33
43 7 Aplicação 7.1. Modelos Propostos Foram estimados 4 modelos diferentes, onde 3 deles incluem fatores ligados a curva de juros. Esses modelos são comparados com o modelo de referência (baseado no CAPM). A seguir, descrevemos os modelos estimados: CAPM: Y , r , 1 Fator:Y , = α + β ΔL + β r + ε , 2 Fatores: Y , + β ΔL + β ΔS r , 3 Fatores: Y , + β ΔL + β ΔS ΔC r , Onde: Y , = Retorno logarítmico diário das ações/fundos r = Retorno Ibovespa ΔL = Variação do primeiro componente principal (Nível) ΔS = Variação do segundo componente principal (Inclinação) ΔC = Variação do terceiro componente principal (Curvatura)

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43

7

Aplicação

7.1.

Modelos Propostos

Foram estimados 4 modelos diferentes, onde 3 deles incluem fatores

ligados a curva de juros. Esses modelos são comparados com o modelo de

referência (baseado no CAPM).

A seguir, descrevemos os modelos estimados:

CAPM: Y�, = α + β� r�� + ε,�

1 Fator: Y�, = α + β�ΔL� + β� r�� + ε,�

2 Fatores: Y�, = α + β�ΔL� + β�ΔS� + β� r�� + ε,�

3 Fatores: Y�, = α + β�ΔL� + β�ΔS� + β ΔC� + β� r�� + ε,�

Onde:

Y�, = Retorno logarítmico diário das ações/fundos

r�� = Retorno Ibovespa

ΔL� = Variação do primeiro componente principal (Nível)

ΔS� = Variação do segundo componente principal (Inclinação)

ΔC� = Variação do terceiro componente principal (Curvatura)

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44

7.2.

Metodologia de “Rolling Regression” Aplicada

O procedimento de “Rolling Regression” aplicado para a estimação dos

parâmetros pode ser sintetizado da seguinte forma: em cada instante de tempo são

estimados os 4 modelos para cada fundo ou ação por mínimos quadrados

ordinários. Esse procedimento é então repetido para todos os fundos em todas as

janelas de tempo selecionadas.

Uma nova janela é reestimada no primeiro dia útil do mês. A memória

destas regressões (número de observações utilizadas em cada regressão) foi

definida em 30 observações. 2

7.3.

Testes Estatísticos

Para a validação da modelagem proposta foram feitos dois testes

estatísticos amplamente utilizados na literatura acadêmica (teste F de validade da

regressão e teste t de significância dos parâmetros). A descrição da metodologia

aplicada segue abaixo:

7.3.1.

Teste F

Dado o modelo completo com os 3 fatores da curva de juros mais a

variação do Ibovespa descrito a seguir:

2 A escolha por 30 dias foi definida a partir da prática de Mercado. Em via de regra,

modelos de arbitragem ou o CAPM utilizam 30, 45 ou 60 dias de dados. O mesmo procedimento foi repetido com diferentes memórias ou tamanhos de janelas sem obter-se diferença significativa nos resultados.

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45

Y�, = α + β�ΔL� + β�ΔS� + β ΔC� + β� r�� + ε,�

A metodologia de aplicação do teste F utilizada consiste em fazer um teste

de hipóteses sobre cada fundo (ação) em cada janela das “Rolling Regressions”.

Onde as hipóteses nula e alternativas são:

H": β� = β� = β# = β� = 0

H%: caso contrário.

Dessa forma, cada instante de tempo t terá uma distribuição de n

estatísticas teste – onde n é a quantidade de fundos (ações) analisados. Além

disso, será possível gerar uma única distribuição de estatísticas-teste com todos os

fundos e períodos agregados. Nesse caso, quando a maior parte desta distribuição

estiver concentrada na área de rejeição da hipótese nula a hipótese nula dos

parâmetros iguais a zero será rejeitada.

7.3.2.

Teste T

A metodologia de aplicação do teste t é análoga a metodologia do teste F.

