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SMAS DE SINTRA PROJECTO DE EXECUÇÃO DA CONDUTA ADUTORA ENTRE O RESERVATÓRIO DO ALTO DO CARENQUE E O RESERVATÓRIO DAS MERCÊS TROÇO ENTRE A RIBEIRA DA CARREGUEIRA E A VIA-FÉRREA VOLUME 2 – MEMÓRIA DESCRITIVA MARÇO 2008 Trabalho elaborado por HIDROPROJECTO, Engenharia e Gestão, SA, cujo sistema da Qualidade e Ambiente está certificado pela APCER, respectivamente com os n.ºs 1998/CEP.777 e 2002/AMB.72

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SMAS DE SINTRA

PROJECTO DE EXECUÇÃO DA CONDUTA ADUTORA ENTRE O

RESERVATÓRIO DO ALTO DO CARENQUE E O RESERVATÓRIO DAS MERCÊS

TROÇO ENTRE A RIBEIRA DA CARREGUEIRA E A VIA-FÉRREA

VOLUME 2 – MEMÓRIA DESCRITIVA

MARÇO 2008

Trabalho elaborado por HIDROPROJECTO, Engenharia e Gestão, SA, cujo sistema da Qualidade e Ambiente está certificado pela APCER, respectivamente com os n.ºs 1998/CEP.777 e 2002/AMB.72

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1 Introdução A conduta actual entre o Reservatório do Alto do Carenque e o Reservatório das Mercês (conduta em betão DN1000 com cerca de 30 anos) apresenta inúmeras e constantes fugas de água ao longo do traçado, normalmente através das juntas. As fugas de água são mais frequentes em zonas de menor declive, em que a conduta está instalada ao longo das curvas de nível e/ou acompanhando as pendentes mais suaves do terreno. Nas zonas mais declivosas verifica-se ser pouco ou mesmo nulas as fugas de água. Esta situação parece dever-se à idade das juntas (associada a uma grande tolerância do diâmetro dos tubos permitida em fase de fabrico), que são muito susceptíveis a pequenas deslocações do terreno/conduta. Estas deslocações estão muito provavelmente minimizadas nas zonas de maior declive pela presença de maciços de amarração na boca de cada tubo, razão da ausência de fugas de água nestas zonas. O presente projecto tem como objectivo a elaboração do projecto de execução de uma nova conduta adutora entre o Reservatório do Alto do Carenque e o Reservatório das Mercês e respectivos órgãos de manobra e segurança.

2 Descrição geral 2.1 Introdução

A nova conduta terá um traçado semelhante à da conduta existente, estando prevista a sua instalação em três situações: a) Utilizando a faixa de terreno reservada para conduta existente; b) Através de estradas ou caminhos públicos; e c) Através de terrenos privados. Como a nova conduta será parcialmente instalada paralela à conduta existente, preconiza-se nestes casos a utilização de tubagem com junta travada para evitar a execução de maciços, pelo atravancamento que estes provocam. As soluções possíveis são assim o aço ou ferro fundido com junta travada. Para o caso presente a tubagem de aço afigura-se como sendo mais adequada pelo seu custo, facilidade de montagem e de ligação à conduta existente. A extensão total para a nova conduta é de, aproximadamente, 10 km, estando previsto ser em tubagem de aço e diâmetro DN1000 e DN1200.

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2.2 Faseamento e âmbito Os SMAS de Sintra pretendem executar a conduta em duas ou três fases, sendo no imediato executada a conduta nos troços em que é possível recorrer à faixa de terreno reservada para a conduta existente e a estradas e caminhos públicos, reservando para fases seguintes os restantes troços. O âmbito do presente projecto é assim a zona em que é possível recorrer à faixa de terreno reservada para a conduta existente e a estradas e caminhos públicos, ou seja entre a Ribeira da Carregueira e a via-férrea numa extensão de 4 km, conforme desenhos em anexo. A nova conduta terá início na Ribeira da Carregueira, junto da descarga de fundo da conduta existente, e terminará a montante da travessia da via-férrea, tirando partido da conduta em ferro fundido já instalada nesse local. No início, fim e em locais intermédios serão efectuadas interligações entre as condutas existente e projectada, conforme esquema em anexo. Prevê-se, igualmente, instalar uma conduta em ferro fundido dúctil DN400 com juntas travadas entre o reservatório da Carregueira e a Tala, numa extensão aproximada de 2 km.

