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7ª ARTE REVISTA DA MOSTRA DE CINEMA DE TIRADENTES PRODUZIDA PELOS ALUNOS DO CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA UFSJ ANO 1 - NÚMERO 1 FEVEREIRO DE 2014 Público vidrado na Mostra Saiba quais foram os filmes premiados na 17ª Mostra de Cinema de Tiradentes OFICINAS Alunos têm a possibilidade de conhecer a 7ª Arte HOMENAGEADO Conheça quem é o ator Marat Descartes SHOWS Confira os shows que agitaram a Mostra de Cinema Foto: Leo Lara / Universo Produções

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7ª ARTEREVISTA DA MOSTRA DE CINEMA

DE TIRADENTES PRODUZIDA PELOS

ALUNOS DO CURSO DE

COMUNICAÇÃO SOCIAL DA UFSJ

ANO 1 - NÚMERO 1

FEVEREIRO DE 2014

Público vidrado na MostraSaiba quais foram os filmes premiados na 17ª Mostra de Cinema de Tiradentes

OFICINAS

Alunos têm a possibilidade de conhecer a 7ª Arte

HOMENAGEADO

Conheça quem é o ator Marat Descartes

SHOWS

Confira os shows que agitaram a Mostra de Cinema

Foto: Leo Lara / Universo Produções

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EDITORIAL

EXPEDIENTE A Revista 7ª Arte é uma produção dos alunos do curso de Comunicação Social - Jornalismo da Universidade Federal de São João del-Rei, cujo tema é a 17ª Mostra de Cinema de Tiradentes, evento realizado em Minas Gerais que visa dar destaque a novos talentos do cinema independente.

REVISÃO: Frederico Reis; REPÓRTERES: Silvia Reis, Brunno Pereira,

Joyce Andrade, Frederico Reis, Helsinara Piassi Salatiel; EDITOR DE ARTE: Bruno de Oliveira

Alunos da disciplina de Planejamento Visual Gráfico do curso de Comunicação Social da UFSJ; Prof. Dra. Alessandra de Falco

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Da película pro Brasil

A Mostra de Tiradentes e sua missão para a 7ª ArteA Mostra de Cinema de Tiraden-

tes acontece anualmente na cidade histórica mineira, e este ano o evento apresentou a sua 17ª edição.

O festival cinematográfico tem como objetivo difundir filmes de no-vos cineastas, com espaço para críticas e debates envolvendo o público e es-pecialistas no assunto. O evento pos-sibilita qualquer produção nacional se inscrever, porem as inscrições passam por uma seleção onde apenas os apro-vados serão exibidos.

Em todas as edições do evento, os produtores escolhem um ou mais ar-tistas para serem homenagiados. Este ano o escolhido foi o ator paulista Marat Descartes, que tem se destaca-do em sua formação teatral interpre-tando diversos personagens em obras brasileiras.

A Mostra mobiliza a região devido a sua grande importância cultural e de tradição. Atualmente um grande en-tretenimento para o público de todas as idades, a Mostra além da exibição de filmes, oferece oficinas, debates, se-

minários, shows musicais, entre outros muitos meios de entretenimento.

Prova da sua importância é a par-ceria feita com a Divisão de Promoção do Audiovisual do Ministério das Re-lações Exteriores para a concessão do

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PÚBLICO ASSISTE ao documentário “Cidade de Deus - 10 anos depois”, filme exibido durante a 17ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes

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premio Itamaraty, no valor de R$50 mil, para o vencedor da Mostra Au-rora. O prêmio é atribuído ao melhor diretor em início de percurso - incen-tivo aos novos talentos de cenário ci-nematográfico nacional.

O evento se torna um incentivo a produção do cinema nacional e a inte-ração do público com a sétima arte da nossa humanidade.

Por Joyce Andrade

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ABERTURA

O grande homenageado da noite

A homenagem feita ao ator Marat Descartes foi o destaque da abertura da Mostra

Por Sílvia Reis

A 17ª Mostra de cinema de Tiraden-tes prestou homenagem ao ator paulis-tano, Marat Descartes, 39 anos, que atua tanto no cinema como na televisão (em minisséries e telenovelas) e no teatro.

O ator cursou letras e artes cênicas na USP, onde conquistou grandes amigos, começou sua carreira no teatro em 2004 e em 2007 enveredou pela sétima arte.

