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Colégio Estadual Arnaldo Busato – Ensino Fundamental – Médio – Profissionalizante e Normal. Apostila elaborada pela Professora : Antonia Troczinski Apostila de Artes Aluno(a):______________________ 7ª Série___nº.___

Apostila arte 2009 7ª série.doc

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Colégio Estadual Arnaldo Busato – Ensino Fundamental – Médio – Profissionalizante e

Normal. Apostila elaborada pela Professora : Antonia Troczinski

Apostila de Artes

Aluno(a):______________________ 7ª Série___nº.___

Coronel Vivida

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01 - Como Perceber a arte?Percebemos pelos sentidos e pela mente

Os sentidos atuam ao mesmo tempo em dois elementos (corpo e mente): provocando reflexos (corpo) e codificação de informações (mente). Quanto mais relação tiver com o mundo que o cerca, quanto mais consciente estiver de sua capacidade, mais percepção terá.

Estamos em uma época em que se prende a um único sentido: A VISÃO; oitenta e cinco por cento das informações que conscientizamos são obtidas apenas pelos olhos. Há um atrofiamento de todos os outros sentidos, por este motivo o potencial criativo é empobrecido sensivelmente.

Na arte foi aceita a tirania da visão; havendo uma saturação, começamos a perceber e estudar que a arte não se encontra totalmente no olhar, mas no tocar, no cheirar, tendo uma relação entre as diferentes maneiras de se perceber as coisas.Obra e a Pessoa

Esta relação de obra e pessoa acontece no momento em que você deixa fluir a obra, não somente olhando, mas tocando, comendo (sentido imaginário), vendo e cheirando a obra. O grande sucesso da MÚSICA, em nossos tempos, como expressão artística, deve-se à maneira que nos atinge, como um todo (exigindo, inclusive, a participação do corpo na dança). Esta tomada de consciência quanto à visão começa a interferir em várias outras artes; citamos como exemplo, as artes plásticas (quadros táteis), literatura (livros perfumados), teatro (autor e espectador passam a interagir no mesmo espaço).

Está esquisito sim, mas vou explicar.Exemplo: Tendo uma obra de arte (escultura, pintura, música) em suas mãos, olhe firmemente para ela, toque-a. Feche os olhos e deixe sua mente sentir o que você viu, imaginando:• suas características (data, dia ou noite, estado em que se encontrava o tempo, que cheiro tinha no momento da criação, estado emocional do criador, clima etc).

Neste momento, a junção (sensação e sentidos) faz todo seu corpo trabalhar em conjunto. A arte transforma-se numa linguagem composta de imagens e símbolos, pela qual o homem se comunica em termos mais perceptivos que conceituais.

O papel do artista é de interpretar, explicar e dramatizar o mundo em que vive, em todos os aspectos. Enquanto processo criativo, a arte envolve a participação tanto do artista criador quanto do seu público. A produção artística desenvolve-se, desse modo, em dois ou três tempos:

- com o próprio artista como força primeira,- com o interprete ou crítico,- como intermediário e com o público como destinatário final.

Os três componentes tomam parte no processo e a participação de cada um dependente da intensidade de seu empenho. Assim, a produção de obras de arte não se acha confinadas entre os artistas e suas atividades cotidianas todos produzem imagens, como o falar, o gesticular, o vestir, pois, consciente ou inconscientemente, estão envoltos no processo pelo qual projetam sua própria imagem psicológica e social.

A Arte é para todosPara que transformar o barro em objetos? Qual a finalidade de executar sons em um pedaço de

bambu e requebrar o corpo? Quais as funções da Arte?A Arte tem função na vida do homem. Vejamos algumas delas:Função IndividualO homem é um ser sensível, emociona-se, reflete, pensa. A Arte tem como finalidade

possibilitar os processos de percepção, sensibilização, cognição, expressão e criação necessários ao desenvolvimento global do homem. Ao suprir suas exigências básicas de sobrevivência, o homem quis mais: desejou ser mágico para transformar a matéria em outra diferente; desejou tornar o sonho realidade; desejou criar beleza para encontrar prazer; desejou conhecer a si mesmo para ter a consciência do que é e do que poderá vir a ser enquanto cidadão.

Função Social

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O homem é um ser cultural, fruidor e agente da Arte. Ela transmite a cultura elaborada pela humanidade. Enquanto linguagem ultrapassa a função da comunicação simples e pura, pois transmite idéias, sentimentos e informações já existentes, influenciando modos e atitudes, num movimento dinâmico de interação entre o homem e a sociedade. A Arte é conhecimento e, como tal, tem função no processo de educação do homem, enquanto Educação Artística e alfabetização estética. Ela revela os símbolos específicos da cada linguagem, necessários à construção de um leitor de mundo mais crítico, sensível e eficiente nos seus posicionamentos. Função Ambienta

A Arte, através da alfabetização estética, leva o homem a observar o meio que o cerca, reconhecendo a organização de suas formas, luzes e cores, suas harmonias e desequilíbrios, a sua natureza, bem como a construída.

Como vimos o homem transforma a natureza com o seu trabalho. Arte é matéria transformada, concreta, ocupa lugar e espaço. Até mesmo o som e o gesto, por mais fugazes que pareçam, compõem o ambiente e novos ambientes. Através de objetos, sons e movimentos uma nova paisagem visual, sonora, espacial vai surgindo a cada minuto e imprimindo novos significados, estéticos e necessidades para a sociedade. É importante que homem perceba este mundo, como uma paisagem, e tenha consciência ao transformá-la.

Atividades1 – Escreva tua opinião sobre a função da arte após estudo do texto. 2 – Como expressamos no cotidiano a influência do nosso conceito de arte na forma de ser, e na nossa aparência estética? Comente e dê exemplos, para apresentar no grupo.3 - Represente com desenho ou colagem cada função da arte.4 - Escolha uma função da arte para representar na forma de dança, teatro, música, expressão corporal.5 - Sentindo na pele: Olhe a gravura. A seguir, tente imaginar, como no exemplo acima, todas as sensações possíveis, entre no quadro, trabalhando as sensações como se você estivesse lá.6 -Trabalhe separadamente cada sentido:- Visão – olhar; - Tato - pegar; - Paladar – comer; - Olfato – cheirar; - Audição – ouvir. Explicar cada sentido em forma de sensação: -visão - tato – paladar - olfato – audição.7 - Comparar a gravura, transportar toda a imaginação do texto em um desenho, fazendo a

representação da atualidade.8- Como você percebe a arte? Comente.

02 - Comunicação e linguagemPara garantir sua sobrevivência no mundo e preservar seus conhecimentos e memória, o ser

humano necessita da comunicação através da linguagem oral e escrita. Veremos que a linguagem visual também tem grande importância no mundo humano.

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Diferentes modos do ser humano se comunicar.

Pensando sobre o tema e respondendo1- Observe as imagens de sinais de trânsito e placas na sua cidade e liste quais as que você consegue identificar o significado.2 - Você prefere se comunicar por meio verbal ou escrito? Você acha os meios de comunicação que só usam imagens são mais fáceis de serem compreendidos do que os que só utilizam a escrita?3 - Você identifica rapidamente e consegue compreender o significado de todas as imagens que observa em cartazes, outdoors ou muros?4 -Você sabe o que é comunicação e linguagem?

03 - Ampliando os conhecimentos

Algumas das características que determinam à condição humana são possuir inteligência, raciocínio, capacidade de simbolização e pensamento abstrato, se relacionar com o semelhante de maneira que o convívio social funcione como forma de garantir que o conhecimento adquirido hoje seja preservado e passado adiante para possíveis modificações e atualizações, levando à construção de diferentes culturas em diversos contextos históricos. Isto só existe devido à capacidade que o ser humano tem de se comunicar nos níveis pessoal, interpessoal e social.

Outros seres vivos também se comunicam, mas não em um nível de complexidade e nuances que o ser humano, nem preservam aquilo que é comunicado ou simbolizam significados concretos em idéias abstratas. A comunicação humana, enquanto perpetuação do conhecimento é entendida como uma troca de informações (estímulos, imagens, símbolos, mensagens) possibilitada por um conjunto de regras explícitas ou implícitas, a que chamamos de código.

Atividades1 – Em forma de desenho ou colagens apresente cinco símbolos ou códigos de comunicação.2 – Quais as capacidades que o ser humano possui para comunicar - se?3 – Como é entendida a comunicação humana?4 - Através do teatro de mímica represente uma comunicação na sala em grupo.5 – Escolha uma música e apresente com gestos. Veja se os colegas decodificam a mensagem.6 – Represente em sala de aula uma comunicação. (grupo com cinco alunos)

04 – Linha Quando agrupamos os pontos muito próximos, em uma seqüência ordenada uns.após os outros e de mesmo tamanho, causam à visão uma ilusão de direcionamento eAcabamos visualizando-os como uma linha.As linhas podem ser classificadas como:

Geométricas: são abstratas e tem apenas uma dimensão, o comprimento;Gráficas: linhas desenhadas ou traçadas numa superfície qualquer;

Físicas: pode ser observada, principalmente, nos contornos dos objetos, naturais ou construídos, criada de maneira abstrata na forma de uma percepção visual ilusória eImaginária como fios de lã, fios de energia, rachaduras em pisos, horizonte etc.

A linha gráfica pode indicar a trajetória de um ou vários pontos de maneira contínua variando quanto:Á espessura, (fina ou grossa);

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- Quanto à forma (reta, sinuosa, quebrada ou mista);- Quanto ao traçado (cheia, tracejada, pontilhada, traço e ponto, etc) e;- Quanto à posição (horizontal vertical ou inclinada).

- Destas características destacamos a forma e a posição que, dependendo da intenção dequem a desenha, a linha pode estar carregada de movimento e energia, assumindo diversas apresentações para expressar vários significados.

Para saber mais- Reta: linha ilimitada nos dois sentidos (sem começo ou fim) e possui uma única direção.- Semi-reta: linha que parte de um ponto de origem e é ilimitada apenas num sentido de crescimento.- Retas paralelas: linhas retas que não se cruzam e todos os seus pontos possuem a mesma distância.- Retas perpendiculares: linhas retas que se cruzam têm “aberturas” iguais mando um “canto reto”- Ângulo: é a “abertura” formada por duas linhas semi-retas que partem de um mesmo ponto.- Curva: linha que muda o seu sentido de direção podendo ser sinuosa, quebrada ou mista.Forma -A forma é derivada da organização imaginária que damos a um conjunto de linhas dando um sentido de orientação espacial e de reconhecimento da imagem repres tada. A mesma forma pode se apresentar diferente para nossa observação de acordo com a referência visual da superfície em ela está.

Existem três formas básicas: o círculo, o quadrado e o triângulo eqüilátero, cada qual com suas características e especificidades, exercendo no observador diferentes efeitos visuais e impressões quanto aos seus significados. As formas também podem se dividir em dois grandes grupos:- Geométricas: figuras ordenadas perfeitamente (formas básicas, polígonos etc), não tão facilmente reconhecidos na natureza no seu estado mais puro;

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-Orgânicas: formas ordenadas ou aleatórias em estruturas não geométricas, observadas principalmente na natureza, daí o seu nome (asa de inseto, folha de árvore, curso e ramificações de um rio etc).

As formas geométricas que observamos no mundo real são construídas pelo ser humano.

Atividades1- Classifique os tipos de linhas: Geométricas, Gráficas, Físicas.2- Como é a linha quanto à forma? Explique e represente com desenho abstrato utilizando todos

os elementos.3- Explique como é a linha quanto ao traçado.4- Como é a linha quanto à posição.5- Explique reta paralela.6- Como são retas perpendiculares?7- Que são ângulos? Represente.8- Construa um desenho envolvendo todas as linhas estudadas.

05 - Elementos VisuaisTrabalhando os elementos visuais dentro do campo: cores, textura e

ritmo.Temperatura: Cores quentes e frias x Corpo humano.

A temperatura nos transmite sensações. Exemplo: Paraíba, o clima é quente e seco (céu avermelhado, ar pesado etc); já em Curitiba, o clima é frio e úmido (céu azulado, ar ameno etc). Pensando em temperatura ambiental, podemos estudar as sensações de cores quentes e frias.

Trabalhando com as três cores básicas do arco-íris: azul, vermelho e amarelo (cores primárias).

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A cor azul é fria e o amarelo e vermelho são quentes, sendo o vermelho ligeiramente mais quente. Assim, o vermelho e o amarelo são associados a calor, fogo, sol, conotando proximidade com paixão, densidade.

Enquanto o azul associa-se a céus, gelos, distâncias, transparências, aberturas.

As cores quentes e frias articulam posições de contrastes que ocorrem simultaneamente no espaço: quentes avançam, expandindo-se, e as frias recuam, retraindo-se.

Em relação às cores secundárias e terciárias, dependerá perto de qual estiver ou qual a matiz (cor) mais forte. Exemplo, o verde será sempre mais quente; ao lado de um azul e mais frio que o vermelho. A diferenciação é mais abrangente ainda. Na realidade, cada cor se distingue dentro de sua própria tonalidade (claro ao escuro). Isso pode parecer complicado, mas o fato é simples e bastante lógico. Depende, apenas, das cores e suas aproximações das cores primárias.

Vejamos os vermelhos, que em si são quentes: aqueles tons que tendem para o azul (aparentando tons violetas) carmim, púrpura e laca - são vistos como vermelhos frios, perto do alaranjado ou do vermelhão, bastante quentes.

Nos amarelos, os tons esverdeados, como o amarelo-limão (tendendo ao azul), são mais frios que os amarelos dourados, gema de ovo, amarelo mostarda. Nos azuis, frios por natureza, também existem tons quentes. Os azuis que se aproximam do violeta, como o azul cobalto, azul-da-Prússia, se tornam mais frios.Decompondo a luz do sol nas cores do arco-íris

Cor luz é a cor provocada pelo efeito do sol percebida no arco- ires – sol e água.Com uma lata e o papel vegetal, você pode construir uma “câmera obscura”, baseada no princípio da “visão”.

