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A História do Ballet As origens do balé surgiram em celebrações públicas italianas e francesas nos séculos XV, XVI e XVII. Na Itália a impulsiva representação dramática resultou no balleto, --- de ballo (" dança" ) e ballare ("dançar" ) --- enormes espetáculos durando horas (e até mesmo dias) e utilizando dança, poemas recitados, canções e efeitos cênicos, todos organizados em torno de um enredo principal e com homens e garotos ricamente trajados no lugar da corte encenando os principais papéis. Os espetáculos eram apresentados em grandes salões ou em quadras de tênis (Teatros modernos não eram construídos antes do séc. XVI). A audiência para estas apresentações era composta principalmente por pessoas da corte, que contratavam dançarinos de alto escalão para ensinar aos amadores. Em 1460, Domenico da Piacenza escreveu um de seus primeiros manuais de dança. Introdução O Balé é um tipo de dança onde os bailarinos, que executam movimentos planejados acompanhando uma música, apresentam uma história ou desenvolvem algo no conceito abstrato. É uma forma de expressão diferente do teatro falado, e sua história é um livro de 400 anos de inovações e apresentações. Como a ópera, o balé é uma tradição européia que necessita de colaborações harmoniosas entre todos os artistas --- dançarinos, mímicos, coreógrafos, músicos, estilistas e decoradores --- para sua realização. Desde a Segunda Guerra Mundial, o balé tem atingido sua renascença em todo o mundo com a criação de companias nacionais, ou companias privadas com identidades nacionais preservadas, mantidas pelo governo, por fundações filantrópicas e também pelo entusiasmo do público. As Cortes Francesas Ao se casar com Herinque II, da França, em 1533, Catarina de Medici, importou o balleto da corte italiana para sua nova casa na França, onde este se transformou em balé . Em 1573, ela representou "Ballet des Polonais" --- música de Roland de Lassus, a poesia de Pierre de Ronsard, e as danças de Balthazar de Beaujoyeux. O mais famoso trabalho de Beaujoyeux foi no Ballet Comique de la Reine, apresentado em 1581. Luís XIV, patrono das artes e bailarino nos balés da corte, fundou a 'Academie Royale de danse' em 1661. Seu mestre de dança, Pierre Beauchamps, inventou posicões para os pés na técnica de ballet clássico e ainda criou muitos balés, divertissements, e comédias-balés (uma comédia falada com dança representando as cenas) com a colaboração de Moliere e do compositor Jean Baptiste Lully. "Le Triomphe de L'Amour" (1681) foi a obra-prima de Beauchamps e Lully; ela agradou La Fontaine, a primeira mulher a dançar profissionalmente o

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A História do Ballet

As origens do balé surgiram em celebrações públicas italianas e francesas nos séculos XV, XVI e XVII. Na Itália a impulsiva representação dramática resultou no balleto, --- de ballo (" dança" ) e ballare ("dançar" ) --- enormes espetáculos durando horas (e até mesmo dias) e utilizando dança, poemas recitados, canções e efeitos cênicos, todos organizados em torno de um enredo principal e com homens e garotos ricamente trajados no lugar da corte encenando os principais papéis. Os espetáculos eram apresentados em grandes salões ou em quadras de tênis (Teatros modernos não eram construídos antes do séc. XVI). A audiência para estas apresentações era composta principalmente por pessoas da corte, que contratavam dançarinos de alto escalão para ensinar aos amadores. Em 1460, Domenico da Piacenza escreveu um de seus primeiros manuais de dança.

Introdução

O Balé é um tipo de dança onde os bailarinos, que executam movimentos planejados acompanhando uma música, apresentam uma história ou desenvolvem algo no conceito abstrato. É uma forma de expressão diferente do teatro falado, e sua história é um livro de 400 anos de inovações e apresentações. Como a ópera, o balé é uma tradição européia que necessita de colaborações harmoniosas entre todos os artistas --- dançarinos, mímicos, coreógrafos, músicos, estilistas e decoradores --- para sua realização. Desde a Segunda Guerra Mundial, o balé tem atingido sua renascença em todo o mundo com a criação de companias nacionais, ou companias privadas com identidades nacionais preservadas, mantidas pelo governo, por fundações filantrópicas e também pelo entusiasmo do público.

As Cortes Francesas

Ao se casar com Herinque II, da França, em 1533, Catarina de Medici, importou o balleto da corte italiana para sua nova casa na França, onde este se transformou em balé . Em 1573, ela representou "Ballet des Polonais" --- música de Roland de Lassus, a poesia de Pierre de Ronsard, e as danças de Balthazar de Beaujoyeux. O mais famoso trabalho de Beaujoyeux foi no Ballet Comique de la Reine, apresentado em 1581. Luís XIV, patrono das artes e bailarino nos balés da corte, fundou a 'Academie Royale de danse' em 1661. Seu mestre de dança, Pierre Beauchamps, inventou posicões para os pés na técnica de ballet clássico e ainda criou muitos balés, divertissements, e comédias-balés (uma comédia falada com dança representando as cenas) com a colaboração de Moliere e do compositor Jean Baptiste Lully. "Le Triomphe de L'Amour" (1681) foi a obra-prima de Beauchamps e Lully; ela agradou La Fontaine, a primeira mulher a dançar profissionalmente o

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balé. A partir daí o francês passou a ser a língua oficial do balé, onde cada passo tem seu nome descrito por ela.

O Balé Romântico

No final do século XVIII e no começo do século XIX o balé começou a produzir trabalhos que ainda são exibidos nos dias atuais e cuja capacidade de experiência era grande. O balé francês "La fille mal gardee" (1789) é o mais velho trabalho que ainda é apresentado. Coreografado por Jean Dauberval, o balé usava trabalhadores como personagens e às vezes danças rústicas, mas ainda seguindo os estilo francês dos balé românticos da década de 1830 e de 1840. As reformas ocorridas na técnica que resultaram no movimento romântico foram arquivadas pelos mestres italianos do balé Salvatore Vigano e Carlo Blasis e pelo francêas Charles Didelot, que encoragou o uso da técnica das sapatilhas de ponta para as mulheres. O balé romântico de Filippo Taglioni entitulado "La Sylphide" (1832) foi criado em homenagem à sua filha, Marie Taglioni. Foi neste trabalho que se foi usado os primeiros tutus. "La Sylphide" marcou um avanço na técnica da dança por simular uma dança flutuante. O trabalho permitiu que os Taglioni pudessem trabalhar melhor o funcionamento da ponta, cujas coreografias enfatizavam os efeitos do corpo de baile e as valsas à dois, além de adagios. Neste balé e em "Giselle" (1841) a idéia da bailarina moderna estava nascida, não somente em sua autoridade mas na sua capacidade de dançar melhor. Carlotta Grisi foi a primeira Giselle; suas danças foram coreografadas por Juled Perrot, que era conhecido melhor como "Paz de Quatre" (1845), um divertissement coreografado por Taglioni, Fanny Cerrito, Grisi e Lucile Grahn, as quatro reinaram supremas sobre as outras bailarinas de suas idades. A música do balé francês alcançou grande expressão nos balés compostos por Leo Delibes: "Coppelia" (1870) coreografado por Arthur Saint-Leon e "Silvia" (1876) coreografado por Louis Merante. Somando-se à escola francesa, a outra maior - pouco conhecida na época - escola de balé européia era Dinamarquesa, sob a direção de Augut Bournonville, o pupilo de Auguste Vestris. A versão de Bournonville de "La Sylphide" (1836) é ainda apresentada nos dias de hoje. A herança do Bournonville ainda espera total absorção na língua internacional do balé. Dentre os vários trabalhos de Bournonville estão incluídos " O Conservatório" , "Napoli" e "Os guardas de Amager".

O Balé Russo

Na Rússia, a arrebatada imitação da corte européia pelos czares incluía a importação de mestres da dança, coreógrafos e dançarinos durante o século XVIII. O mestre em balé francês Didelot e o professor Suíço Christian Johansson trouxeram sua arte à São Petersburgo. Mas o que realmente estabeleceu a

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criação de escolas de balé russas foi o trabalho do francês Marius Petipa, o chefe dos mestres da Escola Imperial e de Maryinsky (atualmente Kirov) Ballet de 1869 à 1903. Seus vários balés (pelo menos 60 completos) formaram a idéia oriental da arte teatral russa, especialmente aqueles balés que utilizavam as músicas de Pyotr Ilich Tchaikovsky, "A Bela Adormecida" (1890) , e "O Lago dos Cisnes" (primeiramente apresentado em 1877; a versão de Petipa em 1895). Petipa foi assistido por Lev Ivanov e juntos seus corpos de baile experimentaram, sofisticação e técnicas de ponta e a clara diferença entre o clássico e os estilos de danças de variados personagens, que compôs verdadeiramente o balé. Ivanov coreografou "O Quebra-Nozes" para as músicas de Tchaikovsky e para o cenário elaborado por Petipa em 1892. Talvez o mais amado de todos os balé, "O Quebra-Nozes" é o balé mais apresentado em toda história.

Surge o Ballet Profissional

No início do século XVIII, o balé se tornou uma profissão, com escolas, teatros e dançarinos pagos. Duas dançarinas francesas, Marie Salle e Marie Camargo, alcançaram fama com o refinamento das técnicas da dança. O compositor de músicas para balé que mais chamou a atenção na época foi Jean Philippe Rameau. Os estilo dominante de dança neste século foi o balé d'ação, que tentava unir os espetáculos claras narrativas indicadas em mímica e dança. Os coreógrafos John Weaverda Inglaterra, Franz Hilverding de Viena, Gaspardo Angiolini da Itália, and Jean Georges Noverre da França pegaram o balé europeu e o importaram para a Rússia. Noverre criou sozinho 150 balé e trabalhou na Inglaterra, Áustria, Itália e Alemanha; suas "Cartas sobre a Dança" (1760) ainda são lidas nos dias atuais. O novo realismo atingia o palco, banindo máscaras e trazendo vestes comuns da época à dança.

Fokine e Diaghlev

O começo do American Ballet Theater provou que o balé Russo, através do trabalho de Isadora Duncan como dançarina e coreógrafa nos primeiros anos do século XX, trazia enorme influência. Atuando em concertos sérios não muito tendentes à dança, elas usava fantasias leves à la grega. Duncan se rebelou contra o declínio do balé Francês e sua descendência européia e americana, declarando o nascimento da "dança livre". Sua influência imediata foi menor nos coreógrafos americanos que no coreógrafo russo Mikhail Fokine. Como coreógrafo chefe para o empresário Serge Diaghilev, Fokine conquistou Paris e toda a Europa quando o Ballet Russo de Serge Diaghilev estreeou na capital francesa em 1909. Pelos próximos 20 anos a compania de Diaghilev dominaria o mundo do balé. O maior de seus coreógrafos era Fokine, cujo Petrushka (1911) combinava a músiva de Igor Stravinsky, a decoração de Aleksandr Benois e a dança de Vaslav Nikinsky (o novo 'deus da dança'), Tamara Karsavina e Enrico Cecchetti. O maestria de Fokine em valores e seus efeitos da dança-mímica criaram um novo estilo teatral. Seus balés incluíam Las Sylphides (1909, originalmente Chopiniana,

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1907), Le Pavillion d'Armide (1907), Le Carnaval (1910), e L'Oiseau de Feu (Pássaro de Fogo, 1910). Numerosos dançarinos eram associados à compania de Diaghilev: Adolf Bolm, Alexandra Danilova, Arton Dolin, Alicia Markova e Olga Spessivtseva. A bailarina russa Anna Pavlov dançou pouco na compania de Diaghilev; com sua própria trupe ela viajou todo o mundo educando audiências na dança clássica. Do período de Diaghilev uma tradição de grande valia nasceu. Tantos coreógrafos mundialmente conhecidos como Vaslav Nijinsky, sua irmã Bronislava Nikinska, Leonid Massine, e o George Balanchine foram todos patrocinados por Diaghilev. Contribuições esplendorosas feitas por Benois, Leon Bakst, Michel Larionov e Natalia Goncharova, assim como por artistas na escola moderna francesa,. incluindo Fernand Leger, George Braque, Pablo Picasso e Henri Matisse. O maior compositor de balé deste século, Stravinsky começou sua carreira com o Balé Russo.

O Ballet Contemporâneo

Após a morte de Diaghilev em 1929, várias companhias nacionais de balé foram estabelecidas, muitas delas por seus ex-associados. O mais recente a emergir foi o Ballet Russo de Monte Carlo (1932). A escola Britânica combinava o ensino de Marie Rambert e as técnicas ditas por Ninette de Valois. A companhia nacional resultada, o Sadler's Wells (depois, Royal) Ballet, criou um grande coreógrafo clássico, Frederick Asthon, autor de muitos balés - Les Patineurs (1937), Les Rendezvous (1933), Facade (1931), Sylvia (1952), Oferta de Aniversário (1956) e La Fille Mal Gardee (1960) - e a bailarina que os representava, Margot Fonteyn. Os dois atingiram aclamação mundial. Recentes dançarinos Britânicos de renome têm sido Antoinette Sibley, Lynn Seymour, Anthony Dowell e David Blairs. O coreógrafo Kenneth Macmillan produziu muitos admirados balés de longo curso, como Romeu e Julieta (1965), Anastasia (1971) e Manon (1974). O balé Francês não atingiu nenhum renascimento no século XX, apesar de todos os esforços dos velhos coreógrafos do Opera Ballet como Leo Staats e Serge Lifar e outros influenciáveis coreógrafos franceses, incluindo Roland Petit e Maurice Bejart. O Stuttgart Ballet, com história datando o ano de 1600, ganhou nova importância sob os cuidados de John Cranko, o diretor (1961-73). O Hamburg Ballet também é influente. As escola Russas associadas com o Bolshoi Ballet de Moscou e o Kirov Ballet de Leningrado têm produzido grandes bailarinos, como Galina Ulanova, Maya Plisetskaya, Irina Kolpakova e Vladimir Vasiliev, além dos sensacionais dançarinos do Kirov no leste, Rudolf Nureyev, Natalia Makarova e Mikhail Baryshnikov. Os políticos soviéticos, no entanto, reprimiram o conceito de inovação dentro das coreografias. As contribuições de Aleksandr Gorsky, Fedor Lupokhov e Leonid Lavreovsky têm sido influentes nas coreografias do leste, mas o pensamento soviético resultou em algumas conseqüências para as companhias em dias mais tarde.

