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    DICIONRIO DE HISTRIA GERAL(Prof Ricardo Arruda):Antiguidade Oriental(Egito, Mesopotmia, Fencia, Hebreus, Prsia):1. Modo de Produo Asitico/servido coletiva a produo econmica dessas

    civilizaes predominantemente agrria, a sociedade estamental, predomina ateocracia enquanto forma de dominao poltica e a religio politesta. Nopodemos entender essas vrias realidades como partes desligadas umas das outras.Muito ao contrrio, em razo de um Estado forte, desptico, senhor de todas asterras e centralizado, toda a comunidade era levada a obedecer a esses grandesdeuses que a governava. Os trabalhadores (ex:fels no Egito) acreditavam que osdeuses controlavam inclusive os destinos da prpria natureza. Esse sistematambm era chamado servido coletiva(Ex. Egito, Mesopotmia).

    2. Nomos provncias que formavam o Egito Antigo e seus governantes eram osnomarcas.

    3. Cuneiforme Escrita talhada com estilete na argila molhada e que tinha forma decunha na Mesopotmia.

    4. Fels servos egpcios que trabalhavam para os faras na agricultura e na

    construo de obras pblicas como as pirmides. Trabalhador bsico do Egito.5. Escriba Os escribas eram uma ordem ou estamento muito importante no Egito

    Antigo. Somente eles tinham oportunidade de seguir carreira no servio pblico oucomo administrador de uma grande propriedade, pois a escrita fazia parte daprofisso especializada. Alm disso, devia ter amplos conhecimentos dematemtica, contabilidade, processos administrativos gerais e at mesmo demecnica, agrimensura e desenho arquitetnico, o que o isentava de qualquerespcie de trabalho servil(pois sua origem podia ser humilde) e facilitava-lhe galgaruma srie de estgios conhecidos para chegar aos cargos mais elevados do pas.

    6. Osris, Lenda de deus da vegetao e dos mortos, Osris foi assassinado eesquartejado por Set (o vento quente do deserto), que era seu irmo, e ressuscitou

    com a ajuda da deusa-irm-esposa sis, que reuniu seus pedaos e embalsamou-os. Esta explicao da morte e renascimento de Osris, est de acordo com acaracterstica da vida egpcia, que dependia do ciclo de cheias e vazantes do Nilo,num eterno morrer e renascer da agricultura do pas. Outro aspecto dessa lenda que ela mostra que os faras possuem origem em Osris e seu filho o deus Hrus eque por isso eles so governantes divinos, verdadeiros deuses vivos.

    7. Renascimento ou Restaurao Sata ou Imprio Sata Aps o domnio assrio, umprncipe chamado Psamtico, restabeleceu a independncia do Egito. Sua capital eraSas, no delta. Seu governo assinalou o renascimento da civilizao egpcia. Arestaurao iniciada por Psamtico I foi continuada por seu filho Necao, queintensificou as relaes comerciais com a sia, tentou unir o Nilo ao Mar Vermelhopor meio de um canal e estimulou a navegao. O imprio Sata no durou muitotempo. Em 525 a.C. os persas conquistaram o Egito. A conquista persa assinala ofim da histria do Egito independente.

    8. Zigurates Um zigurate templo, comum aos sumrios, babilnios e assrios,pertinente poca do antigo vale da Mesopotmia e construdo na forma depirmides truncada. O formato era o de vrios andares construdos um sobre ooutro, com o diferencial de cada andar possuir rea menor que a plataforma inferiorsobre a qual foi construdo.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Templohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sum?riahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Babil?niahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ass?riahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Valehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mesopot?miahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Templohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sum?riahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Babil?niahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ass?riahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Valehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mesopot?mia
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    9. Cdigo de Hamurbi Em 1763 aC o rei amorrita(um povo da Mesopotmia)Hamurbi conquista toda a Sumria. Nesta mesma poca, ele tambm escreve seucdigo de leis, contendo 282 regras, incluindo o princpio de "olho por olho, dentepor dente"(o princpio de talio) . Este um dos primeiros cdigos de lei da histriada humanidade e que tenta colocar um limite nas vinganas, estipulando umaproporo entre crime e penalidade.

    10. Hmus lama fertilizante deixada pelas guas do rio Nilo aps as enchentes,tornando possvel a agricultura no Egito.

    11. Mastabas As mastabas eram tmulos recobertos com lajes de pedra ou de tijolo.Tinham uma capela, a cmara do morto e outros compartimentos. Corresponde aum tipo de tumba muito utilizado nos primeiros tempos do Egito, tanto pelos faras,como pelos prncipes e nobres.

    12. Obelisco Monumento feito de uma s pedra em forma de agulha para marcaralgum fato ou realizao, Representa tambm um raio do Deus Sol.

    13. Cisma(Diviso) Hebraico Aps a morte de Salomo(935 aC.), as 10 tribos doNorte no se submeteram a Roboo, seu filho e sucessor. Separaram-se sob achefia de Jeroboo, formando o reino de Israel. As duas tribos do Sul, fiis, a

    Roboo, formando o reino de Jud.14. Patriarcas entre os hebreus, eram lderes morais e religiosos, guias, que

    orientavam as tribos durante sua fase nmade(ex.Abrao) ou durante grandesmigraes(ex.Moiss). Seus poderes eram muito limitados(ex. no podiam legislar)e se baseavam na crena religiosa de que haviam recebido alguma misso deYav(Jeov, Deus).

    15. xodo Na histria dos hebreus, corresponde sada dos hebreus do Cativeiro noEgito, conduzidos por Moiss Terra Prometida.

    16. Strapas governadores das provncias(satrapias) no Imprio Persa. Eram vigiadospor emissrios do imperador chamados olhos e ouvidos do rei.

    17. Zoroastrismo religio oriental iniciada no sculo VI por Zoroastro ou Zaratustra

    exposta no livro Zend-Avesta, cujas idias eram: luta constante entre o deus domal(Arim) e do bem(Ormuz); julgamento da raa humana no dia do juzo final;livre-arbtrio das pessoas para escolher o bem ou o mal.

    18. Cativeiro da Babilnia Em 586 Jerusalm cai ante as foras de Nabucodonosor II,rei da Babilnia. Muitos hebreus(principalmente os mais cultos) so levados emcativeiro para a Babilnia. Esta era uma ttica de dominao muito praticada pelosbabilnios.

    19. Dispora(Disperso) hebraica Diante das muitas revoltas da populao hebraicaao domnio romano no ano 70 d.C. estes destruram novamente Jerusalm e oTemplo do qual s resta uma parede, o Muro das Lamentaes. Sob o ImperadorRomano Adriano, por volta de 132 d.C, completou-se a dispora: os judeus foram

    expulsos da regio(Cana ou Terra Prometida), que recebeu dos romanos o nomede Palestina e proibidos de retornar quela regio.

    Antiguidade Clssica Grcia:1. Primeira dispora grega A civilizao micnica expandia-se em direo sia,

    quando chegaram os Drios, ltimo grupo de povos arianos a penetrar na Grcia. Maisaguerridos, nmades ainda, conhecedores de armas de ferro, os drios arrasaram ascidades gregas, resultando numa fuga da populao para o interior ou para o exterior,onde fundaram inmeras colnias de povoamento nas costas da sia Menor e em

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    outros lugares do Mediterrneo. Assim, com a invaso dria, os povos que entoviviam no territrio grego iniciaram um processo de xodo da regio, conhecido comoPrimeira Dispora Grega.

    2. Genos(1150-800 aC.) dentro do perodo homrico, eram comunidades formadas porgrandes famlias que acreditavam descender de um mesmo antepassado de carterdivino. As relaes econmicas e sociais eram baseadas na cooperao, pois terra,rebanho e colheita pertenciam ao genos(comunidade gentlica)

    3. Segunda dispora grega Na metade do sculo VIII a.C., os gregos iniciaram umaexpanso que se prolongaria por dois sculos, chamada de segunda dispora grega. Osfenmenos sociais que transformaram o regime antes do final do sculo VIII a.C.agiriam com intensidade nos sculos seguintes. A desintegrao do genos foi decisivapara a expanso grega, pois os filhos mais novos ou desfavorecidos deixavam a ptriae iam buscar uma vida mais lucrativa. Do mesmo modo, os marginalizados do poderpoltico da polis foram lutar por maior participao em outras polis fora da Grcia.

    4. goraPraa pblica (da Grcia antiga), onde fervilhava a vida social da cidadegrega: nela se situava o mercado que depois passou a ser o centro poltico, cvico ereligioso da cidade. Ficou clebre a gora de Atenas.

    5. Euptrida os bem nascidos, a aristocracia latifundiria ateniense.6. Esparciatas mesma coisa que espartanos, cidados e descendentes dos drios

    invasores. No podiam exercer o comrcio nem a agricultura e estavam voltados paraas atividades militares e polticas.

    7. Periecos A segunda camada social em Esparta, os periecos (os da periferia),composta por populaes livres, porm sem direitos polticos, embora lhes coubesseadministrar as comunidades, fora da cidade. Em geral so considerados provveisdescendentes dos aqueus que se haviam submetido, sem oporem grande resistnciaaos conquistadores drios. Eram camponeses, comerciantes e artesos, podendopossuir terras e bens mveis; gozavam de certa autonomia vigiada. Eram obrigados apagar tributos e o casamento entre espartanos e periecos era proibido. Serviam no

    exrcito em unidades parte, pois o servio militar lhes era obrigatrio.8. Hilotas A ltima classe de Esparta, eram servos do Estado. Os hilotas eramdescendentes da populao nativa dominada: cultivavam o Kleros(lotes) e realizavamtodo tipo de trabalho, sustentando os esparciatas e suas famlias. Diferentemente dosescravos de Atenas, os hilotas no eram estrangeiros comprados no mercado.Rebelavam-se constantemente, o que levou Esparta a investir cada vez mais notreinamento militar dos esparciatas.

    9. Magna Grcia conjunto de colnias gregas fundadas no sul da pennsula italiana apsa segunda dispora(sculo VIII ac.), por exemplo, as cidades de Npoles, Siracusa eTarento.

    10. Arcontado Atenas conservou a monarquia por muito tempo, at que foi substitudapelo sistema do arcontado no sculo VIII aC. O arcontado era composto por novearcontes(magistrados) cujos mandados eram anuais e eram os mais influentes emAtenas entre os sculos VIII e VI a.C. Eram todos aristocratas escolhidos por meio deum sorteio e suas funes eram sobretudo administrativas, religiosas e judiciais. Amaioria dos historiadores chama esse perodo de aristocrtico ou oligrquico, poisexistia tambm num conselho de nobres(euptridas) o Arepago que escolhia osMagistrados, denominados Arcontes. Porm no decorrer desse mesmo perodo foramperdendo poderes graas s reformas de Slon, Psstrato e Clstenes.

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    11. Metecos Os metecos eram estrangeiros que moravam em Atenas. No tinhamdireitos polticos e eram proibidos de comprar terras, mas podiam trabalhar nocomrcio e no artesanato. Em geral, pagavam impostos para viver na cidade e, emcertas pocas, podiam ser convocados para o servio militar. Eram respeitados eprotegidos pelo governo.

    12. Eclsia assemblia popular ateniense encarregada de legislar.13. Helieu ou Hlia ou Tribunal dos Heliastas Criado por Slon, era o supremo tribunal

    de recursos, aberto a todos os cidados e eleito por sufrgio universal(cidados)masculino.

    14. Ostracismo Para evitar influncias de indivduos que pudessem atentar contra aliberdade em Atenas, Clstenes instituiu o ostracismo, votao realizada pela Eclsia,que tinha por fim suspender os direitos polticos e exilar, pelo prazo de dez anos, osque viessem a cair naquela suspeio. Quando o exilado voltasse, ele receberia devolta todos os seus bens.