Cor pigmento é aquela que é feita por de produtos: rochas, vegetais, argila e outros.

É a tinta do lápis dede cor, a que pintamos os edifícios e os tecidos.Se há luz, há cor. Tudo que chamamos de cor é proveniente da luz. A luz

solar é uma luz branca. A Física demonstrou que a luz solar é uma luz branca e que se propaga numa velocidade de 300.000 km/seg., em linha reta, num movimento vibratório ondular (ondas eletromagnéticas).

Atividades1 – Como ocorre a formação da cor que captamos pela visão.3 – Analise as duas pinturas que realizou, relatando as sensações passadas.4 - Analisar uma imagem de sua cidade, podendo ser um prédio, sua casa, sua escola, uma pessoa etc. Coloque em prática seus conhecimentos e faça sua análise da imagem.5 - Encontre as seguintes obras: 1- filme “A guerra de canudos” Revista Veja 1997. Foto; Obra de Picasso – Mulher Chorando; 3 - Obra de Murilo – Meninos comendo Melões; 4 - Neblina subindo na Ilha de Lanes Phillip Jamison. Analise cada uma, depois compare seus sentimentos, sua vida, os momentos. Observe o roteiro.6 - Pinte uma paisagem ou natureza morta utilizando o contraste.7 – Como captamos as sensações das cores?

06 – A cor e sua expressividade - Cores quentes e frias O Pintor Vicente Van Hogh (1853-1890) passou pela fase das cores quentes e cores frias em suas obras. Pintor impressionista descobriu em suas tela a

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explosão cósmica da luz, que o conduz à grande descoberta do efeito da cor. Pintava representando suas impressões ou sensações.

O desejo de manter contato direto com a natureza levou os pintores e escultores impressionistas a trabalharem fora dos ateliês. Assim uma paisagem ou uma figura era considerada bem pintada se possuísse grande quantidade de cores, descobertas no campo da ótica, linhas claras, escuras, desejam de renovação, sombras luminosas e áreas coloridas:

- As cores principais quentes são: vermelho – laranjada – amarela. - As principais cores frias são: azul – verde – lilás.

Atividades

1– Van Gogh utilizava as cores quentes e frias em suas obras, enfatizando bem cada elemento frio ou quente: - Pintar duas obras: (Ver figuras vaso de girassol e paisagem) e analisar quais as sensações obtidas pela sua percepção de visão nas Cores - Quentes e Frias.(divida a folha A4 ao meio.)2 - Pesquisar sobre O Pintor Vicente Van Hogh – e representar uma obra em cores quentes., “ Noite Estrelada”.3 – Realize uma pintura com cores frias.4 – Represente com trabalho de pintura as cores quentes.5 - Pinte em bandeja de isopor utilizando cores mistas o tema: (Sobre Justiça, respeito à vida e a natureza) .

07– A Harmonia na CorHarmonia é a relação existente entre as cores empregadas em um trabalho

artístico. Quando as cores de uma composição pertencem, em sua maior parte, à mesma gama de cores produz-se a harmonia.

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O uso de várias cores numa mesma obra é denominada policromia, que está presente em nosso dia-a-dia, inclusive na escola. Ex: na caixa de lápis de cor.

Monocromia é obtida com diferentes matizes de uma mesma cor. Ex: A cor azul forte, azul marinho, azul céu, etc.

Conseguimos a Isocromia com cores que influem umas nas outras. Por exemplo, uma pintura com diferentes predominâncias do amarelo e suas nuances.

No Contraste, as cores se valorizam mutuamente. Obtemos contraste com a justaposição de cores complementares, que se harmonizam quando uma é pura e a outra altera seu valor. Por exemplo: amarelo e violeta: verde e vermelho; preto e branco.

Policromia - É a arte feita com várias cores. É o emprego de várias cores no mesmo trabalho. POLI + CROMIA = MUITAS CORES Em artes gráficas, a policromia é obtida através da combinação das três cores primárias (amarelo; cian; magenta) mais o preto para realçar os contrastes. As ilustrações aparecem com cores bonitas. Tonalidades e matizes dão uma agradável sensação a quem olha.

Mas, para imprimir, as cores foram separadas. Não resta dúvida de que, para se obter um resultado harmônico da combinação de cores, é necessário um certo critério, bom-senso e um mínimo de conhecimento do uso dos materiais de pintura mas a experiência pessoal é ainda mais decisiva e é o que alimenta a revolução constante da arte.

“Noite Estrelada Van Gogh”As técnicas de pintura se desenvolveram, se industrializaram e a tecnologia

criou os pigmentos sintéticos. Cores “artificiais”, feitas em laboratório, mas tão intensas e belas como as cores naturais que tentam imitar. Muitas tintas industrializadas ainda são feitas com pigmentos naturais, mas já existem pigmentos sintéticos de todas as cores. Os corantes também são pigmentos. Você

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já percebeu quantos corantes consumimos em nossas refeições? É por que a cor dos alimentos também é um atrativo para aguçar o paladar: a gente também come “com os olhos”.

Atividades1 - Faça uma colagem representando cada característica das cores.2 - Pinte uma paisagem utilizando cada característica estudada: policromia, monocrômica, e isocromia.3 - Pinte uma paisagem marítima. Recrie a paisagem abaixo ampliando.4- Dobre uma folha e recorte dando forma, passe no seu caderno a figura que surgiu. Em seguida encontre cores que vão dar contrate entre a parte externa e a interna do desenho.

08- Simbologia das coresA cor também pode representar um símbolo. Esta simbologia varia

conforme a cultura ou a área em que é utilizada. Por exemplo, nas olimpíadas, o vermelho representa o Continente Americano. Na visão mítica, não é só um símbolo de vida, é a própria força vital.

Segundo a literatura que trata dos sonhos, o vermelho é símbolo de calor, fogo, raiva e paixão. No presente, é de senso comuns rosas vermelhas significarem amor. Na medicina alternativa, a cromoterapia é instrumento de cura. Segundo os estudos esotéricos, como a Astrologia a Numerologia, as cores podem influenciar os fatos do cotidiano.

O simbolismo das diversas cores está relacionado às religiões e podem ter vários significados culturais diferentes. Elas influem muito em nosso estado de ânimo, e tem poder de nos sugestionar, devido ao fato de a percepção cromática provocar reações psicológicas em nós. No entanto, certas cores tendem a ter um significado específico.

A cor, ou tom, é resultado da existência da luz, ou seja, se a luz não existisse, não haveriam cores, à exceção do preto que, é exatamente a ausência de luz. O preto é resultado de algo que absorve toda a luz e não reflete, o branco resulta de algo que reflete toda a luz, logo é a existência de luz.

Assim, poderíamos dizer que o branco e o preto não são exatamente cores, mas antes características da luz.

Isaac Newton, em 1666, fez uma experiência onde verificou que a luz do Sol, tinha grande influência na existência das cores, nomeadamente as cores do arco-íris.

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De salientar a sua importância, na evolução das teorias para a explicação da natureza da luz, para explicar igualmente a cor que vemos nas coisas e compreender que estas se relacionam com a estrutura das substâncias que as constituem.

A luz é, pois fundamental para a percepção da cor, uma vez que as cores só existem e só são vistas pelos nossos olhos, com a presença da luz. Assim, é essencial falar da cor-pigmento e da cor-luz.

A cor-pigmento é a substância usada para imitar os fenômenos da cor-luz. Cores que podem ser extraídas da natureza, como materiais de origem vegetal, animal ou mineral, e que da sua mistura, através de processos industriais, surge o pigmento.

A cor-luz baseia-se na luz solar e pode ser vista através dos raios luminosos. A cor-luz representa a própria luz, capaz de se decompor em várias cores.

 É um fato que as cores têm uma grande influência psicológica sobre o ser humano. Existem cores que se apresentam como estimulantes, alegres, otimista, outras serenas e tranquilas, entre outros.

Assim, quando o Homem tomou consciência desta realidade, aprendeu a usar as cores como estímulos para encontrar determinadas respostas e, a cor que durante muito tempo só teve finalidades estéticas, passou a ter também finalidades e funcionalidades práticas.

É possível, pois, compreender a simbologia das cores e através delas dar e receber informações.

Vejamos alguns exemplos de cores e sua simbologia:

O preto está associado à idéia de morte, luto ou terror, no entanto também se liga ao mistério e à fantasia, sendo hoje em dia uma cor com valor de uma certa sofisticação e luxo. Significa também dignidade.

O branco associa-se à idéia de paz, de calma, de pureza. Também está associado ao frio e à limpeza. Significa  inocência e pureza.

O cinzento pode simbolizar o medo ou a depressão, mas é também uma cor que transmite estabilidade, sucesso e qualidade.

O Bege é uma cor que transmite calma e passividade. Está associada à melancolia e ao clássico.

O Vermelho é a cor da paixão e do sentimento. Simboliza o amor, o desejo, mas também simboliza o orgulho, a violência, a agressividade ou o poder.

O Vermelho escuro significa elegância, requinte e liderança.

O Verde significa vigor, juventude, frescor, esperança e calma.

O Verde-escuro está associado ao masculino, lembra grandeza, como um oceano. É uma cor  que simboliza tudo o que é viril.

O Verde-claro significa contentamento e proteção.

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O Amarelo transmite calor, luz e descontração. Simbolicamente está associado à prosperidade. É também uma cor energética, ativa que transmite otimismo. Está associada ao Verão.

O Laranja é uma cor quente, tal como o amarelo e o vermelho. É, pois uma cor ativa que, significa movimento e espontaneidade.

O Azul é a cor do céu, do espírito e do pensamento. Simboliza a lealdade, a fidelidade, a personalidade e subtileza. Simboliza também o ideal e o sonho. É a mais fria das cores frias.

O Azul-escuro, é considerada uma cor romântica, talvez porque lembre a cor do mar, no entanto é uma cor que se associa a uma certa falta de coragem ou monotonia.

O Azul claro significa tranquilidade, compreensão e frescura.

O Castanho é a cor da Terra. Esta cor significa maturidade, consciência e responsabilidade. Está ainda associada ao conforto, estabilidade, resistência e simplicidade.

O Roxo transmite a sensação de tristeza. Significa prosperidade, nobreza e respeito.

O Lilás significa espiritualidade e intuição.

O Rosa significa beleza, saúde, sensualidade e também romantismo.

O Rosa claro está associado ao feminino. Remete para algo amoroso, carinhoso, terno, suave e ao mesmo tempo para uma certa fragilidade e delicadeza. Está ainda associado à compaixão.

O Salmão está associado à felicidade e à harmonia.

O prateado ou cor prata é uma cor associada ao moderno, às novas tecnologias, à novidade, à inovação.

O Dourado ou cor ouro está simbolicamente associado ao ouro e à riqueza, a algo majestoso.

Atividades1 - Como você interpreta a mensagem das cores. Comente.2 - Que tipo de cores surge no arco – ires?3 - Faça uma pintura utilizando suas cores preferidas contidas em vegetais, frutas, legumes e pesquise as vitaminas associadas ás cores. Fazer uma exposição4 - Qual sua cor preferida e por quê? Ela causa alguma reação no seu estado de espírito?5 – Destaque em que situações as cores são indispensáveis.6 - Que símbolo você adotaria e que exprime a sua personalidade sua maneira de ser? Represente em pintura. Utilize suas cores preferidas depois de saber seu significado.7 – Construa um trabalho tridimensional nas cores preferidas, (móbile ).8 – Construa o disco de Isaac Newton em papelão e pinte.

09-TexturaAo lado de uma cor e da tonalidade, a textura. É uma qualidade da

superfície, que pode ser reconhecida tanto pelo tato como pela visão ou graficamente.

Encontramos textura em tudo: animal, vegetal e mineral; nosso dia a dia está repleto de textura. Por onde passamos verificamos as texturas, em cada lugar que olhamos, em cada lugar que tocamos, estamos interagindo com a textura.

• Textura tátil: que se pode tocar sentir apalpar. Exemplo: papel, palha lã, madeira.

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• Textura visual e gráfica: que se pode ver sentir no olhar, observar. Exemplo: pintura desenho em grafite, pontilhismo, linhas.Padrões de textura

A estrutura da composição de uma pintura pode tanto se apoiar em um padrão de texturas quanto numa combinação de formas, cores e tons. No quadro de Van Gogh, “Girassóis”, há tanta textura visual, que a flor representa saltar fora do quadro. Para obter maior dramaticidade, introduza algumas texturas de forte contraste dentro ou em torno do ponto focal (aquele ponto em que seu olhar não corre fica fixo).

Durante milhares de anos o Homem só se preocupou com a criação e produção de muitas “coisas”. Coisas, coisas e mais  coisas, coisas até de mais! Inventou novos materiais e ferramentas, novos produtos, sem se preocupar, um só momento, com os métodos usados na sua fabricação e com as conseqüências desse ato. O ambiente foi sendo destruído. O ar, a água e o solo foram-se alterando. Desapareceram espécies de animais e vegetais; devastaram-se florestas, esgotaram-se solos, poluíram-se rios e destruíram-se recursos.

Mesmo assim, a natureza continua a premiar-nos com maravilhosos exemplos de texturas. Da mesma forma, as transformações criadas e feitas pelo homem também têm originado os mais variados tipos de texturas.

Mas afinal, o que é a Textura?

A textura é o aspecto de uma superfície, ou seja, a pele de uma forma, que permite identificá-la e distingui-la de outras formas. Quando tocamos ou olhamos para um objetos ou superfície "sentimos" se a superfície é lisa, rugosa, macia, áspera ou ondulada. A Textura é por isso uma sensação visual ou tátil.