O Ballet na Rússia Socialista

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A Rússia, o maior país do mundo, é mundialmente conhecido por suas grandes companhias de Ballet, que criam moda no mundo da dança e lançam os grandes nomes internacionais. Pois bem, sabe por que ela é assim? Isso tem grandes bases históricas...Em 1917, a Rússia e mais outras nações do Leste Europeu se uniram para compor a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, a URSS. Ela detinha um regime político totalmente contraditório ao do mundo comum, o socialismo.O socialismo pregava a igualdade entre todas as pessoas, com melhor distribuição de renda, melhor educação e saúde para todos. Com o passar dos anos, foi-se percebendo que esses ideais teóricos não puderam ser todos confirmados na prática. Havia uma repressão muito grande à liberdade de pensamento e os soviéticos já estavam cansados daquele sistema. Aí é que entra o Ballet.Os governantes soviéticos precisavam de um meio cultural para o seu povo que não proclamasse palavras, para assim não passar idéias que fossem contra o regime socialista e assim eles perderem o poder. Pensaram, pensaram, e encontraram na Dança a melhor maneira de entreter o povo e mantê-los passivos diante de pensamentos liberais. Para isso eles incentivavam as escolas de Ballet, mandavam grandes verbas para as Companhias Nacionais produzirem novos bailarinos, pegava o povo de ônibus e o levava ao Teatro para assistir aos espetáculos, enfim. O Ballet viveu seu grande apogeu nesta época na Rússia.Em 1991 cai o regime socialista, portanto ao mesmo tempo cai os incentivos à Dança. Os bailarinos se queixam que já não são mais estrelas, mas funcionários, o salário é baixo e o jeito de fugir disto é viajar em turnês mundiais, onde as Companhias ganham prestígio internacional e mostram a nós toda a arte desenvolvida ao longo destas décadas reclusas do mundo.

Um pouco de história das pontas...

A história das sapatilhas de ponta se confunde com a história da técnica da ponta, as duas se completam, pois evoluíram juntas, cada uma elaborou a outra. Tudo começa quando a princesa italiana Catarina de Médici casou com o francês Henrique II e introduziram o ballet de cour, ou o 'ballet da corte' para a Corte Francesa no século XVI. Dessas primeiras produções com nobres mascarados e fantasiados, a dança da corte evolui para espetáculos extravagantes, onde um vocabulária de passos passou a ser criado - hoje os mesmos passos e as mesmas posições báricas que você faz todo dia em sala de aula.Por volta de 1600 o rei Luís XIV amava dançar e estrelar as produções da corte. Ele foi chamado de 'Rei Sol' devido o papel que interpretou em um dos ballets encenados por sua compania. Quando ele ficou muito velho e gordo ::ihihi: para dançar ele continuou a ser um dos maiores patronos do ballet. Ele fundou a Académie Royale de Danse, que depois se tornou o Paris Ópera Ballet. Ele utilizava o ballet de maneira política, fazendo com que os cortesãos se curvassem e reverenciassem de maneira elegante para ele, para celebrá-lo e glorificá-lo, e assim reforçar o poder do trono.

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Antes da bailarina

O ballet era, entretanto, 'coisa de macho'. A bailarina não existia, a mulher não podia participar do jeito que os homens dançavam, em maior parte por suas roupas. Os homens podiam usar malhas e assim ficar mais livres para executar todo tipo de movimento como saltos e bateria. Já as mulheres tinham que usar aqueles vestidos tipo 'bolo de noiva', com muitas saias sobrepostas e saltos enormes, além dos corseletes, que diminuíam a capacidade respiratória. Só nos séculos XVII e XVIII é que vão surgir bailarinas como Mme. Lafontaine, Mlle. Subligny e Marie Prévost, que dançavam limitadas por suas roupas. Só os homens ficavam com as partes legais. Para piorar, a sociedade achava um absurdo ver as mulheres desfilarem pelos salões reais, e elas sofriam grande preconceito.

Entretanto, por volta de 1730, quando a danse haute substituiu a danse basse, as mulheres começaram a se rebelar contra suas roupas. a danse haute pregava a dança que ocupasse o ar, com salto e giros fantásticos, enquanto a danse basse é aquela que possui mais poses e passos mais calmos. Marie Sallé soltou o cabelos e conseguiu roupas melhores para desenvolver o ballet d'action, e sua rival, Marie Ann Cupis de Camargo, baixou os saltos dos sapatos e escandalizou a todos encurtando suas saias para executar novos passos que antes só eram feitos pelos homens, como entrechat quatre e cabriole.

O século XVIII viu o desenvolvimento da bailarina e a expansão do vocabulário do ballet, que incluía mais saltos e giros. Junto com outras estrelas estavam agora Mlle. Lyonnais, famosa por suas gargoulliades, e Fräulein Heinel, que encantou a Europa com suas múltiplas pirouetas, mas ainda na meia ponta.

Taglioni: Rainha das pontas

Marie Taglioni é a culpada pela primeira dança nas pontas. Mas ninguém sabe ao certo se foi ela mesma que em 1832 dançou pela primeira vez todo o 'La Sylphide' nas pontas. É quase certo que outras bailarinas já tivessem dançado antes nas pontas, pois há referências em jornais antigos de bailarinas com 'dedos fantásticos'. Pensam até que Mme. Camargo a precedeu com um século de diferença. Mas o mérito todo foi mesmo para Taglioni, que desenvolveu a técnica e revolucionou o ballet. Ela criou a dança dos dedos, e transformou algo que antes parecia somente atração de circo em uma expressão artística e dramática através das técnicas dos pés. Sua graça, beleza, elevação e estilo ganharam grande público e favoreceram uma brilhante carreira. Na Rússia, os fãs de Taglioni a amavam tanto que cozinharam suas sapatilhas e as comeram com salsa!!!

Etapas da Aula de Ballet Clássico

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Na aula de balé, você aprende a postura (posição) correta do corpo. Para o bailarino, ela é tão importante quanto o papel e a caneta para o estudante.

Os passos de ballet são aprendidos pouco a pouco e melhoram rápido quando maior for a quantidade de aulas.

Antes de começar a aula, os alunos fazem aquecimento no chão ou na barra. O aquecimento prepara o corpo para movimentos de força e alongamento, sem que ocorram lesões.

Balé serve de terapia para tratar problemas ortopédicos

O balé clássico, apesar de ser uma arte, também é benéfico para quem não pensa em virar artista profissional. Além disso, ele ajuda na correção de problemas de saúde, como pés tortos e chatos.

O problema do pé torto é muito freqüente em crianças de até 7 anos de idade, diz o ortopedista Carlos Alba. Se verificado o problema até essa idade, e não for caso de cirurgia, o exercício do balé para a musculatura consegue sozinho um ótimo resultado, diz o médico.

Em outros casos, o paciente tem de fazer exercícios para os pés e também usar palmilha.

A professora de balé Janaína Martinelli conta que várias de suas alunas começam no balé devido a problemas nos pés. Com os exercícios da musculatura em geral e o movimento de abertura dos pés, elas acabam não só melhorando o problema, como também a postura e algumas vezes até corrigindo desvios da coluna.

Mesmo nos casos mais graves, Carlos Alba conta que o balé é um ótimo coadjuvante, para a preparação da cirurgia, por exemplo, e até para o pós-operatório, em que a criança deve se acostumar com a nova forma dos pés, e continuar mantendo o seu equilíbrio.

O ballet também serve de aliado no tratamento de problemas nos quadris, nos joelhos e até nos desvios posturais como escoliose, hiperlordose e dipercifose (todos problemas relacionados com a coluna), que podem ser detectados durante as próprias aulas.

* Barra

É na barra (segurando-a com uma das duas mãos) que o bailarino aprende os primeiros exercícios e passos. É como treinar a caligrafia em um caderno especial. Os exercícios de barra seguem um ritmo certo: primeiro são feitos os movimentos mais lentos, para aquecer os músculos e as articulações, depois os mais rápidos, para dar força e agilidade ao corpo.

* Centro

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O Centro (o meio da sala) é a principal parte da aula, pois o bailarino dança livremente. O centro exige postura, coordenação, força, agilidade, que são desenvolvidas na barra. No centro também há exercícios lentos e rápidos. Primeiro, com os pés no chão, até chegar aos saltos. É tão natural como o desenvolvimento de um bebê, do engatinhar ao subir as escadas.

As Principais Posições dos Pés

Em todas as posições, os pés ficam para fora (posição "en dehors"), o que depende de as coxas e os joelhos estarem virados. Esta abertura parte do quadril.

Primeira Posição

Com os calcanhares juntos, os pés ficam abertos um para cada lado, em linha reta. Os joelhos seguem a linha dos dedos dos pés.

Segunda Posição

Partindo da primeira posição os pés ficam afastados entre si por uma distância aproximada de um pé.

Terceira Posição

Com os pés virados para fora, o bailarino coloca um pé na frente do outro, unindo-os. O calcanhar do pé da frente fica na metade do pé de trás.

Quarta Posição

Com os pés cruzados e afastados, um pé fica na frente do outro. Imagina-se que há um pé em posição natural entre eles.

Quinta Posição

Como na terceira posição, os pés ficam unidos uma na frente do outro. O calcanhar de um pé toca os dedos do outro pé.

As Principais Posições dos Braços

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Existem outras posições de braços, que partem das posições descritas aqui. Seus nomes variam de acordo com os métodos usados hoje são de origem inglesa, russa e cubana.

- Primeira Posição

"Braços abaixados". Como se estivesse segurando uma melancia, as mãos ficam próximas uma da outra e quase tocam as pernas

- Posição Preparatória

Os braços e as mãos ficam na altura do estômago, arredondados, como se segurasse uma grande melancia. Os cotovelos ficam virados para fora.

- Segunda Posição

Os braços ficam ao lado do corpo, levemente arredondados. As mãos acompanham a linha dos braços.

- Terceira Posição

É a fusão da segunda posição com a quinta, aonde um braço fica em segunda e o outro em quinta.

- Quarta Posição

É a fusão da primeira posição com a quinta, aonde um braço fica em primeira e o outro em quinta.

- Quinta Posição

Os braços ficam arredondados, ligeiramente à frente da cabeça.

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Tipos de Ballet

ADÁGIO - Derivado do italiano – lentamente.a) qualquer dança ou combinação de passos feitos para a música lenta;b) série de exercícios efetuados durante a aula com o fito de desenvolver a graça, o equilíbrio e o senso de harmonia e beleza das linhas;c) parte dos pas de deux clássicos dançados pela bailarina e seu partner. Chamado pelos franceses de Adage. ALLEGRO - Palavra italiana derivada do latim Alecer (vivaz). a) qualquer dança ou combinação de passos feito para uma música de tempo rápido ou moderado;b) parte da aula que segue o Adágio;c) todos os passos rápidos, como saltos, bateria etc., em balé, são parte do Allegro. APLOMB - Aprumo. Dá-se o nome de Aplomb à elegância e ao controle perfeito do corpo e dos pés, conseguido pelo bailarino ao executar o movimento.

Posições e Passos

- Demi-plié (pronuncia-se "demipliê")

Pode ser feito em todas as posições de pés. Os joelhos são flexionados até o máximo que a pessoa conseguir, desde que acompanhe a linha dos pés, sem tirar os calcanhares do chão. Serve para dar impulso aos saltos e a outros passos.

- Tendu (pronuncia-se "tandi")

Uma das pernas fica esticada à frente, ao lado ou atrás do corpo. As duas permanecem viradas para fora, e os ossos dos quadris ficam sempre em linha com os ombros

- Arabesque

Uma perna esticada atrás do corpo. A outra perna, pode estar esticada ou não. Os ombros e os quadris devem estar virados para frente.

- Passé (pronuncia-se "passê")

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O pé passa pela perna que está como apoio até chegar à altura do joelho. Forma a posição de um número "quatro” no ar. As duas pernas permanecem viradas para fora.

- Attitude (pronuncia-se "atitide")

Uma das pernas fica no ar, ligeiramente dobrada, e a outra fica como apoio. As pernas devem ficar viradas para fora (a coxa da perna que está no ar fica levantada, com o joelho apontando para o lado).

- Pirueta

Pode ser feita em várias posições, como no "passé", "arabesque"e "attitude". A perna de apoio deve estar firme para que o giro saia no lugar. Os braços e a cabeça ajudam a dar o impulso.

- Sissone

É um Salto em que as duas pernas ficam abertas no ar, enquanto o corpo se desloca na direção desejada. O impulso sai do "demi-plié", e as duas pernas saem do chão ao mesmo tempo. Pode ser feito para frente ("en avant"), para trás ("en arrière") ou para o lado ("à la second").

A

- ADÁGIO: Derivado do italiano – lentamente. Significa qualquer dança ou combinação de passos feitos para música lenta; série de exercícios efetuados durante a aula com o fito de desenvolver a graça, o equilíbrio e o senso de harmonia e beleza das linhas.

- AIR, EN I': No ar. Termo adicional para especificar que o movimento a ser efetuado pela perna é no ar, isto é, fora do chão.

- Á LA SECONDE: Para a segunda posição.

- ALLONGÉ : Alongado. Usado para indicar a posição em que o corpo, no movimento que executa, alonga sua linha ao máximo em relação ao chão.

- ANGE SAUT D’: Salto de anjo.

- ARRIÈRE (EN) : Para trás. Termo indicado para movimento feito para trás.

- ASSEMBLÉ : Unido. Dá-se um salto para cima; ao cair, cai-se com as duas pernas ao mesmo tempo em 5ª posição no demi plié.

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- Á TERRE : No chão.

