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  1 Centro de Matérias Isoladas para Co ncursos e Vestibulares www.jaula.com.br Rua Ferna ndes Vieira, 560, Boa Vista, Fone: 3423.1949 PROCESSO PENAL Prof. AFRÂNIO BARROS APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO Com base no art. 2º do Código de Processo Penal, a “ lei  processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior”.  Desta determinação, podemos aprender duas lições:  Os atos praticados sobre a lei anterior, são válidos;  As normas processuais têm aplicação imediata para o restante do processo. 1.1 Irretroatividade da Lei Processual  Ao contrário do que ocorre com a lei penal, a nova Lei Processual mesmo que seja prejudicial ao réu, terá aplicação imediata ao processo. Não está sujeita, portanto, ao art. 5º XXXIX e XL da CF, que aborda tão só as leis penais e não as processuais penais. Esta regra possuiu uma exceção. Se a nova lei processual trouxer em seu corpo também determinações de Direito Penal, nesta parte deverá ser observada a retroatividade da lei mais benigna. É uma lei processual mista. 1.2 Vigência e Revogação  A regra geral é que a lei penal é feita para viger por tempo indeterminado. Se a lei nada disser, ela entrará em vigor no país, 45 dias após a sua publicação, e após 3 meses no exterior. Tal período se chama vacatio legis. Entretanto, a própria lei pode dispensar a vacation,  entrando em vigor na data de sua publicação.  A sua vigência encerra-se com a sua revogação por outra lei.  A revogação pode ser expressa, quando a própria lei revogada declara expressamente e também pode ser tácita, quando a nova lei disciplina a matéria da lei revogada.  A Revogação pode ser parcial ou total. 1.3. Repristinação Pelo art. 2º da Lei de Introdução ao Código Civil, salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência”.  APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL NO ESPAÇO Com base no art. 1º do Código de Processo Penal, o processo penal é aplicado em todo território brasileiro. Entende-se por território brasileiro:  O solo e subsolo sem solução de continuidade até as fronteiras.  As águas interiores (lagos, rios).  O mar territorial  A plataforma continental;  Espaço aéreo; Equipara-se a território (território por extensão ou ficção):  As embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro, onde quer que se encontrem.   As embarcações e aeronaves brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem em alto mar ou no espaço aéreo correspondente. Desta forma, aplica-se a lei processual penal brasileira em todas as ações penais em curso no território nacional. A LEI PROCESSUAL PENAL EM RELAÇÃO AS PESSOAS  A regra geral é que a Lei Processual Penal aplica -se a todas as pessoas. Entretanto, tal regra comporta exceções: O art. 1º, I e II do CPP excluem da aplicação do Código de Processo Penal os diplomatas (inciso I) , e o Presidente da Republica, os Ministros em crimes conexos com o Presidente e os Ministros do Supremo Tribunal Federal nos crimes de responsabilidade.  A Constituição ainda prevê as imunidades parlamentares. 3.1 Imunidades Diplomáticas Entende-se que os chefes de Estado e seus representantes estão excluídos da jurisdição criminal dos países em que exercem suas funções.  Assim, o diplomata não esta sujeito a legislação penal nem processual penal do país aonde desempenha suas funções. Tal imunidade não alcança os empregados particulares dos agentes diplomáticos, mesmo que estrangeiros. OBS: AS EMBAIXADAS NÃO MAIS SÃO CONSIDERADAS EXTENSÃO DE TERRITÓRIO ESTRANGEIRO. SÃO  APENAS INVIOLAVEIS, COMO GARANTIA PARA OS DIPLOMATAS. 3.2 Imunidades parlamentares processuais Os parlamentares possuem algumas imunidades em relação a prisão, ao processo, as prerrogativas de foro e para servir como testemunhas. Inicialmente, tem-se que ressaltar que o parlamentar só pode ser preso, se for em flagrante e se cometeu crime inafiançável. Os autos da prisão em flagrante serão remetidos ao Congresso, que resolverá sobre a prisão. Os parlamentares podem ser processados criminalmente por denúncia do Procurador Geral da Republica, diretamente no STF, sem prévia autorizaç ão do Congresso. Entretanto, o Congresso será notificado do processo contra um parlamentará, e poderá, pelo voto da maioria de seus membros, sustar o andamento da ação. No tocante a servir de testemunha, os parlamentares não serão obrigados a testemunha a cerca do que souberam no exercício da função. Os parlamentares também gozam de foro por prerrogativa da função, só podendo ser investigados e processados por órgãos superiores de jurisdição.

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    PROCESSO PENAL Prof. AFRNIO BARROS

    APLICAO DA LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO

    Com base no art. 2 do Cdigo de Processo Penal, a lei processual penal aplicar-se- desde logo, sem prejuzo da validade dos atos realizados sob a vigncia da lei anterior.

    Desta determinao, podemos aprender duas lies:

    Os atos praticados sobre a lei anterior, so vlidos;

    As normas processuais tm aplicao imediata para o restante do processo.

    1.1 Irretroatividade da Lei Processual

    Ao contrrio do que ocorre com a lei penal, a nova Lei Processual mesmo que seja prejudicial ao ru, ter aplicao imediata ao processo.

    No est sujeita, portanto, ao art. 5 XXXIX e XL da CF, que aborda to s as leis penais e no as processuais penais.

    Esta regra possuiu uma exceo. Se a nova lei processual trouxer em seu corpo tambm determinaes de Direito Penal, nesta parte dever ser observada a retroatividade da lei mais benigna. uma lei processual mista.

    1.2 Vigncia e Revogao

    A regra geral que a lei penal feita para viger por tempo indeterminado. Se a lei nada disser, ela entrar em vigor no pas, 45 dias aps a sua publicao, e aps 3 meses no exterior. Tal perodo se chama vacatio legis.

    Entretanto, a prpria lei pode dispensar a vacation, entrando em vigor na data de sua publicao.

