62º Caderno Cultural de Coaraci

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  • 7/25/2019 62 Caderno Cultural de Coaraci

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    62 exemplar - distribuio gratuita - Fevereiro de 2015

    esto ambiental

    CADERNO CULTURAL

    COARACI BAHIA 62

    Rio,tu s o desenho de Deus, tens curvas sinuosas em grotes e vales,

    viajas arrastando vermes e micrbios,alimentas biomas restaurando e salvando vidas.

    Mas por te no nutrem respeito e muitos se agregam a tes para tirar proveito.

    ...So insanos os que querem te destruir. Autor Aroldo Frana

    Imagem da capa: Rio Almada passando pelo centro da cidade em Janeiro de 2016

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    CADERNO CULTURAL DE COARACI

    62 EDIO HOMENAGEM PSTUMA PGINA 02

    No dia 16 de Janeiro s trs horas da manh, no Hospital Calixto Midlej, faleceu o Ex-Prefeito de Coaraci, JoaquimAlmeida Torquato vitimado por um cncer que o derrotou na sua ltima luta pela vida.Torquato como todos o conheciam, iniciou sua carreira politica no MDB, foi vereador, candidatou-se a prefeito e foi eleitopor trs temporadas, de 1971 a 1973, de 1983 a 1988 e de 1997 a 2000, quando realizou grandes obras, abriu e calouruas, saneou e organizou a administrao pblica, fez muito pela educao e cultura do coaraciense.O Ex-prefeito Joaquim Almeida Torquato foi um visionrio que lanou na carreira politica com sucesso vereadores e os

    prefeitos Aldemir Cunha, o popular Janjo, de 1989 a 1992, Elivaldo Henrique S. Reis, conhecido como Tio Elivaldo de2001 a 2004 e conduziu a Professora Universitria Josefina Castro cadeira principal da Secretaria Municipal deEducao e posteriormente ao cargo de Prefeita Municipal de 2009 a 2012. Nunca foi acusado de desonesto, corrupto oude ter desviado dinheiro pblico, ele deixa um legado aos seus parentes e a seus conterrneos... O Caderno Cultural de Coaraci, envia as suas condolncias a todos os seus familiares ...

    CRDITOS

    FEVEREIRO CINCO ANOS COM VOC 2016

    COARACI SE DESPEDE DE SEU FILHO ILSTRE, JOAQUIM ALMEIDA TORQUATO

    Diretor: Paulo Srgio Novaes SantanaRua Jos Evangelista de Farias, 16, 1 andar

    Tel.(073) 3241 - 2405 - (073) 8121-8056Correo Textual, diagramao e arte-final: PauloSNS

    Site: www.informaticocultural.wix.com/coaraciImpresso Grfica Mais

    1 FEVEREIRO 19 FEVEREIRO16 FEVEREIRO9 FEVEREIRO7 FEVEREIRO6 FEVEREIRO

    http://www.informaticocultural.wix.com/coaracihttp://www.informaticocultural.wix.com/coaraci
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    CADERNO CULTURAL DE COARACI

    62 EDIO GESTO AMBIENTAL PGINA 03

    O agricultor AROLDO FRANA fala de Gesto Ambiental:Ele relaciona os motivos que levaram o Rio Almada ao estadocritico em que se encontra, tece consideraes sobre asassociaes existentes na regio e sobre os rgos

    governamentais responsveis pelo desenvolvimento agrcola,controle e fiscalizao do meio ambiente na regio:- Eu fui funcionrio da CEPLAC e atuei na rea de laboratrio e nostempos remotos eu cheguei a ser Capataz de Treinamento doMinistrio da Agricultura, depois passei a ser motorista porque napoca no fui enquadrado como auxiliar de agronomia e comomotorista eu servi em vrios setores, por fim vim trabalhar noescritrio de Coaraci, onde sempre me fiz presente em reunies deinteresse ambiental e isso me deu embasamento.

    - Eu sou proprietrio da nascente do rio Almada ondeexiste uma Associao de Produtores de alimentos, hojeela esta desativada mais por falta de envolvimento e deinteresse dos associados, uma questo de falta deeducao ambiental e associativa, muitos dosassociados saram, a juventude desinteressou-se, epoucos agricultores so encontrados na regio. Eu souproprietrio da regio onde se localiza a nascente do rioAlmada desde 1980, adquiri em uma permuta com umafazenda que a minha esposa tinha aqui nas duas barras efui pra l em julho de 1980, onde tomei posse, a regioera conhecida como a zona dos sete paus. Tenho lutadocom muita dificuldade para manter essa rea que depoisficou identificada como rea da nascente do rio Almada.Depois de algum tempo trabalhando no escritrio da

    CEPLAC me aposentei e fui trabalhar dedicando-metotalmente agricultura, onde tive mais tempo paraestar presente nas minhas propriedades e dedicar-me aelas.H pelo menos uns quatro ou cinco anos fao parte doConselho Gestor da APA, e sou Titular do ConselhoGestor da Lagoa Encantada, na rea da LagoaEncantada e do Rio Almada. Essa entidade se reuniplaneja e no executa, h muita teoria, muita vontadepolitica, mais o Governo do Estado no dsustentabilidade a esses rgos que trabalham edesenvolvem em conjunto com a sociedade civil,entidades que se localizam nas cidades mais distantes,como no caso de Coaraci, Almadina, Uruuca.Ultimamente ns do Conselho da APA no estamos nos

    reunindo. Eu fao parte tambm do Sindicato Rural deCoaraci, onde Venncio Leal o Presidente e tambm oSecretrio de Agricultura de Coaraci.Ns temos percebido aqui na regio uma crise que vemse desenvolvendo h muitos anos. O que mais seobserva a questo da omisso, da conivncia com asagresses ambientais na regio, ns temos sidotambm omissos e coniventes com a falta de atuao,com a inrcia dos rgos governamentais, que deveriamexercer a fiscalizao, o papel de rgos fiscalizadores erepressores, mais no tem atuado a contento, em razodas dificuldades de operacionalidade e de logstica. Aspessoas daqui da regio abordam muito a questo doIBAMA, que no exerce a funo de rgo fiscalizador esim atua na esfera superior do Ministrio do Meio

    Ambiente para conceder licenciamento de grandesprojetos. A questo da fiscalizao ambiental estarelacionada s atribuies do INEMA, que um rgoambiental dos estados. Ento existe uma lei federal quedetermina a atuao destes rgos no mbito estadual.Existem tambm os COMANS que so os rgosresponsveis pela fiscalizao do meio ambiente nombito municipal. Esses rgos sofrem muito com ainterferncia politica, porque so indicadas pessoasrelacionadas com os interesses da politica municipal,ento so rgos que no traba lham comindependncia, e por isso deixam de cumprir asdeterminaes da lei, criando-se um vicio onde osrgos trabalham de maneira acanhada e atrofiada pelainterferncia politica, onde as pessoas que cometem

    todo o tipo de agresso tem um vinculo com osmandatrios polticos na rea municipal, estadual,federal, ou so parentes, compadres, cabo eleitoral, atagricultores que cometem verdadeiros agresses aomeio ambiente e no so denunciados, e quando sodenunciados no so penalizados, por causa dacobertura e da conivncia politica. Eu poderia at dizerque uma corrupo mascarada, politica, quandopensamos em corrupo, s pensamos em corrupofinanceira, e no em uma corrupo contra o meioambiente, o compadrismo, muitas vezes algum quefaz parte do partido A ou B, ento isso contamina, ...