- ATTITUDE :Atitude. Indica a posição na qual o corpo é sustentado por uma perna, enquanto a outra está levantada atrás ou na frente, com o joelho dobrado.

- AVANT EN : Para frente. Termo indicativo do movimento feito para frente.

- ARABESQUE / Arabesco. Palavra originária do árabe significando ornamento. Posição na qual o peso do corpo é sustentado numa só perna, enquanto a outra se encontra esticada para trás, geralmente no ar e com os braços dispostos de maneira harmoniosa. Esta posição apresenta variações tais como:

1. O pé que sustenta o corpo pode estar totalmente apoiado no chão, na meia ponta, ou na ponta;

2. A perna que sustenta a pose pode estar ou não flexionada;3. A posição do corpo pode estar alongada (allongée), ou inclinada

(penchée);4. Também os braços sofrem alterações, sendo eles que determinam as

qualificações dos arabesques.

B- BALANCÉ- ou Pas de Valse - Balanceado. É um passo balanceado em ritmo de valsa. O bailarino dá um passo ao lado com uma perna, trazendo a outra para trás desta, com o joelho meio dobrado e a meia ponta no chão; em seguida, transfere o peso do corpo para a perna de trás e logo em seguida para a da frente, sem mudar a posição de ambas.

Pode ser feito também cruzando-se a perna em frente ou dando-se o passo para frente ou para trás, em vez de ao lado.

- BALLET - Balé. Derivado do italiano ballare (bailar). É um conjunto de passos de dança executados em solo ou em grupo. Balé reúne, na sua maioria, várias artes, tais como música, pintura (cenários e figurinos), arte dramática (mímica e interpretação), com a dança na sua forma clássìca ou moderna. - BASQUE, PAS DE- Passo de basco. Passo cujo nome indica sua origem. Foi introduzido no balé clássico por Maria Camargo (1 710-1770). Pode ser glissé (deslizado) ou sauté (saltado), en avant (para frente), ou en arrière (para trás). - BATTEMENT – Batida, pancada. Termo genérico designando certos exercícios e movimentos da perna e do pé, executados sob a forma de batidas. Basicamente, em balé, o termo battement significa a extensão total ou parcial da perna e do pé e seu retorno à posição inicial. - BATTU – Batido, golpeado. Este termo, ainda que relacionado a qualquer passo, mantém-se inalterado, significando apenas que o bailarino bate as pernas durante

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a sua execução. Por exemplo, um assemblé battue é um assemblé comum, porém com uma batida das pernas no ar. - BOURRÉE, PAS DE – Bourrée é o nome de uma dança folclórica das províncias de Auvergne e Berri. Sua conexão com os pas de bourrée do balé clássico é obscura, tendo sido introduzido com certa estilização, por alguns coreógrafos contemporâneos. É um passo de locomoção em geral com três movimentos das pernas, feitos em qualquer direção.

- BALLET: Balé. Derivado do italiano ballare (bailar).

- BALLON : Balão, bola. Significa a habilidade do bailarino se manter no ar durante o salto, assim como sua elasticidade, sendo esta comparada ao movimento de uma bola ao tocar ao chão e voltar ao ar.

- BRÁS BAS : Braços embaixo. É uma posição dos braços com a qual todas as outras posições se iniciam. É uma posição de descanso para os braços entre os exercícios.

- BASQUE, PAS DE : Passo de basco.

- BATTEMENT : Literalmente traduzido significa um movimento de batida.

- BATTEMENT FRAPPÉ : Frappé significa bater, golpear a almofada da planta do pé toca a superfície do chão quando a perna se estende para a posição aberta.

- BATTEMENT GLISSÉ : Glissé significa deslizar. O pé desliza com energia suficiente para erguer a ponta do pé um pouco acima do chão.

- BATTERIE :Bateria.Termo dos movimentos em que as pernas batem no ar.

- BOURRÉE, PAS DE : Bourrée é o nome de uma dança folclórica das províncias de Auvergne e Berri. Sua conexão com os pas de bourrée do balé clássico é obscura, tendo sido introduzido, com certa estilização, por alguns coreógrafos contemporâneos. É um passo de locomoção em geral com três movimentos de pernas.

- BRISÉ : Quebrado. Passo de pequena bateria. É essencialmente um pequena assemblée batido.

C- CHAT, PAS DE – Passo de gato. Passo em que o bailarino, começando de 5a posição, levanta a perna de trás num retiré, estando em demi-plié na perna de sustentação, pula lateralmente sobre a perna levantada, ao mesmo tempo em que

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levanta a outra em retiré e fecha 5a no demi-plié. O pas de chat italiano é feito com as duas pernas dobradas no ar ao mesmo tempo. - CONTRETEMPS - Contratempo. Passo composto de um coupé chassé, temps levé, chassé passé. 5a posição, direita em frente; coupé com a perna esquerda, chassé en avant com a direita, um temps levé sobre a perna direita, com a esquerda atrás em arabesque, e um chassé passé com a esquerda terminando em 4a allongée, com o peso sobre a perna esquerda em demi-plié e a direita atrás em degagé a terre. - COREÓGRAFO - Do grego Khoros (danÇa) e grapho (escrita), designa a pessoa que cria um balé; os passos e danças que, em seqüência, formam um balé. No princípio do século XVIII, este termo significava "anotador de dança"; como em geral era este quem também criava os passos do balé, a palavra passou a cobrir ambas as atividades. Quando desapareceu a arte de escrever os balés, o termo coreógrafo passou a significar apenas "criador de balé". - COREOGRAFIA - Termo usado no século XVlll para designar a arte de "anotação de danças" e que agora significa "seqüência de passos e movimentos que compõem um balé". - COTÉ, DE - Ao lado. Não é um passo; este termo, quando adicionado a qualquer passo ou exercício, significa que este deve ser executado ao lado. - CROISÉ - Cruzado. Uma das oito direções do corpo do bailarino em relação ao palco e ao espaço circundante. - CROIX, EN - Em cruz. Fazer qualquer exercício en croix significa executá-lo em frente, ao lado, atrás e de novo ao lado.

- CABRIOLE : Derivado do italiano capriola. Cabra.

- CAMBRÉ : Arqueado. É a dobra do corpo, da cintura para cima, em qualquer direção.

- CHANGEMENTES : Saltos em que se trocam os pés. Significa mudança ou troca.

- CHAINÉ – (deboulés): Encadeado. Uma séries de voltas rápidas, de um pé para o outro, na primeira posição na ponta ou na meia ponta.

- CHANGÉ : Trocado ou sem trocar. Termo para ser adicionado a qualquer passo que possa ser feito destas formas, ou seja, trocando de pernas ou não, durante sua execução. Um echappé, por exemplo, pode ser changé.

- CHASSÉ : Caçado.

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- CHEVAL, PAS DE : Passo de cavalo. Salto parecido com o jeté, porem a perna da frente sai dobrada como se fosse um cavalo ciscando o chão com uma pata.

- CISEAUX, PAS DE : Passo de tesoura.

- COTÉ, DE : Ao lado. Não é um passo; este termo, quando adicionado a qualquer passo ou exercício, significa que deve ser executado ao lado.

- COU DE PIED – SUR LE : Peito do pé. Sobre o peito do pé. Quando um dos pés se encontra sobre o tornozelo da outra perna.

- COUPÉ : Cortado. Um passo de ligação usado para transferir o peso do corpo de uma perna para a outra; basicamente consiste apenas em colocar um pé no chão, enquanto se eleva o outro.

- CROISÉ : Cruzado. Uma das oitos direções do corpo do bailarino em relação ao palco e ao espaço circundante.

D- DEBOULÉS : Rolar. Pequenos tours, em geral feitos em séries, em que o bailarino executa pequenas voltas, transferindo o peso do corpo de uma perna para a outra. O mesmo que Chainés.

- DEDANS, EN : Para dentro. Indica que: o movimento da perna é feito numa direção circular de trás para frente. Uma pirueta é executada girando para o lado da perna de sustentação.

- DEGAGÉ : Afastado. Posição em que o bailarino se encontra sobre uma perna, com a outra afastada, ponta esticada, em frente, ao lado ou atrás. É o termo que se aplica ao movimento da perna e do pé quando se deslocam de uma posição fechada para uma posição aberta.

- DEHORS, EN : Para fora. Indica que o movimento da perna é feito em direção circular da frente para trás. Uma pirueta é executada girando-se para o lado da perna que levanta do chão.

- DEMI-BRÁS : Meio braço. Posição dos braços entre a 1ª. e a 2ª. posições, com as palmas da mãos ligeiramente voltadas para cima

- DEMI : Meio, metade. Qualquer posição ou passo efetuado de maneira pequena ou pela metade.

- DERRIÈRE : Atrás. Qualquer passo, exercício ou posição executados atrás, isto é, com a perna fazendo o movimento atrás da outra ou então fechando atrás.

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- DESSOUS : Embaixo. Qualquer passo executado com a perna de ação passando atrás da outra.

- DESSUS : Em cima. Qualquer passo que quando executado, a perna que comanda a ação passa na frente da outra.

- DETOURNÉ : Desviado. O detourné é uma volta do corpo, inteira ou apenas meia, para o lado da perna de trás, em 5ª posição, na ponta ou meia ponta.

- DEUX, PAS DE :Passo de dois (ou passo a dois).Uma dança para duas pessoas.

- DEVANT : Em frente. Termo relacionado a qualquer passo ou exercício que é executado em frente, isto é, com a perna fazendo o movimento em frente da outra, ou então fechando na frente.

- DEVELOPPÉ : Desenvolvido. O bailarino inicia o movimento sur le cou de pied, subindo lentamente pela perna de sustentação até chegar ao retiré, estendendo a perna na frente, lado ou atrás.

- DIVERTISSEMENT : Divertimento. Originalmente, o echappé sauté pode ser battu, quando é executado com uma batida das pernas, tanto antes de abrir para a 2ª, quanto na volta, ao fechar a 5ª posiçaõ.

- DANSEUR NOBLE - Bailarino nobre. Nome em geral usado para designar a primeira figura masculina de um balé, o herói romântico, como o tenor numa ópera. - DANSEUR, DANSEUSE - Bailarino, bailarina. - DANSE DE CARACTERE - Dança folclórica ou a caráter. - DEBOULÉS - Rolar. Pequenos tours, em geral feitos em séries, em que o bailarino executa pequenas voltas, transferindo o peso do corpo de uma perna para outra. O mesmo que CHAINÉS. - DEDANS, EN - Para dentro. Indica que: (a) o movimento da perna é feito numa direção circular de trás para frente; (b) uma pirueta é executada girando para o lado da perna de sustentação. - DEGAGÈ- Afastado. Posição em que o bailarino se encontra sobre uma perna, com a outra afastada, ponta esticada, em frente, ao lado ou atrás. 0 degagé pode ser à terre, com a ponta tocando o chão, ou en I'air, com a perna levantada a meia ou grande altura. - DEHORS, EN - Para fora. Indica que: (a) o movimento da perna é feito em direção circular da frente para trás; (b) uma pirueta é executada girando-se para o lado da perna que levanta do chão.

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- DEMI - Meio, metade. Qualquer posição ou passo efetuado de maneira pequena ou pela metade. - DEMI POINTE - Meia ponta, ou seja, sobre a sola dos dedos dos pés. - DERRIÈRE - Atrás. Qualquer passo, exercício ou posição executados atrás, isto é, com a perna fazendo o movimento atrás da outra ou então fechando atrás. - DESSOUS - Embaixo. Qualquer passo executado com a perna de ação passando atrás da outra. - DESSUS - Em cima. Qualquer passo que quando executado, a perna que comanda a ação passa na frente da outra. - DEUX, PAS DE - Passo de dois (ou passo a dois). Uma dança para duas pessoas. Grand pas de deux, nome dado nos balés clássicos para os pas de deux feitos pela primeira bailarina e pelo primeiro bailarino, destinado a mostrar sua virtuosidade, e em geral consistindo de entrada, adágio, variação para a bailarina, variação para o bailarino, concluindo com uma Coda. - DEVANT - Em frente. Termo relacionado a qualquer passo ou exercício que é executado em frente, isto é, com a perna fazendo o movimento em frente da outra, ou então fechando na frente.

E- ECARTÉ : Separado ou afastado. Uma perna é esticada para a 2ª. posição com o corpo ligeiramente desviado da posição frontal ao público e a cabeça voltada por sobre o ombro.

- ECHAPPÉ : Escapado. Um pulo de 5ª posição, abrindo as pernas no ar para a 2ª ou 4ª posição, caindo em demi plié, e em seguida pulando de novo para fechar, de volta a posição inicial. Pode ser feito também sobre as pontas, sem o pulo, fazendo-se apenas um relevé para atingir a posição aberta.

- EFFACÉ : Apagado.

- ELANCÉ : Lançado, arremessado. Termo adicionado a movimentos executados desta forma.

- ELEVÉ ou ELEVER : Subido. Subir na meia ponta ou ponta.

- EMBOITÉ : Encaixado, interligado. É um passo de 5ª posição, na ponta ou meia ponta, em que os pés, abrindo ligeiramente ao lado, vêm fechando em frente (ou atrás), como um caminhar para frente ou para atrás, em 5ª posição.

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- EN AVANT : Para frente. Temo adicionado aos passos e exercícios executados com deslocamento do corpo para frente.

- EN ARRIÈRE : Para atrás. Termo adicionado aos passos e exercícios executados com deslocamento do corpo para trás.

- EN FACE : De frente. Uma das posições do corpo, quando o bailarino está bem de frente para o público.

- ENTRECHAT : Entrelaçar. Um salto no ar em que o bailarino no, ar, cruza as pernas uma, duas ou três vezes.

- ÉPAULEMENT : De ombro, com ombro. Uma posição em que um ombro está mais avançado do que o outro.

