioosa!entesconsularesn(oest(osu0eitos "0urisdi'(odoEstadoreceptor#or a!osreali,aosnoeBer"/"ioesuas 6un)*es. Damesma6orma-os cNnsules poder(o sero*ri!ados a depor como testemun1as exceto por atos ,inculados a suas #un'+es.CHDIREITO INTERNACIONAL JOO PAULO LORDELOA resid2ncia do c1e#e da reparti'(o tam*-m - in,iol>,el em*ora n(o aresid2ncia do a!ente consular sal,o no campo tri*ut>rio.As imunidades es!enem1se W 6am/lia o a$en!e.Gas a!en!e: as imuniaes os "_nsules UONOR9RIOS 2ou se5a-"_nsules electi2a?ueles ?ue n(o s(o e "arreira4 n(o se es!ener(o Wsres#e"!i.as 6am/lias.LUESTtica e com anu2ncia do Estado acreditado. TRPE a No Dm*ito de uma miss(o diplom>tica apenas o c1e#e damiss(o !o8a de imunidade de 0urisdi'(o penal e ci,il. ERRADO TRPE 1 Por !o8ar de ampla imunidade de 0urisdi'(o ci,il o a!entediplom>tico n(o pode 5!urar como recon,indo nos autos de umaa'(o ci,il. ERRADO. /e o diplomata a0ui8ar a'(o o r-u pode simrecon,ir. A3U a 7 poss),el $ue um ex3C1e#e de Estado autor de crime de!enoc)dio se0a preso em outro. CERTO. TRP&aAimunidade de 0urisdi'(o do a!ente diplom>tico doEstado estran!eiro - a*soluta em mat-ria criminal. CERTO. TRTT a Na #orma do art. 9M da Con,en'(o de =iena so*re rela'+esdiplom>ticas osC1e#esde4iss(odi,idem3seemduasclasses%em*aixadores ?ou ntica s(o pri,ati,os de *rasileiro nato. TRT1E a 7 #acultado ao a!ente diplom>tico in,ocar a imunidadede 0urisdi'(o em recon,en'(o diretamente li!ada " a'(o principalpor ele a0ui8ada. ERRADO.+. As or$ani,a)*es in!erna"ionais+.1 Ori$emAsor!ani8a'+esinternacionaisapareceramnos-culoOIO. Entretantotornaram3sepresen'acomumnasociedadeinternacional apenas apartir dase!unda metade do s-culo OO como conse$u2ncia das trans#orma'+es dasociedade internacional nas riosaocumprimentodeseus5ns comocele*rartratadoscom#ornecedores contrairempr-stimos e recrutar #uncion>rios. T2m responsa*ilidade pr;pria e capacidadede auto3or!ani8a'(o.O7s.: le.ano1se em "onsiera)(o ?ue a Con.en)(o e =iena e1TJH so7re Tra!aos en!re Es!aos e Or$ani,a)*es in!erna"ionais ainan(o en!rou em .i$or #ara o Brasil-ostratadoscele*radospor or!anismosinternacionais s(o re!ulados por normas costumeiras an>lo!as "$uelasconsa!radas na Con,en'(o de =iena so*re o Direito dos Tratados de 9GTG.O7s.%: a CIJ recon1eceu o direito da Or!ani8a'(o das Na'+es Unidas ONU"repara'(opelanortedeseumediador paraoOriente4-dio o$ueconsolidou a ideia de $ue tais or!anismos t2m direitos pr;prios.O7s.&:as or!ani8a'+esinternacionaisADLUIREG PERSONALIDADEJURCDICA NO G OGENTO EG LUE EPETI=AGENTE COGE;AG APUNCIONAR- SENDO IRRELE=ANTE O GOGENTO DE LUALLUERRE3ISTROYO7s.+: o #uncion>rio de or!ani8a'(o internacional n(o se con#unde como diplomata a!ente Estatal.+.H Elemen!os essen"iais e "ara"!er/s!i"asAssimcomo os Estados as OI tam*-mde,emreunir elementosessenciais para existir $ue s(o *asicamente%i. OsESTADOS$ue as comp+emUma caracter)stica dasor!ani8a'+esinternacionais-aGULTILATERALIDADE-o$ueexi!e $ue elas ten1am pelo menos & 2TRKS4 GEGBROS.ii. Os respecti,os ATOS CONSTITUTI=OS0iii. /eu SR3FOS PERGANENTES0i,. /ua PERSONALIDADE JURCDICA0,. /eus OBJETI=OS ,oltados " coopera'(o em temas de interessecomum.O*s.