Mais uma vez os testes de hipóteses são realizados baseados somente no modelo

completo definido por:

Y�, = α + β�ΔL� + β�ΔS� + β ΔC� + β� r�� + ε,�

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No entanto, para o teste t, uma hipótese nula é definida em cada um dos

quatro parâmetros estimados em cada fundo (ação) em cada instante de tempo,

conforme a seguir:

Tabela 12: Descrição do teste t para os parâmetros nível, inclinação

e curvatura

Analogamente, cada instante de tempo t terá quatro distribuições de

n estatísticas teste – onde n é a quantidade de fundos (ações) analisados. Além

disso, será possível gerar quatro distribuições de estatísticas-teste com todos os

fundos e períodos agregados. Nesse caso, quando a maior parte desta distribuição

estiver concentrada na área de rejeição da hipótese nula, a validade daquele

parâmetro será aceita.

7.4.

Critérios de Seleção dos Modelos

Uma análise de diagnóstico de modelos consiste basicamente na utilização

de critérios para a identificação do modelo teórico que mais se adéqua aos dados

em estudo. Uma vez que os objetivos deste trabalho envolvem não somente testar

a validade da utilização de fatores da curva de juros em modelos de não-

arbitragem, mas sua argumentada superioridade em relação ao CAPM, tendo em

vista, também, que este estudo visa testar a modelagem proposta em diversos

períodos (a fim de identificar os períodos onde fatores da curva de juros são mais

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adequados a precificação por não arbitragem) e, por fim, observando que esse

procedimento foi aplicado a diversos dados de fundos de investimento e ações,

optou-se por utilizar critérios objetivos para a seleção de modelos propostos.

Foram utilizados três critérios para definir o melhor modelo para

determinado fundo em um instante de tempo específico. São eles:

• Maior R'ajustado

• Menor AIC

• Menor Critério de Schawartz

Definidos matematicamente da seguinte forma:

• R'ajustado: 1 − ��,��-

./0./,

• AIC: 2k − 2 ln L

• Critério de Schwartz ou BIC: k ln n − 2 ln L

onde, SS; = < ε=>

?%

L = valor de máximo da função de verossimilhança do modelo

k = número de parâmetros estimados no modelo

n = número de observações

Na prática, todos esses critérios penalizam a inclusão de novas variáveis

sendo o R'ajustado e o critério de Schwartz o que menos e o que mais penalizam

inclusão de variáveis.

7.5.

Outros Aspectos da Modelagem

A estimação dos modelos propostos foi feita no EViews 6, software que

dispões de interface e linguagem simples. Por se tratar de um software estatístico,

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o processamento dos dados estimados foi feito no Microsoft Excel 2007, a fim de

promover a clareza na apresentação dos resultados estimados. Informações sobre

o EViews 6 e o Microsoft Excel 2007 podem ser obtidas em www.eviews.com e

www.microsoft.com.

7.6.

Resultados

Uma vez apresentados os dados utilizados e os modelos propostos,

daremos início nesta seção a apresentação dos resultados.

Como analisamos duas classes distintas de ativos (fundos e ações),

optamos por dividir esta apresentação também em seções distintas. Na seção 7.6.1

serão apresentados os resultados para fundos, com a seção 7.6.1.1 sendo referente

aos fundos de renda fixa e a seção 7.6.1.2 sendo referente aos fundos

multimercado. A seção 7.6.2, então, trará aos resultados para ações – com a

7.6.2.1 dedicada a ações de instituições financeiras e a 7.6.2.2 dedicada a

instituições não financeiras. Em suma, dividiu-se a análise em 4 subclasses

relativas ao tipo de ativo estudado.

No tocante a forma como os resultados serão apresentados em cada

subseção, optou-se por mostrar tanto os resultados consolidados das análises

quanto alguns exemplos escolhidos pelo autor. O critério de seleção utilizado para

a escolha destes exemplos visava apenas à melhor caracterização de algum fato

relevante observado.

Ainda sobre a forma como os resultados serão apresentados, procurou-se

fundamentar a análise na observação de critérios padronizados para qualquer uma

das subclasses. A escolha desses critérios visava responder a seguintes questões:

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• Como esta metodologia resiste aos testes estatísticos implementados? Quais as

distribuições das estatísticas-teste estimadas e suas devidas interpretações?

• Qual a porcentagem dos fundos (ações) que aceitaram por cada critério de

seleção uma modelagem com um, dois ou três fatores da curva de juros?

Como essa porcentagem variou ao longo do período analisado? Quais foram

as médias dessas porcentagens em toda a amostra?

7.6.1.