- ECARTÉ - Separado. Uma posição do corpo, oblíqua para o público, na qual o braço e a perna estão estendidos no mesmo plano vertical e diagonal como o resto do corpo. As outras posições do corpo são en face, croisé, ouvert (ou effacé). - ELEVATlON - Elevação. A altura dos saltos do bailarino. Termo aplicado a todos os movimentos aéreos, isto é, feitos no ar, com pequenos ou grandes saltos. - ENCHAINEMENT - Encadeamento. Qualquer combinação de vários passos numa aula é um enchainement. - EN FACE - De frente. Uma das direções do corpo, quando o bailarino está bem de frente para o público. - ENTRECHAT – Termo provavelmente originado do italiano cabriola intrecciata, ou seja, cabriola cruzada. Um salto no ar de 5a posição em que o bailarino , no ar, cruza as pernas uma, duas ou três vezes.

F

- FAILLI : Falhado. Passo em que a bailarina, saindo da 5ª posição atrás, dá um salto, abrindo ligeiramente a perna de trás, e caindo sobre a da frente, passa a de trás, pela 1ª posição, para a frente, terminando numa 4ª posição allongée.

- FERMÉ : Fechado.

- FLECHE, TEMPS DE : Tempo de flexa. Levanta-se uma perna em 4ª posição em frente, pula-se com a outra, caindo sobre a perna que estava no ar, a outra levantando em frente em 4ª posição, devant, abrindo em developpé, terminando em 5ª do posição no demi plié.

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- FLIC-FLAC : Um passo em que a perna abre em 2ª posição em degagé e fecha, num movimento seco e raspando o chão com a sola dos dedos, primeiro em frente ao cou de pied da perna de sustentação, voltando a subir degagé à 2ª posição e depois repete o mesmo movimento de "raspar" no cou de pied atrás, tornando a abrir degagé na 2ª posição (flic-flac en dedans) ou, ao contrário, primeiro atrás e depois na frente (flic-flac en dehors).

- FONDU : Fundido, desmanchado ou derretido. É o demi plié em uma perna só.

- FOUETTÉ : Chicote.

- FOUETTÉ - Do termo francês fouetté (chicote). Devido à grande diversidade dos vários passos, tanto da barra, de adágio e de allegro, denominados fouettés, é todo movimento seco (chicoteado) executado pela perna, ou pela perna e corpo, quando este faz um movimento, virando para o lado contrário da perna.

G

- GLISSADE : Escorregadela. É um passo deslizante que se mantém rente ao chão, executado em qualquer direção ( em geral um passo de ligação). Glissade Derrière. Começando com o pé direito em frente, o bailarino faz um demi plié em 5ª posição e escorrega o pé esquerdo em degagé ao lado; o peso do corpo é então transferido para cima da perna esquerda ( em demi plié) e a perna direita agora em degagé ao lado, fecha 5ª posição em frente, ainda no demi plié. Este é um glissade derrière, assim chamado por que a perna que inicia o movimento está atrás e termina atrás.

- GLISSADE DESSOUS : É o glissade em que a perna que inicia o movimento, saindo da frente para o degagé ao lado, termina atrás.

- GLISSADE DESSUS : É aquele em que a perna que inicia o movimento sai de trás em degagé ao lado e termina na frente.

- GLISSADE EN AVANT : É o glissade executado com o degagé em frente e deslocamento do corpo para frente.

- GLISSADE EN ARRIÈRE : É executado com o degagé atrás de deslocamento do corpo para trás.

- GLISSÉ : Escorregado. Termo adicional para o battement, quando é feito com a ponta do pé ligeiramente fora do chão; também usado para qualquer passo em que seja importante "escorregar" o pé pelo chão ao executar o movimento.

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- GRAN JETÉ : Jeter significa lançar. Grande salto. É um grande salto, para diante, de uma perna para a outra.

- GRAN JETÉ DERRIÈRE : É igual porém com o attitude derrière. Tanto um como o outro podem ser executados sobre o mesmo ponto (no lugar) ou com deslocamento do corpo para frente ou para trás. (RAD).

- GRAN JETÉ EN AVANT : Consiste de um gran battement devant sauté, caindo sobre a perna que fez o gran battement, enquanto a outra termina em l’air, em attitude ou arabesque. Tem que haver o máximo deslocamento do corpo para frente(por isso chamado avant), enquanto as duas pernas abrem em sua extensão máxima no ar durante o salto.

- GRAN JETÉ EN TOURNANT(ou ENTRELACÉ) : Preparação em degagé ouverte derrière ligeiramente a perna esquerda enquanto a direita faz demi plié e dar um passo para trás em diagonal, passando o peso do corpo para cima da perna esquerda; co a perna direita fazendo um gran battement devant, virando o corpo de frente para a diagonal, a esquerda em demi plié; dar um salto para cima, completando a volta com o corpo, enquanto joga a perna esquerda em battement derrière; cair sobre a direita em demi plié, deixando a esquerda em arabesque.

J

- JETÉS : Jogados. É um pequeno salto alternado numa perna en outra, sendo que a perna que está fora do chão fica em posição de cou de pied.

- JETÉS – Jogados. Passo de allegro. São diferentes tipos de saltos. Pode ser petit jeté, jeté ordinaire, grand jeté, grand jeté en avant, grand jeté en tournant, jeté passé, jetés battement, jetés elancés e, na escola russa, ainda o jeté fermé.

L

- L’AIR : No ar. Movimentos feitos no ar.

M

- MANÉGE : Picadeiro, indica a forma em que o bailarino executa os tours, quando estes são feitos ao redor do palco, como se circundasse um picadeiro imaginário.

- MARCHÉ, PAS : Passo marcado ou andado. Um passo comum, feito com o pé esticado, colocando-se primeiro no chão a meia ponta e em seguida o calcanhar.

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- MÁITRE-DE-BALLET, MAITRESSE-DU-BALLET OU CHEFE DO BALÉ - É o responsável, junto ao coreógrafo, por manter e remontar, quando necessário, a obra, respeitando sua autenticidade, qualidade técnica e artística. O maitre-de-ballet também dá aulas à companhia cuidando da unidade de trabalho e estilo que estão sob a sua responsabilidade. - MANÉGE - Picadeiro, indica a forma em que o bailarino executa os tours, quando estes são feitos ao redor do palco, como se circundasse um picadeiro imaginário. - MARCHÉ, PAS - Passo marchado ou andado. Um passo comum, feito com o pé esticado, colocando-se primeiro no chão a meia ponta e em seguida o calcanhar.

P

- PAS : Passo. Um único movimento de perna, quando no ato de andar ou dançar.

- PAS DE BASQUE : Passo de basco. Veja em Basque, pas de.

- PAS DE BOURRÈE : Veja em BOURRÈE, PAS DE.

- PAS DE CHAT : Passo de galo. Veja em CHAT, PAS DE.

- PAS DE CHEVAL : Passo de cavalo. Veja em CHEVAL, PAS DE.

- PAS DE DEUX : Ver DEUX, PAS DE.

- PASSÉ : Passado. Termo relacionado a certos passos, quando estes são feitos "passando" de trás para frente ou vice –versa.

- PIROUETTE : Pirueta.

- PLIÉ : Dobrado. Flexão dos joelhos.

- POR DE BRAS : Movimento de braços.

- PROMENADE : Passeio, uma volta lenta dada sobre um pé (toda a planta no chão ou na ponta, neste último caso com a ajuda de um bailarino)

- PAS - Passo. Um único movimento de perna, quando no ato de andar ou dançar. - PIROUETTE – Pirueta. Uma volta inteira do corpo executada sobre uma perna (na ponta ou meia ponta), enquanto a outra está dobrada, com o pé em frente ao joelho da perna de sustentação. Quando a volta é feita para o lado da perna que

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levanta, a pirueta é en dehors; quando a volta é para o lado da perna de sustentação, a pirueta é en dedans. - PLIÉ - Dobrado. Flexão dos joelhos. Um exercício que compõe quase todos os outros da barra. - PORT DE BRAS - Movimento dos braços. - PROFESSOR (A) - É aquele que ensina em diferentes níveis aos alunos a técnica da dança, desde seus princípios básicos até o nível profissional, dependendo de sua capacidade. - PROMENADE - Passeio, uma volta lenta dada sobre um pé (toda a planta no chão ou na ponta, neste último caso com a ajuda de um bailarino), enquanto a outra perna está numa dada posição (arabesque, por exemplo). Devem-se tomar como eixo os dedos do pé, enquanto o calcanhar vai executando uma volta completa em torno dele (o eixo).

Q- QUATRE, PAS DE - Passo de quatro. Uma dança para quatro pessoas. Numa coreografia pode haver solos até para dez pessoas, homens e mulheres. Depois desta quantidade já é considerado Corpo de Baile.

R- RELEVÉ : Elevado. Subida do corpo para a meia ponta ou ponta de uma ou das duas pernas. O relevé difere da simples subida por ser antecedido de um demi plié e Ter de ser executado com um ligeiro impulso para cima, havendo também deslocamento da sola dos dedos para onde se encontrava o arco do pé.

- RETIRÉ : Retirado ou retraído.

- REVERENCE : Reverência.

- RONDS DE JAMBE : Roda da perna. Movimento circular da perna. É executado em um movimento rotativo a partir da bacia, porém sem o deslocamento desta, a perna deve estar livre de peso.

- REPETITÉUR (ENSAIADOR): É o assistente do maitre-de-ballet, ensaia as diversas partes da obra, variações, solos, grupos, corpo de balé e é também professor categorizado.

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S

- SAUTÉ : Saltado. Termo adicional usado para alguns passos que podem ser feitos também pulados.

- SECONDE, À LA : Para a 2ªposição.

- SISSONE : Passo em que as duas pernas saem do chão ao mesmo tempo, caindo sobre uma só, fechando a outra depois.

- SOUTENU : Sustentado.

T

- TEMPS DE FLÈCHE: Tempo de flecha. Veja FLECHÈ, TEMPS DE.

- TENDU : Tenso ou esticado.

- TERRE, A : No chão. Passos executados no chão.

- TOMBÉ : Caído. Quando uma perna se encontra em extensão (na frente ao lado ou atrás) e a bailarina transfere o corpo para cima desta, como uma caída, no demi plié. A perna que estava em extensão deve tocar o chão na extensão máxima que possa ser alcançada, isto é, longe, como se estivesse transpondo um obstáculo.

- TOUR EN L'AIR : Giro no ar. Salto em que há um ou mais giros no ar antes da descida. Em geral passo para o bailarino homem.

- TOUR - Volta. O mesmo que pirueta. Em geral as grandes piruetas são mais comumente chamadas tours. Exemplo, pirueta en attitude ou tour en attitude. Também as que são feitas em séries, como o tour piqué. - TOUR EN L'AIR - Volta no ar. Em geral, passo para o bailarino homem. Saindo de 5ª posição (ou qualquer outra, em geral 2a ou 5a) no demi-plié, o bailarino dá um salto para cima com as pernas bem juntas ao mesmo tempo em que vira uma ou mais voltas no ar com o corpo. - TOURNANT, EN - Virando. Adicional aos passos que podem ser feitos com uma volta do corpo. Como, por exemplo, o assemblé soutenu, que pode ser simples (sem a volta) ou en tournant.

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- TROIS, PAS DE - Passo de três pessoas. Variação de dança feita por três bailarinos, em geral duas moças e um rapaz.

V - VALSE, PAS DE - Passo de valsa. O mesmo que balancé.

Conselhos e Diciplina:

• Sempre prenda o cabelo para suas aulas de ballet e ensaios. O cabelo solto ou em rabo-de-cavalo atrapalha o desempenho. É aconselhável fazer um coque.

• A partir do momento que você entra em sua sala de aula você, deve se esquecer de tudo e se entregar de corpo e alma ao ballet. Deixe o relógio em casa. Ficar olhando para o relógio toda hora é desconfortante e passa a impressão de que você não está com vontade de fazer.

• O vestuário básico de uma bailarina inclui as sapatilhas, a meia e a malha (collant/leotard). É falta de respeito ir sem um deles para o ballet, sem falar que a meia-calça deve ser clara (tons de rosa, branco, creme ou salmon), para não contrastar com a sapatilha (que também deve ser clara).

• Procure não se atrasar para chegar à aula. Além de ser mal-educado, você pode perder alguns exercícios de alongamento, que podem lhe prejudicar. Se na hora que você chegar a professora já estiver passando um exercício, espere pelo próximo. Assim você se alonga um pouco e não faz um exercício mal feito que você não decorou direito.

• Não se esqueça que você está indo para um ambiente de trabalho, portanto além de ficar ouvindo (e muito) você deve ficar quieta para não desconcentrar as demais. É legal comentar algumas coisas de vez em quando, que torna a aula mais descontraída e mais divertida, mas somente quando há um espaço e todos estão lhe ouvindo. • Antes de sair de casa, lave bem os lugares que você sua mais passe desodorante nas axilas (que devem estar bem depiladas). Não há nada mas desagradável que uma colega fedendo na sua frente na barra ou um professor ir lhe corrigir e você estar com aquele cheirinho ruim ou com um matinho embaixo das axilas.

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• Fique bem atenta às correções da professora, mesmo que não seja com você. Além de ser interessante ficar por dentro de tudo, você pode acabar percebendo que está cometendo o mesmo erro da pessoa.

• Sempre, sempre procure ir além do que você foi na aula passada. Não se conforme com o que já conseguiu, queira sempre, sempre mais. Se não consegue, o esforço basta. Em algum tempo você verá que progrediu naquilo que você se empenhou.

• Ao dançar, se ache linda! Coloque postura, cabeça (mesmo que você fique parecendo aquelas chatinhas) e braços, e se sinta em um solo. Esta é uma das partes mais maravilhosas do ballet. A parte em que você se realiza! Sorria nas valsas e nos allegros, mostrando o quanto você gosta de estar lá fazendo aula!

O UNIFORME

• Para a boa execução dos movimentos durante a aula ou os ensaios, é necessário vestir-se adequadamente. Para as aulas de clássico, um collant, meia-calça, sapatilha de ponta ou meia-ponta são suficientes. Pode-se colocar uma saia ou short por cima do collant, desde que não atrapalhe a visão da sua postura pelo professor, para que ele possa corrigi-la. • Nas aulas de jazz, trocamos as sapatilhas por sapatelhos, e não se costuma usar saias. Se estivermos num clima frio, podemos usar meiões de lã, shorts ou calças justas, para manter o corpo aquecido. Existem casaquinhos feitos especialmente para as aulas, que não incomodam e não atrapalham as correções dos professores.