    A sua vigncia encerra-se com a sua revogao por outra lei. A revogao pode ser expressa, quando a prpria lei revogada declara expressamente e tambm pode ser tcita, quando a nova lei disciplina a matria da lei revogada.

    A Revogao pode ser parcial ou total.

    1.3. Repristinao

    Pelo art. 2 da Lei de Introduo ao Cdigo Civil, salvo disposio em contrrio, a lei revogada no se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigncia.

    APLICAO DA LEI PROCESSUAL PENAL NO ESPAO

    Com base no art. 1 do Cdigo de Processo Penal, o processo penal aplicado em todo territrio brasileiro.

    Entende-se por territrio brasileiro:

    O solo e subsolo sem soluo de continuidade at as fronteiras.

    As guas interiores (lagos, rios).

    O mar territorial

    A plataforma continental;

    Espao areo;

    Equipara-se a territrio (territrio por extenso ou fico):

    As embarcaes e aeronaves brasileiras, de natureza pblica ou a servio do governo brasileiro, onde quer que se encontrem.

    As embarcaes e aeronaves brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem em alto mar ou no espao areo correspondente.

    Desta forma, aplica-se a lei processual penal brasileira em todas as aes penais em curso no territrio nacional.

    A LEI PROCESSUAL PENAL EM RELAO AS PESSOAS

    A regra geral que a Lei Processual Penal aplica-se a todas as pessoas. Entretanto, tal regra comporta excees:

    O art. 1, I e II do CPP excluem da aplicao do Cdigo de Processo Penal os diplomatas (inciso I) , e o Presidente da Republica, os Ministros em crimes conexos com o Presidente e os Ministros do Supremo Tribunal Federal nos crimes de responsabilidade.

    A Constituio ainda prev as imunidades parlamentares.

    3.1 Imunidades Diplomticas

    Entende-se que os chefes de Estado e seus representantes esto excludos da jurisdio criminal dos pases em que exercem suas funes.

    Assim, o diplomata no esta sujeito a legislao penal nem processual penal do pas aonde desempenha suas funes.

    Tal imunidade no alcana os empregados particulares dos agentes diplomticos, mesmo que estrangeiros.

    OBS: AS EMBAIXADAS NO MAIS SO CONSIDERADAS EXTENSO DE TERRITRIO ESTRANGEIRO. SO APENAS INVIOLAVEIS, COMO GARANTIA PARA OS DIPLOMATAS.

    3.2 Imunidades parlamentares processuais

    Os parlamentares possuem algumas imunidades em relao a priso, ao processo, as prerrogativas de foro e para servir como testemunhas.

    Inicialmente, tem-se que ressaltar que o parlamentar s pode ser preso, se for em flagrante e se cometeu crime inafianvel.

    Os autos da priso em flagrante sero remetidos ao Congresso, que resolver sobre a priso.

    Os parlamentares podem ser processados criminalmente por denncia do Procurador Geral da Republica, diretamente no STF, sem prvia autorizao do Congresso. Entretanto, o Congresso ser notificado do processo contra um parlamentar, e poder, pelo voto da maioria de seus membros, sustar o andamento da ao.

    No tocante a servir de testemunha, os parlamentares no sero obrigados a testemunha a cerca do que souberam no exerccio da funo.

    Os parlamentares tambm gozam de foro por prerrogativa da funo, s podendo ser investigados e processados por rgos superiores de jurisdio.

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    PROCESSO PENAL Prof. AFRNIO BARROS

    Assim, sero julgados pelo STF:

    O presidente da republica, em crimes comuns;

    O vice-presidente da republica por crimes comuns;

    Os membros do Congresso Nacional, por crimes comuns;

    Seus prprios Ministros, por crimes comuns;

    Procurador-Geral da Repblica, por crimes comuns;

    Os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exrcito e da Aeronutica, nos crimes de responsabilidade e comuns

    Os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da Unio nos crimes de responsabilidade e comuns.

    Sero Julgados pelo Senado Federal:

    O presidente da republica, em crimes de responsabilidade;

    O vice-presidente da republica por crimes de responsabilidade;

    Os membros do Congresso Nacional, por crimes de responsabilidade;

    Seus prprios Ministros, por crimes de responsabilidade;

    Procurador-Geral da Repblica, por crimes de responsabilidade;

    INQURITO POLICIAL (Arts. 4 ao 23 do CPP)

    1. Persecuo Penal

    a atividade desenvolvida pelo Estado quando algum

    comete um crime. Para que o Estado puna o infrator,

    necessrio o recolhimento de elementos probatrios que

    atestem a existncia do crime e indiquem sua autoria. O meio

    mais comum (mas no exclusivo) de se fazer este

    recolhimento probatrio o inqurito policial, que servir de

    base para uma futura Ao Penal;

    2. Polcia Judiciria

    Com base no art. 4 do CPP, cabe a Polcia Judiciria, que

    so as autoridades policiais, nos limites de suas

    circunscries, a responsabilidade pela apurao das

    infraes penais e de sua autoria.

    A Polcia Judiciria se difere da Polcia Administrativa, porque

    esta tem funo preventiva, ao passo que aquela tem funo

    repressiva.

    No Brasil, nos temos nos Estados, a Polcia Civil, que nossa

    Polcia Judiciria, e a Policia Militar, que nossa Polcia

    Administrativa. A Policia Federal um misto de Policia

    Judiciria e Administrativa, pois tanto tem funo preventiva,

    como repressiva.

    De acordo com o pargrafo nico do art. 4, pargrafo nico, a

    competncia para apurar as infraes, no excluir a de

    outras autoridades administrativas, previstas na Lei.

    Desta forma, outros rgos pblicos podem apurar infraes,

    tais como o Ministrio Pblico, o Juiz (em inquritos judiciais),

    e os parlamentares (em CPI Comisses Parlamentares de

    INQURITO).