Quanto ao aspecto Visual podemos agrupar as texturas em: Texturas Naturais: São aquelas que resultam da intervenção natural humana no meio ambiente ou que caracterizam o aspecto exterior das formas e coisas existentes na Natureza (cascas de troncos de árvores, madeira, folhas, rochas, peles e outros revestimentos de animais).

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Texturas Artificiais:

São aquelas que resultam da intervenção humana através da utilização de materiais e instrumentos devidamente manipulados. O Homem desde sempre tenta criar nas superfícies/objetos, texturas idênticas às criadas na Natureza, logo elas são o reflexo do modo como expressamos o nosso entendimento do mundo que nos rodeia.

Depende da manipulação das matérias e das técnicas utilizadas e do modo como utilizamos as linguagens plásticas. Por meio de elementos lineares, pontuais, de manchas, incisões, etc, podem criar texturas com características ornamentais ou funcionais.

Atividades1- Pegar terras ou de várias cores, mexer bastante com elas até ficarem bem finas. Passar em

uma peneira. Depois, em uma folha de papel, jogar cola e a terra por cima, verificando cada cor, vendo o contraste entre escuro e o claro.

2- Dividir a folha A4, em dez partes iguais e escolher alguns exemplos de textura e preencher o quadro.

3- Fazer um desenho com o lápis preto de escrever, observando a textura visual.Primeiro com contorno; depois, é só preencher a superfície com textura. Todos os tipos.

4 - Fazendo a releitura (refazer o quadro) - Van Gogh “Girassóis”. Pinte o quadro ou “O Trigal”

Ampliando os conhecimentosTextura: é a qualidade impressa em uma superfície, enriquecendo as impressões e sentidos que teremos de determinada forma. A textura pode ser classificada de duas maneiras: quanto à sua natureza e quanto à forma que ela se apresenta.

Quanto à natureza:

Textura tátil - é aquela que podemos tocar e sentir fisicamente a sua característica peculiar pelo tato, como, por exemplo, o reboco granuloso de uma parede, a aspereza de uma lixa, a lisura de uma cerâmica polida;Textura ótica - é aquela existente apenas na ilusão criada pelo olho humano, como, por exemplo, a capa de um livro que reproduza a imagem de uma parede rebocada ou as imagens impressas num tecido que criam um padrão de textura reconhecido pela visão, mas não sentido pelo tato.

Quanto à forma que se apresenta:Geométrica – a organização de formas geométricas num padrão dentro de uma área ou superfície acaba dando a esta a característica de uma textura. Isto acontece por que agrupamos muito próximos visualmente os elementos semelhantes.

Orgânica – a superfície possui uma aparência de algo natural, iludindo o olho como se pudesse ser percebida pelo toque.

Para saber mais

Piet Mondrian (1872-1944): artista holandês que trabalhava com a arte abstrata geométrica buscando romper com a representação figurativa na arte, ou seja, sendo contra a cópia mais ou menos fiel da realidade. Seguia o movimento chamado De Stijl (o Estilo) e reduzia a imagem aos seus elementos básicos – linhas, formas, cores e ritmo numa composição que abandona a arte do “natural” e passa a seguir formas rígidas e geométricas. Composição VII. Piet Mondrian. Holanda. 1913.

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10– Movimento

Ao percorremos a imagem com os olhos durante a observação seguindo uma ou várias direções (horizontal, vertical, inclinado e curva) estamos trabalhando também com o elemento básico do movimento.

O movimento funciona como uma ação que se realiza através da ilusão criada pelo olho humano. Podemos observar uma imagem estática num papel e parecer que ela está se movimentando para os nossos olhos. Isso acontece devido à maneira como os elementos básicos são arranjados e combinados entre si para criar a ilusão do movimento.

Atividades1 – Comente como é percebido o movimento na obra.2 – Desenhe um grupo de pessoas em movimento. 3 - Recorte de revista natureza e animais, aves que demonstrem estar em movimento.

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11- Profundidade e Ilusão plástica - Plano bidimensional – Modelagem de tom

Trabalhando a profundidade em um quadro, você consegue despertar interesse, ao dar ao seu trabalho um efeito de ilusão (papel plano – visualização profunda); você cria um primeiro plano, um plano intermediário e um plano de fundo, fazendo com que o observador entre no quadro, explorando a percepção lógica e o raciocínio.

Transmitir a profundidade não implica, necessariamente, em “saber” o uso da perspectiva linear – há outras maneiras de se obter esse efeito, por exemplo, em uma cena de rua ou uma paisagem com uma estrada.

Há profundidade nesta paisagem apenas com os objetos em uso, as flores e capim, em primeiro plano, apresentam uma riqueza de textura. Os detalhes praticamente desaparecem à medida que nossos olhos se aproximam do plano intermediário, criando a ilusão de que estamos olhando para longe. Com nossa visão, temos que passear pelo quadro.

Se você olha para o horizonte, aquela árvore que está distante “é pequena” (na visão); na pintura, temos que fazer mesmo, conforme for distanciando, você vai diminuindo o tamanho, para criar a ilusão de profundidade.

Verifique as linhas marcadas. Esta profundidade foi feita com o trabalho de luz e sombra (claro e escuro) da obra. (Neblina subindo na Ilhas de Lanes – Phillip Jamison pesquisar).

Na colocação dos cactos, observamos a profundidade; o primeiro plano, o plano intermediário com os outros cactos menores, e o plano fundo as nuvens, o sol no céu. Esta composição estaria errada se os cactos estivessem na mesma linha, temos que colocar planos sobre planos para que haja esta ilusão.

Verifique as linhas marcadas no quadro, olhe a profundidade somente na colocação dos elementos.

A perspectiva linear é outro elemento e está nestas obras para transmitir a sensação de profundidade. Note que foram colocadas pedras, plantas, montanhas que permeiam o quadro todo - são colocados desde o primeiro plano, no intermediário e no fundo. Eles vão diminuindo à medida que vão se afastando, auxiliando a visão a passear por todo solo.

No ponto inicial, a perspectiva linear; observe que vão surgindo vários raios abrindo o desenho.

Atividades

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1 – Amplie o desenho acima e acrescente mais elementos deixando bem claro os três planos.2 - Recorte imagens contendo bem percebível os planos.3 – Depois de perceber a forma de desenhar pinte com tinta ou guache em papel paraná uma obra bem elaborada com os três planos.4- Produza desenhos utilizando a técnica estudada com sombra, fundo e plano, com as dimensões. Pode ser em grafite. Pesquise obras comentadas para analisar e compreender melhor.5 - Desenhe observando perspectiva e sobreposição.6 – Coloque um vaso a sua frente e projete-o no papel, tente observar os raios de luz que refletem representando em pintura grafite.

12 - Formas Tridimensionais

Os escultores utilizam diversos materiais que permitam usar forma tridimensional: o ferro, o vidro, o marfim, o plástico. A lista é enorme, mas o que não podemos deixar de mencionar, por causa da constância de sua utilização, é o BARRO, material usado desde a pré-história, até os dias atuais.

Barro ou argila provavelmente o primeiro material escultórico utilizado pelo homem, serve para criar formas que, depois, serão transpassadas para outro material mais resistente.Talvez seja na arte da escultura onde vemos, com maior clareza, que a forma é o resultado da união de idéia e da matéria para conseguir o resultado de toda a obra de arte: a materialização da idéia.

Nos grandes centros, encontramos vários estilos de esculturas (na praça, na igreja, cemitério etc). Relembramos uma escultura fabulosa e cartão postal do Brasil, o Cristo Redentor - RJ.Cabeça de Mulher, 1932 (Bronze – 86 x 32 x 40,5 cm Paris - Museé Picasso)

Atividades1 - Como você entende a tridimensionalidade? Explique.2 – Encontre um objeto, (vaso, lata, porta lápis) decore dando beleza.

13 - Equilíbrio: simétrico e assimétricoSimetria: (lados iguais) é a forma mais simples desse tipo de organização

do equilíbrio; os elementos se repetem como imagens refletidas num espelho em ambos os lados do eixo ou dos eixos. Utiliza-se em esquemas decorativos ou em composições muito formais.

É muito fácil estudar esses elementos, pois, como todos os elementos visuais, nós os usamos no dia-a-dia, fazendo uma relação espacial dentro de um todo, fazendo parte da nossa visão. Tais observações relacionais constituem um aspecto indispensável da experiência comum em muitas áreas sensoriais: “este mastro da bandeira não está reto”, “aquele piano está desafinado”, “este quadro na parede está mal colocado”. Isso referido ao espaço que você o colocou.

O que uma pessoa ou animal percebe não é apenas um arranjo de objetos, cores e formas, movimentos e tamanhos. É, talvez, antes de tudo, uma interação de tensões dirigidas. Algo simétrico no espaço é adequado à sua visão. Por exemplo, quem nunca ficou olhando um objeto que acha que não está na posição correta, falta algo? Este algo é o equilíbrio simétrico.

A maneira mais fácil de abordar o equilíbrio é considerá-lo como uma igualdade de oposição. Isto implica na existência de um eixo ou ponto central no campo, ao redor do qual as forças opostas estão em equilíbrio. Partindo dessa concepção básica, desenvolveu-se tipo distinto de equilíbrios.

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O que é equilíbrio?É um estado de repouso que se encontra nos corpos solicitados por forças

iguais e contrárias. Simetria bilateral:

Equilíbrio simétrico:Objetivo simétrico nos dá a sensação de harmonia, equilíbrio, ordem, as formas de um lado parecem iguais às do outro. A característica principal é a harmonia entre as partes

Na qual a forma vai se espelhando na outra, ficando idêntica e nos dando a sensação de ilusão ótica. Para este reconhecimento da figura de visão ótica, precisa ser olhada, primeiro, sua figura - fundo, depois a figura principal. (Não esquecendo que toda simetria possui um eixo central (EC)).

Encontramos esta simetria na disposição das pétalas das flores, na estrutura da folha, em alguns objetos de casa; nosso corpo também apresenta esta simetria (a parte direita é igual à parte esquerda).

Simetria radial:Este tipo de desenho nos faz observar a concentração; as forças estão em

um ponto central, do centro para fora. Exemplo no reino animal, vegetal e mineral (o sol, a roda da bicicleta etc).

O que é Assimetria?Nem tudo é simétrico, temos, também, a assimetria. Refere-se ao objeto

que não possui um eixo central, não há correspondência entre as partes; estão presentes no ambiente natural, em algumas formas arquitetônicas.

Forma simétrica - cor assimétrica: o esquema pode ser simétrico quanto à forma, porém, Assimétrico com respeito à cor.

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Atividades1- Exemplo tirado da pintura Luxúria de Matisse. Ele usou, neste quadro, a simetria cromática entre a parte superior e inferior. Pinte-o e veremos o resultado. (Ver Minimanual pg.94)2 – Represente com desenho ou colagem figuras simétricas e assimétricas encontradas na natureza.3 – Represente movimentos do corpo com equilíbrio simétrico e assimétrico. Recortar em papel colorido e fazer colagem. 4 – Represente corpo em movimento. Exemplo bailarina salto à distância ou outros esportes e danças.5 – Dobre uma folha de ofício na parte comprida e no lado da dobra escreva teu nome em manuscrito. Recorte sem separar a dobra. Você encontrará figura simétrica muito engraçada tirada do teu nome.6 – Recortar figuras simétricas e assimétricas com temas ecológicos e compor uma colagem.7 - Trabalhar com sucata (litros de plásticos, latas, sacolas, tampas de garrafas etc) e construir objetos utilitários. Uns devem ter forma assimétrica e outros forma simétrica. Fazer uma exposição para demonstrar a utilidade da reciclagem com sucata.

14 - Diferentes funções da LinhaEm tudo o que te rodeia podemos encontrar linhas de vários tipos, tais como:

Podemos ainda descobrir uma infinidade de linhas em que se calhar nunca reparaste e que se podem assemelhar a estes tipos:

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Em suma, a linha é um meio de representação elementar. Como pudemos observar, a natureza da linha pode conferir-lhe aspectos diferentes:

Confortável, suave, simpática.

Agressiva

Ritmo

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15 – Vamos desenhar faróis para compreender a perspectiva, as linhas, o espaço e o volume.

Cercado pelas ondas do oceano e areia, esse farol emerge da costa para guiar os navios à noite. Nossas instruções simples irão guiá-lo enquanto aprende a desenhar.

Neste estudo estaremos revendo conhecimentos que adquirimos no decurso do estudo para colocar em prática no exercício com desenho abaixo.

Aprenda a desenhar esse farol

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Nessa seção nós mostraremos como desenhar esse farol. Você pode desenhar à mão livre enquanto olha para o monitor do seu computador ou pode imprimir essa página para ver mais detalhes de cada passo. Aqui nós mostraremos uma ilustração de cada passo e então, faremos uma descrição de como desenhar. Siga as linhas vermelhas de cada ilustração para saber exatamente o que desenhar naquele passo. As linhas desenhadas nos passos anteriores são mostradas em cinza.

Passo 1: Esboce um cilindro no centro da folha e uma caixa tridimensional à esquerda dele. Desenhe uma linha horizontal para o solo.

Passo 2: Acrescente um topo duplo ao cilindro. Desenhe linhas curvadas no cilindro como mostrado. Coloque um telhado na casa pequena com linhas angulares. Acrescente retângulos para as janelas. Desenhe duas linhas verticais em cada janela para as venezianas. Esboce a porta com um retângulo incompleto. Desenhe formas ovais desiguais para as rochas e uma linha ondulada para as árvores no horizonte distante.

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Passo 3: Desenhe uma porta para o farol. Finalize ambas as portas e as duas janelas com sinais de + e linhas duplas. Acrescente maçanetas. Desenhe um retângulo pequeno e um maior no farol para as janelas. Acrescente linhas verticais para o parapeito. Esboce linhas verticais duplas e uma figura em formato de sino para o topo do farol. Use uma linha rabiscada para as ondas.

