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2 5G Americas Série de Estudos TIC para o Desenvolvimento: TIC para idosos na América Latina
TIC PARA IDOSOS NA AMÉRICA LATINA
3 5G Americas Série de Estudos TIC para o Desenvolvimento: TIC para idosos na América Latina
CONTEÚDO Preâmbulo ............................................................................................................................. 4
Introdução ............................................................................................................................. 5
Idosos e as TIC ...................................................................................................................... 8
Pirâmide Populacional Mundial - Anos Específicos .............................................................. 9
Idosos e as TIC na América Latina ........................................................................................ 13
Pirâmide Populacional da América Latina 1980-2014 ........................................................ 13
Pirâmide Populacional da América Latina 2050 ................................................................. 14
América Latina e Espanha: disponibilidade de tecnologias de informação e comunicação
(TIC) para a população idosa ............................................................................................ 15
Porcentagem de Usuários de Internet por faixa etária 2010-2014 ....................................... 16
Implementação das TIC para idosos ..................................................................................... 19
Plano para integração das TIC com idosos na Argentina .................................................... 19
Agência de previdência da Argentina aumenta a cobertura com as telecomunicações ........ 21
A tecnologia auxilia o atendimento para Idosos no Chile ................................................... 21
Costa Rica oferece cursos introdutórios de TIC para idosos .............................................. 23
Acesso para Idosos em desenvolvimento no México ......................................................... 25
Uruguai: treinando idosos a usarem tablets ....................................................................... 26
Olhando para o futuro .......................................................................................................... 27
Termo de responsabilidade .................................................................................................. 28
4 5G Americas Série de Estudos TIC para o Desenvolvimento: TIC para idosos na América Latina
PREÂMBULO A América Latina é uma região onde realidades muito diferentes convergem em vários setores
da sociedade. Os desafios do futuro incluem não apenas o trabalho de reduzir as diferenças
em termos de desenvolvimento econômico, mas também atingir uma série de metas que
envolvem a saúde, educação, segurança pública, estabilidade democrática e muitas outras
áreas.
Essas metas também incluem a adoção de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs).
Esse desenvolvimento é horizontal, ou seja, permite uma convergência entre os trabalhos
realizados por diferentes setores para potencializar e melhorar a qualidade de vida das
populações dessa região.
A BrechaCero.com nasceu com esse enfoque, especialmente no uso de redes sem fio.
BrechaCero.com é um blog da 5G Americas que dissemina e promove essas iniciativas. O blog,
de acesso gratuito, apresenta informações sobre as várias iniciativas, tendências e serviços
que estão usando a tecnologia para melhorar a vida do povo latino-americano. Além disso, o
blog apresenta colunas e entrevistas de analistas e profissionais do setor.
As atividades da BrechCero.com também incluem a produção de vários documentos que
analisam temas específicos. Esses documentos divulgam informações detalhadas sobre o uso
da TIC para potencializar o desenvolvimento de vários setores verticais e representam uma
fonte de consulta permanente.
5 5G Americas Série de Estudos TIC para o Desenvolvimento: TIC para idosos na América Latina
INTRODUÇÃO Os países da América Latina apresentam características semelhantes. Com uma estrutura
econômica que os posicionam dentro do grupo das economias emergentes, eles costumam ter
padrões culturais e sociais semelhantes. No entanto, também existem algumas diferenças
entre essas nações.
A situação das pessoas de terceira idade é motivo de preocupação em toda a região. As
diferentes administrações enfrentam desafios para melhorar as condições de vida desta faixa
etária. Entre as iniciativas já adotadas, podemos destacar aquelas que usam as Tecnologias de
Informação e Comunicação (TIC), que oferecem várias oportunidades para melhorar a
qualidade de vida deste segmento da população.
A mudança nas relações produtivas, e os novos padrões que nasceram com a globalização e a
revolução digital, radicalmente mudaram os hábitos da maioria da população global. Grande
parte da população ainda mantém costumes do século passado, presa num ciclo de
desigualdade que também limita seu acesso à tecnologia e capacidade de usar seus recursos,
entre outros fatores.
A conectividade, e as novas opções de interatividade propostas pelas TIC, é um desafio para
uma parcela mais velha da população. Ainda há muito trabalho a ser feito para ajudar esta
parcela da população a se adaptar a essa nova realidade e promover a adoção das novas
práticas sociais e econômicas que estão surgindo.
Nos últimos 10 anos, os desafios que apareceram com o envelhecimento da população
levaram à introdução de novas políticas e programas focados nessa faixa etária, de acordo
com as Nações Unidas1 (ONU). Muitos países desenvolvidos começaram a introduzir políticas
experimentais e inovadoras para seus sistemas de saúde, segurança social ou bem-estar
social. Esses países implementaram planos nacionais direcionados aos idosos, abordando
temas como códigos de construção, licenciamento e supervisão de centros de atendimento e
cursos de treinamento vocacional, entre outros.
De acordo com a ONU, a composição da população mundial mudou muito durante as últimas
décadas. A agência observou que, entre 1950 e 2010, a expectativa de vida mundial aumentou
de 46 para 68 anos, e deve atingir 81 anos até o final deste século. Além disso, teremos 2
bilhões de pessoas com 60 anos ou mais em 2050, ou seja, mais de 20% da população
mundial2.
1 Em "Acompanhamento da Segunda Assembleia Mundial sobre o Envelhecimento". Por Nações Unidas. Em http://www.un.org/es/comun/docs/?symbol=A/66/173 2 Em "Acompanhamento da Segunda Assembleia Mundial sobre o Envelhecimento". Por Nações Unidas. Em http://www.un.org/es/comun/docs/?symbol=A/66/173
6 5G Americas Série de Estudos TIC para o Desenvolvimento: TIC para idosos na América Latina
De acordo com o estudo "Perspectivas Globais sobre a Proteção dos Direitos Humanos do
Idoso, 2007-2013"3 publicado pela CEPAL, 63 milhões de idosos vivem na América Latina e no
Caribe e esse número deve ultrapassar o marco de 185 milhões até 2050, com o segmento de
terceira idade representando mais de um quarto da população regional.
Os vários governos da região devem levar este fenômeno em consideração no momento de
criar políticas para melhorar a qualidade de vida do idoso. Neste cenário, as autoridades
devem considerar diferentes estratégias, não só do ponto de vista econômico, mas também
em termos da educação, saúde e lazer.
As TIC podem ajudar a melhorar a situação em praticamente todas estas áreas. Através de
planos de Tele Saúde, Tele Educação e de governo eletrônico, as novas tecnologias podem
oferecer mais conveniência e eficiência em todos esses segmentos. No entanto, é importante
incluir um plano para educação da população e aproveitar ao máximo destas oportunidades.
A falta de educação é agravada pela "desigualdade digital criada pela idade, ou seja, vemos
uma defasagem em termos de habilidades e atitudes ligadas à tecnologia em idades mais
avançadas"4. Essa parcela da população ainda "enfrenta preconceitos relacionados à sua
capacidade de adquirir novos conhecimentos"5, além do "fenômeno da auto-marginalização"6.