    A autoridade policial que preside os inquritos so os

    Delegados de carreira, que so auxiliados pelos escrives, e

    agentes de polcia.

    O controle externo da Policia exercido pelo Ministrio

    Pblico.

    3. Inqurito Policial Conceito Natureza Finalidade.

    o procedimento policial destinado a reunir os elementos

    necessrios para apurar a existncia de um crime e

    indicar sua autoria; o primeiro momento da Persecuo

    Penal.

    o momento apropriado para o recolhimento de provas que

    poderia desaparecer quando da instaurao da Ao Penal.

    No indispensvel para a instaurao da Ao Penal. O art.

    27 do CPP diz que qualquer do povo pode provocar a

    iniciativa do Ministrio Pblico, fornecendo-lhe por escrito as

    informaes a respeito do crime. De posse destas

    informaes, o Ministrio Pblico avaliar a necessidade ou

    no da instaurao do inqurito policial; Isto quer dizer que o

    Ministrio Pblico, e somente o Ministrio Pblico, pode

    dispensar o Inqurito em Aes Penais Publicas (art. 39, 5

    CPP), e a vitima, nas Aes Penais Privadas. NO CABE AO

    DELEGADO DECIDIR SOBRE A INDISPENSABILIDADE DO

    INQURITO. O delegado SEMPRE tem que instaurar o

    inqurito quando comunicado da pratica do crime e

    preenchido os requisitos legais.

    Tem carter nitidamente inquisitrio, uma vez que poder

    no se considerado pea da instruo criminal, no est

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    sujeito aos princpios constitucionais da ampla defesa e

    do contraditrio;

    A autoridade Policial no est sujeita a suspeio. Ou seja,

    mesmo que o Delegado seja parente da vtima, ou tenha

    interesse no processo, ou laos de amizade ou inimizade com

    o acusado, no estar impedido de atuar no Inqurito.

    procedimento obrigatoriamente escrito;

    sigiloso qualidade indispensvel para a apurao de

    certos tipos de crime; (art. 20 CPP)

    Nos atestados de antecedentes que lhes forem solicitados, a

    autoridade policial no poder mencionar quaisquer anotaes

    referentes a instaurao de inqurito contra os requerentes,

    salvo no caso de existir condenao anterior. (art. 20,

    pargrafo nico)

    O fato de ser inquisitrio e sigiloso no probe que o advogado

    do indiciado tenha acesso aos autos do inqurito;

    Sua instaurao, pela Autoridade Policial, obrigatria para

    apurao de crimes de Ao Penal Pblica;

    indisponvel, pois uma vez instaurado, no pode ser

    arquivado em nenhuma circunstncia pela Autoridade

    Policial; (art. 17 CPP)

    3. Competncia

    A competncia para presidir os inquritos policiais sempre

    do delegado;

    Quando em uma comarca houver mais de uma delegacia com

    diferentes circunscries, as investigaes de uma se daro

    nas circunscries da outra sem a necessidade de

    precatrias;

    Note-se que quando falamos de Autoridade Policial, a rea de

    atuao se chama Circunscrio e no Jurisdio.

    4. Vcios

    Por ser procedimento informativo e no de jurisdio, os vcios

    nele acaso existentes no afetam a ao penal a que derem

    origem.

    Ex.: Conforme verificaremos, ao acusado menor de 21 anos e

    maior de 18, a Autoridade Policial tem que necessariamente

    nomear um curador. Se no o faz, o inqurito no ser nulo,

    nem a Ao Penal, pois vcios formais no causam a nulidade

    do procedimento.

    5. Incio do Inqurito Policial e Notitia Criminis (Notcia do

    Crime)

    Notcia Crime o conhecimento espontneo ou provado pela

    autoridade policial de um fato aparentemente criminoso;

    Pode ser oferecido por requerimento do ofendido ou por

    qualquer pessoa do povo;

    Pode se dar por noticia annima ( chamada de notitia

    criminis inqualificada);

    Todas as pessoas que tenham conhecimento no exerccio da

    funo publica de crime de Ao Penal Pblica tem o dever de

    comunicar o fato autoridade competente para a instaurao

    do inqurito;

    Pode ser dirigida a autoridade policial, ao MP ou ao Juiz.

    Qualquer pessoa do povo poder provocar a iniciativa do

    Ministrio Pblico, nos casos em que caiba a ao pblica,

    fornecendo-lhe, por escrito, informaes sobre o fato e a

    autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos de

    convico. (art. 27 CPP)

    Ento aprendam, o termo certo no prestar uma denncia

    na delegacia, ou uma queixa, prestar uma noticia crimes.

    Denncia e Queixa so outras coisas que sero vistas em

    momento posterior.

    6. Instaurao de inqurito em Ao Penal Pblica

    Incondicionada

    O Inqurito em Ao Penal Pblica Incondicionada pode

    ser inciado:

    Pode ser instaurado de oficio (art. 5, I, CPP);

    Por requisio ou ordem da autoridade judiciria ou do

    Ministrio Pblico (art. 5, II, primeira parte, CPP);

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    Quando houver requisio ou ordem da autoridade judiciria

    ou do Ministrio Pblico, a autoridade policial no poder se

    negar. A requisio tem natureza de ordem.

    Por requerimento da vtima (art. 5, II, segunda parte, CPP),

    que dever contar com: a) narrao do fato com todas as suas

    circunstncias; b) individualizao do indiciado ou seus sinais

    caractersticos e as razes de sua convico ou presuno de

    ser ele autor da infrao; c) nomeao das testemunhas, com

    indicao da profisso e do endereo das mesmas; (art. 5,

    1 CPP).

    Por comunicao de qualquer pessoa do povo;

    O inqurito ainda pode ser instaurado pela priso em

    flagrante.

    Do indeferimento do requerimento de instaurao de inqurito,

    cabe recurso ao chefe de policia. (art. 5, 2 CPP).

    Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da

    existncia de infrao penal em que caiba ao pblica

    poder, verbalmente ou por escrito, comunic-la autoridade

    policial, e esta, verificada a procedncia das informaes,

    mandar instaurar inqurito. (art. 5, 3 CPP)

    Instaurao em Ao Penal Pblica Condicionada

    Sua instaurao depende de representao da vtima ou de

    requisio do Ministrio da Justia;

    O inqurito, nos crimes em que a ao pblica depender de

    representao, no poder sem ela ser iniciado. (art. 5, 4 -

    CPP)

    A representao nada mais do que a manifestao do

    ofendido expressando seu desejo de que seja proposta Ao

    Penal Pblica; Representao = Autorizao.

    Deve ser oferecida pelo prprio ofendido ou por seu

    representante e deve ser dirigida autoridade policial, ao

    Ministrio Pblico ou ao Juiz;

    Deve ser escrito ou oral, neste ltimo caso deve ser reduzida

    a termo pela autoridade;

    Instaurao de Inqurito no caso de Ao Penal Privada

    Pelo 5 do art. 5 do CPP, o inqurito policial em Ao Penal

    Privada s pode ser instaurado mediante requerimento de

    quem tenha a qualidade para intentar tal ao;

    Encerrado o inqurito policial, os autos podem ser entregues

    ao ofendido, mediante translado ou remetidos ao juzo

    competente, onde aguardaram iniciativa do requerente. (art.

    19, CPP).

    Note que quando se tratar de inqurito em ao penal privada,

    sempre ter requerimento, nunca representao por parte da

    vitima. A representao s existir nos inquritos destinados a

    apurar crimes de AO PENAL PBLICA CONDICIONADA A

    REPRESENTAO.

    Portaria e Auto de Priso em Flagrante

    Recebida a noticia crime de oficio, ou mediante requisio do

    Ministrio Pblico, o Delegado baixar portaria e iniciar o

    inqurito. Se houve priso em flagrante, esta iniciar o

    inqurito policial sem a necessidade da portaria.

    7. Procedimentos iniciais (art. 6 CPP)

    Deve seguir aos procedimentos dispostos no art. 6 do CPP,

    embora no seja necessariamente obrigado a seguir todos os

    trmites:

    I - dirigir-se ao local, providenciando para que no se

    alterem o estado e conservao das coisas, at a

    chegada dos peritos criminais;

    II - apreender os objetos que tiverem relao com o

    fato, aps liberados pelos peritos criminais;

    III - colher todas as provas que servirem para o

    esclarecimento do fato e suas circunstncias;

    IV - ouvir o ofendido;

    V - ouvir o indiciado, com observncia, no que for

    aplicvel, do disposto no Captulo III do Ttulo Vll,

    deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado

    por 2 (duas) testemunhas que Ihe tenham ouvido a

    leitura;

    VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas

    e a acareaes;

    VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame

    de corpo de delito e a quaisquer outras percias;

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    VIII - ordenar a identificao do indiciado pelo

    processo datiloscpico, se possvel, e fazer juntar

    aos autos sua folha de antecedentes;

    IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o

    ponto de vista individual, familiar e social, sua

    condio econmica, sua atitude e estado de nimo

    antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer

    outros elementos que contriburem para a apreciao

    do seu temperamento e carter.

    8. Instruo

    O exame de corpo de delito indispensvel todas as vezes

    que o crime deixar vestgios.

    A autoridade Policial ainda tem o poder discricionrio para

    deferir ou indeferir pedido do ofendido ou do indiciado;

    J se o pedido de diligencia for feito pelo MP ou autoridade

    judiciria, a Autoridade Policial obrigada a realiz-la, mesmo

    que ache desnecessria.

    A autoridade poder proceder com a reproduo simulada dos

    fatos para entender como o crime foi cometido. (art. 7 CPP).

    O acusado no obrigado a participar da reproduo

    simulada;

    Todas as peas do inqurito devem ser rubricadas pela

    autoridade policial. (art. 9 CPP)

    A identificao criminal s se dar para aqueles que no

    forem identificados civilmente, salvo as excees legais;

    Entre as excees legais que permitem a identificao criminal

    de pessoas identificadas civilmente encontram-se: crimes

    contra a vida, crimes contra a f pblica (falsidade ideolgica,

    falsidade documental, falsa identidade) e crimes de

    organizao, bando ou quadrilha).

    Se o indiciado estiver entre 18 e 21 anos, a autoridade deve

    nomear-lhe curador. (art. 15, CPP).

    O art. 15 do CPP encontra-se, para parte significativa da

    doutrina, revogado pelo novo Cdigo Civil.

    9. Incomunicabilidade

    Uma vez que a priso deva ser imediatamente comunicada ao

    juiz e o preso tem direito constitucionalmente garantido a

    assistncia da famlia e do advogado, encontra-se revogado o

    art. 21 do CPP que permite a incomunicabilidade do preso por

    no mximo 3 dias.

    10. Deveres da Autoridade Policial

    Deve fornecer as autoridades judicirias as informaes

    necessrias a instruo e julgamento dos processos. (art. 13, I

    do CPP).

    Realizar as diligncias requisitadas pelo juiz ou pelo Ministrio

    Pblico. (art. 13, II CPP).

    Cumprir os mandados de priso. (art. 13, III CPP)

    Representar acerca da priso preventiva. (art. 13, IV CPP).

    11. Indiciamento

    a imputao a algum, no inqurito policial, da prtica do

    ilcito penal.

    S devem ser indiciados as pessoas que tenham indcios

    contra si nos autos do inqurito.

    O indiciado pode ser conduzido coercitivamente para ser

    interrogado.

    12. Encerramento

    Aps as investigaes, a autoridade deve fazer um minucioso

    relatrio do que tiver sido apurado no inqurito. (art. 10, 1,

    1 parte do CPP).