% os OI n(o "on!am "om uma 7ase !erri!orial como os Estados.+.I Com#e!8n"ias 2N a O a C 1 I4As or!ani8a'+es internacionais reem,i!or para todos os Estados3mem*ros $uando #or adotada pelos ,otos#a,or>,eis de %O& 2DOIS TER;OS4 dos mem*ros da Assem*leia 6eral e $uando#orra!iN"aa#or %O&2DOIS TER;OS4dos4em*rosdaONUe.eno serin"lu/os- en!re os Es!aos 6a.or.eis W al!era)(o- !oos os E 2"in"o4mem7ros #ermanen!e os ConselAo e Se$uran)a:i. C1ina&ii. EUA&iii. Bran'a&i,. 6r(3:retan1a&,. Rrio36eral.NFO > SR3FOPERGANENTE-reunindo3seordinariamenteuma.e,#or ano-em sess(o $uecome'a emsetem*ro etermina em de8em*roem N\.Pode 1a,er sess(oextraordi3n>ria porcon,oca'(o do/ecret>rio36eral doConsel1o de /e!uran'aou da marioa dosmem*ros da ONU.7OR3FO PERGANENTEcomposto por1E 2?uin,e4mem*ros% Q ?cincoA s(opermanentes%EUA-Pran)a- 3r(1Bre!anAa- CAina-R@ssia. De,n(o3permanenteseleitos pela Assem*leia6eral para umGANDATO DE %ANOS- SEGPOSSIBILIDADE DEREELEI;FO.=i!oraa$ui o#rin"/#io ais!ri7ui)(o$eo$rN"ae?ui!a!i.a.O /ecret>rio36eral - amais altaautoridadesendo eleito pelaAssem*leia 6eralmedianteRECOGENDA;FO doConselAo eSe$uran)a-paraumGANDATO DE E2CINCO4 ANOS-PERGITIDAUGARECONDU;FO.S(o suas 6un)*es: Pun"iona uran!e o ano!oo.Dis"u!ir ?ual?uer !ema$ue este0a dentro das5nalidades da Carta daONU.Pa,er re"omena)*esaos mem7ros asNa)*es Uniasou aoConselAo eSe$uran)a-a respeitodos temas acerca dos$uais ten1a deli*erado.Ini"iar es!uose#a8erre"omena)*esparapromo,er a"oo#era)(oin!erna"ionalemcampos como oeconNmico social7 competente paradeterminar a exist2ncia de$ual$uer amea'a " pa8ruptura da pa8 ou ato dea!ress(o e para expedirrecomenda'+es ou decidirmedidas $ue possam manterou resta*elecer a pa8 e ase!uran'a internacionais?art. HGA.Tais situa'+es podem sero*0etoe o6/"ioou porsolicita'(o daA. 3eral-Se"re!rio $eral ou?ual?uer Es!ao-mesmo$ue n(o se0a mem*ro daONU.O /ecret>rio36eralexerce um papeldiplom>tico sendoapenas respons>,elperante a ONU n(opodendo rece*erinstru'+es de$ual$uer outroEstado nemmesmoda$uele do $ual -nacional.Podealer!ar oConselAo eSe$uran)aparasitua'+es deinsta*ilidade.HXDIREITO INTERNACIONAL JOO PAULO LORDELOcultural sanit>rioeducacional etc.A#ro.aroor)amen!oda Or!ani8a'(o. Rece*er> e examinar> osrelat;rios anuais eespeciais do Consel1o de/e!uran'a e de outros;r!(osa"om#anAaosuas a!i.iaes.Soli"i!ar a!en)(o oConselAo eSe$uran)a #arasi!ua)*es?ue#ossam"ons!i!uir amea)a W#a, e W se$uran)ain!erna"ionais.7tam*-mcompetenteparae"iir a res#ei!o ea)*es "on!ra as amea)as-$ue podem ,ariar de merasre"omena)*es Win!erru#)(o "om#le!a ou#ar"ial as rela)*esi#lom!i"as- oMuBoe!rans#or!es e e"omuni"a)*es e a)*esmili!ares.Temtam*-m#un'+esdiplom>ticas% o#erecer*ons o#)ciosmedia'(o etc./uas deli*era'+esadotam a #orma deRESOLU; outros ;r!(os da ONU%i. CONSELUO ECON`GICO ESOCIAL 2ECOSOC47composto#or E+2"in?uen!ae?ua!ro4mem*ros das Na'+es Unidaseleitos pela Assem*leia 6eral para um mana!o e !r8s anos#ermi!ia a reelei)(opara o per)odo su*se$uente comaelei'(odede8oitomem*rospor ano. 7competentepara#a8eres!uos e rela!'rios em mat-ria econNmica social cultural etc.Pode #a8er recomenda'+es a respeito desses temas " Assem*leia6eral aos mem*ros da ONU e "s entidades especiali8adas.H9DIREITO INTERNACIONAL JOO PAULO LORDELOii. CONSELUO DE TUTELATem como atri*ui'(o principaladministrar territ;rios rec-m3separados de seus Estados deori!em.iii. CORTEINTERNACIONAL DEJUSTI;A2CIJ47 o principal;r!