Estes obstáculos culturais geralmente são mais difíceis de romper, mas é possível superá-los
através do trabalho conjunto entre o Estado e o setor privado. O primeiro passo para superar
esses obstáculos é a implementação de políticas para aumentar o acesso de idosos à
tecnologia.
No entanto, precisamos de conectividade de alta qualidade com serviços de banda larga para
desenvolver estas iniciativas. Claramente, acesso aos serviços de telecomunicação pode
ajudar a reduzir a desigualdade digital enfrentada pela população mais velha. Para isso, as
autoridades devem criar condições favoráveis para a implantação de tecnologias, incentivando
o desenvolvimento da banda larga em cada mercado regional.
As políticas públicas adotadas para aumentar a cobertura dos serviços de banda larga terão
um impacto positivo sobre a adoção de TICs entre a população de terceira idade, melhorando
seu acesso à saúde e educação e aproximando essa população com o governo. As
tecnologias sem fio são ainda mais importantes nesse sentido, porque suas características
oferecem maior cobertura e aumentam as possibilidades de acesso.
3 Em "Perspectivas Globais sobre a Proteção dos Direitos Humanos do Idoso, 2007-2013". Por CEPAL. Em http://repositorio.cepal.org/bitstream/handle/11362/35929/1/LCW566_es.pdf 4 Em "A DIFERENÇA É ... QUE OS IDOSOS EXISTEM". Por Alcira Brandán. Universidad Tecnológica Nacional. Faculdade Regional de Buenos Aires. 5 Em "A DIFERENÇA É ... QUE OS IDOSOS EXISTEM". Por Alcira Brandán. Universidad Tecnológica Nacional. Faculdade Regional de Buenos Aires. 6 Em "A DIFERENÇA É ... QUE OS IDOSOS EXISTEM". Por Alcira Brandán. Universidad Tecnológica Nacional. Faculdade Regional de Buenos Aires.
7 5G Americas Série de Estudos TIC para o Desenvolvimento: TIC para idosos na América Latina
Tecnologias robustas como a LTE também facilitam o acesso a aplicativos de alta
complexidade em tempo real, beneficiando o usuário. No entanto, para garantir o desempenho
apropriado dessas tecnologias, a disponibilidade de espectro de rádio é essencial para
viabilizar os serviços de banda larga móvel. Do mesmo modo, seria importante reduzir os
processos burocráticos para estabelecer redes de telecomunicações, tanto fixas quanto
móveis.
Outro fator importante seria a redução das barreiras tributárias para dispositivos de acesso.
Este tipo de iniciativa permite aumentar a penetração de smartphones, facilitando o acesso
dos idosos às novas tecnologias. Isto também aumenta o acesso a todos os aplicativos
associados aos serviços móveis.
De acordo com os dados da Ovum divulgados pela 5G Américas, a América Latina encerrou
2016 com 701 milhões de linhas móveis, das quais 447 milhões ofereciam serviços de banda
larga móvel (327 milhões de linhas HSPA e 101 milhões de LTE).
O mesmo estudo aponta que a banda larga móvel deve contabilizar 707 milhões de acessos
até 2021, ou seja, 90% do total de acessos móveis. Desse total, aproximadamente 449 milhões
seriam LTE e 258 milhões HSPA.
Este crescimento representa uma enorme oportunidade para a América Latina.
8 5G Americas Série de Estudos TIC para o Desenvolvimento: TIC para idosos na América Latina
IDOSOS E AS TIC A incorporação das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) é uma oportunidade para
aumentar a qualidade de vida dos idosos, Especialmente com a incorporação de diferentes
plataformas para facilitar o acesso à saúde, ao trabalho, governo e até entretenimento.
De acordo com as Nações Unidas, um idoso é uma pessoa com mais de 60 anos de idade em
países em desenvolvimento e 65 anos de idade em países desenvolvidos. Já a Organização
Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu que esta faixa etária representa pessoas com 60 anos ou
mais, divididos em três grupos: aquelas entre 60 e 74 anos de idade são de terceira avançada;
pessoas entre 75 e 90 anos são idosos; e pessoas com mais de 90 anos são longevos7.
De acordo com as Nações Unidas, os idosos representam uma parcela maior da população a
cada ano que passa. Em 1950, 200 milhões de pessoas tinham mais de 60 anos, subindo para
300 milhões em 1975 e ultrapassando 590 milhões em 20008. As estimativas indicam que 22%
da população, ou 2 bilhões de pessoas, terão mais de 60 anos até 2050.
7 Em "Pessoas com mais de 60 anos que vivem na cidade de Buenos Aires: envelhecimento populacional, um problema ou uma conquista?" Por Mabel Ariño. En http://www.buenosaires.gob.ar/sites/gcaba/files/tercera_edad_caba-mabel_arino.pdf 8 Em "A Educação para Idosos nas TICs". Novas Competências para a Sociedade Atual” Por: Prof. Mauricio N. Boarini; Prof. Ernesto P. Cerdá; Mg. Susana Rocha. Na Secretaria de Extensão e Desenvolvimento - Departamento de Informática - Fac. De Ciências Exatas, Físico-Químicas e Naturais - Universidade Nacional de Río Cuarto.
9 5G Americas Série de Estudos TIC para o Desenvolvimento: TIC para idosos na América Latina
PIRÂMIDE POPULACIONAL MUNDIAL - ANOS ESPECÍFICOS9
Esta parcela da população está crescendo rapidamente. De acordo com a Organização Mundial
da Saúde, “devido ao aumento da expectativa de vida e ao declínio da taxa de fertilidade, a
proporção de pessoas com mais de 60 anos está aumentando mais rapidamente do que
qualquer outra faixa etária em quase todos os países. O envelhecimento da população pode
ser considerado um sucesso das políticas de saúde pública e do desenvolvimento
socioeconômico, mas também representa um desafio para a sociedade, que deve se adaptar a
9 Em World Population 2015. Pela ONU. Em https://esa.un.org/unpd/wpp/Publications/Files/World_Population_2015_Wallchart.pdf
10 5G Americas Série de Estudos TIC para o Desenvolvimento: TIC para idosos na América Latina
isso para melhorar a saúde e a capacidade funcional das pessoas idosas, aumentando sua
participação social e sua segurança"10.
Alguns desses desafios podem ser solucionados através das TIC, que são necessárias para
promover o bem-estar dentro dessa faixa etária. Embora as TIC não seriam uma solução
completa, as novas tecnologias podem ser usadas para melhorar vários aspectos da qualidade
de vida do idoso.
Todos os dias podemos ver a incorporação das TIC em diferentes áreas da sociedade.