O COQUE

O cabelo bem preso é essencial para o bom desenvolvimento dos exercícios durante aulas e ensaios. A bailarina deve estar concentrada na dança, nos exercícios, no seu corpo, e não preocupada em arrumar o cabelo ou tirar a franja do olho. Para isso, precisamos de gominha, grampos, uma redinha e gel, no caso das apresentações. Seguem, abaixo, dicas de como fazer um coque.

• Faça um rabo de cavalo bem puxado. Ele pode ser: baixo (três dedos acima da nuca); médio (na reta da orelha); alto (três dedos acima da reta da orelha). • Se você tem cabelo muito cheio, divida o rabo em dois. • Torça as duas partes do cabelo ou o cabelo todo, e vá enrolando o cabelo torcido em volta da gominha do rabo de cavalo. Depois de enrolar a primeira

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parte de cabelo torcido, prenda-a com grampos e enrole a segunda por fora da primeira, de modo que o coque fique "espalhado" na cabeça. • Coloque a redinha (aquela telinha que cobre o coque), e prenda-a com grampos nos cantos do coque, e não no meio dele, para que os grampos não apareçam. • Prenda a franja com um tic-tac (prendedor de cabelo) ou uma faixa. • Em dias de apresentações, faça o rabo de cavalo com gel, para que o cabelo não solte "pedacinhos" ou arrepie os fios. • Para que o coque fique mais firme, caso seu cabelo seja comprido, você pode fazer tranças ao invés de enrolar as partes do cabelo.

AS SAPATILHAS DE PONTA

• O momento da compra das sapatilhas de ponta é muito importante, pois seu desempenho com elas depende da escolha correta. Existem vários tipos de sapatilhas para os mais diversos formatos de pés, escolha o mais adequado para você. • Como escolher sua sapatilha:

1. Para iniciantes, o ideal são as pontas mais macias, flexíveis, que vão se amoldar facilmente nos pés e não machucam. 2. As meninas com pés fortes (musculatura forte) devem escolher pontas resistentes, para durar mais e evitar que se torça o tornozelo com a sapatilha mole demais. 3. Cuidado com as sapatilhas importadas, elas costumam ser mais caras e nem sempre são as mais adequadas para o seu tipo de pé!! 4. Sapatilha de ponta apertada demais dá bolha no calcanhar, e grande demais dificulta o trabalho dos pés além de tirar a estabilidade da bailarina. 5. Para ver se a sua sapatilha está do tamanho certo, tente mexer os dedos. Se tiver muito espaço, ela está larga ou grande. Depois, com o pé no chão, veja se a lona está esticada no calcanhar, se não estiver, também está grande. Suba na ponta e confira se a lona no calcanhar está sobrando um pouquinho: caso não esteja, cuidado! A ponta está apertada, vai machucar e rasgar rapidinho. 6. Para quem tem pés largos, cuidado na escolha de sua ponta. As sapatilhas costumam ser muito finas, e além de machucarem, atrapalham o trabalho dos dedos. Existem sapatilhas especiais para os pés largos.

• Como amarrar a sapatilha:

1. Primeiro, costure as duas pontas do elástico acima da costura do calcanhar, de modo que o elástico dê uma "voltinha". 2. Costure uma fita (aproximadamente 45 cm) de cada lado da sapatilha. Para saber o lugar exato, dobre o calcanhar da sapatilha em

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direção da sola. O lugar onde a lona está dobrada é onde a fita deve ser costurada. 3. Ao calçar a sapatilha, o elástico já entra em volta do tornozelo. Cruze as fitas na frente da perna primeiro, depois atrás, na frente de novo, e amarre atrás, com dois nós (não tem laço). Certifique-se que ele não vai soltar, e coloque as pontinhas da fita para dentro da parte amarrada. 4. Não suba a fita pela perna ao enrolá-la. Ela deve ficar bem embaixo, amarrada junto ao tornozelo.

A MAQUIAGEM DE PALCO

• A distância entre a platéia e o palco geralmente prejudica a visão de nossas expressões faciais. Numa apresentação de dança, a expressão é importantíssima, como forma de "passar" qualquer sentimento ao espectador. A maquiagem de palco existe para isso e também para outros casos, quando pode chegar até a fazer parte do figurino (vestimentas). Por isso, damos aqui algumas dicas de como fazer uma maquiagem básica, mas que dará um excelente resultado;

• É importante, além de aprender, utilizar material de qualidade. A intenção da maquiagem de palco é abrir os olhos e realçar a expressão. Por isso, para cada tipo de olho (puxado, amendoado, redondo, caído) existe uma maquiagem ideal. Procure saber a forma mais adequada de fazer a sua maquiagem. E lembre-se que a prática irá aperfeiçoar sua maquiagem!

1. Espalhe pancake ou base (do tom da sua pele) por todo o rosto. Cuidado para o pescoço e o colo não ficarem com a cor diferente.

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2. Contorne os olhos pelo lado de fora da pálpebra com um lápis ou delineador preto. O traço de cima nunca se encontra com o de baixo, e nos cantos de fora dos olhos alongue os dois traços paralelamente. 3. Passe a sombra colorida logo acima da pálpebra, passando o pincel de dentro para fora (no sentido do nariz para as orelhas). O colorido da sombra não deve ficar apenas acima dos olhos, mas deve alongar-se um pouquinho para os cantos de fora. (Ver desenho) 4. Entre as sobrancelhas e a sombra colorida, passe uma camada de sombra branca, espalhando no mesmo sentido. Todas as formas de se alongar os cílios são válidas (curvex, cílios postiços, etc.) O rímel é obrigatório! 5. O blush deve ser passado na diagonal boca-alto da orelha. Para isso, faça bico com a boca como quem vai dar um beijo, e onde a bochecha ficar funda passe o blush. Sempre de dentro para fora. 6. Se a sua sobrancelha for muito rala ou curta, aumente-a com um lápis preto ou marrom. Lembre-se que a sobrancelha no palco deve ser realmente longa, estendendo-se além dos olhos. Nunca alongue a sobrancelha para baixo, pois você fica com cara de choro! 7. O batom também é imprescindível. Tons escuros como marrom, vinho ou roxo podem deixar a boca preta no palco, quando a luz azul é refletida. 8. Um traço de lápis branco na parte de dentro da pálpebra inferior valoriza e abre o olhar.

MANUAIS DE COMPORTAMENTO PARADENTRO E FORA DOS PALCOS

• Uma apresentação de dança é um evento que despende muito esforço dos bailarinos e muito trabalho por parte dos organizadores. Na maioria das vezes, é a única chance de se mostrar o trabalho que foi feito durante no mínimo dois ou três meses, e por isso, quando imprevistos acontecem são motivo de grande frustração e tristeza. Para evitar esses imprevistos, fizemos esse manual de etiqueta, que pretende ajudar aos bailarinos e espectadores a saber como se portar da melhor maneira, aproveitando o espetáculo e cooperando para que tudo corra bem.

Para os espectadores:

• Flashes de máquinas de retrato desconcentram e cegam os bailarinos durante as danças. Antes de tirar fotos, certifique-se de que é permitido e evite usar o flash.

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• Movimentos na platéia durante a apresentação da dança também desconcentram o bailarino. Por isso, se você tem que ir embora mais cedo ou chegou após o horário de início, entre ou saia do teatro no intervalo entre as danças, e não no meio delas. Além de poder desconcentrar quem está dançando, você também atrapalha quem está assistindo. • Evite conversar durante as danças. • O telefone celular serve para facilitar a vida das pessoas, e não deve ser usado em ambientes como cinemas e teatros. Se você precisa receber alguma ligação urgente, deixe o celular no vibracall ou no "um bip", e saia do recinto no intervalo da dança para atender a ligação. • No final de toda dança, existe a reverance, que é um movimento que os bailarinos fazem sem música. Nesse momento, eles estão agradecendo sua presença, portanto é educado não se levantar e ir saindo como se tudo já tivesse acabado. • Aplausos são uma ótima maneira de agradar quem dança. Mesmo que você não tenha gostado da dança, lembre-se que as pessoas se esforçaram muito para chegar lá no palco, e podem se sentir motivadas a melhorar cada vez mais. • Caso algo de ruim tenha acontecido durante a apresentação, seja muito cuidadoso se for comentar logo depois. Provavelmente os bailarinos vão estar tristes e frustrados por isso, mesmo que não aparentem. Críticas construtivas, por sua vez, são muito bem vindas depois que os "traumas" já tiverem passado.

Para os bailarinos:

• Lembre-se que, enquanto você não está dançando, outras pessoas podem estar. Por isso, evite fazer barulho, ficar na passagem dos bailarinos em volta do palco ou mesmo, no caso de um teatro, ficar abrindo e fechando as portas dos camarins, de modo que a luz desses reflita no palco. • Antes de arrumar a sua bolsa, faça uma lista do que você vai precisar, os acessórios para cada dança, desodorante, a própria fantasia, sapatilhas, ponteiras, etc. Assim, você corre menos risco de esquecer algo importante. • Sempre tenha em sua bolsa: linha, agulha e tesoura; meia calça de reserva; maquiagem para retocar; gel, escova e mais grampos, no caso de seu coque (ou qualquer outro penteado) soltar antes de entrar no palco. Não deixe para pedir nada emprestado na hora de dançar. Uma vez ou outra não tem problema, mas uma pessoa que só usa as coisas emprestadas pode se tornar desagradável. • Nunca se esqueça de conferir sua roupa, sapatilha e cabelo antes de entrar no palco. Um cabelo solto, sapatilha desamarrada ou uma bailarina arrumando a roupa toda hora fazem com que as pessoas passem a prestar atenção no que está errado, em vez de apreciarem a dança. Se sua dança tem adereços, fique atento para que eles não caiam no palco, pois além de desviarem a atenção, podem provocar a queda de um bailarino, o que seria ainda pior.

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• Uma boa bailarina nunca dança com brincos, anéis, colares e esmaltes escuros, a não ser que esses acessórios façam parte da fantasia. • Chegue ao local da apresentação com antecedência, para conferir se está tudo OK, para se aquecer antes da dança e para ajudar nos últimos preparativos. Mesmo se a sua dança for uma das últimas do espetáculo, um atraso pode deixar suas colegas ansiosas, além disso, uma pessoa entrando no teatro no meio da apresentação também desvia as atenções. Pense em si mesmo: e se acontecem imprevistos na ida para o teatro? Se um pneu fura? Um congestionamento? É melhor prevenir do que remediar. • A reverance é o momento no qual o bailarino agradece os aplausos e a

presença do público. Por isso, não fale durante ela e nem saia gritando do palco. Além de soar mal, atrapalha os bailarinos que estão se preparando para dançar depois de você.

Importantes repertórios

Giselle

Giselle, dançado ao som de músicas familiares pelo balé francês e compositor de ópera Adolphe Adam, é balé da Era Romântica primeiro dançado em Paris in 1840. É um dos poucos balés dessa tradição que ainda apresentado nos palcos, dançado em tutu romantico (saias de bailarina na altura da panturilha). No primeiro ato, a aldeã Giselle está apaixonada por Albrecht, um nobre disfarçado de camponês. Quando Giselle descobre a fraude, ela fica inconsolável e morre. No segundo ato, o amor eterno de Giselle por Albrecht, que vem a noite visitar seu túmulo, o salva de ter seu espírito vital tomado pelos willis espectrais, os fantasmas vampíricos de garotas noivas que morreram antes do dia do seu casamento, e sua rainha. Sempre que um homem se aproxima, elas obrigam-no a dançar até a morte. Giselle dança no lugar de Albrecht e, dessa forma, impede que ele chegue à exaustão, quebrando o encanto das willis. No final, ela o perdoa.

O poeta romântico Théophile Gautier é o autor do roteiro desse balé.A versão que vemos hoje não é muito semelhante à original, onde a mais famosa dançarina da época, Fanny Essler tinha cena louca lírica no final do primeiro ato. A morte de Giselle no primeiro ato foi adaptado por um ataque do coração, pois em sua primeira apresentação, Giselle se suicidava com uma espada. Essa primeira versão causou choque na época, por essa razão foi feita a mudança. Giselle saiu do repertório europeu até que foi revivido por Sergei Diaghilev in 1910, uma surpreente mudança de ritmo para o balé russo de vanguarda. O papel de Giselle é um dos mais procurados no balé, já que exige tanto perfeição técnica quanto excelente graça e lirismo. Várias das mais habilidosas dançarinas representaram esse papel incluindo Ana Botafogo, Cecília Kerche, Carlotta Grisi (para quem Théophile Gautier criou o papel), Anna Pavlova, Tamara Karsavina, Cynthia Gregory, Galina Ulanova, Alicia Markova, Beryl Goldwyn, Antoinette Sibley, Margot Fonteyn e Natalia Markarova.