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    CADERNO CULTURAL DE COARACI

    62 EDIO PRECISO RESPEITAR A MATA CILIAR PGINA 04

    no derrubarem as Umbabas, porque muitos animaisse alimentam das sementes dessas arvores; macacos,pacas, cutias, existem outras especiais que sobrevivemdas essncias naturais da mata atlntica, tentarrecuperar a mata com arvores que no so adaptveisquele Bioma um equivoco, no vai dar certo.Outra questo que tem nos inquietado muito amanuteno de um Assentamento em Pedra Dourada,quando fui funcionrio da CEPLAC, condutor de veculos,durante todo aquele perodo, participei e observei asfalhas no sistema, uma delas foi da CEPLAC que cometeuum grande erro ao dar o aval tcnico para a criao deum assentamento na Serra de Palha, esseassentamento foi a largada inicial para uma corrida regio e para a criao de outras associaes quegeraram uma degradao incontrolvel. Nstestemunhamos pessoas implantando rea de pecuria,roados de mandioca e depois abandonando ao tempo eisso como resultado promoveu uma verdadeiradegradao da regio. Uma regio de serra no temclima estvel como em outras regies, um vento frio,ento agricultura que de clima tropical se depaupera,por questes ambientais. O Cacau, por exemplo, noda para produzir de maneira sistemtica e plena emregio de Serra por causa da variao climtica muitogrande. Quando chega a poca de chuvas quentes eleproduz bem, nos meses de outubro, novembro edezembro, ela produz as primeiras frutificaes detemporo, quando chega os meses de abril e maio, atemperatura cai e o restante do cacau que esta em faseda maturao amadurece com uma taxa muito grande

    de fungos da vassoura de bruxa, do mela e quandochega na poca da safra a birrao fere, porque todo olanamento de flor atingido pelo excesso de frieza e ocacau no vegeta no frio, porque o cacau lavoura paraclima tropical, pois so reas de cacau de limitaes deproduo, no h rea de cacau com produo plena,existe o temporo e a safra. Aliado a este problema nstemos tambm outras culturas, a mandioca porexemplo, com o excesso de acidez e por causa do declivedo solo a lixiviao no se fixa no calcrio para corrigira acidez ou o gesso, so reas inviveis para o cultivo decertas culturas. Ento ns percebemos que h umadeficincia muito grande nestas reas onde foramcolocados os assentamentos. Na poca o INCRAdesapropriou para atender um apelo social, foi invadida

    a rea da Pedro Dourada e alguns agricultores seinstalaram l dentro e acabaram desapropriando a reapor presso social. A CEPLAC por sua vez deu um avaltcnico para que as Associaes tivessem acesso aosfinanciamentos dos bancos oficiais, e se fizermos umlevantamento ns vamos perceber que a grande maioriados assentados que criaram a Associao da PedraDourada no esto mais presentes e repassaram odireito de posse para outros agricultores, ento virou umbalco de negcios, como tem acontecido pelo Brasil afora e com muitas associaes. Essa questo de dizerque as associaes existem, existem sim, mais s nopapel, mas no se renem com a normalidade desejada.No fazem assemblias, no tem a questo dosmutires, no tem o trabalho participativo.

    mascara a autuao e a aplicao das leis.Estamos vivendo uma crise ambiental que se arrasta hanos e esta causando esta seca. A seca no comeou htrs, quatro meses atrs, no, h muito tempo queagente vem testemunhando vrios tipos de agresses,pessoas extraindo madeira, derrubando matas, pessoasinvadindo reas que no so de sua propriedade, comono caso das matas ciliares, que no so respeitadas.Quando se adquiri uma propriedade pode-se observarno ttulo da terra que a rea que margeia os rios, lagoase ribeires no pertencem ao possuidor, detentor daterra, pertencem ao estado, terra da nao. Mas aspessoas invadem e fica por isso mesmo, no existe umacompanhamento, no h nada, ento ns vemos ai oassoreamento do rio, no s o Almada, mas os rios

    amaznicos tambm passam por isso, isso ai umaquesto nacional que tem preocupado os rgosinternacionais relacionados ao meio ambiente e esthavendo uma cobrana muito sria sobre estasquestes.Por outro lado os agricultores que tem terras onde selocalizam os mananciais, no tem recebido a devidaateno no sentido de preserv-las. O que acontece que quando h uma crise desta ao invs da EMBASAconvidar a populao para uma reunio para advertir asobre a seca, a falta de gua e sobre a pssimaqualidade da gua que esta sendo captada, deveria fazeruma reunio com produtores de gua, para estudar asituao deles e para evitar o desmatamento, a questodo assoreamento dos rios, dos crregos, avisar que no

    pra plantar rvores, eles esto plantando arvoresexticas em regio de nascente. Ns temos arvoresnativas da regio que esto ali em fase de crescimento,plantar outras espcies uma falcia, dizer que vaireflorestar a nascente dessa forma, isso no existe. Issono reflorestar isso violentar o meio ambiente, contribuir para uma degradao ambiental. Vocdistribuir arvores exticas no entorno das nascentes,por entender que so arvores adaptveis, isso um erro,pois ns temos arvores nativas da regio que esto aliem processo de crescimento. uma falcia dizer que vaireflorestar nascente, isso no existe. Se querem plantar,promovam campanhas para plantar Jussara,promovam uma campanha para plantar o Tumujo,promovam uma campanha para as pessoas...

    FEVEREIRO CINCO ANOS COM VOC 2016

    PRECISO PROTEGER A MATA CILIAR

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    CADERNO CULTURAL DE COARACI