Diversos países têm iniciativas que incluem Tele Saúde, Tele Educação, Tele Trabalho, governo
eletrônico, entre outros, que tendem a melhorar a qualidade de vida da população, facilitando
seu acesso a esse tipo de benefício. Cada uma dessas iniciativas proporciona ferramentas
mais efetivas aos idosos:
- Tele Saúde: através de estratégias nacionais que fazem parte dos planos de
conectividade, ou aplicativos móveis desenvolvidos como parte de iniciativas privadas
de natureza preventiva, esses projetos são fundamentais para melhorar a vida dos
idosos. Serviços de saúde mais abrangentes dão acesso a um atendimento mais
complexo, que pode ser acessado a partir de qualquer dispositivo móvel ou através da
comunicação entre dispositivos, também conhecido como a Internet das Coisas (IoT).
- Tele Educação: para o idoso, as novas tecnologias oferecem a oportunidade de
estudar. Os cursos à distância são uma oportunidade para ampliar a educação desta
faixa etária. Além disso, iniciativas de diferentes cursos abertos à distância (MOOC)
são de grande ajuda para aqueles que querem aproveitar o tempo livre para adquirir
novos conhecimentos.
- Tele Trabalho: com a opção de prestar serviços de casa, as pessoas podem estender
suas carreiras. Ou seja, é uma oportunidade para o idoso continuar trabalhando,
mesmo depois de atingir a idade de aposentadoria.
- Governo eletrônico: a redução da burocracia e a aproximação com o governo aumenta
a conveniência para a população idosa. O acesso aos serviços de governo reduz o
tempo que pessoas de terceira idade passam se deslocando e as horas que passam
esperando para serem atendidos nas dependências do governo.
Estes são apenas alguns exemplos de como diferentes estratégias para promover as TIC em
diferentes setores verticais podem ter um impacto positivo na vida do idoso. Para que isto
aconteça, também precisamos de estratégias que incluem esse segmento da população.
10 Sobre Envelhecimento. OMS. Em http://www.who.int/topics/ageing/es/
11 5G Americas Série de Estudos TIC para o Desenvolvimento: TIC para idosos na América Latina
As desigualdades no acesso à tecnologia podem existir por diferentes motivos: econômicos,
sociais, geográficos, etc. No caso do idoso, é uma combinação de educação e cultura e grande
parte dessa população convive "com diferenças de aprendizagem ou de acesso"11. Observando
que "parte da rejeição de novas tecnologias entre a população de terceira idade é o medo de
entrar em um mundo muito complexo, ligado a um sentimento de defasagem, do alto custo
envolvido, considerando que nenhuma publicidade é dirigida a este segmento da população"12.
É importante "ensinar como essas tecnologias podem ser úteis para o seu próprio bem-estar ...
Desde o contato com parentes distantes, até o aprendizado de seus direitos"13.
Em geral, "a incompreensão das mudanças que ocorrem no setor das novas tecnologias, e as
inovações que elas trazem, geram dificuldades para certas pessoas no momento de tentar
usar e incorporar essas tecnologias na vida cotidiana”14. Este é um obstáculo importante a ser
superado para melhorar a qualidade de vida desta parte da população.
Nesse sentido, os idosos precisam aprender a usar as TIC. "A diferença entre idosos que
conseguem usar e acessar informações através dessas novas tecnologias e aqueles que não
conseguem acaba criando uma ruptura social que aumenta a desigualdade e o risco de
exclusão, gerando uma desigualdade digital entre gerações"15.
É fundamental gerar estratégias para incorporar os idosos e as TICs, especialmente
estratégias para ensinar e estimular a adoção de novas experiências associadas a estas
tecnologias. Assim, é "necessário estabelecer canais personalizados de aprendizagem e
motivar idosos em dois aspectos cruciais: a instrução no uso de novas tecnologias para
adquirir conhecimento básico da informática e a aplicação deste aprendizado para adquirir
outras habilidades"16.
O acesso à tecnologia, e a disponibilidade de ferramentas adequadas que permite usar a
tecnologia, são fatores chaves em qualquer iniciativa que pretende melhorar a vida da
população de terceira idade, especialmente por que "eles serão capazes de melhorar a própria
qualidade de vida neste grupo social que precisa de autonomia total durante seu
envelhecimento"17.
11 Em "Questões para o Bem-estar". Nota Editorial. No “Boletim do Programa de Cooperação Ibero-Americana para Idosos. Número 7”. Pela Organização Ibero-Americana de Assistência Social 12 Em "Questões para o Bem-estar". Nota Editorial. No “Boletim do Programa de Cooperação Ibero-Americana para Idosos. Número 7”. Pela Organização Ibero-Americana de Assistência Social 13 Em "Questões para o Bem-estar". Nota Editorial. No “Boletim do Programa de Cooperação Ibero-Americana para Idosos. Número 7”. Pela Organização Ibero-Americana de Assistência Social 14 Em "Idosos e as novas tecnologias". Por Gina Magnolia Riaño Barón. No “Boletim do Programa de Cooperação Ibero-Americana para Idosos. Número 7” Pela Organização Ibero-Americana de Assistência Social 15 Em "Idosos e as novas tecnologias". Por Gina Magnolia Riaño Barón. No “Boletim do Programa de Cooperação Ibero-Americana para Idosos. Número 7” Pela Organização Ibero-Americana de Assistência Social 16 Em "Idosos e as novas tecnologias". Por Gina Magnolia Riaño Barón. No “Boletim do Programa de Cooperação Ibero-Americana para Idosos. Número 7” Pela Organização Ibero-Americana de Assistência Social 17 Em "Questões para o Bem-estar". Nota Editorial. No “Boletim do Programa de Cooperação Ibero-Americana para Idosos. Número 7”. Pela Organização Ibero-Americana de Assistência Social
12 5G Americas Série de Estudos TIC para o Desenvolvimento: TIC para idosos na América Latina
O acesso às TIC também exige conectividade. Ou seja, tanto os dispositivos quanto a
conectividade, como o acesso de banda larga, são aspectos centrais de qualquer estratégia de
aproximar os idosos com a tecnologia. Hoje, precisamos de mais conectividade.
Iniciativas implementadas para aumentar o uso de novas tecnologias entre a população idosa
devem fomentar a conectividade. Portanto, precisamos de políticas que apoiam a implantação
de redes voltadas aos serviços de banda larga.
Os serviços disponibilizados através da banda larga sem fio podem cobrir áreas rurais ou
longe de grandes centros urbanos mais rapidamente. Além disso, tecnologias como a LTE
oferecem altas velocidades de download com conectividade robusta, e, com isso, os
aplicativos mais avançados funcionam melhor.
Consequentemente, o setor precisa de acesso a espectro radioelétrico para conseguir ampliar
o acesso a tecnologias de banda larga sem fio. Em outras palavras, os governos devem
disponibilizar os espectros recomendados pela UIT para o desenvolvimento de serviços de
banda larga móvel (um total de 1960 MHz por mercado até 2020).
Com mais espectro de rádio disponível para serviços de banda larga sem fio, podemos ampliar
a conectividade no mercado. Isto deve criar novas oportunidades de conectividade para
adultos que vivem no país, aumentando a inclusão tecnológica.