    15. Tirano era aquele que tomava o poder por meios violentos, porm com o apoio dopovo e governava atendendo os interesses populares e contra a aristocracia.

    16. Guerras Mdicas As guerras mdicas, entre gregos e persas, foram motivadas pelos

    seguintes fatores: choque de interesses entre o imperialismo grego e o imperialismopersa, ambos visando o Oriente Prximo. Os persas, senhores das costas asiticas doMar Egeu, e das comunicaes martimas, ameaavam o comrcio, a prosperidade dascidades da Grcia balcnica e, principalmente, o aprovisionamento de trigo do MarNegro; revolta das cidades gregas da sia Menor contra o domnio persa, encabeadapela cidade de Mileto, auxiliada por Atenas.

    17. Confederao de Delos Em princpio era uma aliana militar para combater ospersas, onde as cidades participantes forneceriam soldados, mantimentos e riquezas,formando o "Tesouro de Delos", chefiadas por Atenas. A liderana militar ateniense e ocontrole sobre as riquezas destinadas guerra, aumentou a produo na cidade, gerouempregos, equilibrou a economia e desta forma criou condies de impor seu domnio

    s demais cidades gregas, situao vista como necessria para manter odesenvolvimento at ento alcanado. Para manter esse poderio, Atenas transformou aLiga em Confederao de Delos. Sentindo-se ameaada, Esparta criou um sistemaparecido: a Liga Espartana ou Liga do Peloponeso.

    18. Filosofia socrtica ou antropolgica segunda fase da filosofia grega(fins do sculo VaC.) que passa a questionar coisas ligadas humanidade: justia e injustia, bem emal, virtudes e defeitos, etc.

    19. Maiutica mtodo de ensino de Scrates que no dava respostas prontas aos alunos,mas os ajudava a chegar verdade como um parto de idias.

    20. Apogeu de Atenas ou Sculo de Ouro ou Era de Pricles ou Scs. IV e V aC Priclesgovernou Atenas durante trinta anos(461 - 431 a.C.). Representava o Partido Popular etornou-se ardoroso defensor da democracia escravista. Durante seu governo instituiu aremunerao para os ocupantes de cargos pblicos, realizou vrias obras pblicas,gerando empregos e estimulou o desenvolvimento intelectual e artstico,principalmente o teatro, marcado pelo antropocentrismo, caracterstica fundamental dacultura grega, com suas tragdias ou comdias. Reconstruiu a Acrpole com edifciosem mrmore(ex. Partenon) a ampliou o poder ateniense utilizando-se da Confederaode Delos, mesmo aps o final da guerra (448 a.C.), quando os persas j haviam sidoderrotados.

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    21. Sofistas corrente filosfica do sculo V aC. Que criticavam as tradies e osprivilgios da aristocracia e defendiam a democracia. No acreditavam em verdadesabsolutas, o que levou seu principal pensador, Protgoras, a afirmar que o homem amedida de todas as coisas.

    22. Democracia direta em Atenas todos os cidados apresentavam-se pessoalmente paravotar na Eclsia, para se candidatar a cargos polticos e no elegiam representantes.

    23. Acrpole parte mais alta da cidade e onde eram construdos esculturas dos deuses eos principais prdios pblicos, ex. o Partenon em Atenas.

    24. Filpicas conjunto de discursos feitos pelo orador ateniense Demstenes denunciandoas intenes do rei Filipe da Macednia de dominar a Grcia. Contudo, esses avisosno adiantaram e Atenas acabou conquistada pelos macednios.

    25. Helenstico ou helenismo Perodo Helenstico(338 275). Iniciado por Alexandre, oGrande, que expandiu ainda mais o imprio de seu pai Filipe, chegando at smargens do rio Indo. Ao misturar elementos da cultura grega com a culturaoriental(egpcia, sria, fencia, mesopotmica, persa), Alexandre criou a culturahelenstica. Essa mistura foi feita com a difuso do idioma grego e da filosofia grega noOriente,fundao de diversas cidades no Oriente com traado arquitetnico e estilo

    gregos, que chamou de Alexandrias(a do Egito existe at hoje), estmulo a casamentosentre homens gregos e mulheres orientais, criando comunidades bilnges. Alexandremorreu cedo e pouco restou de seu imprio, que foi dividido entre seus generais,gerando os reinos helensticos, continuadores da poltica de Alexandre, que mais tardefoi herdada pelos romanos, quando conquistaram a Grcia e a Macednia.

    26. Estoicismo(sc. IV aC.) filosofia helenstica que pregava que o homem deveriaaceitar o seu destino, a predestinao de cada um e que tanto a alegria quanto atristeza deveriam ser recebidas com naturalidade, sem grandes comemoraes ougrandes lamentos.

    27. Epicurismo(sc.IV aC.) filosofia helenstica que pregava a busca do prazer(hedonismo), pois que ele representava o bem, enquanto a dor representava o mal.

    Antiguidade Clssica: Roma:1. Clientes plebeus ou estrangeiros pobres que viviam como agregados de algum

    patrcio em Roma, recebendo sustento e proteo em troca de trabalho, por exemplo,guarda-costas, nos trabalhos domsticos, agricultura, etc.

    2. Ditadura magistratura criada no incio da Repblica. O Senado escolhia um lder querecebia o ttulo de Ditador e tinha 6 meses para resolver algum problemagrave(geralmente revolta ou invaso), recebendo poderes absolutos. Ao final desseprazo, ele perdia o poder e o Senado voltava a governar.

    3. lbum Senatorial lista de candidatos selecionados entre os mais ricos cidadosromanos e preparada pelos censores(Magistrados). Dentre esses selecionados pelograu de riqueza eram escolhidos os senadores, que ocupavam o cargo vitaliciamente.

    4. Lei das 12 Tbuas incio da Repblica Romana. Como no havia nenhuma legislaoescrita que garantisse os direitos dos plebeus, estes novamente se revoltaram em 450a.C., Desta vez, o resultado da revolta foi a redao de novas leis que, prontas,receberam o nome de Leis das Doze Tbuas, mas, quando ficou pronta, os plebeusperceberam que a situao anterior pouco havia mudado. Entre as proibiesmantidas, continuava vetado o casamento entre patrcios e plebeus, cuja finalidade erapreservar a pureza do sangue patrcio e, portanto, fixar seu direito exclusivo ao poder.

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    5. Tribunos da Plebe incio da Repblica Romana. Surgiram em decorrncia das lutas daplebe por seus direitos. Os Tribunos podiam vetar todas as leis contrrias aosinteresses dos plebeus, menos em poca de guerras ou graves perturbaes sociais,quando todas as leis ficavam sob controle exclusivo do ditador. Os tribunos da plebeeram considerados inviolveis e quem os agredisse era condenado morte.

    6. Ager Publicus terras pblicas, pertencentes ao Estado e que, em sua maioria, foramocupadas pelos patrcios, em prejuzo da plebe.

    7. Lei frumentria Caio Graco, irmo de Tibrio, foi eleito tribuno em 123 a.C. Dentre asleis para melhorar as condies de vida e a alimentao da plebe romana, Caioelaborou a "Lei Frumentria". Essa lei determinava a distribuio de trigo a preosmais baixos, alm de retomar o projeto de "reforma agrria".

    8. Classe ou Ordem Eqestre ou Cavaleiros no perodo da monarquia e no incio darepblica, eram aqueles cujas rendas eram suficientes para arm-los como parte dacavalaria do exrcito. Depois da poca dos irmos Caio e Tibrio Graco(sculo II a.C.)formaram uma Ordem(Eqestre), situada abaixo da ordem senatorial, formando umaaristocracia plebia, mas muito rica(ex.mercadores,banqueiros, armadores, etc.). Nafase imperial recebem dos imperadores altos cargos no governo.

    9. Publicanos plebeus ricos que formavam verdadeiras empresas que tinham, porcontrato, recebido do governo (senado) o direito de cobrar impostos de umadeterminada provncia, em troca de pagamento antecipado ao governo.

    10. Esprtacus(Revolta de) se insere nos problemas que a repblica enfrentou na suacrise final. Esprtaco (Spartacus) era um gladiador que se revoltou em 73 a.C. numaescola de gladiadores em Cpua, sul da Itlia, devido humilhao e injustiascometidas na escola e pretendia fugir de volta para sua ptria. Em nenhum momentoele pretendeu lutar contra o sistema romano, contra a escravido e as injustiassociais e, por isso, no pode ser considerado um heri revolucionrio. A revolta iniciou-se com a fuga da escola. A notcia da revolta se espalhou e vrios escravos doslatifndios vizinhos uniram-se aos gladiadores rebeldes. Roma enviou um com 3 mil

    homens para desbaratar os revoltosos, mas foram derrotadas. Com a vitria deEsprtaco, pequenos proprietrios arruinados, desempregados e escravos engrossaramas fileiras dos rebeldes. Sucessivos generais foram enviados para enfrent-los, masEsprtaco sempre vencia. Ento Crasso(um dos trinviros do 1 triunvirato) osenfrentou e venceu, sendo Esprtacus morto. O exrcito dos rebeldes foi derrotado e 6mil sobreviventes foram crucificados.

    11. Caio e Tibrio Graco tribunos da plebe, propuseram a lei agrria, pedindo que selimitasse o direito de ocupao das terras pblicas(ager publicus), pelos grandesproprietrios e que os cidados pobres recebessem lotes de terras e a lei frumentria,garantindo trigo a baixo preo para a plebe pobre. Tiveram morte violenta, a reformaagrria nunca foi aplicada e a lei frumentria foi deturpada na poltica do po e circo.

    12. Pax Romana Entre os sculos I e II d.C., a Pax Romana era, sobretudo, a crena deque o processo civilizatrio de Roma - o seu humanismo poltico e cultural - era capazde se impor perante os outros povos e os integrarem no contexto do Imprio.Implicitamente, as sociedades submetidas ao Poder Romano, percebiam no sistemaromano uma rara oportunidade de transformao intestina das diversas sociedadeslocais com vistas participao no modo econmico e poltico de Roma. No umapaz respeitosa, fruto de negociao entre vencedores(romanos) e vencidos(ex.egpcios), mas uma imposio imperialista de leis e padres romanos.

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    13. Catilinrias e Catilina No contexto da crise da Repblica Romana, Lcio SrgioCatilina, patrcio romano(109 a.C-62 a.C), corajoso e ousado, mas sem escrpulos,fomentou contra o Senado uma conjurao e ganhou o apoio de algumas figurasimportantes, do povo devido sua poltica populista e dos libertos (escravoslibertados). Tinha a simpatia de Csar e o apoio de todos os descontentes do sistemainstalado. Esta conjurao foi denunciada por Ccero em 63, atravs de uma srie dediscursos que receberam o nome de catilinrias e considerado uma obra-prima deretrica o qual convenceu o senado a ostracizar Catilina. Surpreendentemente recusa oexlio e parte para uma guerra suicida contra Ccero, que consegue capturar alguns dosprincipais partidrios de Catilina e, contra a posio de Csar no senado, condena-os morte sem julgamento. Catilina ficou sendo um tipo do conspirador, e o nome deleemprega-se para designar os que desejaram conquistar o sucesso sobre as runas daprpria ptria.