A homenagem a Marat, foi prestada pelo ator e amigo Gero Camilo, que en-trou cantando na sala de projeção ao final do vídeo, em que amigos apresentaram depoimentos sobre Marat, emocionando a todos os presentes na sala de projeção.

Respeitado e admirado por fãs e co-legas de profissão, o ator, subiu ao pal-co acompanhado da família, amigos e colegas de trabalho. Segundo Marat - que já passou por muitos festivais - a atmosfera daquele momento era única. “Já tive momentos de grandes emoções na minha carreira; já estive no tapete vermelho de Cannes, de Gramado, mas nenhuma foi como essa, porque aqui está reunido tudo que é importante pra mim: a minha família e os meus amigos”.

Após receber o troféu barroco pela mãos de Gero Camilo, Marat o dedicou a sua família, que o acompanhou duran-te a exibição do longa de pré-estreia na-cional, Quando Eu Era Vivo, protago-nizado pelo homenageado da Mostra.

Trabalhos do ator

Recentemente, Marat Descartes atuou em projetos de destaque na te-levisão e no cinema nacional. Na te-ledramadurgia, atuou na minissérie “Maysa” (Globo, 2009) e na telenove-

O ROSTO DA MOSTRA Na tela, o rosto de Marat Descartes, ator homenageado

la “A Vida da Gente” (Globo, 2011). Descartes estará participando ainda da minissérie “A Teia”, atualmente no ar pela Rede Globo de Televisão. No ci-nema, dentre os filmes que atuou, estão “É proibido fumar” (2008), “O Tempo e o Vento” (2013) e “Quando eu era vivo” (2014), seu trabalho mais recei-tes no cinema brasileiro. >>

COM A FAMÍLIA Marat Descartessss recebe o troféu de homenageado

“Já tive momentos de grandes emoções na minha carreira; já estive no tapete vermelho

de Cannes, de Gramado, mas nenhuma foi como essa, por-

que aqui está reunido tudo que é importante pra mim: a minha

família e os meus amigos” Marat Descartes

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Histórico da Mostra de Tiradentes

Conheça um pouco sobre a história do festival e os artistas já homenageadosPor Sílvia Reis

A Mostra de Cinema de Tiradentes surgiu em 1998, sob a Coordenação Geral de Raquel Hallak, que permanece no cargo.

A primeira edição do evento consistia em apenas 21 sessões de cinema, número praticamente duplicado no ano seguinte.

O festival, cuja programação é total-mente gratuita, continuou a crescer nos

anos seguintes, em qualidade e números, e atualmente está entre os mais im-portantes do país, são exibidos mais de 100 filmes nos formatos longas, médias e curtas.

Nesses 17 anos de mostra, vários filmes que são sucesso, nacional e in-ternacional, foram apresentados em Tiradentes, como por exemplo, “Ci-dade de Deus”, de Fernando Meireles.

Contudo, a Mostra de Cinema de Tiradentes não consiste somente em exibições de filmes. O evento promo-ve oficinas, debates, seminários, expo-sições, lançamento de livros, teatro de rua, shows musicais, performances e homenagens a convidados. Vários no-mes, consagrados do cinema brasilei-ro, já passaram pelo tapete vermelho do festival.

QUEM JÁ FOI HOMENAGEADO NA MOSTRA DE TIRADENTES

1998Carla Camuratti (cineasta)

e Paulo José (ator) 1999Denoy de Oliveira (cineasta) in memorian,

Helvécio Ratton (cineasta) e Patrícia Pillar (atriz)

Carlos Reichenbach (cineasta) 2001

Ana Carolina (cineasta) e Odete Lara (atriz) 2000

Júlio Bressane (cineasta) e José Lewgoy (ator) 2003

Gianfrancesco Guarnierie (ator) e Eduardo Coutinho (cineasta)2002

Nelson Pereira dos Santos (cineasta) e Paulo César Pereio (Ator) 2005

Walter Lima Jr. (cineasta) e Cao Guimarães (videomaker)2004

Ruy Guerra (cineasta) e Eder Santos (videoartista) 2007

Beto Brant (cineasta), Matheus Nachtergaele (ator)Lázaro Ramos (ator) e Fábio Carvalho (vídeo)2006

Rosanne Mulholland (atriz) e João Miguel ( ator) 2009 José Eduardo Belmonte (cineastra)2008

Karim Aïnouz (cineasta) 2010

2012 Selton Melo (ator)

2011 Paulo Cezar Saraceni (cineasta)

2013 Simone Spolatore (atriz)

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OFICINAS

O aprendizado da 7ª Arte

Oficinas oferecidas na 17ª Mostra atraem jovens para o mundo do cinema

Por Sílvia Reis

As oficinas oferecidas na Mostra de Cinema Tiradentes são mais um dentre os muitos atrativos do festival. Todo ano, a cidade acolhe os visitantes da mostra durante uma semana. Os visitantes saem de todos os cantos do país não apenas para assistir a filmes, shows, mas também para participar das oficinas promovidas pelo evento.