Os setores público e privado também devem trabalhar em parceria para implementar
estratégias que ampliam acesso às TIC entre as pessoas de terceira idade. O desenvolvimento
de aplicativos específicos para esta parcela da população representa uma oportunidade para
desenvolver o setor de tecnologia de cada país, embora o setor também precisa de apoio do
Estado.
Por esse motivo, as políticas públicas que incentivam a adoção de dispositivos entre pessoas
de terceira idade são muito importantes. A redução da carga tributária é uma medida que
ajudaria a reduzir os preços dos dispositivos, consequentemente aumentando sua
acessibilidade. Essas políticas aumentariam o número de smartphones no mercado, que
também são cada vez mais potentes e, por isso, são ferramentas muito relevantes para os
idosos.
13 5G Americas Série de Estudos TIC para o Desenvolvimento: TIC para idosos na América Latina
IDOSOS E AS TIC NA AMÉRICA LATINA Ao longo das últimas décadas, a evolução dos vários setores que são responsáveis pelo
desenvolvimento na América Latina, como a educação, saúde, economia, assistência social,
etc., aumentou a expectativa de vida. Como resultado, a população regional está
envelhecendo.
Houve uma grande mudança nas relações produtivas em função da globalização e da
revolução digital, e os hábitos e costumes da população também mudaram rapidamente.
Porém, grande parte da população idosa está presa em uma desigualdade tecnológica.
Com a evolução da população global, e comparada com décadas anteriores, a população idosa
está crescendo mais rapidamente. Segundo a Comissão Econômica para a América Latina e o
Caribe (CEPAL), o número de pessoas com mais de 60 anos aumentou em 290% na região
entre 1980 e 2014, chegando a mais de 66,2 milhões no final desse período18. Isso também
reduziu a base da pirâmide populacional da região. Ou seja, a população está envelhecendo.
PIRÂMIDE POPULACIONAL DA AMÉRICA LATINA 1980-2014
Fonte: CEPAL
De acordo com a CEPAL, a América Latina terá 185 milhões de idosos até 2050. Isto significa
que a tendência regional de envelhecimento continuará e iniciativas para melhor a qualidade
de vida deste setor da população serão cada vez mais importantes.
18 Em "Observatório Demográfico, 2014". Pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL). Em http://repositorio.cepal.org/bitstream/handle/11362/39228/1/S1500643_mu.pdf
14 5G Americas Série de Estudos TIC para o Desenvolvimento: TIC para idosos na América Latina
PIRÂMIDE POPULACIONAL DA AMÉRICA LATINA 2050
Fonte: Cepal19
“Essas projeções são importantes, levando em consideração o fato que o envelhecimento
apresenta mudanças físicas, cognitivas, econômicas, emocionais e sociais, impactando
diretamente na qualidade de vida das pessoas"20. O crescente número de idosos está criando
novos desafios para a América Latina.
Podemos destacar a adaptação aos novos padrões de entretenimento e aproveitamento do
tempo livre. “Também existe a possibilidade de melhorar suas relações sociais usando novas
ferramentas, como as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC).
As TIC são uma alternativa que podem ajudar o idoso a se adaptar às novas estruturas sociais.
Com a tecnologia, o idoso podem melhorar sua qualidade de vida, e ter acesso mais fácil a
diferentes setores, como a saúde, a educação e a segurança, entre outros.
Esta faixa etária faz "parte de uma sociedade que mudou radicalmente, refletindo um ritmo de
vida muito exigente. Essa sociedade é caracterizada como a sociedade da comunicação e da
informação”21. Isso significa que existe muita demanda por comunicações através das TIC e
suas novas tendências. Portanto, devemos facilitar o acesso a essas novas tecnologias,
especialmente aquelas que oferecem conectividade.
19 Em "Observatório Demográfico, 2016". Pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL). Em http://repositorio.cepal.org/bitstream/handle/11362/41018/1/S1600734_en.pdf 20 Em "Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) como alternativa para estimular processos cognitivos em idades avançadas". Por Aldana González, G., García Gómez, L. & Jacobo Mata, A. Em http://www.uv.mx/cpue/num14/practica/aldana_garcia_mata_tic_vejez.html 21 Em "A Educação para Idosos nas TICs". Novas Competências para a Sociedade Atual” Por: Prof. Mauricio N. Boarini; Prof. Ernesto P. Cerdá; Mg. Susana Rocha. Na Secretaria de Extensão e Desenvolvimento - Departamento de Informática - Fac. De Ciências Exatas, Físico-Químicas e Naturais - Universidade Nacional de Río Cuarto.
15 5G Americas Série de Estudos TIC para o Desenvolvimento: TIC para idosos na América Latina
Segundo a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), para a população
de terceira idade, os telefones móveis são o principal meio de acesso às TIC em mercados
como a Argentina, Brasil e Uruguai22. Por outro lado, "ter um computador e Internet em casa
não é um destaque entre essa população; a maior porcentagem de disponibilidade de
computadores é observada na Argentina”23.
De acordo com o gráfico anterior, existe uma alta penetração de tecnologias móveis entre
idosos na América Latina. Em contraste, o acesso à Internet não é tão comum. Esta situação
representa uma excelente oportunidade para a implantação da banda larga móvel,
particularmente com a atual penetração do telefone celular.
AMÉRICA LATINA E ESPANHA: DISPONIBILIDADE DE TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC) PARA A POPULAÇÃO IDOSA24
Fonte: CEPAL
A adaptação deste segmento da população às tecnologias móveis representa uma
oportunidade para o desenvolvimento de aplicativos específicos, de acordo com as
necessidades deste segmento. Os serviços de banda larga móvel criam oportunidades para
22 Em "Contexto e envelhecimento na Ibero América: análise baseada em condições habitacionais”. Por Sagrario Garay Villegas, Verónica Montes de Oca Zavala, Mirna Hebrero Martínez. Da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), Observações sobre a População, nº 101, (LC/G.2651-P), Santiago, Chile, 2015 23 Em "Contexto e envelhecimento na Ibero América: análise baseada em condições habitacionais”. Por Sagrario Garay Villegas, Verónica Montes de Oca Zavala, Mirna Hebrero Martínez. Da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), Observações sobre a População, nº 101, (LC/G.2651-P), Santiago, Chile, 2015 24 Em "Contexto e envelhecimento na Ibero América: análise baseada em condições habitacionais”. Por Sagrario Garay Villegas, Verónica Montes de Oca Zavala, Mirna Hebrero Martínez. Da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), Observações sobre a População, nº 101, (LC/G.2651-P), Santiago, Chile, 2015
16 5G Americas Série de Estudos TIC para o Desenvolvimento: TIC para idosos na América Latina
ampliar o número de aplicativos segmentados que podem oferecer mais opções aos idosos,
melhorando sua qualidade de vida.