    62 EDIO AGRICULTURA FAMILIAR PGINA 05

    artigos tem o exemplo de vrios agricultores,cultivadores da terra, produtores de cacau, de bananada terra, graviola, entre outras culturas, que se sarammuito bem e foram bem sucedidos. Porqu isso? queeles tm um desenvolvimento social pleno, umacomunidade produtiva que participa, l existe umsincronismo muito grande entre a sociedade civil e asentidades governamentais, h um apoio. Mas para isso oagricultor tem que se educar. J na nossa regio noexiste isso, aqui s individualismo, cada um por si, enenhum por todos. Est havendo um interesse dogoverno em fortalecer a agricultura familiar, j existe aimplantao do PRONATEC, convnios com o SindicatoRural, o SENAR (Servio Nacional de AprendizagemRural), a FAEB (Federao de Agricultura do Estado daBahia) e com a CNA (Confederao Nacional deAgricultura). Essas entidades trabalham com dinheiro dainiciativa privada, atravs do recolhimento de impostos,o que da sustentabilidade aos projetos, j existe umgrupo de seis ou sete monitores ministrando aulas paraos pequenos agricultores, eu sou um deles, e essas aulastem contribudo para aprimorar os conhecimentos emrelao a cacauicultura, como tambm pecuria. Estahavendo aqui na regio o curso de fruticultura,ministrado por professores e tcnicos altamentegabaritados, contratados pelos rgos governamentais,este curso tem uma durao de aproximadamente doisanos, ns j completamos um ano e em 2016 vamoscompletar a segunda etapa, o curso esta sendopromovido pelo Sindicato Rural de Coaraci. So poucosos sindicatos rurais da regio que promovem este tipo de

    ao, que beneficia a comunidade porque geradesenvolvimento. Eu escrevi um poema, onde empoucas palavras falo sobre a gua, que a gua vida, ela o segundo elemento gerador da vida, o primeiro o ar,ns no podemos viver sem ela, eu jamais tinha visto oRio Almada nestas condies, mas ns temos algumaslies sobre este tema muito importantes: Na Europa,por exemplo, o Rio Sena foi recuperado e restaurada aqualidade de suas guas, j o rio Almada um rio decurso pequeno, ele pode se recuperar se houver umarestaurao das nascentes porque o que alimenta um rioso as pequenas nascentes e matas ciliares arborizadas, preciso deixar as matas ciliares se recomporem. Seno houver uma ao governamental sistemtica parapreservar as margens do rio, para proteg-lo nos dias de

    sol muito quentes quando existe uma perda muitosignificativa no lenol d'agua, alm da gua que a terraabsorve, a crise continuar. Eu acho que os rgosgovernamentais em parceria com as entidadesmunicipais relacionadas com o meio ambiente devemchamar responsabilidade os produtores de serra. Nos estes que dominam as reas onde esto localizadosos mananciais, como os agricultores do percurso dosrios, advertindo a eles para no limparem a terra at asmargens do rio, para no deixarem os animaiscampearem nas margens dos rios, porque de nadaadianta deixar a terra sem cultivar e deixar o gadodentro do rio, devem adotar uma srie de medidasrepressivas, porque se no houver medidasdisciplinares, no vai funcionar.

    Algumas associaes ainda funcionam, mais raramentedentro do controle sistemtico do associativismo. Nsprecisamos de um rgo que nos d apoio, a CEPLACexiste e tem um potencial muito grande de monitoresp a r a e s s a s r e a s , m a s s e n o t i v e r u macompanhamento por parte do governo no funciona.Quando fa lo da CEPLAC fa lo de um rgogovernamental, vinculado ao Ministrio da Agricultura,que iria trabalhar de maneira consorciada com o INCRA,mas ao invs disso a CEPLAC hoje esta dando prioridadea agricultura familiar, ento, precisa tambm deassistentes sociais, pra estar se reunindo com o pessoal,fazendo trabalho de motivao, para que os agricultoresse vinculem s associaes, para que estas funcionem

    de maneira plena e satisfatria contribuindo para odesenvolvimento regional, essa falta de organizaotem causado um xodo muito grande, pessoas que somalsucedidas esto fazendo parte das associaes,muita gente esta sado da regio por falta de emprego,as coisas no funcionam plenamente. Quanto assistncia tcnica, as pessoas as vezes dizem, oh rapazvoc faz uma implantao de irrigao e pronto. Pormessa regio tem algumas particularidades, no umaregio que tenha gua em abundncia nem chuva parairrigao, preciso fazer estudos e pesquisas pesadosnessa rea, tudo isso minimiza a questo dos problemassociais. Ns temos aqui perto a regio de Gandu, que foialvo de uma reportagem muito importante de um jornalda regio, que foi distribudo pela CEPLAC, em seus

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    CADERNO CULTURAL DE COARACI

    62 EDIO ESTAMOS NAS MOS DE DEUS! PGINA 06

    os rgos de imprensa, no d prioridade a um rgo aou b, que oua com ateno as explanaes sobreprojetos e programas importantes, preste ateno sentrevistas com personalidades credenciadas e comcredibilidade, pra entender o que eles pensam, seuspontos de vista. Muitas vezes ns queremos que a

    justia se faa pelo dio, as coisas no so assim, devemser cumpridas e discutidas com parcimnia e justia, nosentido de corrigir o errado, as vezes as pessoas dizem,Deus justo mas ele moroso e a justia tem que serfeita logo, pra gerar mudanas, para que a injustia nocontinue prevalecendo. Que neste ano que se inicia nstenhamos mais acesso s informaes pra que haja umamudana de rumos, uma mudana de comportamento,pra que estas questes de calamidade sejamminimizadas e o povo sofra menos, porque tem pessoasai que esto sofrendo, no esto dormindo noite, noesto se alimentando, esto com depresso, muitosagricultores esto sofrendo, os comerciantes esto comdificuldades, existem pessoas que esto endividadas ato pescoo, e outros esto vivendo numa boa, talvezporque esto fazendo coisas erradas, fora da lei, o mauesta prosperando, voc v pessoas aparecerem compatrimnio de certa magnitude de maneira misteriosa epensa: - Poxa, fulano tinha uma vida difcil h poucotempo atrs, mas de repente prosperou. So situaesmuito complicadas.

    No momento ns estamos nas mos de Deus, e as aesque citei s surtiro efeito a longo prazo, o estrago jesta feito. O que acontece agora que ns devemosempreender uma mudana de comportamento emrelao ao meio ambiente. E fiscalizar!Tm pessoas que so profissionais em degradao domeio ambiente, so pessoas que vivem de cortarmadeira, essas pessoas tem que ser identificadas econscientizadas e em caso de reincidncia severamentepunidas. Eles tm que mudar de profisso porque serrarmadeira pra vender no profisso, crime contra omeio ambiente e contra a humanidade. Essas coisas sacontecem porque ns somos omissos, vemos e ficamoscalados, muitas vezes com medo de represlias, porquemuitas vezes a denuncia vai parar nas mos de umpolicial corrupto que prontamente avisa ao criminoso eeste pode executar um plano de vingana contra odenunciante, e o denunciante consciencioso fica olhadocomo um algoz. Ns percebemos isso no dia a dia. O meudesejo que a cada dia e a cada crise agente tenhaaes diferenciadas que gerem uma compreenso doque certo e do que errado, porque muitas vezes nssubvertemos a lgica das coisas, s vezes nsaplaudimos o errado e reprovamos o certo, ns notemos nenhum sentimento de justia, no estudamos,no lemos e nos tornamos pessoas desinformadas sobreas leis, sobre os acordos da justia, sobre as novas leisque so publicadas nos tribunais onde o cidado comumno tem acesso, ento na hora da punio a pessoa l ouhouve o representante da lei que vai na fazenda e diz quea lei exige isso, exige aquilo, mas como que aquela

    pessoa simples e desinformada vai entender? Como vaiconhecer aquela lei, se nem sabe ler ou teveconhecimento? As leis muitas vezes so inacessveis aosmais simples, so leis elaboradas no Congresso Nacionale publicadas no Dirio Oficial, publicadas nos jornais e opovo continua na ignorncia e os desastres acontecemmuitas vezes por isso. Falta de informao. Essa coisa antiga, desde os primrdios da humanidade, umexemplo a leitura da Bblia, por causa da desobedinciae ignorncia o povo sofre, por outro lado, as leis sofeitas para serem cumpridas, mas muita gente nocumpre porque acha que cumprir as leis muito penosoe antiproducente, ento querem o mais fcil. Que anossa comunidade tenha um entendimento melhor dascoisas, que busque mais informaes, oua mais ...