    Neste relatrio, a autoridade policial deve indicar as

    testemunhas que no foram ouvidas e indicar o local onde

    possa ser encontradas;

    No cabe a autoridade judiciria emitir qualquer juzo de valor,

    opinies ou julgamentos, mas apenas relatar as informaes

    colhidas durante as investigaes;

    Deve indicar no relatrio a tipificao do crime.

    Aps o relatrio, deve remeter o inqurito ao juzo

    competente. (art. 10, 1, 2 parte do CPP)

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    Crimes de competncia da Justia Comum - O inqurito

    dever terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido

    preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado

    o prazo, nesta hiptese, a partir do dia em que se executar a

    ordem de priso, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto,

    mediante fiana ou sem ela. (art. 10 CPP)

    crimes de competncia da Justia Federal 15 dias

    (prorrogveis por + 15); o trfico internacional de

    entorpecentes, embora de competncia da Justia Federal, o

    prazo de 30 dias se solto e 90 dias se preso, uma vez que a

    Lei de Txicos lei especial e posterior.

    Quando o fato for de difcil elucidao, e o indiciado estiver

    solto, a autoridade poder requerer ao juiz a devoluo dos

    autos para ulteriores diligncias. (art. 10, 3 CPP).

    Nos crimes em que no couber ao pblica, os autos do

    inqurito sero remetidos ao juzo competente, onde

    aguardaro a iniciativa do ofendido ou de seu representante

    legal, ou sero entregues ao requerente, se o pedir, mediante

    traslado. (art. 19 CPP)

    Quando encerrado o inqurito e enviado a Autoridade

    Judiciria, esta remeter os autos ao Ministrio Pblico, que

    adotar no prazo de 5 (cinco) dias se o ru estiver preso e 15

    (quinze) dias se o ru estiver solto, uma destas trs atitudes:

    1. Oferecer denncia

    2. Pedir o arquivamento do inqurito (o

    que resultar na imediata libertao do

    investigado, se ele estiver preso)

    3. Requisitar novas diligencias (apenas se

    o ru estiver solto), apenas quando

    imprescindveis para oferecimento da

    denncia, o que no poder ser negado

    pelo juiz, que determinar o retorno dos

    autos a autoridade policial. (art. 16 CPP)

    13. Arquivamento

    Ainda que provada a inexistncia do crime ou a autoridade

    policial esta convencida da inocncia do indiciado, no poder

    arquivar os autos. Tal atribuio exclusiva do juiz.

    Depois de ordenado o arquivamento do inqurito pela

    autoridade judiciria, por falta de base para a denncia, a

    autoridade policial poder proceder a novas pesquisas, se de

    outras provas tiver notcia. (Art. 18)

    Se o Ministrio Pblico requerer seu arquivamento e o Juiz

    discordar, remeter os autos do inqurito para o Chefe do

    Ministrio Publico que poder decidir por oferecer a denuncia,

    ou designar outro rgo do MP para oferec-la, ou reiterar o

    pedido de arquivamento que dever ser acolhido pelo juiz.

    (art. 28).

    EXERCCIOS

    1 - Q260628 ( Prova: CESPE - 2012 - TJ-AL - Auxiliar Judicirio / Direito Processual Penal / Inqurito Policial; ) No que se refere s disposies preliminares do Cdigo de Processo Penal (CPP) e ao inqurito policial, assinale a opo correta. a) O delegado de polcia s poder determinar o arquivamento

    de inqurito policial se ficar provado que o investigado agiu em legtima defesa. b) Em respeito ao princpio constitucional da legalidade, no

    so admitidas, no que concerne lei processual penal, interpretao extensiva ou aplicao analgica. c) Nova lei processual penal tem aplicao imediata, devendo

    ser desconsiderados, quando de sua edio, os atos realizados sob a vigncia da lei anterior. d) O CPP aplica-se em todo o territrio brasileiro, inclusive aos

    processos da competncia da justia militar. e) O MP poder requerer a devoluo do inqurito

    autoridade policial para que se realizem novas diligncias imprescindveis ao oferecimento da denncia. 2 - Q236377 ( Prova: FCC - 2012 - MPE-PE - Tcnico Ministerial - rea Administrativa / Direito Processual Penal / Inqurito Policial; ) A respeito do inqurito policial, considere: I. A Guarda Municipal pode instaurar e produzir inquritos policiais. II. O Prefeito Municipal no pode requisitar a instaurao de inqurito policial para apurar fato supostamente delituoso ocorrido no mbito do municpio. III. O indiciado obrigado a responder, no interrogatrio, as perguntas da autoridade policial e somente em juzo pode valer-se do direito de permanecer calado. Est correto o que consta SOMENTE em a) II e III. b) I e II. c) I e III. d) II. e) I.

    3 - Q232130 ( Prova: FCC - 2012 - TJ-RJ - Comissrio da Infncia e da Juventude / Direito Processual Penal / Inqurito Policial; ) Em relao ao inqurito policial, correto afirmar que

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    a) a autoridade policial poder mandar arquivar autos de

    inqurito. b) o ofendido poder requerer qualquer diligncia, que ser

    realizada, ou no, a juzo da autoridade. c) poder ser iniciado, por requerimento do Ministrio Pblico,

    nos crimes de ao penal privada. d) dever ser encerrado em cinco dias, estando o indiciado

    preso. e) no pode ser iniciado de ofcio, mesmo nos crimes de ao

    penal pblica incondicionada. 4 - Q232852 ( Prova: FCC - 2012 - TRF - 2 REGIO - Tcnico Judicirio - rea Administrativa / Direito Processual Penal / Inqurito Policial; ) O inqurito policial a) ser presidido pelo escrivo, sob a orientao do Delegado

    de Polcia. b) s poder ser iniciado atravs de requisio do Ministrio

    Pblico ou do juiz. c) ser acompanhado, quando concludo e remetido ao frum,

    dos instrumentos do crime, bem como dos objetos que interessarem prova. d) poder ser arquivado pela autoridade policial ou pelo