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Paquita

Paquita. Esse ballet em dois atos, conta a história de Paquita, criada por ciganos, que salva a vida do filho de um general francês, Lucien. Sua estréia foi em 1 de Abril de 1846, na Academia Real de Música de Paris, com libreto de Joseph Mazilier e Pierre Foucher e coreografia de Joseph Mazilier, com música de Edouard Marie Ernest Deldevez. No ano seguinte, Petipa o produziu como seu trabalho de estréia para o Ballet Imperial e, em 1881, pediu a Minkus, que adicionasse música para um Pas de Trois (coda), que foi levado para Ato I e uma mazurka para crianças e um Grand Pas, ambos a serem acrescentados ao final do ballet, daí o porquê de muitas músicas lembrarem Don Quixote. É por essas peças que o ballet é, mas conhecido. Com Carlotta Grisi no papel – titulo e Lucien Petipa como Lucien. Foi fruto dos gostos exóticos do ballet romântico que prezavam tons de outras culturas. A história se passa na Espanha, durante o período em que o país enfrentava a invasão napoleônica e conta a história de Paquita, uma moça que foi raptada na infância por ciganos, que mataram seus pais e a criaram. Ela conhece Lucien d’Hervilly, filho de um general francês, que logo se apaixona por ela. Lucien, porém, está comprometido com Serafina, filha de um governador espanhol, D. Lopez de Mendonza. Um compromisso feito por razões políticas e que não empolga a nenhum dos dois envolvidos e enfurece Mendonza, que não deseja ver sua filha casada com um francês. No começo, Paquita não aceita as investidas de Lucien, por ser de um nível social inferior ao do rapaz. O casal também tem que lidar com Inigo, um cigano apaixonado por Paquita e que trama com governador para matar Lucien. O nobre é levado à casa de Inigo para ser assassinado, mas Paquita o alerta, frustrando os planos do cigano. O clímax surge quando os apaixonados descobrem que Paquita é nobre, prima de Lucien e os dois podem se casar. A coreografia por Mazilier foi criada para explorar as grandes habilidades de Carlotta Grisi, que já havia encantado platéias com sua Giselle cinco anos antes da estréia de Paquita. De Giselle também veio o intérprete de Lucien, o bailarino Lucien Petipa, que havia sido o Albretch de Carlotta. O divertissimant final acrescentado por Petipa é uma mostra do mais puro classicismo, com brilhantes passagens de virtuosismo. Como o ballet logo desapareceu dos palcos de Paris na segunda metade do século XIX, mas na Rússia continuou a ser encenado até os anos XX, a coreografia de Mazilier se perdeu e o ballet passou a ser conhecido pelo Grand Pas de Petipa. Na Rússia o então diretor do Kirov, Oleg Vinagrodov, transformou o Pas de Trois e o Grand Pas em um divertissimant, em 1978. Antes disso, o ballet havia recebido versões de Danilova, Balanchine e Nureyev. Sua versão, no entanto, utiliza a história de uma maneira ligeira, como um mero pretexto para as danças. Inclusive variações virtuosas para homens, que no original eram feitas por mulheres en travesti. Em 2001, Pierre Lacotte recriou o ballet em sua pantomima original. Essa versão utiliza bastante mímica para contar a história e resgata, se não a coreografia de Mazilier, o estilo de dançar do século XIX. Além de contar com um figurino bastante fiel ao ambiente e época que retrata. Essa versão foi feita para o ballet da Ópera de Paris.

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Ato I, cena I: O grupo de um nobre, Lucien, para em um acampamento cigano para descansar. Lá, ele conhece Paquita e logo se apaixona por ela. A moça, no entanto é alvo das atenções de Inigo, o chefe dos ciganos e começa a tramar contra a vida do rapaz e o convida para jantar. Lucien, por sua vez, já está comprometido.

Ato I, cena II: Mostra a casa de Inigo e Paquita. Inigo e o governador conspiram para matar Lucien. O plano consiste em drogar Lucien durante um jantar para poder esfaqueá-lo. No entanto, Paquita ouve a conversa e avisa a Lucien e os dois fogem da casa. Essa cena é feita de mímica na maior parte.

Ato II: Enquanto acontecem os preparativos para o casamento entre Lucien e Serafina, ele chega com Paquita e pede que ela se case com ele. Ela não quer aceitar por ser cigana, mas ela percebe um retrato igual ao que ela leva em um camafeu, descobrindo que além de nobre, é prima de Lucien. Dessa forma, eles podem casar. É nesse ato que podemos ver o famoso Grand Pas Classique.

Coppélia

Coppélia é um ballet cómico-sentimental com coreografia original de Arthur Saint-Léon, com libretto de Saint-Léon e Charles Nuitter, e música de Léo Delibes. Baseia-se numa história macabra de E.T.A. Hoffmann intitulada "Der Sandmann" publicada em 1815. O ballet estreou a 25 de Maio de 1870 na Ópera de Paris, com Giuseppina Bozzachi no papel principal. Um primeiro momento de sucesso foi interrompido pela Guerra franco-prussiana e pelo cerco de Paris, tornando-se, posteriormente, o ballet mais representado na Opera Garnier.

As personagens principais são: o Doutor Coppelius, Swanilda e Franz. A acção decorre na aldeia de Cracóvia, na Polónia.

Ato ISwanilda, a jovem mais bonita da aldeia, está noiva de Franz.Certo dia ele fica encantado por uma moça que todas as tardes dedica-se à

leitura na janela da casa do Doutor Coppelius, um velho que fabrica brinquedos e com uma reputação de bruxo. Ele faz de tudo para chamar a atenção dela: a chama para descer, convida-a para dançar, manda beijos, mas não obtém reação. Swanilda os flagra e promete vingar-se. Ela acaba por interrogar Franz sobre o acontecido, durante uma discussão.

Muda a cena. Na praça, os camponeses estão a dançar a mazurca enquanto Swanilda e Franz fazem um encontro forçado pelos amigos. Swanilda diz não ouvir o barulho de seu trigo, mas ele insiste que ouve, o que significaria a harmonização do amor entre o casal.

Os jovens e Franz decidem fazer uma brincadeira com doutor Coppelius, na qual sua chave fica caída no chão e Swanilda e suas amigas pegam-na e entram na casa do Doutor coppelius.

Ato IIInterior da casa do dr. Coppelius.

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Swanilda descobre que Coppelia, a tal moça dedicada à leitura, na realidade é uma boneca. Nesse momento, o dr. Coppelius entra e flagra as moças, que fogem, mas Swanilda permanece escondida na varanda de Coppelia e resolve vestir sua roupa e fingir ser a boneca. Vários bonecos e bonecas dançam: escocesas, espanholas, arlequins etc.

Doutor Coppelius, intencionando insuflar vida a Coppelia e não percebendo ser Swanilda, começa a realizar mágicas. Pensa ter conseguido quando Swanilda dança, mas ao teimar com o velho e mexer nos bonecos, é mandada de volta para a varanda.

Franz invade a casa atrás de Coppelia e Swanilda e eles se encontram. Tanto Franz quanto doutor Coppelius descobrem a verdade.

Ato III

Na aldeia, celebra-se o casamento de Swanilda e Franz. Após a noiva jogar o buquê, o Dr. Coppelius aparece se queixando da destruição de seus bonecos. Os noivos lhe dão então o dote de Swanilda como indenização. Ele vai embora satisfeito. Os noivos e depois todos os convidados dançam, finalizando a peça.

O Lago dos Cisnes

O Lago dos Cisnes (em russo: Лебединое Озеро, Lebedinoye Ozero) é um balé dramático em quatro atos do compositor russo Tchaikovsky e com o libreto de Vladimir Begitchev e Vasily Geltzer. Sua estréia ocorreu no Teatro Bolshoi em Moscou no dia 20 de fevereiro de 1877, mas a sua estréia foi um fracasso não por causa da música, e sim, pela má interpretação da orquestra e dos bailarinos, assim como a coreografia e a cenografia. O balé foi encomendado pelo Teatro Bolshoi em 1876 e o compositor começou a escrevê-lo logo em seguida. O balé estreiou no ano seguinte.

Personagens

• Principe Siegfried• Odette• A Rainha• Mago Rothbart• Feiticeira Odile• Cisnes Brancos• Convidados• Pierina Legnani como Odette, (Teatro Mariinsky, 1895).

Ato INo castelo realiza-se com toda a pompa o aniversário do príncipe Siegfried.

A rainha oferece ao filho como presente um arco e flechas e pede-lhe que, no dia seguinte, escolha uma esposa entre as convidadas da festa. Quando os

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convidados saem do castelo, um grupo de cisnes brancos passa perto do local. Enfeitiçado pela beleza das aves, o príncipe decide caçá-las.

Ato IIO lago do bosque e as suas margens pertencem ao reino do mago

Rothbart, que domina a princesa Odette e todo o seu séquito sob a forma de uma ave de rapina. Rothbart transformou Odette e as suas donzelas em cisnes, e só à noite lhes permite recuperarem a aparência humana. A princesa só poderá ser libertada por um homem que a ame apenas ela. Siegfried louco de paixão pela princesa das cisnes, jura que será ele a quebrar o feitiço do mago.

Ato IIINa corte da Rainha aparece um nobre cavalheiro e sua filha. O principe

julga reconhecer que a filha do nobre cavalheiro Odile é a sua amada Odette, mas na realidade por baixo das figuras do nobre cavalheiro e a sua filha escondem-se o mago Rothbart e a feiticeira Odile. A dança com o cisne negro decide a sorte do principe e da sua amada Odette: enfeitiçado por Odile, Siegfried proclama que escolheu Odile como sua bela futura esposa, quebrando assim o juramento feito a Odette.

Ato IVOs cisnes brancos tentam em vão consolar a sua princesa. Mas Odette

destroçada pela decisão do príncipe, aceita a sua má sorte. Nesse momento surge o príncipe Siegfried que explica a donzela como o mago Rothbart e a feiticeira Odile o enganaram. Odette perdoa o príncipe e os dois renovam os votos de amor um pelo o outro. O mago Rothbart, impotente contra esse amor, decide se vingar dos dois e então inunda as margens do lago, Odette e as suas donzelas logo se transformam em cisnes novamente e o príncipe Siegfried tomado pelo desespero se afoga nas profundas e turbulentas águas do lago dos cisnesGravações RecomendadasPríncipe Siegfried (Rudolf Nureyev)Odette e Odile (Margot Fonteyn)Bailarinos do Staatsoper de VienaOrquestra Sinfônica de Viena, maestro: John Lanchbery

Romeu e Julieta

Não existe exatamente um libreto de Romeu e Julieta. Todas as montagens da dança são baseadas na peça de Shakespeare.

Prokofiev, Lavrovsky e Radlov sintetizaram e organizaram a história, de tal forma que ela pudesse ser contada em temas musicais e coreografada com nitidez.

Ao invés da divisão em prólogo, cinco atos e 23 cenas, como é originalmente descrita por William Shakespeare a história de um amor impossível entre dois adolescentes de Verona, os roteiristas agruparam a peça em prólogo, epílogo e três atos, cada qual com três cenas.

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Mas, na essência, a história é exatamente a mesma, destacando-se Romeu, Julieta, Mercúcio (amigo de Romeu), Teobaldo (primo de Julieta), Benvólio (amigo de Romeu), Páris (noivo escolhido para Julieta), a ama de Julieta, Lady Capuletto, Frei Lourenço (um monge franciscano) e mais um coro ou corpo de baile de aproximadamente quarenta pessoas.

A história trata de uma antiga inimizade entre duas importantes famílias de Verona: os Montecchio (Casa a que pertence o jovem Romeu) e os Capuletto (família de Julieta). Romeu, Mercúcio e Benvólio são três rapazes entre catorze e dezessete anos, que costumam armar brincadeiras na praça da cidade, onde a história e o balé começam. Teobaldo e seus amigos, também jovens na mesma faixa etária, freqüentam a praça. Os dois grupos costumam acirrar a rivalidade já existente entre as duas famíliase trocar ameaças públicas recíprocas na praça, normalmente acompanhadas de ferrenhas brigas. Numa dessas vezes, o episódio é presenciado pelo príncipe - uma espécie de governador da cidade - que adverte os jovens severamente e pede que a antiga rixa tenha fim.

Na casa dos Capuletto, é um dia de festa. A menina Julieta, aos doze anos, será apresentada pela primeira vez à sociedade. Mercúcio incentiva os amigos, especialmente Romeu, a penetrar no baile, com máscaras. Romeu acha a idéia engraçada e entra na festa. O rapaz dança com Julieta e se apaixona por ela. Julieta, por sua vez, descobre que Romeu é o homem que amará por toda a vida.Teobaldo desconfia do desconhecido que dança com a prima e que tem com ela atitudes amorosas. Descobre que é Romeu e o expulsa da festa. Lord Capuletto, pai de Julieta e tio de Teobaldo, com medo da punição do príncipe, desculpa-se e permite que Romeu e seus companheiros permaneçam na festa.O primeiro baile de Julieta já acabou há bastante tempo, mas a mocinha não consegue dormir, pensando em Romeu. Vai então para a varanda e, debruçada no balcão, confidencia o seu amor à lua e às estrelas. Nesse momento, Romeu, que estava nos jardins espreitando a amada, aparece para Julieta e jura seu amor, que independe da inimizade existente entre as duas famílias.

É dia. Na praça, Romeu espera a ama de Julieta, que lhe traz uma carta da moça. Julieta escreve a Romeu anunciando-lhe que aceita ser sua mulher e que se casará com ele, à custa de qualquer sacrifício.

Com o auxílio da ama, os jovens procuram Frei Lourenço, um monge e amigo comum, e pedem-lhe as bênçãos do casamento. O velho franciscano tenta mostrar aos jovens que isso é uma desobediência às famílias, mas acaba consentindo em realizar o casamento, dobrado ante o grande amor entre Romeu e Julieta e na esperança de que esse amor acabe unindo as famílias inimigas.Enquanto Julieta, após o casamento, volta para casa com a ama, Romeu vai para a praça, onde encontra os amigos. Chega também Teobaldo e outra vez as ameaças e rivalidades acirram ânimos. Mercúcio parte para o duelo de espadas com Teobaldo, Romeu tenta interferir para acalmar os dois, mas, neste momento, Mercúcio se descuida e é ferido mortalmente. Como um louco, Romeu parte para a luta com Teobaldo e o mata.

Pelo crime, Romeu é condenado pelo príncipe ao desterro, e o prazo para abandonar Verona e seguir para Mântua é até o próximo amanhecer.Julieta fica desesperada com a morte do primo, mas ao saber de toda a história, perdoa Romeu e reitera-lhe as juras de amor. Com pena dos jovens, a ama

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alcovita a entrada de Romeu nos aposentos de Julieta, para que o casal possa ter uma noite de núpcias antes da partida do rapaz. A manhã está chegando, Romeu tem de partir. Em vão, Julieta tenta prolongar a noite e pensar que a aurora ainda está distante. Passos da ama trazem a jovem de volta à realidade. Romeu foge pela escada e Julieta finge que está despertando.