    14. Mecenas Em termos culturais, o perodo do imperador Otvio Augusto ficouconhecido como "sculo de ouro" da literatura latina, fruto do seu ministro Mecenas,que, por seu grande interesse pelas artes, protegeu escritores como Virglio e Horcio.Por tudo isso, o nome mecenas tornou-se sinnimo de protetor de artistas e da arte

    em qualquer poca.15. Libertos eram os escravos que haviam recebido a liberdade por vontade dos seus

    donos ou porque a haviam comprado. Passavam a ser cidados, mas sem direitosplenos(ex. no podiam ocupar as magistraturas). Seus filhos, contudo, possuemcidadania plena.

    16. Apoteose Em vida o imperador era venerado e quando morria seu nome era inscritoentre os deuses de Roma. Essa inscrio era a apoteose.

    17. Virglio Com apoio de influentes amigos, como Mecenas, Virglio tornou-se umaespcie de poeta oficial do regime do imperador Augusto. Escreveu a epopia Eneida,uma idealizao das virtudes que fundaram e mantiveram o Imprio Romano a partirde Tria. Nela Virglio expe a lenda de que os romanos eram descendentes do troiano

    Enas e herdaram as qualidades guerreiras dos troianos.19. Anarquia militar ou a crise do Sculo III. De 235 a 284 Roma teve 26 imperadores,

    dos quais apenas um morreu de morte natural e outro lutando contra inimigos, osdemais foram assassinados. Os exrcitos se achavam no direito de escolher osimperadores por causa da fraqueza do Senado e por no haver uma regra de sucessobem definida para os imperadores, gerando muitos conflitos internos. Alm disso,comearam as invases brbaras. Apenas com Diocleciano (284 305) findou- se aanarquia militar. Contudo com o fim do seu governo devido a disputa entre os vrioscandidatos ao poder teve incio uma nova guerra civil que s terminou quandoConstantino (312 337) tornou-se o nico imperador.

    20. Evocatio quando os romanos conquistavam uma regio ou um pas costumavamchamar(evocar, evocatio) para Roma o culto do deus ou dos deuses principais daregio conquistada, permitindo a construo de um templo para seu culto. Era um atode tolerncia, mas principalmente de poder, pois demonstrava que at a religio dospovos conquistados tinha sido levada para Roma.

    21. Baixo Imprio Corresponde ao perodo de decadncia romana, entre os sculos III eV d.C. e dele faz parte o perodo chamado Anarquia Militar.

    22. dito de Milo Decreto assinado pelo imperador Constantino(312 337), que haviase convertido ao cristianismo e, talvez por f, mas com certeza para conseguir o apoio

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    da religio que j era a mais organizada do imprio, assinou em 313 o dito de Miloque dava liberdade de culto a todas as religies do imprio. Liberados, os cristoscomearam a construir igrejas e as maiores receberam o nome de baslicas.

    23. dito Mximo imperador Diocleciano(284-305) fixava preos mximos paramercadorias e salrios, mas o controle durou pouco e a inflao voltou a subir.

    24. Lei do colonato feita pelo imperador Constantino(313-337), obrigava o colono a sefixar terra para estabilizar a produo rural e suprir a carncia de mo-de-obra.Tornou-se um dos elementos do feudalismo.

    Idade Mdia:1. Manso servil O territrio do feudo era dividido normalmente em trs partes: O

    Domnio, a terra comum(comunal) e manso servil. O Domnio a parte da terrareservada exclusivamente ao senhor feudal(onde ele construa o castelo) e trabalhadapelo servo. A produo deste territrio destina-se apenas ao senhor feudal.Normalmente o servo trabalha para o senhor feudal, nessa poro de terra ou mesmono castelo, por um perodo de 3 dias, sendo essa obrigao denominada corvia. ATerra comum(comunal) a parte da terra de uso comum. Matas e pastos que podem

    ser utilizadas tanto pelo senhor feudal como pelos servos. o local de onde se retiramlenha ou madeira para as construes, e onde pastam os animais. Manso servil era aparte destinada aos servos, dividido em lotes (glebas) e cada servo tinha direito a umlote. De toda a produo do servo em seu lote, metade da produo destina-se aosenhor feudal, caracterizando uma obrigao denominada talha.

    2. Sociedade estamental ou de ordens aquela na qual a posio de cada um determinada pelo sangue, pela hereditariedade e pela religio. Ex. Egito Antigo efeudalismo.

    3. Corvia A corvia era a obrigao que o servo tinha de trabalhar de graa alguns diaspor semana no manso senhorial, ou seja, no cultivo das terras reservadas ao senhor.

    4. Banalidade As banalidades eram os pagamentos que os servos faziam aos senhores

    pelo uso da destilaria, do forno, do moinho, do celeiro etc.5. Tosto de Pedro imposto pago igreja, utilizado para a manuteno da capela local.6. Viles homens livres que viviam nas vilas dos feudos e que sofriam obrigaes

    menos pesadas do que os servos. Com o passar do tempo(sculos XI, XII) algunsaprenderam um ofcio(ex.carpintaria) e se transformaram em burgueses, outros emassalariados.

    7. Suserano e Vassalo Suserano o senhor que concede o benefcio(geralmente terra eservos), enquanto que vassalo o senhor que recebe o benefcio. Esta relao serviupara preservar os privilgios da elite e materializava-se a partir de trs atos: ahomenagem , a investidura e o juramento de fidelidade. Normalmente o suserano eraum grande proprietrio rural, grande nobre ou mesmo um rei, e que pretendeaumentar seu exrcito e capacidade guerreira, enquanto o vassalo, um homem quenecessita de terras e camponeses. No mundo feudal no existiu uma estrutura depoder centralizada.

    8. Homenagem Quando um suserano entregava um feudo a um vassalo issocompreendia uma srie de atos solenes. Primeiro o vassalo prestava a homenagem,colocando-se de joelhos, com a cabea descoberta e sem espada, pondo suas mosentre as mos do suserano e pronunciando as palavras sacramentais de juramento. Emseguida, o senhor permitia que se levantasse, beijava-o e realizava ainvestidura(atribuio do feudo) com a entrega de um objeto simblico, punhado de

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    terra, ramo, lana ou chave, representando a terra ofertada. Os laos de suserania evassalagem vinculavam toda a nobreza feudal. Por exemplo, um duque doava umfeudo a um baro. Este, ao receber o feudo, prestava-lhe homenagem.

    9. Comitatus laos de dependncia entre guerreiros germnicos, baseados nojuramento pessoal ao lder. Aos poucos se torna um dos elementos do feudalismo.

    10. Leis Consuetudinrias leis que se baseiam nos costumes e no eram escritas, porex., entre os brbaros germnicos.

    11. Hgira Em 622 Maom comea a pregar o islamismo, mas a perseguio e umatentativa de assassinato fizeram com que ele fugisse de Meca para Medina em 622. aHgira, ou a fuga, que marca o incio do calendrio muulmano

    12. Direito de primogenitura parte do direito feudal que dava apenas ao filho mais velhode um nobre o direito de herdar a totalidade dos bens do pai, inclusive o ttulo denobreza. Os irmos, excludos da herana, lanaram-se s aventuras das Cruzadas, embusca de terras, glria militar e prestgio.

    13. Ordem Beneditina fundada pelo monge So Bento de Nrsia (480-547), cujo lemaera ora et labora (ore e trabalhe), foi designado santo padroeiro da Europa pelo papaPaulo VI em 1964, por causa da importncia que essa ordem teve na formao da

    Europa: no plano cultural, os monges copistas eram, inicialmente, somente beneditinose foram os fundadores das primeiras escolas medievais; no plano econmico, otrabalho agrcola desenvolvido pelos monges nos mosteiros e as tcnicas de plantio ede aragem do solo aprendidas e ensinadas por eles, os manuais escritos sobre essetema. Alm disso, os sculos de maior ao dos beneditinos coincidem com os sculosde formao do continente, da formao da Europa como tal(scs. V ao X).

    14. Heresia Monofisista seita crist do sculo VI, que considerava que Jesus Cristo tinhauma s natureza(divina) e no duas (a divina e a humana). No governo de Justiniano(527-565) imperador bizantino, ocorreu essa heresia, pregada por Nestrio. Omonofisismo comportava aspectos polticos e manifestava-se como reao nacionalistacontra o Imprio Bizantino. Por isso era mais forte na Sria e no Egito, regies

    dominadas por Constantinopla.15. Heresia Iconoclasta O movimento iconoclasta caracterizou-se como um longo conflitoreligioso iniciado pelo imperador bizantino Leo III (717 - 741), que proibiu o uso deimagens e ordenou a destruio das existentes nos templos. Com efeito, os coneseram as imagens, pequenas ou grandes, representando pessoas santificadas ou oprprio Cristo; feitos nos mais diversos materiais, incorporaram-se s cerimnias deculto da sociedade bizantina. Entre os principais produtores de cones encontravam-seos monges que obtinham grandes lucros com a venda de imagens. Essas riquezasreforavam ainda mais o poderio dos monges, cujas ordens possuam grandespropriedades isentas de tributos, exerciam grande influncia na sociedade econstituam uma ameaa ao poder central porque representavam o avano dafeudalizao. Aps um sculo de represso e de destruio de obras de arte, a vez deos partidrios das imagens levarem a melhor. O papel da arte consolida-se no mundocristo, uma vez que funo didtica afirmada pelo Papa Gregrio Magno acrescenta-se o valor sacro das imagens, de emanao da presena divina, que os defensores dasimagens consideram implcito nas imagens de Deus e dos santos.

    16. Cesaropapismo concentrao dos poderes temporais (Csar) e espirituais (Papa) nasmos do imperador bizantino, que mantinha o patriarca subordinado a ele, fazendo dareligio um assunto de estado e no do indivduo. Smbolo do cesaropapismo era aguia bicfala, escudo e bandeira do imperador. No Imprio Bizantino as influncias

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    helensticas e orientais resultaram na estreita ligao entre Igreja e Estado,concretizada no Cesaropapismo: ao Basileus (Imperador) cabia a chefia da Igreja e doEstado. Tal situao funcionava como arma de dois gumes: na condio de protetor daIgreja poderia gerir seus bens e preencher os cargos eclesisticos, o que reforava opoder imperial; em contrapartida, as reaes s diretrizes religiosas refletiamresistncias ao poder central, que transformavam controvrsias religiosas emproblemas polticos.

    17. Revolta de Nike ou NikaGastos militares foraram a elevao dos impostos. Apopulao de Constantinopla odiava os funcionrios do fisco. Em 532 explodiu a revoltaNika (do grego nike, vitria, que os revoltosos gritavam). Verdes e Azuis, os doisprincipais partidos polticos e esportivos que concorriam no hipdromo, rebelaram-se,instigados por aristocratas legitimistas (partidrios da dinastia legtima, j queJustiniano fora posto no trono pelo tio, usurpador do poder). A firmeza de Teodora e ainterveno do general Belizrio salvaram Justiniano. Os revoltosos foram cercados emortos no hipdromo.

    18. Conclio De Nicia 325 D.C. Primeiro Conclio Ecumnico da Igreja, convocado peloImperador Constantino. Trezentos Bispos se renem para condenar o Arianismo(do

    Bispo rio): heresia que nega a Divindade de Jesus Cristo. O momento decisivo sobre adoutrina da Trindade ocorreu neste Conclio, quando a Igreja rejeitou a idia ariana deque Jesus era a primeira e mais nobre criatura de Deus, e afirmou que Ele era damesma "substncia" ou "essncia" (isto , a mesma entidade existente) do Pai. Assim,h somente um Deus, no dois; a distncia entre Pai e Filho est dentro da unidadedivina, e o Filho Deus no mesmo sentido em que o Pai o . Dizendo que o Filho e oPai so "de uma substncia", e que o Filho "gerado ou unignito". O Credo Niceno,sem equvocos, reconhece oficialmente a divindade de Cristo.