Fundos

Conforme já explicitado anteriormente, a análise de fundos foi dividida em

duas subseções (fundos de renda fixa e fundos multimercado). Foram, então,

analisados 100 fundos de renda fixa e 22 fundos multimercado. Os resultados

seguem analisados nas seções a seguir (7.6.1.1) e (7.6.1.2).

7.6.1.1.

Fundos de Renda Fixa

A modelagem proposta apresentou bom encaixe para fundos de renda fixa

apenas para uma parte dos fundos analisados. As figuras a seguir mostram os

resultados dos testes F. Na figura da esquerda observamos a distribuição estimada

de todos os p-valores – com o eixo das abscissas mostrando os intervalos de níveis

de significância entre 5% e 95% e o eixo das ordenadas indicando a percentagem

dos p-valores pertencentes a determinado intervalo de significância. Na figura da

direita, observamos a distribuição dos p-valores entre os fundos ao longo do

tempo - com as partes em verde mostrando a percentagem de fundos onde o teste

se mostrou estatisticamente significante e a parte em vermelho mostrando a

percentagem de fundos onde o teste se mostrou estatisticamente não-significante.

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Os resultados dos testes F rejeitam a hipótese nula de que os parâmetros

são zeros para uma parte dos fundos.

Figura 7: Teste F para fundos de renda fixa

Os resultados do teste t estão graficamente dispostos de maneira análoga

aos resultados do teste F. Esses resultados mostram que os parâmetros nível,

inclinação e curvatura apresentaram resultados similares. Ficou claro pelas

distribuições dos valores p que essas variáveis são estatisticamente significativas

para uma parcela dos fundos analisados. O Ibovespa, no entanto, não apresenta

evidência de ser estatisticamente significante.

Figura 8: Teste t para fundos de renda fixa

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O resultado de que a inclusão desses fatores representa uma melhoria no

entendimento dos componentes de risco os quais os fundos de renda fixa estão

sujeitos foi verificado. Concluímos que a inclusão de fatores relacionados a

mudanças no formato da curva de juros foi relevante para uma representativa

parcela dos fundos em todo o período analisado.

Na análise dos resultados médios para fundos de renda fixa, podemos

observar que, embora a porcentagem dos fundos onde a modelagem com fatores

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da curva de juros tenha se mostrado superior ao CAPM tenha variado conforme o

critério de seleção adotado, o resultado de que a inclusão desses fatores representa

uma melhoria no entendimento dos componentes de risco os quais os fundos de

renda fixa estão sujeitos foi verificado.

Concluímos que a inclusão de fatores relacionados a mudanças no formato

da curva de juros foi relevante para um terço dos fundos analisados.

Essa aceitação da modelagem mostrou-se pouco variante no tempo e,

portanto, robusta aos períodos de flutuação econômica e de maior volatilidade no

mercado. Podemos destacar, no entanto, uma leve tendência de crescimento dessa

aceitação desde o fim de 2003 e início de 2004 até o último mês estudado. O fato

da modelagem apresentar menor taxa de aceitação entre o fim de 2003 e 2006

pode ser um indicativo de que o desempenho dos modelos que incorporam

variações no formato da curva de juros ao CAPM é ligeiramente menor em

períodos econômicos mais conturbados.

Figura 9: Critério de Akaike para fundos de renda fixa

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7.6.1.1.2.

Alguns exemplos ilustrativos:

Daremos seqüência à análise de fundos de renda fixa utilizando

metodologia semelhante para analisarmos os fundos de forma pontual. A escolha

destes fundos específicos se deu de maneira a exemplificar alguns pontos

relevantes observados.

7.6.1.1.2.1.

Banrisul Vip FI Renda Fixa LP

Na análise dos resultados obtidos para o Banrisul Vip FI Renda Fixa LP,

observamos que a aceitação da modelagem apresentou caráter “tempo-variante”

dentro do período estudado. Nitidamente, a partir de 2005 (e de forma mais

contundente a partir da segunda metade de 2007) os modelos que incorporam

nível, inclinação e curvatura se mostraram superiores a modelagem típica do

CAPM.