O desenvolvimento desses aplicativos também estimularia o mercado digital de cada país. Isto
significa que, além de gerar benefícios para idosos, esse tipo de política também tem o
potencial de fomentar o mercado de aplicativos. Nesse cenário, os hackathons promovidos
para ajudar esse segmento da população podem ser positivos para o setor.
De acordo com a CEPAL, o uso da Internet de acordo com a faixa etária mostra grandes
divergências na adoção desse tipo de serviço entre jovens em idade produtiva e os idosos. De
acordo com a agência, avanços podem ser observados entre 2010 e 2014, no entanto, em
todos os mercados pesquisados, menos de 10% da população com mais de 60 anos tinha
acesso diário à internet. O acesso à Internet também era bastante reduzido entre pessoas com
mais de 45 anos.
Em outras palavras, a América Latina precisa fazer muito mais para fomentar a conectividade
entre a população adulta. Assim, será possível aumentar o acesso desse segmento da
população aos benefícios de outros setores como saúde, segurança ou educação através da
Internet.
PORCENTAGEM DE USUÁRIOS DE INTERNET POR FAIXA ETÁRIA 2010-201425
Além disso, "a Internet ajuda o idoso a ser mais ativo, porque é um meio que requer o uso de
processos cognitivos e criativos"26. O acesso à Internet também "facilita a interação entre
25 Em “Impacto da banda larga na América Latina e no Caribe 2016”. Por Edwin Fernando Rojas, Laura Poveda e Nicolás Grimblatt, da Divisão de Desenvolvimento Produtivo e Comercial da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL). Em http://repositorio.cepal.org/bitstream/handle/11362/40528/6/S1601049_es.pdf
17 5G Americas Série de Estudos TIC para o Desenvolvimento: TIC para idosos na América Latina
pessoas mais velhas e outras gerações, que podem compartilhar conhecimentos e
experiências, o que aumenta a participação social e eleva a autoestima"27. Através da
conectividade, é possível superar um dos maiores problemas enfrentados pelos idosos, que é a
inclusão social.
Além de organizar os planos de conectividade específicos para esta faixa etária, também
precisamos de uma estratégia para aumentar a conectividade no mercado. Conforme
explicado anteriormente, a telefonia móvel é uma das tecnologias mais prevalentes entre
pessoas com mais de 60 anos de idade, criando uma oportunidade para desenvolver a banda
larga móvel.
Os governos devem considerar a possibilidade de aproveitar dos avanços na telefonia móvel e
implementá-los na banda larga móvel e, desta maneira, ampliar o acesso às TIC entre a
geração de terceira idade. Estratégias para aumentar a conectividade através da banda larga
móvel devem ser seriamente consideradas pelas administrações regionais.
Neste sentido, a disponibilidade de espectro de rádio para serviços de banda larga móvel é um
fator muito importante. As operadoras precisam de espectro na banda de 700 MHz para a
implantação de serviços LTE e oferecer maior cobertura, particularmente nas áreas rurais; da
mesma forma, a banda de 2.500 MHz é uma alternativa válida para o desenvolvimento desta
tecnologia de acesso em cidades densamente povoadas.
Outra estratégia é a redução das barreiras burocráticas durante a implantação de redes de
telecomunicação. A maioria dos países da região possuem regras pouco claras para a
instalação destas redes, criando incerteza e desconfiança entre investidores. É importante
desenvolver uma regulamentação clara que apoia o desenvolvimento saudável deste setor e
oferece mais acesso aos usuários.
Por outro lado, os governos devem reduzir a carga tributária que recai sobre os terminais de
acesso, reduzindo seu preço final. Precisamos de smartphones, notebooks e tablets acessíveis
para aumentar o acesso entre idosos. A situação dos smartphones é ainda mais importante,
pois, conforme afirmado anteriormente, as tecnologias móveis são muito mais permeáveis
nesta faixa etária.
Outra estratégia política que deve ser considerada é a criação de incentivos para o
desenvolvimento de aplicativos móveis focados neste segmento da população. Os aplicativos
são uma opção positiva porque podem aproveitar a familiaridade dessa geração com os
serviços móveis para criar um número infinito de soluções que podem melhorar sua qualidade
de vida.
26 Em "Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) como alternativa para estimular processos cognitivos em idades avançadas". Por Aldana González, G., García Gómez, L. & Jacobo Mata, A. Em http://www.uv.mx/cpue/num14/practica/aldana_garcia_mata_tic_vejez.html 27 Em "Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) como alternativa para estimular processos cognitivos em idades avançadas". Por Aldana González, G., García Gómez, L. & Jacobo Mata, A. Em http://www.uv.mx/cpue/num14/practica/aldana_garcia_mata_tic_vejez.html
18 5G Americas Série de Estudos TIC para o Desenvolvimento: TIC para idosos na América Latina
O aumento da banda larga móvel e sem fio é uma forma de melhorar vários aspectos da vida
de pessoas de terceira idade. Seria importante desenvolver políticas que aumentam acesso à
Internet nesta faixa da população para aprimorar sua qualidade de vida através da Tele Saúde
ou Tele Educação, e criar outros benefícios.
19 5G Americas Série de Estudos TIC para o Desenvolvimento: TIC para idosos na América Latina
IMPLEMENTAÇÃO DAS TIC PARA IDOSOS Na América Latina, existem vários exemplos de iniciativas para desenvolver as TICs no local de
trabalho. Esses exemplos levam em conta as diferentes características de cada região, onde a
tecnologia complementa o trabalho da população local.
A seguir, a Brecha Zero apresenta uma série de exemplos mostrando como as TICs foram
utilizadas na educação e artigos analisando os maiores debates no setor.
PLANO PARA INTEGRAÇÃO DAS TIC COM IDOSOS NA ARGENTINA
A idade é um dos vários desafios que devem ser enfrentados para reduzir as desigualdades
regionais. A idade é um limite natural que muitas vezes interfere na adoção das Tecnologias de
Informação e Comunicação (TIC). Baseado nisso, vários planos foram desenvolvidos em toda
a região para incluir a população idosa nessas novas tecnologias.
Um desses exemplos aconteceu na Cidade Autônoma de Buenos Aires, Capital Federal da
República Argentina, onde o aplicativo "+Simple” foi lançado com o objetivo de promover a
conectividade digital para adultos com mais de 60 anos de idade. Projetado como uma rede
para idosos, o projeto pretende abordar uma grande parcela dessa faixa etária na cidade.
Basicamente, +Simple é uma plataforma projetada especialmente para idosos, que inclui
ferramentas digitais para atividades cotidianas. O app possui uma interface simples e
amigável, organizada em seções e adaptada aos gostos e necessidades do seu público alvo.
Usando o app, pessoas de terceira idade podem ficar conectadas, ler notícias, jogar online,
ouvir o rádio, interagir em redes sociais e realizar consultas e procedimentos, entre outras
funcionalidades.
O programa também possui um componente de conectividade que fornecer mais de 30.000
tablets que os idosos podem usar para acessar a plataforma gratuitamente. O projeto inclui um
plano de financiamento para entregar outros 100.000 dispositivos. Estas são duas iniciativas
de destaque, já que a aceitação deste tipo de projeto depende da disponibilidade de
dispositivos.
