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LEGISLAÇÃO PARA CINEMA Informações Básicas Escrito e Organizado por Gil Baroni Academia Internacional de Cinema de Curitiba

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LEGISLAÇÃO PARA CINEMAInformações Básicas

Escrito e Organizado por Gil Baroni

Academia Internacional de Cinema de Curitiba

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Curitiba/PR2005

“Te vejo errando, isso não é pecado. Exceto quando faz alguém sangrar.”

(Extraído do status pessoal da minha amiga Tati, inscrita no meu MSN. De onde ela tirou, eu não sei, mas me

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parece muito sensato e sensível. Certamente, na minha opinião, escrito por uma alma de artista).

ESQUEMA DE TRABALHO

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

1. UMA IDÉIA NA CABEÇA

2. UM REGISTRO NA BIBLIOTECA NACIONAL

3. CINEMA É PROFISSÃO

4. OS PROFISSIONAIS DO CINEMA

5. MODELOS DE CONTRATOS DE DIREITOS AUTORAIS

6. O PREÇO DOS PROFISSIONAIS

7. OBRAS QUE NÃO SÃO NOSSAS

8. MODELOS DE TERMOS DE CESSÃO

9. A IMAGEM DOS OUTROS

10. MODELOS DE CESSÃO DE IMAGENS

11. LEI ROUANET – FONTE DE RECURSOS

12. DOCUMENTOS OBRIGATÓRIOS PARA PROJETOS NA LEI ROUANET

13. MODELO DE ORÇAMENTO

14. RELAÇÃO DE PRESTADORES DE SERVIÇOS DE CINEMA

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15. SITES MAIS IMPORTANTES

16. GLOSSÁRIO

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

Galera! Estamos fazendo cinema, correndo atrás de um ousado e árduo projeto de vida. Fazer cinema requer muito profissionalismo, pois é um trabalho como outro qualquer. Escolhemos fazer cinema e essa é a nossa profissão. E como em qualquer profissão, devemos ter ética, respeito pelos colegas de trabalho e sempre observar as legislações sobre cinema.

No Brasil, existem muitas legislações sobre cinema. Algumas leis são específicas, como a Lei do Audiovisual e a Lei Rouanet. Outras leis são conexas ao cinema, mas não menos importante, como as leis sobre Direito de Imagem, Lei de Direitos Autorais etc.

Antes mesmo de cursar Direito, eu era um realizador de “cinema”, utilizando-me sempre de uma infra-estrutura precária. Filmes feitos em câmera VHS, edições caseiras e os famosos caracteres de uma “maquininha do Paraguay” que não fazia os acentos da ortografia portuguesa. Lembro-me da dificuldade de definir certos títulos das minhas produções “caseiras” por que todos tinham “cedilha” ou “til”.

Ainda no começo da Faculdade de Direito, as produções “cinematográficas” continuavam precárias. Mas através do estudo de diversas legislações (que é basicamente isso que um acadêmico de Direito faz durante o curso), comecei a descobrir caminhos para conseguir recursos para meus filmes. Dinheiro numa produção é importante, pois nos possibilita uma infra-estrutura de filmagem compatível com as nossas idéias. E como é bom poder fazer um filme com alguns “trocados no bolso”.

Pois bem, o estudo destas legislações me possibilitaram um conhecimento mais aprofundado sobre o cinema. Leis de Incentivo à Cultura, Leis de Direitos Autorais e Imagem, Contratos Trabalhistas e Agência Nacional do Cinema foram temas incessantemente estudados para aplicação prática nas minhas insistentes produções audiovisuais.

Com esses conhecimentos pude organizar melhor as produções, conseguindo recursos e podendo adquirir melhor infra-estrutura e mais responsabilidade com a profissão cinematográfica.

Essa apostila, de maneira puramente didática e simples, reúne informações que poderão ser importantes para vocês, sem qualquer pretensão. Como sei da dificuldade que é o começo dessa “carreira de cineasta”, procurei compartilhar informações que para mim foram muito úteis e espero que possam ser pra vocês também.

Gil Baroni

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Curitiba, 14 de Setembro de 2005.

PS: Se alguém achar algum erro na apostila (afinal também sou um aprendiz), por favor, me comunique para que eu possa aprimorar ainda mais o meu trabalho.

1. UMA IDÉIA NA CABEÇA

Gente, vejam só. Toda vez que vocês tiverem uma idéia para um filme, não esqueçam de registrá-la, seja em forma de argumento ou roteiro, na Biblioteca Nacional. Esse registro poderá ser importante quando você precisar inscrever um projeto numa lei de incentivo à cultura, por exemplo. Além disso, o registro na Biblioteca Nacional garante a você a anterioridade da idéia, ou seja, se alguém tentar registrar a mesma idéia depois que você, estará ferrada. O registro de toda idéia é importante pois é uma segurança para o artista criador. A lei que regulamenta esses direitos do artista é a Lei de Direitos Autorais.

A seguir, eu transcrevo alguns trechos importantes da Lei de Direitos Autorais (Lei Federal n. 9.610 de 19/02/98). A Lei, na íntegra, pode ser consultada no site www.senado.gov.br. Entre neste site, clique no ícone legislação, depois no ícone legislação federal e depois digite o número da lei. É fácil.

Lei nº 9.610, de 19.02.98

Altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Título IDisposições Preliminares

Art. 1º Esta Lei regula os direitos autorais, entendendo-se sob esta denominação os direitos de autor e os que lhes são conexos.

Art. 5º Para os efeitos desta Lei, considera-se:

I - publicação - o oferecimento de obra literária, artística ou científica ao conhecimento do público, com o consentimento do autor, ou de qualquer outro titular de direito de autor, por qualquer forma ou processo;

II - transmissão ou emissão - a difusão de sons ou de sons e imagens, por meio de ondas radioelétricas; sinais de satélite; fio, cabo ou outro condutor; meios óticos ou qualquer outro processo eletromagnético;

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III - retransmissão - a emissão simultânea da transmissão de uma empresa por outra;

IV - distribuição - a colocação à disposição do público do original ou cópia de obras literárias, artísticas ou científicas, interpretações ou execuções fixadas e fonogramas, mediante a venda, locação ou qualquer outra forma de transferência de propriedade ou posse;

V - comunicação ao público - ato mediante o qual a obra é colocada ao alcance do público, por qualquer meio ou procedimento e que não consista na distribuição de exemplares;

VI - reprodução - a cópia de um ou vários exemplares de uma obra literária, artística ou científica ou de um fonograma, de qualquer forma tangível, incluindo qualquer armazenamento permanente ou temporário por meios eletrônicos ou qualquer outro meio de fixação que venha a ser desenvolvido;

VII - contrafação - a reprodução não autorizada;

VIII - obra:

a) em co-autoria - quando é criada em comum, por dois ou mais autores;b) anônima - quando não se indica o nome do autor, por sua vontade ou por ser desconhecido; c) pseudônima - quando o autor se oculta sob nome suposto; d) inédita - a que não haja sido objeto de publicação; e) póstuma - a que se publique após a morte do autor; f) originária - a criação primígena; g) derivada - a que, constituindo criação intelectual nova, resulta da transformação de obra originária;h) coletiva - a criada por iniciativa, organização e responsabilidade de uma pessoa física ou jurídica, que a pública sob seu nome ou marca e que é constituída pela participação de diferentes autores, cujas contribuições se fundem numa criação autônoma; i) audiovisual - a que resulta da fixação de imagens com ou sem som, que tenha a finalidade de criar, por meio de sua reprodução, a impressão de movimento, independentemente dos processos de sua captação, do suporte usado inicial ou posteriormente para fixá-lo, bem como dos meios utilizados para sua veiculação;

IX - fonograma - toda fixação de sons de uma execução ou interpretação ou de outros sons, ou de uma representação de sons que não sejam uma fixação incluída em uma obra audiovisual;

X - editor - a pessoa física ou jurídica à qual se atribui o direito exclusivo de reprodução da obra e o dever de divulgá-la, nos limites previstos no contrato de edição;

XI - produtor - a pessoa física ou jurídica que toma a iniciativa e tem a responsabilidade econômica da primeira fixação do fonograma ou da obra audiovisual, qualquer que seja a natureza do suporte utilizado;

XII - radiodifusão - a transmissão sem fio, inclusive por satélites, de sons ou imagens e sons ou das representações desses, para recepção ao público e a transmissão de sinais codificados, quando os meios de decodificação sejam oferecidos ao público pelo organismo de radiodifusão ou com seu consentimento;

XIII - artistas intérpretes ou executantes - todos os atores, cantores, músicos, bailarinos ou outras pessoas que representem um papel, cantem, recitem, declamem, interpretem ou executem em qualquer forma obras literárias ou artísticas ou expressões do folclore.

Art. 6º Não serão de domínio da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios as obras por eles simplesmente subvencionadas.

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Título IIDas Obras Intelectuais

Capítulo IDas Obras Protegidas

Art. 7º São obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro, tais como:

I - os textos de obras literárias, artísticas ou científicas;II - as conferências, alocuções, sermões e outras obras da mesma natureza; III - as obras dramáticas e dramático-musicais; IV - as obras coreográficas e pantomímicas, cuja execução cênica se fixa por escrito ou por outra qualquer forma; V - as composições musicais, tenham ou não letra; VI - as obras audiovisuais, sonorizadas ou não, inclusive as cinematográficas;VII - as obras fotográficas e as produzidas por qualquer processo análogo ao da fotografia; VIII - as obras de desenho, pintura, gravura, escultura, litografia e arte cinética; IX - as ilustrações, cartas geográficas e outras obras da mesma natureza; X - os projetos, esboços e obras plásticas concernentes à geografia, engenharia, topografia, arquitetura, paisagismo, cenografia e ciência; XI - as adaptações, traduções e outras transformações de obras originais, apresentadas como criação intelectual nova; XII - os programas de computador; XIII - as coletâneas ou compilações, antologias, enciclopédias, dicionários, bases de dados e outras obras, que, por sua seleção, organização ou disposição de seu conteúdo, constituam uma criação intelectual.

§ 1º Os programas de computador são objeto de legislação específica, observadas as disposições desta Lei que lhes sejam aplicáveis.

Art. 8º Não são objeto de proteção como direitos autorais de que trata esta Lei:

I - as idéias, procedimentos normativos, sistemas, métodos, projetos ou conceitos matemáticos como tais;

II - os esquemas, planos ou regras para realizar atos mentais, jogos ou negócios;

III - os formulários em branco para serem preenchidos por qualquer tipo de informação, científica ou não, e suas instruções;

IV - os textos de tratados ou convenções, leis, decretos, regulamentos, decisões judiciais e demais atos oficiais;

V - as informações de uso comum tais como calendários, agendas, cadastros ou legendas;

VI - os nomes e títulos isolados;

VII - o aproveitamento industrial ou comercial das idéias contidas nas obras.

Art. 10. A proteção à obra intelectual abrange o seu título, se original e inconfundível com o de obra do mesmo gênero, divulgada anteriormente por outro autor.

Parágrafo único. O título de publicações periódicas, inclusive jornais, é protegido até um ano após a saída do seu último número, salvo se forem anuais, caso em que esse prazo se elevará a dois anos.

Capítulo IIDa Autoria das Obras Intelectuais

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Art. 11. Autor é a pessoa física criadora de obra literária, artística ou científica.

Parágrafo único. A proteção concedida ao autor poderá aplicar-se às pessoas jurídicas nos casos previstos nesta Lei.

Art. 12. Para se identificar como autor, poderá o criador da obra literária, artística ou científica usar de seu nome civil, completo ou abreviado até por suas iniciais, de pseudônimo ou qualquer outro sinal convencional.

Art. 13. Considera-se autor da obra intelectual, não havendo prova em contrário, aquele que, por uma das modalidades de identificação referidas no artigo anterior, tiver, em conformidade com o uso, indicada ou anunciada essa qualidade na sua utilização.

Art. 14. É titular de direitos de autor quem adapta, traduz, arranja ou orquestra obra caída no domínio público, não podendo opor-se a outra adaptação, arranjo, orquestração ou tradução, salvo se for cópia da sua.

Art. 15. A co-autoria da obra é atribuída àqueles em cujo nome, pseudônimo ou sinal convencional for utilizada.

§ 1º Não se considera co-autor quem simplesmente auxiliou o autor na produção da obra literária, artística ou científica, revendo-a, atualizando-a, bem como fiscalizando ou dirigindo sua edição ou apresentação por qualquer meio.

§ 2º Ao co-autor, cuja contribuição possa ser utilizada separadamente, são asseguradas todas as faculdades inerentes à sua criação como obra individual, vedada, porém, a utilização que possa acarretar prejuízo à exploração da obra comum.

Art. 16. São co-autores da obra audiovisual o autor do assunto ou argumento literário, musical ou lítero-musical e o diretor.

Parágrafo único. Consideram-se co-autores de desenhos animados os que criam os desenhos utilizados na obra audiovisual.

Art. 17. É assegurada a proteção às participações individuais em obras coletivas.

§ 1º Qualquer dos participantes, no exercício de seus direitos morais, poderá proibir que se indique ou anuncie seu nome na obra coletiva, sem prejuízo do direito de haver a remuneração contratada.

§ 2º Cabe ao organizador a titularidade dos direitos patrimoniais sobre o conjunto da obra coletiva.

§ 3º O contrato com o organizador especificará a contribuição do participante, o prazo para entrega ou realização, a remuneração e demais condições para sua execução.

Capítulo IIIDo Registro das Obras Intelectuais

Art. 18. A proteção aos direitos de que trata esta Lei independe de registro.

Art. 19. É facultado ao autor registrar a sua obra no órgão público definido no caput e no § 1º do art. 17 da Lei nº 5.988, de 14 de dezembro de 1973.

Título IIIDos Direitos do Autor

Capítulo IDisposições Preliminares

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Art. 22. Pertencem ao autor os direitos morais e patrimoniais sobre a obra que criou.

Art. 23. Os co-autores da obra intelectual exercerão, de comum acordo, os seus direitos, salvo convenção em contrário.

Capítulo IIDos Direitos Morais do Autor

Art. 24. São direitos morais do autor:

I - o de reivindicar, a qualquer tempo, a autoria da obra; II - o de ter seu nome, pseudônimo ou sinal convencional indicado ou anunciado, como sendo o do autor, na utilização de sua obra; III - o de conservar a obra inédita; IV - o de assegurar a integridade da obra, opondo-se a quaisquer modificações ou à prática de atos que, de qualquer forma, possam prejudicá-la ou atingi-lo, como autor, em sua reputação ou honra; V - o de modificar a obra, antes ou depois de utilizada; VI - o de retirar de circulação a obra ou de suspender qualquer forma de utilização já autorizada, quando a circulação ou utilização implicarem afronta à sua reputação e imagem; VII - o de ter acesso a exemplar único e raro da obra, quando se encontre legitimamente em poder de outrem, para o fim de, por meio de processo fotográfico ou assemelhado, ou audiovisual, preservar sua memória, de forma que cause o menor inconveniente possível a seu detentor, que, em todo caso, será indenizado de qualquer dano ou prejuízo que lhe seja causado.

§ 1º Por morte do autor, transmitem-se a seus sucessores os direitos a que se referem os incisos I a IV.

§ 2º Compete ao Estado a defesa da integridade e autoria da obra caída em domínio público.

§ 3º Nos casos dos incisos V e VI, ressalvam-se as prévias indenizações a terceiros, quando couberem.

Art. 25. Cabe exclusivamente ao diretor o exercício dos direitos morais sobre a obra audiovisual.

Art. 26. O autor poderá repudiar a autoria de projeto arquitetônico alterado sem o seu consentimento durante a execução ou após a conclusão da construção.

Parágrafo único. O proprietário da construção responde pelos danos que causar ao autor sempre que, após o repúdio, der como sendo daquele a autoria do projeto repudiado.

Art. 27. Os direitos morais do autor são inalienáveis e irrenunciáveis.

Capítulo IIIDos Direitos Patrimoniais do Autor e de sua Duração

Art. 28. Cabe ao autor o direito exclusivo de utilizar, fruir e dispor da obra literária, artística ou científica.

Art. 29. Depende de autorização prévia e expressa do autor a utilização da obra, por quaisquer modalidades, tais como:

I - a reprodução parcial ou integral;II - a edição; III - a adaptação, o arranjo musical e quaisquer outras transformações; IV - a tradução para qualquer idioma; V - a inclusão em fonograma ou produção audiovisual; VI - a distribuição, quando não intrínseca ao contrato firmado pelo autor com terceiros

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para uso ou exploração da obra; VII - a distribuição para oferta de obras ou produções mediante cabo, fibra ótica, satélite, onda ou qualquer outro sistema que permita ao usuário realizar a seleção da obra ou produção para percebê-la em um tempo e lugar previamente determinados por quem formula a demanda, e nos casos em que o acesso às obras ou produções se faça por qualquer sistema que importe em pagamento pelo usuário; VIII - a utilização, direta ou indireta, da obra literária, artística ou científica, mediante:

a) representação, recitação ou declamação; b) execução musical; c) emprego de alto-falante ou de sistemas análogos; d) radiodifusão sonora ou televisiva; e) captação de transmissão de radiodifusão em locais de freqüência coletiva; f) sonorização ambiental; g) a exibição audiovisual, cinematográfica ou por processo assemelhado; h) emprego de satélites artificias; i) emprego de sistemas óticos, fios telefônicos ou não, cabos de qualquer tipo e meios de comunicação similares que venham a ser adotados; j) exposição de obras de artes plásticas e figurativas;

IX - a inclusão em base de dados, o armazenamento em computador, a microfilmagem e as demais formas de arquivamento do gênero;

X - quaisquer outras modalidades de utilização existentes ou que venham a ser inventadas.

Art. 30. No exercício do direito de reprodução, o titular dos direitos autorais poderá colocar à disposição do público a obra, na forma, local e pelo tempo que desejar, a título oneroso ou gratuito.

§ 1º O direito de exclusividade de reprodução não será aplicável quando ela for temporária e apenas tiver o propósito de tornar a obra, fonograma ou interpretação perceptível em meio eletrônico ou quando for de natureza transitória e incidental, desde que ocorra no curso do uso devidamente autorizado da obra, pelo titular.

§ 2º Em qualquer modalidade de reprodução, a quantidade de exemplares será informada e controlada, cabendo a quem reproduzir a obra a responsabilidade de manter os registros que permitam, ao autor, a fiscalização do aproveitamento econômico da exploração.

Art. 31. As diversas modalidades de utilização de obras literárias, artísticas ou científicas ou de fonogramas são independentes entre si, e a autorização concedida pelo autor, ou pelo produtor, respectivamente, não se estende a quaisquer das demais.

Art. 32. Quando uma obra feita em regime de co-autoria não for divisível, nenhum dos co-autores, sob pena de responder por perdas e danos, poderá, sem consentimento dos demais, publicá-la ou autorizar-lhe a publicação, salvo na coleção de suas obras completas.

§ 1º Havendo divergência, os co-autores decidirão por maioria.

§ 2º Ao co-autor dissidente é assegurado o direito de não contribuir para as despesas de publicação, renunciando a sua parte nos lucros, e o de vedar que se inscreva seu nome na obra.

§ 3º Cada co-autor pode, individualmente, sem aquiescência dos outros, registrar a obra e defender os próprios direitos contra terceiros.

Art. 33. Ninguém pode reproduzir obra que não pertença ao domínio público, a pretexto de anotá-la, comentá-la ou melhorá-la, sem permissão do autor.

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Parágrafo único. Os comentários ou anotações poderão ser publicados separadamente.

Art. 34. As cartas missivas, cuja publicação está condicionada à permissão do autor, poderão ser juntadas como documento de prova em processos administrativos e judiciais.

Art. 35. Quando o autor, em virtude de revisão, tiver dado à obra versão definitiva, não poderão seus sucessores reproduzir versões anteriores.

Art. 36. O direito de utilização econômica dos escritos publicados pela imprensa, diária ou periódica, com exceção dos assinados ou que apresentem sinal de reserva, pertence ao editor, salvo convenção em contrário.

Parágrafo único. A autorização para utilização econômica de artigos assinados, para publicação em diárias e periódicos, não produz efeito além do prazo da periodicidade acrescido de vinte dias, a contar de sua publicação, findo o qual recobra o autor o seu direito.

Art. 37. A aquisição do original de uma obra, ou de exemplar, não confere ao adquirente qualquer dos direitos patrimoniais do autor, salvo convenção em contrário entre as partes e os casos previstos nesta Lei.

Art. 39. Os direitos patrimoniais do autor, executados os rendimentos resultantes de sua exploração, não se comunicam, salvo pacto antenupcial em contrário.

Art. 40. Tratando-se de obra anônima ou pseudônima, caberá a quem publicá-la o exercício dos direitos patrimoniais do autor.

Parágrafo único. O autor que se der a conhecer assumirá o exercício dos direitos patrimoniais, ressalvados os direitos adquiridos por terceiros.

Art. 41. Os direitos patrimoniais do autor perduram por setenta anos contados de 1º de janeiro do ano subseqüente ao de seu falecimento, obedecida a ordem sucessória da lei civil.

Parágrafo único. Aplica-se às obras póstumas o prazo de proteção a que alude o caput deste artigo.

Art. 42. Quando a obra literária, artística ou científica realizada em co-autoria for indivisível, o prazo previsto no artigo anterior será contado da morte do último dos co-autores sobreviventes.

Parágrafo único. Acrescer-se-ão aos dos sobreviventes os direitos do co-autor que falecer sem sucessores.

rt. 44. O prazo de proteção aos direitos patrimoniais sobre obras audiovisuais e fotográficas será de setenta anos, a contar de 1º de janeiro do ano subseqüente ao de sua divulgação.

Art. 45. Além das obras em relação às quais decorreu o prazo de proteção aos direitos patrimoniais, pertencem ao domínio público:

I - as de autores falecidos que não tenham deixado sucessores;

II - as de autor desconhecidos, ressalvada a proteção legal aos conhecimentos étnicos e tradicionais.