    19. Cisma do Oriente Desde a extino do Imprio Romano do Ocidente, assim como osImperadores bizantinos afirmavam sua condio de herdeiros de Roma, os Patriarcasapregoavam sua primazia na direo da Igreja. Essa divergncia levara a freqentes

    atritos entre o Papado e os Patriarcas, ocasionando rompimentos entre a Igreja CristOcidental e a Igreja Crist Oriental, como se verificou com a Questo Iconoclasta. OCristianismo, em sua evoluo, assumiu caractersticas diferentes na Europa Ocidentale em reas do Imprio Bizantino, seja no ritual oriental (celebrado em grego), seja nadisciplina (a subordinao da Igreja ao Estado bizantino) e nas crenas (rejeio doPurgatrio pelos orientais). A ciso seria inevitvel e se deu quando o Papa Leo IX e oPatriarca Miguel Celulrio entraram em conflito a respeito da jurisdio sobre diocesesda Itlia Meridional, excomungando-se mutuamente. No se acreditava que a rupturafosse definitiva, mas tornou-se com a intransigncia do Patriarca e do Papa, explicvelporque a questo envolvia interesses econmicos relativos arrecadao das rendasdaquelas dioceses e interesses polticos antagnicos sobre a direo suprema dacristandade. Assim consumou o Cisma do Oriente, em virtude do qual criaram-se duas

    Igrejas: a Igreja Crist Ortodoxa Grega, subordinada ao Patriarcado de Constantinopla,e a Igreja Catlica Apostlica Romana, dirigida pelo Papado (1054).

    20. Caaba Kaaba ou Caaba uma construo que reverenciada pelos muulmanos, namesquita sagrada de Al Masjid Al-Haram em Meca, e considerado pelos devotos doIsl como o lugar mais sagrado do mundo. A Kaaba uma construo cbica e estpermanentemente coberta por uma manta escura com bordados dourados que regularmente substituda. Em seu interior encontra-se a "Pedra Negra", uma pedraescura de cerca de 50 cm de dimetro que provavelmente o resto de um meteorito.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Mu?ulmanohttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Al_Masjid_Al-Haram&action=edithttp://pt.wikipedia.org/wiki/Makkahhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Isl?http://pt.wikipedia.org/wiki/Meteoritohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mu?ulmanohttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Al_Masjid_Al-Haram&action=edithttp://pt.wikipedia.org/wiki/Makkahhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Isl?http://pt.wikipedia.org/wiki/Meteorito
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    Quando o profeta Maom repudiou todos os deuses pagos e proclamou um Deusnico, Al, ele poupou a Kaaba, talvez por presso dos comerciantes da regio queviam na pedra um chamariz para as lucrativas peregrinaes.

    21. Sunitas e Xiitas A primeira diviso ocorrida na comunidade islmica deu-seimediatamente aps a morte do profeta Maom. A escolha do seu sucessor geroucontrovrsias e enquanto a maioria da comunidade seguiu o princpio do consenso eelegeu Abu Bakr para ser o seu califa, lder religioso e poltico, uma parcela pequenamas significativa defendia a teoria de que Ali, primo do Profeta, deveria ser seusucessor. Esta atitude gerou dois sistemas polticos diferentes dentro do Isl : ossunitas seguem a idia de que o Chefe de Estado deve ser eleito pela comunidade eaceitam o Al Coro e a Suna como livros sagrados; e os xiitas seguem a idia dasucesso hereditria, traada a partir dos descendentes do califa Ali e sua esposaFtima, filha do Profeta Maom e recusam-se a aceitar o carter sagrado da Suna.

    22. Suna O conjunto de ensinamentos e atos de Maom. Essas colees, alm de seuvalor religioso para os crentes, constituem uma exaustiva enciclopdia legislativa,teolgica, cerimonial, moral, social e comercial, que inclui aplicaes prticas eexemplos moralizantes para o cotidiano.

    23. Sharia a lei religiosa do islamismo. Como o muulmano no v distino entre oaspecto religioso e o resto da sua conduta pessoal, a lei islmica no trata s de rituaise crenas, mas de todos os aspectos da vida cotidiana. Apesar de ter passado por umdetalhado processo de formatao, a lei islmica ainda aplicada de formas variadasao redor do mundo - os pases adotam a sharia tm interpretaes mais ou menosrigorosas dela. Na Arbia Saudita, por exemplo, vigora uma das mais conservadorasverses da lei islmica. O Afeganisto da poca da milcia Talib teve a mais dura eradical aplicao da sharia nos tempos modernos - proibia msica e outras expressesculturais e esportivas, restringia gravemente todos os direitos das mulheres e ordenavapunies brbaras. A sharia, porm, adotada formalmente numa minoria de pasescom grandes populaes islmicas.

    24.

    Sarracenos ou mouros

    forma generalizada para designar os muulmanos.25. Merovngia(Dinastia) Na Glia, as tribos francas foram unificadas no final do sculo Vpor Clvis (481/511), convertido ao catolicismo, surgindo o primeiro reino brbarocristianizado. Neto de Meroveu, Clvis deu incio dinastia merovngia, que reinouentre os francos at 741.

    26. Carolngia(Dinastia) No sculo VIII, Carlos Martel, um nobre da famlia deHeristal, conseguiu prestgio e poder ao deter o avano dos muulmanos sobre aEuropa Ocidental, vencendo-os em Poitiers(Frana) em 732. Seu filho Pepino I(741/768) destronou o ltimo rei merovngio e proclamou-se rei dos francos com oapoio do papa, iniciando a dinastia carolngia (741/987). Sua coroao pelo papaEstevo II reforou a aliana entre a Igreja e o reino franco. Pepino I foi sucedido porCarlos Magno (768/814) que expandiu enormemente o reino franco, anexando a Itlialombarda, a Saxnia, a Frsia e a Catalunha, tornando-se o nico rei da Europa crist.Em seu governo, houve o Renascimento Carolngio. No Natal do ano 800, Carlos Magnofoi coroado Imperador do Ocidente pelo papa.

    27. Patrimnio de So Pedro Tambm chamado de Estados Papais, so as terrasentregues pelos carolngios Igreja e que seriam governadas pelos papas. Origem doEstado do Vaticano atual.

    28. Missi dominici Carlos Magno dividiu o Imprio em condados administrados porcondes, enquanto os marqueses administravam os territrios de fronteiras chamados

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Maom?http://pt.wikipedia.org/wiki/Al?hhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Maom?http://pt.wikipedia.org/wiki/Al?h
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    marcas. A fiscalizao dessas provncias era feita pelos "missi dominici"(enviados dosenhor), delegados do imperador, que as percorriam, fazendo relatrios para CarlosMagno, a respeito da situao econmica e poltica desses condados e das marcas,permitindo ao imperador um maior controle sobre seus senhores feudais.

    29. Renascimento Carolngio Carlos Magno(sculos VIII-IX) promoveu um grandedesenvolvimento cultural. Atraiu sua corte os mais notveis sbios, dentre os quais:Alcuno de York, gramtico; Paulo Dicono, historiador; Eginhard, Historiador; Pedro dePisa, gramtico; e outros. Nos mosteiros, os monges copistas dedicavam-se aosmanuscritos antigos, copiando-os e preservando-os, s crnicas e aos livros religiosos.Fundaram-se escolas, entre as quais a clebre Escola Palatina(do Palcio)

    30. Tratado de Verdun Em 843, os trs netos de Carlos Magno repartiram o imprio queele havia fundado pelo tratado dito de Verdun: Carlos o Calvo recebeu a Franciaocidental (que se tornar a Frana), Lus o Germnico a Francia oriental (que setornar a Germnia, ncleo do futuro Sacro Imprio Romano-Germnico), e Lotrio,que se reserva o ttulo imperial, o centro da Itlia at a Frsia (que se tornar aLotarngia). Essa diviso acelera o feudalismo, pois representou o fracasso de umanica autoridade governando a maior parte da Europa Ocidental.

    31. Heresia Ariana O arianismo foi uma viso cristolgica(de Cristo) sustentada pelosseguidores de Arius nos primeiros tempos da Igreja Crist, negando que Cristo e Deus,o pai, fossem da mesma essncia fundamental e vendo o filho como uma criao e umser inferior ao Pai. O Conclio de Nicia (325 D.C.) condenou esta doutrina aps umagrande controvrsia e declarou-a hertica

    32. Secular ou laico qualquer coisa ligado vida terrena, exemplo, o poder dos reis enobres feudais.

    33. Ordens monsticas e monaquismo o Monaquismo um sistema de vida deconsagrao causa divina, que tenta chegar a Deus passando pelo recolhimento euma vida de dedicao e interiorizao. A esta palavra associa-se uma outra: monge.Etimologicamente, designa aquele que vive solitrio, dedicando a sua vida ao servio

    de Deus, dedicao essa assumida livremente e que pressupe o cumprimento dasnormas estabelecidas numa Regra, ou seja, conjunto de normas sobre castidade,pobreza e obedincia. Exemplo: So Bento e a Ordem dos Beneditinos, baseada naregra bsica orar e trabalhar, ou seja, servir a Deus e trabalhar nas plantaes e comos animais do mosteiro, para seu sustento.

    34. Movimento de Cluny ou cluniaense Em 1046 no mosteiro beneditino de Cluny, naFrana, comea um importante movimento de moralizao da Igreja Medieval, oMovimento de Cluny, propondo o fortalecimento da disciplina do clero, a obedincia sregras da piedade e castidade e a libertao dos conventos da dominao daautoridade feudal e das interferncias dos governantes, principalmente dosimperadores do Sacro Imprio Romano Germnico. Apesar das boas intenes dealguns, a Igreja continuou a se contaminar com interesses materialistas, por exemplo,adquirir terras.

    35. Conclio de Clermont-Ferrand Reunio de lderes cristos seculares e do clerorealizada nessa cidade francesa em 1095, convocada pelo papa Urbano II, na qual eleexibiu uma carta do imperador bizantino Alxis pedindo ajuda para combater osmuulmanos, gerando a pregao da 1 cruzada.

    36. Comuna Comunas (Frana), Concelhos (com c.Pennsula Ibrica), Cidades-livres(Sacro Imprio Romano-Germnico) e Repblicas (Itlia) assim foram denominados osburgos europeus que alcanaram autonomia entre os sculos XI e XIII. A essa luta pela

    http://pt.wikipedia.org/wiki/843http://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Magnohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fran?ahttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Germ?nia&action=edithttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sacro_Imp?rio_Romano-Germ?nicohttp://pt.wikipedia.org/wiki/It?liahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fr?siahttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Lotar?ngia&action=edithttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ariushttp://pt.wikipedia.org/wiki/Conc?lio_de_Niceiahttp://pt.wikipedia.org/wiki/325http://pt.wikipedia.org/wiki/843http://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Magnohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fran?ahttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Germ?nia&action=edithttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sacro_Imp?rio_Romano-Germ?nicohttp://pt.wikipedia.org/wiki/It?liahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fr?siahttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Lotar?ngia&action=edithttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ariushttp://pt.wikipedia.org/wiki/Conc?lio_de_Niceiahttp://pt.wikipedia.org/wiki/325
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    autonomia chamamos de movimento comunal e as liberdades conquistadas eramescritas nas Cartas de Franquia.

    37. Movimento Comunal (scs. XI XIII): luta das cidades europias pela libertao daautoridade dos senhores feudais, geralmente com o apoio dos reis. Quando a luta eravitoriosa a burguesia passava a governar a cidade e recebia um certificado dos seusdireitos chamado Carta de Franquia.