3 Documentação / Legislação A documentação que serviu de base à elaboração do presente projecto foi a seguinte: • Decreto - Lei nº 207/94, de 6 de Agosto e Decreto Regulamentar nº 23/95, de 23 de

Agosto • Regulamento Geral dos Sistemas Públicos e Prediais de Distribuição de Água e de

Drenagem de Águas Residuais.

4 Traçado da conduta 4.1 Descrição geral do traçado

O traçado tem início depois da travessia da ribeira da Carregueira. Optou-se por iniciar o traçado depois da travessia da ribeira para não limitar os traçados possíveis para a conduta no troço entre o reservatório do Alto de Carenque e o troço objecto da presente Nota Técnica. Neste local será executada a câmara de válvulas inicial.

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A conduta segue na faixa da conduta existente e depois desvia por um caminho existente, até à Venda Seca onde retoma a faixa até à EN250-1. Para a zona da EN250-1 colocam-se duas alternativas de traçado: ao longo da EN250-1, tirando partido da conduta de distribuição DN400 que vai ser substituída no âmbito deste projecto; ou na berma da EN250-1 na faixa da conduta existente. A primeira alternativa tem a vantagem de utilizar o espaço existente da conduta DN400 mas a desvantagem de implicar fechar uma das faixas de rodagem da EN250-1 durante a execução das obras (que se estima que possam demorar 2 a 3 meses). A segunda alternativa apenas impõe condicionantes pontuais à circulação automóvel na EN250-1 mas obriga a cuidados especiais na abertura da vala para a colocação da nova conduta, nomeadamente em termos de entivação, de modo a garantir a estabilidade da conduta existente e prevenir eventuais fugas de água. Após análise das alternativas em conjunto com os SMAS optou-se por colocar a conduta na faixa da conduta existente, evitando assim a EN250-1 e os condicionalismos de trânsito resultantes. Na zona de Mira Sintra a conduta seguirá o desvio previsto para a conduta existente devido à execução do IC30, seguindo depois na faixa da conduta existente até Meleças, terminando na caixa existente onde a conduta existente faz a transição de tubagem de betão armado para tubagem de aço, onde será projectada a câmara final.

5 Disposições adoptadas em matéria ambiental O Estudo foi elaborado tendo em consideração vários aspectos ambientais, tendo como objectivo minimizar os impactes decorrentes da execução e exploração do sistema, bem como minimizar encargos de energia eléctrica e eventuais perdas de água, quer por acidentes, quer devidas à normal exploração do sistema (esvaziamento das condutas). As principais disposições adoptadas em termos ambientais são a seguir listadas. Estas disposições aplicam-se, quer à fase de execução da obra, quer à fase de arranque e exploração do sistema: • As condutas adutoras e respectivos órgãos de manobra e segurança foram

instalados, sempre que possível, ao longo de estradas e caminhos existentes, minimizando-se assim os impactes nos terrenos adjacentes;

• As descargas de fundo serão localizadas de modo que possam ser ligadas a linhas de água natural e permitam o esvaziamento das condutas adutoras sem ser necessário recorrer a bombagem;

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Fig. 1 - Perfil longitudinal da conduta DN1000

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0 1 000 2 000 3 000 4 000 5 000 6 000 7 000 8 000 9 000 10 000Extensão (m)

Cot

as (m

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Terreno Regime Permanente (Cenário 2 - Qmmc no ano 2026)Soleira da Conduta Câmara InicialRegime Estático Câmara de Derivação para o CacémRegime Permanente (Cenário 1 - Qmda no ano 2006) Câmara Final

• As descargas de fundo serão dimensionadas de modo a que o tempo de esvaziamento dos troços associados seja da ordem de uma hora (60 minutos);

• Prevêem-se, nos vários órgãos e câmaras ao longo das condutas adutoras, pontos de inserção de sondas de forma a poder instalar aparelhos de controlo e detecção de fugas de água;

• Ao longo das condutas adutoras foi previsto a instalação de um cabo de telegestão, que permitirá, a partir de um centro de telegestão central, monitorizar o funcionamento do sistema e intervir, em tempo real, sobre os vários órgãos.

FIGURA