Capítulo IVDas Limitações aos Direitos Autorais

Art. 46. Não constitui ofensa aos direitos autorais:

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I - a reprodução:

a) na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se assinados, e da publicação de onde foram transcritos;

b) em diários ou periódicos, de discursos pronunciados em reuniões públicas de qualquer natureza;

c) de retratos, ou de outra forma de representação da imagem, feitos sob encomenda, quando realizada pelo proprietário do objeto encomendado, não havendo a oposição da pessoa nele representada ou de seus herdeiros;

d) de obras literárias, artísticas ou científicas, para uso exclusivo de deficientes visuais, sempre que a reprodução, sem fins comercias, seja feita mediante o sistema Braile ou outro procedimento em qualquer suporte para esses destinatários;

II - a reprodução, em um só exemplar de pequenos trechos, para uso privado do copista, desde que feita por este, sem intuito de lucro;

III - a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o nome do autor e a origem da obra;

IV - o apanhado de lições em estabelecimentos de ensino por aquelas a quem elas se dirigem, vedada sua publicação, integral ou parcial, sem autorização prévia e expressa de quem as ministrou;

V - a utilização de obras literárias, artísticas ou científicas, fonogramas e transmissão de rádio e televisão em estabelecimentos comerciais, exclusivamente para demonstração à clientela, desde que esses estabelecimentos comercializem os suportes ou equipamentos que permitam a sua utilização;

VI - a representação teatral e a execução musical, quando realizadas no recesso familiar ou, para fins exclusivamente didáticos, nos estabelecimentos de ensino, não havendo em qualquer caso intuito de lucro;

VII - a utilização de obras literárias, artísticas ou científicas para a reproduzir prova judiciária ou administrativa;

VIII - a reprodução, em quaisquer obras, de pequenos trechos de obras preexistentes, de qualquer natureza, ou de obra integral, quando de artes plásticas, sempre que a reprodução em si não seja o objetivo principal da obra nova e que não prejudique a exploração normal da obra reproduzida nem cause um prejuízo injustificado aos legítimos interesses dos autores.

Art. 47. São livres as paráfrases e paródias que não forem verdadeiras reproduções da obra originária nem lhe implicarem descrédito.

Art. 48. As obras situadas permanentemente em logradouros públicos podem ser representadas livremente, por meio de pinturas, desenhos, fotografias e procedimentos audiovisuais.

Capítulo VDa Transferência dos Direitos de Autor

Art. 49. Os direitos de autor poderão ser total ou parcialmente transferidos a terceiros, por ele ou por seus sucessores, a título universal ou singular, pessoalmente ou por meio de representantes com poderes especiais, por meio de licenciamento, concessão, cessão ou por outros meios admitidos em Direito, obedecidas as seguintes limitações:

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I - a transmissão total compreende todos os direitos de autor, salvo os de natureza moral e os expressamente excluídos por lei;

II - somente se admitirá transmissão total e definitiva dos direitos mediante estipulação contratual escrita;

III - na hipótese de não haver estipulação contratual escrita, o prazo máximo será de cinco anos;

IV - a cessão será válida unicamente para o país em que se firmou o contrato, salvo estipulação em contrário;

V - a cessão só se operará para modalidades de utilização já existentes à data do contrato;

VI - não havendo especificações quanto a modalidade de utilização, o contrato será interpretado restritivamente, entendendo-se como limitada apenas a uma que seja aquela indispensável ao cumprimento da finalidade do contrato.

Art. 50. A cessão total ou parcial dos direitos de autor, que se fará sempre por escrito, presume-se onerosa.

Título IVDa Utilização de Obras Intelectuais e dos Fonogramas

Capítulo IVDa Utilização da Obra Fotográfica

Art. 79. O autor de obra fotográfica tem direito a reproduzi-la e colocá-la à venda, observadas as restrições à exposição, reprodução e venda de retratos, e sem prejuízo dos direitos de autor sobre a obra fotografada, se de artes plásticas protegidas.

§ 1º A fotografia, quando utilizada por terceiros, indicará de forma legível o nome do seu autor.

§ 2º É vedada a reprodução de obra fotográfica que não esteja em absoluta consonância com o original, salvo prévia autorização do autor.

Capítulo VIDa Utilização da Obra Audiovisual

Art. 81. A autorização do autor e do intérprete de obra literária, artística ou científica para produção audiovisual implica, salvo disposição em contrário, consentimento para sua utilização econômica.

§ 1º A exclusividade da autorização depende de cláusula expressa e cessa dez anos após a celebração do contrato.

§ 2º Em cada cópia da obra audiovisual, mencionará o produtor:

I - o título da obra audiovisual;II - os nomes ou pseudônimos do diretor e dos demais co-autores; III - o título da obra adaptada e seu autor, se for o caso; IV - os artistas intérpretes; V - o ano de publicação; VI - o seu nome ou marca que o identifique.

Art. 82. O contrato de produção audiovisual deve estabelecer:

I - a remuneração devida pelo produtor aos co-autores da obra e aos artistas intérpretes e executantes, bem como o tempo, lugar e forma de pagamento;II - o prazo de conclusão da obra;

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III - a responsabilidade do produtor para com os co-autores, artistas intérpretes ou executantes, no caso de co-produção.

Art. 83. O participante da produção da obra audiovisual que interromper, temporária ou definitivamente, sua atuação, não poderá opor-se a que esta seja utilizada na obra nem a que terceiro o substitua, resguardados os direitos que adquiriu quanto à parte já executada.

Art. 84. Caso a remuneração dos co-autores da obra audiovisual dependa dos rendimentos de sua utilização econômica, o produtor lhes prestará contas semestralmente, se outro prazo não houver sido pactuado.

Art. 85. Não havendo disposição em contrário, poderão os co-autores da obra audiovisual utilizar-se, em gênero diverso, da parte que constitua sua contribuição pessoal.

Parágrafo único. Se o produtor não concluir a obra audiovisual no prazo ajustado ou não iniciar sua exploração dentro de dois anos, a contar de sua conclusão, a utilização a que se refere este artigo será livre.

Art. 86. Os direitos autorais de execução musical relativos a obras musicais, lítero-musicais e fonogramas incluídos em obras audiovisuais serão devidos aos seus titulares pelos responsáveis dos locais ou estabelecimentos a que alude o § 3º do art. 68 desta Lei, que as exibirem, ou pelas emissoras de televisão que as transmitirem.

2. UM REGISTRO NA BIBLIOTECA NACIONAL

Segue abaixo uma relação dos tipos de obras que podem ser registradas na Biblioteca Nacional:

BIOGRAFIASCINEMA / TV (ROTEIROS / ARGUMENTOS)

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CONTOS / CRÔNICASDIDÁTICO/PEDAGÓGICOHISTÓRIA EM QUADRINHOSMÍSTICO / ESOTÉRICOMÚSICA ( LETRAS E PARTITURAS )OUTROSPERIÓDICOS ( REVISTAS / JORNAIS )PERSONAGENS / DESENHOSPOESIAPOLÍTICO / FILOSÓFICOPUBLICIDADERELIGIOSOROMANCESTEATRO (PEÇAS)TESES / MONOGRAFIASTÉCNICO/ CIENTÍFICO

Para maiores informações sobre o registro de obras na Biblioteca Nacional, acesse o site www.bn.br. Depois é só clicar no ícone “serviços” e em seguida “direitos autorais”.

Para obter o registro, o autor deverá preencher o formulário de REGISTRO/AVERBAÇÃO (modelo na página seguinte), efetuar pagamento de uma taxa que será de R$ 20,00 (vinte reais) para pessoas físicas e R$ 40,00 (quarenta reais) para pessoas jurídicas. O boleto bancário, para o pagamento desta taxa, pode ser encontrado no seguinte site: www.stn.fazenda.gov.br, clicar em “SIAFI” , depois em “Impressão de GRU simples” e colocar os seguintes dados no preenchimento do boleto: Unidade Favorecida: Código: 344042 Gestão: 34209 (Fundação Biblioteca Nacional) - Recolhimento: Código: 28830-6 (Serviço Administrativo).

Com o formulário preenchido e com o boleto impresso e pago em qualquer agência bancária, o autor irá anexar junto com estes dois documentos, a obra impressa e rubricada em todas as folhas, além da cópia do RG e do CPF.

Resumo geral:

Coloque todos estes documentos num envelope e encaminhe para o

seguinte endereço:

Em aproximadamente 60 (sessenta) dias, o autor estará recebendo um CERTIFICADO DE REGISTRO da obra em sua casa.

O QUE PRECISA SER ENCAMINHADO PARA A BIBLIOTECA NACIONAL:

• Obra impressa e com todas as páginas rubricadas;• Boleto Bancário com o pagamento efetuado;• Cópia do RG e CPF;• Formulário devidamente preenchido.

ESCRITÓRIO DE DIREITOS AUTORAIS (EDA/BN) PALÁCIO GUSTAVO CAPANEMA – RUA DA IMPRENSA, 16 SALAS 1205 – 12º ANDAR – CASTELO CEP 20030-120 – RIO DE JANEIRO – RJ Fone: (21) 2220-0039 Fax: (21) 2240-9179

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3. CINEMA É PROFISSÃO

Criada no ano de 1978, a Lei Federal 6.533 passou a regulamentar a profissão dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões, dentre elas a atividade cinematográfica.

Cinema é profissão e deve ser respeitado como tal. Técnicos e artistas da área cinematográfica têm uma importante legislação a seu favor.

Vejamos na íntegra, essa legislação, destacando-se os pontos mais importantes:

LEI Nº 6.533 - DE 24 DE MAIO DE 1978

Dispõe sobre a regulamentação das profissões de Artista e de Técnico em Espetáculos de Diversões, e dá outras providências

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Artigo 1 O exercício das profissões de Artista e de Técnico em Espetáculos de Diversões é regulado pela presente Lei.

Artigo 2 Para os efeitos desta Lei, é considerado:

I - Artista, o profissional que cria, interpreta ou executa obra de caráter cultural de qualquer natureza, para efeito de exibição ou divulgação pública, através de meios de comunicação de massa ou em locais onde se realizam espetáculos de diversão pública;

II - Técnico em Espetáculos de Diversões, o profissional que, mesmo em caráter auxiliar, participa, Individualmente ou em grupo, de atividade profissional ligada diretamente à elaboração, registro, apresentação ou conservação de programas, espetáculos e produções.

Parágrafo Único: As denominações e descrições das funções em que se desdobram as atividades de Artista e de Técnico em Espetáculos de Diversões constarão do regulamento desta Lei.

Artigo 3 Aplicam-se as disposições desta Lei às pessoas físicas ou jurídicas que tiverem a seu serviço os profissionais definidos no artigo anterior para realização de espetáculos, programas, produções ou mensagens publicitárias

Parágrafo Único: Aplicam-se, igualmente, as disposições desta Lei às pessoas físicas ou Jurídicas que agenciem colocação de mão-de-obra de profissionais definidos no artigo anterior.

Artigo 4 As pessoas físicas ou jurídicas de que trata o artigo anterior deverão ser previamente Inscritas no Ministério do Trabalho.

* Toda pessoa física ou jurídica que contratar serviços de artistas e/ou técnicos, deverá estar cadastrada junto ao Ministério do Trabalho. Esse cadastro, também chamado de Cartão do Contratante, pode ser feito no SATED, que é o Sindicato representativo da categoria. Mais adiante explicarei como proceder a esse registro.

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Artigo 5 Não se incluem no disposto nesta Lei os Técnicos em Espetáculos de Diversões que prestam serviços a empresa de radiodifusão.

Artigo 6 O exercício das profissões de Artista e de Técnico em Espetáculos de Diversões requer prévio registro na Delegacia Regional do Trabalho do Ministério do Trabalho, o qual terá validade em todo o território nacional.

* Este artigo refere-se ao registro profissional do artista e/ou técnico junto ao Ministério do Trabalho. Esse registro é conhecido como DRT (em razão de ser feito na Delegacia Regional do Trabalho). Todo artista e/ou técnico precisa ter esse registro para poder usufruir os benefícios da presente legislação. Mais adiante explicarei como o artista e/ou técnico deve proceder para obter seu DRT.

Artigo 7 Para registro do Artista ou do Técnico em Espetáculos de Diversões, é necessário a apresentação de:

I - Diploma de curso superior de Diretor de Teatro, Coreógrafo, Professor de Arte Dramática, ou outros cursos semelhantes, reconhecidos na forma da Lei; ou

II - Diploma ou certificado correspondentes às habilitações profissionais de 2º Grau de Ator, Contra-regra, Cenotécnico, Sonoplasta, ou outras semelhantes, reconhecidas na forma da Lei; ou

III - Atestado de capacitação profissional fornecido pelo Sindicato representativo das categorias profissionais e, subsidiariamente, pela Federação respectiva.

§ 1 A entidade sindical deverá conceder ou negar o atestado mencionado no item III, no prazo de 3 (três) dias úteis, podendo ser concedido o registro, ainda que provisório, se faltar manifestação da entidade sindical nesse prazo.

§ 2 Da decisão da entidade sindical que negar a concessão do atestado mencionado no item III deste artigo, caberá recurso para o Ministério do Trabalho, até 30 (trinta) dias, a contar da ciência.

Artigo 8 O registro de que trata o artigo anterior poderá ser concedido a título provisório, pelo prazo máximo de 1 (um) ano, com dispensa do atestado a que se refere o item III do mesmo artigo, mediante indicação conjunta dos Sindicatos de empregadores e de empregados.

Artigo 9 O exercício das profissões de que trata esta Lei exige contrato de trabalho padronizado, nos termos de instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho.

§ 1 O contrato de trabalho será visado pelo Sindicato representativo da categoria profissional e, subsidiariamente, pela Federação respectiva, como condição para registro no Ministério do Trabalho, até a véspera da sua vigência.

§ 2 A entidade sindical deverá visar ou não o contrato, no prazo máximo de 2 (dois) dias úteis, findos os quais ele poderá ser registrado no Ministério do Trabalho, se faltar a manifestação sindical.

* Todo contrato de trabalho entre o contratante (pessoa física ou jurídica) e o artista/técnico tem que passar pelo crivo do SATED e do Ministério do Trabalho. Por isso a importância do registro do artista/técnico junto ao DRT. O mesmo vale para o contratante (a pessoa que vai contratar o artista). Este deverá ter um Cartão de Contratante junto ao SATED e ao Ministério do Trabalho.

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§ 3 Da decisão da entidade sindical que negar o visto, caberá recurso para o Ministério do Trabalho.

Artigo 10 O contrato de trabalho conterá, obrigatoriamente:

I - Qualificação das partes contratantes;

II - Prazo de vigência;

III - Natureza da função profissional, com definição das obrigações respectivas;

IV - Ttítulo do programa, espetáculo ou produção, ainda que provisório, com indicação do personagem nos casos de contrato por tempo determinado;

V - Locais onde atuará o contratado, inclusive os opcionais;

VI - Jornada de trabalho, com especificação do horário e intervalo de repouso;

VII - Remuneração e sua forma de pagamento;

VIII - Ddisposição sobre eventual Inclusão do nome do contratado no crêdito de apresentação, cartazes, Impressos e programas;

IX - Dia de folga semanal;

X - Ajuste sobre viagens e deslocamentos;

XI - Período de realização de trabalhos complementares, inclusive dublagem, quando posteriores à execução do trabalho de interpretação objeto do contrato;

XII - Número da Carteira de Trabalho e Previdência Social.

Parágrafo Único: Nos contratos de trabalho por tempo indeterminado deverá constar. ainda, cláusula relativa ao pagamento de adicional, devido em caso de deslocamento para prestação de serviço tora da cidade ajustada no contrato de trabalho.

* Este artigo estabelece os ítens mínimos obrigatórios que deverão constar no contrato de trabalho entre o contratante e o artista/técnico. Mais adiante, será anexado um modelo de contrato de trabalho para melhor visualização destes requisitos básicos.

Artigo 11 A cláusula de exclusividade não impedirá o Artista ou Técnico em Espetáculos de Diversões de prestar serviços a outro empregador em atividade diversa da ajustada no contrato de trabalho, desde que em outro meio de comunicação, e sem que se caracterize prejuízo para o contratante com o qual foi assinada a cláusula de exclusividade.

Artigo 12 O empregador poderá utilizar trabalho de profissional, mediante nota contratual, para substituição de Artista ou de Técnico em Espetáculos de Diversões, ou para prestação de serviço caracteristicamente eventual, por prazo não superior a 7 (sete) dias consecutivos, vetada a utilização desse mesmo profissional, nos 60 (sessenta) dias subseqüentes, por essa fórmula, pelo mesmo empregador.

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Parágrafo Único: O Ministério do Trabalho expedirá instruções sobre a utilização da nota contratual e aprovará seu modelo.

Artigo 13 Não serão permitida a cessão ou promessa de cessão de direitos autorais e conexos decorrentes da prestação de serviços profissionais.

Parágrafo Único: Os direitos autorais e conexos dos profissionais serão devidos em decorrência de cada exibição da obra.

Artigo 14 Nas mensagens publicitárias, feitas para cinema, televisão ou para serem divulgadas por outros veículos, constará do contrato de trabalho, obrigatoriamente:

I - Nome do produtor, do anunciante e, se houver, da agência de publicidade para quem a mensagem e produzida;

II - O tempo de exploração comercial da mensagem;

III - O produto a ser promovido;

IV - Oos veículos através dos quais a mensagem será exibida;

V - As praças onde a mensagem será veiculada;

VI - O tempo de duração da mensagem e suas características.

Artigo 15 O contrato de trabalho e a nota contratual serão emitidos com numeração sucessiva e em ordem cronológica.

Parágrafo Único: Os documentos de que trata este artigo serão firmados, pelo menos, em duas vias pelo contratado, ficando uma delas em seu poder.

Artigo 16 O profissional não poderá recusar-se à autodublagem, quando couber.

Parágrafo Único: Se o empregador ou tomador de serviços preferir a dublagem por terceiros, ela só poderá ser feita com autorização, por escrito, do profissional, salvo se for realizada em língua estrangeira.

Artigo 17 A utilização de profissional contratado por agência de locação de mão-de-obra, obrigará o tomador de serviço solidariamente pelo cumprimento das obrigações legais e contratuais, se caracterizar-se a tentativa, pelo tomador de serviço, de utilizar a agência para fugir às responsabilidades e obrigações decorrentes desta Lei ou de contrato.

Artigo 18 O comparecimento do profissional na hora e no lugar da convocação implica a percepção integral do salário, mesmo que o trabalho não se realize por motivo independente de sua vontade.

Artigo 19 O profissional contratado por prazo determinado não poderá rescindir o contrato de trabalho sem justa causa, sob pena de ser obrigado a indenizar o empregador dos prejuízos que desse fato lhe resultarem.

Parágrafo Único: A indenização de que trata este artigo não poderá exceder àquela a que teria direito o empregado em idênticas condições.

Artigo 20 Na rescisão sem justa causa, no distrato e na cessação do contrato de trabalho, o empregado poderá ser assistido pelo Sindicato representativo da categoria e, subsidiariamente, pela Federação respectiva, respeitado o disposto no artigo 477 da Consolidação das Leis do Trabalho.

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Artigo 21 A jornada normal de trabalho dos profissionais de que trata esta Lei, terá nos setores e atividades respectivos, as seguintes durações:

I - Radiodifusão, fotografia e gravação: 6 (seis) horas diárias, com limitação de 30 (trinta) horas semanais;

II - Cinema, inclusive publicitário, quando em estúdio: 6 (seis) horas diárias;

* A praxe do mercado de trabalho alterou este dispositivo. Atualmente os profissionais de produções cinematográficas trabalham 12 (doze) horas, contados da saída de sua casa até o retorno ao lar. Neste horário já está incluído horário para almoço (geralmente uma hora).

III - Teatro: a partir da estréia do espetáculo terá a duração das sessões, com 8 (oito) sessões semanais;

IV - Circo e variedades: 6 (seis) horas diárias, com limitação de 38 (trinta e seis) horas semanais;

V - Dublagem: 6 (seis) horas diárias, com limitação de 40 (quarenta) horas semanais.

§ 1 O trabalho prestado além das limitações diárias ou das sessões semanais previstas neste artigo será considerado extraordinário, aplicando-se-lhe o disposto nos artigos 59 a 61 da Consolidação das Leis do Trabalho.

§ 2 A jornada normal será dividida em 2 (dois) turnos, nenhum dos quais poderá exceder de 4 (quatro) horas, respeitado o intervalo previsto na Consolidação das Leis do Trabalho.

§ 3 Nos espetáculos teatrais e circenses, desde que sua natureza ou tradição o exijam, o intervalo poderá, em benefício do rendimento artístico, ser superior a 2 (duas) horas.

§ 4 Será computado como trabalho efetivo o tempo em que o empregado estiver à disposição do empregador, a contar de sua apresentação no local de trabalho, inclusive o período destinado a ensaios, gravações, dublagem, fotografias, caracterização, e todo aquele que exija a presença do Artista, assim como o destinado à preparação do ambiente, em termos de cenografia, iluminação e montagem de equipamento.

§ 5 Para o Artista, Integrante de elenco teatral, a jornada de trabalho poderá ser de 8 (oito) horas, durante o período de ensaio, respeitado o intervalo previsto na Consolidação das Leis do Trabalho

Artigo 22 Na hipótese de exercício concomitante de funções dentro de uma mesma atividade, será assegurado ao profissional um adicional mínimo de 40% (quarenta por cento), pela função acumulada, tomando-se por base a função melhor remunerada.

Parágrafo Único: É vedada a acumulação de mais de duas funções em decorrência do mesmo contrato de trabalho.

* Note que, por força de lei, um artista e/ou técnico não pode exercer mais do que duas funções no mesmo contrato de trabalho.

Artigo 23 Na hipótese de trabalho executado fora do local constante do contrato de trabalho, correrão à conta do empregador, além do salário,

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as despesas de transporte e de alimentação e hospedagem, até o respectivo retorno.

Artigo 24 É livre a criação interpretativa do Artista e do Técnico em Espetáculos de Diversões, respeitado o texto da obra.

Artigo 25 Para contratação de estrangeiro domiciliado no exterior, exigir-se-á prévio recolhimento de importância equivalente a 10% (dez por cento) do valor total do ajuste à Caixa Econômica Federal em nome da entidade sindical da categoria profissional.