Mais informações sobre esses dispositivos podem ser obtidos através do número de telefone
147, disponibilizado pelo Governo da Cidade de Buenos Aires, ou consultando os Postos
Digitais, Os Postos Digitais fazem parte de um programa para fomentar as TIC entre a
população de terceira idade através de oficinas gratuitas de informática, projetadas
especificamente para este grupo e com duração de seis meses. Cada oficina está equipada
com computadores conectados com a Internet. O trabalho é realizado em conjunto com várias
associações, centros de aposentados e outras instituições.
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Cada idoso deve participar de um curso de treinamento com duas a três horas de duração
antes de adquirir o tablet do programa +Simple. Além disso, os idosos que querem saber ainda
mais terão acesso a cursos mais extensos. O objetivo do programa é acompanhar cada
participante, explicando como as novas tecnologias funcionam e quais os benefícios que elas
oferecem.
A implementação do programa teve uma forte aceitação inicial, com mais de 28.000 idosos
inscritos durante as primeiras 48h. Desse total, 45% têm entre 60 e 70 anos. A maioria das
pessoas registradas tem entre 65 e 69 anos.
A implementação deste tipo de iniciativa é crucial para reduzir a desigualdade tecnológica
baseada na idade. A implantação de um plano para aumentar o acesso nessa faixa etária
permite aumentar a inclusão de grupos que normalmente seriam excluídos deste tipo de
tecnologia.
Estas iniciativas também fortalecem outras iniciativas governamentais, como a Cidade Digital.
Para aumentar a digitalização de processos administrativos, a população precisa de educação
digital para reduzir as dificuldades que enfrentam diante desse novo paradigma. Neste sentido,
a alfabetização digital das pessoas idosas é um passo muito importante, já que essas pessoas
tendem a apresentar as maiores dificuldades de adaptação.
Por outro lado, esta fase de inclusão deve ser acompanhada por iniciativas que ampliam a
conectividade no mercado. Além de distribuir dispositivos, também precisamos garantir a
conectividade necessária para melhorar a experiência do usuário. As administrações devem
facilitar o acesso à banda larga sem fio, disponibilizando o espectro de rádio necessário para
serviços móveis.
As administrações provinciais e municipais devem reduzir os obstáculos para implementação
de redes sem fio. É importante reduzir a burocracia que dificulta o processo de implantação de
redes de telecomunicações para aumentar as oportunidades de conectividade.
Também é importante criar um ecossistema que incentiva o desenvolvimento de mais
aplicativos para este segmento da sociedade. Além de melhorar a relação dos idosos com a
tecnologia, esse tipo de iniciativa também deve impulsionar o crescimento do setor, gerando
mais empregos e riqueza no país.
Diante destas vantagens, esse tipo de iniciativa é crucial para reduzir a desigualdade digital no
país. Além disso, os setores público e privado precisam trabalhar em conjunto para melhorar o
acesso à conectividade das pessoas desta faixa etária.
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AGÊNCIA DE PREVIDÊNCIA DA ARGENTINA AUMENTA A COBERTURA COM AS TELECOMUNICAÇÕES
Com o apoio da empresa estatal Arsat, a Agência Nacional de Previdência Social (ANSES) da
Argentina pretende fortalecerá o sistema de identificação usando um sistema de impressão
digital e cobrir o país inteiro, melhorando o funcionamento de sua base de dados.
Por enquanto, a operadora vai fornecer tecnologia de satélite para oferecer serviços de Internet
em todos os escritórios da ANSES no país. A operadora estatal recentemente recebeu parte do
espectro de rádio para serviços móveis e planeja desenvolver seus planos de tecnologia móvel.
O acordo principal inclui alguns contratos específicos. O primeiro estabelece que a ARSAT é
responsável pelo fornecimento de componentes de hardware e software para fortalecer o
Sistema de Identificação Biométrica (SIBA) da ANSES, que é usado para identificar
aposentados e pensionistas usando equipamentos para leitura de impressões digitais. O
segundo fortalecerá as telecomunicações entre os escritórios da ANSES em todo o país,
especialmente aqueles localizados em lugares remotos.
A TECNOLOGIA AUXILIA O ATENDIMENTO PARA IDOSOS NO CHILE
A implementação das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) atinge uma grande
variedade de setores, entre os quais a saúde e a assistência médica. Isto cria a possibilidade
de oferecer atendimento rápido para vários segmentos da população, seja em casos de
emergência ou para evitar possíveis complicações.
Os idosos precisam de cuidados especializados, além de uma série de tecnologias que
permitem rapidamente identificar a condição de sua saúde e realizar monitoramento
constante. Vários dispositivos podem ser usados para coletar informações, monitorar
pacientes ou solicitar assistência imediata.
No Chile, o Serviço Nacional para Idosos (SENAMA) participou de um seminário com o tema
"Tendências e inovações para ambientes de Idosos", organizado pela Legrand, uma empresa
local. Durante o evento, um plano piloto foi apresentado com o objetivo de usar essas
tecnologias para ajudar os idosos residentes em Estabelecimentos de Estadia de Longo Prazo
para Idosos (ELEAM) na região da Cordilheira dos Andes.
O SENAMA é um serviço público criado em setembro de 2002 e que iniciou suas atividades em
janeiro de 2003. Descentralizado, o serviço é uma entidade autônoma com e patrimônio
próprio sujeito à supervisão do Presidente da República através do Ministério do
Desenvolvimento Social. O serviço é responsável pelos cidadãos chilenos que completaram 60
anos e sua função é de proteger e garantir os direitos dos idosos; incentivar a participação
social da população nessa faixa etária; fortalecer o sistema de proteção social para idosos;
22 5G Americas Série de Estudos TIC para o Desenvolvimento: TIC para idosos na América Latina
apoiar uma mudança cultural que reconheça as pessoas mais velhas como detentores de
direitos; e fortalecer a gestão territorial e a descentralização do SENAMA.
O ELEAM, também conhecido como Moradia Coletiva de Longo Prazo para Idosos, faz parte do
Programa de Habitação Protegida do SENAMA, e foi criado a partir de um acordo de
cooperação entre o Ministério da Habitação e Desenvolvimento Urbano, o MINVU e o Serviço
Nacional para Idosos, SENAMA. O objetivo é de administrar a prestação de serviços em
parceria com entidades que tenham experiência cuidando de idosos. No total, 10 ELEAM já
estão ativos no Chile.
Durante a apresentação do plano piloto, produtos que enviam uma alerta quando o idoso sofre
uma queda foram demonstrados. Dispositivos também foram apresentados para prevenir o
acesso a ambientes que representam um risco para a segurança e plataformas de controle que
apresentam as informações direcionadas à equipe de auxílio em um formato simples e
amigável. Estes dispositivos serão testados durante um programa piloto que será realizado na
região cordilheira.