A ama anuncia a chegada da mãe da jovem aos aposentos. Lady Capuletto vem acompanhada de Páris, um jovem nobre que os Capuletto escolheram para desposar Julieta. A moça, aflita, tenta fugir da situação, mas advertida severamente pelo pai, finge acatar sua decisão.

Julieta, desesperada, procura Frei Lourenço mais uma vez, em busca de auxílio. O frade, ao ver a angústia da menina e sabendo que ela não pode violar os votos do matrimônio, acalma-a e lhe entrega um vidro com uma poção. É um extrato de ervas que dá à pessoa que o ingere uma aparência de morta por um determinado período. Esse efeito passa, depois. O frade diz a Julieta que Romeu seria avisado da trama, em Mântua, por um mensageiro, e a encontraria na tumba dos Capuletto para fugirem juntos.

É a véspera do casamento programado para Julieta. A moça vai para o seu quarto e toma a poção de Frei Lourenço. Amanhece o dia das bodas e a ama vem despertar Julieta, encontrando-a "morta". Julieta é colocada na tumba dos Capuletto, mas, por uma infelicidade do destino, o mensageiro encarregado de entregar a carta a Romeu atrasa a viagem por causa de uma peste que assolara a cidade. Romeu fica sabendo da morte ad Julieta, antes da chegada do mensageiro. Transtornado, o rapaz volta a Verona e invade o túmulo dos Capuletto. Lá encontra Páris, que fora dar adeus à noiva. Os dois, confusos e no escuro, travam uma luta. Romeu mata Páris e a seguir toma veneno e morre ao lado de sua amada.

Julieta desperta de seu torpor e chama por Frei Lourenço. Procura Romeu e depara-se com a tragédia. Em vão o frade, que acorre de imediato, tenta tirar a moça do local. Ela apanha a espada de Romeu e se mata.

Na morte dos três jovens inocentes, as famílias Montecchio e Capuletto se unem na dor e perdoam-se os antigos ódios e rivalidades.

O Pássaro de fogo

Pássaro de Fogo é um Balé em três atos, onde magia, amor e liberdade se entrelaçam. A obra é do Músico e Maestro Igor Stravinsky (1882-1971), (Foto), baseada numa Lenda Russa.

No jardim do mago Katschei brotavam maçãs de ouro, e lá viviam jovens princesas prisioneiras e enfeitiçadas. O príncipe Ivan entra por acaso no jardim e fica encantado com as maçãs douradas e um lindo pássaro de penas douradas e vermelhas que voava bem próximo às arvores. Temendo ser feito prisioneiro pelo príncipe, o Pássaro de Fogo implora por sua liberdade e em troca presenteia Ivan com uma de suas plumas, que tem o poder mágico de protegê-lo contra os encantos do mago.

O príncipe permanece no jardim e ao anoitecer vê as lindas prisioneiras que à noite saem do castelo para passearem; a mais bonita de todas se aproxima de

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Ivan, conta sua história e pede que vá embora, pois o mago transforma em pedra quem aparece em seu jardim encantado.

O príncipe finge que vai embora, mas a segue, pois tinha se apaixonado por ela. Começa a amanhecer e Ivan se torna prisioneiro de Katschei. Quando vai ser enfeitiçado, se recorda da pluma que o Pássaro de Fogo tinha lhe dado, e agita-a na frente do rosto do mago. Surge então o pássaro que obriga Katschei e seus amigos a dançarem até a exaustão; enquanto isto ordena a Ivan que procure um grande ovo, onde está trancado o grande segredo do mago: sua imortalidade. Ivan acha o ovo e quebra-o. No mesmo instante, o mago morre e as jovens princesas ficam livres para sempre. Ivan encontra o seu amor e o Pássaro de Fogo desaparece entre as árvores.

A Sagração da Primavera

"A Sagração da Primavera", também comumente referida por seu título em Francês "Le Sacre du Printemps" é um balé em dois atos que conta a história da imolação de uma jovem que deve ser sacrificada como oferenda ao deus da primavera em um ritual primitivo, a fim de trazer boas colheitas para a tribo. Sendo a música de autoria do russo Igor Stravinsky, coreografia de Vaslav Nijinsky, e cenografia do arqueologista e pintor Nicholas Roerich, a obra teve a produção de Serge Diaghilev e estreou em 29 de maio de 1913 no Théâtre des Champs-Élysées, em Paris.

Sua música é largamente conhecida como uma das maiores, mais influentes e mais reproduzidas composições da história da música do Século XX sendo um ícone de toda música erudita por ter sido considerada a obra que marca o início do modernismo . Considera-se que ela inovou em quase todos os aspectos músicais correntes na época : estrutura rítmica, orquestração, timbrística, forma, harmonia, uso de dissonâncias, e particularmente uma valorização da percussão acima da harmonia e melodia como nunca tinha ocorrido antes.

Desafiando bom número de regras e contestando tudo que se conhecia até então a obra causou um escândalo memorável na capital francesa, em que a platéia, diante de tanta revolução artística, não aceitava o que ouvia e via. A rejeição se reforçou pelas inovações de linguagem que Nijinsky incorporou à coreografia, valorizando movimentos "rústicos" inspirado em hierógrafos e pinturas em pedras de homens da caverna. Durante a apresentação não faltaram vaias, e o próprio Diaghilev chegou a acender as luzes da platéia numa tentativa de conter um pouco o caos que se instalou. Não tendo surtido muito efeito, a agitação continuou e marcou tanto a estréia que até hoje a peça é considerada uma das mais internacionalmente conhecidas e controvérsas obras na história da arte.

A obra subdivide-se em duas partes principais:− A adoração da terra (8 seções);− O sacrifício (6 seções).

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A orquestração necessária é gigantesca (nada menos que 8 trompas no colossal grupo de 38 instrumentos de sopro). A obra confronta todas as exigências da tradição da música ocidental, que, até o início do século XX, colocam a melodia e a harmonia acima do ritmo na hierarquia dos elementos musicais. A Sagração subordina as duas primeiras à terceira. Essa inovação e a inspiração que ela causou nas gerações futuras causaram uma profunda revolução naquilo que se acreditava em música. Ela foi re-conduzida no filme Fantasia

Quebra-Nozes

Mesmo em contasntate mudança depois de mais de 50 anos de história, um dos mais marcantes 'Quebra-Nozes' foi realizado em 1954 no New York City Ballet, com coreografia de George Balanchine.Este Ballet foi apresentado por Rudolf Nureyev, Royal Swedish Ballet (1967) e England's Royal Ballet (1968) e Mikhail Baryshnikov, American Ballet Theatre (1976). Com tantas produções deste ballet, ele se tornou um dos mais lembrados no repertório clássico de natal. no teatro, no balé ou no gelo.

A história se passa na Europa Oriental, durante o século XIX. Um médico e prefeito da cidade, Jans Stahlbaum se maravilha ao realizar um Natal para sua família e amigos. Seus dois filos, Clara e Fritz, esperam ansiosos por seus convidados. A neve traz uma atmosfera festiva enquanto os convidados chegam. Atrasado, como sempre, chega Herr Drosselmeyer, padrinho de Clara, que chega com grande festa. Ele entrete todos os espectadores com seus bonecos dançantes.

Todas as crianças recebem presentes. Com um pouco de inveja, Clara pergunta a Drosselmeyer por seu presente. Ele brinca com ela e depois a oferece um presente bem diferente, um quebra-nozes. Encantada, Clara logo se fascina pelo brinquedo. Seu irmão rouba seu presente e o quebra, deixando Clara desapontada. Drosselmeyer conserta o pobre quebra-nozes, mas Clara ainda está desapontada. Mas o padrinho promete que tudo ficará bem.

A noite chega e os convidados começam a deixar a casa. Clara vai para a cama, mas ela acorda de repente no meio da noite e vê que seu querido Quebra-Nozes tomar vida. Ó não! Surgem ratos malvados de todos os lados! Eles estão sendo comandados pelo Rei dos Ratos, que corajosamente é derrotado pelo querba-nozes. De lá eles são transportados para uma terra de magia, numa embarcação especial. Lá o Quebra-Nozes se tranasforma num encantador Príncipe.

Eles atravessam uma terra encantada onde encontram os dançantes flocos de neve. Avisada pelos anjinhos, a Fada Açucarada fica sabendo que o príncipe e sua acompanhante chegam, e assim convoca todo o povo de seu Reino dos Doces. Ao chegar, o príncipe conta suas aventuras como quebra-nozes, e em seguida os dois são deliciados com as mais gostosas guloseimas, com todos os personagens do reino dos doces dançando para eles.

Ao final, Clara acorda e percebe que tudo foi um sonho. E que sonho maravilhoso!!!!

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Dom QuixoteHistória

Prólogo: Levado pela visão de Dulcinéia, Dom Quixote começa sua aventura ao lado de seu fiel escudeiro Sancho Panza.

Ato I: Sevilha. Kitri, a filha de Lorenzo, está apaixonada por Basilio, mas decobre que seu pai quer casá-la com Gamache, um nobre. Dom Quixote e Sancho Panza entram na vila, provocando grande comoção. Ao olhar para Kitri, Dom Quixote pensa que achou sua Dulcinéia. Movidos pela idéia do casamento arranjado, Kitri e Basilio, aconselhados por Espada e Mercedes, decidem seguir Dom Quixote e Sancho Panza. Gamache e Lorenzo perseguem o casal.

Ato II. Cena I: Acampamento cigano. Dom Quixote e Sancho Panza descobrem o casal fugitivo em um amigável acampamento cigano. Todos estão inspirados pelo clima de romance da noite. A visão de Dulcinéia aparece novamente para Dom Quixote, que percebe que Kitri não é sua idealizada, e que pertence a Basilio. De repente o vento ganha ímpeto. Dom Quixote então ataca os moinhos de vento, pensando que são gigantes ameaçando a segurança de Dulcinéia. Se sentindo miserável, ele cai em sono profundo.

Ato II. Cena II: O sonho. Dom Quixote tem um sonho encantado com belas moças, onde a imagem de Kitri simboliza sua Dulcinéia.

Ato II. Cena III: É Aurora. Lorenzo e Gamache interrompem o sonho de Dom Quixote. Simpatizante do amor do jovem casal, Dom Quixote diz o caminho errado para os homens.

Ato II. Cena IIII: A taverna. Finalmente descoberta, Kitri é forçada por Lorenzo a aceitar o casamento com Gamache. O frustrado Basilio comete 'suicídio'. Sem saber da farsa, Kitri implora que Dom Quixote convença Lorenzo a desposar o 'cadáver'. Então Basilio 'ressucita'. Kitri vai se arrumar para o casamento enquanto Dom Quixote e Basilio agradecem Lorenzo e Gamache por terem aceitado o inevitável.

Ato III: O casamento. A vila celebra o matrimônio. Dom Quixote congratula o casal, dá um caloroso adeus e continua suas aventuras.

Estilos

Estilos de Ballet - O Ballet Romântico é um dos mais antigos e que se consolidaram mais cedo na história do Ballet. Esse tipo de dança atraiu muitas pessoas na época devido o Movimento Romântico Literário que ocorria na Europa na primeira metade do século XIV, já que se adequava à realidade da época, pois antes as pessoas diziam que não gostavam de Ballet porque não mostrava nada do real. Os balés que seguem a linha do Romântico pregam a magia, a delicadeza de movimentos, onde a moça protagonista é sempre frágil, delicada e apaixonada. Nesses Ballets se usam os chamados tutus românticos, saias mais longas que o tutu prato. Estas saias de tule com adornos são geralmente floridas, lembrando moças do campo.

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Como exemplos de Ballets Românticos podemos citar 'Giselle', 'La Fille Mal Gardée' e 'La Sylphide'. - O Ballet Clássico, ou Dança Clássica, surgiu numa época de intrigas entre os Ballets Russo e Italiano, que disputavam o título de melhor técnica do mundo. Sua principal função era expremer ao máximo a habilidade técnica dos bailarinos e bailarinas e o virtuosismo que os passos de ballet poderiam mostrar e encantar toda a platéia. Um exemplo deste virtuosismo são os 32 fouettés da bailarina Pierina Legnani em 'O Lago dos Cisnes', ato que fazia milhares de pessoas ficarem de boca aberta. Esses Ballets também se preocupavam em contar histórias que se transformaram basicamente em contos de fadas. Nestes Ballets procura-se sempre incorporar seqüências complicadas de passos, giros e movimentos que se adequem com a história e façam um conjunto perfeito. No Ballet Clássico a roupa mais comumente usada eram os tutus pratos, aquelas sainhas finas de tule, marca característica da bailarina, pois permitiam que as pernas da bailarina fossem vistas e assim ficasse mais fácil verificar se os passos estavam sendo executados corretamente. Como exemplos de Ballets Clássicos temos o já citado 'O Lago dos Cisnes' e 'A Bela Adormecida'.

- O Ballet Contemporâneo, mais conhecido por Ballet Moderno, foi criado no início do século e ainda preserva o uso das pontas e gestuais ainda muito próximos do Ballet Clássico. Neste estilo de dança a coreografias começam a ter ideologias diferentes. Não há mais uma história que segue uma seqüência de fatos lógicos, mas sim muitos passos do ballet clássico misturados com sentimentos. As roupas usadas no Ballet Contemporâneo são geralmente colãs e malhas, como em uma aula normal, para dar maior liberdade de movimento aos dançarinos. É o estilo que vem antes da dança moderna, que esquecerá os passos clássicos, dando ênfase somente aos movimentos corporais. Seu principal difusor foi George Balanchine, em Nova York, com belíssimas coreografias como Serenade, Agon e Apollo.

Estilos de Bailarina

Tipos fisicos

- Longilíneo - Pessoa alta, magra, pouco busto, quadris estreitos, pode usar qualquer modelo de figurino, podendo evitar, naturalmente as listras verticais. Altura entre 1,70 e 1,75m.

- Longilíneo miniatura - Apresenta as mesmas características do tipo físico anterior, porém com 1,60m de altura.