Artigo 26 O fornecimento de guarda-roupa e demais recursos indispensáveis ao cumprimento das tarefas contratuais será de responsabilidade do empregador.

Artigo 27 Nenhum Artista ou Técnico em Espetáculos de Diversões será obrigado a interpretar ou participar de trabalho passível de pôr em risco sua integridade física ou moral.

Artigo 28 A contratação de figurante não qualificado profissionalmente, para atuação esporádica, determinada pela necessidade de características artísticas da obra poderá ser feita pela forma da indicação prevista no Artigo 8º.

Artigo 29 Os filhos dos profissionais de que trata esta Lei, cuja atividade seja itinerante, terão assegurada a transmissão da matrícula e conseqüente vaga nas escolas públicas locais de 1º e 2º Graus, e autorizada nas escolas particulares desses níveis, mediante apresentação de certificado da escola de origem.

Artigo 30 Os textos destinados à memorização, juntamente com o roteiro de gravação ou plano de trabalho, deverão ser entregues ao profissional com antecedência mínima de 72 (setenta e duas) horas, em relação ao início dos trabalhos.

Artigo 31 Os profissionais de que trata esta Lei têm penhor legal sobre o equipamento e todo o material de propriedade do empregador, utilizado na realização de programa, espetáculo ou produção, pelo valor das obrigações não cumpridas pelo empregador.

Artigo 32 É assegurado o direito ao atestado de que trata o item III do Artigo 7º ao Artista ou Técnico em Espetáculos de Diversões que, até a data da publicação desta Lei tenha exercido, comprovadamente, a respectiva profissão.

Artigo 33 As Infrações ao disposto nesta Lei serão punidas com multa de 2 (duas) a 20 (vinte) vezes o maior valor de referência previsto no artigo 2, Parágrafo Único, da Lei n.º 6.205, de 29 de abril de 1975, calculada a razão de um valor de referência por empregado em situação irregular.

Parágrafo Único: Em caso de reincidência, embaraço ou resistência a fiscalização, emprego de artifício ou simulação com o objetivo de fraudar a Lei, a multa será aplicada em seu valor máximo.

Artigo 34 O empregador punido na forma do artigo anterior, enquanto não regularizar a situação que deu causa à autuação, e não recolher a multa aplicada, após esgotados os recursos cabíveis, não poderá:

I - Receber qualquer benefício, incentivo ou subvenção concedidos por órgãos públicos;

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II - Obter liberação para exibição de programa, espetáculo, ou produção, pelo órgão ou autoridade competente.

Artigo 35 Aplicam-se aos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões as normas da legislação do trabalho, exceto naquilo que for regulado de forma diferente nesta Lei.

Artigo 38 O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 60 (sessenta) dias a contar da data de sua publicação.

Artigo 37 Esta Lei entrará em vigor no dia 19 de agosto de 1978, revogadas as disposições em contrário, especialmente o Art. 35, o § 2º do artigo 480 , Parágrafo Único do Art. 507, e o Art. 509 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo decreto-lei n.º 5.452, de 1943, a Lei n.º 101, de 1974, e a Lei n.º 301, de 1.948.

Brasília, em 24 de Maio de 1978; 157º da Independência e 90º da República.

Ernesto Geisel

Armando Falcão / Ney Braga/ Arnaldo Prieto/ Euclides Quandt de Oliveira

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4. OS PROFISSIONAIS DO CINEMA

A seguir, uma lista das atividades profissionais da área cinematográfica, conforme a Lei 6.533/78 e demais regulamentações

Aderecista

Monta. transforma ou duplica, utilizando-se de técnicas artesanais, objetos cenográficos e de indumentária, segundo orientação do Cenógrafo e/ou Figurinista.

Animador

Executa a visualização do roteiro, modelos dos personagens e os lay-outs de cena, conforme orientação do Diretor de Animação.

Arquivista de Filmes

Organiza, controla e mantém sob sua guarda filmes e material publicitário em arquivos apropriados; avalia e relata o estado do material, coordenando os trabalhos de revisão e reparos das cópias, quando possível ou necessário, com o auxílio do Revisor.

Assistente de Animação

Transfere para o acetato, os lay-outs do Animador e do Assistente de Animador.

Assistente de Animador

Completa o planejamento do Animador Intercalando os desenhos; faz pequenas animações.

Assistente de Câmeras de Cinema

Assiste o Operador de Câmera e o Diretor de Fotografia; monta e desmonta a câmera de cinema e seus acessórios; zela pelo bom estado deste equipamento. carrega e descarrega chassis, opera o foco, a zoom e o diafragma, redige os boletins de câmera, prepara o material a ser encaminhado ao laboratório, realiza os testes de verificação de equipamento.

Assistente de Cenografia

Assiste o Cenógrafo em suas atribuições; coleta dados e realiza pesquisas relacionadas com o projeto cenográfico.

Assistente do Diretor Cinematográfico

Assiste o Diretor Cinematográfico em suas atividades, desde a preparação da produção até o término das filmagens; coordena as comunicações entre o Diretor de Produção Cinematográfico e o conjunto da equipe e do elenco; colabora na análise técnica do roteiro, do plano e da programação diária de filmagens ou ordem do dia: supervisiona o recebimento e distribuição dos elementos

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requisitados na ordem do dia; coordena e dinamiza as atividades, visando o cumprimento da programação estabelecida.

Assistente de montador Cinematográfico

Encarrega-se da ordenação, classificação e sincronização do som e imagem do copião; Executa os cortes indicados pelo Montador Cinematográfico; classifica e ordena as sobras de som e imagem; sincroniza as diversas pistas componentes da trilha sonora do filme.

Assistente de Montador de Negativo

Assiste o Montador de Negativo em suas atribuições; prepara o material e equipamento a ser utilizado; acondiciona as sobras de material.

Assistente de Operador de Câmera de Animação

Assiste o Operador de Câmera no processo de filmagem de animação.

Assistente de Produtor Cinematográfico

Assiste o Diretor de Produção Cinematográfica no desempenho de suas funções.

Assistente de Revisor e Limpador

Encarrega-se da revisão e limpeza de películas e fitas magnéticas.

Assistente de Trucador

Assiste o Trucador Cinematográfico em suas atribuições.

Ator

Cria, interpreta e representa uma ação dramática baseando-se em textos, estímulos visuais, sonoros ou outros, previamente concebidos por um autor ou criados através de improvisações individuais ou coletivas; utiliza-se de recursos vocais, corporais e emocionais, aprendidos ou intuídos, com o objetivo de transmitir ao espectador o conjunto de idéias e ações dramáticas propostas; pode utilizar-se de recursos técnicos para manipular bonecos1 títeres e congêneres; pode interpretar sobre a imagem ou voz de outrem; ensaia buscando aliar a sua criatividade à do Diretor; atua em locais onde se apresentam espetáculos de diversões públicas e/ou nos demais veículos de comunicação.

Auxiliar de Tráfego

Encarrega-se do encaminhamento dos filmes aos seus devidos setores.

Cenarista de Animação

Executa os cenários necessários para cada plano, cena e seqüência da animação conforme os lay-outs de cena e orientação do Chefe de Arte e do Diretor de Animação.

Cenógrafo

Cria, projeta e supervisiona, de acordo com o espírito da obra, a realização e montagem de todas as ambientações e espaços necessários à cena; determina os materiais necessários; dirige a preparação, montagem e remontagem das

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diversas unidades de trabalho. Nos filmes de longa metragem exerce, ainda, as funções de Diretor de Arte.

Cenotécnico

Planeja, coordena, constrói, adapta e executa todos os detalhes de material, serviços e montagem dos cenários, segundo maquetes croquis e plantas fornecidas pelo Cenógrafo.

Chefe de Arte de Animação

Coordena o trabalho dos Coloristas e da copiadora eletrostática.

Colador-Marcador de Sincronismo

Tira as pontas de sincronismo, ao mesmo tempo que faz a marca do ponto sincrônico do anel anterior, colocando, por meio de emendas, o rolo de filme e de magnético em seu estado original.

Colorista de Animação

Cobre desenhos impressos no acetato sob a supervisão do Chefe de Arte.

Conferente de Animação

Confere o trabalho dos Coloristas; auxilia na filmagem; cuida do mapa de animação e da ordem dos desenhos e cenários, separando-os por planos e cenas.

Continuísta de Cinema

Assiste o Diretor Cinematográfico no que se refere ao encadeamento e continuidade da narrativa, cenários, figurinos, adereços, maquiagem, penteados, luz ambiente, profundidade de campo, altura e distância da câmera; elabora boletins de continuidade e controla os de som e de câmera; anota diálogos, ações, minutagens, dados de câmera e horário das tomadas: prepara a claquete; informa à produção dos gastos diários de negativo e fita magnética.

Contra-Regra de Cena

Encarrega-se da guarda, conservação e colocação dos objetos de cena, sob orientação do Cenógrafo.

Cortador-Colador de Anéis

Corta os trechos marcados do copião ou cópia do trabalho seguindo a numeração feita pelo Marcador de Anéis.

Diretor de Animação

Cria o planejamento de animação do filme, os lay-outs de cena, guias de animação, movimentos de câmera; supervisiona o processo de produção, Inclusive trilha sonora; é o responsável pela qualidade do filme.

Diretor de Arte

Cria, conceitua, planeja e supervisiona a produção de todos os componentes visuais de um filme ou espetáculo; traduz em formas concretas as relações dramáticas imaginadas pelo Diretor cinematográfico e sugeridas pelo roteiro; define a construção plástico-emocional de cada cena e de cada personagem dentro do contexto geral do espetáculo; verifica e elege as locações, as texturas,

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a cor e efeitos visuais desejados, junto ao Diretor Cinematográfico e ao Diretor de Fotografia; define e conceitua o espetáculo estabelecendo as bases sob as quais trabalharão o Cenógrafo, o Figurinista, o Maquiador, o Técnico de Efeitos

Especiais Cênicos, os gráficos e os demais profissionais necessários, supervisionando-os durante as diversas bases de desenvolvimento do projeto.

Diretor de Animação

Responsável pelo visual gráfico dos filmes de animação; cria os personagens e os cenários do filme.

Diretor Cinematográfico

Cria a obra cinematográfica, supervisionando e dirigindo sua execução, utilizando recursos humanos, técnico e artísticos; dirige artisticamente e tecnicamente a equipe e o elenco; analisa e interpreta o roteiro do filme. adequando-o à realização cinematográfica sob o ponto de vista técnico e artístico; escolhe locações, cenários, figurinos, cenografias e equipamentos; dirige e/ou supervisiona a montagem, dublagem, confecção da trina musical e sonora, e todo o processamento do filme até a cópia final: acompanha a confecção do "trailer", do "avant-trailer".

Diretor de Dublagem

Assiste ao filme e sugere a escalação do elenco para a dublagem do filme, esquematiza a produção, programa os horários de trabalho, orienta a interpretação e o sincronismo do Ator sobre sua imagem ou de outrem.

Diretor de Fotografia

Interpreta com Imagens o roteiro cinematográfico sob a orientação do Diretor Cinematográfico; mantém o padrão técnico e artístico da Imagem; durante a preparação do filme, seleciona e aprova o equipamento adequado ao trabalho, indicando e/ou aprovando os técnicos sob sua orientação, o tipo de negativo a ser adotado, os testes de equipamento; examina e aprova locações interiores e exteriores, cenários e vestuários; nas filmagens orienta o Operador de Câmera, Assistente de Câmera, Eletricistas, Maquinistas e supervisiona o trabalho do Continuísta e o do Maquiador, sob o ponto de vista fotográfico; no acabamento do filme, quando conveniente ou necessário, acompanha a cópia final, em laboratório, durante a marcação de luz.

Diretor de Produção Cinematográfica

Mobiliza e administra recursos humanos, técnicos, artísticos e materiais para a realização do filme: racionaliza e viabiliza a execução do projeto. mediante análise técnica do roteiro, em conjunto com o Diretor Cinematográfico ou seu Assistente: administra financeiramente a produção.

Editor Áudio

Encarrega-se da revisão e sincronização dos diálogos dublados; sincroniza as "bandas Internacionais" e marca as correções a serem feitas na mixagem.

Eletricista de Cinema

Encarrega-se da guarda, manutenção e adequada instalação do equipamento elétrico e de iluminação do filme. distribuindo de acordo com as indicações do Diretor de Fotografia; determina as especificações dos geradores a serem utilizados.

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Figurante

Participa, individual ou coletivamente, como complementação de cena.

Figurinista

Cria e projeta os trajes e complementos usados pelo elenco e figuração, executando o projeto gráfico dos mesmos; indica os materiais a serem utilizados: acompanha, supervisiona e detalha a execução do projeto.

Fotógrafo de Cena

Fotografa, durante as filmagens, cenas do filme para efeito de divulgação de material publicitário; indica o material adequado ao seu trabalho; trabalha em conjunto com o Diretor Cinematográfico e o Diretor de Fotografia.

Guarda-Roupeiro

Encarrega-se da conservação das peças de vestuário utilizadas no espetáculo ou produção, auxilia o elenco e a figuração a vestir as indumentárias, organiza a guarda e embalagem dos figurinos, em caso de viagem.

Letrista de Animação

Executa os letreiros ou créditos para produções cinematográficas.

Maquiador de Cinema

Encarrega-se da maquiagem ou caracterização do elenco e figuração de um filme, sob orientação do Diretor Cinematográfico, em comum acordo com o Diretor de Fotografia: indica os produtos a serem utilizados em seu trabalho.

Maquinista de Cinema

Encarrega-se do apoio direto ao Operador de Câmera, Assistente de Câmera e Eletricista no que se refere ao material de maquinaria; instala e opera equipamentos destinados à fixação e/ou movimentação da câmera.

Marcador de Anéis

Executa a marcação dos anéis de dublagem, no copião ou cópia de trabalho.

Microfonista

Assiste o Técnico de Som; monta e desmonta o equipamento, zelando pelo seu bom estado; posiciona os microfones; confecciona os boletins de som.

Montador do Filme Cinematográfico

Monta e estrutura o filme, em sua forma definitiva, sob a orientação do Diretor Cinematográfico, a partir do material de imagem e som usando seus recursos artísticos, técnicos e equipamentos específicos: zela pelo bom estado e conservação das pistas sonoras, faz o plano de mixagem, participando da mesma; orienta o Assistente de Montagem.

Montador de Negativo

Monta negativos de filmes cinematográficos a partir do copião montado, respeitando os cortes e marcação do Montador de Filme Cinematográfico.

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Operador de Câmera

Opera a câmera cinematográfica a partir das instruções do Diretor Cinematográfico e do Diretor de fotografia: enquadra as cenas do filme: indica os focos e os movimentos de zoom e câmera.

Operador de Câmera de Animação

Filma os desenhos em equipamento especial, responsabilizando-se pela qualidade fotográfica do filme.

Operador de Gerador

Encarrega-se da manipulação e operação do gerador e corrente elétrica durante as filmagens.

Pesquisador Cinematográfico

Coleta e organiza dados e materiais, desenvolve pesquisas no sentido de preservação da memória .cinematográfica, sob qualquer forma, quer fílmica, bibliográfica, fotográfica e outras.

Projecionista de Laboratório

Opera projetor cinematográfico especialmente preparado para os trabalhos de estúdio de som.

Revisor de filme

Executa a revisão e reparo das cópias de filmes, verificando as condições materiais das mesmas, sob coordenação do Arquivista de Filmes.

Roteirista de Animação

Cria, a partir de uma idéia, texto ou obra literária, sob a forma de argumento ou roteiro de animação, narrativa com seqüências de ação, com ou sem diálogos, a partir do qual se realiza o filme de animação.

Roteirista Cinematográfico

Cria, a partir de uma idéia, texto ou obra literária, sob a forma de argumento ou roteiro de animação, narrativa com seqüências de ação, com ou sem diálogos, a partir do qual se realiza o filme de animação.

Técnico em Efeitos Especiais Cênicos

Realiza e/ou opera, durante as filmagens, mecanismos que permitem a realização de cenas exigidas pelo roteiro cinematográfico, cujo efeito dá ao expectador convencimento da ação pretendida pelo Diretor Cinematográfico.

Técnicos em Efeitos Especiais Óticos

Realiza e elabora trucagens, durante as filmagens, com acessórios complementares à câmera, e sem a utilização de laboratório e de imagens ou truca.

Técnico de Finalização Cinematográfica

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Acompanha as trucagens e faz o tráfego de laboratório, supervisionando a qualidade do material trabalhado, na área do filme publicitário.

Técnico de Manutenção Eletrônica

Encarrega-se da conservação, manutenção e reparo do equipamento eletrônico de um estúdio de som.

Técnico de Manutenção de Equipamento Cinematográfico

Responsável pelo bom andamento das máquinas, com profundo conhecimento de mecânica e/ou eletrônica cinematográfica.

Técnico-Perador de Mixagem

Encarrega-se de reunir em uma única pista, todas as pistas sonoras de um filme, após submetê-las a vários processos de equalização sonora.

Técnico de Som

Realiza a interpretação e registro durante as filmagens, dos sons requeridos pelo Diretor Cinematográfico, indica o material adequado ao seu trabalho e a equipe que o assiste; examina e aprova do ponto de vista sonoro, as locações internas e externas, cenários e figurinos, orienta o Microfonista, acompanha o acabamento do filme, a transcrição do material gravado para magnético perfurado, a mixagem e a transcrição ótica.

Técnico em Tomada de Som

Realiza a gravação de vozes ruídos e músicas, em estúdio de som; opera a mesa de gravação; executa equalizações sonoras.

Técnico em Tranferência Sonora

Realizam a transferência de sons gravados em discos, fitas magnéticas ou óticas para fitas magnéticas ou negativo ótico; realiza testes de ajuste do equipamento e da qualidade do negativo ótico revelado.

Trucador Cinematográfico

Executa trucagens óticas, realizando efeitos de imagem desejados pelo Diretor Cinematográfico; opera o equipamento denominado "truca".

5. MODELOS DE CONTRATOS DE DIREITOS AUTORAIS

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Diante de todas essas informações, segue em anexo alguns modelos de contrato para produção audiovisual, em conformidade com os dispositivos da Lei 6.533/78 e demais regulamentações.

MODELO 1CONTRATO DE TRABALHO POR TEMPO DETERMINADO

ENTRE WG7 AGENCIAMENTO E PRODUÇÕES S/C LTDA ELUIS FERNANDO SEVERO PARA O FILME CHOVE SOBRE MINHA INFÂNCIA

Pelo presente instrumento particular, de um lado WG7 AGENCIAMENTO E PRODUÇÕES S/C LTDA, pessoa jurídica de direito privado, com fins lucrativos, sediada à XXXXXXXXXXXXXXXXXX, Centro, na cidade de Curitiba/Paraná, inscrita no CNPJ sob n. XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, devidamente representada através de seu sócio-administrador GILBERTO BARONI FILHO, brasileiro, solteiro, portador da Carteira de Identidade sob n. XXXXXXXXXXXXXXXX, e inscrito no CPF sob n. XXXXXXXXXXXXXXXX, residente e domiciliado na Rua Brigadeiro Franco, 1491/201, Centro, na cidade de Curitiba/Paraná, doravante designada CONTRATANTE e LUÍS FERNANDO SEVERO, brasileiro, solteiro, diretor cinematográfico, portador do CPF sob n. XXXXXXXXXXXXXXXXX, residente e domiciliado na Rua XXXXXXXXXXXXXXXXXX, na cidade de Curitiba/PR, doravante designado CONTRATADO; celebram entre si o presente, o qual será regido pelas seguintes cláusulas e condições:

CLÁUSULA PRIMEIRA – O contratado prestará à contratante os serviços de DIREÇÃO, conforme a Lei 6.533/78 e demais regulamentações, para os fins da produção audiovisual de longa-metragem intitulada CHOVE SOBRE MINHA INFÂNCIA.

§1O. É vedado a ambas as partes qualquer manifestação desrespeitosa entre si e demais profissionais envolvidos com a produção evitando comprometê-la, sob pena de rescisão contratual e multa de 20% (vinte por cento) sobre o valor do presente contrato, sem prejuízo de danos morais.

§2o. É expressamente vedado todo e qualquer consumo de bebidas alcoólicas e substâncias entorpecentes, salvo as por orientação médica, durante os horários reservados ao cumprimento das funções profissionais, sob pena de rescisão contratual e multa de 20% (vinte por cento) sobre o valor do presente contrato, sem prejuízo de danos morais.

§3o. O descumprimento das funções estabelecidas no presente contrato, desde que acarretem prejuízos de qualquer ordem, para o bom andamento da execução da produção audiovisual, acarretará a rescisão contratual e multa de 20% (vinte por cento) sobre o valor do presente contrato, sem prejuízo de danos morais.

§4o. O CONTRATADO não terá direito de levar acompanhantes, seja cônjuge, parentes ou amigos, nas viagens necessárias à realização da produção audiovisual.

§5o. Por vontade do CONTRATADO é permitido o acompanhamento de pessoas alheias à produção, desde que autorizado expressamente pelo CONTRATANTE.

§6o. O CONTRATADO se obriga a realizar a função descrita nesta cláusula, por durante 8 (oito) semanas, em período integral, não excedendo o limite previsto na Lei. 6.533/78, com período de 1 (uma) hora para almoço. As datas de início e término dos trabalhos serão definidas por escrito em termo aditivo a este instrumento.

§8o. O CONTRATADO terá direito a uma folga semanal remunerada aos domingos.

CLÁUSULA SEGUNDA – Os valores a serem pagos ao contratado para a realização de seus serviços prestados serão de R$ XXXXXXXXX (XXXXXXXXXXX), em conformidade com o piso salarial vigente no Estado do Paraná.