Passo 4: Sombreie o telhado do farol com linhas cruzadas. Acrescente mais linhas diagonais para o vidro no topo do farol. Faça detalhes no parapeito com linhas pretas espessas. Acrescente as sombras das janelas. Dê textura ao telhado e às tábuas das venezianas da casa com linhas horizontais. Sombreie as rochas e a água. Seu desenho está pronto! Mesmo que você não consiga acertar na

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primeira vez, continue praticando até estar satisfeito com o seu desenho.

Atividades1 - A Torre Eiffel é um dos monumentos mais reconhecidos do mundo. Desenhe em folha ofício para avaliação observando os elementos do desenho já estudados.2 - Pesquise sobre a Historia da Torre Eiffel.3 – Pesquise sobre “O Farol” Anita Malfatti e faça uma releitura.

16 - Gravura: conceito, história e técnicas.O termo "gravura" é muito conhecido pela maioria das pessoas, no entanto, as várias modalidades

que constituem esse gênero, costumam confundir-se entre si, ou com outras formas de reprodução gráfica de imagens. Isto faz da gravura uma velha conhecida, da qual pouco sabemos de fato.

De um modo geral, chama-se "gravura" o múltiplo de uma Obra de Arte, reproduzida a partir de uma matriz. Mas trata-se aqui de um reprodução "numerada e assinada uma a uma", compondo desta forma uma edição restrita, diferente do "poster", que é um produto de processos gráficos automáticos, e reproduzido em larga escala sem a intervenção do artista.

Um carimbo pode ser a matriz de uma gravura, a grosso modo. Mas quando esse "carimbo" é fruto da elaboração e manipulação minuciosa de um artista, temos um "original" - uma matriz - de onde surgirão as imagens que levarão um título, uma assinatura, a data e a numeração que a identificam dentro da produção desse artista: torna-se uma Obra de Arte.

Cada imagem reproduzida desta forma é única em si, independentemente de suas cópias,

consequentemente, cada gravura "é única", é uma Obra original assinada. O fato de haver cópias da

mesma imagem, nada tem a ver com a questão de sua originalidade. Ao contrário disso, a arte da

gravura está justamente na perícia da reprodução da imagem, na fidelidade entre as cópias, este é um

dos fatores que distinguem o artista "gravador"

Atividades1 - O que é arte em gravura? 2 - Como é produzida a gravura?3 – Como são suas cópias.4 – Faça uma gravura em isopor ou em alumínio.

17 - MáscarasDesde a Pré –História o homem usa máscaras, principalmente em rituais religiosos. Na África

elas são esculpidas em madeira e pintadas; os índios americanos fazem-nas de couro pintado e adorno de penas.

Na Oceania são feitas de conchas e madeira incrustada de madrepérolas. A múmia do rei de Micenas, na Grécia Antiga, quando foi encontrada, tinha o rosto recoberto por uma máscara moldada em delgada chapa de ouro.

Outro tipo muito antigo de máscara é a desenhada no próprio rosto, com maquiagens e pinturas diversas. As nações indígenas da América e os povos africanos utilizam ainda hoje esse tipo de máscara em rituais religiosos, de guerra etc. No teatro chinês, as cores das máscaras representam os sentimentos. No Japão, as mulheres eram proibidas de representar. Os homens então usavam máscaras que representavam personagens femininos.

Em Veneza, no século XVIII, tornou-se um hábito o uso de máscaras. O interessante é que não se tratava de religião ou magia, fazia parte do vestuário.

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No Brasil, além de serem usadas durante o carnaval, as máscaras aparecem em festas tradicionais do nosso folclore, como bumba-meu-boi, reisados etc.

O teatro de máscaras, além de recrear, socializar, melhorar a dicção dos alunos, tem ainda a vantagem de desinibir alunos tímidos. Com o rosto oculto pela máscara, eles sentem-se protegidos, vivem o enredo, são os próprios personagens: o leão, o cisne, o gato, o cão etc.

Quando o trabalho em classe exigir o uso da palavra, deve-se utilizar a meia máscara, que é aquela que cobre os olhos e o nariz permitindo que a voz saia clara. Tipos de Máscaras: -Máscaras de tecidos

Corte um quadrado com 50 cm de lado. Dobre-o na diagonal e costure. Se quiser, apare as bordas. Vista a máscara na criança para marcar a posição dos olhos, do nariz e da boca. Corte nos lugares marcados e deixe-a pintar ou colocar os acessórios.

-Máscara de cartolina, papel-cartão ou papelão.Corte uma máscara com a forma do rosto da criança. Desenhe e recorte os olhos, a boca e o nariz, que ficará suspenso.

Pinte ou cole os acessórios: cabelos orelhas, boné, laços de fita etc.-Máscara de jornal.

Use duas folhas de jornal. Cole-as dos lados e em cima, deixando abertura na parte inferior para que possa ser enfiada a cabeça. Desenhe recorte e pinte os detalhes.-Máscara de saco de papel.

Faça dois buracos grandes no lugar dos olhos. Recorte a boca. Cole os lábios, recortados em papel vermelho (pode ser de revista). Enfeite os cabelos, coloque bigodes, conforme a caracterização. Encaixe a máscara na cabeça. Querendo, enrole-a num lençol ou vista-a com um camisolão.

Atividades

1 - A partir da confecção das máscaras pode ser desenvolvida uma história para a dramatização, ou, ao contrário, as máscaras podem ser feitas em função de um enredo.2 – Como as máscaras surgiram?3 – Como eram feitas as máscaras e que circunstancia era usada?4 - Como o uso da máscara pode contribuir ?5 – Confeccione uma máscara para em seguida montar uma peça utilizando-a.

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18- Arte Moderna Brasileira

O final do século XIX decorre cheio de insatisfação e angústia nos meios literários e artísticos.Tudo velho, nada de renovação. Raimundo Correa reclama do retraimento na literatura e na vida intelectual do país de um modo geral.

Mas o século XX logo se inicia e os acontecimentos sociais e econômicos trazem novo alento. A invenção de Santos Dumont, a urbanização do Rio de Janeiro, a construção de estradas de ferro, a iluminação elétrica e o crescente prestígio da indústria trazem para o povo um forte sentimento de nacionalidade.

A prosperidade econômica favorece as viagens e estudos no Velho Mundo. Um grupo de jovens, chefiados por Oswald de Andrade, lança a semente do movimento modernista brasileiro, incendiando, e contagiando um grupo de intelectuais. Criticam a diacronia brasileira, o atraso em relação aos movimentos internacionais, o apego ao Academicismo e o Arcaísmo das artes brasileiras.

Os precursores do movimento modernista, que terá seu clímax na Semana da Arte Moderna de 1922, são: Lasar Segall e Anita Malfatti.

Anita Catarina Malfatti nasceu em São Paulo, em 1896, e seus primeiros estudos artísticos foram orientados pela mãe, pintora amadora. Em 1912, foi enviada para a Alemanha, a fim de cursar a Academia de Belas Artes de Berlim, após curto estágio em Dresden. A própria artista, em depoimento de 1939, assim descreveu esses primeiros tempos na Europa: “Em Berlim continuei a busca e comecei a desenhar. Desenhei seis meses dia e noite. Um dia fui ver uma exposição e pensei: tudo aqui é luz, o artista está certo. Nada neste mundo é incolor ou sem luz”.

. Em 1917, ajudada por amigos, preparou uma nova exposição, mas uma crítica feroz de Monteiro Lobato fez Anita perder a autoconfiança, impedindo-o de desenvolver sua própria linguagem nos anos seguintes.

Depois de uma curta temporada na França, Anita retorna ao Brasil e realiza sua primeira exposição individual, acolhida com simpatia por Nestor Rangel Pestana, crítico de arte de O Estado de São Paulo.

Pouco depois dessa promissora estréia, volta para os Estados Unidos, fichando-se em Nova York..

Volta para o Brasil com muitas idéias novas e decidem fazer uma exposição com 53 obras, entre pinturas, aquarelas, desenhos, caricaturas e gravuras. Alguns desses trabalhos tornaram-se, com o passar dos anos, clássicos da moderna pintura brasileira: A Estudante Russa, O Homem Amarelo, Mulher de cabelos Verdes, Caboclinha.

Anita continuou pintando e chegou mesmo a participar da mostra de artes plásticas realizadas no saguão do Teatro Municipal de São Paulo em fevereiro de 1922, por ocasião da Semana de Arte Moderna, mas sem o élan dos primeiros tempos.

Em 1933, recebeu uma grande medalha de prata, no Salão Paulista de Belas Artes, e em 1951 participou da I Bienal de São Paulo, tornando a expor nesse certame em 1963, quando lhe foi consagrada sala especial.

Lasar Segall, pintor, escultor, desenhista e gravador nasceram em 1891 em Vilna, na Lituânia, e nessa cidade deu inicio ao seu aprendizado com o escultor e gravador Markus Antoklski. Em 1906, emigrou para a Alemanha, estudando na Academia de Belas Artes de Berlim entre 1907 e 1909, quando foi desligado por ter participado da Freie Sezession – uma exposição de artistas descompromissados com a estética oficial – na qual conquistou o Prêmio Max Liebermann.

Freqüentou a academia de Belas Artes em Meisterchüller. No mesmo ano, em Dresden, realizou sua primeira mostra individual, com pinturas ainda fortemente marcadas pelo Impressionismo de Liebermann.

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Tinha 20 anos quando começou a se afastar gradativamente da influência de Liebermann e a se aproximar do Expressionismo. Viajou muito e veio ao Brasil em 1913, onde realizou a primeira exposição de arte moderna. No mesmo ano, voltou para a Alemanha e foi internado num campo de concentração. Essa amarga experiência lhe servia, anos mais tarde, na abordagem de alguns de seus quadros mais trágicos, inspirados pela guerra de 1939.

Uma onda de nacionalismo começa a se infiltrar no país. Em 1919, forma-se um grupo de literatos e artistas plásticos: Oswaldo de Andrade, Mário de Andrade, Ronaldo de Carvalho, Menotti Del Pichia, Guilherme de Almeida, Di Cavalcante e Ferrignac.

Dinamiza-se o movimento com as comemorações do centenário da independência. Novos artistas do Rio e São Paulo ligam-se ao grupo, no qual se faz literatura, Artes Plásticas, Música e Teatro. Todos desejam renovar. Seu lema NEGAÇÃO DO PASSADO E LIBERTAÇÃO DA ARTE - Anita Malfatti

Atividades1 - O que levou Oswald de Andrade a chefiar um grupo de jovens no inicio do século XX? 2 - O que aconteceu com essa idéia plantada por esse grupo de jovens?3 - Como você colocaria a importância da Anita Malfatti para as artes plásticas? 4 - O Grupo modernista, que surge para dinamizar o mundo das artes, era formado por quem?5 - Recorte em revistas vários tipos de caricaturas e faça uma colagem. 6 - Crie uma caricatura de uma pessoa que você queira escolher ou um político local.7 – O que Santos Dumont tem haver com o Modernismo? Pesquise.8 - Qual era o lema dos Modernistas e o que significava?

19 - A Semana de Arte ModernaA 29 de janeiro de 1922, uma nota estampada no Correio Paulistano anunciava a realização,

entre 11 e 18 de fevereiro, de uma Semana de Arte no Teatro Municipal de São Paulo, com a participação de escritores, músicos, artistas e arquitetos de São Paulo e do Rio de Janeiro.De acordo com a notícia, a Semana, organizada por intelectuais das duas cidades, Graça Aranha à frente tinha por objetivo dar ao público de São Paulo “a perfeita demonstração do que há em nosso meio em escultura, arquitetura, música e literatura sob o ponto de vista rigorosamente atual”.

Entre os participantes e iniciadores do movimento merecem ser lembrados:Na pintura: Rego Monteiro, Anita Malfatti, Di Cavalcante, Lasar Segall, Osvaldo Goeldi,

Zita Aita, Jonh Graz, Regina Graz e Ferrignac. Na escultura: Victor Brecheret, Hildegardo Leão Veloso, Haaberg.Música e Dança: Heitor Villa-Lobos, Guiomar Novais, Otávio Pinto, Paulina Ambrósio, Ernani Braga, Alfredo Gomes, Lucília Vila Lobos e Ivone Daumerril.Na literatura: Menotti Del Pichia, Graça Aranha, Ronald de Carvalho, Mário de Andrade, Álvaro Andrade Moreira, Oswald de Andrade, Raul Bopp, Rubens Borba de Morais, Sérgio Milliet, Plínio Salgado, Manoel Bandeira e Paulo Prado.

Como diversos participantes da Semana ocupavam cargos de destaque na redação de prestigiosos jornais da época, o evento teve, desde o início, grande divulgação, embora também não faltasse quem se ocupasse de sua concretização.

Na notícia do Correio Paulistano, Graça Aranha era apontado como o autor da iniciativa; é mais provável, porém, que essa prioridade se deva a Di Cavalcante, acatando uma sugestão de Marinette Prado.

Seja quem fosse o autor da idéia, o objetivo da semana era renovar o estagnado ambiente artístico e cultural de São Paulo e do país e descobrir o Brasil, repensando-o de modo a desvinculá-lo, esteticamente, das amarras que ainda o prendiam à Europa. É verdade que os jovens participantes da revolução estética de 1922 ainda se sentiam fracos sem a proteção benévola de Graça Aranha – espécie de avalista de sua seriedade, ou de carro-chefe capaz de impor respeito a setores menos abertos à modernidade.

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É verdade, também, que a Semana descambou para um “tom festivo irreconciliável talvez com o sentido de transformação social que, para mim, deveria estar no fundo de nossa revolução artístico literária”, como escreveu o próprio Di Cavalcanti. Contudo, não menos verdadeiro é o fato de que, tudo somado e medido, a Semana foi um acontecimento cultural da maior significação, e abriu para o país perspectivas que, extrapolando do campo puramente cultural, teriam repercussões inclusive na área política.