- Triangular - Pessoas com ombros e bustos pequenos e, quadris avantajados,devem evitar saias rodadas, pregas e cintura marcada.

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- Triangular invertido - Busto desenvolvido, ombros largos e quadris estreitos, os que possuem estas características esquivem-se das saias justas, mangas bufantes, babados na altura do busto e usar decotes em forma de V.

- Simétrico - O tipo que tiver busto e quadris com a mesma medida e a cintura não muito fina, deve fugir das roupas colantes.

- Nórdico - Altas e fortes, busto e quadris com a mesma medida, cintura não muito fina, com altura acima de 1,68m, não podem usar roupas cheias de detalhes, nem estampas chamativas.

- Cheinho - Linhas bem acentuadas, mas gordinha, não deve vestir roupas que marquem o contorno do corpo e nem listras horizontais.

Antes de qualquer coisa o que significa repertório?

Repertório, do latim repertoriu, ‘inventário’, segundo o Aurélio, quer dizer, entre outras definições: conjunto das obras interpretadas por uma companhia teatral, por um ator, por uma orquestra, por um solista, etc. Em relação à Arte, mais do que sempre, repertório está ligado a perenidade, universalidade e atemporalidade. De uma forma ou de outra, mais próxima ou não da idéia que temos ‘a priori’ do que seja repertório, o certo é que, em relação à dança, a palavra está sempre associada a uma coleção de peças que reunidas a partir de determinados critérios formam o acervo de uma companhia. (Eliana Caminada, no cabeçalho de sua palestra no Condança).

Curiosidades a respeito dos ballets de repertório :

A Bela Adormecida

Marcou o apogeu da Rússia dos Czares, além de ser o grande sucesso de Tchaikovsky em vida São características especiais da obra as variações muito ricas em técnica, especialmente a da Fada Lilás, que Petipa construiu para sua filha, Marie Mariusovna Petipa. Outra curiosidade é que a fada do mal, Carabosse, costumava ser apresentada por um homem, provavelmente para ficar mais grosseira e pesada.

La Fille Mal Gardée

A obra estreou apenas 13 dias antes da queda da bastilha, a título de curiosidade. E, assim como os ideais de "liberdade, igualdade e fraternidade",

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prosperou até hoje. Além de ser revolucionário no ponto de vista histórico, La Fille Mal Gardeé inovou, lançando um enredo com personagens reais e não ninfas, fadas e deuses, como nos ballets antigos. É o mais antigo dos ballets de repertório conhecidos até hoje.

Dom Quixote

As primeiras versões encenadas não obtiveram sucesso suficiente para se manterem até hoje, mas a versão estreada em 1869, com o libreto um pouco mais livre da obra, teve um sucesso arrebatador, creditado ao seu virtuosismo técnico.Essa obra marca a ascensão da Rússia a centro mundial da dança. Foi dançado predominantemente na Rússia até a migração de grandes nomes soviéticos para o Ocidente. Só depois da chegada de Nureyev, Barishnikov e Balanchine no mundo ocidental é que o ballet passou a ser dançado com mais freqüência por nossas companhias.

O Quebra-Nozes

O Quebra-Nozes foi um ballet que veio marcar a afirmação da Rússia como o grande centro mundial da dança, ao invés da França. A começar pelo seu coreógrafo, Lev Ivanov, que era russo e discípulo de Marius Petipa. Quando este perdeu seu interesse pela obra, por seu caráter infantil, Lev Ivanov assumiu a coreografia da obra. Foi a segunda composição de Tchaikovsky para ballet, e considerada um dos mais perfeitos casamentos entre coreografia e música, pois nenhum dos dois se sobressai em relação ao outro.

O Lago dos Cisnes

Antes de 1895, esse ballet já havia sido estreado com outra coreografia, de Julius Reisinger, em 1877. Foi um fracasso, pois a coreografia deixava a desejar, assim como a atuação da primeira bailarina, Pelágia Karpakova. Por ser protegida, Karpakova podia fazer o que bem quisesse, inclusive modificar as partituras e inserir solos seus no ballet já montado. O resultado de tantas interferências foi um ballet sem seqüência ou sequer identidade, e conseqüentemente fracassado.A versão de 1895 possui coreografia de Lev Ivanov e Marius Petipa, este último tendo migrado para a Rússia fugindo do Mercantilismo e da desvalorização da arte na Europa Ocidental. Chegando na Rússia, Lev Ivanov se tornou seu assistente, mais tarde coreografando diversos ballets que levam sua assinatura.

É marca do Lago dos Cisnes a trama totalmente irreal, construída na época do Romantismo/ Realismo. A coreografia do 1º e do 3º ato, de Petipa, é extremamente vigorosa e técnica, enquanto os 2º e 4º atos, de Ivanov, são extremamente poéticos, e por causa dessa poesia e do casamento perfeito entre coreografia e música considera-se que o aprendiz superou o mestre.

Romeu e Julieta

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Romeu e Julieta não é um ballet, mas sim vários, pois o romance de Shakespeare inspirou mais de cinqüenta produções. As primeiras foram encenadas desde 1785, mas a versão mais conhecida atualmente foi produzida em 1940, quase dois séculos depois. Também muitas músicas foram compostas para representar essa tragédia, e entre elas, versões de compositores famosos como Tchaikovsky e Berlioz também são conhecidas.

A versão estreada em 1940, com a música de Prokofiev, foi a que mais se popularizou na dança, tendo características singulares. À título de curiosidade, o roteiro para essa versão pretendia mudar a obra de Shakespeare, de modo que os amantes não morressem no final, mas a mudança não foi bem aceita, sendo abandonada. Também é marcante nessa obra a grande atenção com personagens secundários, como Mercúcio, que tem um tema próprio de quase trinta minutos, tornando-se um papel disputado pelos melhores bailarinos do mundo.

La Sylphide

A maior novidade foi a construção do ballet usando sapatilhas de ponta. Temos registros de danças nas pontas dos pés anteriores à estréia de La Sylphide, mas esse foi a primeira peça cuja coreografia original previa o uso de sapatilhas de ponta do início ao final. Essa inovação gerou inúmeras mudanças na dança clássica, inclusive a recolocação do homem nas coreografias, passando a exercer mais o papel de partner do que de bailarino. Os pas-de-deux se tornaram mais sensuais, pois o homem, para dar mais suporte à bailarina, precisa tocá-la com mais freqüência e escorá-la com o próprio corpo.

Dois anos depois da estréia de La Sylphide na França, o ballet foi remontado na Dinamarca, com nova música e nova coreografia, de Herman Severin Lvenskjold e Auguste Bournonville, respectivamente. Essa é a versão conhecida atualmente, pois da versão de Taglioni só resta o libreto, que foi a única ferramenta utilizada na segunda versão. Foi o libreto que, inclusive, inspirou Bournonville a construir o ballet. Em 1971, o professor Pierre Lacote, após anos de pesquisas baseadas nas descrições e anotações da época, recompôs o ballet de Taglioni. Essa versão é a mais conhecida e dançada por companhias brasileiras.

Giselle

Giselle foi um ballet extremamente marcante, por ser um dos mais puros exemplos do Romantismo do século XIX na dança. As características do romantismo mais presentes na obra são a trama, desenvolvida em torno de uma personagem feminina e a aparição de seres sobrenaturais (Willis), que vêm substituir os Deuses do Olimpo (Gregos e Romanos), que eram mais utilizados anteriormente.

Raymonda

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"Raymonda" surgiu a partir da idéia de misturar a cultura medieval com o exotismo oriental, após sucessos como 'O Lago dos Cisnes' e “La Bayadére’. Assim pensaram em ambientar o bailado durante as Cruzadas, onde uma mulher fosse amada por dois homens e o choque de culturas pudesse ser explorada ao máximo. A partir destes itens o libreto de ‘Raymonda’ foi escrito por Lydia Pashkova, que não foi muito bem aceito por Vsevolojski, diretor do Teatro Imperial, que o reescreveu junto com Marius Petipa”.

Pas de Quatre

Entre os muitos contratos importantes feito para a temporada lírica de 1845 pelo Diretor do Teatro de Sua Majestade, Benjamin Lumley, contam-se as negociações para a apresentação das quatro maiores bailarinas da época: Marie Taglioni , Carlotta Grisi , Fanny Cerrito e Lucile Grahn .

Pode-se fazer uma idéia das dificuldades surgidas para se reunir as quatro divas do ballet do século XIX, o trabalho de aparar as arestas e de procurar não ferir as suscetibilidades. Cada oscilação de um pé, cada passo tinha que ser extremamente pesado para não resultar em preponderância de uma sobre a outra. Um dos maiores problemas era o que cada uma iria executar, sendo que todas sabiam que o último solo seria o principal. O então diretor do Teatro Benjamin Lunley, sugeriu que elas dançariam de acordo com a idade, o primeiro solo, seria executado pela mais nova e o último, pela mais velha, subitamente todas optaram pelo primeiro solo. Ficou decidido que Lucile Grahn faria o primeiro, Carlotta Grisi o segundo, Fanny Cerrito em terceiro e finalmente Marie Taglioni com o último. Finalmente tudo foi ajustado, e o triunfo deste PAS único foi enorme. Um crítico disse que "todo e qualquer outro sentimento transmudou-se em admiração quando as quatro bailarinas, principiaram a série de pitorescas figuras com que se inicia o espetáculo".

Foram apenas quatro apresentações, sendo que a terceira contou com a presença da Rainha Vitória, do Príncipe Albert e de altas autoridades.

(Por Camilla Pupa, maitre de ballet)

Curiosidades históricas

• Na idade média a dança foi totalmente proibida pela Igreja. Por ser uma atividade que exalta o físico, era vista como profana e promíscua. Santo Agostinho a chamou de (...)"coisa lasciva,indigna ao cidadão(...)”. Ao contrário, na Antiga Grécia, a dança era tida como um elemento essencial na formação dos indivíduos e era parte da educação obrigatória.

• Todo espetáculo de dança é precedido de três sinais. A origem deles vem da corte de Luís XIV, o primeiro sinal indicava quando o rei havia chegado, o segundo quando ele se acomodava e o terceiro quando ele estava pronto para assistir o espetáculo.

• No Brasil, os jesuítas usaram da linguagem universal da dança para catequizar os índios.

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• O período Romântico do Ballet foi inaugurado pelo uso das sapatilhas de ponta e a predominância de roupas brancas, na peça “La Sylphide”, porém, a obra mais famosa deste período foi “Giselle”.Nessa época quatro bailarinas tornaram-se imortais por dançarem o “Pas de Quatre”, no dia 12 de Julho de 1845, em Londres.São elas :Marie Taglione, Carlota Grisi, Fanny Cerrito e Lucile Granh.

• O ballet além de incentivar a postura, a elegância, também corrige desvios posturais ,como lordose, cifose, além de problemas nos joelhos e pés.

• O en dehors surgiu no Ballet da necessidade que tiveram os bailarinos em se adaptarem ao novo formato do palco,que de circular passou a horizontal, de visão única. Assim, foi preciso criar uma maneira de ampliar os movimentos na direção lateral.

• Á época de Luis XIV, quando o Ballet de corte começou a surgir, os espetáculos não eram puramente de dança, as coreografias eram representadas juntamente com cantos e récitas e geralmente tinham a função de exaltar a figura real.

• Por um grande período na história a dança teve papel secundário e interlúdico, até, então, ser considerada uma arte por si só.

• A pioneira da Dança Moderna, Isadora Duncan, esteve no Brasil na década de 20, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, onde ao contrário do que aconteceu na Argentina, foi recebida calorosamente por uma platéia entusiasmada com sua dança livre e inovadora. Isso, no entanto, não fez com que a dança clássica perdesse o título de favorita entre a sociedade.

• Uma pessoa em geral possui um em dehors de 100 graus. • No ballet quase não se dança com objetos nas mãos, uma exceção porém está

na peça D.Quixote, onde a bailarina apresenta um leque nas mãos. • Marta Graham,um dos expoentes da Dança Moderna, iniciou seus estudos de

dança aos 22 anos de idade. • O psicoballet é uma idéia cubana de unir a arte do ballet á psicologia com o

intuito de ajudar as pessoas a superarem suas dificuldades emocionais, através da dança.

• O breu é uma substância proveniente do carvão, utilizada por bailarinos para evitar escorregões. É amplamente usado nas aulas de ponta.

• O código do ballet é universal e todo em francês. • A obra “La Fille Mal Gardée” foi inspirada na pintura de um quadro. • Mercedes Batista foi a primeira bailarina negra a integrar o corpo de baile do

Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Apesar de fazer aulas com a companhia, nunca foi escalada para uma apresentação.

• Antigamente os Ballets eram dançados com roupas muito pesadas e máscaras. A técnica era um elemento que tinha primazia sobre a emoção.

• Noverre foi um revolucionário do ballet, segundo ele, um bailarino não deveria trabalhar apenas o corpo, mas também a mente. Anatomia, música, geometria, pintura, música, poesia, seriam conhecimentos indispensáveis à formação desses profissionais.

• No Brasil o ensino da dança clássica, como técnica, ainda é predominante, entretanto a maioria das companhias existentes são de dança contemporânea.

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• A palavra ‘emoção’ significa ‘mover’. Se a dança é a arte de mover, ela também é a arte da emoção.

• O Brasil é o primeiro país a sediar uma filial do ballet Bolshoi fora da Rússia. O segundo país a ser contemplado foi a Austrália, que terá também uma filial russa em 2006, na cidade de Sidney.

• Piotr Ilych Tchaikovsky foi um músico que muito contribuiu para a composição musical de alguns ballets. Considerado “de vidro”, por tamanha sensibilidade,sua música tem caráter suave e cativante. Sua última obra, “O Quebra Nozes”, foi feita 6 meses antes de sua morte, num período em que ele se encontrava mergulhado numa profunda depressão.

• Dizer "merde" para todo artista antes de um espetáculo é uma maneira de dizer "boa sorte".

Datas Comemorativas

"Dia Nacional das Artes" - Dia 12/08Nacional da Dança" - Dia 29/04"Dia do Profissional da Dança" - Dia 23/11

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