§ 1o. O presente contrato terá vigência até a finalização da produção audiovisual, não extrapolando o máximo de 3 (três) anos;

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§ 2o. Constará nos créditos da obra, em posição de destaque, bem como em qualquer material publicitário a ser utilizado para divulgação da produção, o nome do CONTRATADO na função de DIRETOR E/OU DIREÇÃO;

§ 3o. Os custos de hospedagem, transporte e alimentação, para os fins de filmagens da produção audiovisual, correm por conta do CONTRATANTE;

§ 4o. O CONTRATADO terá direito, sem ônus, a 1 (uma) cópia em VHS e BETACAM do produto final de seu trabalho, não sendo permitida qualquer comercialização do trabalho sem que haja a expressa anuência da CONTRATANTE;

§ 5o. O CONTRATADO poderá utilizar o material mencionado no parágrafo anterior para os fins de divulgação de sua obra artística em palestras, mostras e aulas didáticas e outras correlatas, desde que não fique configurada o interesse de comercialização da obra.

§6o. O CONTRATADO manterá sigilo profissional sobre a produção audiovisual, sendo-lhe vedado o transporte, guarda ou divulgação de qualquer material gravado, pré-montado ou finalizado, bem como transcrições, roteiros, contratos ou quaisquer outros meios e veículos que exponham técnicas e rotinas de trabalhos, identidades dos sócios e outros detalhes que venham a prejudicar a produção.

§ 7o. O descumprimento ao parágrafo anterior acarretará rescisão contratual e multa de 20% (vinte por cento) sobre o valor de contrato, sem prejuízo de danos morais.

§8o. O CONTRATADO está ciente de que o filme CHOVE SOBRE MINHA INFÂNCIA será ou estará, à época da produção, inscrito em leis de incentivo à cultura ou outros mecanismos de fomento, portanto devendo respeitar, no exercício de suas funções, os rigores estabelecidos no roteiro cinematográfico.

CLÁUSULA TERCEIRA – A cada novo contrato realizado com canais de televisão ou outros meios de exibição, para os fins de divulgação comercial da obra, cabe única e exclusivamente ao CONTRATANTE entrar em contato com o CONTRATADO para lhe repassar uma parcela de 50% (cinqüenta por cento) do contrato a ser firmado, considerando-se os valores líquidos (descontados impostos, taxas e outros encargos previstos em lei).

Parágrafo único. O percentual de 50% (cinqüenta por cento) engloba a remuneração da aquisição dos direitos patrimoniais sobre a obra literária homônima de Miguel Sanches Neto, cuja patrimonialidade pertence, para os fins de produção audiovisual, ao CONTRATADO.

CLÁUSULA QUARTA – Toda e qualquer premiação, inclusive pecuniária, para a função de DIREÇÃO será direito único e exclusivo do CONTRATADO.

CLÁUSULA QUINTA – Qualquer divulgação lícita da obra, em todos os meios de comunicação, correm por conta do CONTRATANTE.

PARÁGRAFO ÚNICO – O contratado autoriza a vinculação de seu nome e imagem para os fins de divulgação da obra.

CLÁUSULA SEXTA – A titularidade patrimonial da produção audiovisual é exclusiva do CONTRATANTE, não cabendo ao contratado o exercício de qualquer eventual direito considerado como tal, pelo que renuncia expressamente a qualquer pretensão neste sentido, consoante permissivo legal contido no artigo 23 da Lei 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998, salvo o disposto na CLÁUSULA TERCEIRA.

CLÁUSULA SÉTIMA – As partes poderão rescindir este contrato a qualquer tempo:

§1o – Se houver inadimplemento por qualquer uma das partes, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;

§2o – Unilateralmente, desde que a parte que decidiu rescindir o contrato pague à outra parte multa referente a 30% (trinta por cento) do valor mínimo estipulado na CLÁUSULA SEGUNDA.

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CLÁUSULA OITAVA – Em caso de rescisão, provocada por qualquer uma das partes, respeitada a Cláusula Primeira e seus parágrafos, aplicar-se-ão os artigos 479 e 480 da Consolidação das Leis Trabalhistas.

CLÁUSULA NONA – Elege-se o foro de Curitiba para dirimir quaisquer dúvidas com expressa renúncia a outro, por mais privilegiado que possa ser.

Este presente contrato de trabalho passa a produzir seus efeitos a partir da data de assinatura do presente instrumento.

Curitiba, 04 de Janeiro de 2004.

______________________________ _____________________________Contratante Contratado

______________________________ _______________________________Primeira Testemunha Segunda TestemunhaNome NomeRG RG:

MODELO 2CONTRATO Nº ______________

CONTRATO DE TRABALHO POR TEMPO DETERMINADO(CONFORME PORTARIA Nº 3.405 DE 25/10/78)

Pelo presente instrumento de Contrato de Trabalho, entre _______________________________________________________________________________________________________________________________________(Razão social da empresa ou empregador)Estabelecida na _______________________________________________________________________(endereço completo)No Estado de ___________________________; CEP nº ______________-_________, Inscrita no C.G.C. sob o nº ____________________________, Cadastrada no MT sob nº _____________________________, Por intermédio de seu Representante Legal ____________________________________________________________________________________________________________________RG. nº____________________________doravante denominado EMPREGADORA e ______________________________________________________

(nome completo do empregado)_____________________________ de nome artístico ______________________________________________,Nacionalidade _____________________, estado civil __________________, profissão. __________________, residente na ____________________________________________________________ nº __________, Bairro ___________________________, CEP nº ______________-________, Capital __________________________, Estado ____________, portador na CPTS sob o nº____________________ série _______________, inscrito no CPF sob nº _____________________________, Registro no MT sob nº ___________________ doravante demominado EMPREGADO, ficou justo e contratado o seguinte:PRIMEIRA – O EMPREGADO obriga-se a prestar seus serviços profissionais de________________ _________________________________ durante o período de vigência deste contrato, prestando seus serviços (mencionar a função)_______________________________exclusividade;

(com ou sem)SEGUNDA – O prazo do presente contrato é de ____________________________________________________

(mencionar o nº de anos meses e duas)iniciando-se a ________________________________________

(dia mês e ano)

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TERCEIRA – O salário é de R$ _________________ (______________________________________________)

(por extenso)A ser pago _________________________________________________________________________________;QUARTA – O EMPREGADO, por força deste contrato, desempenhará as suas funções no ________________________________________________________________________, representando o personagem ____________

(título do programa, espetáculo ou produção)_________________________ da obra __________________________________________________________;

(se for o caso)QUINTA – O EMPREGADO atuará ____________________________________________________________;

(mencionar os locais)SEXTA – O EMPREGADO obriga-se a prestar os seus serviços no seguinte horário ________________________________________________________________________________________________________________

(horário e intervalo de repouso)SÉTIMA – O EMPREGADO terá direito a uma folga semanal remunerada que será no _______________________________________________________ (dia da semana)OITAVA – A EMPREGADORA obriga-se a pagar ao EMPREGADO, quando para desempenho dos seus serviços for necessário viajar, as despesas de transporte, de alimentação e de hospedagem, até o respectivo retorno.NONA – Além das obrigações constantes da cláusula anterior a EMPREGADORA pagará ao EMPREGADO, quando tiver de se deslocar para prestar serviço fora da cidade onde foi celebrado o presente Contrato de Trabalho, um adicional de 25% (vinte e cinco por cento) incidente sobre salário diário.DÉCIMA – O EMPREGADO se obriga a executar os trabalhos de dublagem ou outros decorrentes do trabalho de interpretação, sempre que for necessário.Parágrafo 1º - Se a dublagem tiver de efetivar-se por terceiros, deverá ser precedida de autorização por escrito, do EMPREGADO, anexando-se ao presente cópia da respectiva autorização.Parágrafo 2º - O contrato com o profissional que atuará com o dublador, deverá ser registrado juntamente com o do profissional que será dublado.DÉCIMA PRIMEIRA – O EMPREGADO terá seu nome incluindo, em todos os créditos (apresentação, cartazes, programas, impressos em geral, etc.).DÉCIMA SEGUNDA – Fica assegurada, a participação de 10% (dez por cento) sobre o aproveitamento econômico da obra a título de direito conexos aos autorais, a serem rateados entre os executores, em caso de gravação, reprodução ou retransmissão por qualquer forma e comunicação ao público.Este Contrato de Trabalho vai assinado pelas partes contratantes para todos os efeitos da legislação em vigor, não se aplicando às mensagens publicitárias.

_____________________________________________ LOCAL E DATA

_____________________________________________ EMPREGADOR

1ª Via – Empregador (Branca)2ª Via –Empregado (Rosa)

_____________________________________________3ª Via - Ministério do Trabalho (Verde) EMPREGADO4ª Via – Sindicato(Amarela)

MODELO 3NOTA CONTRATUAL Nº _____________________

PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS CARACTERÍSTRICA EVENTUAL(CONFORME PORTARIA MINISTERIAL N. 3406 DE 25/10/78)

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A empresa __________________________________________________________(razão social da empresa)

estabeleciada na _____________________________________________________(endereço completo)

na cidade ________________________, Estado _____, CEP __________- ______ Inscrição no C.G.C. sob. Nº ______________________________________, Cadastrada no MT sob o nº _______________________________________ por intermédio de sua Representante Legal ___________________________________ _________________ RG nº ____________________________ contrata os serviços de _____________________________ de nome artístico ___________________, (nome completo do contrado)nacionalidade ______________ estado civil, _________ , profissão ____________ residente à ______________________________________________ nº ________

(endereço completo)CEP ___________-______ portador da CTPS nº ___________ série ___________ Inscrito no CPF sob nº _________________ Registro no MT sob nº ___________ para trabalhar o período de ___________________ em serviço caracteristicamente eventual para a realização do trabalho abaixo mencionado./O CONTRATADO prestará serviços à empresa contratante na função de _________________, na produção _____________________________ capítulo ___________ representando o personagem __________ com a remuneração de R$ _________(________________________________________________________)

(por extenso)relativa ao período mencionado, a qual será paga ao término do serviço aqui contratado ou, o mais tardar, dento de cinco dias úteis subseqüentes. Esta NOTA CONTRATUAL vai assinada pelas partes contratantes para todos os efeitos da legislação do trabalho em vigor (Lei 6.533/78, Decreto 82.385/78 e Portaria 6.406/78 do Ministério do Trabalho).

_________________________________LOCAL E DATA

__________________________________EMPREGADOR

1ª Via – Empregador (Branca)2ª Via –Empregado (Rosa) __________________________________3ª Via - Ministério do Trabalho (Verde) EMPREGADO4ª Via – Sindicato (Amarela)

MODELO 4COTRATO Nº ______________

CONTRATO DE TRABALHO POR TEMPO DETERMINADO(CONFORME PORTARIA Nº 3.405 DE 25/10/78)

Pelo presente instrumento de Contrato de Trabalho, entre ___________________________________________________________________________________________________________________________

(Razão social da empresa ou empregador)Estabelecida na ________________________________________________________________________

(endereço completo)No Estado de ___________________________; CEP nº ______________-_________, Inscrita no C.G.C. sob o nº __________________________, Cadastrada no MT sob nº _____________________________,

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Por intermédio de seu Representante Legal ________________________________-_____________________________________________________________________RG. nº____________________________doravante denominado EMPREGADORA e _________________________________________________

(nome completo do empregado)________________________ de nome artístico _____________________________________________,Nacionalidade ___________________, estado civil ________________, profissão. _________________, residente na ____________________________________________________________ nº __________, Bairro ______________________, CEP nº _____________-_______, Capital _______________________, Estado ____________, portador na CPTS sob o nº____________________ série _______________, inscrito no CPF sob nº _____________________________, Registro no MT sob nº ___________________ doravante demominado EMPREGADO, ficou justo e contratado o seguinte:PRIMEIRA – O EMPREGADO obriga-se a prestar seus serviços profissionais de________________ _________________________________ durante o período de vigência deste contrato, prestando seus serviços (mencionar a função)_______________________________exclusividade;

(com ou sem)SEGUNDA – O prazo do presente contrato é de _____________________________________________

(mencionar o nº de anos meses e duas)iniciando-se a ________________________________________

(dia mês e ano)TERCEIRA – O salário é de R$ _______________ (__________________________________________)

(por extenso)A ser pago ___________________________________________________________________________;QUARTA – O EMPREGADO, por força deste contrato, desempenhará as suas funções no _____________________________________________________________, representando o personagem ____________

(título do programa, espetáculo ou produção)____________________ da obra __________________________________________________________;

(se for o caso)QUINTA – O EMPREGADO atuará ______________________________________________________;

(mencionar os locais)SEXTA – O EMPREGADO obriga-se a prestar os seus serviços no seguinte horário ____________________________________________________________________________________________________

(horário e intervalo de repouso)SÉTIMA – O EMPREGADO terá direito a uma folga semanal remunerada que será no __________________________________________________ (dia da semana)

MODELO 5CONTRATO DE TRABALHO POR TEMPO INDETERMINADO

(CONFORME PORTARIA Nº 3.405 DE 25/10/78)

Pelo presente instrumento de Contrato de Trabalho, entre ____________________ ___________________________________________________________________...................................... (Razão social da empresa ou empregador)Estabelecida na ______________________________________________________ (endereço completo)No Estado de _______________________; CEP nº _____________-________, Inscrita no C.G.C. sob o nº ____________________________, Cadastrada no MT sob nº _________________________,Por intermédio de seu Representante Legal ______________________________________________________________ RG. nº _____________________ doravante denominado EMPREGADORA ____________________________________________

(nome completo do empregado)de nome artístico ________________________, Nacionalidade _______________, estado civil _______________, profissão. ______________________________, residente na _____________________________________________ nº ________, Bairro ________________________, CEP nº _____________-________, Capital ________________________, Estado ___________, portador na CPTS sob o nº__________ série _________, inscrito no CPF sob nº _____________________,

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Registro no MT sob nº __________________________ doravante denominado EMPREGADO, ficou justo e contratado o seguinte:PRIMEIRA – O EMPREGADO obriga-se a prestar seus serviços profissionais de________________ _________________________________ durante o período de vigência deste contrato, prestando (mencionar a função)seus serviços _______________________________exclusividade;

(com ou sem)SEGUNDA – O prazo do presente contrato é por Tempo Indeterminado, começando em ____________________________________________

(data do inicio)TERCEIRA – O salário é de R$ __________ (_______________________________)

(por extenso)A ser pago _________________________________________________________;QUARTA – O EMPREGADO, por força deste contrato, desempenhará as suas funções no _______________________________________, representando o personagem

(título do programa, espetáculo ou produção)__________________________ da obra _________________________________;

(se for o caso)QUINTA – O EMPREGADO atuará _______________________________________;

(mencionar os locais)SEXTA – O EMPREGADO obriga-se a prestar os seus serviços no seguinte horário ___________________________________________________________________

(horário e intervalo de repouso)SÉTIMA – O EMPREGADO terá direito a uma folga semanal remunerada que será no ______________________ (dia da semana)OITAVA – A EMPREGADORA obriga-se a pagar ao EMPREGADO, quando para desempenho dos seus serviços for necessário viajar, as despesas de transporte, de alimentação e de hospedagem, até o respectivo retorno.NONA – Além das obrigações constantes da cláusula anterior a EMPREGADORA pagará ao EMPREGADO, quando tiver de se deslocar para prestar serviço fora da cidade onde foi celebrado o presente Contrato de Trabalho, um adicional de 25% (vinte e cinco por cento) incidente sobre salário diário.DÉCIMA – O EMPREGADO se obriga a executar os trabalhos de dublagem ou outros decorrentes do trabalho de interpretação, sempre que for necessário.Parágrafo 1º - Se a dublagem tiver de efetivar-se por terceiros, deverá ser precedida de autorização por escrito, do EMPREGADO, anexando-se ao presente cópia da respectiva autorização.Parágrafo 2º - O contrato com o profissional que atuará com o dublador, deverá ser registrado juntamente com o do profissional que será dublado.DÉCIMA PRIMEIRA – O EMPREGADO terá seu nome incluindo, em todos os créditos (apresentação, cartazes, programas, impressos em geral, etc.).Este Contrato de Trabalho vai assinado pelas partes contratantes para todos os efeitos da legislação em vigor.

_________________________________ LOCAL E DATA

__________________________________ EMPREGADOR

1ª Via – Empregador (Branca)2ª Via –Empregado (Rosa) __________________________________3ª Via - Ministério do Trabalho (Verde) EMPREGADO4ª Via – Sindicato (Amarela)

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6. O PREÇO DOS PROFISSIONAIS

Além dos contratos, é importante que o artista/técnico e também o contratante (também chamado de empregador) respeite os valores de mercado dos profissionais. Para tanto, anexo algumas tabelas de preços de diversos sindicatos.

TABELA 1 STIC/RJ

PARA PROFISSIONAIS DE LONGAS, MÉDIAS E CURTAS-METRAGENS

FUNÇÃO R$/SEMANA

FUNÇÃO R$/SEMANA

1° ASSISTENTEDE CÂMERA/FOQUISTA

682,50 DIRETOR DE PRODUÇÃO 945,00

1° ASSISTENTEDE DIREÇÃ0

682,50 DOUBLE (POR CENA) 367,50

1°.ASS. DE PRODUÇÃO 577,50 EDITOR 945,002°.ASS. DE CÂMERA 472,50 ELETRICISTA 577,502°.ASS. DE DIREÇÃO 472,50 ELETRICISTA CHEFE 682,502°.ASS. DE PRODUÇÃO 472,50 ESTAGIÁRIO (MENSAL) 136,00ASS. DE CABELEREIRO 315,00 FIGURINISTA 850,50

ASS. DE CENOGRAFIA 472,50 FOTÓGRAFO STILL 472,50

ASS. DE EDITOR/MONTADOR

472,50 MAQUIADOR 630,00

ASS. DE FIGURINO 472,50 MAQUINISTA 577,50ASS. DE MAQUIADOR 315,00 MAQUINISTA CHEFE 682,50

ASS. DE SOM 472,50 MICROFONISTA 630,00CABELEREIRO 577,50 MONTADOR 945,00CAMAREIRO 367,50 PRODUTOR EXECUTIVO 1.207,50CENÓGRAFO 840,00 ROTEIRISTA

(PELA OBRA)6.510,00

CONTINUISTA 577,50 SECRETARIA DE PRODUÇÃO

315,00

CENOTÉCNICO 577,50 TÉC. DE EFEITOS ESPECIAIS

682,50

CONTRA-REGRA 472,50 TÉCNICO DE SOM DIRETO

945,00

ASS. CENOGRAFIA/COMERCIAL

577,50 BOY DE SET 130,00

DIRETOR DE ANIMAÇÃO

1.365,00 COORDENADOR DE DIREÇÃO

682.50

DIRETOR CINEMATOGRÁFICO

1.365,00 PROD. DE ARTE/CENOGRAFIA

577,50

COSTUREIRA 315,00 COORD. DE TRANSPORTE 577,50DIRETOR DE ARTE 945,00 PROD. DE FIG./LOCAÇÃO 577,50

DIRETOR DE FOTOGRAFIA

945,00 COORD. DE ADM. FINANC. 577,50

OPERADOR DE CÂMERA 840,00 ASS. DE SOM DIRETO 472,50DIRETOR DE FOTOGRAFIA/ OPERADOR DE CÂMERA

1.291,50 OPER.DE VÍDEO ASSISTENTE

236,25

PRODUTOR DE ELENCO 682,50

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PARA PROFISSIONAIS EM VÍDEO

FUNÇÃO R$/SEMANA FUNÇÃO R$/SEMANAACOMPANHAMENTO/EQUIP.