    38. Gtico, Estilo Arquitetnico em 1154 comea a construo da Catedral de Chartres eem 1163 inicia-se a construo catedral de Notre-Dame de Paris, ambas na Frana. omarco maior do estilo gtico na arquitetura, que se caracteriza por linhas retilneas quese projetam para o cu e por abundncia de vitrais coloridos. Com seus arcos ogivais,vitrais coloridos e usados em profuso, paredes altas e relativamente finas,sustentadas por arcobotantes e botarus, essas catedrais se tornam os smbolos dessenovo estilo arquitetnico, mais sofisticado, urbano e burgus do que o estilo romnico,que era mais rural e nobilirquico.

    39. Plantagenetas Plantageneta o sobrenome de um conjunto de reis britnicos,conhecidos como Dinastia Plantageneta ou Angevina (de Anjou, feudo francs), quereinaram em Inglaterra entre 1154 e 1399. O nome tem na sua origem a giesta(plant

    gnet em francs), que o fundador da casa Geoffrey V, Conde de Anjou escolheu parasmbolo pessoal. O fim da dinastia Plantageneta considerado em 1399 e marca asubida ao trono de Henrique de Lancaster(neto de Eduardo III) e o princpio dosconflitos que mais tarde iriam evoluir para a Guerra das Duas Rosas.

    40. Heresia Ctara ou albigense No incio do sculo XII, a Igreja Catlica presencia adifuso da heresia dos ctaros (puros em grego) ou albigenses (nome derivado dacidade de Albi, na qual vivia um certo nmero de herticos) que se propagar no sul daFrana. Os ctaros acreditavam que o homem na sua origem havia sido um serespiritual e para adquirir conscincia e liberdade, precisaria de um corpo material,sendo necessrias vrias reencarnaes para se libertar. Eram dualistas acreditavam naexistncia de dois deuses, um do bem (Deus) e outro do mal (Sat), que teria criado o

    mundo material e mal. No concebiam a idia de inferno, pois no fim o deus do Bemtriunfar sobre o deus do Mal e todos sero salvos. Praticavam a abstinncia de certosalimentos como a carne e tudo o que proviesse da procriao. Jejuavam antes doNatal, Pscoa e Pentecostes, no prestavam juramento, base das relaes feudais nasociedade medieval, nem matavam qualquer espcie animal, faziam voto de castidade.A partir de 1140 foram duramente combatidos pela Igreja, que lanou uma cruzadacontra eles, sendo derrotados e praticamente exterminados em 1229, juntamente comos nobres que os apoiavam. A coroa de Frana incorporou a maioria dos feudos dessaregio.

    41. Hansa Teutnica ou Liga Hansetica Na regio do Mar Bltico formou-se em 1241,uma organizao de cidades alems(maioria) para a proteo do comrcio martimo,proteo mtua e aquisio e explorao de privilgios comerciais em regime demonoplio sem a pretenso de conquistar e organizar territrios. A Liga foi uma formaadequada de proteo poltica dos comerciantes contra as exigncias tributrias dosreis e senhores feudais. A Liga foi favorecida pelos objetivos limitados das cerca de 160cidades que se associaram em nmero varivel ao longo dos tempos, dispondo comoarma eficaz contra seus opositores do boicote comercial. O apogeu foi no sculo XIV eo declnio veio com a consolidao dos poderes dos Estados blticos, como a Polnia,cujo rei derrotou a frota da Liga.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Geoffrey_V%2C_Conde_de_Anjouhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Geoffrey_V%2C_Conde_de_Anjou
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    42. Papa Gregrio VII no ano de 1075 escreve seu famoso Dictatus Papae, no qual estoresumidos os princpios da autoridade papal: a Igreja de origem divina; o Papa temtodos os direitos sobre os bispos; o Papa o juiz de todos, no julgado por ningum;o papa ata e desata, pode desligar os vassalos do juramento de fidelidade feito a seussuseranos; fica afirmada, pela primeira vez, a monarquia papal, a subordinao dopoder civil ao pontifcio em temas de doutrina e moral. Henrique IV, imperador doSacro Imprio, reage e organiza um atentado contra Gregrio VII, nomeia um antipapae pretende destituir o Papa oficial. Em 1076, Gregrio d o golpe decisivo: depe eexcomunga Henrique IV. Abandonado por grande parte dos seus vassalos, Henrique IVse dirige ao castelo de Canossa para pedir perdo ao papa, ficando 3 dias acampado naneve como penitncia. O papa o perdoa, mas pouco tempo depois Henrique IVrecupera seus poderes, derruba o papa, coloca um outro no trono, obrigando Gregrioa se refugiar no sul da Itlia, onde veio a falecer por volta de 1080.

    43. Excomunho Um dos piores castigos que a Igreja impunha aos quedesobedecessem a suas diretrizes. Excomunho o ato ou efeito de excomungar.Excluir ou expulsar oficialmente um membro religioso da relao com Deus. Pode seraplicada a uma pessoa individual ou aplicada coletivamente a um povo e ningum

    podia ter contato com um excomungado ou fazer negcios com ele.44. Bailios e senescais oficiais nomeados pelos reis da Frana para defenderem seus

    interesses dentro dos feudos, como o recolhimento de certos impostos e a aplicao dajustia real. Na Inglaterra os funcionrios reais com as mesmas funes recebiam onome de sheriffs.

    45. Bula Unam Sanctam O papa Bonifcio VIII publicou a bula Unam Sanctam (1302),onde afirma ser necessrio para a salvao estar sujeito ao papa em tudo, mesmo emquestes polticas e que a Igreja uma e santa, que no errou e que jamais errar. Foiuma forma de tentar colocar os reis sob controle papal. Com isso pretendia mandar umrecado aos reis europeus, principalmente seu maior inimigo, Filipe IV, rei de Frana.

    46. Novo Cativeiro da Babilnia Ou exlio de Avignon (1309-1378). A partir da morte do

    papa Bonifcio VIII, a influncia francesa sobre o papado havia se tornado cada vezmais forte. Pressionado pela coroa da Frana, o Sacro Colgio(conjunto de cardeais)elegeu um arcebispo francs como papa, que adotou o nome de Clemente V etransferiu a sede da Igreja de Roma para Avinho. O mesmo fizeram seus sucessoresat 1378. Esse deslocamento era um claro sintoma de que o eixo de equilbrio dopoder deslocara-se para a Frana, no sentido de que os pontfices de Avignonfreqentemente foram favorveis poltica externa francesa.

    47. Cisma do Ocidente A atitude servil do papado perante a Frana, por exemplo, e suacumplicidade com os interesses franceses, sobretudo durante o pontificado de JooXXII, causaram profundos descontentamentos na Alemanha(Sacro Imprio), que notardaram a vir tona. O cisma propriamente dito comeou com a morte de Gregrio XI(1378), depois que este conseguira fazer com que a sede do papado voltasse a serRoma. Foi sucedido por Urbano VI, cuja eleio foi considerada invlida pelos cardeaisno-italianos, que a decretaram nula e elegeram outro papa, Clemente VII. O novopapa refugiou-se em Avignon, uma vez que, por motivos bvios, no podia residir emRoma. Papa e antipapa tiveram seus respectivos sucessores. Para pr fim ao cisma,convocou-se o Conclio de Pisa (1409), em que se decidiu depor os dois papas e elegerum novo, Alexandre V, sucedido por Joo XXIII em 1410. Contudo, como os doisltimos papas da srie de Roma e de Avignon, respectivamente Gregrio XII e BentoXIII, no aceitaram a prpria deposio, e como Alexandre V havia sido eleito por um

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    conclio com plena validade, a Igreja passou a ser governada por trs papas. Acomunidade eclesistica, at as parquias mais remotas, dividiu-se em campos hostis.Alexandre V, como papa eleito pelo conclio, conquistou mais adeptos entre o povo. OConclio de Constana (1414-17), convocado pelo imperador alemo, ps fim ao cismacom a eleio de um nico papa, Martinho V. Por causa do desgaste, esses fatoscontriburam fortemente para a decadncia da Igreja e do poder papal.

    48. Jacquerie A Jacquerie foi uma revolta camponesa que ocorreu na Frana em 1358,durante a Guerra dos Cem Anos. A designao deriva deJacques Bonhomme, o nomecom conotao paternalista dado genericamente a um campons. A revolta iniciou-sede forma espontnea, refletindo a sensao de desespero em que viviam as camadasmais pobres da sociedade, depois da Peste Negra. As elites acabaram por esmagar arevolta menos de um ms depois, matando no processo cerca de 20.000 homens, oque viria a contribuir para o agravamento das condies demogrficas do pas. Apalavra "Jacquerie" passou a ser sinnimo de rebelio camponesa.

    49. Magna Carta A Magna Carta foi um tratado assinado pelo rei Joo I de Inglaterra e osseus nobres a 15 de Junho de 1215, perto de Londres. Os seus termos garantem aliberdade poltica dos ingleses, , ditam reformas no direito e na justia(ex. Habeas

    corpus; no criao de impostos sem ouvir o Parlamento), mas sobretudo limitam oespectro e magnitude do poder do rei. O grande motivo para essas mudanas foi odescontentamento geral para como rei Joo I que, durante o seu reinado, perdera asJias da Coroa de Inglaterra, e grandes feudos que possua na Frana, para alm deser j de ser extremamente impopular e dado a abusos de autoridade. Aos poucos aMagna Carta se tornou relevante e reconhecida como o precursora da monarquiaconstitucional na Inglaterra.

    50. Guerras de Reconquista Paralelamente s Cruzadas, que investiram para oOriente(Jerusalm), foram realizadas expedies chamadas Cruzadas do Ocidente, quetinham como objetivo expulsar os muulmanos da Pennsula Ibrica e do sul da Itlia.Em 711, os rabes muulmanos, comandados por Tarik, haviam conquistado a

    Pennsula Ibrica. Submeteram toda a pennsula, com exceo das Astrias(norte). Alise formaram os pequenos reinos cristos de Leo, Castela, Arago e Navarra. Estesreinos iniciaram, no sculo XI, a Guerra de Reconquista. Os reinos cristosexpandiram-se e dessa Guerra de Reconquista resultou a formao das monarquiasnacionais de Portugal(no final do sculo XIII) e Espanha(no final do sculo XV).