As oficinas ocorreram durante a semana e no sábado de encerramento da Mostra é realizada a cerimonia de entrega dos certificados aos partici-pantes.

Durante a 17ª edição do even-to, foram oferecidas 7 oficinas para o público adulto: Realização em curta digital, Branded Content (conteúdo audiovisual e oportunidade de negó-cios, Formatação de projetos para TV, Cineclube e produção audiovisual na escola, Roteiro cinematográfico, Di-recão de não-atores e #eufaçoamostra com criatividade. Além das oficinas para os adultos, aconteceram 4 ofici-nas voltadas para o público infanto--juvenil, são elas: Interpretacão e cria-ção de personagens para atores, Por trás da câmera, Uma história, muitas imagens…, Mágicas e técnicas de ani-mação.

O público infantil se mostrou en-tusiasmado, Camilla, 12 anos, fez a oficina “Uma história, muitas ima-gens…” ministrada por Daniella Pen-na. Ela diz ter gostado, pois além de muitos desenhos, fez novos amigos.

Normalmente, as oficinas não exi-gem pre-requisitos, porém são direcio-nadas àqueles que almejam trabalhar, ou aperfeiçoar o conhecimento sobre

dos candidatos. De acordo com o site do evento,

uma das oficinas mais procuradas é a de “Roteiro Cinematográfico”, minis-trada pelo roteirista, Di Morette. A oficina teve todas as vagas preenchi-das e agradou o publico imensamente. De acordo com um dos participantes, que planeja neja fazer um curta-me-tragem, “foi super legal participar, o Di é uma pessoa fantástica e super didática. Acredito que todas as suges-tões dadas durante nossos encontros, serão de grande valia no processo de construção do roteiro do meu filme”.

A opinião dos participantes das oficinas foi majoritariamente positiva, não apenas pelo conteúdo, mas tam-bém pelo contato com pessoas parti-lhando o mesmo interesse pelo cine-ma.

As oficinas ocorreram durante a semana e no sábado de encerramento da Mostra é realizada a cerimonia de entrega dos certificados aos partici-pantes.

OFICINA “Por trás das câmeras” direcionada para alunos durante a Mostra

DI MORETTE Roteirista ministrou a oficina de Roteiro Cinematográfico

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CAPA

Os vencedores da Mostra de Cinema

A 17ª Mostra de Cinema e os filmes que se destacaram nas premiações do festival CIDADE DE DEUS - 10 ANOS DEPOIS foi eleito o

melhor filme pelo Júri Popular na 17ª MostraPor Sílvia Reis

A 17ª edição da Mostra de Cinema, na cerimônia de encerramento, apre-sentou ao público o vencedores do Troféu Barroco. Os filmes contempla-dos desta edição foram: “A Vizinhan-ça do Tigre”, “Branco Sai Preto Fica”, “Cidade de Deus -10 Anos Depois”, “E”, “Coice no Peito”, “Quinze” e “Di-ários Daltônicos”.

A Mostra de Cinema Tiraden-tes movimentou a cidade. Durante os nove dias do evento, diversos ato-res, diretores, roteiristas, críticos, bem como cinéfilos passaram por Tiraden-tes. Mais de 100 projeções cinemato-gráficas foram feitas com o burburin--ho ao final de cada filme a respeito de quem levaria o Troféu Barroco. Havia muita expectativa, alguns dos filmes listados entre os favoritos reuniram um intenso número de pessoas e su-perlotaram as salas de exibição.