As figuras a seguir mostram os resultados para fundos individualmente. Na

figura da direita podemos observar no eixo das ordenadas o número de fatores que

o melhor modelo escolhido pelos critérios de seleção apresentava. Estes valores

podem variar entre 1 e 4, onde 1 representa o modelo baseado no CAPM e 4

representa o modelo completo (com a variação do Ibovespa, nível, inclinação e

curvatura). Na figura da esquerda, observamos a representação gráfica da

porcentagem de janelas onde cada modelo foi superior aos demais para aquele

determinado fundo.

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Figura 10: Banrisul FI Renda Fixa LP

Quando olhamos para a contribuição sobre o R2 ajustado de cada variável,

observamos que esse ganho de contribuição se deu principalmente em decorrência

da inclusão das medidas de inclinação.

Figura 11: Banrisul FI Renda Fixa LP: contribuição sobre o R2 ajustado

7.6.1.1.2.2. BB Aliança FI Renda Fixa

Banrisul FI Renda Fixa LP: critério de Akaike

Quando olhamos para a contribuição sobre o R2 ajustado de cada variável,

observamos que esse ganho de contribuição se deu principalmente em decorrência

são das medidas de inclinação.

Banrisul FI Renda Fixa LP: contribuição sobre o R2 ajustado

Aliança FI Renda Fixa

54

Quando olhamos para a contribuição sobre o R2 ajustado de cada variável,

observamos que esse ganho de contribuição se deu principalmente em decorrência

Banrisul FI Renda Fixa LP: contribuição sobre o R2 ajustado

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A observação dos resultados obtidos para o BB Aliança FI Renda Fixa

indica, mais uma vez, um caráter “tempo-variante” na aceitação da modelagem

proposta. Durante o período entre a segunda metade do ano de 2004 e até o início

do ano de 2006, a incorporação das variáveis ligadas as mudanças na forma da

curva de juros mostrou-se pouco significativa. Também, observou-se que no

restante do período, quase sempre o modelo mais indicado para este fundo incluía

duas ou três variáveis relacionadas a curva de juros (além do retorno de mercado).

Figura 12: BB aliança FI Renda Fixa: critério de Akaike

Quando olhamos a contribuição de cada variável sobre o R2 ajustado

observamos que, na primeira metade do período analisado, as medidas de

curvatura e nível foram as que mais contribuíram para o seu incremento. A

observação da parte final da amostra, no entanto, destaca a contribuição da

inclinação para o R2 ajustado. Observamos, mais uma vez, evidências de que as

medidas de inclinação são relevantes para explicar os riscos de taxa de juros para

alguns fundos.

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Figura 13: BB aliança FI Renda Fixa: contribuição sobre o R2 aju

7.6.1.2.

Fundos Multimercado

Os resultados da análise para fundos multimercado reforçam a modelagem

de risco de taxa de juros proposta. Os resultados dos testes F rejeitam a hipótese

nula de que os parâmetros são zeros para a maioria dos fundos.

Figura 14: Teste F para fundos multimercado

BB aliança FI Renda Fixa: contribuição sobre o R2 aju

Fundos Multimercado

Os resultados da análise para fundos multimercado reforçam a modelagem

de risco de taxa de juros proposta. Os resultados dos testes F rejeitam a hipótese

nula de que os parâmetros são zeros para a maioria dos fundos.

Teste F para fundos multimercado

56

BB aliança FI Renda Fixa: contribuição sobre o R2 ajustado

Os resultados da análise para fundos multimercado reforçam a modelagem

de risco de taxa de juros proposta. Os resultados dos testes F rejeitam a hipótese

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A análise dos testes t mostra que as variáveis nível e curvatura apresentam

significância estatística para boa parte dos fundos analisados. Inclinação e

variação do Ibovespa, no entanto, mostraram-se pouco significantes.

Figura 15: Teste t para fundos multimercado

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Podemos observar que, em média, para uma parcela relevante dos fundos

analisados, os modelos que consideram medidas das variações dos fatores

subjacentes a forma e aos movimentos da estrutura a termo são dominantes pelos

critérios de seleção adotados. Em média, essa parcela oscilou entre 80% (R2

ajustado) e 42% (Schwartz) tendo crescido significativamente no período entre

2006 e 2009.