O modernismo brasileiro, embora procurasse libertar a criação artística dos padrões europeus, foi, inicialmente, inspirado em novas técnicas desenvolvidas na Europa Pós-primeira Guerra. Neste período, havia uma multiplicidade de tendências artísticas se desenvolvendo na Europa: Futurismo, Expressionismo, Cubismo, Dadaísmo e surrealismo.

Essa chamada “vanguarda européia” procurava uma nova interpretação da realidade e, de forma geral, caracterizou-se pela exaltação da vida moderna, liberdade de criação e de estética e valorização da visão interior e subjetiva do artista.

Grande parte dos artistas e escritores modernistas brasileiros estudou na Europa e foi bastante influenciada por estas novas tendências. De volta para o Brasil, os artistas buscaram criar uma nova arte, rompendo com as antigas estruturas acadêmicas.

Dentre eles encontra-se Tarsila do Amaral – Tarsila do Amaral foi um dos nomes mais importantes do movimento modernista brasileiro.

Nasceu em 1886, no interior do Estado de São Paulo, descendente da aristocracia rural paulista, cresceu livremente nas fazendas de sua família. Menina inteligente que fazia boneca de mato e divertia-se com seus quarenta gatinhos.

Aos 16 anos, vai estudar em Barcelona, e, em suas idas e vindas da Europa, integram importantes grupos de arte. Volta ao Brasil em junho, quatro meses após a Semana de Arte Moderna – embora não tenha participado daquela memorável semana, vai integrar de maneira efetiva e marcante o movimento modernista.- Tarsila do Amaral - Tinha 30 anos quando deu início a sua carreira artística. Em 1922, participou de uma exposição em Paris, no mesmo ano voltou ao Brasil. Em 1928, realizou a primeira obra da fase chamada “antropofagia”,caracterizado por paisagens tropicais, povoadas por figuras desproporcionais, de cabeça pequena, braços finos e pernas enormes. Pintou uma série sobre temas sociais, entre as quais duas obras-primas: “Operários” e “2ª Classe”. Tarsila revela, nas suas obras, cores ditas “caipiras”, rosas e azuis, e a estilização geométrica de frutas e plantas tropicais, transportes e prédios. Esta fase começou em 1924 e foi até 1927. Artista modernista, como ninguém levou o nome do Brasil para o exterior.

É impossível entender a Arte Moderna Brasileira sem ela, pois, na sua arte está presente o Brasil primitivo com suas histórias e lendas, porém trabalhados de maneira erudita.

A obra que melhor representou o Modernismo Pós-Semana foi Macunaíma, de Mário de Andrade. Nesse livro, publicado em 1928, o autor procurou fazer um retrato do Brasil moderno por meio de imagens e de elementos do Brasil antigo e místico. A obra representa uma crítica à ética cristã e aos comportamentos advindos da civilização européia.

Segundo o crítico literário M. Cavalcanti Proença, “Macunaíma”, a personagem principal, o herói sem nenhum caráter, que no livro é índio, negro e branco, é da nossa gente de todos os lugares, tem hábitos, crendices, alimentação, linguagem, sem qualquer traço regional predominante. Incorpora sem ordem nem hierarquia as características de culturas diferenciadas nas várias regiões brasileiras.É um herói sem um lugar fixo.

Atividades1 - Quando e onde nasceu Tarsila do Amaral?2 - Você já conhecia a autora da pintura Abapuru? Qual sua importância para a pintura brasileira? 3 - Reproduza e amplie de forma criativa em papel cartolina tamanha A4 a obra Abapuru ou outra obra do Modernismo. Pinte com guache.

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4 - Que acontecimento cultural importante houve em fevereiro de 1922? Por que Tarsila não estava presente?5 - Reproduza e amplie a obra Antropofagia explicando por que ela é representante dos ideais estéticos da geração Modernista de 1922. 6 - Comente sobre a causa que levaram os artistas a se unirem para a realização da Semana de arte Moderna.7 - Quem mais trabalhou para que acontecesse este evento no Brasil?8 - Em que dia, mês, ano e local aconteceu a Semana de arte Moderna?9 - Cite cinco tipos de obras de arte que foram expostas e seus autores mais importantes.10 - Quis foram os resultados positivos para as artes no Brasil e que hoje podemos mostrar ao mundo que somos capazes.11 - Cite algumas obras que você acha importante após ter pesquisado na biblioteca.12 - Faça uma releitura e pinte quatro obras importantes deste período.13 - Faça uma releitura das obras: Abapuru, Floresta, ‘Manacá´, ‘ A Cuca”, “O Coqueiro”.14 - Pesquise sobre o Abapuru.

20- Movimentos Modernistas (1930 – 1960)

Passado o período da revolução de 30, os movimentos artísticos modernistas se reiniciaram com grande força criadora e inovadora. Os anos 40 e 50 marcaram a efetivação do movimento em quase todos os estados. Movimentos de Norte a Sul agitaram e revolucionaram as artes, que se voltaram, principalmente, para a temática social. Escolas e museus de Arte são fundados no país.

Nas artes plásticas, Cândido Portinari é figura central do período. Candido Portinari nasceu tão pequeno que logo começou a ser chamado de Candinho. Seus pais, seu Batista e dona Dominga, imigrantes italianos, viviam em uma fazenda de plantação de café chamada Santa Rosa, no interior de São Paulo.

Em 1905, quando Candinho tinha 2 anos de idade, sua família se mudou para Brodósqui. Desde muito cedo, o menino gostava de desenhar.

Pegava varetinha, alisava o chão de terra e ficava horas agachado, riscando e rabiscando.Candinho adorava visitar sua nona (avó) em Jardinópolis, uma cidade perto de Brodósqui. Lá descobriu um ceramista que fazia moringas. Com dinheiro emprestado da avó, ele as comprava, pintava e vendia. Assim conseguiu juntar dinheiro e comprar a caixa de lápis que tanto queria. Candinho desenhava tão bem que, na hora do recreio, trocava merenda por desenhos.

Seus pais, embora muito pobres, encaminharam seu filho, dando-lhe oportunidade de estudar desenho com algumas pessoas da própria cidade; mais tarde, foi encaminhado para a Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro. Em 1929, Cândido Portinari recebeu um prêmio e ganhou uma viagem para Paris. Lá, no coração da Europa, pensou: “Daqui vejo melhor a minha terra”. Vejo Brodósqui como ela é. Aqui não tenho vontade de fazer nada.

“Vou pintar aquela gente, com aquela roupa e com aquela cor”.- Candido Portinari - Filho de imigrantes italianos, Candido Portinari, 1903-1962, estudou no Rio de Janeiro, na Escola Nacional de Belas Artes; conquistou, em 1928, um prêmio e uma viagem ao exterior, vivendo durante dois anos na Europa, conhecendo os movimentos contemporâneos e as obras de grandes mestres como: Giotto, Paolo Ucello. Na década de 50, suas pinturas pareceram cristalizar-se numa síntese pessoal de diversas influências, que se revelou na série dos cangaceiros.

Em 1956, esteve em Israel, o que causou em Portinari uma nova evolução: a violência do traço se manteve, mas a composição fechou de

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modo compacto e agressivo. Ao longo de todas as fases, aparecem os meninos de Brodósqui, lembrança de sua infância, empinando papagaios (pipas) ou jogando futebol. Sua obra mais famosa: “Menino Com Pássaro Vermelho”.

Em suas obras, ao lado de outros temas, destaca-se o da seca nordestina. São figuras esquálidas e miseráveis. Sua Arte é impressionista com acentuadas deformações das figuras e, com explicação, citam-se os painéis da ONU.

Além daqueles artistas dos primeiros períodos do modernismo - e de Portinari,como destaque nesta fase -, outros grandes nomes surgiram nas artes plásticas.

Pintura: Alfredo Volpi, Rebolo, Graciano, Pennachi, Zanini, Bonadei, Waldemarda Costa (Grupo Paulista). De outros centros, nomes famosos como: Teruz, Bustamante, Campofiorito, Guignard, Iberê Camargo, Milton da Costa, Antônio Bandeira, Heitor dos Prazeres, Djanira Maria,Ione Saldanha etc.

Escultura: Victor Brecheret, Hildegrado Leão, Bruno Giorgi, Mário Cravo, Frans Weismann, Maria Martins, Mary Vieira, Vasco Prado e outros.

Desenho: Darcy Penteado, Aldemir Martins, Abelardo Zaluar, Ziraldo, Álvaro Apocalipse etc.

Arquitetura: Lúcio Costa, Oscar Niemeyer, Burle Max, Ernani Vasconcelos, Jorge Moreira.“Roda”- Milton da Costa - “Monumento às Bandeira” – Victor Brecheret- “Fachada do prédio do Congresso Nacional,” em Brasília “Peixe” – Aldemir Martins “Moleques, Pássaros, Terra, Lua” - Clóvis Graciano “Ouro Preto” – Guignard “Sobre Fundo Marrom” – Milton da Costa.Atividades 1- Defina o movimento Modernista no Brasil. 2- Conte, em poucas linhas, quem foi Cândido Portinari - onde morou e o que ele representa para a Arte Brasileira. 3 - Faça uma releitura pintando uma obra de Portinari.4 - “... Candinho desenhava tão bem que na hora do recreio trocava merenda por desenho...”.Agora é sua vez: usando apenas lápis preto e uma folha de papel, faça um desenho, usando muita criatividade (não vale cópia). 5 – Por que Portinari gostava de pintar crianças nos balanços e nas brincadeiras.6 – Represente pintando um local da sua infância o atual que você mais admira.7 - Observar o quadro de Tarsila do Amaral “Antropofagia” e transportar, para o quadro, pessoas atuais, percebendo suas emoções como: alegria, tristeza, saudade, amor, dor. Fazer uma análise escrita e desenhar, com exposição.8 - Lasar Segal retratou nas suas obras Os oprimidos, os desamparados sendo característica dos Expressionistas. Faça uma colagem com pessoas de jornais e revista que estão extremamente tristes e outros com expressão alegre fazendo um confronto. Comente esta experiência escrevendo. (folha A4.).9 – Desenhe seu tempo de garoto, jogando bola, empinando pipa etc.10 - Qual a característica da arte da Anita Malfatti?11 - Fazer uma pesquisa em sua cidade sobre os monumentos existentes, descreve-los, verificando todos os elementos visuais estudados, contando uma história.Escolha um monumento e desenhe-o para expor.12 - Em equipe com três colegas reproduzir com colagem em cartolina a obra “Operários” fazendo uma releitura comparativa dos rostos dos nossos dias.13 - Qual a característica das obras de Lasar Segall ?

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21– Teatro

O teatro teve início na Grécia Antiga, onde o ator Théspis iniciou este mundo fantástico da representação.

O teatro tem a função de “divertir instruindo” é uma verdade que ninguém ousaria contestar, pois seria negar-lhe a própria essência e sua longa história.

Sabemos que um professor de teatro não improvisa e nem se fabrica, requer planejamento, espontaneidade, percepção, observação e expressão.

Teatro é a presença física de um artista que se exibe para uma platéia. No teatro, público e ator estão um em face do outro durante o desenrolar do espetáculo.

Para escrever uma história você precisa de idéias, talento, esforço, trabalho, dedicação até mesmo para por esta idéia no papel. Por isso é preciso aprender a escrever bem o português, colocar as idéias nas frases para serem entendidas por todos.

Elementos do teatro:

Cenografia: É a arte de construir cenários para o teatro, a ópera, o cinema, visando ambientar as cenas e faz parte do conjunto do espetáculo. Personagem: São criadas pelo autor e vividos pelos atores são os condutores da ação, mostrando movimentos em cenas seus sentimentos e vontades. Improvisação: É um conjunto de ações, diálogos e movimentos cênicos que a partir de um tema proposto acontecera um ensaio prévio de improviso. Iluminação: Para conceber a luz do espetáculo, o iluminador precisa conhecer a proposta da direção. A luz deve integrar-se aos outros elementos da peça. Sonoplastia: São elementos sonoros, como a música, ruídos, sons ou qualquer outro efeito, podem ser incluídos no espetáculo teatral, podem ser utilizadas para auxiliar na narrativa da história, definir o clima e o tipo do espetáculo. Dramaturgo: Escritor de peça de teatro. Diretor: Reúne os atores para distribuir os papéis (escolhe os atores e atrizes). O estudo da história é feito pelo diretor e atores. Personagens: são as pessoas da peça, que representarão no palco.Marcação: Depois do estudo do texto (peça escrita) o ator decora e transforma em teatro, isto é a peça falada é representada no palco.

Teatro é uma arte que necessita de muito esforço, muita dedicação e muito trabalho.Marcar a peça quer colocar os atores andando pela cena, primeiro, ainda com o papel na mão, porque o texto ainda não está decorado. Os atores começam a descobrir os lugares por onde terão que movimentar-se e o diretor vai orientando e fazendo sugestões de acordo com a história.Contracenar: É encenar junto. Ex: João e Marta estão fazendo uma cena junta. O Diretor marca cada passo dos atores e ainda marca o tempo de espera entre as frases. Ator: O ator é a pessoa mais importante do teatro. Quanto melhor for o ator, mais claramente a idéia do escritor é compreendida.

Muita gente pensa que basta decorar um papel de uma peça, subir no palco e despejar as palavras em cima do público para se fazer teatro. Isto é uma pena.

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É tão importante o papel de um ator no teatro que para bem formá-lo existem escolas e academias espalhadas no mundo todo. Atividades

1 – Onde surgiu o teatro? Comente. 2 – Qual o papel do teatro? 3 – Comente sobre Théspis.4 – Qual a função do diretor?5 - O que é marcação?6 - Quem pode ser ator?7 – O que é contracenar?8 – Quem escreve a peça teatral9 – O que é improvisar?10 – O que é sonoplastia?

11 – Crie uma máscara bem original com papel grosso e com elástico para você apresentar uma peça teatral com o grupo de colegas.