142,56 OPERADOR DE ÁUDIO

534,60

ASS. DE MANUTENÇÃO 201,96 OPERADOR DE BOOM

178,20

CABO-MAN 145,56 OPERADOR DE CÂMERA

534,60

DIRETOR ARTÍSTICO 653,40 OPERADOR DE EDIÇÃO

415,80

DIRETOR DE GRAVAÇÃO 831,60 OPERADOR DE MESA DE CORTE

356,40

DIRETOR MUSICAL 415,80 SONOPLASTA 356,40DIRETOR DE TV 534,60 SUPERVISOR

DE OPERAÇÃO772,20

EDITOR EM VÍDEO 617,76 TÉCNICO DE EXTERNAS

534,60

ILUMINADOR 534,60 TÉCNICO DE MANUTENÇÃO

297,00

OPERADOR DE VÍDEO 534,60 TÉCNICO DE SOM DIRETO

653,00

TABELA 2SINDCINE/SP

TABELA DE PISO SALARIAL PARA PROFISSIONAIS EM LONGA, MÉDIA E CURTA METRAGEM - 2005

FUNÇÃO R$ - POR SEMANA

01 – DIRETOR CINEMATOGRÁFICO 2.028,01

02 – 1º ASSISTENTE DE DIREÇÃO 895,40

03 – 2º ASSISTENTE DE DIREÇÃO 506,47

04 – CONTINUISTA 746,88

05 – ROTERISTA (PELO ROTEIRO DE UM LONGA-METRAGEM) 16.647,23

06 – PESQUISADOR CINEMATOGRÁFICO 1.226,64

07 – PRODUTOR EXECUTIVO 1.798,29

08 – DIRETOR DE PRODUÇÃO 1.338,83

09 – 1º ASSISTENTE DE PRODUÇÃO 746,88

10 – 2º ASSISTENTE DE PRODUÇÃO 506,47

11 – CONTRA-REGRA 345,13

12 – SECRETÁRIA DE PRODUÇÃO 506,47

13 – DIRETOR DE FOTOGRAFIA 1.338,83

14 – DIRETOR DE FOTOGRAFIA / OPERADOR DE CAMERA 1.798,29

15 – OPERADOR DE CAMERA 1.226,64

16 – 1º ASSISTENTE DE CAMERA 950,97

Page 41: 59304597 Legislacao Para Cinema Informacoes Basicas Gil Baroni

17 – 2º ASSISTENTE DE CAMERA 571,65

18 – OPERADOR DE VÍDEO ASSISTENTE 345,13

19 – FOTOGRAFO DE CENA (STILL) 571,65

20 – ELETRICISTA OU MAQUINISTA CHEFE 950,97

21 – ELETRICISTA OU MAQUINISTA 746,88

22 – TÉCNICO DE EFEITOS ESPECIAIS 950,97

23 – OPERADOR DE GERADOR 746,88

24 – DIRETOR DE ARTE 1.338,83

25 – CENOGRAFO 1.226,64

26 – FIGURINISTA 1.226,64

27 – ASSISTENTE DE CENOGRAFO 571,65

28 –ASSISTENTE DE FIGURINISTA 746,88

29 – CENOTECNICO 746,88

30 – ASSISTENTE CENOTECNICO 506,47

31 – ADERECISTA 571,65

32 – CABELELEIRO / MAQUIADOR 746,88

33 – MAQUIADOR DE EFEITOS ESPECIAIS 895,40

34 – ASSISTENTE DE MAQUIADOR E CABELEIREIRO 345,13

35 – CAMAREIRO OU GUARDA ROUPEIRO 504,33

36 – COSTUREIRA 345,13

37 – MARCENEIRO 387,87

38 – PINTOR 387,87

39 – TECNICO DE SOM DIRETO 1.338,83

40 – TECNICO DE SOM GUIA 895,40

41 – MICROFONISTA 746,88

42 – EDITOR / MONTADOR 1.338,83

43 – ASSISTENTE DE EDITOR / MONTADOR 571,65

44 – DIRETOR DE ANIMAÇÃO 1.798,29

45 – ANIMADOR 1.140,09

46 – ARTE-FINALISTA 1.226,64

47 – ASSISTENTE DE DIRETOR DE ANIMAÇÃO 413,51

48 – ASSISTENTE DE ANIMAÇÃO 345,13

49 – ASSISTENTE DE ANIMADOR 326,96

50 – ESTAGIARIO 112,19

TABELA 3STED/PR

FUNÇÃO ÁREA PERÍODO PISOAcrobata (duble) cinema/vídeo livre negociação, face

peculiaridades do exercício profissional

livre negociação

Aderecista teatro/dança por trabalho 1.000,00Animador cinema/vídeo semanal 700,00

PISO SALARIAL PARA A CATEGORIA, PROPOSTO E APROVADO EM ASSEMBLÉIA GERAL EM 24/04/2.000

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Artistas circo mensalquinzenalsemanal

700,00350,00175,00

Assistente de Animação cinema/vídeo semanal 400,00Assistente de Câmera cinema/vídeo semanal - 1º assistente

semanal - 2º assistente800,00600,00

Assistente de Cenógrafo cinema/vídeo semanal 500,00Assistente de Coreógrafo

dança mensal 1.500,00

Assistente de Direção teatrocinema/vídeocinema/vídeo

mensalsemanal - 1º assistentesemanal - 2º assistente

1.500,00700,00600,00

Assistente de Montagem cinema/vídeo semanal 500,00Assistente do Operador de Câmera

cinema/vídeo semanal - 1º assistentesemanal - 2º assistente

800,00600,00

Assistente de Produção cinema/vídeo semanalsemanal (secretário)

500,00300,00

Ator teatro

cinema/vídeo

publicidade

por apresentação (produções independentes)por dia de ensaio (produções independentes)mensal - ensaio e apresentação (produções Incentivadas/Subvencionadas)diáriasemanalteste VTpor 6 horas trabalhadas

30,0030,00

900,00200,00

1.000,0025,00

1.200,00

Bailarino dança por apresentação (produções independentes)por dia de ensaio (produções independentes)mensal - ensaio e apresentação (produções Incentivadas/Subvencionadas)

50,0050,00

1.200,00

Cabeleireiro teatro/dançacinema/vídeo

mensalsemanalsemanal - assistente

700,00600,00300,00

Camareira teatro/dança

cinema/vídeo

mensalpor apresentação ou por dia ensaiadosemanal

700,0025,00

300,00

Caracterizador teatro/dança por trabalho 1.000,00Cenógrafo teatro/dança

cinema/vídeopor trabalhosemanal

1.500,00900,00

Cenotécnico teatro/dança

cinema/vídeo

mensalpor apresentação ou por dia ensaiadosemanal

700,0025,00

600,00

Continuísta cinema/vídeo semanal 600,00Contra-Regra teatro/dança

cinema/vídeo

mensalpor apresentação ou por dia ensaiadosemanal

700,0025,00

300,00

Coreógrafo teatrodança

mensalpor coreografia até 30 minutospor minuto adicional

1.500,003.000,00

50,00Cortineiro teatro/dança mensal

por apresentação ou por dia ensaiado

700,0025,00

Costureira teatro/dança mensalpor apresentação ou por dia ensaiado

700,0025,00

Dançarino teatro mensalpor apresentação ou por dia ensaiado

900,0030,00

Diretor teatro mensal 2.500,00

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cinema/vídeo semanal 1.500,00Diretor de Animação cinema/vídeo semanal 1.400,00Diretor de Arte cinema/vídeo semanal 1.000,00Diretor de Cena teatro/dança mensal

por apresentação ou por dia ensaiado

700,0025,00

Diretor de Fotografia cinema/vídeo semanalsemanal (mais operação de câmera)

1.000,001.400,00

Diretor de Produção teatro/dançacinema/vídeo

mensalsemanal (executivo)semanal (demais)

1.500,001.300,001.000,00

Editor cinema/vídeo semanal 800,00Eletricista teatro/dança

cinema/vídeo

mensalpor apresentação ou por dia ensaiadosemanal - chefesemanal - demais

700,0025,00

800,00600,00

Ensaiador de Dança teatro/dança mensal 1.000,00Estagiário cinema/vídeo mensal 160,00Figurante teatro/dança mensal

por apresentação ou por dia ensaiado

300,0010,00

Figurinista teatro/dançacinema/vídeo

por trabalhosemanalsemanal - assistente

1.500,00900,00500,00

Fotógrafo de Cena (Still) cinema/vídeo semanal 800,00Iluminador teatro/dança por trabalho 1.500,00Maître de Ballet dança mensal 1.500,00Maquilador teatro/dança

cinema/vídeomensalpor apresentação ou por dia ensaiadosemanalsemanal - assistente

700,0025,00

600,00300,00

Maquinista teatro/dança

cinema/vídeo

mensalpor apresentação ou por dia ensaiadosemanal - chefesemanal - demais

700,0025,00

800,00600,00

Maquinista-Auxiliar teatro/dança mensalpor apresentação ou por dia ensaiado

700,0025,00

Microfonista cinema/vídeo semanal 600,00Montador de Filme cinema/vídeo semanal 1.300,00Operador de Câmera cinema/vídeo semanal 800,00Operador de Luz teatro/dança mensal

por apresentação ou por dia ensaiado

700,0025,00

Operador de Som teatro/dança mensalpor apresentação ou por dia ensaiado

700,0025,00

Pesquisador Cinematográfico

cinema/vídeo semanal 1.000,00

Roteirista cinema/vídeo por Obra: Curta e Média Metragenspor Obra: Longa Metragem

2.500,00 a 5.000,0015.000,00 a 20.000,00

Secretário de Frente teatro/dança mensalpor apresentação ou por dia ensaiado

700,0025,00

Secretário Teatral teatro/dança mensalpor apresentação ou por dia ensaiado

700,0025,00

Sonoplasta teatro/dança por trabalho 1.500,00Técnico em Efeitos Especiais

cinema/vídeo semanal 700,00

Técnico de Som teatro/dança mensalpor apresentação ou por dia

700,0025,00

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cinema/vídeo ensaiadosemanal

1.000,00

Técnicos circo mensalquinzenalsemanal

500,00250,00125,00

Para a contratação de Figurante(s), amparados pelo Artigo 56 do Decreto 82.385 da Lei 6.533, será exigido Registro Profissional em Carteira de Trabalho e Previdência Social, bem como o Contrato de Trabalho e declaração explícita do Contratante/Diretor do espetáculo.Para a contratação de Figurante(s), amparados pelo Artigo 58 do Decreto 82.385 da Lei 6.533, será exigido apenas o contrato de trabalho acompanhado de Xerox de (RG. E CIC) do contratado, bem como o recolhimento da Taxa de Exercício Profissional.

Para os Espetáculos Itinerantes, a tabela acima poderá ser reduzida em até 30% (trinta por cento), para elenco e equipe técnica, uma vez que o produtor arcará, além do salário, com despesas de transporte, alimentação e hospedagem, até o respectivo retorno, bem como, no caso de Contratos por tempo indeterminado, um adicional de 3% (três por cento) ao dia.

A Jornada de Trabalho dos ARTISTAS/TÉCNICOS, incluindo o período de ensaios, não poderá exceder a oito horas diárias, com exceção dos ARTISTAS BAILARINOS/CIRCENSES que é de seis horas diárias, ou quando em estúdio que é também de seis horas. O excedente será considerado EXTRAORDINÁRIO, limitado a quarenta horas semanais, conforme o estabelecido pela Lei 6.533/78 e CLT.

O valor constante desta tabela para a função de ator na área de publicidade, está distribuído da seguinte forma: 30% (trinta por cento) referente ao trabalho e 70% (setenta por cento) referente à veiculação da imagem. O contratado perceberá ainda os seguintes adicionais, a serem calculados sobre os valores da veiculação: 30% (trinta por cento) para até 02 (dois) estados; 50% (cinqüenta por cento) para regionais; 100% (cem por cento) para nacionais.

As empresas contratantes/produtores/empreendedores terão obrigatoriamente de exigir de seus contratados o número do Registro Profissional expedido pela DRTE/MT, na razão/função do contrato, contidos em suas Carteiras de Trabalho e Previdência Social, bem como o documento comprobatório do recolhimento da Contribuição Sindical do ano em exercício dos Artistas/Técnicos envolvidos nos espetáculos (segundo o conteúdo da Lei 6533/78 e da CLT).

QUALQUER NEGOCIAÇÃO NÃO PODERÁ SER INFERIOR AO MENOR PISO DESTE ACORDO, SENDO OBRIGATÓRIO O REGISTRO EM CONTRATO DE TRABALHO NO VALOR AJUSTADO, BEM COMO SUA TRAMITAÇÃO LEGAL.

7. OBRAS QUE NÃO SÃO NOSSAS

Quando o roteiro versar sobre obra já existente, é necessário a aquisição dos “direitos autorais” do autor desta obra (na verdade a expressão correta seria “direitos patrimoniais”, já que os direitos autorais envolvem os direitos patrimoniais e morais do autor). Essa aquisição se dá através de contrato escrito, sempre respeitando as Lei de Direitos Autorais, já estudadas anteriormente.

No meio cinematográfico é comum a aquisição de roteiros de terceiros ou de obras literárias para adaptações para roteiros. Em ambos os casos é necessário a formalização de um contrato, estabelecendo cláusulas de cessão dos direitos além de outras obrigações. Segue em anexo, dois modelos distintos de contrato de cessão de direitos patrimoniais.

OBSERVAÇÕES

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Cabe lembrar que a livre adaptação não requer prévia cessão de direitos, quando não for reprodução fiel da idéia transcrita na obra. Caso contrário, necessário um contrato de cessão de direitos.

8. MODELOS DE TERMOS DE CESSÃO

MODELO 1CONTRATO DE CESSÃO DE DIREITOS PATRIMONIAIS PARA PRODUÇÃO DE CURTA-CONTRATO DE CESSÃO DE DIREITOS PATRIMONIAIS PARA PRODUÇÃO DE CURTA-

METRAGEMMETRAGEM

Pelo presente documento,

De um lado, ÉRICO FRANCISCO DE CARVALHO BEDUSCHI, brasileiro, casado, escritor, roteirista, portador do CPF XXXXXXXXXXXXXXXX, residente e domiciliado à Rua XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, na cidade de Curitiba (PR), detentor dos direitos do conto e

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da primeira versão do roteiro intitulados TERRA INCÓGNITA, ambos de sua integral autoria, de agora em diante denominado CONTRATADO;

E de outro lado, GILBERTO BARONI FILHO, brasileiro, solteiro, advogado e cineasta, portador do CPF inscrito sob n. XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, residente e domiciliado a Rua XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, na cidade de Curitiba (PR) e, de agora em diante, denominado CONTRATANTE.

Ambas as partes, resolvem celebrar o presente instrumento contratual que será regido pelas seguintes cláusulas:

CLÁUSULA PRIMEIRA

O CONTRATADO cede ao CONTRATANTE os direitos patrimoniais de suas obras (conto e primeira versão do roteiro), intituladas TERRA INCÓGNITA, com a finalidade única e exclusiva para adaptação cinematográfica, cujo resultado final será um curta-metragem de aproximadamente 15 minutos.

CLÁUSULA SEGUNDA

Caberá ao CONTRATANTE, com base nas obras mencionadas anteriormente, fazer uma nova versão de roteiro, utilizando-se de alguns elementos do conto e da primeira versão do roteiro do CONTRATADO. Caberá ao CONTRATANTE, em seu processo artístico de criação de novo roteiro, fazer adaptações que achar necessária, desde que respeitado os créditos do CONTRATADO na função de roteirista e de contista, conforme estabelecido nas cláusulas décima e décima primeira, do presente instrumento.

CLÁUSULA TERCEIRA

A produção cinematográfica a que se refere a cláusula primeira será produzida durante o ano de 2004, através de recursos oriundos de leis de incentivo à cultura.

Parágrafo primeiro. Os recursos de que tratam esta cláusula serão de responsabilidade exclusiva do CONTRATANTE que, através dos mecanismos de fomento a projetos audiovisuais, medirá todos os esforços para a viabilização do curta-metragem.

Parágrafo segundo. O filme terá exibição em salas de cinema, canais de televisão, festivais nacionais e internacionais, bem como qualquer outro meio de comunicação existente ou não à assinatura do presente instrumento.

CLÁUSULA QUARTA

Pela cessão dos direitos das obras, o CONTRATANTE pagará ao CONTRATADO a importância de R$ XXXXXXXXXXXXXXXXXXX (XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX).

CLÁUSULA QUINTA

O pagamento, a que se refere a cláusula anterior, será efetuado à vista, diretamente com o CONTRATADO, quando da assinatura do presente instrumento.

CLÁUSULA SEXTA

O CONTRATADO, bem como sua cônjuge e filho, poderão ter acesso às filmagens, sem necessidade de pré-aviso.

CLÁUSULA SÉTIMA

O CONTRATADO concorda em fornecer documentos necessários para comprovar que o CONTRATANTE é o detentor dos direitos patrimoniais de suas obras, conforme previsto na cláusula primeira.

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Parágrafo único. A titularidade patrimonial do produto cultural resultante será única e exclusivamente do CONTRATANTE, cabendo ao CONTRATADO um percentual de 10% (dez por cento) sobre os lucros líquidos provenientes de qualquer comercialização da obra, num período máximo de 2 (dois) anos da data de assinatura do presente instrumento.

CLÁUSULA OITAVA

O presente contrato tem duração por período indeterminado, iniciando-se sua vigência com data retroativa em 14 de Maio de 2001.

Parágrafo único. Para os fins do parágrafo único da cláusula sétima, contar-se-á o prazo a partir da data de assinatura do presente instrumento.

CLÁUSULA NONA

Ao CONTRATADO será entregue, sem ônus, pelo menos 3 (três) cópias em VHS do filme TERRA INCÓGNITA, tão logo fique finalizado. Além disso, será convidado para o evento de lançamento do filme que deverá acontecer nos cinemas da Fundação Cultural de Curitiba ainda no ano de 2004.

Parágrafo único. O CONTRATADO poderá utilizar o material mencionado anteriormente para promover suas atividades artísticas em palestras, mostras, exposições, eventos e outros correlatos, desde que não fique configurado intuito comercial.

CLÁUSULA DÉCIMA

Constará nos créditos principais do filme, em posição de destaque, o nome do CONTRATADO na função de contista, da seguinte maneira:

“Um filme livremente inspirado no conto Terra Incógnita de Érico Beduschi”

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA

Constará nos créditos principais do filme, em posição de destaque, o nome do CONTRATADO, do CONTRATANTE e de outros que fizerem contribuições, modificações e/ou adaptações nas versões do roteiro, sendo o nome do CONTRATADO inserido por primeiro, seguindo-se do nome do CONTRANTE e dos demais co-roteiristas, conforme a seguir:

Roteiro deÉRICO BEDUSCHI

GIL BARONIFULANO...

BELTRANO....

CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA

Qualquer premiação em dinheiro, na função de ROTEIRO/ROTEIRISTA, que o filme venha a receber através de exibição, concursos, festivais ou outros congêneres, caberá ao CONTRATADO e aos demais co-roteiristas recebê-lo proporcionalmente. Por exemplo, se o filme ganhar um prêmio de R$ 10.000,00 (dez mil reais) e houver 4 (quatro) roteiristas, cada um receberá, em partes iguais, a quantia de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais).

CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA

Elege-se o foro de Curitiba/Paraná, para sanar eventuais lides decorrentes do presente contrato.

O presente contrato será firmado em 2 (duas) vias e assinado por duas testemunhas.

Curitiba, 29 de Abril de 2004

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_____________________________ ________________________________ CONTRATANTE CONTRATADO

MODELO 2CONTRATO DE CESSÃO DE DIREITOS PARA PRODUÇÃO AUDIOVISUAL

Pelo presente documento, MIGUEL SANCHES NETO, brasileiro, escritor, portador da Carteira de Identidade sob n. XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX e do CPF XXXXXXXXXXXXXXXXXX, residente e domiciliado à Rua XXXXXXXXXXXXXXXXX, na cidade de Ponta Grossa/PR e LUÍS FERNANDO SEVERO, brasileiro, solteiro, portador da Carteira de Identidade sob n. XXXXXXXXXXXXX, e CPF XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, residente e domiciliado na Rua XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, nesta Capital, celebram entre si o presente, o qual será regido pelas seguintes cláusulas e condições:

1. MIGUEL SANCHES NETO cede à LUÍS FERNANDO SEVERO os direitos patrimoniais de sua obra intitulada CHOVE SOBRE MINHA INFÂNCIA, para fim único e exclusivo de adaptação para a produção cinematográfica de longa-metragem e/ou televisiva.

2. A produção a que se refere o item anterior será realizada entre os anos de 2004 e 2006, com a finalidade de comercialização e divulgação nos meios de comunicação televisivos e cinematográficos. A direção ficará por conta de LUIS FERNANDO SEVERO, responsável, também, por toda a produção do filme.

3. LUÍS FERNANDO SEVERO compromete-se, durante o período de vigência do presente instrumento, a realizar todos os esforços para a captação de recursos junto à iniciativa privada através das leis de incentivo à cultura ou através de outras fontes de recursos tais como: fundos, programas, concursos etc. Compromete-se e responsabiliza-se, ainda, pela adaptação cinematográfica da obra, mantendo-se fiel ao conteúdo escrito.

4. Por dita opção, LUÍS FERNANDO SEVERO pagará à MIGUEL SANCHES NETO a importância de R$ XXXXXXXXXX (XXXXXXXXXXXXXX) referente aos direitos para exploração audiovisual sobre a mencionada obra. O não pagamento do valor estipulado, a ser efetuado na primeira semana de filmagem ou de gravação, acarretará na imediata rescisão deste contrato, sem prejuízo de outras medidas cíveis e penais cabíveis.

5. O pagamento, a que se refere o item anterior, será efetuado no evento da produção audiovisual, no início das filmagens ou das gravações, quando já percebidos os recursos oriundos de leis de incentivo à cultura ou de outras fontes.

6. Este contrato tem duração de 4 (quatro) anos, a partir da data de assinatura do presente instrumento, podendo ser renovado por período igual caso não haja manifestação contrária das partes sendo permitido a LUÍS FERNANDO SEVERO, durante este período, utilizar a obra para os fins descritos na cláusula 1.

7. À MIGUEL SANCHES NETO será entregue uma cópia em VHS ou DVD do filme, tão logo fique finalizado, sendo creditado no trabalho, em posição de destaque, seu nome como AUTOR DA OBRA. Constará em todo e qualquer material de divulgação o nome do autor e de sua respectiva obra. Além disso, MIGUEL SANCHES NETO será convidado para eventos de estréia, lançamentos, filmagens e/ou gravações, festivais e mostras.

8. O descumprimento de qualquer uma das cláusulas pactuadas no presente instrumento acarretará à parte que assim ensejar, multa no valor de R$ XXXXXXXXXXXX (XXXXXXXXXXXXXXX), sem prejuízo das sanções civis e penais cabíveis.

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Elege-se o foro de Curitiba/Paraná, para sanar eventuais lides decorrentes do presente contrato.

O presente contrato será firmado em 2 (duas) vias, na presença de 2 (duas) testemunhas.

Curitiba, 13 de Novembro de 2003.

Miguel Sanches Neto Luís Fernando Severo

9. A IMAGEM DOS OUTROS

Esse é um capítulo que deve ser estudado com muita atenção, afinal a imagem das pessoas é protegida pelo ordenamento jurídico pátrio.

A imagem de uma pessoa é amparada pela Constituição Federal, além de estar prevista no Código Civil e no Código Penal. Portanto, muito cuidado quando for utilizar indevidamente e sem o consentimento a imagem das pessoas, evitando assim possíveis ações na esfera cível e criminal.

Na visão da doutrinadora Jacqueline Sarmento Dias, na obra O Direito à Imagem: “a imagem é o reflexo, a exteriorização da personalidade. O Direito que recai sobre ela tem função de proteger o retratado das mais variadas espécies de violações. O campo da violação do direito de imagem reúne vários tipos de abuso. É um ambiente complexo. Esse expor público não se traduz por si só em ilícito. Deve-se conter o individualismo excessivo, o abuso lucrativo e a falta de consentimento” (Editora Del Rey, 2000, Belo Horizonte pg. 73).

A maioria dos doutrinadores acredita que o direito à imagem é um direito disponível, isto é, depende do consentimento daquele cuja imagem seja utilizada para os mais diversos fins.

Alguns pontos que devem ser sempre observados quanto ao direito de imagem:

• Via de regra, qualquer imagem depende de autorização expressa (exceto as caricaturas desde que não tenham conotação injuriosa);• Pode ou não haver remuneração nos casos do uso da imagem, tudo dependerá da maneira como forem estipuladas as condições entre as partes;• Quando o retratado for pessoa notória, sua imagem poderá ser utilizada livremente, desde que para fins informativos e sem a intromissão em sua vida privada;

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• Retrato-falado não exige consentimento expresso;• Não há necessidade de autorização de indivíduos retratados em cenário público, ou durante acontecimentos sociais, quando se tratar de notícias informativas e quando não houver o cunho comercial.