    Ministrio Pblico quando o fato no constituir crime. e) indispensvel para o oferecimento da denncia, no

    podendo o Ministrio Pblico dispens-lo. 5 - Q204125 ( Prova: TJ-SC - 2011 - TJ-SC - Tcnico

    Judicirio Auxiliar - Secretaria / Direito Processual Penal / Inqurito Policial; Das Citaes e Intimaes; ) Assinale a alternativa correta de acordo com o Cdigo Processual Penal: a) O arquivamento do inqurito policial de competncia

    exclusiva da autoridade policial. b) Estando o ru preso, o Ministrio Pblico tem prazo de 10

    (dez) dias para oferecer a denncia, a contar da data que for notificado da priso. c) Se o ru estiver fora do territrio da jurisdio do juiz

    processante, sua citao deve ser feita por carta rogatria. d) ordinrio o procedimento quando o processo tem por

    objeto crime a que for cominada sano mxima igual ou superior a 04 (quatro) anos de pena privativa de liberdade. e) A intimao do defensor nomeado deve ser realizada por

    meio de publicao no rgo oficial da Comarca. 6 - Q118591 ( Prova: TJ-SC - 2010 - TJ-SC - Tcnico Judicirio - Auxiliar / Direito Processual Penal / Inqurito Policial; ) No que se refere ao incio do inqurito policial, correto

    afirmar: a) Somente pode se dar de ofcio. b) O Ministrio Pblico somente pode requer-lo com

    autorizao judicial. c) Nos crimes de ao privada, pode se dar por iniciativa do

    Ministrio Pblico. d) A autoridade judiciria no pode requisit-la. e) Pode se dar mediante requerimento do ofendido.

    7 - Q118592 ( Prova: TJ-SC - 2010 - TJ-SC - Tcnico Judicirio - Auxiliar / Direito Processual Penal / Inqurito Policial; )

    De acordo com o Cdigo de Processo Penal, se o indiciado se encontrar preso preventiva- mente, o inqurito policial dever ser terminado em: a) Dez dias contados a partir do dia que se executar a ordem

    de priso. b) Dez dias contados a partir do fato criminoso. c) Trinta dias contados a partir do dia que se executar a ordem

    de priso.

    d) Trinta dias contados a partir do fato criminoso. e) No prazo fixado pelo juiz que expediu a ordem de priso

    preventiva. 8 - Q121654 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 1 REGIO (RJ) - Tcnico Judicirio - Segurana / Direito Processual Penal / Inqurito Policial; ) A notitia criminis a) a divulgao pela imprensa da ocorrncia de um fato

    criminoso. b) pode chegar ao conhecimento da autoridade policial

    atravs da priso em flagrante. c) torna obrigatria a instaurao de inqurito policial para

    apurao do fato delituoso. d) implica sempre no indiciamento de quem foi indicado como

    provvel autor da infrao penal. e) a comunicao formal ou annima da prtica de um crime

    levada imprensa falada, televisada ou escrita. 9 - Q121657 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 1 REGIO (RJ) -

    Tcnico Judicirio - Segurana / Direito Processual Penal / Inqurito Policial; ) A respeito do inqurito policial, considere: I. No processo, mas procedimento informativo destinado a reunir os elementos necessrios apurao da prtica de uma infrao penal e da respectiva autoria. II. A autoridade policial no tem atribuies discricionrias, dependendo a execuo de cada ato de prvia autorizao do Poder Judicirio. III. Em decorrncia do princpio da transparncia dos atos administrativos, a autoridade policial no poder determinar que tramite em sigilo, ainda que necessrio elucidao do fato. IV. A autoridade policial no tem atribuies discricionrias, dependendo a execuo de cada ato de prvia autorizao do Ministrio Pblico. Est correto o que se afirma APENAS em a) I. b) I, II e III. c) III e IV. d) I e II. e) IV.

    10 - Q103570 ( Prova: CESPE - 2011 - TJ-ES - Comissrio da

    Infncia e da Juventude - Especficos / Direito Processual Penal / Inqurito Policial; Prazos; ) Julgue os itens subsequentes, relativos ao processo penal.

    Via de regra, em crimes de atribuio da polcia civil estadual, caso o indiciado esteja preso, o prazo para a concluso do inqurito ser de quinze dias, podendo ser prorrogado; e caso o agente esteja solto, o prazo para a concluso do inqurito ser de trinta dias, podendo, tambm, ser prorrogado. ( ) Certo ( ) Errado 11 - Q87125 ( Prova: FCC - 2011 - TRF - 1 REGIO -

    Tcnico Judicirio - rea Administrativa / Direito Processual Penal / Inqurito Policial; Da Ao Penal; ) Arquivado o inqurito policial por despacho do juiz, a requerimento do Ministrio Pblico, a ao penal a) s poder ser instaurada com base em novas provas. b) s poder ser instaurada se o pedido de arquivamento do

    Ministrio Pblico tiver se baseado em prova falsa.

