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Balancete de Verificação

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10 . Balancete de Verificação

10.1 - Introdução

A elaboração do Balancete de Verificação (diariamente, semanalmente, quinzenalmente, mensalmente, etc.), ocorre com a finalidade de verificar se os registros de todas as operações de uma Empresa ou Entidade estão corretos, ou seja; se foram feitos de acordo com os Procedimentos Contábeis Aceitos.

O Balancete de Verificação que tem como base o método das partidas dobradas é, portanto, feito com base nos saldos de todas as contas do Livro Razão. Para a apuração desses saldos o Livro Razão deverá estar sempre atualizado, isto é, conter o registro de todas as operações da Empresa ou Entidade do exercício que se pretenda encerrar. Como o próprio nome já diz, Balancete de Verificação, que verifica através de uma relação de contas, se, a soma dos saldos das contas devedoras é igual à soma dos saldos das contas credoras, permitindo com isso à validação dos registros contábeis.

A Resolução CFC No. 685/90, que aprova a NBC-T-2-7 – Do Balancete, diz que o Balancete de Verificação do Razão é a relação de contas, com seu respectivos saldos, extraída dos registros contábeis em determinada data. O grau de detalhamento do balancete deverá ser consentâneo com sua finalidade.

Os elementos mínimos que devem constar do balancete são: a) Identificação da empresa ou entidade; b) Data a que se refere; c) Abrangência; d) Identificação das Contas e respectivos grupos; e) Saldos das contas, indicando se devedoras ou credoras; f) Soma dos saldos devedores e credores.

O balancete que se destinar para fins externos à Entidade deverá conter nome e assinatura do contabilista responsável, sua categoria profissional e número de registro no CRC.

O balancete deve ser levantado, no mínimo, mensalmente.

Objetivo do Capitulo

Demonstrar a importância da formação do Balancete de Verificação, que serve de teste para o rigor dos registros das operações de uma Empresa ou Entidade.

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10.2 - Formação do Balancete de Verificação

Com base nas operações registradas no Livro Razão (vide subitem 9.7.5.2 – item 9.7.5 - capitulo 9), vamos elaborar o Balancete de Verificação da Empresa Sol Ltda. como segue:

Empresa Sol Ltda.

Balancete de Verificação em 31-07-xx (situação 1)

Contas

Caixa

Imóvel

Móveis e Utensílios

Equipamentos

Bancos

Veículos

Capital Social

Títulos a Pagar

Fornecedores

Empréstimos Bancários

Soma

Devedoras

30.000

20.000

6.000

2.000

10.000

15.000

83.000

Credoras

64.000

2.000

2.000

15.000

83.000

Saiba Mais

BALANCETE: Relação de contas apresentando o total de seus débitos, créditos e saldos devedores ou credores. O balancete é extraído do Livro Razão.

BALANCETE AJUSTADO: Balancete que se deriva de um ou outro balancete em razão de ajustes ou correções que foram processadas.

BALANCETE COMPARATIVO: É um balancete que compara a situação das mesmas contas em dois períodos de tempo diferentes. Geralmente é extraído para servir de orientação.

BALANCETE DE VERIFICAÇÃO: Aquele que se extrai para se observar se os lançamentos no Livro Razão estão sendo feitos, de acordo com as técnicas contábeis.

BALANCETE FINAL: Aquele extraído depois de encerradas as contas de retificação e resultado e de tal balancete é que origina o balanço.

BALANCETE INICIAL: Aquele extraído para servir de base à apuração do balanço.

BALANCETE PREPARATÓRIO: Balancete que serve para base para a extração do balanço. O mesmo que balancete inicial. É a posição das contas geralmente em 31 de dezembro, época de encerramento do exercício.

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Saiba Mais

9.8 - Saiba maisOs razões são livros de escrituração sistemática; a sua unidade elementar, o seu instrumento típico indispensável, é a conta.

Os razões podem ser na sua estrutura técnica constituídos de livros de folhas fixas, de livros de folhas soltas, ou simplesmente de

fichas; muito confundida está a escrituração em fichas.

(Vincenzo mais, Ragioneria generale, p. 367, 3ª. ed., Pádua 1942)

Como muito bem escreve Mais, a conta é a Unidade no Razão; o livro é um conjunto de Contas.

O Razão Principal ou Geral pode dar origem a muitos outros pequenos Razões, ditos Razões Analíticos, que passam também a

ter como unidade as contas (subcontas ou contas de análise, de vários graus).

Assim por exemplo, a conta Matéria-Prima, que é apenas uma parcela no Razão Geral, pode dar origem a um Razão de

Matérias-Primas, onde existirão subcontas que analisem tal conta; da mesma forma, no sentido absoluto, o livro de Contas

Correntes é um Razão Analítico.

Geralmente os livros de análise, ou seja, os Razões Analíticos, recebem a denominação da conta que estão analisando: Livro

de Bancos, Livro de Clientes, Livro de Matérias-Primas etc. O uso do Razão é tão antigo que muitos escritores julgam que tenha

existido antes do método da partida dobrada, (na escrita dos romanos, dos sumérios etc.)

O Razão que admitimos hoje é aquele cuja soma dos saldos das contas devedoras é igual à soma dos saldos das contas

credoras.

O Livro Razão é considerado como o principal da partida dobrada, porque dele é que se levantam os Balancetes, e porque nele

as contraposições se evidenciam de foram absoluta, sendo teste para o rigor dos registros.

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Bibliografia

Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo. Os Princípios

Fundamentais de Contabilidade, As Normas Brasileiras de Contabilidade e o Código de

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LEITE, Hélio de Paula. Contabilidade para Administradores. São Paulo: Atlas, 1997

MIRANDA JUNIOR, Darci Arruda. Breve Comentários à Lei de Sociedades por Ações (Lei

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MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 10ª edição, São Paulo: Atlas, 2003.

MARION, José Carlos. Contabilidade Básica. 6ª edição, São Paulo: Atlas, 1998.

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SÁ, Antonio Lopes de, História Geral e das Doutrinas da Contabilidade.São Paulo: Atlas,

1997.

SÁ, Antonio Lopes de, Princípios Fundamentais de Contabilidade. 2ª edição, São

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VÁLTER,Milton Augusto; BRAGA. Hugo Rocha, Demonstrações Financeiras um Enfoque

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USP, Equipe de Professores da FEA, Contabilidade Introdutória. 10ª edição, São Paulo:

Atlas, 2006.