    51. Revoluo de Avis O desenvolvimento do comrcio, o crescimento das cidades e aprosperidade da burguesia mercante tornaram anacrnica a antiga ordem feudal(fechada, teocntrica, agrria e descentralizada). A burguesia tinha outros interessesnacionais (unificao da moeda, transportes, segurana) e por isso alia-se monarquia, fortalecendo o poder do rei, a quem d sustentao poltica e pagaimpostos. o embrio das monarquias nacionais, do regime absolutista. A Revoluode Avis (1383 - 1385) marca o incio do processo de centralizao monrquica e a

    consolidao do Estado Nacional Portugus, em direo ao absolutismo e aomercantilismo, com a aliana entre a monarquia e a burguesia ascendente. Com amorte do rei D. Fernando, em 1383, ficou como regente do trono D. Leonor Teles, atque a infanta D. Beatriz tivesse um filho varo, maior de quatorze anos. A regente,influenciada por um aventureiro galego, o Conde de Andeiro, desenvolveu uma polticade aproximao com os reinos castelhanos, contrariando as tendncias autonomistasde parte da nobreza lusitana e dos grandes burgueses, especialmente de Lisboa, queescolheram como lder, D. Joo, Mestre da Ordem Militar de Avis, filho bastardo de D.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Fran?ahttp://pt.wikipedia.org/wiki/1358http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_dos_Cem_Anoshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Peste_Negrahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Jo?o_I_de_Inglaterrahttp://pt.wikipedia.org/wiki/15_de_Junhohttp://pt.wikipedia.org/wiki/1215http://pt.wikipedia.org/wiki/Londreshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Monarquia_constitucionalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Monarquia_constitucionalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fran?ahttp://pt.wikipedia.org/wiki/1358http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_dos_Cem_Anoshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Peste_Negrahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Jo?o_I_de_Inglaterrahttp://pt.wikipedia.org/wiki/15_de_Junhohttp://pt.wikipedia.org/wiki/1215http://pt.wikipedia.org/wiki/Londreshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Monarquia_constitucionalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Monarquia_constitucional
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    Pedro I (o amante de Ins de Castro). O Conde de Andeiro condenado morte e hgrande agitao popular em vrias cidades e vilas. Em Lisboa, o "povo mido"proclama D. Joo, o Mestre de Avis, "regedor e defensor do reino". O rei de Castela, apedido da regente Leonor Teles, entra em Portugal para sufocar a revolta de Lisboa.um jovem nobre, Nuno lvares Pereira, liderou a resistncia popular contra oscastelhanos e seus aliados, mobilizando o povo a favor do Mestre de Avis. Em abril de1385, renem-se as cortes em Coimbra. Por presso dos representantes dosconselhos, dirigidos pelo jurista Joo das Regras, D. Joo, o Mestre de Avis, proclamado rei, apesar da oposio dos nobres. As cortes decidem que o Conselho doRei seja formado por dois representantes de cada um dos grupos sociais: clero,nobreza, letrados e cidados.

    52. Milenarismo crena popular crist baseada em profecias do incio do cristianismo, quedizia que Cristo voltaria uma segunda vez, combatendo os males e instituindo o reinode Deus na terra, com a durao de mil anos, findos os quais haveria a ressurreiodos mortos e o Juzo Final. Foi classificado pela Igreja como heresia.

    53. Querela das Investiduras e a Concordata de Worms A concordata de Worms ocompromisso firmado em setembro de 1122 pelo papa Calisto II e o imperador

    Henrique V, mediante o qual se regulamentou a questo da "querela das investiduras".Este documento separava os dois tipos de investidura: (1) a eclesistica, que concediaa funo espiritual ao bispo indicado pelo papa; e a (2) laica, feita pelo governante(rei,imperador) e dava ao bispo os poderes como senhor feudal, ou seja, um governo decarter temporal ou laico com os respectivos benefcios. Em essncia, com aconcordata de Worms, na funo daqueles bispos que tambm eram condes, o ofcioespiritual - que s a Igreja podia conceder mediante formas normais - pouco a poucose separa do exerccio de direitos e poderes pblicos que a autoridade laica conferiamediante o ttulo de nobreza.

    54. Filosofia Escolstica A Escolstica uma linha dentro da filosofia medieval, deacentos notadamente cristos, surgida da necessidade de responder s exigncias de

    f, ensinada pela Igreja, considerada ento como a guardi dos valores espirituais emorais de toda a Cristandade. Por assim dizer, responsvel pela unidade de toda aEuropa, que comungava da mesma f. A partir do sculo V pensadores cristosperceberam a necessidade de aprofundar uma f que estava amadurecendo, numatentativa de harmoniz-la com as exigncias do pensamento filosfico. Alguns temasque antes no faziam parte do universo do pensamento grego, tais como: Providnciae Revelao Divina e Criao a partir do nada passaram a fazer parte de temticasfilosficas. Basicamente, a questo chave que vai atravessar todo o pensamentoescolstico a harmonizao de duas esferas: a f e a razo. O pensamento deAgostinho(sculo V), mais conservador, defende uma subordinao maior da razo emrelao f, por crer que esta venha restaurar a condio decada da razo humana.Enquanto que a linha de Toms de Aquino(sculo XIII) defende uma certa autonomia

    da razo na obteno de respostas(livre-arbtrio), apesar de em nenhum momentonegar tal subordinao da razo f.

    55. Santo Agostinho Idia de predestinao. Santo Agostinho usou a filosofia a servioda teologia, adotando as idias platnicas e as moldando de acordo com a sua viso demundo. Da mesma forma que Plato, acreditava que a alma habitava um corpo. Dizia:

    O homem uma alma racional habitando um corpo mortal. Santo Agostinho insistena impossibilidade de o Estado chegar a uma autntica justia se no se reger pelosprincpios morais do cristianismo. De modo que na concepo agostiniana se d uma

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    primazia da Igreja sobre o Estado. Por outro lado, h que ter presente que na suapoca (sculos IV-V) o Estado romano est sumamente debilitado perante a Igreja.Seu lema era "crer para compreender. Santo Agostinho afirmou que o estado deviater por finalidade o culto de Deus e velar pelos costumes de acordo com a moral crist.Defendeu tambm uma diviso de poderes: o poder espiritual que ficaria a cargo daIgreja e o poder temporal que pertenceria ao estado. Estas idias iro ser largamenteaplicadas ao longo da Idade Mdia.

    56. So Toms de Aquino livre-arbtrio a base do tomismo. So Toms Aquino, retomae desenvolve um conceito grego-romano, o do Bem Comum. Defende que esteprincpio tico-poltico deveria orientar no apenas o Estado, mas tambm a cidade eser assumido pelos indivduos no seu dia-a-dia. O objetivo unir num s princpioterico: poltica, religio e tica.

    57. Dante Alighieri(1265-1321) J considerado como parte do Renascimento Cultural,nasceu em Florena. Em 1289 cumpriu rito tpico da poca do trovadorismo: identificoua dama pela qual deveria apaixonar-se at o fim de seus dias, um amor impossvel. NaDivina Comdia o nome dela, Beatriz, aparece 64 vezes (alm de indicaes do tipo "aminha dama", "aquela que"), enquanto Cristo surge 40 vezes. Somente o nome de

    Deus supera o de Beatriz. Ao morrer Beatriz, aos 24 anos e casada com outro homem,Dante imergiu em dores, aflio e lgrimas. Apesar disso ele casou-se e teve pelomenos trs filhos. Poltico, soldado, homem de governo, embaixador, em maio de 1300est coordenando a liga arregimentada pelos toscanos(da Toscana) contra o PapaBonifcio VIII e a favor do imperador Henrique VII. Dante era gibelino.

    58. Gibelinos e Guelfos faces polticas existentes nas regies italianas e no SacroImprio. Os gibelinos eram partidrios da supremacia dos imperadores do SacroImprio sobre os papas e se opunham aos guelfos, partidrios da supremacia dospapas sobre os governantes laicos.

    59. Universalismo existiam dois tipos: (a)o universalismo papal, que afirmava que ospoderes papais estavam acima dos reis, pois eram derivados de So Pedro e de Jesus

    Cristo, uma vez que Cristo teria dito a Pedro: Pedro, tu s pedra e sobre esta pedraerguerei minha Igreja, fazendo de So Pedro o primeiro papa. Outro sustentculodesse universalismo se baseia na teoria da superioridade da alma sobre o corpo. Ora, opapa cuida das questes ligadas ao esprito, logo sua funo, seu ofcio superior edele se origina o ofcio de governar dos reis, que cuidam da vida material, do corpo.Assim, os papas poderiam depor e coroar os governantes laicos, cujo poder deriva dopoder espiritual dos papas. (b) o universalismo imperial provm da idia de que osimperadores do Sacro Imprio Romano-Germnico(Estados Alemes) herdaram seuspoderes de Carlos Magno, que por sua vez havia sido coroado imperador pelo papaLeo III no ano 800 como herdeiro dos antigos imperadores romanos. Esses doisuniversalismos se chocaram constantemente e provocaram vrios conflitos, como aQuerela das Investiduras. A formao dos Estados Nacionais em fins do sculo XV

    enterrou esses universalismos.60. Petrarca(1304-1374) J considerado parte do Renascimento Cultural e se insere na

    situao da Itlia durante o sculo XIV, fragmentada e no unificada graas existncia de duas fortes monarquias: o Estado Pontifcio e o Reino de Npoles.Petrarca se insere tambm, no Cisma da Igreja. Uma das idias dele era , exatamente,o retorno do papado para Roma, cidade que, segundo o poeta, deveria abrigar osrepresentantes dos dois poderes: o espiritual e o temporal, uma vez que Petrarcavislumbrava o retorno dos princpios do Imprio Romano. O poeta, gibelino, exprime a

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    sua indignao contra a corte papal de Avignon, a qual, segundo ele, havia usurpadoos direitos de Roma. Para tanto, Petrarca utiliza-se da imagem do Cativeiro daBabilnia. Para o poeta, Babilnia era sinnimo de confuso, mas o principal motivopelo qual ele denomina desta forma a cidade francesa a desonestidade e a frivolidadedos religiosos que ali se encontravam. Ele no quer a influncia francesa no governo daIgreja.

    61. Poesia Golirdica ou goliarda Este grupo de Intelectuais, denominados os Goliardos,aprendiam com o mestre que lhes agradava, andavam de cidade em cidade, os seusdiscursos atacavam tanto a sociedade como a Igreja, atingindo o imoralismoprovocatrio, a obscenidade, o elogio do erotismo, a negao dos ensinamentos daIgreja e da moral tradicional. A poesia Goliarda atacava os eclesisticos, os nobres, oscamponeses, o papa, os bispos, os monges. Defendiam a autoridade do rei face aopoder da Igreja. Atacavam o poder do papa, tanto por se apoiar no poder do dinheiro,como por se apoiar no antigo poder da terra. Atacavam os monges, acusando-os demaus hbitos como, a gula, a preguia, a luxria. Geralmente eram formados por ex-padres e ex-monges, estudantes e professores universitrios.

    62. Santo Ofcio Instituio medieval que atravessou a era moderna. Foi o legado da

    histeria e parania da imaginao religiosa e poltica da igreja contra as heresias queameaavam seus domnios, oficializada pelo papa Gregrio IX (1227-1241).Inicialmente, tinha o intuito de salvar a alma dos hereges. Mais tarde, entretanto,passou a empregar a tortura e a fogueira como forma de punio, com autorizao dopapa Inocncio IV, em 1254. No auge de seu furor, cerca de 50 mil pessoas foramcondenadas morte no perodo entre 1570 e 1630, em toda Europa. Atravs dacolonizao, essa prtica odiosa estendeuse ao Novo Mundo, sendo aplicada atmesmo pelos protestantes na Amrica do Norte. No poupou mulheres, crianas,velhos, santos, cientistas, polticos, loucos e at mesmo gatos que foram vtimas doauto de f promovido pelos bondosos cristos!

    63. John Wycliff era professor da Universidade de Oxford(1320-1384-Inglaterra), no

    aceitava a supremacia papal, mas a doutrina de que o Cristo e no Pedro era o chefe ecabea da Igreja, considerando o Evangelho como nica Lei. Ele aproveitavahabilmente as fraquezas do clero para ridiculariz-las. Entre seus princpios estabeleciaque as relaes de Deus para com os homens eram diretas: no eram necessrios osintermedirios, e isso era um golpe contra Roma. Atacou e ironizou os perdes,indulgncias, absolvies, peregrinaes, cultos de santos, etc. Seus seguidores deramao movimento um carter de luta social contra a nobreza, e chefiados por John Ball,revoltaram-se em 1383, tendo conseguido entrar em Londres, onde, enganados pelorei Ricardo II, foram eliminados completamente, sendo seus chefes decapitados.