A análise dos dados médios para os 22 fundos estudados mostra uma

contribuição bastante significativa das medidas de variação dos fatores

subjacentes a forma e aos movimentos da estrutura a temo para a análise do risco

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sistemático a que os fundos estão expostos. Para todos os critérios de seleção

utilizados, em uma parcela significativa dos fundos o modelo dominante incluía

medidas de risco de estrutura a termo de taxa de juros. Pelo critério do R2

ajustado em média 75% dos fundos aceitavam a modelagem proposta e pelo

critério de Schwartz foi notório que, embora variante no tempo, 27% dos fundos

aceitaram a modelagem.

A evidência positiva que os resultados agregados trazem é ainda mais forte

quando observamos o caráter “tempo-variante” dos resultados. Fica claro pelos

gráficos apresentados que a parcela de fundos com boa aceitação da modelagem

proposta cresceu muito a partir do início de 2006. Podemos interpretar esses

resultado como um possível aumento das posições em renda fixa dos fundos

multimercado a partir do aumento da volatilidade da economia mundial nesse

período.

Finalmente, a terceira maior conclusão oriunda da análise dos resultados

agregados nos permite é a observação de que a parcela de fundos onde as

variáveis inclinação e curvatura são relevantes foi crescente no período entre 2006

e 2009. Principalmente no tocante a inclinação, este resultado é bastante similar

ao resultado obtido para fundos de renda fixa. Sua explicação está relacionada a

uma mudança nas estratégias desses fundos em virtude das turbulências na

economia mundial (quando fundos desse tipo tendem a correr para a renda fixa

para garantir suas rentabilidades e mitigar o risco).

Figura 16: Critério de Akaike para fundos multimercado

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60

7.6.1.2.1.

Alguns Exemplos Ilustrativos

7.6.1.2.1.1.

Kona Investimento No Exterior FI Multimercado

A análise dos resultados para o fundo Kona Investimento No Exterior FI

Multimercado também indica um caráter dinâmico para a aceitação da modelagem

de risco de taxa de juros proposta. Olhando principalmente pelo critério de

Schwartz, podemos observar que exposição desse fundo em renda fixa foi

crescente no período entre meados de 2005 e meados de 2008. Então, houve um

corte abrupto nesta exposição entre o fim de 2008 e o início de 2009. Finalmente,

uma nova exposição ao risco de taxa de juros foi retomada pelos gestores na

segunda metade de 2009.

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Figura 17: Kona Investimentos no Exterior

Quando olhamos para as contribuições de cada fator latente da curva de

juros sobre o R2 ajustado, concluímos que também para Kona Investimento No

Exterior FI Multimercado a exposição do fundo a inclinação se mostrou a mais

significativa entre 2006 e 2009, com tendência crescente. Esta é mais uma

evidência para a conclusão de que os choques de inclinação da curva de juros se

tornaram mais significativos par

mercado nesse período.

Figura 18: Kona Investimentos no Exterior

Kona Investimentos no Exterior – critério de Akaike

Quando olhamos para as contribuições de cada fator latente da curva de

juros sobre o R2 ajustado, concluímos que também para Kona Investimento No

r FI Multimercado a exposição do fundo a inclinação se mostrou a mais

significativa entre 2006 e 2009, com tendência crescente. Esta é mais uma

evidência para a conclusão de que os choques de inclinação da curva de juros se

tornaram mais significativos para explicar o risco de diversos tipos de fundos no

Kona Investimentos no Exterior – contribuição sobre o R2 ajustado

61

Quando olhamos para as contribuições de cada fator latente da curva de

juros sobre o R2 ajustado, concluímos que também para Kona Investimento No

r FI Multimercado a exposição do fundo a inclinação se mostrou a mais

significativa entre 2006 e 2009, com tendência crescente. Esta é mais uma

evidência para a conclusão de que os choques de inclinação da curva de juros se

a explicar o risco de diversos tipos de fundos no

contribuição sobre o R2 ajustado

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7.6.1.2.1.2.

BNP Paribas Energie FI Multimercado Previdenciário

Mais uma vez podemos observar o caráter dinâmi

estudarmos o fundo BNP Paribas Energie FI Multimercado Previdenciário. Fica

claro, outra vez, que as posições deste fundo em renda fixa também se

intensificaram entre 2006 e 2009 e que por esta razão a aceitação da modelagem é

maior nesse período.