    At quando as autoridades do Estado da Bahia e dosmunicpios em questo vo ficar omissas diante desteflagelo, j passou da hora de recapear as estradas queligam os municpios de Coaraci, Itajupe, Almadina eItapitanga, pois elas esto em situao catica,colocando em risco a vida das pessoas que trafegamtodos os dias por ali, alm dos prejuzos com mecnica epneus, os assaltos so constantes, os ladresaproveitam-se da situao e dos grandes buracos, equando os motoristas reduzem velocidade eles atuam.Os governos cobram altos impostos como por exemplo oIPVA, alm de outros que so destinados a conservaodas estradas e s empregam na conservao daquelasde maior interesse politico-eleitoral. Quando serotomadas medidas a altura dessa regio e dos viajantesque viajam nestas perigosas estradas?

    FEVEREIRO CINCO ANOS COM VOC 2016

    RODOVIA QUE SERVE A ITAJUPE, COARACI,ALMADINA E ITAPITANGA EST UM CAOS!

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    CADERNO CULTURAL DE COARACI

    62 EDIO MSICOS E ARTISTAS PGINA 07

    PROJETO CULTURA NA PRAA!

    GEL DO ACORDEON FALA SOBREMSICA, SOBRE A SUA VIDA EM

    SALVADOR E DE SUA TERRA NATAL

    Roberto conheceu Gel atravs do seu filho Herbert , Gel paraibano, ele vinha sempre para Salvador natemporada das festas juninas, at que veio morardefinitivamente e onde conheceu uma dezena demsicos e com eles divide vrios palcos na capital e no

    interior, um msico requisitado e j tocou com muitagente importante, ele conterrneo de Sivca, e jgravou um CD de Chorinhos. Na ltima vez que esteveem Coaraci, tocou na casa de shows Garagem deReginho. Aprendeu a tocar sanfona com seus tios eouvindo msicas de outros instrumentistas, ele toca deouvidos, embora tenha estudado msica por um tempo,quando aprendeu a tocar por cifras, diz que tocandoque se aprende. Pra ele o acordeon um instrumentoriqussimo, que proporciona grandes oportunidades aomsico, ele me disse que adora Coaraci e que umamante da vida no interior e fica muito feliz quandoRoberto e Herbert o convida Terra do Sol.Gel mora no Cabula 5, em Salvador, perto da UNEB, ele msico mas no fez faculdade e a sua praia msica, pra

    ele a msica no tem fronteiras, nem tem limites, a cadadia se aprende uma nova lio, um novo acorde, umnovo arranjo, diz que esta na batalha h muito tempo epretende continuar na estrada, mesmo porque a msicapopular brasileira precisa ser preservada e levada a srioe direcionada aos jovens, pra ele a msica ficou maiscomercial e a arte de fazer musica foi banalizada.Geovane Barbosa Alves, nasceu em Guarabira naPiraba, a 100 km de Joo Pessoa, na Serra da Raiz, nointerior da micro-regio da Paraba, ele faz parte de umprojeto em Salvador, o TAIPA-TRIO, onde tocam umavariedade de gneros... um msico que procura seguiro estilo de Luiz Gonzaga.Elel finalizou a entrevista, desejando um feliz ano novo atodos os coaracienses.

    PROJETO CULTURAL.POSSVEL FAZER

    ACONTECER!

    O que sempre ouo dizer, que no tem verbapara fazer acontecer narea da cultura,noacredito, acho que isso incompetncia.

    Eu tenho rea l i zadoprojetos quase sempresem recurso algum, comcriatividade, energia evontade e com o apoiodos artistas possvel.Esperamos que 2016 osorgos competentesrealizem o que a classeartstica espera, dapoio e verba.No estou aqui paraens ina r , mas pa racontribuir!

    Em Coarac i a lgunsprojetos vm sendor e a l i z a d o s p e r i d icamente e sem apoiodos orgos pblicosmunicipais:-O Projeto Cultura naPraa um exemplo depersistncia:Eles conseguem divulgarmsica, arte, cultura eeducao apresentando-se nas praas pblicasgratuitamente.

    FEVEREIRO CINCO ANOS COM VOC 2016

    Roberto, Ex-Gerente do BBD, Gel do Acordeon e PauloSNSantana

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    CADERNO CULTURAL DE COARACI

    62 EDIO SUA MAJESTADE A JARARACA... PGINA 08

    A JARARACADe Ivo B. Ramos

    poa d'gua, quando a luz do sol atingia suas negras eduras asas.Um bando de borboletas cujas asasabertas,de um azul aveludado, chegavam a mais de dezcentmetros, afastou-se em alegre debandada, quandonos aproximamos. Uma famlia de quatis, aguardava emfila sobre uma enorme pedra coberta de limos, aunsvinte metros de distncia. Ao nosso redor, umagrande quantidade de pssaros esvoaava por entre asrvores prximas, de onde emitiam seus cantos numaenorme algazarra: canrios, gurins, curis, sangue-de-boi, alma de gato, sanhaos, bem-te-vis, joo-de-barroe v-da-lua, sabis e sete-cores. Havia alguns pssarosdesconhecidos que vieram participar do grandebanquete proporcionado pelas bananas.Como uma horda faminta, a rapaziada caiu em cima dasfrutas suculentas e perfumadas, disputando quem eracapaz de comer mais! Jos, um dos primos, se gabavade haver devorado quinze bananas. Saciada, a turmacomeou a fazer brincadeiras uns com os outros. Emdado momento, um deles resolveu levantar o cacho ebalan-lo para ver as frutas carem. Ao mexer nasfolhas secas sobre as quais se encontrava o grandecacho, ouvimos os gritos dos que se achavam maisprximos e a correria em todas as direes. Eu, que meencontrava sentado sobre uma grande rocha, ao p deuma gameleira, no sabia do que se tratava.Desci e cautelosamente me aproximei, observando asfolhas secas para ver o que causou a gritaria e adebandada. A uns trs metros de distncia vi o perigososer que, com a boca escancarada exibia as grandespresas superiores, carregadas de veneno. Ali estava