O indivíduo que tiver sua imagem usada indevidamente poderá ingressar com ação judicial pedindo indenização por danos morais e/ou patrimoniais.

A moral das pessoas não pode ser atingida quando da retratação de sua imagem, caso contrário, recairá sobre aquele que assim o fez o dever de reparar os danos morais causados ao indivíduo retratado.

A proteção ao direito de imagem recai sobre as pessoas vivas ou falecidas. Neste último caso, os direitos poderão ser exercidos pelos seus sucessores.

Por se tratar de um assunto extremamente delicado, com divergências entre alguns doutrinadores e juristas, recomenda-se que toda imagem retratada tenha a expressa autorização do retratado.

Nas produções audiovisuais de cunho documental e ficcional, recomenda-se sempre a autorização expressa e escrita daquele que tiver sua imagem retratada. Geralmente produções de baixo orçamento não prevêem recursos para tais autorizações. Não há problema desde que esteja expresso no contrato ou termo que a pessoa está cedendo sua imagem gratuitamente, ou seja, sem ônus.

A seguir, alguns modelos de contratos referentes aos direitos de imagem.

10. MODELOS DE CESSÃO DE IMAGENS

MODELO 1TERMO DE CESSÃO DE IMAGEM

O presente instrumento tem como objeto a utilização da imagem, foto, som da voz, nome do entrevistado/participante, abaixo assinado, sem ônus e por período indeterminado, para a produção do filme documentário, intitulado provisoriamente ENQUANTO A GENTE DORME, realizado durante o ano de 2003.

O presente instrumento possibilita ao produtor e diretor XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, brasileiro, solteiro, portador do RG sob número XXXXXXXXXXXXX e inscrito no CPF/MF sob número XXXXXXXXXXXXXXXX, residente e domiciliado à Rua XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, nesta Capital a utilizar as imagens cedidas pelo entrevistado/participante, por prazo indeterminado e em apresentações públicas em geral, tais como: festivais de audiovisual, mostras, exposições, exibições comerciais etc. Caso, futuramente, as imagens venham a ser utilizadas indevidamente, ou reeditadas em partes ou no todo fora dos termos aqui descritos, XXXXXXXXXXXXXXXX não assume nenhuma responsabilidade perante o fato.

Eu, ___________________________________________________________________________________RG: _______________________ CPF: _________________________ Data de Nascimento: ____/___/____Endereço________________________________________________________ Telefone: ______________

Estou ciente e autorizo o acima exposto para o filme documentário ENQUANTO A GENTE DORME.

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Curitiba, _____ de __________________ de 2003.

____________________________________________entrevistado/depoente

MODELO 2MODELO 2IINSTRUMENTONSTRUMENTO PARTICULARPARTICULAR DEDE CONCESSÃOCONCESSÃO DEDE IMAGEMIMAGEM PORPOR TEMPOTEMPO DETERMINADODETERMINADO PARAPARA AA UTILIZAÇÃOUTILIZAÇÃO EMEM FILMEFILME

AUDIOVISUALAUDIOVISUAL

1. CONTRATANTE1. CONTRATANTE

1.1 Empresa: 1.2 Endereço: 1.3 CNPJ: 1.4 Representante(s) legal(is): 1.5 CPF: 1.6 Endereço:

2. CONTRATADO2. CONTRATADO

2.1 Nome:2.2 Endereço: 2.3 CPF: 2.4 Nacionalidade: 2.5 Profissão:

3. OBJETO DO CONTRATO3. OBJETO DO CONTRATO

3.1 Filme/VT/Suporte: 3.2 Produto: 3.3 Veiculação: 3.4 Veículo: 3.5 Duração: 3.6 Tempo de Trabalho: Pelo presente instrumento particular de contrato, as partes devidamente qualificadas anteriormente, nos campos CONTRATANTE e CONTRATADO(A), ajustam a prestação de serviços e concessão de imagem e som de voz por tempo determinado para utilização em filme audiovisual cujos detalhes são descritos no campo OBJETO, tudo em conformidade com as cláusulas e condições a seguir detalhadas:

CLÁUSULA PRIMEIRA

O(A) CONTRATADO(A) cederá, a título gratuito e por tempo determinado, a utilização de sua imagem e som de voz à CONTRATANTE.

Parágrafo primeiro

A imagem e som de voz de que trata o caput da presente cláusula, será utilizada e veiculada pela CONTRATANTE em filme audiovisual documentário intitulado: “XXXXXXXXXXXXXXXXXXX” cuja finalidade é o relato de acontecimentos históricos da aviação brasileira na região do Paraná e Santa Catarina.

Parágrafo segundo

O objeto deste instrumento contratual não tem finalidade lucrativa. Mas no caso de existir qualquer forma de comercialização, não caberá ao(à) CONTRATADO(A) direitos sobre percentuais lucrativos.

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CLÁUSULA SEGUNDA

O material audiovisual será veiculado, inicialmente, em todo o território nacional, exclusivamente através de mídia eletrônica (CD-ROM/Fitas de vídeo e outros congêneres) e canais de televisão (aberto e fechado), por tempo determinado de 5 (cinco) anos, a partir da assinatura do presente instrumento.

Parágrafo único

Ao término do período estabelecido no caput desta cláusula, as partes poderão, de comum acordo, ampliar o prazo de duração deste instrumento.

CLÁUSULA TERCEIRA

O(A) CONTRATADO(A) concede e autoriza à CONTRATANTE o uso gratuito e por tempo determinado de sua imagem e som de voz no material audiovisual objeto deste instrumento.

CLÁUSULA QUARTA

O(A) CONTRATADO(A) concede à CONTRATANTE a exclusividade de sua imagem e som de voz para os fins do objeto do presente instrumento particular, não podendo, durante a vigência deste contrato, ceder a mesma imagem e som de voz para terceiros que venham a realizar o mesmo gênero de material audiovisual especificado neste instrumento.

CLÁUSULA QUINTA

A CONTRATANTE fica autorizada a utilizar livremente a imagem e som de voz cedida pelo(a) CONTRATADO(A) para os fins especificados neste instrumento, zelando, para tanto, pelo bom uso destas e da veracidade das informações obtidas acerca do depoimento prestado.

Parágrafo primeiro

Entende-se por bom uso da imagem: a utilização do depoimento do(a) CONTRATADO(A), para os fins estabelecidos no presente instrumento, sem que haja qualquer veiculação negativa ou que possa a denegrir a imagem do(a) CONTRATADA.

Parágrafo segundo

São de responsabilidade da CONTRATANTE a guarda e a utilização do material produzido neste contrato.

Parágrafo terceiro

O(A) CONTRATADO(A) responsabiliza-se exclusivamente pela veracidade das informações prestadas no seu depoimento.

CLÁUSULA SEXTA

Correrão por conta da CONTRATANTE todas despesas referentes à produção do material audiovisual descrito no presente instrumento.

CLÁUSULA SÉTIMA

Qualquer dano moral que a CONTRATANTE venha a ocasionar em detrimento do descumprimento das cláusulas do presente instrumento, não a desobrigam das sanções civis e penais prevista na legislação pátria.

CLÁUSULA OITAVA

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Qualquer dúvida resultante do fiel cumprimento do presente ajuste será dirimida pelo foro de Curitiba, que as partes elegem neste ato para esse efeito. E por estarem de pleno acordo, depois de lido e achado conforme, as partes assinam este instrumento em 2 (duas) vias de igual teor e para um só efeito, na presença das testemunhas abaixo. Curitiba, 27 de Janeiro de 2004.

________________________________ ______________________________________ Contratante Contatrado(a)

Testemunhas: ________________________________

________________________________

11. LEI ROUANET – FONTE DE RECURSOS

A Lei Federal 8.313 de 23 de Dezembro de 1991, conhecida por Lei Rouanet, instituiu o PRONAC – Programa Nacional de Apoio à Cultura. Em linhas gerais, esse programa visa, através de renúncia fiscal, estimular e fomentar a produção de atividades culturais das seguintes áreas: Música; b) Artes

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Cênicas; c) Audiovisual; d) Literatura; e) Artes Visuais; f) Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural; g) Folclore, Artesanato e Manifestações Culturais Tradicionais.

Anualmente, os artistas inscrevem seus projetos no Ministério da Cultura, que os analisa através das Secretarias competentes (Secretaria do Audiovisual, Secretaria de Música e Artes Cênicas, Secretaria do Patrimônio, Museus e Artes Plásticas etc.). Estas Secretarias são responsáveis pela habilitação dos projetos e pela publicação de aprovação de tais projetos no Diário Oficial da União.

Uma vez habilitados pela Secretaria competente, publica-se uma Portaria no Diário Oficial da União e o projeto está apto a captar, junto a iniciativa privada, os recursos necessários para a realização da obra artística.

11. 1 Como Funciona

Com a Portaria de aprovação do projeto publicado no Diário Oficial da União, o empreendedor cultural pode procurar a iniciativa privada e, através da renúncia do Imposto de Renda, captar os recursos para o seu projeto cultural.

Cabe ao empreendedor cultural captar os recursos para seu projeto através de Pessoas Jurídicas ou Pessoas Físicas.

11.2 Pessoas Físicas

O abatimento é efetuado integralmente, diretamente do Imposto de Renda devido.

A Pessoa Física pode investir até 6% de seu Imposto de Renda devido em favor de projetos culturais previamente aprovados pelo Ministério da Cultura. Esse investimento pode se dar na modalidade de patrocínio ou doação. A previsão legal se encontra no artigo 18 da Lei 8.313 de 1991.

Vejamos, a seguir, numa tabela exemplificativa, um modelo de investimento, por parte da pessoa física, em projetos culturais:

EXEMPLO DE INVESTIMENTO PARA PESSOAS FÍSICAS

Com apoio à cultura

Em Reais (R$)

Sem apoio à cultura

Em Reais (R$)

1) Imposto de Renda devido 1.000.000,00 1.000.000,002) Valor do patrocínio ou doação 50.000,00 0,003) Dedução de 100% do IR devido (Art. 18 da Lei 8.313/91) de 50.000,00

50.000,00 0,00

4) Novo imposto a pagar 950.000,00 1.000.000,00

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A Pessoa Física, para gozar do benefício supra-referido, precisa preencher sua declaração de Imposto de Renda no formulário completo oferecido pela Receita Federal. Caso opte pelo formulário simplificado, estará obtendo o desconto genérico de 20% (vinte por cento) e não poderá utilizar o recibo de investimento em cultura.

Resumindo, a Pessoa Física investe em projetos culturais de sua preferência, sabendo que parte de seu imposto está sendo direcionado especificamente para o fomento da cultura nacional.

11. 3 Pessoas Jurídicas

O abatimento é efetuado integralmente, diretamente do Imposto de Renda devido.

O que ainda não foi percebido pela maioria dos empresários e produtores é que esta operação pode vir a dar retorno financeiro para o empresário mecenas.

Dois são os impostos que devem ser pagos pela empresa quando da apuração do lucro real: Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) e Imposto de Renda. O artigo 18, em seu parágrafo 2o, veda o lançamento da doação ou patrocínio como despesa operacional para as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real. Desta feita, a base de cálculo do Imposto de Renda não pode ser alterada, visto que a lei veda expressamente seu lançamento como despesa operacional. Observe-se que o valor do adicional do IR deve ser recolhido integralmente, não sendo permitida quaisquer deduções.

Para a determinação da base de cálculo da CSLL, no entanto, devemos utilizar o artigo 13 da Lei 9.249, de 26 de dezembro de 1995. Diz o artigo: “para efeito da apuração do lucro real e da base de cálculo da contribuição social sobre lucro líquido, são vedadas as seguintes deduções, independente do disposto no artigo 47 da Lei 4.506, de 30 de novembro de 1964: (...) VI – das doações, exceto as referidas no parágrafo 2o”; Segue o parágrafo 2o dizendo: “podendo ser deduzidas as seguintes doações: I – as de que trata a Lei n. 8.313, de 23 de dezembro de 1991”(patrocínio ou doação).

Vejamos, a seguir, numa tabela exemplificativa, um modelo de investimento, por parte da empresa, em projetos culturais:

EXEMPLO DE ABATIMENTO PARA PESSOAS JURÍDICAS

Com apoio à cultura

Em Reais (R$)

Sem apoio à cultura

Em Reais (R$)

1) Lucro líquido 10.000.000,00 10.000.000,002) Valor do patrocínio ou doação (*)

50.000,00 0,00

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3) Novo lucro líquido para cálculo da CSLL

9.950.000,00 10.000.000,00

4) Contribuição social (9% de 1%) 895.500,00 900.000,005) Lucro real (1% - 2%) 9.100.000,00 9.100.000,006) IR devido 15% de 1% (**) 1.500.000,00 1.500.000,007) Adicional de IR (+10%) 976.000,00 976.000,008) Dedução de 100% do IR devido (Art. 18 da Lei 8.313/91 – de 50.000,00) (***)

50.000,00 0,00

9) IR a ser pago 2.426.000,00 2.476.000,0010) Total de impostos pagos (9% + 4%)

3.321.500,00 3.376.000,00

(*) Abatimento como despesa para efeitos de cálculo da CSLL.

(**) A alíquota de IR que incide sobre o lucro real é de 15%. O valor de lucro real que excede a R$ 240 mil sofre uma incidência adicional de 10%.

(***) Limitados a 4% do imposto devido, calculado com a aplicação da alíquota de 15%. O imposto devido pela aplicação adicional de 10% sobre o excedente aos 240 mil deve ser recolhido integralmente e não é computado para a relação entre o desconto integral como patrocínio ou doação e os 4% do IR devido.

Desse modo, as doações e patrocínios em projetos culturais aprovados nos termos do artigo 18 da Lei não poderão ser considerados despesas dedutíveis para fins de determinação do lucro real, mas podem, no entanto, ser deduzidas para determinação da base de cálculo da CSLL, refletindo automaticamente na redução da base desta contribuição e, consequentemente, na redução do valor do tributo.

Verifica-se, assim, que o empresário, ao aplicar R$ 50.000,00, teve uma redução tributária de R$ 3.376.000,00 – R$ 3.321.500,00 = R$ 54.500,00 no caso apresentado. Em resumo, o empresário aplicou exclusivamente recursos de impostos no projeto, obtendo ainda um resgate tributário de R$ 4,5 mil, ou seja, obteve um benefício de 109% do valor do patrocínio ou doação.

As empresas tributadas com base no lucro presumido ou arbitrado estão vedadas de se beneficiarem do incentivo fiscal à cultura, conforme previsto no artigo 10o. da Lei 9.532/97. Com isso, os incentivos fiscais dedutíveis do Imposto de Renda somente poderão ser utilizados pelas empresas que estejam tributadas com base no lucro real.

Outro detalhe importante é que os incentivos não são cumulativos com o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT).

Resumindo, a Pessoa Jurídica que investe em projetos culturais, além de destinar parte de seu imposto para um segmento cultural conhecido e abater esses recursos integralmente, também recebe uma contrapartida financeira do Estado para essa operação.

11. 4 Procedimento de investimento para pessoa física ou jurídica

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Publicada a Portaria de aprovação do projeto no D.O.U, o empreendedor cultural irá procurar incentivadores para investir no seu projeto (Pessoas Físicas ou Jurídicas).

Uma vez que a Pessoa Física ou Jurídica aceite incentivar o projeto, deverá efetuar o repasse do valor do incentivo diretamente na conta corrente do projeto.

Vejamos, a seguir, um esquema de fácil compreensão:

Um exemplo prático:

• Uma determinada Pessoa (Física ou Jurídica) paga aproximadamente 100.000,00 (cem mil reais) de Imposto de Renda.

• Esta Pessoa recebe a visita de um empreendedor cultural e este lhe mostra um projeto aprovado pelo Ministério da Cultura, com a devida Portaria publicada no Diário Oficial da União.

• A Pessoa decide incentivar o projeto. Se for Pessoa Jurídica, pode destinar 4% (quatro por cento) do Imposto de Renda devido, o que eqüivale a R$ 4.000,00 (quatro mil reais). Se for Pessoa Física, pode destinar 6% (seis por cento) do Imposto de Renda devido, o que eqüivale a R$ 6.000,00 (seis mil reais).

• A Pessoa faz o repasse deste valor diretamente na conta corrente do projeto.

• Imediatamente o empreendedor cultural emite pelo menos 3 (três) vias de recibos de investimento, nos padrões do Ministério da Cultura. Uma via destes recibos fica com a Pessoa investidora. Outra via fica com o empreendedor cultural. A outra via vai para o Ministério da Cultura que fará um controle de quem está incentivado o projeto e de quem poderá abater o valor investido na Declaração do Imposto de Renda.

• De posse do recibo, a Pessoa investidora poderá, no ano seguinte, abater integralmente, na Declaração do Imposto de Renda, o valor incentivado.

11.5 Retorno dos investimentos ao incentivador

PRIMEIRO PASSOO empreendedor cultural procura o investidor e este decide

SEGUNDO PASSOO investidor faz o repasse do valor a ser incentivado na conta corrente do projeto.

TERCEIRO PASSOO empreendedor cultural emite um recibo de investimento padronizado do Ministério da Cultura e entrega ao investidor.

QUARTO PASSOO investidor, de posse deste recibo, poderá utilizá-lo na declaração do Imposto de Renda do ano seguinte, para abatimento integral do valor investido

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A Pessoa incentivadora do projeto tem 4 (quatro) grandes vantagens sobre o seu investimento:

a) A primeira vantagem é a decisão de destinar o imposto pago para projetos culturais de seu interesse.

b) A segunda vantagem é o abatimento integral de seu investimento no imposto a ser pago, sem qualquer ônus.

c) A terceira vantagem é retorno do investimento em publicidade e divulgação.

d) A quarta vantagem é o estímulo a projetos culturais do País, contribuindo com a valorização de artistas e técnicos brasileiros.

11.6 A publicidade da empresa no resultado final do projeto

Via de regra, a publicidade se dá através de mídia televisiva, radiofônica e jornalística (é o caso de projetos de artes cênicas e de audiovisual). Em outros, no entanto, essa publicidade se dá através de banners, cartazes, folders, convites, out-doors etc.

De acordo com a área cultural do projeto contemplado pela Lei de Incentivo, haverá uma forma específica de divulgação do nome da empresa investidora. Um curta-metragem (projeto audiovisual), por exemplo, se exibido nos mais de 60 (sessenta) festivais nacionais, levará o nome da empresa para mais de 300.000 (trezentos mil) espectadores. Lembrando que num curta-metragem a logomarca da empresa vem estampada nos créditos finais e iniciais do filme.

Um projeto de artes cênicas (teatro, dança, circo etc.), por exemplo, costuma ter uma divulgação nos meios de comunicação televisivo. Esta divulgação sempre veicula o nome das empresas investidoras nos créditos de um comercial. O alcance desta publicidade atinge milhares de pessoas.

Enfim, de acordo com o projeto cultural a ser investido, haverá sempre um grande retorno publicitário para a empresa incentivadora.

11.7 Aspecto social do investimento

Tão importante quanto a publicidade da empresa é a sua responsabilidade social.

As Pessoas que investem em cultura têm sido bem recebidas aos olhos da sociedade.

Caso típico é o do PETROBRAS, que investe maciçamente em projetos culturais e é vista como uma empresa que se preocupa com o aspecto sócio-cultural do País.

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Uma empresa, por exemplo, pode agregar na sua marca muito mais do que um aspecto financeiro ou econômico. Pode agregar o aspecto de responsabilidade e preocupação com o lado social de nosso país.

Ou seja, é muito comum se ouvir das pessoas jargões do tipo: “essa não é só uma empresa que vende um produto ‘x’, mas também uma empresa que investe em cultura”.

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12. DOCUMENTOS OBRIGATÓRIOS PARA PROJETOS NA LEI ROUANET

DOCUMENTOS OBRIGATÓRIOS PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS

Do Proponente Pessoa Física

- Currículo do proponente, com detalhamento das atividades culturais realizadas nos últimos dois anos (relatando datas, local de realização, nome dos participantes, matérias em jornais, revistas, cartazes, folderes, etc..).

- Cópia autenticada da Carteira de Identidade; - Cópia autenticada do CPF

Do Proponente Pessoa Jurídica de Direito Público ou Privado com ou sem fins lucrativos

- Relatório de atividades culturais da instituição nos últimos dois anos (relatando datas, local de realização, nome dos participantes, matérias em jornais, revistas, cartazes, folderes, etc..).

- Cópias autenticadas da:- Carteira de Identidade e do CPF do dirigente da entidade.- Estatuto, Regimento ou Contrato Social e posteriores alterações.- Termo de posse do dirigente da instituição ou Ata de eleição da Diretoria.

Do Projeto

- Formulário padrão preenchido, incluindo termo de responsabilidade assinado pelo proponente.

- Orçamento físico financeiro de acordo com modelo fornecido pelo Ministério da Cultura.

- Plano Básico de Divulgação elaborado de acordo com o Manual de Identidade Visual do Ministério da Cultura.

- Plano de Distribuição de Produtos Culturais.- Quando o projeto envolver a realização de

cursos de formação e capacitação de profissionais ou ensino das artes, é necessário, também, encaminhar o projeto pedagógico, nome e currículo do coordenador pedagógico.