22 - LABORATÓRIO DO TEXTO E PERSONAGEM

Texto - Depois de decidido o personagem de cada aluno, ator, a professora vai falar com o elenco a história do texto, época em que se passa, vamos mostrar a eles através de fotos, vídeos, revistas os costumes da época; na verdade uma viagem na história vai mostrar o que estaria acontecendo na época.

Já nas peças lúdicas vamos direto ao tema da peça, vamos resumir o texto juntos verbalmente. Pode-se perceber que com isto estamos trabalhando a literatura, texto, em português, história.- Personagem - (a) Neste momento trabalhemos com crianças características sendo elas:- Característica externa: se for alto, cor de cabelo ou juba, se tem pelos tem, alguma deficiência física, cor dos olhos, se é gordo, magro, etc.

- Características internas: se o personagem é bravo, sério, nervoso, meigo e sorridente.- Ações freqüentes: se ainda manco, se passa a mão no cabelo, etc... Podemos elaborar perguntas aos atores sobre o personagem como; nome, idade, se tem pai, mãe, onde mora, o que come, onde mora.

Quantas vezes aparecem em cena, com quem vai contracenar, como se vestem que tipo de música ele gosta, enfim vai formulando as perguntas conforme o texto, à realidade e tipo de personagem.

Por final vamos entender cada frase do seu personagem, porque esta falando, se tem algo a ver com quem falou antes, etc.

Atividades1 – O que é importante saber para fazer o personagem? 2 – O que deve ser representado nas características externas?3 – O que seriam as ações freqüentes?4 – Crie um texto e faça um teatro para apresentação.

23 - INICIANDO OS ENSAIOS

Com o texto deparamos com um problema: sabemos a dificuldade do espaço para ensinar, pois é restrito, mas o teatro pode ser ensinado em uma quadra de esporte, no saguão da escola e até mesmo debaixo de uma árvore.

Referentes aos ensaios vão dirigindo uma cena de cada vez, não podemos passar para uma nova cena enquanto a que está dirigindo, não estiver pronta. Marcação de cena.

É o fator com 50% em uma peça. Marcar a cena, o lugar onde o ator ou atriz vai ficar no palco. Porém a marcação de cena tem funções e objetivos, ex: para falar no telefone precisa uma distância

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entre o ator e outros, lembrar das emoções de cada personagem, um casal que está brigando pode estar perto, quase uma briga física, mas se o casal não se ama e continuam juntos vai haver uma distância entre um e outro.

É preciso também ser criativo na marcação de cena, explorar o cenário, o aluno ator, não precisa ficar correndo no palco tipa barata tonta. Enquanto estiver falando o outro não pode passar na frente.

Figurino:É bom sempre lembrar que o figurino deve ter criatividade para não custar caro para produzi-

lo. È importante cuidar também para não quebrar a magia nem a imaginação da platéia; não é preciso encher a roupa de penas para representar uma galinha, podemos usar um vestido, um avental e na cabeça uma tiara com crista e pronto.

O mesmo acontece com outros bichos, use apenas objetos que lembrem o bichinho, talvez um colar de pena ou um bico que caia bem. Outro fator importante é lembrar que existem roupas que lembram nitidamente certos bichos exemplo: o camuflado pode ser um tigre, leão já o listrado uma cobra, zebra, árvore e outros.

Sair da rotina é fundamental no figurino, deste modo evitaremos que fada seja branca de vestido longo, cone na cabeça. O mesmo acontece com a bruxa, morte, vampiro, saci, seja sempre o mesmo modelo, a mesma fada que vi nos livros na 1ª série ainda vejo na faculdade.

Hoje existem materiais bons para se trabalhar o figurino: cola quente, cola de sapateiro, além de materiais alternativos como: plástico, arame, tampas de garrafa e canudinhos. Uma árvore, por exemplo, pode estar com roupa marrom, avermelhada, verde e cheia de tiras de tecidos sem a professora precisar fazer de papel ou papelão e usar a copa enorme. Outros materiais seriam os copinhos de café, palha, corda, trigo sementes, Amorim, algodão cru, TNT e tule.

Cenário - Quando se fala no cenário alguns professores pensam: Onde vou achar tudo isto? Como vou transportar?É preciso lembrar que o cenário é para lembrar um local ou não identificar nenhum local específico, deixando a pleiteia viajar com ele.

Quando vamos fazer uma cozinha não precisamos a cópia fiel dela, apenas uma mesa com cadeiras que realmente irei imaginar. Um castelo, apenas o trono e um tapete já diz tudo. Os painéis no teatro de escola têm uma função muito importante, pois a pintura de fundo diz tudo, não desenho painel com pessoas ou bichos, estes os atores vão fazê-lo. Para simbolizar uma praça, apenas um banco já passou o que precisamos.

No palco às vezes tudo é uma grande brincadeira, espada, bengala, ou até mesmo um bicho, em um espetáculo infantil é preciso usar no teatro mais profissional, cores vivas para explorar o material visual.

Iluminação: Para conceber a luz do espetáculo, o iluminador precisa conhecer a proposta da direção. A luz deve integrar-se aos outros elementos da peça.

Sonoplastia: São elementos sonoros, como a música, ruídos, sons ou qualquer outro efeito, podem ser incluídos no espetáculo teatral, podem ser utilizadas para auxiliar na narrativa da história, definir o clima e o tipo do espetáculo.

Atividades:1 – Qual a importância da marcação de cena?2 – Como deve ser produzido o figurino?3 – Como deve ser montado o cenário?4 – Qual o papel da sonoplastia? 5 – Como deve ser a iluminação?

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24 - A Fotografia

Dentre alguns que desenvolveram a câmara está Leonardo da Vinci (séc. XV). A primeira câmara era chamada de Câmara escura: caixa escura com um pequeno orifício numa das paredes, através da qual entrava luz. Na parede oposta forma-se uma imagem da cena exterior. Essa câmara era usada pelos pintores renascentistas no auxílio do desenho.

Em 1826, Joseph Nicephore Niépce, físico francês, fez as primeiras fotos usando uma câmara escura com preparados de prata sensível à luz: o filme.

Assim nasceu a fotografia, palavra usada pela primeira vez na história em 1832 pelo brasileiro Hércules Florence.

Daguerre, inventor francês, desenvolveu o processo de fixação da imagem, que ele chamou de daguerreótipo.

Em 1939, William Talbort inventou o papel fotográfico. Muitos inventores e cientistas aperfeiçoaram o papel fotográfico e a câmara fotográfica.

A primeira câmara popular comercializada foi a Kodak em 1888.Um dos nomes mais importantes da fotografia é Henry Cartier-Bresson, fotógrafo francês cujo

estilo era a busca do momento decisivo. Para ele, a câmara era extensão do olho. Com extraordinária precisão, ele percebia a composição de uma imagem, mesmo sendo ela muito rápida.

A fotografia conquistou grande espaço na Ciência, no trabalho militar policial, social e na comunicação.

Os fotógrafos amadores registram momentos de sua vida, como nascimento, casamento e viagens, através de suas câmaras.

Enfim, a fotografia, desde sua invenção, tem sido um meio de registrar a história do mundo e um meio de o homem se expressar.

Saiba fotografar bem

Ter uma máquina fotográfica não é tudo para uma boa fotografia.É necessário conhecer melhor a máquina e o filme. Além disso, deve-se desenvolver a

sensibilidade visual perante as imagens que encontramos no dia-a - dia.Há máquinas reguláveis e automáticas.

As máquinas automáticas são as mais simples de serem utilizadas: não é preciso regular nada. Alguns modelos apresentam um pequeno problema: o enquadramento que se vê no visor não é o mesmo que sairá na foto. Isso porque o filme recebe a imagem da objetiva e seu olho, a imagem de um visor desalinhado com a objetiva.

As máquinas reguláveis, em especial as chamadas reflex, fotografam exatamente a imagem vista no visor tal imagem é refletida num espelho, que recebe a imagem vinda da objetiva. Nestas máquinas, há botões e anéis reguláveis, que possibilitam alguns efeitos na foto.Vejamos os principais elementos da máquina fotográfica

A objetiva - A boa fotografia depende da qualidade dos cristais que compõem a objetiva.São quatro os tipos de objetiva:1- Grande-angular: possui um ângulo bem grande de visão.2- Normal: o ângulo de visão é aproximado com o ângulo que um olho humano abrange.3- Tele: ângulo pequeno, para enquadrar assuntos distantes.4-Zoom: várias objetivas num só conjunto, dando mais versatilidade.

O foco - Girando este anel, a imagem pode ficar nítida ou não. Neste anel, os números indicam a distância, em metros, entre o fotógrafo e o objetivo focado.

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Nas máquinas automáticas simples, a distância mínima é de aproximada-mente 1,5m. Nas máquinas reguláveis, a distância mínima varia de acordo com a objetiva.

Diafragma - Com este anel, determina-se a quantidade de luz que entrará na lente na hora do disparo. Dele depende a área que vai ficar nítida na foto, é a profundidade de campo.

O obturador - (tempo de exposição)Dispositivo que controla o tempo de exposição de cada foto, é o clic da máquina, é um tipo de

relógio. Pode ser escolhido mais ou menos tempo.Fotômetro - É um sensor, instalado no interior da máquina, que mede a quantidade de luz que

reflete do objeto a ser fotografado. Ele orienta a regulagem do diafragma e do obturador para uma foto melhor.

O filme - Algumas das regulagens das quais falamos dependem da sensibilidade do filme que utilizamos. Por exemplo, se você estiver fotografando na praia, em pleno dia de sol, necessitará de um filme com menos sensibilidade que num show de rock à noite. Este grau de sensibilidade chama-se ISSO.Existem vários tipos de fotos: Pessoas, frutas,...

Atividades

1– Traga para a sala fotos que você considerar bem focalizada e que os ângulos foram bem observados. Mostre para seus colegas.2- Fotografe paisagens, pessoas fazendo a experiência e apresente aos seus colegas.3 – Qual a importância da fotografia na vida das pessoas?4 – Explique como surgiu a fotografia.5 – Escolha uma fotografia de quando você era menor e outra atual, relate onde você estava em cada uma e comente todos os detalhes.

25 - Diferentes tendências do desenho: figurativo ao abstrato com linhas, cores e formas.

O Desenho é a mais antiga forma de representação visual e de expressão plástica. Ele se realiza por meio de recursos expressivos como o ponto, a linha e o traço. Desde os desenhos pré-históricos, as imagens físicas vão se materializando em registros e dando origem ao que hoje chamamos desenho figurativo, geométrico e abstrato.Figurativo:

São as formas artísticas representadas pelas imagens visuais do mundo externo, as formas e as cores, com a percepção do ver e enxergar o que está no seu lado, transpondo a forma real, o conhecido. Mesmo que deformadas, a nossa visualização nos conduz ao ser exato (não imaginário) do objeto.

Há caracterização predominante da figura. Uma imagem visual figurativa é aquela que nos permite identificar os objetos nela representados.

Ao contrário, abstracionismos, no figurativismo encontramos a colocação dos elementos visuais como: Cores, linhas e formas que são feitas de maneira que formem uma figura com significado expressivo.

Ex: Ao olharmos um girassol logo percebemos sua forma. A combinação harmoniosa entre o figurativo e o abstrato pode ser observada em Paul Klee, sua obra nos mostra a simplicidade de uma figura reconhecível (figurativo) e a diversidade de linhas e cores do irreconhecível (abstrato), o imaginário.

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Paul Klee 1879-1940, pintor surrealista (pintou o imaginário, desenho de sonhos), nascido na Suíça, tornou-se artista na Alemanha.

Sua obra tem profundidade, pois, em sua vida, muito desenhou; sua imaginação criativa ia além de sua realidade, não tinha regras, simplesmente deixava a fantasia fluir na sua criatividade.

A obra de Klee possui o desdobramento do espaço, o ritmo ondulatório (linhas curvas, formando umas ondas) e possibilidade óptica. As cores da preferência são a tonalidade azul, cinza, vermelho, verde, prata, violeta e dourado. Apresenta imagem limpa e com muito colorido, na qual há uma sutil linha gráfica, calibrando o elegante, como um ritmo musical.

Em Klee, a harmonia de dois mundos diferentes na arte: o figurativismo e o abstrato, ambos presentes com uma forte criatividade e uma livre forma de sonhar e expor em seu trabalho.

Vincent Willem van Gogh (Zundert, 30 de Março de 1853 — Auvers-sur-Oise, 29 de Julho de 1890) foi um pintor pós-impressionista neerlandês, freqüentemente considerado um dos maiores de todos os tempos.[1]

Sua vida foi marcada por fracassos. Ele falhou em todos os aspectos importantes para o seu mundo, em sua época. Foi incapaz de constituir família, custear a própria subsistência ou até mesmo manter contactos sociais. Aos 37 anos, sucumbiu a uma doença mental, suicidando-se.

A sua fama póstuma cresceu especialmente após a exibição de 71 das suas telas em Paris, a 17 de Março de 1901. Somente após a sua morte sua obra foi amplamente reconhecida

A influência de Van Gogh no expressionismo, fauvismo e abstraccionismo foi notória e pode ser reconhecida em variadas frentes da arte do século XX. Van Gogh é considerado pioneiro na ligação das tendências impressionistas com as aspirações modernistas.O Museu Van Gogh em Amesterdã é dedicado aos seus trabalhos e aos dos seus contemporâneos.

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Atividades1 – Comente como uma obra é figurativa.

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2 – Como era a pintura de Paul Klee.3 – O que faz perceber que a obra é Abstrata?4 – Quem era Vincent Willem Van Goghe como eram suas obras?5 – Como são as obras Geométricas?6 – A obra dos girassóis tem detanhes importantes. Procure a obra e escreva depois de observar atentamente.7 – Faça uma releitura dos Girassóis de Van Gogh pintanto com tinta ou guache.