    ela Sua majestade a JARARACA!Tinha um metro de comprimento ou mais. As malhasmarrons matizadas de cinza e preto e em perfeitasimetria, se mexiam com o movimento da cobra que,estranhamente se retorcia, se enrolava e se esticava evoltava a se enrolar. Mas no armava o bote! Eu e maisdois companheiros refeitos do susto, chegamos a unsdois metros do bicho, ainda com muito cuidado paraentender o comportamento da serpente. Havendoabocanhado de uma s vez uma ninhada de ratos guiara,com ninho e tudo, a gulosa Jararaca, no estavaconseguindo digerir e sufocada, rolava o corpo esguiosobre as palhas, se enrolava e se desenrolava, tentandofazer descer garganta abaixo a rata que soltava algunschiados, os trs ou quatro filhotes e o bagao que

    formava o ninho. Com a boca aberta e o pescoo dilatadocomo se houvesse engolido uma laranja inteira,centmetro a centmetro o grande bolo descia goelaabaixo! Com a boca cheia de bagulho e os olhosdilatados que nos fitavam com aquelas pupilas verticais,nos proporcionavam um raro e belo espetculo da lutapela sobrevivncia.Aos poucos, os rapazes que haviam fugido em loucadebandada, retornavam e faziam um circulo em volta doperigoso animal, que agora se encontrava num raro einofensivo momento de sua existncia. Sabamos queela voltaria a ser a perigosssima serpente das matastropicais, assim que acabasse a trabalhosa refeio!Voltamos para casa com aquela imagem inesquecvel,gravada em nossa memria de adolescentes!

    A Fazenda So Jos ficava a cerca de trinta quilmetrosde Itajupe, perto da estrada que liga o povoado deUnio Queimada ao distrito de Pimenteiras, pertencenteao municpio de Ilhus. Foi l onde nasci e passei aminha infncia. Certo dia eu fui com um grupo decolegas perambular pela mata e pelas roas de cacau,em busca de jacas, laranjas e tangerinas. Bananas ecanas. Existiam outras frutas que atraam a meninada,como tararanga, ing, caj, Massaranduba e o suculentocacau. Meu av no gostava que tirssemos cacau para

    chupar mas a turma tirava escondido!Na poca da quebra do cacau, que era feita dentro daroa, era costume improvisar um recipiente constitudode um buraco forrado de palha de bananeira, parareceber o mel que escorria das amndoas recmextradas. O recipiente, em forma de uma enormegamela, chegava a acumular vinte ou trinta litros de melde cacau, o qual era destinado ao fabrico de geleia,vinagre ou licor. Muitas vezes bebamos o mel, utilizandocanudos de bambu e, deitados de barriga, sorvamos osaboroso lquido at dizer chega! O suco ou mel decacau, um alimento muito forte, muitas vezesprovocando dores de barriga e at uma certaembriaguez, quando bebido em quantidadesexageradas, principalmente para os que no tinham

    costume. O cheiro forte de cacau fresco era espalhadopelo vento e chegava a grandes distncias dentro damata. ramos uns dez garotos, entre primos e colegasque vinham das fazendas vizinhas para as excurses queempreendamos como forma de lazer; nosembrenhamos mata dentro, guiados apenas pelocheiro, procura do mel fresco.Dentro de uma roa decacau, impressionante a quantidade de odores que noschegam s narinas. Como o cheiro de banana madurapredominava, resolvemos conferir. Andamos algunsmetros e encontramos um p de banana d'gua arriado.O enorme cacho de bananas maduras, cujas cascascomeavam a ficar pintadinhas, atraa pssaros,besouros e abelhas. Havia um besouro-serrador decerca de sete centmetros, que brilhava como as coresintensas e iridescentes de uma gota de petrleo numa...

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    62 EDIO CARNAVAIS E CARNAVALESCOS PGINA 09

    VOC CONHECE AS PESSOAS NAS FOTOS?

    O mercado popular foi um salo de festas doscarnavescos da classe menos favorecida e os bailes decarnaval eram embalados por grandes orquestras.

    Nos anos 80 os micaretas foram animados por trioseltricos fantsticos, entre eles o Tapajs e o trio Dode Osmar, as festas atraiam folies de todas as regies.O coaraciense aproveitava a ocasio para retornar Coaraci, rever amigos, garotas e farrear avontade. Afesta era animada e muito concorrida...

    FEVEREIRO CINCO ANOS COM VOC 2016

    ..., Antnio Lima, Janjo, Mafuz, Cenoura,Daniel Arajo, Dermeval, Linho, Chamin, Marcelo

    Guilherme, Joaquim Torquato, Rui Bolo,Arnaldo e Nem

    O Saudoso Jasson, Eu (Paulo), Z Reisfantasiado de mulher e Walmirando

    Folies do Jaz Bolacha

    Folis dos anos 60

    Desfile de bloco infantil anos 60

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    62 EDIO VOLTANDO AO PASSADO PGINA 10

    Na poca desta foto ainda no havia sido construda a Passarela, nem to pouco o Centro de Abastecimento, muitomenos a Praa Pedro Procpio, pode-se ver ao fundo a casa onde residiu os familiares e depois o prprio Jos Reis, quemais tarde elegeu-se Vereador. O lugar era conhecido como Bairro de Z Reis. Esta foto dos anos 80.

    A Escola InfantilJoselita Torquato aindaexiste e est em plenofuncionamento, atende

    aos primeiros anosescolares, o bairro

    cresceu, ganhou aEscola Waldomiro

    Rebello e o Posto deSade Celsina Castro.

    As crianas da foto hojeso adultos, muitosainda residem em

    Coaraci, voc identificaalgumas delas?

    1 turma da Escola Profissionalizante Joaquim Torquato. Voc reconhece alguns destes rostos?

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    62 EDIO EDUCAO E CIDADANIA PGINA 11

    A PRAA DO TERMINAL RODOVIRIO ANTNIO BATISTA SCHER EST EM PSSIMO ESTADO,INCLUSIVE TRANSFORMARAM O GRAMADO DA REA VERDE EM UM CAMPINHO PARA JOGOS DE FUTEBOL...

    Educao

    Adaptado por PauloSNSantana

    ...Algum tempo atrs, trs senhoras estavam passando na Avenida Almerinda de Carvalho Santos, quando uma delasperguntou para as outras: - Vocs assistiram ao noticirio de ontem na televiso? E completou: L em Belo Horizonteas mangueiras das praas e das ruas estavam carregadas, mas ningum colhia uma manga sequer, que l proibido eeles respeitam...

    -Isso me faz lembrar de quando estava no servio militar, no 4 batalho de caadores na cidade de Lins, no Estado deSo Paulo, algumas ruas eram arborizadas com mangueiras carregadas, os galhos recheados quase roavam nosombros dos transeuntes, mas ningum tocava nas atraentes e cheirosas frutas...

    Certo dia eu ia passando com um colega, ns dois estvamos fardados, ento eu disse pra ele: - Estou quase tirandoumas duas mangas pra levar para refeitrio no quartel, e meu colega imediatamente me advertiu: - Nem pense em

    fazer isso! Se voc tocar numa manga, mesmo que seja s em uma e os vizinhos denunciarem ao quartel ns seremosadvertidos, detidos e essas punies vo constar na ordem do dia...