Audiovisual

- Roteiro ou Argumento- Certificado de Registro na Biblioteca Nacional- Plano de Produção - Cronograma de Desembolso- Cronograma de Execução Física- Contrato de Cessão de Direitos (quando se

tratar de adaptações)

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SOLICITAÇÃO DE APOIO A PROJETOSMECANISMO DE APOIO

X MECENATO

1. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETOTítulo:

Área(*): Segmento(*)

Modalidade(*): Endereço na Internet:

O projeto refere-se à Cultura Negra A iniciativa de realização é no exterior do país

Patrimônio Histórico tombado pelo IPHAN

Localidade:

2. IDENTIFICAÇÃO DO PROPONENTE

PESSOA

JURÍDICA

De Direito Público

Esfera administrativa Federal Estadual Municipal

Administração: Direta Indireta

De direito privado sem fins lucrativos de natureza cultural

De direito privado com fins lucrativos de natureza cultural

Entidade: CNPJ:

Endereço:

Município: UF: CEP:

Telefone: ( ) Fax:( ) Endereço Eletrônico(E-mail):

Dirigente: C.P.F

C.I Órgão Expedidor: Cargo:

Matrícula: Função:

Endereço residencial:

Cidade: UF: CEP:

PESSOA

FÍSICA

Nome: C.P.F

C.I Órgão Expedidor Endereço:

Cidade: UF: CEP:

Telefone: ( ) Fax:( ) Endereço Eletrônico(E-mail):

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(*) Ver tabelas I e II de Áreas e Segmentos e Modalidades do Manual de Instruções do Mecenato

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3.OBJETIVOS Indique os objetivos do projeto, isto é, o que deseja realizar, inclusive seus resultados

4.JUSTIFICATIVA Informe porque propôs o projeto

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5.ESTRATÉGIAS DE AÇÃO (MEMORIAL DESCRITIVO) Enumere e descreva as atividades necessárias para atingir o(s) objetivo(s) desejado(s) e explique como pretende desenvolvê-las .

6 . REALIZAÇÃO DO PROJETOTiragem: do produto cultural como CD, ,revistas, jornais, vídeos, etc. Plano de distribuição do produto cultural

Período de execução (n.º de dias necessários para realização)

Duração em minutos(quando for produção audiovisual)

Datas:

Início / / Término / / Estimativa de público alvo:(camadas da população/ quantos / faixa etária)

N.º do ato de tombamento e data(quando o bem for tombado)

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7. Orçamento físico-financeiro - detalhe aqui os itens de despesa necessários à execução do projeto, dando as especificações técnicas necessárias

1- etapas/

fases2- Descrição das etapas/fases

3- Quantidade 4- Unidade

5- Quantidade de unidades

6- Valor Unitário

7- Total da linha 8- Total

Prazo de duração9-

Início10-Término

numere as

etapas/fases

Indique o item ou serviço que será contratado/utilizado

Indique a quantidade

de cada item da coluna 2

Indique a unidade de medida de cada item da

coluna 3

Indique a quantidade de

unidade de medida descrita

na coluna 4

Indique o preço de cada

unidade de despesa

coluna 3 X

coluna 5 X

coluna 6

Indique a soma dos totais da coluna 7

Previsão de início e término da fase

1 PRÉ-PRODUÇÃO/PREPARAÇÃO

TOTAL DE PRÉ-PRODUÇÃO/PREPARAÇÃO

2 PRODUÇÃO/EXECUÇÃO

TOTAL DE PRODUÇÃO/EXECUÇÃO

3 DIVULGAÇÃO/COMERCIALIZAÇÃO

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TOTAL DE DIVULGAÇÃO/COMERCIALIZAÇÃO

4 CUSTOS ADMINISTRATIVOS

TOTAL DE CUSTOS ADMINISTRATIVOS

5 IMPOSTOS/RECOLHIMENTOS

TOTAL DE IMPOSTOS/RECOLHIMENTOS

6 ELABORAÇÃO/AGENCIAMENTO

TOTAL DE ELABORAÇÃO E AGENCIAMENTO

TOTAL DO PROJETO (somatório de 1 a 6)

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8. RESUMO DAS FONTES DE FINANCIAMENTO

FONTESVALOR (R$)

Mecenato (Lei 8.313/91)

Audiovisual (Leio 8.685/93)

Recursos Orçamentários (Inclusive FNC)

Leis estaduais de incentivo

Leis municipais de incentivo

Outras fontes(inclusive contrapartida

TOTAL9 . RESUMO GERAL DO ORÇAMENTO (Preencher de acordo com o que foi descrito nas planilhas)

ATIVIDADE DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES CUSTO POR ATIVIDADE

1 PRÉ-PRODUÇÃO/PREPARAÇÃO

2 PRODUÇÃO/EXECUÇÃO

3 DIVULGAÇÃO/COMERCIALIZAÇÃO

4 CUSTOS ADMINISTRATIVOS

5 IMPOSTOS /SEGUROS

6 ELABORAÇÃO/AGENCIAMENTO

VALOR DO PROJETO:(R$)

10 . DECLARAÇÕES OBRIGATÓRIAS

M

E

C

E

N

A

T

O

Declaro, nos termos do art. 2º do Decreto nº 83.936, de 06/09/97 que:- as informações aqui prestadas, tanto no projeto como em seus anexos, são de minha inteira

responsabilidade e podem, a qualquer momento, ser comprovadas; - caso o apoio se concretize, a movimentação dos recursos somente poderá ocorrer quando a captação

alcançar, no mínimo, 20% do orçamento total, e que deverei solicitar previamente autorização do Ministério da Cultura;

- estou ciente da obrigatoriedade de fazer constar o crédito à Lei Federal de Incentivo a Cultura, nas peças promocionais, no produto final ou serviço, conforme modelo definido pelo manual de identidade visual do Ministério da Cultura, obedecidos os critérios estabelecidos pela Portaria nº 219 de 04/12/97 e, também, que o não cumprimento deste dispositivo implicará minha inadimplência junto ao PRONAC, por um período de 12 meses;

- estou ciente de que devo estar quites com a União, inclusive com as contribuições de que tratam os art. 195 (INSS) e 239 (PIS/PASEP) da Constituição Federal, e com o FGTS, para poder me beneficiar da lei de incentivos fiscais;

- qualquer inexatidão nas declarações anteriores implicará o arquivamento do processo e que estarei sujeito às penalidades previstas no Código Penal Brasileiro, sem prejuízo de outras medidas administrativas e legais cabíveis.

11 . TERMO DE RESPONSABILIDADE

PARA

TODO

S

OS

CASOS

Estou ciente que são de minha inteira responsabilidade as informações contidas no presente formulário relativo ao meu projeto cultural, e que ao apresentá-lo este deve ser acompanhado dos documentos básicos e dos específicos de cada área, sem os quais a análise e a tramitação do projeto ficarão prejudicadas por minha exclusiva responsabilidade.

Local/data: _________________/_________/_________.

Nome do proponente: ______________________________________________________

Assinatura do Proponente: __________________________________________________

Page 68: 59304597 Legislacao Para Cinema Informacoes Basicas Gil Baroni

PLANO BÁSICO DE DIVULGAÇÃOComprometo-me a fazer constar a logomarca do Ministério da Cultura em todos os produtos, peças gráficas e de propaganda referentes á mídia e divulgação do projeto supracitado, de acordo com o que determina a Port/MinC/219/97 e conforme abaixo especificado

NOME DO PROJETO: ____________________________________________________________________________________

Peça de Divulgação/Veículo

Tamanho/Duração Formato da Logomarca Posição da Logomarca

(indique a peça gráfica ou veículo de comunicação utilizada para

divulgação)

(indique as dimensões da peça gráfica ou a duração no caso de

peças audiovisuais)

(indique o formato da logomarca que será utilizada de acordo com o Manual De

Identidade Visual do Ministério da Cultura)

(indique o local onde será inserida a Logomarca do Ministério da Cultura, de acordo com o disposto na

Portaria/MinC/219/97)

DATA: _____ /_____ /_____

ASSINATURA:

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PLANO DE DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS CULTURAIS

Nome do Evento/Produto

Nº de Exemplares/

Ingressos

Quantidade Total Disponível Valor Unitário (R$)

Receita Prevista (R$)

Distribuição Gratuita Total para a Venda Preço Normal

Preço Promocional Venda Normal

VendaPromocional

Patrocinador Outros (*) VendaNormal

Venda Promocional

(*) Especifique aqui o público-alvo a ser beneficiado com a distribuição gratuita:

Receita total Prevista(R$) (venda normal + venda promocional)

Local/Data : Assinatura do Proponente

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX SECRETÁRIO DE DESENVOLVIMENTO DAS ARTES AUDIOVISUAIS

XXXXXXXXXXXXXXXXXXX, brasileira,

divorciada, produtora e roteirista de cinema, vem

perante Vossa Excelência apresentar o projeto de

curta-metragem, em película 35mm, intitulado

XXXXXXXXXXXXXXXX, para fins de aprovação pela

Lei 8.313/91 (Mecenato) de acordo com os benefícios

do artigo 18 (alterado pela Medida Provisória n. 2.228-

1 de 06.09.01).

Na espera de seu bom acolhimento,

Curitiba, 02 de Junho de 2005.

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XXXXXXXXXXX

CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO

ATIVIDADE DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES CUSTO POR ATIVIDADE

1 PRÉ-PRODUÇÃO/PREPARAÇÃO

2 PRODUÇÃO/EXECUÇÃO

3 DIVULGAÇÃO/COMERCIALIZAÇÃO

4 CUSTOS ADMINISTRATIVOS

5 IMPOSTOS /SEGUROS

6 ELABORAÇÃO/AGENCIAMENTO

VALOR DO PROJETO:(R$)

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DEMONSTRATIVO DE RECEITA

1. LEI ROUANET (8.313/91) – R$

XXXXXXXXXX(xxxxxxxxxxxxxxxxx);

2. RECURSOS PRÓPRIOS – ISENTO (artigo 18 da

Lei 8.313/91, alterado pela Medida Provisória n.

2.228-1 de 06.09.01)

3. PERÍODO DE CAPTAÇÃO – ESTIMATIVA:

01.07.2005 à 31.12.2005

4. PRINCIPAIS INCENTIVADORES – SADIA S/A;

ÁGUAS OURO FINO LTDA; BANCO J. MALUCELLI

S/A, entre outras.

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CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO FÍSICA

1. Desenvolvimento do projeto (elaboração de roteiro, levantamento dos custos para produção e organização de cronograma de produção);

2. Inscrição do projeto no Ministério da Cultura para a obtenção de recursos através dos benefícios da Lei Roaunet (Lei 8.313/91);

3. Captação do recursos (elaboração de material para apresentar a possíveis incentivadores prospectados);

4. Preparação (elaboração do projeto de filmagens, orçamentos de materiais e serviços para o filme);

5. Pré-produção (agendamento das filmagens com artistas, técnicos e fornecedores de serviços e materiais);

6. Produção (filmagens);

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7. Desprodução (devolução de equipamentos e materiais utilizados no filme);

8. Pós-produção/Finalização (serviços de laboratório, edição de imagens, edição de som, mixagem, trilha sonora, cópias e material publicitário – cartazes, banners e folders);

9. Exibição (inscrição do filme em festivais nacionais e internacionais e exibição em circuitos alternativos – cinematecas, cineclubes etc);

10. Prestação de Contas do projeto junto ao Ministério da Cultura conforme o disposto na Lei 8.313/91 e demais regulamentações.

PLANO DE PRODUÇÃO

1. PRÉ-PRODUÇÃO - APROXIMADAMENTE 1 SEMANA

• Contratação de equipe técnica;

• Último tratamento do roteiro;

• Elaboração de projeto de arte;

• Escolha do material de cena;

• Definição da locação, com autorização de uso;

• Definição de todos os fornecedores;

• Definição de apoio e/ou patrocínios.

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2. PREPARAÇÃO – APROXIMADAMENTE 1 SEMANA

• Execução do projeto de cenografia;

• Execução do projeto dos figurinos e adereços;

• Definição de equipe técnica;

• Decupagem do roteiro;

• Elaboração dos projetos de som, iluminação e maquinários;

• Contratação da equipe de apoio e infra-estrutura;

• Planejamento de locação e reserva de equipamentos;

• Elaboração do plano final de filmagem (agenda);

3. FILMAGENS – APROXIMADAMENTE 1 SEMANA

• 6 dias de filmagens por semana, o sétimo dia é folga e virada;

• Primeiros estudos da trilha sonora;

• Contratação de equipe de montagem.

4. PÓS PRODUÇÃO – APROXIMADAMENTE 1 SEMANA

• Desprodução;

5. FINALIZAÇÃO – APROXIMADAMENTE 3 SEMANAS

• Montagem em AVID do material filmado;

• Avaliação do som captado;

• Dublagens, som de sala, foleys, efeitos, gemidos, mixagem

etc...;

• Criação de trilha sonora definitiva em cima das imagens das

montagens;

• Escolha dos músicos que irão encabeçar a equipe de trilha

sonora;

• Dolby license;

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• Efeitos óticos;

• Execução do projeto gráfico;

• Elaboração do projeto de divulgação.

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13. MODELO DE ORÇAMENTO

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14. RELAÇÃO DE PRESTADORES DE SERVIÇOS DE CINEMA

Nome Função Telefone

Alessandro Laroca Editor de Som (41) 3023-8162 ou (41) 9193-6879

Alvaro Archanjo Assistente de Câmera (41) 9161-6441 ou (41) 248-2537

Alziro Barbosa Diretor de Fotografia (11) 6914-7888 ou (11) 9983-9734

Andrea Tomereli Diretora de Produção (41) 9967-4090 ou (41) 342-3821

Andrea Vaz Produtora de Elenco (Rede Globo)

(21) 2444-5780 ou (21) 7838-0632

Ariadene ou Ivana (Fundação Catarinense Cultural)

Locação de câmera 35mm

(48) 234-4632

Beto Carminatti Diretor (41) 253-9115 ou (41) 3024-9115

Carlos Firmino Assistente de Câmera (11) 8138-0404

Cinecolor Transcrição óptica (11) 4191-2600

Cinema Laboratório Cinematográfico

(11) 3107-9585

Dolby Digital Royaties (21) 2523-0152

Fefo Design gráfico (41) 3029-0289 ou (41) 9106-6339

Gazeta do Povo (Paulo Camargo ou Rudnei Flores) Imprensa (41) 321-5417 ou (41) 321-5418

Ivanir Pereira da Silva (Fumaça)

Eletricista (41) 9181-2545 ou (41) 679-3713

Jacob Sarmento Locação de câmera 35mm

(11) 3661-9390 ou 8104-8822

Jaime Brustolim Locação de câmera e grua

(41) 244-7510

Janice Davila Assistente de Câmera (11) 3865-5438 ou (11) 8122-7610

JKL (João) Locação de câmera (11) 3842-4691

Kito Assistente de Câmera (11) 9237-8786

Labocine (Alice Camargo) Laboratório Cinematográfico (21) 2569-2002

Link Digital Telecinagem (21) 2539-2704

Lion Seguros (Altair) Seguradora de câmera e equipamentos (11) 3231-0577

Page 91: 59304597 Legislacao Para Cinema Informacoes Basicas Gil Baroni

Loc All (Marcelo Prosdóximo) Locação de câmera e equipamentos

(41) 332-0200 ou (41) 9199-7090

Luciano Oliva Maquinista (41) 344-7790 ou (41) 9154-6847

Marcelo Capobianco Películas Kodak (11) 9940-6635 ou (11) 5853-2100

Marcos Ribeiro Técnico de Som (41) 364-9243 ou (41) 9963-0337

Mega Color (Cacá) Laboratório Cinematográfico

(11) 3664-7004

Movedol (Ronald ou Gilberto) Créditos (21) 2539-1190

Roberto Carli ou Marcelo Carli Técnico de Som (41) 256-6023 ou (41) 9995-4150

Rubens EleotérioLocação de câmera 35mm e Diretor de

Fotografia

(11) 9115-2353 ou (11) 3331-0948 ou (11) 6581-3673

Sated/PR Sindicato dos Artistas do Paraná (41) 222-5040

Tele Image Laboratório Cinematográfico (11) 3889-2605

Vaspex Transorte de material 0800 41 8277 ou (41) 333-9599

Wagner Rodrigues Películas Fuji (51) 9956-4274 ou (11) 5091-4000

Zenor RibasDiretor de Arte,

Figurinos e Maquiagem (41) 253-4660

Page 92: 59304597 Legislacao Para Cinema Informacoes Basicas Gil Baroni

15. SITES MAIS IMPORTANTES

ANCINE – Agência Nacional do

Cinema

www.ancine.gov.br

Informações sobre a Agência Nacional do

Cinema, além de completa legislação audiovisual sobre

projetos.

MINISTÉRIO DA CULTURA

www.cultura.gov.br

Informações sobre o Ministério e suas

atuações. Legislação sobre projetos da Lei

Rouanet e informações gerais.

TELA VIVAwww.telaviva.com.b

r

Site que divulga diversas notícias

sobre o cotidiano do audiovisual.

KINOFORUM www.kinoforum.org

Site sobre informações sobre

festivais nacionais e internacionais.

DECINEwww.ctav-sav.com.br

Informações gerais sobre produções

audiovisuais, notícias e muitas informações para

quem está começando.

BIBLIOTECA NACIONAL

www.bn.br

Informações sobre registro de obras

audiovisuais (roteiros e

argumentos)

SATED/RJ www.satedrj.org.brInformações sobre o Sindicato do Rio de

Janeiro. SATED/SP

www.satedsp.org.brInformações sobre o

Sindicato de São Paulo, com vários

modelos de contratos e notas contratuais, além

de outras

Page 93: 59304597 Legislacao Para Cinema Informacoes Basicas Gil Baroni

informações importantes para o

artista.

STIC/RJ www.stic.com.br

Informações sobre o Sindicato dos

Profissionais de Cinema do Rio de

Janeiro.

SINDCINE/SPwww.sindcine.com.

br

Informações sobre o Sindicato dos

Profissionais de Cinema de São

Paulo.

APTC www.aptc.org.brInformações sobre o

Sindicato do Rio Grande do Sul

16. GLOSSÁRIO

Galera, segue um breve e eficaz glossário para no caso de um esquecimento momentâneo.

AABNT: sigla da Associação Brasileira de Normas Técnicas, responsável pelas normas e padrões técnicos que devem ser observados em diversos tipos de produtos e atividades, incluindo a projeção cinematográfica.

AC: abreviação de Corrente Alternada, a partir do termo equivalente em inglês. É o tipo de corrente normalmente recebida das companhias de eletricidade.

acústica: parte da ciência que trata dos fenômenos associados ao som.

ambiente, canal: canal da trilha sonora do filme utilizada para reproduzir efeitos que transmitam o "ambiente" sonoro da cena mostrada na tela.

Ampère: unidade utilizada para expressar a magnitude de um fluxo elétrico.

amplificador: equipamento eletrônico destinado a amplificar a intensidade dos sinais de áudio e fornecer a potência suficiente para fazer funcionar os monitores de áudio.

Ampliação É um processo óptico feito em laboratório que transforma uma imagem captada na bitola menor para uma bitola maior. Exemplo: negativo captado em 16mm ou Super 16mm transformado para negativo 35mm.

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Anamorfização e Desamorfização A- Anamorfização: É um processo óptico de compressão de imagem. Essa imagem, antigamente chamada "wide screen", é comprimida num fotograma normal de 35mm. Para isso, a imagem precisa sair de seu normal, mudando de forma (fina e comprida), daí a denominação anamórfica. A imagem anamórfica pode ser obtida de duas maneiras: 1) captação direta na câmara de filmagem através de lentes especiais; 2) processo óptico de laboratório, ou seja, a imagem é captada em formato plano (Super 35mm) e comprimida opticamente através de lentes especiais no laboratório. B- Desanamorfização: É processo inverso, só que, neste caso, só é possível opticamente no laboratório.

ângulo de projeção: ângulo formado entre o eixo ótico de projeção e um reta ou plano de referência.

BBanda de legenda - também denominada de banda americana. É uma película transparente que contem as legendas de um filme, impressas em letras pretas, do mesmo tamanho do negativo ou internegativo, junto do qual será copiado.

bandor: conjunto de painéis móveis fixados ao refletor para controle das dimensões do feixe luminoso.

base: camada da película cinematográfica utilizada como suporte da emulsão da película. Também chamada "suporte".

batoque: cilindro de plástico no qual se enrola a película cinematográfica de 35 mm, para armazenagem e transporte.

bitola: medida da largura da película cinematográfica, de uma extremidade à outra.

Bleach by pass - é uma modificação nos processos de revelação de negativo ou positivo que consiste em fazer com que a película que está sendo revelado não passe pelo banho denominado bleach ou embranquecedor, cuja função é eliminar a prata que fica retida durante o processo. Geralmente é solicitado pelo cliente que deseja fazer uma modificação no padrão normal dos filmes coloridos.

bobina: também chamada "carretel", é o suporte no qual é enrolado o filme para projeção, transporte e armazenagem.

boom: haste na qual é suspenso o microfone, utilizada para seguir os movimentos dos atores.

brute: refletor com lâmpada a arco de alta potência equipado com lente Fresnel.

Ccabeça à fricção: cabeça de tripé com mecanismo de fricção regulável, usada para se obter movimentos suaves de câmera, no sentido vertical ou no sentido horizontal.

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cabeça giroscópica: cabeça de tripé de câmera comportando um mecanismo giroscópico interno que tem por objetivo assegurar a uniformidade do movimento da câmera.

cabeça magnética: componente do projetor utilizado para leitura da trilha sonora magnética dos filmes.

câmera aérea: câmera de cinema projetada para realização de efeitos óticos (trucagens) quando uma imagem aérea é refotografada.

candela: unidade internacional de medida de luminância. Seu símbolo é "cd".

carretel (ou bobina): carretel plástico ou metálico com flanges protetoras usadas para se enrolar o filme.

carvão: eletrodos de grafite ou outras formas de carbono, utilizados nas lanternas antigas, chamadas "de carvão", como fonte de luz da projeção.

change-over: termo em inglês para designar a inversão, ou troca, entre projetores durante a projeção de um filme.

chapéu-alto (hi-hat): suporte especial de câmera que permite posicioná-la a poucos centímetros do chão.

chefe eletricista: chefe da equipe de elétrica do set de filmagem.

CinemaScope: também chamado "Scope", é o mais popular dos formatos chamados "panorâmicos" em 35 mm. Utiliza uma lente "anamórfica, na filmagem e na projeção, com formato igual a 1:2,35.

cintilamento (ou flicker): variações perceptíveis na intensidade luminosa da imagem projetada na tela. O mesmo que "flicker".

claquete: dispositivo que consiste em dois pedaços de madeira unidos num extremo por uma dobradiça e pintado com listras brancas e pretas alternadas. É mantido à frente da câmera e do microfone e estalado quando o equipamento começa a ser utilizado. O estalo e a imagem das posições relativas das duas madeiras identificam a sincronização correta do som e imagem.

coladeira: equipamento utilizado para emendar as extremidades da película cinematográfica.

contra-regra: pessoa encarregada dos acessórios ou objetos necessários à ação do filme.

contra-grifa: pino, ou pinos, que se encaixam nas perfurações do filme para mantê-lo imóvel durante o tempo de exposição.

cópia "0" (cópia "zero"): cópia destinada à verificação e à aprovação dos serviços de laboratório.