26 - Formas positiva e negativaTodo motivo tem formas positiva e negativa; saber conhece - las e usá-las de maneira criativa

facilita o trabalho e permite um aprimoramento da composição, tanto de um esboço como de uma pintura acabada.

A forma negativa, em geral, constitui o fundo: são os espaços que rodeiam as formas positivas. Na verdade, a forma negativa é tão importante quanto às formas positivas.O positivo corresponde à forma preenchida.O negativo: corresponde o vazado que fica no papel.

Caricaturas - É o desenho estilizado de uma pessoa e serve para divertir, jamais para ridicularizar ou diminuir. Na mídia é utilizada para ilustrar textos num enfoque crítico ou humorístico.

Temos um exemplo recente onde em janeiro de 2006 surgiu a caricatura de Maomé que causou grandes manifestos e revolta dos seus seguidores que sentiram-se ofendidos.

Atividades1 - Como se realiza o desenho? 2 - De que forma é representado o desenho? Explique.3 – Comente a forma positiva e negativa. Represente com pintura.4 – Que forma Paul Klee e Van Gogh pintavam.5 - Fazer uma composição abstrata com tendências ao futurismo trabalhando a cor e a sensibilidade junto com a velocidade e a sensação de movimento com linhas e cores. 6 - Observar os movimentos nas pinturas de PAUL KLEE e, baseado neles, formular um dança. O ritmo (som) poderá ser tirado de materiais como palmas, ruídos com a boca, bater os pé, bater lápis na carteira, papel rasgado etc.7 – Crie uma obra com características figurativas observando linhas, cores e formas.8 - Desenhar composições periódicas, usando formas geométricas que você conhece (triangulo, losango, quadrado, esfera etc) para trabalhar a profundidade. Começando com uma forma pequena e aumentando de tamanho.9 - Se você observar os frisos gregos, os templos gregos, as mesquitas árabes, notará a repetição de formas como verdadeiras fontes de beleza – composição estrutural. 10 - Pinte uma faixa decorativa com cores monocromáticas e outra com cores policromáticas.11 – Escolha um personagem e desenhe uma caricatura. 12 – Pesquise e recorte cinco caricaturas interessantes que marcaram pela criatividade.

27 – O RealismoCaracterística do personagem – Fatal, Real, Poderoso, “Durão”.

Em meados do século XIX, um novo processo de representação artística inicia-se em oposição aos modelos artificiais do Neoclassicismo e do Romantismo

O movimento caracteriza-se pela busca de novas tecnologias, pelo equilíbrio entre a cor e o desenho, a razão e a emoção, a representação e a verdade. Por essa maneira de pensar e criar, o estilo recebeu o nome de Realismo.

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Ser realista não é ser exato; é ser verdadeiro e, acima de tudo, retratar a realidade, seja ela boa ou ruim. Foram deixados de lado os temas mitológicos, bíblicos, e literários, pois o que importava era a criação a partir de uma realidade imediata e não imaginada.

Os artistas dessa época abandonaram os temas históricos e passaram a retratar o dia-a-dia, a vida da classe média, os problemas atuais, tendo, em sua essência, ideais políticos e sociais.

Os principais artistas realistas foram Gustave Courbet e Jean François Millet.Enquanto isso, no Brasil o Realismo foi marcado por pequenos sinais de mudanças ainda cheios

de influências do passado. Artistas, como Almeida Júnior e Henrique Bernardelli, pintaram o cotidiano brasileiro, exaltando o trabalho e a realidade da vida de caboclo, brancos e negros.

José Ferraz de Almeida Júnior - nasceu de Itu – SP. Pintou, entre outros quadros, o Picador de Fumo, Saudade e Descanso do Modelo. Neste último, o artista foge um pouco da estética acadêmica, revelando a intimidade de pessoas completamente relaxadas. Em outras pinturas, ele faz um jogo de ilusão com características da arte renascentista. A exemplo de Velásquez, pinta-se dentro da tela.

Ele é para a pintura no Brasil, um marco divisório entre os modelos europeus e a liberdade estética brasileira.

No final do século XIX, na arte brasileira, ainda predominavam características acadêmicas. Os artistas retratavam a elite e os acontecimentos políticos da época. Exaltavam os costumes europeus e as pessoas da corte do imperador ou pintavam fatos marcantes relacionados ao governo imperial.

Eles estudavam para manter essa forma de pintura e eram pagos pela realização de encomendas. Um desses artistas, porém, resolveu ousar. José Ferraz de Almeida Júnior foi o primeiro artista no Brasil a pintar os costumes regionais, as

cenas históricas, os temas religiosos e os deferentes tipos brasileiros. Isso tornou-se uma marca de destaque nas suas pinturas.

Artista de renome, considerado em sua época o mais brasileiro dos nossos pintores. Almeida Júnior celebrizou o quadro Caipira picando fumo, um símbolo nas artes plásticas nacionais.

José Ferraz de Almeida Júnior nasceu em Itu, no interior do estado de São Paulo, em 1850. Filho de fazendeiro passou seus primeiros anos de vida na fazenda. Lá observava as lavouras de cana-de-açúcar, o alambique, as casas de pau-a-pique, o monjolo, os animais e as pessoas.Mais tarde, essas lembranças seriam registradas em suas obras.

Alfredo Volpi - Vindo de Lucca, na Itália, onde nasceu, Volpi chegou a São Paulo com 18 meses de idade. Embora sempre tenha morado aqui, nunca se naturalizou brasileiro. É considerado um dos grandes pintores do Brasil.

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Pintou seu primeiro quadro aos dezoito anos, mas foi apenas depois de ter completado 55, em 1951, que começou a dedicar-se inteiramente à Arte. Antes disso, havia sido entalha-dor, carpinteiro, encanador e pintor de parede. Desde 1925, vinha participando de exposições coletivas, mas sua primeira individual só foi acontecer em 1944, em uma loja alugada em São Paulo.

Nos anos 30, juntamente com outros artistas, como Rebolo Gonzales, Bruno Giorgi, De Fiori, Zanini, Penacchi, Bonadei, Clóvis Grassiano etc, Volpi integrou o famoso Grupo Santa Helena, que, na verdade, se constituía de artistas e artesãos pobres, a maioria deles imigrantes ou filhos deles, com profissões humildes, que se reuniam à noite e nos fins de semana para desenhar, pintar e falar sobre arte num prédio localizado na Praça da Sé, em São Paulo, chamado Palacete Santa Helena.

Volpi viajou à Europa onde buscou conhecimento com várias obras, inclusive os afrescos de Giotto. A trajetória artística de Volpi foi marcada por uma busca da estilização da forma.Seus primeiros quadros retratam a figura humana e paisagens; na década de trinta, o artista trabalhou mais a cor e a textura, fazendo uma série de paisagens e marinhas na cidade de Itanhaém. Em sua pintura, a partir dos anos 40, a simplificação e a abstração já se faziam presentes, despojando-se o artista, aos poucos, do naturalismo, fixando-se mais nos elementos estruturais da forma e da composição.

As obras mais significativas de Volpi, porém, aparecem a partir da década de 50. As conhecidas bandeirinhas, casarios, fachadas, mastros com fitas, eram temas recorrentes em sua produção dessa época e sua marca inconfundível.Trabalhou as luzes e cores com maestria. Cada vez mais, usava menos a tinta a óleo, preferindo ele mesmo produzir suas têmperas. Pintou as obras: “Casa com bandeirinhas” – “Casarão”

Atividades1 - Quais as principais características do Realismo?2 - Como os artistas Brasileiros deste período contribuíram para nossa história?Cite exemplos. 3 - Represente uma pintura Realista (da sociedade de hoje) utilizando grafite em folha A4.4 - Comente sobre o estilo de pintura de Almeida Junior.5 - Reproduza em pintura a realidade que mais te marcou na infância. 6 - Leia o texto sobre Volpi e tente representar pintando seu estilo.7 - Que estilo de música retrata a realidade de hoje. Crie uma música ou adapte com uma dança e apresente na sala de aula.6 - Fazer a releitura (mesma quantidade de bandeirinhas, não precisando colocá-las na mesma posição do quadro original) da obra “Bandeirinhas”, de VOLPI – coloque as bandeirinhas vértice a vértice, caracterizando a repetição de formas. Use a imaginação e crie algo bem interessante a partir desse quadro.(Desenhar na lousa) Bandeirinhas - Volpi

28 – Imagem Visual - Do logotipo ao marketing -O poder das cores e símbolos

Sua casa, seu escritório, seu consultório, sua clínica, sua escola, enfim, todos os ambientes transmitem mensagens sobre algo. E essas mensagens são recebidas consciente ou inconscientemente, atraindo o seu desejo ou gosto por algo.

A colocação de um logotipo em um produto ou empresa faz com que haja assimilação do produto com a necessidade de consumo. Falando em logotipo (grupo de letras fundidas em um só tipo, formando sigla ou palavra usualmente representativas de marca comercial ou de fabricação), ele é o passo inicial da propaganda.

A propaganda em uma revista, referindo-se à esponja de aço “ bombril‘.Você, quando vai comprar uma esponja de aço, chega à venda ou mercado e pede:

Tem bombril?

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O vendedor traz diversas marcas de esponja de aço. Só que bombril é o logotipo (marca) do produto (esponja de aço) de uma empresa e não o nome do produto. O logotipo está tão fixado que os consumidores passam a confundir o produto com a marca: como danone.

O tipo de publicidade deste produto é a comédia; um homem se caracteriza de diversos personagens, ironicamente dizendo que não só a mulher vai para a cozinha.Tivemos nestas imagens:Produto: esponja de aço;Logotipo: bombril;Propaganda: o contexto da imagem;Tipo da propaganda: comédia.Temos uma imagem de uma empresa conhecida pelo seu símbolo (logotipo) pelo mundo inteiro.

Uma imagem com palavras em inglês, simplesmente uma letra e duas palavras, mas qualquer ser humano de centros urbanos, olhando este símbolo, sabe que se trata de uma lanchonete. E não está escrito lanchonete nem há desenho de comida. Este tipo de logotipo de qualidade permanece no tempo. Este trabalho, como todos outros, leva uma marca registrada do dia-a-dia: a agilidade e a criatividade.

Temos um bordão que diz “A PROPAGANDA É A ALMA DO NEGÓCIO”.Está correto; nos dias atuais, existem os mais diferentes meios e ferramentas de promoção: propagandas no rádio e na TV, anúncios em jornais e revistas, distribuições de panfletos, outdoors, mala direta, telemarketing, propaganda na internet etc, tudo envolvendo a imagem visual.

As propagandas são colocadas em pontos estratégicos para que haja a fixação da imagem(figura), do símbolo ou letras, dando cor e sensações, atração e reconhecimento dela pelo consumidor. Esta visualização é importante e atinge a toda a massa da população.

Existem vários tipos de publicidade:• Informativa: a que nos traz a informação social, de prevenção; contra uma doença, drogas etc.• Consumo: a que nos mostra o produto para o consumo. Ex: comercial de TV da Cola-Cola.• Política: apresentação de nossos governantes. Ex: horário político.• Social: que nos mostra os problemas sociais. Ex: menor abandonado.

O uso da propaganda, sem dúvida, é meio caminho andando em direção ao sucesso de um bom produto A propaganda é o primeiro passo, mas tem que ser acompanhada de qualidade para permanecer por vários anos.

Para criar uma propaganda, as grandes empresas contratam uma agência publicitária; veja os procedimentos:• Entrar em contato com a agência; a agência tem uma pessoa só para o contato;• Levar o produto da empresa;• O diretor de marketing vai sondar o mercado, para verificar a concorrência, se já existe este produto e qual a maneira que está sendo apresentado;• O diretor de arte vai idealizar a campanha publicitária, fazer o desenho, verificar o espaço, e vai criar o slogan (frase de um produto, como esta: “Coca-Cola dá mais vida e tudo pode ser, Coca-Cola”);• Terá quem vai prepara as fotografias ou montagem, se este produto for divulgado por revistas, jornais etc;• É muito importante, se for à TV ou rádio, a escolha do tema musical e dos personagens, sendo de imaginação ou pessoas. Geralmente, são contratados artistas da televisão ou, ainda, modelos e manequins para as filmagens. São poucos minutos, com mensagens bem definidas e que custam milhares de reais.

E as pequenas empresas, como procedem, tendo em vista os valores altos do custo de uma propaganda?

A importância é a mesma, atingir o público que consome o seu produto. Por isso, é importante a definição do meio adequado, podendo-se usar os meios alternativos como: faixas, cartazes, expositores ambulantes, sorteio de brindes, prêmios etc.

Além da capacidade que o meio tem de atingir os clientes, temos que verificar os benefícios esperados, não nos esquecendo de que o objetivo é lucrar mais com as promoções.

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Por exemplo: com uma lanchonete, o proprietário certamente terá mais resultado na tentativa de ampliar sua clientela se colocar uma faixa na frente de cada escola do bairro, do que se gastar um bom dinheiro anunciando no jornal ou rádio de sua cidade. Ou, quem sabe, uma boa solução é patrocinar algo para que haja a divulgação de seu comércio. É só pensar de forma criativa nos dizeres e desenhos colocados para chamar a atenção, para atrair a atenção e a simpatia do público a que se destina. Afinal, vivemos todos em um “mar” de promoções.

Atividades1 - Pense na lanchonete, na loja, no mercado, no comércio em geral de sua cidade: lembre qual o local em que você viu uma propaganda, transporte essa lembrança para o papel, refaça esta propagando mudando o que você acha que não está bom.2 - Criar um logotipo para uma empresa ou produto, podendo colocar somente símbolo ou palavras.3- Fazer um desenho para uma campanha publicitária podendo ser um perfume, um objeto para casa, ou uma bebida etc.4 - Vamos criar uma campanha publicitária, seguindo o roteiro dado. Imagine que você abriu uma agência de publicidade e tem que atender a um cliente que quer lançar um produto.5 – Explique o que é uma logomarca.