(o 0urisdicional da ONU. /er> estudado em ponto espec)5co.O7s.&:1> tam*-mos c1amadosor$anismos es#e"iali,aos oSis!emaasNa)*es Unias.Essas institui'+es s(o,inculadas "s Na'+esUnidas por meio dea"oros e "oo#era)(o-compartil1ando s)m*olosprinc)pios e miss+es comuns. T2m personalidade 0ur)dica pr;pria. =e0amos al!unsexemplos%i. OR3ANI:A;FODASNA;rias ao caso.ii. Em se!uida o Consel1o de /e!uran'a determina a Iexist2ncia de$ual$uer amea'a " pa8 ruptura da pa8 ou ato de a!ress(o e #ar>re"omena)*es ou decidir> $ue medidas de,er(o ser tomadasJa 5m de manter ou resta*elecer a pa8&iii. N(o1a,endomudan'a oConsel1ode,er>adotarmeias e"ar!er n(o1mili!ar- $ue poder(o incluir a interrup'(o completaou parcial das rela'+es econNmicas dos meios de comunica'(o etransporte etc.i.. Por 5m n(o 1a,endo $ual$uer altera'(o na situa'(o deinsta*ilidade ou sendo as medidas de car>ter n(o3militarinade$uadas o Consel1o poder> le,ar a ca*o a a'(o $ue 0ul!arnecess>riaparamanter ouresta*elecer apa8 ease!uran'ainternacionais desta#eiapormeiode#or'asa-reas na,aisouterrestres $ue poder(o e#etuar *lo$ueios demonstra'+es etc.A!en)(o: aONUNFOTEGPOR;ASGILITARESPRSPRIAS.Elanecessita contar com a cola*ora'(o de seus Estados3mem*ros?ue se"om#rome!em a a5uar. @> a possi*ilidade de um ou mais Estados a!irem emnome das Na'+es Unidas sem $ue se0a #ormada uma #or'a de pa8. Assim disp+eo art. MF da Carta% IAa?1o necess0ria ao cumprimento das decis@es do,onselho de !e/uran?a para manuten?1o da paA e da se/uran?a internacionaisser0 le.ada a e=eito por todos os %em3ros das Na?@es Unidas ou por al/unsdeles.Ar!i$o+&. 1. Toos os Gem7ros as Na)*es Unias- aNme"on!ri7uir #ara a manu!en)(o a #a, e a se$uran)ain!erna"ionais- se"om#rome!ema#ro#or"ionar aoConselAoeSe$uran)a- aseu#eioee"on6ormiae"omoa"_rooua"oros es#e"iais- 6or)as armaas- assis!8n"ia e 6a"iliaes-in"lusi.e irei!os e #assa$em- ne"essrios W manu!en)(o a #a, ea se$uran)a in!erna"ionais.C. Tal acNrdo ou tais acordos determinar(o o nriosde con#ormidade com seus respecti,os processos constitucionais.Arti!o MM. Puando o Consel1o de /e!uran'a decidir o empre!o de #or'ade,er> antes de solicitar a um4em*ro nele n(o representado o#ornecimento de #or'as armadas em cumprimento das o*ri!a'+esassumidas em ,irtude do Arti!o MH con,idar o re#erido 4em*ro se esteHHDIREITO INTERNACIONAL JOO PAULO LORDELOassimodese0ar aparticipar das decis+es doConsel1ode/e!uran'arelati,as ao empre!o de contin!entes das #or'as armadas do dito 4em*ro.Arti!o MQ. A 5m de 1a*ilitar as Na'+es Unidas a tomarem medidas militaresur!entes os 4em*ros das Na'+es Unidas de,er(o manter imediatamenteutili8>,eis contin!entes das #or'as a-reas nacionais para a execu'(ocom*inada de uma a'(o coerciti,a internacional. A pot2ncia e o !rau deprepara'(o desses contin!entes como os planos de a'(o com*inada ser(odeterminados pelo Consel1o de /e!uran'a com a assist2ncia da Comiss(odeEstado4aior dentrodoslimitesesta*elecidosnoacordoouacordosespeciais a $ue se re#ere o Arti!o MH.Ar!i$o+I. 1. Seres!a7ele"iaumaComiss(oeEs!aoGaiores!inaa a orien!ar e assis!ir o ConselAo e Se$uran)a- em !oasas ?ues!