O longa-metragem e documentá-rio, “Cidade de Deus - 10 Anos De-pois” (RJ), dirigido por Cavi Borges e Luciano Vidigal, exibido no Cine BNDES na Praça, foi premiado pelo júri popular como o melhor na sua ca-tegoria. Pessoas que assistiram ao fil-me relataram não ter se surpreendido como o resultado. “Imaginava que ele venceria, a praça estava cheia e todo mundo gostou muito. Eu adorei”, afir-ma Janaina, moradora da cidade. Lu-ciano Vidigal, também mencionou em depoimento no site do evento o

A VIZINHANÇA DO TIGRE foi o filme premiado pelo Júri Jovem e da Crítica

que, segundo ele, foi uma sala cheia “A gente está muito feliz, foi a me-lhor sessão do filme. Temos um cari-nho, uma parceria com o festival que é singular. A praça lotada de gente pra ver o filme foi lindo, uma experiência inesquecível.”

Agora, “A vizinhança do tigre” (MG), de Affonso Uchôa, primeiro filme a ser exibido na competição da Mostra Aurora, foi premiado pelo júri da crítica com o Prêmio Itamaraty (R$ 50 mil), além de ter recebido serviços e equipamentos cinematográficos dos parceiros do evento. O filme relata o cotidiano de cinco jovens da peri-feria de Contagem, Belo Horizonte. Pontos considerados polêmicos tan-to pelo público quanto pelos críticos

Ao todo, mais de 100 projeções

cinematográficas foram feitas com o

burburinho ao final de cada filme a respeito de quem

levaria o Troféu Barroco.

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CIDADE DE DEUS - 10 ANOS DEPOIS foi eleito o melhor filme pelo Júri Popular na 17ª Mostra

foram debatidos após a sua exibição, e assim foi a semana, que com tantas dis-cussões levou o filme a vencer o Troféu Barro. Entretanto, o longa-metragem “Branco Sai Preto Fica” (DF), de Adir-ley Queirós, mostrou-se um grande ri-val para “A vizinhança do tigre”, tanto que o júri premiou o filme de Adirley Queirós com uma menção honrosa.

A categoria curtas-metragens tam-bém foi avaliada pelo Júri da Crítica, que apontou “E” (SP), de Alexandre Wahrhaftig, Helena Ungaretti e Mi-guel Antunes Ramos como o melhor curta desta edição. O mesmo júri con-cedeu menção honrosa a “Coice no Peito”, de Renan Rovida (SP). Agora, o Prêmio Canal Brasil (R$ 15 mil), foi para “Quinze” (MG), de Maurílio Martins, que retrata a relação entre duas mulheres, uma delas próxima de completar 15 anos de idade. O esco-lhido pelo Júri Popular foi “Diários Daltônicos” (SC), de Patrícia Mone-gatto: um documentário que descreve o olhar daltônico de seus 5 persona-gens sobre o mundo colorido.

Após a cerimonia de premiação, da 17ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes, que fez da cidade pal-co para a sétima arte, o músico Túlio Mourão encerrou o festival exibindo uma seleção única de músicas.

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“E” De nome curto, filme ganha como melhor curta-metragem na 17ª Mostra

O longa-metragem e documentário,

“Cidade de Deus - 10 Anos Depois” (RJ),

dirigido por Cavi Borges e Luciano

Vidigal, exibido no Cine BNDES na Praça, foi premiado

pelo júri popular como o melhor na sua categoria.

QUINZE foi o filme premiado pelo Júri Canal Brasil na 17ª Mostra de Cinema

BRANCO SAI PRETO FICA ganhador da Menção Honrosa pelos Júris Crítica e Jovem

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SHOWSCena musical

Apresentações musicais agitaram a 17ª Mostra de Cinema

de Tiradentes

SHOW DELAS Celinha Braga e Marina Machado durante apresentação musical

GRAVEOLA E O LIXO POLIFÔNICO Banda de BH se apresenta na Mostra

Por Helsinara Piassi

A Mostra de Cinema – Tiradentes, realizada no período de 24 de janeiro a 01 de fevereiro, em Tiradentes, Minas Gerais, teve como proposta principal difundir estilos musicais e contribuir para a promoção e divulgação da mú-sica e da cultura local. Apresentando--a não apenas como um destino tu-rístico repleto de atrações naturais, mas também como uma comunidade que aprendeu a agregar qualidade de vida tão como cultura a sua rotina.

A curadoria do Festival optou por artistas mineiros da cena con-temporânea e promoveu encontros musicais inéditos. Artistas nacionais passaram pelo Cine Tenda Bar Show do Festival durante os nove dias, es-timulando a surpresa e a criatividade.