    -Outro dia presenciei em Coaraci um grupo de alunos dos trs colgios situados nas imediaes da estao rodoviria,(uniformizados), eles subiram nas mangueiras que ornamentam a praa na parte da frente e nos fundos da estao earrancaram mangas verdes pra atirar uns nos outros, tudo pelo simples prazer, mas ningum dizia nada, ento eu

    pensei: - Pra que eles esto estudando? Diante disso eu questiono a educao: - Como j dizia Castro Alves: Serdelrio ou verdade?!(Solon Planeta).

    O resultado da m qualidade da educao brasileira est a, ns estamos testemunhando diariamente nos noticirios,eles publicam fartamente matrias sobre a corrupo, lavagem de dinheiro e delao premiada de crimes praticados porhomens e mulheres que deveriam dar exemplo. Se eles os eleitos para nos representar no cenrio politico brasileiro sopersonagens que mais parecem com os irmos metralhas, o que dizer aos nossos jovens cada vez mais surpreendidoscom tantos escndalos?

    Texto original enviado em Janeiro de 2016 por Solon Planeta

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    62 EDIO MUITA GENTE ENXERGA NO CLARO E NADA V! PGINA 12

    Tanto ela, quanto o maridoenxergavam no escuro.Enquanto isso muita gente enxerga no

    claro e nada v.

    e ai sim, comear a atender os mini produtores rurais,liberando recursos para plantarem feijo ,milho emamona, ap ostando na bondade de So Pedro, j queirrigao no existia.Consolidar as dividas conseguimos,mas, atualizarcadastros nem pensar. Como ento liberar recursos comcadastros desatualizados? Criatividade! Chamei oguarda chamado Joaozinho, nascido e criado em P.

    Dutra, e que conhecia todo mundo de l, e sentenciei;Quando sentar minha mesa uma pessoa cujo cadastropossa ser atualizado depois, voc fica do meu ladodireito, e quando o proponente for duvidoso voc fica domeu lado esquerdo. Inspirei-me nas EscriturasSagradas... Os justos ficaro a minha direita e osinjustos a minha esquerda. Fizemos o custeio,liberando primeiro, os da direita, e depois de atualizar oscadastros atendemos os da esquerda.E Joaozinho no fimdo dia, tinha que me explicar porque aquelas pessoasforam separadas, e ele dizia...fulano tem 3 mulheres,fulana trai o marido, beltrano deve muito na praa,beltrana no paga a ningum, no tem credito nem noaougue, etc. Morramos de rir ao final do dia. Podemacreditar, deu tudo certo o ndice de inadimplncia, foi

    insignificante. Sucesso na formula aplicada.Certo dia chegou na Agencia uma senhora conduzida poruma jovem, e aps identificar-se disse que queria pagaruma divida que ainda ia vencer. Verifiquei que faltava 1ano para o vencimento, e os juros eram generosos (7%ao ano).A mulher era cega. A convenci a fazer umaaplicao com juros bem maiores, e que daqui a 1 anoela viesse pagar o debito. Ela aceitou, e depois de 1 anoretornou para pagar a divida. Mandei fazer as contas, elapagou a conta e levou um troco quase do tamanho dodebito. Ela perguntou Sr. Gerente este negocio estacerto? Eu no devo mais ao Banco e ainda vou levar pracasa este dinheiro todo? O Sr. e um homem bom,Quando for no meu povoado, passe La em minha casapara tomar um caf. E foi embora com o troco namochila, toda feliz. Tempos depois fui visitar o povoadode dona Rosa, e depois da reunio pedi que localizassema casa dela, e fui ate l tomar o caf prometido. Ela merecebeu muito emocionada e trouxe seu marido para meapresentar, e pasme, ele tambm era cego. O que mesurpreendeu na casa foi a organizao, tudo no lugar,casa bem cuidada, e as panelas que podiam ser vistas,brilhavam de to limpas, pareciam espelhos. O cafchegou muito cheiroso e gostoso batemos um bompapo. A comitiva me esperava l fora. Me despedi esegui o meu caminho.Lio de D. Rosa: - Ela sabia administrar seus negcios,era excelente relaes publica, muito organizada comodona de casa e tudo isso sem enxergar nada. Tanto ela,quanto o marido enxergavam no escuro. Enquanto issomuita gente enxerga no claro e nada v. Fui...

    CPI NO INFERNODe PauloSNSantana.

    O diabo anda desconfiado de seusrepresentantes no Congresso Nacional,

    at j constituiu uma comisso de inquritopara uma investigao,

    ele quer saber quais so os envolvidosnos escndalos do lava-jato e do mensalo.

    fcil entender a sua preocupao,pois tem infiltrada no parlamento

    uma verdadeira legio.

    Ele tem representantes no Senadoe na Cmara Federal,

    nos Governos Estadual e Municipal,tm empresrios e lobistas, so todos uns artistasna arte de fazer o mal.

    E esto chegando mais...so os novos candidatos ao prximo pleito eleitoral.

    O inferno esta abarrotado de corruptos,desonestos e bandidos,e esto chegando mais,

    o diabo j mandou fazer uma faxina,e construiu outro pavilho,

    at j aumentou o fogo no inferno,pra queimar aqueles que

    tentaram ser mais sabidos que o co.

    ENXERGANDO NO ESCUROHistria de Jos Leal

    Minha caminhada no Banco do Brasil continuava. DePiritiba, fui para Irec, e de La fui designado paraassumir a Ag. De Presidente Dutra. Minha primeiragerencia. Comandar um grupo de trabalho reduzido,para atender 2.000 produtores rurais A poca de plantio

    j estava no limite, e a presso para liberao der e c u r s o s ( c u s t e i o a g r c o l a ) e r a m u i t ogrande.Entretanto, antes de liberar o custeio tnhamosque consolidar dividas vencidas,atualizar cadastros, ...

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    62 EDIO IRMOS CAMPELLO SOARES PGINA 13

    farmacuticos, Evandro Filho, Alexandre, Alex eEmerson Neto, que herdaram a simpatia e acompetncia dos pais. Soarinho contribuiu com aeducao ministrando aulas de Qumica no GinsioMunicipal de Coaraci, era proprietrio do LaboratrioSanta Rita de Cssia, hoje administrado pela SenhoraAna Melo e o Dr. Danilo Melo, ele exaltava os valores daeducao e defendia a capacitao dos professores,dizia que estes deveriam levar para a sala de aulasexemplos de conduta e conhecimentos sobre os valoreshumanos, como respeito, unio e solidariedade.Benquistos, gostavam do carnaval, e at desfilaram nofamoso Bloco do Jacar. Na poca ao som dos versos:

    (Comprei o terreno a prestao, o moo disse que eraperto da estao, andei a p, o terreno era uma lagoaassim de jacar, andei at o fim, eu correndo atrs dotrem, o jacar atrs de mim...), msica carnavalesca.Neste bloco desfilavam personalidades e beldades dasociedade, as belssimas Gedeir Almeida, Gironda Costa,Vera Datolli, e o comerciante Missinho, entre outros.