Esses dispositivos precisam se comunicar de forma rápida e eficiente com as pessoas
responsáveis pelo atendimento. Além disso, tecnologias como o Big Data podem rapidamente
coletar e analisar grandes volumes de dados, aumentando a utilidade desse tipo de dispositivo
para ajudar essa parcela da população.
A possibilidade de conectar esses dispositivos por meio da banda larga sem fio também seria
uma grande vantagem para as pessoas que cuidam de pessoas de terceira idade. Além do
monitoramento remoto, esses dispositivos podem gerar informações que podem ser
combinados com o Big Data para reconhecer padrões de comportamento e desenvolver ações
preventivas a nível nacional.
Mas, essas iniciativas somente terão um impacto significante sobre a população se o mercado
oferece um bom nível de conectividade. Ou seja, esses projetos devem ser acompanhados por
estratégias federais para aumentar o acesso à banda larga, especialmente acesso sem fio que,
devido a características particulares, permitiria uma implantação mais rápida a nível nacional.
Tecnologias como a LTE seriam uma opção válida para oferecer acesso ao ELEAM porque é
robusta e apresenta alta velocidade de velocidade de transmissão de dados, e seria ideal para
este tipo de acesso.
Consequentemente, a disponibilidade do espectro radioelétrico é um dos fatores que os
governos devem levar em consideração para promover o crescimento da banda larga sem fio.
Da mesma forma, a redução dos obstáculos burocráticos que impedem a implementação de
redes sem fio aumentaria sua presença no mercado, aumentando a adoção da banda larga
sem fio.
23 5G Americas Série de Estudos TIC para o Desenvolvimento: TIC para idosos na América Latina
As iniciativas destinadas a melhorar a qualidade do atendimento prestado ao idoso, como os
projetos desenvolvidos no Chile, são uma forma interessante de usar as TIC para beneficiar
este segmento da população. Ao mesmo tempo, esse tipo de plano também deve considerar o
acesso à banda larga sem fio para as instalações destinadas a atender esse segmento da
população.
COSTA RICA OFERECE CURSOS INTRODUTÓRIOS DE TIC PARA IDOSOS
A adoção das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) pelos idosos é um dos
desafios enfrentados pelos países da América Latina. A possibilidade de incluir esta faixa
etária é muito importante para reduzir as desigualdades digitais de qualquer país.
No caso da Costa Rica, a Universidade Estatal à Distância (UNED) desenvolveu um curso que
ensina os idosos a usarem computadores pessoais. Este curso oferece diferentes níveis de
conhecimento sobre gerontologia e ajuda a passar noções básicas de computadores para
pessoas nesta faixa etária.
A UNED é uma instituição de ensino superior à distância que, além de oferecer cursos
universitários certificados pelo Sistema Nacional de Credenciamento do Ensino Superior
(SINAES), também oferece vários cursos gratuitos em áreas como educação, comunicação e
tecnologia, idiomas, desenvolvimento gerencial, entre outros.
O programa de gerontologia do UNED é uma resposta às mudanças demográficas e às
necessidades emergentes da população costarriquenha. É importante lembrar que a Costa
Rica teve uma importante mudança demográfica depois da redução das taxas de natalidade e
aumento da expectativa de vida entre a população adulta, uma situação criada pelos avanços
da ciência e da medicina. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística e Censo da Costa
Rica, o país contava com 681.201 pessoas acima de 60 anos de idade em julho de 2016.
Assim, o programa de gerontologia busca melhorar a qualidade de vida deste segmento da
sociedade através do desenvolvimento de diferentes áreas de trabalho: educação e
treinamento, pesquisa, cooperação e ação social e desenvolvimento de projetos de interesse
público. O programa pretende garantir um envelhecimento saudável e satisfatório, através da
educação e treinamento formal e informal.
Além disso, o programa foi criado para ensinar como cuidar da saúde e levar um estilo de vida
saudável. O programa também destaca o uso criativo do tempo livre, ajudando o idoso a
desenvolver todo seu potencial e exercitar seu cérebro durante esta etapa de sua vida.
Para atingir esses objetivos, a UNED adota práticas de ensino e pesquisa através da extensão e
ação social. O curso usa recursos educacionais e de ensino para melhorar a qualidade de vida
do idoso, incentivando atividades produtivas e de lazer.
24 5G Americas Série de Estudos TIC para o Desenvolvimento: TIC para idosos na América Latina
Estas atividades incluem o curso de informática, que ajuda o idoso a obter e transmitir
informações usando um computador pessoal. Além disso, o participante pode acessar outros
tópicos de interesse, como educação, cultura, entretenimento e saúde. O curso também ensina
a usar a Internet.
O curso inclui treinamento em sete programas: Microsoft Windows, Microsoft Word, Microsoft
Power Point, Microsoft Excel, Microsoft Publisher, Edição e Criação de imagens baseadas em
GIMP e Internet. Cada programa oferece níveis diferentes para aprofundar o conhecimento.
Cada curso é ministrado presencialmente, uma vez por semana, com três períodos para
matrículas durante o ano e os cursos são ministrados pelas unidades da UNED. O único
requisito para estudantes é ter mais de 50 anos e ser capaz de ler e escrever.
Para o idoso, a oportunidade usar ferramentas de maneira adequada é uma forma de se
integrar melhor com o mundo, abrindo opções para o uso de diferentes plataformas, como
redes sociais, além de expandir sua educação e acesso a recursos culturais, informações e
entretenimento.
Porém, para garantir que os idosos que participam deste tipo de curso mantenham-se ativos e
comunicativos, é necessário implementar políticas públicas que garantam a conectividade.
Esse tipo de iniciativa deve ser acompanhado de estratégias governamentais que estimulem o
setor privado na implantação de redes de conectividade, especialmente a banda larga móvel e
sem fio, pois suas características são mais apropriadas para rapidamente alcançar uma
cobertura mais ampla.
A disponibilidade de espectro de rádio para serviços de banda larga móvel é particularmente
importante para estimular a conectividade. Também seria importante reduzir os obstáculos
burocráticos para a implantação de redes de telecomunicações, ou seja, minimizar a
quantidade de procedimentos necessários para instalar esse tipo de infraestrutura. Outra
medida para aumentar a conectividade no mercado é a redução dos impostos cobrados sobre
os terminais de acesso, sejam eles notebooks ou smartphones.
As opções para educação na terceira idade para o uso das TIC, mostrando seus benefícios e
otimizando sua utilização, como os projetos da UNED, são muito úteis para reduzir a
desigualdade digital. No entanto, é essencial que essas iniciativas estejam acompanhadas de
políticas que garantam a conectividade no mercado, para assegurar que depois de concluir
esses cursos, pessoas desta faixa etária podem se manter contato com as TIC e continuar
esses recursos.
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ACESSO PARA IDOSOS EM DESENVOLVIMENTO NO MÉXICO
As ações para reduzir a desigualdade digital não devem focar somente em questões
econômicas que dificultam o acesso às novas tecnologias. As barreiras culturais também
devem ser consideradas para incluir uma maior parcela da população nas Tecnologias de
Informação e Comunicação (TIC).