Figura 19: BNP Paribas Energie FI Multimercado Previdenciário

Quando olhamos a contribuição individual de cada variável sobre o R2

ajustado observamos novamente que a variável mais relevante no período entre

2006 e 2009 é a medida de inclinação. Este resultado está em linha com os

resultados obtidos anteriormente e agrega robustez a conclusão de que estes

fundos aumentaram suas exposições em renda fixa neste período.

BNP Paribas Energie FI Multimercado Previdenciário

Mais uma vez podemos observar o caráter dinâmico da modelagem ao

BNP Paribas Energie FI Multimercado Previdenciário. Fica

claro, outra vez, que as posições deste fundo em renda fixa também se

intensificaram entre 2006 e 2009 e que por esta razão a aceitação da modelagem é

Energie FI Multimercado Previdenciário –

Quando olhamos a contribuição individual de cada variável sobre o R2

ajustado observamos novamente que a variável mais relevante no período entre

09 é a medida de inclinação. Este resultado está em linha com os

resultados obtidos anteriormente e agrega robustez a conclusão de que estes

fundos aumentaram suas exposições em renda fixa neste período.

62

BNP Paribas Energie FI Multimercado Previdenciário

co da modelagem ao

BNP Paribas Energie FI Multimercado Previdenciário. Fica

claro, outra vez, que as posições deste fundo em renda fixa também se

intensificaram entre 2006 e 2009 e que por esta razão a aceitação da modelagem é

– critério de Akaike

Quando olhamos a contribuição individual de cada variável sobre o R2

ajustado observamos novamente que a variável mais relevante no período entre

09 é a medida de inclinação. Este resultado está em linha com os

resultados obtidos anteriormente e agrega robustez a conclusão de que estes

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Page 21: 7 Aplicação 7.1. Modelos Propostos - PUC-Rio...43 7 Aplicação 7.1. Modelos Propostos Foram estimados 4 modelos diferentes, onde 3 deles incluem fatores ligados a curva de juros

63

Figura 20: BNP Paribas Energie FI Multimercado Previdenciário – contribuição sobre o R2 ajustado

7.6.2.

Ações

Da mesma forma que a análise dos fundos, a análise das ações também foi

dividida em duas subseções (ações de instituições financeiras e não-financeiras).

Foram, então, analisadas 27 séries de ações de instituições financeiras e 18 ações

de instituições não-financeiras. Os resultados seguem analisados nas seções a

seguir (7.6.2.1) e (7.6.2.2).

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7.6.2.1.

Ações de Instituições Financeiras

Os resultados do teste F mostram que esta metodologia é significativa para

a maioria das ações de instituições financeiras analisadas.

Figura 21: Teste F para ações de instituições financeiras

A análise dos resultados do teste t mostra surpreendentemente que o

componente mais significativo da modelagem é a curvatura da curva de juros.

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Figura 22: Teste t para ações de instituições financeiras

Os resultados médios para ações de instituições financeiras são, de certa

forma, análogos aos resultados obtidos na análise de fundos de renda fixa e

multimercado. Isso porque, embora a porcentagem das ações onde cada modelo é

superior tenha variado significativamente conforme o critério de seleção adotado,

o resultado de que a inclusão desses fatores representa uma melhoria no

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entendimento dos componentes de risco aos quais as ações estão sujeitas se

mostrou mais uma vez bastante robusto.

Observou-se que a inclusão de fatores relacionados a mudanças no formato

da estrutura a termo das taxas de juros foi bastante relevante para uma parcela

significativa das ações analisadas.

Embora tenha apresentado alguma volatilidade, a aceitação de cada um

dos fatores se mostrou pouco variante no tempo. Observou-se que a parcela de

fundos onde cada modelo era dominante - embora tenha atingido picos em 2002 e

2007 - se manteve praticamente estável no período analisado. Esse resultado é

fruto de outro fato também observado. A modelagem proposta se mostrou

bastante eficiente para determinadas ações e nem tanto para outras.

Figura 23: Critério de Akaike para ações de instituições financeiras

7.6.2.1.1.

Alguns Exemplos Ilustrativos

7.6.2.1.1.1.

Banco do Rio Grande do Sul (BRSR6)

O exemplo da ação do Banco do Rio Grande do Sul é particularmente

interessante porque nele há clara aceitação da modelagem proposta entre 1999 e

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2007 e, então, algum fato relevante fez com que a aceitação da modelagem de

risco de taxa de juros para essa ação caísse após 2007.