Abrindo o Festival, o grande en-tusiasta da influência afro nas artes Maurício Tizumba, mantém, em seu trabalho, a herança africana em suas mais diversas manifestações. Quer seja na música, dança, teatro ou cinema (atividades exercidas com desembara-ço pelo artista), percebe-se uma gran-de inventividade e espontaneidade, aliadas à mais forte e genuína tradição.

Influenciado por familiares que lutaram para manter viva na cultu-ra brasileira algumas das celebra-ções africanas tradicionais, o artis-ta tornou-se capitão da Guarda de Moçambique, um dos muitos grupos que celebram o Congado, uma mani-festação religiosa de origem africana que envolve a pantomímica derivada dos festivais de coroação africanos com elementos de dança e customi-zação europeus. Essas celebrações envolvem os participantes com canto, dança, tambores, além de procissões de rua e festejos em laço de um gru-po com os demais e a comunidade.

Com um estilo humorístico, que lhe é peculiar, o músico, cantor, ator

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Foto: Nereu Júnior / Universo Produções

TIZUMBA apresentando seu som para o público na Mostra de Cinema de Tiradentes

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TULIO MOURÃO atrai a atenção do público durante sua performance musical

Outro encontro musical concor-rido no sábado dia 01 de fevereiro, reuniu Erika Machado e Fernan-da Takai no palco Cine BNDES na praça. Érika prepara seu novo traba-lho, um CD infantil com previsão de lançamento para setembro de 2014. Para o evento, a cantora mineira con-vidou a colega Fernanda Takai, re-lembrando algumas das canções já gravadas em seus dois álbuns já lança-dos e algumas de suas novas canções.

Também se apresentaram Gus-tavo Figueiredo e trio, e suas insti-gantes colagens musicais, o talentoso Ricardo Nazar e seu irresistível cover de Chico Buarque, a banda Trans-missor e o cantor Lucas Avelar, que apresentou seu novo disco “Coisa de Cinema”. Os DJS Amplis e Carou completaram a festa das noites da 17ª Mostra de Cinema de Tiradentes com muita música e um espírito agitado.

e compositor, é um dos mais popu-lares e completos artistas da atualida-de. Alegre e carismático, dono de uma técnica atípica e original em tudo o que faz, o artista desenvolve uma arte multifacetada, com coerência e per-sistência, sempre fiel às suas crenças.

A criatividade ilimitada torna--o um artista genuinamente brasi-leiro, que atinge a universalidade da arte através de sua força, sincerida-de e avidez em preservar suas raízes e disseminar sua arte pelo mundo.

No segundo dia, Celinha Braga prestou sua homenagem a Carmem Miranda e convidou Marina Macha-do ao palco. Canções estimadas pelo grande público como “Aquarela do Brasil” de Ary Barroso, “Vatapá” e “O que é que a Baiana tem?” ambas de Dorival Caymmi, foram interpretadas por Celinha Braga e os músicos por ela convidados. Juntas encantaram o pú-blico com balangandãs e largos sorrisos.

O grupo mineiro Graveola e o Lixo Polifônico – foi a atração mais esperada. Criada há cerca de dez anos, em Belo Horizonte (MG), a banda ficou conhecida como uma reunião de estudantes hippies que misturava MPB e Indie Rock à lá Los Herma-nos, mas o rótulo “desbotou” com o tempo. Aliás, mudanças não faltam para o grupo mineiro: Os shows acús-ticos começaram a ganhar elementos mais elétricos, a própria formação se metamorfoseou de trio para sexte-to hoje formado por José Luis Bra-ga (voz, guitarra e violão), Bruno de Oliveira (contrabaixo), Luiz Gabriel Lopes (voz e guitarra), Luiza Brina (voz, percussão, escaleta e cavaqui-nho), Ygor Rajão (trompete, teclado e escaleta) e Yuri Vellasco (bateria).

A riqueza de timbres e de arran-jos, a construção das letras, as apro-priações de temas alheios e a técnica dos músicos são alguns dos pontos que justificam o fato do Graveola ser uma banda adorada pelo público cuja empatia aflora nas baladas; que dança e se perde nas quebras de ritmo, mas mesmo assim continua o movimento; que grita histericamente demonstran-do a relação sentimental com a banda e que repete o maior clichê da geração

palco, pular e abraçar uns aos outros. Uma das principais características que se mantêm é a “colagem musical”, ou seja, eles recriam sucessos a partir de um novo olhar para o que já existe.