Um dos segmentos que enfrentam mais dificuldades em iniciativas para aumentar o alcance
das TIC é o segmento dos idosos. Por motivos culturais, esta parcela da população está sendo
excluída dos avanços e os vários benefícios da tecnologia, como a Tele Saúde, o governo
eletrônico e a segurança.
De acordo com um relatório divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística e Geografia
(INEGI) para comemorar o Dia Mundial da Internet, o acesso à Internet no México diminui à
medida que a idade do usuário aumenta. Apenas 21,6% dos mexicanos com mais de 55 anos
acessaram a Internet em 2016. Isto significa que apenas dois em cada 10 pessoas nesta faixa
etária acessam a Internet.
Esse número é preocupante para os diferentes projetos que pretendem reduzir a desigualdade
digital no México. De acordo com o mesmo relatório, quase 60% da população usa a Internet
pelo menos uma vez por dia. O estudo também aponta que a maioria dos usuários está na
faixa de 12 a 34 anos, e o acesso é realizado através de um smartphone, ou seja, usando a
banda larga móvel.
Existem várias opções para melhorar o acesso à rede para os idosos, destacando a criação de
planos específicos para melhorar o acesso e a disponibilidade de novas opções de
conectividade para a população. Este tipo de projeto é um trabalho que exige a cooperação
dos setores público e privado para melhorar as condições de vida da população.
Os programas destinados a idosos no nível estadual e implementados pelo Instituto Nacional
de Pessoas Idosas (Inapam) do México incluem uma série de cursos básicos de informática e
Internet, ministrados no Centro Cultural São Francisco. O Centro oferece aulas para explicar
noções básicas sobre computadores, navegação e redes sociais.
O Inapam é um órgão público descentralizado da Administração Pública Federal, com
autonomia para servir essa faixa etária da população. A mudança geracional cria necessidades
em relação às TIC, levando os adultos a exigirem tecnologia útil, funcional e de fácil utilização.
Além disso, muitos tem um poder de compra limitado, embora podemos observar muita
demanda por cursos gratuitos nesta área.
O segundo ponto a considerar é a conectividade, especialmente através da banda larga sem
fio, que é o principal meio de acesso entre os mais jovens. Isto revela a importância das ações
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do Estado para estimular o investimento privado em conectividade e facilidades de acesso
para a população.
A partir desse ponto, o Estado deve disponibilizar espectro de rádio para serviços de banda
larga móvel para apoiar estas iniciativas. A banda larga móvel é uma necessidade para a
implantação de tecnologias de acesso robustas e de alta velocidade, como o LTE. Também é
importante reduzir os obstáculos burocráticos para a instalação de redes de
telecomunicações.
Da mesma forma, a redução de impostos sobre dispositivos conectados e, especialmente,
terminais de acesso, seria uma estratégia política para aumentar a penetração desse tipo de
serviço. A redução dos impostos para os terminais de acesso seria uma forma reduzir o preço
desse tipo de dispositivo, aumentando sua penetração no mercado. De acordo com o INEGI, os
smartphones são o principal meio usado para acessar a Internet.
A aproximação dos idosos às TIC tem uma série de obstáculos culturais. No entanto, existem
métodos que podem aumentar a penetração e a inclusão, que seria uma forma de reduzir as
desigualdades de idade em relação à tecnologia.
URUGUAI: TREINANDO IDOSOS A USAREM TABLETS
Através dos Centros MEC, o Ministério da Educação e Cultura do Uruguai realizará um plano
piloto para treinar a população de terceira idade a usar a tecnologia. A experiência começará
em quatro centros e será desenvolvida durante um ano.
O projeto é parte do Plano Ibirapitá, e tem como objetivo disseminar o uso de novos tablets,
gerar conhecimento científico, promover a alfabetização e o uso da tecnologia pelos idosos.
Os Centros MEC devem receber 40 tablets e uma tela digital interativa que será usada para
apresentar material didático durante os cursos. A proposta começa com um plano piloto que
será desenvolvido até o final do próximo ano em quatro Centros MEC, dois em Montevidéu, um
em Maldonado e outro em Soriano.
Essas iniciativas têm um alto potencial de inclusão, aproveitando das tecnologias sem fio. O
acesso através das tecnologias 4G LTE deve fomentar a mobilidade e interatividade usando
diferentes aplicativos.
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OLHANDO PARA O FUTURO Existem diversas iniciativas na América Latina com o objetivo de promover a integração entre
os idosos e as TIC. Cada tem uma abordagem diferente, mas, essas experiências são
positivas para a região e pretendem aumentar o acesso à Internet para essa parcela da
população.
As TIC são uma ferramenta importante para melhorar a qualidade de vida das pessoas com
mais de 60 anos de idade. A banda larga é importante, por que viabiliza o acesso a benefícios
como a Tele Saúde ou a Tele Educação, promovendo uma maior integração ainda maior nessa
faixa etária.
Por esse motivo, é importante aumentar a conectividade em todas as áreas, pois a banda larga
móvel oferece uma vantagem aos idosos, considerando sua familiaridade com os serviços
móveis. Assim, as tecnologias móveis podem potencializar o acesso às TIC.
As administrações de cada país devem criar incentivos para a implementação da banda larga
móvel. Isso inclui a disponibilidade de espectro radioelétrico para este tipo de serviço e
maiores bandas de espectro para tecnologias como a LTE, ou superiores, potencializando o
acesso do segmento de terceira idade.
Além disso, a instalação de redes de telecomunicações precisa ser simplificada,
principalmente através da redução de barreiras burocráticas. A implementação rápida e
efetiva de novas tecnologias de acesso será um fator muito importante em qualquer iniciativa
de aumentar o uso dessas tecnologias entre pessoas de terceira idade.
Além disso, precisamos de políticas públicas capazes de multiplicar o uso de terminais de
acesso. A carga tributária sobre dispositivos móveis deve ser reduzida para aumentar a
acessibilidade, o que se traduziria em maiores oportunidades para idosos.
Essa medida também será uma forma de impulsionar o mercado de aplicativos móveis para
essa parcela da população. Também precisamos lembrar que iniciativas desenvolvidas para
criar um ecossistema de aplicativos móveis precisam de um mercado de smartphones capazes
de usá-los.
Medidas para ampliar a penetração de terminais e dispositivos de acesso, em conjunto com
maior cobertura de banda larga móvel e novos aplicativos, podem criar um ambiente fértil para
o acesso dos idosos. A conectividade garante uma qualidade de vida maior para os idosos.
As iniciativas implementadas na América Latina para aumentar a renda dos idosos através das
TIC já são um primeiro passo importante. No entanto, essas iniciativas devem ser apoiadas por
estratégias governamentais para melhorar a conectividade e ampliar a colaboração com o
setor privado, aumentando o acesso para este segmento da população.
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