Figura 24: BRSR6

Ao olharmos para a contribuição de cada variável sobre o R2 ajustado,

podemos observar que as medidas de nível eram fundamentais para a análise de

risco deste banco. No entanto, após a metade de 2007, observou

esta contribuição se reduziu a quase zero.

Procurando por possíveis razões que justificassem a queda de exposição ao

risco de nível da estrutura a termo, observamos que em junho de 2007 o Banrisul

fez uma oferta pública de ações de grande porte, passando, então, a ter uma

grande parte de seu capital aberto. Esse fato, que aumentou significativamente a

liquidez das ações do Banrisul, possivelmente pode ser a razão da redução da

exposição do banco ao risco de taxa de juros. A conclusão, no entanto, de que o

risco de taxa de juros para ações está relacionado com ações de mais baixa

liquidez, carece, no entanto, de análise mais

ão, algum fato relevante fez com que a aceitação da modelagem de

risco de taxa de juros para essa ação caísse após 2007.

BRSR6: critério de Akaike

Ao olharmos para a contribuição de cada variável sobre o R2 ajustado,

as medidas de nível eram fundamentais para a análise de

risco deste banco. No entanto, após a metade de 2007, observou-se, então, que

esta contribuição se reduziu a quase zero.

Procurando por possíveis razões que justificassem a queda de exposição ao

co de nível da estrutura a termo, observamos que em junho de 2007 o Banrisul

fez uma oferta pública de ações de grande porte, passando, então, a ter uma

grande parte de seu capital aberto. Esse fato, que aumentou significativamente a

Banrisul, possivelmente pode ser a razão da redução da

exposição do banco ao risco de taxa de juros. A conclusão, no entanto, de que o

risco de taxa de juros para ações está relacionado com ações de mais baixa

liquidez, carece, no entanto, de análise mais detalhada.

67

ão, algum fato relevante fez com que a aceitação da modelagem de

Ao olharmos para a contribuição de cada variável sobre o R2 ajustado,

as medidas de nível eram fundamentais para a análise de

se, então, que

Procurando por possíveis razões que justificassem a queda de exposição ao

co de nível da estrutura a termo, observamos que em junho de 2007 o Banrisul

fez uma oferta pública de ações de grande porte, passando, então, a ter uma

grande parte de seu capital aberto. Esse fato, que aumentou significativamente a

Banrisul, possivelmente pode ser a razão da redução da

exposição do banco ao risco de taxa de juros. A conclusão, no entanto, de que o

risco de taxa de juros para ações está relacionado com ações de mais baixa

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Figura 25: BRSR6: contribuição sobre o R2 ajustado

7.6.2.1.1.2.

Itaú (ITAU3)

Na análise de resultados para as ações ordinárias do banco ITAÚ,

observamos que a aceitação da modelagem foi maior na primeira metade do

período analisado. Observou-se que choques sobre a curva de juros nesse período

geravam picos de aceitação da modelagem que inclui fatores da curva de juros na

gestão de risco.

Figura 26: ITAU3: critério de Akaike

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Page 27: 7 Aplicação 7.1. Modelos Propostos - PUC-Rio...43 7 Aplicação 7.1. Modelos Propostos Foram estimados 4 modelos diferentes, onde 3 deles incluem fatores ligados a curva de juros

Ao olharmos para o R2 individual de cada variável, observamos mai

claramente esses choques da curva de juros sendo refletidos sobre os retornos da

ação ordinária do Banco Itaú. Embora não tenhamos observado uma continuidade

da relação explicativa, podemos ver claramente os choques sobre a curva de juros

sendo refletidos como picos sobre o R2 de cada variável. Dessa forma, podemos

observar claramente que, principalmente entre o período de 1999 e 2005, quando

ocorreram grandes variações sobre a forma da ETTJ, a ação ordinária do Banco

Itaú respondeu positivamente.