    64. John Huss(1369-1415) nascido na atual Repblica Tcheca, discpulo de Wycliff, com oqual concordava, foi preso e queimado vivo por ordem do papa. Ambos soprecursores da Reforma Luterana de 1517. A execuo de Joo Huss, desencadeou

    sangrenta guerra religiosa na Bomia, chamada Guerra dos Hussitas.65. Guerra das Duas Rosas Aps a Guerra dos Cem Anos(1453), a situao econmica e

    social da Inglaterra se tornou bastante crtica e grave situao econmico-social e ofortalecimento da monarquia dividiram e enfraqueceram boa parte da nobreza inglesa.Os conflitos entre a prpria nobreza se evidenciaram logo, quando duas famlias denobres iniciaram uma verdadeira guerra civil pelo trono da Inglaterra. Os conflitosforam entre os Lancaster (famlia nobre inglesa tradicional) e os York (nova nobrezavinculada s atividades comerciais). O confronto dessas duas famlias ficou conhecido

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    como a Guerra das Duas Rosas (1455-85), pois cada famlia mantinha em seu braso osmbolo da rosa. O conflito enfraqueceu a nobreza e permitiu a implantao de umamonarquia centralizada, com a ascenso da dinastia Tudor, que, apoiada pelaburguesia, nomeou Henrique VII rei da Inglaterra.

    IDADE MODERNA:1. Capitalismo comercial a bem da verdade no existe capitalismo antes da Revoluo

    Industrial(+-1760 na Inglaterra), mas alguns historiadores utilizam essa expressopara indicar o Mercantilismo dos sculos XV ao XVIII.

    2. Antigo Regime forma de gerir(gerenciar) o Estado Nacional entre os sculos XV eXVIII, baseada na economia mercantilista e na poltica absolutista. Na Inglaterra oAntigo Regime cai com a Revoluo Inglesa do sculo XVII e na Frana cai com aRevoluo de 1789. Porm, seus restos mortais s foram realmente enterrados com a1 Guerra Mundial e a dissoluo dos imprios da Alemanha, ustria-Hungria, Rssia eTurquia. Atualmente vivemos num Estado Nacional, porm no mais no Antigo Regime,pois nossa economia capitalista e nossa estrutura poltica republicana edemocrtica.

    3. Acumulao Primitiva de Capitais riqueza que a burguesia adquiriu durante omercantilismo, seja com o comrcio, seja com as manufaturas, seja com a pirataria.Tal riqueza seria depois utilizada como capital para a Revoluo Industrial.

    4. Cercamentos Durante a poca feudal, a populao da Inglaterra vivia em maior parteno campo, produzindo ls e vveres para o prprio consumo. As terras eram cultivadasvisando o sustento familiar e passavam de pais para filhos. Os camponeses/servosexploravam seus lotes dispersos em faixas pelas propriedades senhoriais, num sistemadenominado "campos abertos(sem cercas). Eles utilizavam tambm as terras comunsou comunais dos domnios para a pastagem do gado, a caa ou a obteno madeira.Gradualmente a partir do sculo XV, as aldeias comearam a se modificar. Os gnerosagrcolas e as ls nelas produzidos passaram a ser vendidos em regies mais

    afastadas, ampliando-se o mercado nacional e internacional (exportao). A facilidadena obteno da l favoreceu o desenvolvimento da manufatura txtil que se espalhoupelas aldeias atravs sistema domstico de produo, fugindo s restries impostaspelas corporaes de ofcio nas cidades. medida que o comrcio da l aumentava,os proprietrios de terras iniciaram o cercamento de seus campos abertos (numprocesso denominado "enclousure" surgido no sculo XVI e que se estendeu at sculoXIX), expulsando os camponeses de seus lotes e acabando com os direitos tradicionaisde utilizao das "terras comuns" dos domnios, gerando um grande xodo rural(futuramo-de-obra das indstrias) Os cercamentos tinham por objetivo favorecer a criaointensiva de carneiros para o fornecimento de l em bruto e contou sempre com oapoio do Parlamento.

    5. Bulionismo O bulionismo (metalismo), tornou-se um tipo de mercantilismo e

    desenvolveu-se na Espanha, para onde fluam o ouro do Mxico e a prata do Peru. Essegigantesco fluxo de metais preciosos trouxe para a Espanha duas gravesconseqncias: por um lado, levou ao desinteresse pelas atividades manufatureiras eagrrias, ocasionando queda na produo; por outro, desencadeou uma inflaogeneralizada no pas resultante da alta vertiginosa do preo das mercadorias ento emescassez, conhecida como Revoluo dos Preos. A Espanha era obrigada a adquirir noexterior os gneros necessrios sua sobrevivncia, sem nada exportar em

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    contrapartida, no conseguindo assim reter os metais preciosos, que acabaramescoando para outros pases europeus.

    6. Adelantado era o chefe da expedio descobridora ou de conquista do imperialismoespanhol. Foi o planejador e executor da conquista de povos e territrios e recebiaparticipao nos lucros do empreendimento e pertenciam baixa nobreza ou burguesia. Aps o estabelecimento do domnio espanhol, a coroa nomeava osgovernadores, chamados de vice-reis ou capites-generais(Ex. vice-rei do Mxico)

    7. Colbertismo outro tipo de mercantilismo, tambm chamado manufatureiro, chegouao apogeu na Frana com o mercantilismo de Colbert, ministro de Lus XIV, que buscoufazer a riqueza da Frana com a acumulao de metais preciosos obtidos atravs deuma balana comercial favorvel. Para isso, procurou tornar o pas economicamenteauto-suficiente, proibindo as importaes e, principalmente, incentivando asexportaes de manufaturas. Sua poltica econmica consistia em acelerar odesenvolvimento manufatureiro da Frana atravs da criao das manufaturas reais.

    8. Nobreza de Toga e Paulette No governo de Henrique IV, foi criada a "paulette"(1604),que consistia na legalizao da venda de cargos pblicos e de ttulos denobreza para a burguesia, transformando-se numa importante fonte de renda para o

    Estado. O novo imposto teve um grande alcance poltico-social, pois abriu burguesiamercantil e financeira a oportunidade de ascenso social, recebendo o nome denobreza de toga ou togada.

    9. Atos de navegao Em 1653, Cromwell, lder vitorioso da revoluo puritana de1642, imps uma ditadura dissolvendo o Parlamento. Durante o seu governoPromulgou os "Atos de Navegao": decretos que fortaleciam os comerciantesingleses, pois estipulavam que toda mercadoria que entrasse ou sasse da Inglaterradeveria ser transportada por navios ingleses. A partir deste ato criou-se uma base paraa Revoluo Industrial. Isto levou a uma guerra com a Holanda. A Inglaterra vence,consolidando sua hegemonia martima.

    10. Bula Inter Coetera No ano de 1493 por essa bula, o papa Alexandre VI determinou a

    partilha ultramarina entre espanhis e portugueses . Os portugueses acharam queestavam sendo prejudicados, propuseram o Tratado de Tordesilhas. Em 07 de junho de1494 foi decidido que a Espanha ficaria com as terras descobertas ao ocidente de umalinha imaginria, tirada de plo a plo, e a 100 lguas das ilhas dos Aores, cabendo aPortugal a que se descobrisse ao oriente(frica). Com esta diviso, a Espanha ganhavatoda a Amrica.

    11. Noche Triste ou Noite Triste 30 de junho de 1520, quando os espanhis de Cortezforam derrotados pelos astecas, obrigando o conquistador espanhol a fugir da capitalasteca(Tenochtitln), temporariamente.

    12. Condottieri eram os lderes, os comandantes de mercenrios na Europa dos sculosXIV ao XVI. Eles saem pelo mundo em eterna luta, sem nenhum ideal. Eficazes noplano militar, esses soldados de ofcio, reunidos provisoriamente sob a liderana de umchefe forte, lutam por um soldo e pelo butim. A ambio dos primeiros mercenrios serestringe a ganhar dinheiro e a conquistar um ou dois castelos, mas, conforme osxitos, a ambio aumenta. Muitos deles se tornavam governantes das cidades pelasquais haviam sido contratados.

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    13. Nicolau Maquiavel(1469-1527) idelogo do absolutismo, escreveu O Prncipe, noqual propunha a separao entre poltica e moral, ou seja, o governante tudo podepara benefcio do Estado: mentira, dissimulao, violncia e fraude, inclusivemanipular a religio, pois os fins justificam os meios, ou seja, se um ato polticoobtivesse xito e contribusse para um bom governo, ento seria justificado, mesmoque fosse imoral. Um dos sonhos dele era ver a Itlia unificada e no mas palco deinvases francesas, espanholas e alemes.

    14. Erasmo de Rotterdam(1466-1536) foi um dos pensadores mais influentes de suapoca e trocou correspondncia com Lutero,embora tenha permanecido catlico a vidatoda. Em sua obra Elogio Da Loucura defendeu, entre outros aspectos, a tolernciareligiosa; a auto-reforma da Igreja Catlica; a liberdade de pensamento e umateologia baseada exclusivamente nos Evangelhos.

    15. Index no contexto da Contra-reforma e do Conclio de Trento de 1534, era a lista delivros que a Igreja Catlica julgava que no deveriam ser lidos, pois contrariavam seusensinamentos, por exemplo, o Elogio da Loucura, de Erasmo de Rotterdam. At hojeexiste esse index.

    16. Thomas Morus(1476-1535) Thomas Morus, Grande Chanceler da Inglaterra, foi

    nomeado Grande Chanceler em 1529. Quando Henrique VIII abjurou o catolicismo,Morus, ento ligado Igreja Romana, pediu demisso do cargo (1532),descontentando com esse gesto o Rei. No ano seguinte ofendeu mortalmente AnaBolena, nova esposa de Henrique VIII recusando-se a assistir sua coroao e aprestar fidelidade a seus descendentes. Foi condenado priso perptua e ao confiscode todos os seus bens. Pouco tempo depois foi condenado morte por crime de altatraio e decapitado em Londres. A "Utopia", sua obra mais divulgada, e que lhe deurenome universal, foi editada em Basilia (Sua) por Erasmo de Rotterdam. Depois deter na "Utopia" feito uma stira a todas as instituies da poca, edifica uma sociedadeimaginria, ideal, sem propriedade privada, com absoluta comunidade de bens e dosolo, sem antagonismos entre a cidade e o campo, sem trabalho assalariado, sem

    gastos suprfluos e luxos excessivos, com o Estado como rgo administrador daproduo, etc. Embora o carter essencialmente imaginrio e quimrico da "Utopia", aobra de Morus fica na histria do socialismo como a primeira tentativa terica daedificao de uma sociedade baseada na comunidade dos bens. A Inglaterra de Morusera uma terra na qual, segundo ele mesmo, carneiros devoravam homens, umaaluso metafrica lei dos cercamentos (enclosures acts), que implicou no desterro deinmeras comunidades camponesas e na dissoluo gradativa das tradies comunais,que remontavam Idade Mdia.

    17. Galileu Galilei(1564-1642) celebrado, de fato, como o primeiro afirmador do"mtodo experimental": ele no cansava de repetir que o conhecimento de tudo o quenos cerca deve derivar somente das "sensatas experincias" e das "demonstraesnecessrias" (isto , matemtica) e que "somente mestra a Natureza". Galileu gastousua vida em indagar, pesquisar, descobrir, certificar, pelos recursos da experincia, averdade e as leis da Natureza, confirmando com justia o que um sculo antesafirmava Leonardo: "A experincia no falha nunca, falham somente os nossos juzos".Foi perseguido pelo Tribunal da Inquisio e condenado a abjurar(renunciar) s suasidias, passando os ltimos anos da sua vida em priso domiciliar.