A música instrumental de Túlio Mourão se apóia numa consistente construção melódica. O exercício e a vivência como premiado autor de trilhas sonoras lhe permite criar te-mas que estão muito longe de meros pretextos para improvisação. Túlio busca um perfil pessoal e original dentro da música instrumental bra-sileira, metabolizando elementos que vão da música erudita aos cân-ticos religiosos da tradição sacra e popular de Minas Gerais. O pianista exercita um perfil mais brasileiro e rítmico através de uma estimulante dinâmica entre a mão esquerda e di-reita, resultando numa síntese bati-zada de jazz mineiro.

Foto: Frederico Reis

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MOSTRINHA

Por Sílvia Reis

A 17ª Mostra de Cinema de Ti-radentes traz diversão para a família toda. Durante o evento foram exibidos 10 filmes que encantaram a garotada.

Entre os filmes mais esperados pelo público infantil estavam “Tainá - A Origem”, com direção de Rosane Svartman e a animação “A floresta é nossa”, do diretor Paulo Munhoz. O primeiro longa-metragem brasileiro, “Tainá - A Origem”, conta a vida da pequena índia Tainá e sua luta con-tra os piratas da biodiversidade. “A floresta é nossa”, sequência do filme “Brichos” de 2006, narra história dos habitantes da Vila dos Brichos, que precisam decidir o futura da sua cida-de, ameaçada de perder sua floresta.

Além das projeções cinematografi-cas, mais um atrativo uniu o público infantil durante a sessões de cinema: a Turma da Pipoca. Famosa entre a garotada, a Turma da Pipoca agitou os pequenos cineastas durante a apresen-tação do filme. A Turma é composta pelos personagens: Pipoca, Lúcio, o Lanterninha, Maria, a Baleira, Juca, o Projecionista e o Dudu - os guardiões do cinema, e o diretor Nando, a pro-dutora Fefa, o ator Jorge e a atriz Lia e a assistente Flor - os protagonistas do cinema. Os personagens estiveram presentes nas sessões de cinema inte-ragindo, divertindo e informando o publico infantil. De acordo com as crianças entrevistadas, “o mais diver-tido é que você assiste ao filme ao lado de algum destes personagens”.

Diversão para a família toda

Evento durante a 17ª Mostra de Cinema de Tiradentes divertiu crianças e adultos

PÚBLICO LOTA Mostrinha de Cinema, evento para crianças da 17ª Mostra

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NO CINE TENDA Crianças são animadas durante o filme “Tainá - A origem”

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Um estilo humorístico, que lhe é peculiar, o músico, cantor, ator e com-positor, é um dos mais populares e completos artistas da atualidade. Ale-gre e carismático, dono de uma técnica atípica e original em tudo o que faz, o artista desenvolve uma arte multifa-cetada, com coerência e persistência, sempre fiel às suas crenças.

A criatividade ilimitada torna-o um artista genuinamente brasileiro, que atinge a universalidade da arte através de sua força, sinceridade e avi-dez em preservar suas raízes e disse-minar sua arte pelo mundo.

Outra atração destinada ao público infantil foi o show na praça da Érika Machado e da Fernanda Takai. Reco-nhecida pela crítica desde o primeiro trabalho Érika Machado, prepara um novo trabalho dirigido ao público in-fantil. No show as artistas animaram a tarde das crianças com muita música e diversão. Os pais também disseram ter gostado muito da apresentação musical, “ este é um momento único, minha filha está super feliz”, afirmou Josiane ao ver a filha impolgada com as músicas da cantora.

A Mostrinha proporcionou ao pú-blico infantil momentos de descon-tração e diversão durante a 17ª Mostra de Cinema de Tiradentes, momentos esses que não voltam, mas podem ser proporcionados de novo nas próximas edições da Mostra.

A Mostrinha pro-porcionou ao público infantil momentos de

descontração e di-versão durante a 17ª

Mostra de Cinema de Tiradentes.

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BRICHOS - A FLORESTA É NOSSA turminha animou as crianças na Mostra

CRIANÇAS SE DIVERTEM durante a apresentação de “Brichos” na Mostra

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TAINÁ - A ORIGEM Foto tirada durante a apresentação do filme na Mostrinha

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NA FILA DA ARTE Espectadores aguardam a cerimônia de abertura da 17ª Mostra de Cinema de Tiradentes

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