Figura 27: ITAU3: contribuição sobre o

7.6.2.1.1.3.Banco do Brasil (BBAS3)

Ao olharmos para o R2 individual de cada variável, observamos mai

claramente esses choques da curva de juros sendo refletidos sobre os retornos da

ação ordinária do Banco Itaú. Embora não tenhamos observado uma continuidade

da relação explicativa, podemos ver claramente os choques sobre a curva de juros

s como picos sobre o R2 de cada variável. Dessa forma, podemos

observar claramente que, principalmente entre o período de 1999 e 2005, quando

ocorreram grandes variações sobre a forma da ETTJ, a ação ordinária do Banco

Itaú respondeu positivamente.

ITAU3: contribuição sobre o R2 ajustado

Banco do Brasil (BBAS3)

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Ao olharmos para o R2 individual de cada variável, observamos mais

claramente esses choques da curva de juros sendo refletidos sobre os retornos da

ação ordinária do Banco Itaú. Embora não tenhamos observado uma continuidade

da relação explicativa, podemos ver claramente os choques sobre a curva de juros

s como picos sobre o R2 de cada variável. Dessa forma, podemos

observar claramente que, principalmente entre o período de 1999 e 2005, quando

ocorreram grandes variações sobre a forma da ETTJ, a ação ordinária do Banco

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Page 28: 7 Aplicação 7.1. Modelos Propostos - PUC-Rio...43 7 Aplicação 7.1. Modelos Propostos Foram estimados 4 modelos diferentes, onde 3 deles incluem fatores ligados a curva de juros

O exemplo das ações ordinárias do Banco do Brasil também se mostra

bastante significativo. Mais uma vez a estrutura de picos de aceitação da

metodologia foi observada (embora com me

para o Itaú).

Figura 28: BBAS3: critério de Akaike

A observação do padrão encontrado nas ações do ITAÚ ficou ainda mais

clara quando nos atentamos para a contribuição de cada variável sobre o R2

ajustado. O mesmo padrão de picos sobre o R2 foi encontrado e, dessa vez, os

dados apresentaram o mesmo padrão em todo o período analisado.

Figura 29: BBAS3: contribuição sobre o R2 ajustado

O exemplo das ações ordinárias do Banco do Brasil também se mostra

bastante significativo. Mais uma vez a estrutura de picos de aceitação da

metodologia foi observada (embora com menor vigor se comparado ao resultado

BBAS3: critério de Akaike

A observação do padrão encontrado nas ações do ITAÚ ficou ainda mais

clara quando nos atentamos para a contribuição de cada variável sobre o R2

padrão de picos sobre o R2 foi encontrado e, dessa vez, os

dados apresentaram o mesmo padrão em todo o período analisado.

BBAS3: contribuição sobre o R2 ajustado

70

O exemplo das ações ordinárias do Banco do Brasil também se mostra

bastante significativo. Mais uma vez a estrutura de picos de aceitação da

nor vigor se comparado ao resultado

A observação do padrão encontrado nas ações do ITAÚ ficou ainda mais

clara quando nos atentamos para a contribuição de cada variável sobre o R2

padrão de picos sobre o R2 foi encontrado e, dessa vez, os

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7.6.2.2.

Instituições Não-financeiras

7.6.2.2.1.

Dados Médios para as 18 Ações de Instituições Não-

Financeiras Analisadas:

Os resultados do teste F mostram que a regressão não possui coeficientes

iguais a zero para ações de instituições não financeiras.

Figura 30: Teste F para ações de instituições não-financeiras

Os teste t mostram mais uma vez que a curvatura da curva de juros é o

componente mais estatisticamente significativo.

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Figura 31: Teste t para ações de instituições não-financeiras

A análise dos resultados médios para ações de instituições não financeiras

apresenta resultados bastante similares aos encontrados para instituições

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financeiras. Mais uma vez, a porcentagem das ações onde modelos com fatores da

curva de juros foi superior variou conforme a escolha do critério de seleção

adotado.

No entanto, a observação de que existe uma parcela significativa de ações

que aceitam a inclusão de fatores da curva de juros para modelagem de risco e de

que esta parcela varia pouco ao longo do período observado foi robusta mais uma

vez.

Figura 32: Critério de Akaike para ações de instituições não-financeiras

7.6.2.2.1.1.

MMX (MMXM3)

O exemplo da ação da MMX mostra mais uma vez ma estrutura de picos

de aceitação da modelagem para determinadas instituições.

Figura 33: MMXM3: critério de Akaike

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Figura 34: MMXM3: Contribuição sobre o R2 ajustado

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