    Eles eram filhos de Dona Aidil Capello e do Sr. EpifnioSoares, um casal simptico, atencioso e de fino trato,eram catlicos. O Sr. Epifnio era farmacutico eprosaico. Efandil, Esmeralda, Emerson, Evanilda,Gerusa e Epifnio seus irmos, os seus descendenteshoje so profissionais da medicina, advocacia,odontologia e professores. Sandra, Miriam, Nilcia Mariae Marli, Jolson e Walter da Silva (in memoriam), noras egenros respectivamente, foram considerados como

    filhos pelo casal Soares. Lulu prestou grandes servios comunidade Itapitanguense, onde me disse uma vez:-Olhe, na vida no discuta, ou melhor, no fale sem

    prepsito, aceite afavelmente a diversidade de opinies.Necessitas de tuas energias para outros fins. Em outraocasio, Gironda Soares, advertiu-me: - O verdadeiro

    poder est em ns, procur-lo fora tornar-nosescravos de uma iluso. Nossa inferioridade s resideem nossa falsa maneira de pensar. Nosso mundo vem

    pela educao, principalmente a familiar, que a nossaveia principal.Essas inesquecveis personalidades merecem todo onosso apreo e carinho e entre elas o casal belssimo defilhos de Epifnio Soares, Edson Sena Costa e Edna SenaCosta, Chica, de quem tenho saudades e admirao.

    Emanuel Costa, Coaraci,05-01-2016

    Dra. Suzy Cavalcante Santana, Maria Celia Santana, oEmpresrio Agostinho Reis, Robertinho, Ex-Gerente doBradesco, Professor Tuca, o Agricultor e Produtor deCacau, Solon Planeta, o Funcionrio da Justia, AlmirSena, a Professora Ilce Liane Souza Barreto, O Ex-vereador e Cabelereiro, Nilton Csar Santos, aFuncionnria Pblica da Justia, Jandira Dila de Jesus, Omsico, compositor e cantor Dido Oliveira.

    OS IRMOS CAMPELLO SOARESSoarinho, Lulu e Gironda.

    Soarinho, Lulu e Gironda foram homens de paz, equando necessrio arregaaram as mangas pelo povocoaraciense. Eram carismticos e simpticos, sinceros eleais e deixaram um legado em Coaraci. Lulu trabalhouna Fundao SESP, onde era elogiado pela competncia,mas infelizmente nunca foi homenageado por isso. Ostrs irmos depois dos estudos em Salvador, retornaram Coaraci onde reencontraram com as suas futurasesposas, a professora Nilcia Cardoso, Marli Gusmo,Euvalda Soares, e com elas vieram os filhos, algunsseguiram a profisso deles, como no caso dos...

    FEVEREIRO CINCO ANOS COM VOC 2016

    Rua Jaime de Campos Ribeiro, - 72/1 AndarCentro - Coaraci -Bahia - Fone: 99164-0699

    Epifnio, Gironda, Emerson, o sobrinho Neto, Lulu e Soarinho

    Famlia Campello Soares Casal Nilcia e Soarinho

    COLABORADORES DESTE EXEMPLAR

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    62 EDIO A TROPA DOS SINOS DE OURO PGINA 14

    A TROPA DOS SINOS DE OUROIvo B. Ramos-Crnicas da Vida Real Itapu/Salvador

    C-C-R-C-C! Quatro horas da manh.Esvaziando a tigela de leite quente com banana-da-terracozida, Z da Tropa (Zeferino Gonalves de Jesus) ouveo cantar insistente e o forte bater das asas de Tamborim,o seu galo de estimao e despertador que do alto dotelhado est anunciando o raiar do dia. Por trs da Serrado Roncador coberta de neblina, o cu comea a se tingirde vermelho informando que a aurora se aproxima. A

    orquestra comea a se espreguiar para saudar umnovo amanhecer. Relinchos, grunhidos, berros, balidos,latidos, cantos de pssaros e gritos de gansos, pios ecacarejos, alm dos cantores de fundo como coaxar,miados, uivos, rosnar, urros, cicios etc. O mundo estacordando!

    outras cidades da Regio Cacaueira. A nossa Tropatrabalhava entre as Regies do Roncador e Vale do Braodo Norte, recolhendo o cacau e transportando para osarmazns de Coaraci, onde a carga era entregue. Navolta, atendia s encomendas dos armazns comerciaisque existiam em vrias fazendas. Os quatorze animaisforam cuidadosamente selecionados durante dois anos,comeando com uma pequena tropa de cinco burros,que pacientemente foram sendo substitudos at chegarao plantel atual, chamando a ateno pelo porte e

    qualidade de cada exemplar! Os pioneiros foramaposentados, porm continuaram com o mesmotratamento e considerao, pelo trabalho quedesempenharam no passado. De vez em quando umdeles ficava rondando por perto. Seu Z entendia epermitia que, de vez em quando, acompanhasse a tropa.Ele seguia como se estivesse ainda trabalhandoMarchava junto, obedecendo s regras! Todos os dias osequipamentos eram minuciosamente examinados:Cangalhas, almofadas duplas, correias, rabeiras,peitorais, cilhas e cabrestos. Inclusive as sacas de lona,prprias para o carregamento do cacau seco, comcapacidade para sessenta quilos. Para cobrir a carga,eram utilizadas mantas de couro cru untadas de leovegetal para amaciar e impermeabilizar.

    Z da Tropa se prepara: Botas, esporas de prata comrosetas de bronze, chapu, casaco de couro, alforjes ecantil. No alforje, o revolver Colt-Cavalinho Cal. 38 ena bota o costumeiro punhal. Da parede retira o chicotede quatro metros de couro tranado, cabo de jacarande prata lavrada (presente de seu compadre meu pai).Cuidadosamente coberta de lona e colocada sobre umcavalete, est a sela, confeccionada em cromo marromcom assento em pelica negra, cantoneiras e arrebitesem prata e bambolins de camura vermelha. Estribos dealpaca com fivelas em ao inox, combinando com osadereos do cabresto em couro preto e argolas

    cromadas. Obra prima de um exmio arteso! O conjuntochamava a ateno quando colocado no lombo deBalastrako, um puro sangue de quatro anos, castanhoda raa Mangalarga Marchador. Outro presente de meupai, no dia do batizado da pequena Elizabeth, suaafilhada e caula de Z da Tropa. Agora, sim! A suafuno de tropeiro est completa! Obrigadocompadre, mas porque esse nome? Disse Seu Z,emocionado, recebendo as rdeas novas confeccionadasem crina tranada. Balastrako era o nome de um doscavalos favoritos de Ivan- O Terrvel, Imperador daRssia. Explicou meu pai!Z da Tropa no era umsimples empregado. Era scio do meu pai no negcio detransporte em lombo de burro. nica maneira de levar ocacau das fazendas at os agentes compradores emItajupe, Coaraci, Itabuna, Ilhus, Uruuca e muitas