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    c) no poder mais ser instaurada por ter se exaurido a

    atividade de acusao. d) no poder mais ser instaurada, pois implicaria reviso

    prejudicial ao acusado. e) s poder ser instaurada se houver requisio do

    Procurador-Geral de Justia. 12 - Q84823 ( Prova: CESPE - 2011 - PC-ES - Escrivo de Polcia - Especficos / Direito Processual Penal / Inqurito Policial; ) Com relao ao inqurito policial (IP), julgue o item que se segue. O indiciamento do investigado ato essencial e indispensvel na concluso do IP. ( ) Certo ( ) Errado 13 - Q84822 ( Prova: CESPE - 2011 - PC-ES - Escrivo de Polcia - Especficos / Direito Processual Penal / Inqurito Policial; ) O desenvolvimento da investigao no IP dever seguir, necessariamente, todas as diligncias previstas de forma taxativa no Cdigo de Processo Penal, sob pena de ofender o princpio do devido processo legal. ( ) Certo ( ) Errado 14 - Q84821 ( Prova: CESPE - 2011 - PC-ES - Escrivo de Polcia - Especficos / Direito Processual Penal / Inqurito Policial; )

    So formas de instaurao de IP: de ofcio, pela autoridade policial; mediante representao do ofendido ou representante legal; por meio de requisio do Ministrio Pblico ou do ministro da Justia; por intermdio do auto de priso em flagrante e em virtude de delatio criminis annima, aps apurao preliminar. ( ) Certo ( ) Errado 15 - Q84820 ( Prova: CESPE - 2011 - PC-ES - Escrivo de Polcia - Especficos / Direito Processual Penal / Inqurito Policial; ) Arquivado o IP, por falta de elementos que evidenciem a justa causa, admite-se que a autoridade policial realize novas diligncias, se de outras provas tiver notcia. ( ) Certo ( ) Errado 16 - Q82206 ( Prova: CESPE - 2009 - SEJUS-ES - Agente Penitencirio / Direito Processual Penal / Inqurito Policial; ) Em relao ao inqurito policial e priso em flagrante, julgue os itens subsequentes. Por inviabilizar a responsabilizao criminal, no se admite a notitia criminis annima. ( ) Certo ( ) Errado 17 - Q82205 ( Prova: CESPE - 2009 - SEJUS-ES - Agente

    Penitencirio / Direito Processual Penal / Inqurito Policial; ) O inqurito policial um instrumento indispensvel averiguao do fato e da autoria criminosa. ( ) Certo ( ) Errado 18 - Q82204 ( Prova: CESPE - 2009 - SEJUS-ES - Agente Penitencirio / Direito Processual Penal / Inqurito Policial; ) O inqurito policial um procedimento sigiloso, e, nessa etapa, no so observados o contraditrio e a ampla defesa. ( ) Certo ( ) Errado 19 - Q81515 ( Prova: UPENET - 2010 - SERES-PE - Agente

    Penitencirio / Direito Processual Penal / Inqurito Policial; ) Com relao ao inqurito policial, assinale a alternativa CORRETA.

    a) O inqurito policial indispensvel na persecuo criminal

    dos crimes de homicdio praticados por grupos de extermnio. b) A autoridade policial no pode mandar arquivar autos de

    inqurito policial, salvo quando a infrao for de menor potencial ofensivo. c) Na hiptese de o Delegado de Polcia ser parente em at

    segundo grau da vtima ou do indiciado, fica ele impedido de presidir o inqurito policial, devendo tal circunstncia ser arguida pelas partes ou "ex officio", sob pena de nulidade do procedimento. d) A partir da decretao da priso preventiva nos autos de

    inqurito policial, o prazo para concluso das investigaes de 05 (cinco) dias ou 30 (trinta) dias, se a investigao disser respeito a crime hediondo. e) Nos crimes de trfico de entorpecentes, o prazo para

    concluso do Inqurito Policial ser de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto. 21 - Q81389 ( Prova: NUCEPE - 2010 - SEJUS-PI - Agente Penitencirio / Direito Processual Penal / Inqurito Policial; ) Sobre inqurito policial, assinale a alternativa INCORRETA. a) Para os delitos previstos na lei de entorpecentes (Lei

    n11.343/06), o prazo para a concluso do inqurito ser de 30 dias se o indiciado estiver preso e de 90 dias se estiver solto. b) O Ministrio Pblico poder oferecer denncia sem prvio

    inqurito policial ou peas de Informao. c) H normas que disciplinam o tempo de determinados atos

    que integram o inqurito policial, como aqueles que limitam direitos fundamentais. d) O inqurito policial unidirecional, no cabendo

    autoridade policial emitir juzo de valor acerca do fato delituoso. e) "Funo endoprocedimental do inqurito policial", diz

    respeito sua eficcia interna na fase processual, servindo para fundamentar as decises interlocutrias tomadas no seu curso. 22 - Q73136 ( Prova: FUNDEP - 2010 - TJ-MG - Tcnico Judicirio / Direito Processual Penal / Inqurito Policial; ) INCORRETO afirmar que o inqurito policial instaurado pela

    autoridade policial decorre a) de notcia do suposto crime ocorrido. b) de queixa do representante legal da vtima. c) de requerimento do ofendido. d) de requisio do juiz.

    23 - Q51512 ( Prova: FCC - 2010 - MPE-RN - Agente Administrativo / Direito Processual Penal / Inqurito Policial; ) As questes de nmeros 41 a 50 referem-se a Noes de Direito Processual. O inqurito policial a) dever ser concludo no prazo de sessenta dias, se o

    indiciado estiver solto. b) somente poder ser instaurado por requerimento do

    ofendido ou por requisio da Autoridade Judicial ou do Ministrio Pblico. c) acompanhar a denncia ou a queixa, sempre que servir de

    base a uma ou outra. d) poder ser arquivado por determinao da Autoridade

    Policial. e) dever ser concludo no prazo de quinze dias, se o

    indiciado tiver sido preso em flagrante. 24 - Q50185 ( Prova: FCC - 2009 - TJ-SE - Tcnico Judicirio - rea Administrativa / Direito Processual Penal / Inqurito Policial; ) So caractersticas do Inqurito Policial: a) dispensabilidade e legalidade. b) autoridade e oportunidade.

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    c) publicidade e informalidade. d) oficialidade e indisponibilidade. e) coercitividade e autoritariedade.