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cópia de trabalho: cópia positiva contendo os planos do filme em finalização, utilizada pelo montador para realizar seu trabalho.

cópia: a cópia de um filme, produzida a partir de um negativo ou de um filme reversível.

copiadora com janela molhada: copiadora na qual o filme é recoberto ou imerso em um líquido especial durante a copiagem, a fim de reduzir a um mínimo os arranhões do negativo sobre a cópia.

Cópia "flashada" É uma cópia trabalhada pelo laboratório, na qual se joga uma luz neutra extra (igual nas 3 camadas), no momento da copiagem, a fim de baixar o contraste da cópia. Esta técnica, em geral, é usada em filmes para televisão. Copião É uma cópia muda (sem som), feita do negativo revelado das filmagens diárias de uma produção. O copião é feito dos "takes" escolhidos para serem copiados, a partir do boletim de filmagens, com especificações dos que devem ser copiados. A- Copião com luz padrão: É uma só copiagem (sem variação de luz). A partir do negativo que será copiado, o técnico determina uma intensidade de luz que seja intermediária e contemple de forma média, todas as correções da metragem total a ser copiada. B- Copião com marcação de luz cena a cena (take): A partir do negativo que será copiado, o técnico vai determinando intensidades de luz e cores diversas para as correções individuais de cada cena, a fim de obter um nível ideal de cor e densidade.

corta-foco: obturador secundário da lanterna de projeção que interrompe o feixe luminoso quando o filme não estiver em movimento, para evitar que ele se queime.

cross-over: equipamento eletrônico utilizado para separar o sinal sonoro em diferentes faixas de freqüência.

cruz de malta: componente do projetor que produz o movimento intermitente de "avança-e-pára" da película cinematográfica durante a projeção.

DdB: símbolo de decibel.

dc: abreviação de corrente contínua, do termo em inglês, designando um tipo de corrente elétrica que flui em um só sentido, como o necessário para funcionamento das lanternas a xenon ou "carvão".

debitador: tambor dentado utilizado no projetor para tracionar a película cinematográfica durante a projeção.

decibel: unidade utilizada para expressar o nível de pressão sonora, cujo símbolo é "dB".

decupagem: É a ordenação do roteiro dramático num story board detalhando plano a plano o filme proposto. É a forma visual do roteiro literário, da qual participam o diretor, o diretor de produção, o continuísta e o diretor de fotografia.

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densidade: utilizado em fotografia para expressar a transmitância ou reflectância, da película fotográfica. Uma película que transmita metade da luz incidente, por exemplo, tem uma transmitância igual a 0,50, ou 50%, e uma densidade igual a 0,30.

Densitometria - é um capítulo da Sensitometria que consiste num método de medir a opacidade das cores nos processos coloridos, ou a opacidade dos tons negros nos processos em P&B. Esta medição é feita em aparelhos calibrados para tal e que são chamados de densitômetros.

Desanamorfização - é o processo inverso da anamorfização. Neste caso, só é possível opticamente no laboratório.

densitômetro: instrumento utilizado para medir a densidade de uma imagem fotográfica.

dicróico: tipo de revestimento aplicado em espelhos ou lentes que filtra os raios infravermelhos, que transmitem o calor, sem afetar os outros comprimentos de onda do espectro luminoso. O espelho dicróico, por exemplo, possibilita concentrar no fotograma uma maior quantidade de luz, com menor quantidade de calor.

direitos autorais: direitos do autor e dos que são conexos (Lei Federal 9.610/98)

distância de projeção: distância entre a objetiva do projetor e a tela de projeção.

Dolby: marca do fabricante que desenvolveu e fabrica um sistema para redução de ruídos da trilha sonora dos filmes e para registro e reprodução de trilhas com som estereofônico, nos procedimentos analógico ou digital.

DTS: sistema sonoro digital no qual a informação sonora é registrada em um CD- ROM, sincronizado às imagens através de um time code impresso fotograficamente na película cinematográfica, entre a trilha sonora ótica analógica convencional e o fotograma.

dublagem: gravação de diálogos sincronizados com a cena, depois que esta foi filmada.

Eeixo ótico (da projeção): reta imaginária que passa pelo centro geométrico da lente - ou lentes - de projeção, lâmpada e espelho de projeção.

emenda: procedimento utilizado para unir extremidades da película cinematográfica.

emulsão: camada da película fotográfica sensível à luz, na qual é registrada a imagem do filme.

espelho do projetor ou da lanterna: espelho de alta qualidade ótica e capacidade de reflexão, no formato de uma semi-esfera ou parábola, utilizado para concentrar a luz de projeção no fotograma que será projetado na tela.

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espelho frio: espelho dicróico que não reflete os comprimentos de onda das radiações infravermelhas.

estrela (ou tribase): dispositivo destinado a manter fixas as pernas do tripé da câmera.

Ffantasma: "borrão" vertical na imagem, seja em baixo ou em cima, resultante de uma má regulagem do obturador em relação ao movimento do filme.

fantasma: problema da projeção quando formam-se pequenos halos - "fantasmas" - ao redor das imagens projetadas na tela.

Filme Negativo - produz uma gravação inversa à da luz e áreas negras da cena filmada, isto é, inversa da imagem real. Não pode ser visto diretamente após o processamento, sendo necessária a sua duplicação em filme de cópia (positivo). O filme negativo pode ser: a) preto e branco b) colorido Filme positivo - utilizado pelos laboratórios para serviços de copiagem (cópias de trabalho, copiões, cópias de exibição)

filme tridimensional: processo que transmite a ilusão de profundidade nos filmes. Também chamado de "3D".

filme virgem: película fotográfica não exposta nem processada.

flicker: termo em inglês para cintilamento, usado para designar variações na intensidade luminosa na tela de projeção. Costuma-se dizer que a imagem está "flicando".

flicker: variações perceptíveis na intensidade luminosa da imagem projetada na tela. O mesmo que "cintilamento".

foco: diz-se que uma imagem está em foco, quando ela se apresenta nítida, com as bordas bem definidas.

fora de quadro: defeito da projeção quando a imagem não está centrada na tela de projeção, ou quando a película não está posicionada corretamente no projetor e o espaço entre os fotogramas é projetado na tela. Nesses casos costuma-se dizer que a imagem está "fora de quadro".

formato de projeção: proporção entre a altura e a largura da imagem do filme na tela.

fotocélula: dispositivo do projetor, que transforma variações na luz em variações em impulsos elétricos.

fotômetro: instrumento utilizado para medição da intensidade luminosa.

frame: termo em inglês para fotograma ou quadro.

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freqüência: o número de ciclos de um fenômeno que se repete a intervalos periódicos como, por exemplo, as ondas sonoras.

fusão: a transição de uma cena para outra, na qual uma nova cena aparece gradualmente ao mesmo tempo que a primeira cena desaparece gradualmente.

fusível: dispositivo de segurança utilizado para interromper ou desconectar um fluxo elétrico que exceda a capacidade de uma instalação elétrica ou equipamento.

Ggelatina: folha de material transparente e colorido utilizado para modificar a luz dos refletores.

grifa: nome do componente mecânico no formato de um garfo que introduz seus dentes nas perfurações da película cinematográfica para puxá-la em um movimento intermitente de "avança-e-pára".

Hhorímetro: dispositivo das lanternas a xenon utilizadas para monitorar o tempo de utilização das lâmpadas.

hot spot: termo em inglês que significa "mancha quente", utilizado para designar áreas de maior concentração de luz na tela de projeção.

Iignitor: mecanismo utilizado para dar partida na lâmpada xenon.

infravermelho: parte do espectro eletromagnético com freqüência abaixo das freqüências luminosas visíveis pelo olho humano. As freqüências infravermelhas transmitem principalmente calor.

instabilidade horizontal: defeito da projeção quando a imagem projetada na tela movimenta-se de um lado para o outro.

instabilidade vertical: defeito da projeção quando a imagem projetada na tela movimenta-se para cima e para baixo.

intermediate: internegativo (ou interpositivo) utilizado como etapa intermediária na produção de cópias positivas (ou negativas).

internegativo: negativo produzido a partir de uma cópia positiva original utilizado para fazer outras cópias.

inversão de projetor: procedimento pelo qual o operador cinematográfico muda de um projetor para o outro durante a projeção, sem que o público perceba, para dar continuidade ao filme que está sendo exibido.

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Jjanela de projeção: placa de metal inserida no projetor, com a proporção correta do da imagem que deve ser projetada na tela.

Janela Líquida É uma técnica utilizada para copiagem óptica, mantendo ou não o mesmo formato do negativo. Nesse sistema o líquido é aplicado apenas no negativo.

Janela Molhada É uma técnica semelhante a da janela líquida, utilizada dependendo do serviço a ser feito. A ampliação, por exemplo, não pode feita por este processo. Esses processos com líquidos são utilizados para retirada / minimização de riscos e abrasões sobre o original.

Janela Submersa É uma técnica utilizada para copiagem por contato, em que o líquido é aplicado tanto na matriz como no filme virgem, mantendo o mesmo formato da matriz.

Llaçada: folga na película cinematográfica durante o seu carregamento na câmera de filmagem ou no projetor que tem por finalidade possibilitar o movimento intermitente da película. O mesmo que loop.

lâmpada de tungstênio: tipo de lâmpada geralmente utilizado como fonte de luz dos projetores de 16 mm portáteis.

lâmpada excitadora: lâmpada incandescente, alimentada por corrente contínua, que fornece a luz para leitura da trilha sonora ótica impressa na película.

lâmpada excitadora: lâmpada utilizada como fonte luminosa de um sistema de leitura do registro sonoro ótico.

lanterna a carvão: lanterna de projeção na qual se utiliza como fonte luminosa a descarga elétrica entre bastões de grafite ou outro composto de carbono.

lanterna de projeção: caixa de metal na qual se instala a fonte de luz da projeção.

lanterna xenon: nome genérico que se dá à lanterna de projeção que utiliza uma lâmpada a gás de xenônio como fonte de luz.

Lavagem na máquina de ultra-som É uma máquina que utiliza o processo ultra-sônico para limpeza do filme, eliminando todas as impurezas decorrentes do manuseio.

Legenda - letreiro aposto a uma película cinematográfica para apresentação do filme ou com a tradução, não raro resumida, das falas dos artistas.

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Legendagem - é o método da inclusão da legenda numa película. Pode ser feita de duas maneiras: a) processo óptico - configura-se na elaboração de uma banda de legenda, que, juntamente com os negativos (ou internegativos) de som e imagem permite que sejam tiradas cópias legendadas. b) a laser - configura-se na impressão a laser diretamente na cópia.

lente anamórfica: tipo de lente com diferentes magnificasses nas dimensões vertical e horizontal da imagem. A lente anamórfica usada na filmagem comprime a largura da imagem, reduzindo-a, aproximadamente, à metade do valor original. A lente anamórfica utilizada na projeção faz o inverso, praticamente duplicando a largura da imagem registrada no fotograma, para que a imagem projetada corresponda à imagem original.

lente plana: qualquer lente não anamórfica.

lente: dispositivo ótico utilizado para produzir uma imagem na tela, em uma película fotográfica ou cinematográfica, ou em um variedade de instrumentos óticos. Também pode ser usada para convergir ("concentrar") ou divergir ("dispersar") raios luminosos em diversas aplicações.

líder: pedaço da película cinematográfica utilizado para identificar cada rolo do filme.

locação: local de filmagem que não seja em estúdio.

loop: folga na película cinematográfica durante o seu carregamento na câmera de filmagem ou no projetor que tem por finalidade possibilitar o movimento intermitente da película. O mesmo que "laçada".

luminosidade da tela: a luminosidade do feixe de luz de projeção refletido pela tela.

luz parasita: luz indesejável proveniente de lâmpadas não protegidas, reflexos, portas abertas, etc.

Mmagazine: compartimento fechado do projetor no qual fica o rolo de película para projeção ou remoção.

maquinista: profissional responsável pela operação da maquinaria de filmagem, tais como grua, travelling, etc.

marcas de inversão: marcas impressas na película para lembrar o operador cinematográfico que o final do rolo se aproxima, para que ele possa fazer a inversão dos projetores.

Marcação de luz - método usado para corrigir as distorções de cores em filmes coloridos ou de tons negros em filme P&B, bem como para obter efeitos especiais solicitados pelos clientes na fotografia final dos filmes.

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Montagem de negativos - a montagem de negativos é feita tanto para a finalização de filmes como também para as fases intermediárias, tais como inserção de trucagens, letreiros, apresentações etc.

master positivo: cópia feita a partir do negativo original para se produzir um contratipo negativo.

mesa de edição: equipamento utilizado para montar ou editar a imagem ou o som do filme.

mixagem: etapa da finalização de um filme onde os sons do filme, até então registrados em diferentes trilhas, são combinados, ajustados e regravados em uma única trilha.

moldura (ou máscara) da tela: moldura, móvel ou fixa, colocada nas extremidades da tela para ajustar suas dimensões às da imagem projetada.

monitor de áudio: conjunto de alto-falantes utilizados para reprodução sonora.

montagem A e B: técnica de montagem de negativos ou filmes reversíveis em rolos separados para eliminar a reprodução de emendas e facilitar a copiagem de efeitos óticos, fades, fusões, etc.

montagem do negativo: operação na qual os negativos originais do filme, e outros negativos, são unidos na seqüência desejada para o filme.

montagem: processo para combinação das cenas filmadas na seqüência desejada para o filme quando pronto.

movimento intermitente: deslocamento da película na câmera ou no projetor, no qual o filme avança quadro a quadro e, após cada deslocamento, permanece imóvel em frente à janela no tempo suficiente para ser exposto ou projetado.

moviola: nome de um fabricante de mesas de edição verticais, geralmente utilizado como designação genérica para esse tipo de equipamento.

NNegativo - veja Filme Negativo

Negativo de som - é um filme especial, que, para um bom registro de área variável, possui emulsão Preto & Branco de alto contraste, grão fino e alto poder de resolução.

Negativo "flashado" - É uma técnica através da qual se imprime luz no negativo para baixar o seu contraste.A- Pré-flash: É a utilização desta técnica num negativo virgem. Pode ser feita de duas maneiras: 1) em câmaras que já possuem lâmpada com dispositivo especial para esse efeito, ou, na falta de tal câmara, 2) é executado no laboratório, num copiador. B- Pós-flash: É a utilização desta técnica no negativo filmado, antes da revelação.

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negativo da imagem: película contendo os negativos das imagens filmadas.

negativo das legendas: negativo que só contém as imagens das legendas, a serem superpostas às imagens do filme durante a copiagem.

negativo: filme com as imagens registradas com distribuição tonal reversa às do original, a partir do qual são feitas as cópias do filme.

Oobturador: disco metálico circular e plano com setores abertos destinados à passagem da luz durante o movimento do filme na câmera, ou no projetor, utilizado para interromper o fluxo no momento em que a película é movimentada na câmera, ou no projetor, para expor o fotograma seguinte.

Ppatins: dispositivo que mantém o filme pressionado contra os tambores dentados (sprocket) da câmera ou projetor.

perfuração: orifícios na película cinematográfica nos quais se encaixam os dentes do mecanismo intermitente do projetor para tracioná-la durante a projeção.

plano de filmagem: É a planificação e o gerenciamento da produção propriamente dita. Especifica as tarefas, os prazos, os custos e os responsáveis pela pré-produção, produção, filmagem, montagem, mixagem, finalização e a previsão da primeira cópia do filme. O plano de filmagem é montado pelo produtor executivo e o diretor.

ponta preta: parte da película, totalmente preta, colocada no início do rolo de um filme para proteção da película no momento de carregá-lo ou descarregá-lo.

potenciômetro: instrumento para regulagem do nível sonoro durante a gravação ou a reprodução.

projecionista: profissional responsável pela operação dos equipamentos de projeção. Operador cinematográfico.

Proof Printer - copiador usado para fazer correção de luzes e cores, utilizando para tal fim apenas de 1 a 3 fotogramas de cada take, obtendo-se com isso uma grande economia de filme copiado e de tempo de trabalho. Este aparelho é uma versão moderna dos antigos Light-Tests.

Qquadro compressor: componente do projetor utilizado para pressionar levemente o filme contra o patins.

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Rrebobinadeira: equipamento usado para rebobinar a película cinematográfica, de um rolo para outro, antes ou depois da projeção. O mesmo que enroladeira.

redução de ruídos: procedimento utilizado em sistemas de som, incluindo cinema, que tem por objetivo eliminar qualquer som que não faça parte da trilha sonora do filme.

Redução - É o processo inverso, ou seja, a passagem de uma dimensão maior para uma menor. Exemplo: filme captado em 35mm a ser transformado para 16mm.

Revelação - é um processo químico que permite o aparecimento da imagem que foi fotossensibilizada. O processo de revelação consiste numa seqüência de etapas, que, em função da película e dos resultados que se pretendem obter, alteram-se o temp de revelação e a temperatura.

resposta de freqüência: a capacidade de um equipamento em transmitir ou reproduzir as freqüências de um registro sonoro.

retificador: equipamento que transforma a corrente alternada, fornecida pelas companhias elétricas, em corrente contínua, para alimentar as lanternas a xenon ou a "carvão".

reversível: película na qual, após revelação, as imagens aparecem na polaridade correta, e não com negativos.

rolete dentado: componente no formato de um cilindro de metal com dentes que se encaixam nas perfurações da película cinematográfica para movimentá-la no projetor durante a projeção.

rolete liso: componente no formato de um cilindro de metal utilizado para guiar a película cinematográfica no projetor.

roteiro: documento contendo a descrição detalhada das cenas, cenários, ações e diálogos de um filme.

ruído de fundo: os componentes indesejáveis de um registro sonoro, consistindo de sons parasitas captados durante a gravação e ruídos gerados pelo equipamento eletrônico.

ruído: qualquer sinal indesejável. Geralmente utilizado em oposição a som.

SSDDS: sistema sonoro digital da Sony, no qual a informação sonora é registrada fotograficamente nas duas bordas da película, no espaço entre as perfurações e as extremidades da película.

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Sensitometria - é a ciência que estuda as propriedades e características das emulsões fotográficas. Permite a otimização dos processos usados dentro dos laboratórios cinematográficos e fotográficos, bem como dos processos de filmagem.

sincronismo (ou "sinc"): sincronismo correto entre as imagens do filme e os seus respectivos sons.

som digital: sistema de registro e reprodução sonora no qual os sons são registrados através de codificação matemática.

som estereofônico: tipo de registro e reprodução sonora na qual os sons são divididos em diversos canais independentes.

som magnético: processo no qual a trilha sonora do filme é registrada em uma fita magnética colada em laboratório sobre a película cinematográfica.

som monofônico: sistema sonoro no qual todas as informações sonoras do filme são registradas em uma única pista, ou canal, e são reproduzidas por um mesmo conjunto de monitores de áudio.

som ótico: registro sonoro feito pela conversão das modulações do som em uma imagem fotográfica que é reconvertida em modulações elétricas durante a reprodução sonora.

SR·D: sistema sonoro digital dos laboratórios Dolby, no qual a informação sonora é registrada fotograficamente através de uma série de pontos no espaço entre perfurações da película cinematográfica.

start: fotogramas nos quais são marcados visualmente o início da imagem e do som do filme, permitindo assim a sincronização de ambos durante a projeção.

sub-woofer: nome em inglês que se dá aos monitores de áudio utilizados para reprodução das freqüências sonoras muito baixas, também chamados "subgraves".

suporte: material plástico flexível, usualmente transparente, da película cinematográfica sobre o qual podem ser aplicados uma emulsão fotográfica ou outras substâncias. Também chamada "base".

surround: termo em inglês para designar o canal ambiente da trilha dos filmes.

Ttambor de tração: tambor dentado do projetor que movimenta o filme de forma intermitente, posicionando o quadro da imagem em frente à janela de projeção para ser projetado.

tambor debitador: tambor dentado que leva o filme à área da janela dos projetores, câmeras, copiadoras, etc.

tela (de projeção): superfície, geralmente de material plástico flexível, utilizado como suporte da imagem durante a projeção.

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tela perfurada: tela de projeção com pequenos orifícios em toda a sua extensão, utilizada quando se deseja instalar os monitores de áudio atrás da tela para, dessa forma, dar ao espectador a impressão deque o som e a imagem do filme se originam no mesmo ponto.

tela perolizada: tela de projeção cuja superfície contém elementos esféricos possibilitando controlar a diretividade da reflexão da luz de projeção.

telecinagem: transferência da imagem fílmica para sinal digital e imagem em vídeo

temperatura de cor: método utilizado para descrever a cor de uma fonte luminosa através de um único número, expresso em graus Kelvin, K.

Telecine - É o processo de transferência das informações de um negativo ou positivo de 16mm ou 35mm para o padrão VHS ou BETA.

Teste Sensitométrico - É um teste fotográfico que define se o filme virgem a ser usado nas filmagens está dentro das características indicadas pela fábrica.

time code: termo inglês que significa "código de tempo", utilizado para registrar a localização de cada fotograma do filme para sincronização com o som.

torre (das lentes): disco giratório, posicionado em frente à câmera ou projetor, no qual são instaladas diversas lentes com diferentes distâncias focais.

trilha sonora: parte da película cinematográfica na qual é registrado o som dos filmes.

tweeter: nome em inglês que se dá aos monitores de áudio utilizados para reprodução das altas freqüências sonoras, os "agudos".

UUltra-Som - veja "lavagem em máquina de ultra-som"

ultravioleta: parte do espectro eletromagnético com freqüência acima da faixa de freqüências luminosas visíveis.

Vvisionamento: exame crítico do filme durante a projeção.

Wwoofer: nome em inglês que se dá aos monitores de áudio utilizados para reprodução das baixas freqüências sonoras, os "graves".