    FEVEREIRO CINCO ANOS COM VOC 2016

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    62 EDIO ERAM BURROS...MAS NO BURROS! PGINA 15

    Ateno especial era dada aos apetrechos da mulaBeleza, madrinha da tropa. Principalmente ao peitoralcom seus nove sinos de bronze, quatro de cada lado eum grande no meio, intercalados de guizos e chocalhosem ao inox. Semanalmente os sinos eramcuidadosamente polidos com kaol. De longe brilhavamao sol como se fossem de ouro! Seu Z era muitocuidadoso com os animais. Com cabrestos amarrados apequenas estacas enfiadas no cho, ao lado de gamelasde milho, os animais eram escovados e limpos. Asferraduras eram sempre conservadas em bom estado ounovas. Era ajudado nessas tarefas por seu filho e nicocompanheiro de viagens, Clark de dezesseis anos (nomedo ator de E o vento levou). Compadre, estes animaisso meus companheiros de trabalho, meus amigos. Nofala mas me entendem! Nunca usei o chicote paramaltrat-los e sim, para me comunicar com eles! Nuncabati em nenhum! Falou ao meu pai. (De vez em quando,um deles cutucava com o focinho as costas de Seu Z,demonstrando total intimidade. Principalmente Belezaque fingia empurr-lo!) Um estalo do chicote e o nome, para aquele animal se manter na fila durante a viagem.Ao chegar ao destino, uso dois estalos em pequenosintervalos, para a tropa entrar em formao na porta doarmazm. Eles sabiam que obedecendo, ficariam logolivres da carga. Eram Burros, mas no burros. Causavaadmirao a formao perfeita dos animais de costaspara a calada. Apenas um ficava de fora e era o primeiroa ser descarregado: A alta e elegante mula Beleza, aMadrinha da tropa!Outro que ajudava a manter a ordem da tropa era o fiel

    Rusky, um lindo co siberiano de grande porte,completamente branco e de olhos azuis. Companheiro eamigo dos animais, qualquer um deles permitiatransport-lo nas costas, quando retornavamdescarregados. No era qualquer animal que servia paraser madrinha da tropa. Aps ser escolhida, Beleza foiobservada e treinada durante quase um ano, atassumir (com festas), a responsabilidade de guiar o lote.No dia da festa, Beleza recebeu de presente uma lindaboneca estilizada de baiana Saia rodada, toro nacabea, colares e pulseiras feita pela esposa de Z daTropa, D. Lita (Carmelita). A boneca seria colocada emcima da cabea de Beleza durante as viagens.Para sermadrinha, o animal deveria ser de pura raa, alto,elegante e dcil, principalmente com as crianas, alm

    de atender prontamente, ao ser chamado pelo nome!Considerando que a madrinha viaja na frente do lote, aquase cem metros de distncia do tropeiro, ele teria quegritar bem alto para ser ouvido e obedecido.O treinamento de Beleza, consistiu em fazer vriasviagens utilizando sempre o mesmo itinerrio,carregando no pescoo o peitoral e viajando ao lado damadrinha de um outro lote, pertencente FazendaSanta Clara. A pedido de meu pai, um famoso mestre dapintura (Sr. Junot), de Itajupe, confeccionou mo, umbelo Diploma de Reconhecimento concedendo aBeleza o Status Oficial de MADRINHA DE TROPA. Seupreo no mercado, triplicou em relao aos outrosanimais. Colocado em moldura e pendurado na parede,o Diploma tinha valor de Pedigree e comprovante de

    capacidade. Aps as ltimas verificaes em todos osanimais, Seu Z foi dar os retoques finais noequipamento de Beleza. Todo o lote estava pronto paraviajar carregando mais de uma tonelada e meia decacau, com destino a Coaraci. Estalando o chicote no ar,gritou: Vamos Beleza! Obediente, ela d apartidaTUM, TUM! tch, tch! TUM, TUM! Tch,tch! TUM, TUM! tch, tch! L vai A Tropa dosSinos de Ouro murmurou meu pai, observando davaranda! Marchando em perfeita ordem, como soldadosem desfile, o lote segue em passo firme e mantendo acadncia do tocar dos sinos do Peitoral de Beleza. Atrs,estalando o chicote, que ecoa como um tiro, Z da Tropagrita alto: Avio! Pixixica! Quarador!(Alguns tinhamnomes de pssaros: Bem-te-vi, Gurim, Andorinha,Trinta-ris, Marreco, Curi, etc.)Como um abre-alas, Beleza segue marchando segura,com o seu peitoral reluzente, a boneca enfeitada no altoda cabea e um ramo de capim atravessado na boca,passa afastando porcos, gansos, galinhas e carneiros,que saem da frente aos gritos, deixando o caminho livre.Atrs, o trio inseparvel: Seu Z, Clark e Rusky seguematentos, zelando pela segurana na viagem. Ao passarpela Fazenda So Jos, era hora do recreio e paradiverso de crianas e adultos e com seu peitoralritmando a marcha, Beleza chama a ateno e tem atf-clube: L vem a Tropa dos Sinos de Ouro! Dezenasde crianas com seus uniformes azul e branco, gritam:

    Beleza! Beleza! Beleza! enquanto acompanham atropa, imitando soldados, batendo palmas e fazendocontinncia. Com garbo, Beleza firma o passo

    orgulhosa! Sabe que aquela algazarra para ela! A tropasegue indiferente at desaparecer na curva da estrada,enquanto o som dos Sinos de Ouro de Beleza vaidiminuindo, deixando para trs um misto de silncio e desaudade!

    TUM, TUM! Tch, tch! TUM, TUM! Tch, tch!TUM, TUM,! Tch, tch Ao longe, como um tiro, oestalar do chicote!

    Observaes:Os verdadeiros nomes de Z da Tropa e sua esposa,foram trocados. A tropa existiu, o co Rusky e os nomesdos animais, so verdadeiros. O nome do rapaz, Clark, verdadeiro e foi por ele autorizado. Hoje, aposentado,vive em Praia de Mamo Ilhus, onde possui uma lindapousada em frente praia: Pousada Sinos de Ouro.

    Pendurado na parede est o peitoral em perfeitaconservao. Os sinos so polidos semanalmente.

    guaEu sou gua,

    nasci da gua origino-me da gua,bebo gua, me alimento da gua,

    aprecio a gua, verto gua,respiro gua, eu sou de gua, mirei-me na gua.Conheci a gua viva e serei dissolvido em gua,

    e por fim virarei p.

    Autor Aroldo Frana

    FEVEREIRO CINCO ANOS COM VOC 2016

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    AS RVORES PROTEGEM O RIO.PROTEJA AS RVORES!

    e-mail: [email protected]

    site: www.informativocultural.wix.com/coaraci