    25 - Q45928 ( Prova: FCC - 2009 - MPE-AP - Tcnico Administrativo / Direito Processual Penal / Inqurito Policial; ) O inqurito policial no caso de ao penal pblica incondicionada a) depende de requerimento da vtima. b) pode ser instaurado de ofcio. c) depende de requisio do Ministrio Pblico. d) no pode ser instaurado pela priso em flagrante delito. e) depende de requisio do juiz.

    26 - Q43565 ( Prova: FCC - 2009 - MPE-SE - Tcnico do Ministrio Pblico rea Administrativa / Direito Processual Penal / Inqurito Policial; ) Instaurado inqurito policial por crime de ao pblica, este poder ser arquivado pelo a) Escrivo de Polcia, mediante ordem da autoridade policial. b) Juiz, aps a manifestao do Ministrio Pblico. c) Delegado de Polcia, mediante parecer do Ministrio

    Pblico. d) Ministrio Pblico, quando o fato no for criminoso. e) Delegado de Polcia, mediante requerimento escrito da

    vtima. 27 - Q39666 ( Prova: FCC - 2010 - TRF - 4 REGIO -

    Tcnico Judicirio - rea Administrativa / Direito Processual Penal / Inqurito Policial; ) Se o acusado estiver preso preventivamente o inqurito policial dever terminar dentro do prazo de a) 30 dias, contado o prazo a partir da data da instaurao do

    inqurito pela Autoridade Policial. b) 10 dias, contado o prazo a partir do dia em que se executar

    a ordem de priso. c) 10 dias, contado o prazo a partir da data da instaurao do

    inqurito policial pela Autoridade Policial. d) 30 dias, contado o prazo a partir do dia em que se executar

    a ordem de priso. e) 15 dias, contado o prazo a partir do dia em que se executar

    a ordem de priso. 28 - Q29838 ( Prova: FUNRIO - 2009 - PRF - Policial

    Rodovirio Federal / Direito Processual Penal / Inqurito Policial; ) Se a autoridade policial, ao encerrar as investigaes, constatar que no ficou evidenciada a prtica de infrao penal, ela dever a) relatar o inqurito policial e remeter os autos ao Ministrio

    Pblico. b) arquivar o inqurito policial, por despacho motivado. c) revogar a priso preventiva do investigado e expedir alvar

    de soltura. d) elaborar parecer pelo arquivamento, submetendo-o ao

    Secretrio de Segurana Pblica. e) prosseguir nas investigaes, que s podero ser

    encerradas quando ocorrer a prescrio da pretenso punitiva. 29 - Q29693 ( Prova: CESPE - 2008 - PRF - Policial Rodovirio Federal / Direito Processual Penal / Inqurito Policial; ) Julgue os itens subseqentes, acerca do IP. I Haver nulidade no IP se a autoridade policial obrigar o indiciado a participar da reconstituio do crime, em face do princpio nemo tenetur se detegere. II Pelo fato de o IP ser um procedimento administrativo de

    natureza inquisitorial, a autoridade policial tem discricionariedade para determinar todas as diligncias que julgar necessrias ao esclarecimento dos fatos, pois a persecuo concentra-se, durante o inqurito, na figura do delegado de polcia. III Em todas as espcies de ao penal, o IP deve ser instaurado de ofcio pela autoridade policial, isto , independentemente de provocao, pois tem a caracterstica da oficiosidade. IV A requisio do MP para instaurao do IP tem a natureza de ordem, razo pela qual no pode ser descumprida pela autoridade policial, ainda que, no entender desta, seja descabida a investigao. V A autoridade policial poder promover o arquivamento do IP, desde que comprovado cabalmente que o indiciado agiu acobertado por uma causa excludente da ilicitude ou da culpabilidade. Esto certos apenas os itens a) I e II. b) I e III. c) II e IV. d) III e V. e) IV e V.

    30 - Q28037 ( Prova: FCC - 2009 - TJ-AP - Tcnico Judicirio - rea Judiciria / Direito Processual Penal / Inqurito Policial; ) Sobre o inqurito policial, INCORRETO afirmar que a) estando o indiciado solto, o prazo para seu encerramento

    de 30 (trinta) dias, podendo ser solicitada dilao de prazo. b) presidido por autoridade policial ou por membro do

    Ministrio Pblico. c) se trata de procedimento escrito, inquisitivo e sigiloso. d) aps instaurado, no pode ser arquivado pela autoridade

    policial. e) no regido pelos princpios do contraditrio e da ampla

    defesa. 31 - Q25045 ( Prova: FCC - 2009 - TJ-PI - Tcnico Judicirio - rea Administrativa / Direito Processual Penal / Inqurito Policial; )

    A respeito do inqurito policial, correto afirmar: a) O inqurito policial, uma vez instaurado, no poder ser

    arquivado pela autoridade policial. b) O inqurito policial constitui-se na nica forma de

    investigao criminal. c) O inqurito policial pode ser presidido pelo Ministrio

    Pblico. d) O princpio do contraditrio deve ser observado no inqurito

    policial. e) O sigilo do inqurito policial, necessrio elucidao do

    fato, se estende ao Ministrio Pblico. 32 - Q1183 ( Prova: FCC - 2007 - TRF-4R - Tcnico Judicirio

    - rea Administrativa / Direito Processual Penal / Inqurito Policial; ) Nos crimes de ao penal pblica incondicionada, a instaurao do inqurito policial a) depende de comunicao verbal do ofendido. b) depende de requisio do Ministrio Pblico. c) depende de requisio da autoridade judiciria. d) depende de requerimento escrito do ofendido. e) pode ser feita, de ofcio, pela autoridade policial.

    GABARITOS:

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    1 - E 2 - D 3 - B 4 - C 5 - D 6 - E 7 - A 8 - B 9 - A 10 - E 11 - A 12 - E 13 - E 14 - C 15 - C 16 - E 17 - E 18 - C 19 - E 21 - B 22 - B 23 - C 24 - D 25 - B 26 - B 27 - B 28 - A 29 - C 30 - B 31 - A 32 - E