    18. Doutrina da Salvao Pela F(1517.Martinho Lutero) Uma visita a Roma revelou aLutero a corrupo da Igreja e sua prpria experincia religiosa levou-o a crer que asalvao residia, no nos sacramentos e nas "boas aes" prescritos pela Igreja, mas

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    pura e simplesmente na graa de Deus, dada gratuitamente a quem quer que tivessecompleta f em Deus e em Sua bondade. Encontrou apoio para essa convico numaafirmativa de Santo Agostinho de que a graa de Deus no se ganha com boas obras,o que parecia confirmar a opinio de Lutero de que a salvao conseguidaexclusivamente pela f. Essa doutrina esposada por Lutero feria o prprio corao dosistema sacerdotal da Igreja. Se, de fato, a f sozinha fosse suficiente para a salvao,ento os homens no necessitavam do ministrio dos padres nem de tomar parte nossacramentos.

    19. Dieta de Worms A Dieta de Worms foi uma reunio dos grandes do Sacro Imprio,chefiada pelo imperador Carlos V(1521). Apesar de outros assuntos terem sidodiscutidos, sobretudo conhecida pelas decises sobre Martinho Lutero e os efeitossubseqentes na Reforma Protestante. Lutero foi convocado para desmentir as suasteses, no entanto ele defendeu-as e pediu a reforma. Clebres tornaram-se as suaspalavras:Aqui estou. No posso renunciar.

    20. Thomas Mnzer(1490-1525), no incio pregador luterano, tornou-se posteriormenteadepto da interpretao radical dos evangelhos(liberdade de escolher os pastores e dedemiti-los, fim da servido e dos impostos, abolio das diferenas sociais, dos

    privilgios da nobreza e do clero, etc.) da qual se originou o movimento anabatista.Como preparao ao reino de Cristo, Mnzer desejava instituir uma teocracia queprevia tanto a libertao de toda construo autoritria em matria de f como umareviravolta da ordem social vigente. Mais tarde, contrapondo-se abertamente a Lutero,Mnzer participou da guerra dos camponeses contra a nobreza alem(1525).Derrotado, foi feito prisioneiro pelos prncipes alemes, apoiados por Lutero, e depoisdecapitado

    21. Dieta de Spira(1529) para resolver as grandes divergncias existentes entre catlicose reformistas. Pediram os catlicos que no fosse abolida a missa nos lugares ondeainda era celebrada e que fosse proibida a pregao doutrinria dos reformistas, noslugares onde ainda no haviam dominado. Os luteranos protestaram contra estes

    pedidos, donde lhes veio o nome de "protestantes", pelo qual ainda hoje soconhecidos.22. Paz de Augsburgo(1555) foi um tratado assinado entre Carlos V, do Sacro Imprio.

    e as foras da Liga de Smalkaldi, em 1555 na cidade de Augsburgo, na atualAlemanha. O resultado foi o estabelecimento da tolerncia oficial dos Luteranos noSacro Imprio. De acordo com a poltica de cuius regio, eius religio(a cada prncipeuma religio), a religio (catlica ou Luterana) do prncipe da regio seria aquela a queos sbditos desse prncipe se deveriam converter. Foi concedido um perodo detransio no qual os sbditos puderam escolher se no preferiam mudar-se comfamlia e haveres para uma regio governada por um prncipe da religio de suaescolha. Outras denominaes protestantes no conseguiram liberdade de culto.

    23. Ato de Supremacia(1534) oficializao do rompimento entre Henrique VIII e o

    papado deu-se quando o Parlamento ingls aprovou o Ato de Supremacia, que, em1534, colocou a Igreja sob a autoridade real, fazendo do rei o chefe da IgrejaAnglicana.

    24. Autos de F Ocorreram com principalmente na Espanha do sculo XVI ao XVIII e erauma procisso lgubre conduzida pelas autoridades civis e eclesisticas, os penitentestransportando tochas acesas. Na direo estava a Santa Inquisio. Ouvem-se j omurmrio das preces e a ladainha dos cnticos entoados pela imensa multido. Napraa principal, ergue-se o cadafalso para executar os hereges. Os autos-de-f so

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Vhttp://pt.wikipedia.org/wiki/1521http://pt.wikipedia.org/wiki/Martinho_Luterohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Reforma_Protestantehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Vhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Alemanhahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cuius_regio%2C_eius_religiohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Vhttp://pt.wikipedia.org/wiki/1521http://pt.wikipedia.org/wiki/Martinho_Luterohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Reforma_Protestantehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Vhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Alemanhahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cuius_regio%2C_eius_religio
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    estas liturgias faustosas e macabras que evocam mais as teatrais perseguies dostempos de Nero e h gente que vem de longe para assistir ao espetculo. Os tamborese as trombetas anunciam o incio da cerimnia. luz dos crios, o inquisidor-geralprofere um longo sermo. Os hereges so expostos meio nus e vergastados. Sotambm ditadas outras sentenas mais pesadas: priso perptua, confisco dos bensou, para os mais felizes, peregrinao de penitncia a Jerusalm. Seu objetivo polticoe ideolgico era mostrar que a rebeldia contra a Igreja, mas principalmente, contra aautoridade absolutista real era um pecado contra Deus.

    25. Companhia de Jesus ou Jesutas Em 1534, o militar espanhol Incio de Loyola criou aCompanhia de Jesus, com o objetivo principal de combater o protestantismo atravsdo ensino religioso dirigido. Alm de sua intensa atividade na Inquisio e na lutacontra o protestantismo, sobretudo na Itlia e na Espanha, praticavam o ensino emcolgios e universidades, aonde os religiosos consagravam-se pelas pregaes, direode retiros espirituais, pesquisas exegticas e teolgicas, misses, etc. mais a principaltarefa dos religiosos foi evangelizar os indgenas das regies recm-descobertas.Dotados de grande cultura, tornaram-se conselheiros dos grandes reinos catlicos(Portugal, Espanha, ustria e Frana), envolvendo-se nas intrigas poltica e, com isso,

    tornando-se alvo de ataques e processos por corrupo.26. Conclio de Trento(1545) A fim de reafirmar a unidade da Igreja Catlica, o Papa

    Paulo III convocou o Conclio de Trento para organizar a Contra-Reforma. Tal fatovisava: reafirmar que o nico texto autntico para leitura e interpretao da Bblia eraa Vulgata - traduo latina feita por So Jernimo no sculo IV; confirmar os dogmas eprticas rituais catlicos tais como a presena de Cristo na Eucaristia, o culto Virgeme aos Santos e os Sete Sacramentos; manter a proibio do casamento para ospadres, criando seminrios para formao dos mesmos e catequizar a Amrica.

    27. Thomas Hobbes(1588-1619) pensador do Renascimento, queria dizer com a suaexpresso: "O homem o lobo do homem" que a condio natural do homem dominada pelo amor-prprio, pela vaidade, pelo desejo de levar vantagem sobre o

    vizinho e de fazer reconhecer sua superioridade. O homem caa o prprio homem e,por isso, o absolutismo seria ideal para a paz de um pas.28. Jacques Bossuet(1627-1704) utilizou argumentos extrados da Bblia para justificar o

    poder absoluto e de direito divino da realeza, com o lema: "Um rei, uma lei, uma f",argumento baseado na verdade revelada dos evangelhos, como justificativa do poderabsoluto e do "direito divino" dos reis.

    29. Noite de So Bartolomeu(24 de Agosto de 1572) a Noite de So Bartolomeu, naFrana, um dos mais terrveis exemplos do fanatismo religioso e dos interessespolticos: a rainha-me Catarina de Mdicis, temerosa que o partido huguenote(protestante) tomasse o poder, convenceu o rei Carlos IX a assinar a ordem para aexecuo dos huguenotes franceses e 20 mil protestantes foram massacrados porcatlicos em toda a Frana.

    30. dito de Nantes(1598) Na segunda metade do sculo XVI, a Frana foi assolada porguerras religiosas entre catlicos e calvinistas (huguenotes), que se estenderam de1562 a 1598. Essas guerras envolveram as grandes famlias aristocrticas quedominavam o pas. Com o assassinato do rei, em 1589, subiu ao trono seu parentemais prximo, Henrique IV de Navarra, que para ser coroado aceitou renunciar aoprotestantismo e converter-se ao catolicismo. Em 1598, o novo rei assinou o Edito deNantes, concedendo liberdade de culto aos huguenotes e permitindo seu livre acessoaos cargos pblicos, e o direito de conservar algumas praas de guerra para sua

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    defesa, o que deu ao pas uma relativa paz e algumas cidades de segurana, como LaRochelle e Montalban.

    31. Poltica dos Cardeais Em 1610 e subiu ao trono da Frana Lus XIII, que delegoufunes reais ao cardeal de Richelieu, que, para fortalecer o poder real, decidiunovamente combater os protestantes dentro da Frana. A perseguio terminou com atomada da fortaleza de La Rochelle, onde os protestantes haviam se refugiado.Derrotados, eles perderam seus direitos polticos e militares e conservaram apenas aliberdade de culto. Richelieu ops-se nobreza e criou os intendentes, funcionriosque fiscalizavam as provncias. Externamente, procurou aumentar o poderio francs echegou a intervir na Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), combatendo uma alianaentre a Espanha e o Sacro Imprio, governados pelos Habsburgos, para garantir osinteresses da Frana na Europa. Richelieu morreu em 1642 e Lus XIII morreu no anoseguinte. Subiu ao trono Lus XIV, que era menor, sob regncia da rainha-me, Ana daustria, e do cardeal Mazzarino. Este governou at 1661 e continuou com a poltica deRichelieu . Os aumentos de impostos revoltaram a burguesia e a nobreza, que seuniram nas revoltas chamadas frondas, que vencidas, levaram o absolutismo francsao apogeu.

    32. Guerra dos Trinta Anos O que no comeo foi um conflito religioso acabou tornando-seuma luta pelo poder na Europa. A Guerra dos Trinta Anos iniciou-se em 23 de maio de1618, na Bomia (hoje Repblica Tcheca). Nobres protestantes haviam invadido ocastelo da capital e jogado pela janela os representantes do imperador(catlico), porcausa da inteno de demolir duas igrejas luteranas, contrariando a liberdade religiosa.Este episdio ficou conhecido como a Defenestrao de Praga. Alm disso, a recusa daLiga Evanglica em aceitar a eleio do novo imperador catlico radical Ferdinando II,que em represlia, coroou o protestante Frederico V, que era rei da Bomia. OsExrcitos imperiais(catlicos) invadem, de imediato, o territrio bomio e derrotam astropas protestantes. Ferdinando II aproveita a vitria para adotar medidas severas:alm de condenar os revoltosos morte e de confiscar os domnios de Frederico V,

    declara abolidos os privilgios polticos dos protestantes e a liberdade de culto. Todosos demais principados protestantes do Sacro Imprio Romano-Germnico sentem-seagora ameaados. A crise alastra-se e adquire proporo internacional. Estimuladaspela Frana, que pressente o perigo do domnio crescente dos Habsburgos, Dinamarcae Sucia, protestantes, entram na guerra. Mas, vencido duas vezes pelas forasimperiais austracas, o rei dinamarqus Cristiano IV se rende em 1629. A Sucia entrana guerra, mas aps grandes vitrias sofre uma derrota decisiva em 1637, na qualmorreu seu rei, Gustavo Adolfo. A Frana, governada pelos Bourbons, apesar decatlica, intervm diretamente no conflito ao lado dos protestantes. o suficiente paraque a Coroa espanhola faa uma aliana com seus parentes Habsburgos do Imprio edeclare guerra aos franceses. Depois de inmeras vitrias em solo alemo, a coligaochefiada pela Frana vence a guerra contra o Sacro Imprio(1648) e contra a

    Espanha(1659).33. Paz de