*es rela!i.as Ws eBi$8n"ias mili!ares o mesmo ConselAopara manuten'(o da pa8 e da se!uran'a internacionais utili8a'(o ecomando das #or'as colocadas " sua disposi'(o re!ulamenta'(o dearmamentos e poss),el desarmamento.C. A Comiss(o de Estado 4aior ser> composta dos C1e#es de Estado 4aiordos 4em*ros Permanentes do Consel1o de /e!uran'a ou de seusrepresentantes. Todo 4em*ro das Na'+es Unidas $ue n(o esti,erpermanentementerepresentadonaComiss(oser>porestacon,idadoatomar parte nos seus tra*al1os sempre $ue a sua participa'(o #ornecess>ria ao e5ciente cumprimento das responsa*ilidades da Comiss(o.H. AComiss(odeEstado4aior ser>respons>,el so*aautoridadedoConsel1o de /e!uran'a pela dire'(o estrat-!ica de todas as #or'asarmadaspostas"disposi'(ododitoConsel1o. As$uest+esrelati,asaocomando dessas #or'as ser(o resol,idas ulteriormente.M. A Comiss(o de Estado 4aior com autori8a'(o do Consel1o de /e!uran'ae depois de consultar os or!anismos re!ionais ade$uados poder>esta*elecer so*3comiss+es re!ionais.Ar!i$o +J. 1. A a)(o ne"essria ao "um#rimen!o as e"is*es oConselAo e Se$uran)a #ara manu!en)(o a #a, e a se$uran)ain!erna"ionais serle.aaae6ei!o#or !oos os Gem7ros asNa)*esUniasou#oral$unseles- "on6ormese5ae!erminao#elo ConselAo e Se$uran)a.C. Essas decis+es ser(o executas pelos 4em*ros das Na'+es Unidasdiretamente e por seu interm-dio nos or!anismos internacionaisapropriados de $ue #a'am parte.De acordo com o art. QH o Consel1o de /e!uran'a utili8ar> $uando #oro caso acordos e entidades re!ionais para uma a'(o ,oltada a promo,er a pa8.Por 5m oart. Q9#ermi!e?ueumoumais Es!aos a!a"aosem#re$uema6or)a"on!raoa$ressoremle$/!imae6esa-masat-omomentoem$ueoConsel1oten1atomadoasmedidas necess>rias paraamanuten'(o da pa8. Permite3se portanto umaLE3CTIGA DEPESAPRE=ENTI=A.Arti!o MG. Os 4em*ros das Na'+es Unidas prestar3se3(o assist2ncia m o direito de consultar o Consel1o de /e!uran'a a respeito dasolu'(o de tais pro*lemas.Arti!o Q9. Nada na presente Carta pre0udicar> o direito inerente de le!)timade#esa indi,idual ou coleti,a no caso de ocorrer um ata$ue armado contraHMDIREITO INTERNACIONAL JOO PAULO LORDELOum 4em*ro das Na'+es Unidas at- $ue o Consel1o de /e!uran'a ten1atomado as medidas necess>rias para a manuten'(o da pa8 e da se!uran'ainternacionais. As medidas tomadas pelos 4em*ros noexerc)ciodessedireito de le!)tima de#esa ser(o comunicadas imediatamente ao Consel1ode/e!uran'aen(ode,er(o demodoal!um atin!ir aautoridadeearesponsa*ilidade$ueapresenteCartaatri*ui aoConsel1oparale,arae#eito em $ual$uer tempo a a'(o $ue 0ul!ar necess>ria " manuten'(o ouao resta*elecimento da pa8 e da se!uran'a internacionais.+.1V Or$ani,a)*es re$ionaisA coopera'(o internacional tam*-m se or!ani8a em n),el re!ional. Taisor!ani8a'+es normalmente incluem mem*ros unidos pela conti!uidade!eo!r>5ca ou semel1an'as de car>ter econNmico cultural etc. Ex.% 4ercosul UEOEA etc.+.1V.1 Or$ani,a)(o os Es!aos Ameri"anos a OEAA OEA #oi #undada em 1JTV- como Uni(o Internacional das Rep