5 - Faça uma releitura pintando a obra, projetando 50 anos para frente.

29 – Movimento, figura e fundo na pinturaEm uma obra, a pintura tem que passar esta sensação do real, a sensação

visual do balançar das árvores, a posição do vento, o movimento corporal etc.Vamos observar uma obra de Van Gogh, “Trigal com Corvos – 1890”,

mostrando muito bem esta percepção de movimentos; em um papel plano, Van Gogh nos faz penetrar em seu quadro, sentindo o movimento de cada pé de trigo. Nesta obra, Van Gogh se supera em todos os elementos visuais.

As formas, em um primeiro olhar, parecem-nos confusas, mas não é uma confusão um trigal ao vento?

Sentimos, então, que o autor, com maestria, soube dar a solução adequada a todos os movimentos contidos nesta obra. Suas pinceladas são rápidas e decididas.

Van Gogh freneticamente transporta para sua tela toda a imensidão do movimento contido na natureza, suas cores e seus brilhos; a tinta, propositalmente emplastada, um tanto quanto grossa, dá o movimento e o ritmo necessários para a composição. Podemos até sentir o vento soprar. A profundidade nos mostra a figura do fundo (o céu), denotada pela visão dos corvos num horizonte próximo e a sumir ao longe de um caminho aberto no trigal. Uma composição simples e harmoniosa, mas um tanto inquietante, já que, no céu, sentimos a ameaça de um temporal.

É uma composição dramática; o próprio autor da obra, Vicent Van Gogh, em carta ao seu irmão Theo, diz:

“O trigal açoitado pelo vento era magnífico, em cada trigo havia uma figura, quero dizer em cada drama”, (querendo passar, com suas obras, a visão do mundo, da natureza, um homem simples, mas um gênio).

Atividades1- Retirar do quadro somente as linhas em movimentos, colorindo com cores quentes, pois Van Gogh trabalhava separando as cores quentes das frias. Analise o movimento de cada elemento.2 - Analise a sua pintura, como usou as cores e por que usou.

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3 - Observe na obra dos girassóis e descreva onde estão contidos os elementos: movimento, figura e fundo.4 - Faça uma releitura produzindo uma outra espécie da natureza.

30- Estudando músicaTodos nós possuímos qualidades e vocações que precisam ser despertadas e desenvolvidas. É

para isso que existe a escola e, principalmente, a Arte, a qual, por meio das aulas, nos ajuda a descobrir nossos talentos e capacidades, tanto cognitivas como sociais e afetivas.

Falando em música, o que se tem documentado sobre ela na Antigüidade é muito pouco. Em alguns papiros, placas em relevo, ou tábuas enceradas, encontram notações musicais que nos levam a acreditar que a música era parte integrante da vida dessas civilizações, tanto das cerimônias religiosas quanto das festas populares.

Apareceram, na Antigüidade, os instrumentos de sopro (flauta, flautim, trombeta etc), de corda (harpa, lira, cítara etc.) e de percussão (tímpano, tambor, chocalhos etc), que ficaram gravados ou pintados nos palácios e monumentos.A dança também era bastante difundida nessas civilizações e tinha, quase sempre, cunho religioso.

Entretanto, nenhuma música ficou gravada, não se sabendo com exatidão como eram as músicas entre os povos antigos. Sabemos, todavia, que era comum cantar em CORO, pois pinturas e baixo-relevos mostram “cantores em coral” (Grécia).

Coral é o nome que se dá ao conjunto de pessoas que cantam ou falam juntas, em coro. No coral é possível distinguir bem as vozes masculinas e femininas e mesmo os tons de cada uma delas.

As vozes humanas se classificam em dois grupos principais: vozes adultas e vozes infantis. Dentro dessa classificação ainda podemos ter as vozes em masculinas e femininas.

Algumas músicas têm letras, outras não; algumas são rápidas, outras lentas; algumas conhecemos e ouvimos direto, outras não...

Essas diferenças é que fazem da música algo fascinante! Podemos classificar a música em dois “gêneros”: Popular e Erudita.• Popular - porque é aceita rapidamente pelo povo. Tocada com muita freqüência no rádio e na TV, é tema de novelas e muito executada nos programas de auditório - torna-se familiar, e nosso ouvido se acostuma com ela.• Erudita - porque é pouca divulgada pela mídia (atualmente), razão pela qual não nos acostumamos a ouvi-la. Também exige um trabalho maior na sua composição e execução. Para percebermos a beleza e

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a importância desse tipo de música na história e na sociedade, é necessário conhecê-la e ouvir as obras de grandes compositores como Beethoven, Mozart, Bach e Chopin.• Também podemos classificar as vozes masculinas em:Tenor - a mais aguda; - Barítono - a média; Baixo - a mais grave.• E as vozes femininas em:Soprano - a mais aguda - Meio Soprano - a média - Contralto - a mais graveAs vozes infantis também podem ser classificadas em:• As vozes femininas:Sopranino - agudaContraltino - grave• As vozes masculinas:Tenorino - agudaContraltino - grave

Quando se canta em CORO, as diferenças das vozes aprecem mais destacadas, e o CORAL bem entrosado constitui um modo muito agradável de produzir música.

Tuas obras te coroam - Nona sinfonia de BeethovenTuas obras te coroam, - Como um halo de esplendor.

Astros, anjos, céus, entoam - Hino eterno a ti Senhor!Campos, matas, vales, montes, - Verde outeiro e verde mar,

Aves e sonoras fontes, - Formam um coro singular!Nós, mortais, por ti remidos - Deus da glória, deus de amor.

Corações aos céus erguidos - Celebram teu louvorRevelastes amor profundo - Insondável sem igual

Enviando Cristo ao mundo - A vencer por nós o mal!Fontes és de alegria e vida - És do bem o inspirador

Tua graça nos convida - A viver em mútuo amorQuais alegres peregrinos - Sempre em marcha triunfal

Atividades1 - Como é formado um coral?2 - Quais os tipos de vozes integram um coral? Explique cada um.3 - Explique os gêneros musicais.4 - Quis os fatores importantes para adquirir uma boa voz para cantar? 5 - Com a melodia da Nona Sinfonia cantar na sala em uníssono o canto: Tuas Obras6 - Quais são os exercícios e cuidados com a voz?

31 - Dança é simplicidade de movimentoDança é uma forma de expressão corporal e é fundamental para o ser

humano, fazendo com que aperfeiçoemos a nossa coordenação motora, trazendo ao cotidiano uma grande paz de espírito.

Quando efetuada em grupo, proporciona a convivência saudável. Dançar causa uma sensação de alívio, de bem estar, de alegria. É complexo conseguirmos, por meio de palavras, explicar como a expressão corporal pode nos trazer tantos benefícios. Cada passo, cada movimento transporta nossas sensações, nosso estado de espírito e pode determinar a facilidade com que transpomos certos obstáculos.

Dança é uma seqüência de gestos, passos e movimentos corporais com ritmo musical que expressa estado afetivo - existem danças amor, de guerra, de religião etc. E assim nascem danças rituais, mágicas, religiosas, bélicas, artísticas... A dança pode ser praticada por profissionais ou por amadores.

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Desde a antiguidade, a humanidade já tinha, na expressão corporal por meio da dança, uma forma de se comunicar. Cada cultura transporta seu conteúdo para as mais diferentes áreas; as danças absorvem grande parte desta transferência, pois sempre foi de grande importância nas sociedades, seja como uma forma de expressão artística, como objeto de culto aos deuses para ter na caçada ou para pedir chuva e é possível que para acompanhar os gestos e passos ritualísticos tenham desenvolvido toscos apitos de ossos (e que mais tarde viraram flautas) ou como simples entretenimento. No entanto, em tempos mais remotos, o sentido da dança tinha um caráter místico, pois era muito difundida em ritos religiosos e raramente era dançada em festas comemorativas.

O Renascimento cultural dos séculos XV e XVI trouxe diversas mudanças no campo das artes, cultura, política, dentre outras. Dentro deste contexto, a dança também sofreu profundas alterações. Nesta época, a dança começou a ter um sentido social, isto é, agora era dançada em festas pela nobreza apenas como entretenimento e como recreação. Desde então, a dança social foi se transformando e aos poucos tornou-se acessível às camadas menos privilegiadas da sociedade, que já desenvolviam outro tipo de dança: as danças populares, que, inevitavelmente, foram se unindo às danças sociais, dando origem, assim, a uma nova vertente da música, dançada por casais, que, mais tarde, seria denominada Danças de Salão.Na Antigüidade, a dança revestia duas formas: dança sacra (que fazia parte das cerimônias religiosas – Hebreus) e dança profana. Entre os Gregos, foi particularmente cultivada a púrica (dança guerreira dos Lacedemônios), a fálica (Báquica) e a jônica (dança voluptuosa). Em Roma, a dança era considerada um espetáculo e apenas reservada aos profissionais. A partir do Renascimento, a dança tomou um grande desenvolvimento com a Sarabanda, a Pavana, a Corrente, a Gavota, o Minuete etc. No século XIX,

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apareceu a Contradança (que se transformou na quadrilha), a Valsa, a Polca, a Mazurca, o Scottish, o Pasdequatre etc. No século passado, surgiu o Bostan, só destronado pelas danças exóticas (Cake-Walk, Maxine, One Step, Fox-trot e Tango).

Dentro da trajetória da dança, identificamos quatro grandes grupos de estilos:

Dança Clássico – conjunto de movimentos e de passos elaborados em sistema e ensinados no ensino coreográficos;

Dança de Salão - praticada nas reuniões e nos danceings;Dança Moderna – que se libertou dos princípios rígidos da dança acadêmica e que serviu de base ao bailado contemporâneo;Dança rítmica – movimentação do corpo ao som de músicas. É possível, também, identificarmos vários tipos de danças e classificá-las,

conforme suas origens, em danças nacionais e populares. Como exemplo:Espanha: Fandango, Bolero, Jota, Seguidilha, Flamenco etc.Itália: Tarantela e Furlana.Inglaterra: Jiga. Polônia: Mazurca e Polka.Ungria: Xarda.Brasil: Baião e Samba (as danças brasileiras são uma mescla de fatores negros, índios e europeus).

Portugal: Vira, Verde-Gaio, Malhão, Fandango Ribatejano, Pauliteiros de Miranda do Douro, Gota, Chula, Corridinho, Saias etc.

Em Tóquio, Nova York, Paris, São Paulo, Rio de Janeiro e outras grandes cidades, dança-se conforme música – geralmente de inspiração norte-americana, do fox aos blues, do charleston ao rock, ao twist e a todas modalidades surgidas com o iê-iê-iê. Mas também se dança o tango, o bolero, a rumba, o mambo, o cha-cha-cha, criações latino-americanas. E o nosso samba, bossa-velha ou bossa-nova não fica de fora nesse baile internacional, da “baiana” Carmem Miranda a Garota de Ipanema.

O que se conclui é que a dança nunca desaparece: muda de nome, sofre acréscimos, assume novos sentidos culturais, mas continua viva. As danças evocativas isoladas deram lugar às danças de participação geral, de colaboração instintiva. Não se dança antes de ir para a guerra, mas se dança na boa paz da alegria. Aos pares ou individualmente, a dança traduz sempre um forte sentido de integração das pessoas num grupo: o ritmo que experimentam é a mesma sensação que vive.1 – Balé: O balé surgiu no século XV na Itália sendo depois adotado pela França onde teve grande desenvolvimento. Luis XIV (1638 – 1715), monarca francês, participava pessoalmente das apresentações. Contudo, o balé de hoje é um tanto diferente do balé apresentado na corte francesa. As bailarinas do balé clássico usavam sapatilhas de ponta dura, e boa parte do espetáculo dançam na ponta dos pés. Vestem sais curtas com várias camadas de tule chamadas tutu. Existem normas rígidas que contam uma história musicada, as apresentações são iguais em todas as partes do mundo, sendo que quem faz a diferença é o diretor do corpo de baile e a competência dos bailarinos.

2 - Dança Moderna: A dança moderna não tem normas a serem cumpridas e não se usam sapatilhas ou tutu e nem,

necessariamente, conta-se uma história. Essa liberdade faz com que cada companhia de dança crie movimentos ou mesmo uma história. O Brasil já tem renome internacional no campo da dança moderna. Ex: Pastorale (Teatro Guairá).

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Atividades1 - Confeccione um álbum (pasta) com fotos retiradas de jornais e revistas dos mais diferentes lugares do Brasil e do Mundo com o tema: Danças. 2 - Baseando-se na atividade nº. 1, faça um comentário escrito comparando as danças, figurinos e movimentos. 3 - Escolha uma música e monte um grupo de dança de rua com sua turma. 4 -Pesquise em seu bairro que tipo de dança é mais praticada entre as pessoas mais jovens e de mais idade. 5 - Quais eram os tipos de dança na antiguidade?5 - Cite os estilos de dança que você conheceu neste estudo.6 - Como era a dança na sua origem e qual era sua intenção?7 - Que estilo de dança tem mais sucesso hoje na sociedade?8 - Diferencie o balé clássico da dança moderna.9 – Como é a dança rítmica?

32 – AdolescenteAdolescente é adrenalina que agita a juventude, tumultua os pais e

os que lidam com ele.Adrenalina que dá taquicardia nos pais, depressão nas mães, raiva nos

irmão, que provoca fidelidade nos amigos, desperta paixão no sexo oposto, cansa os professores, curte um barulhento som,Experimenta novidades, Revolta os vizinhos...

Adolescente é um deus com frágeis pés .Um apaixonado que busca o colo dos pais

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Um ousado no volante que acaba com o carro,Um herói sexual reprimido pela timidez,

Um conquistador que sofre “um branco” na hora HAlegria de Sonrisal em copo de água. escuridão da casa

Em que foi cortada a luz...Difícil é lidar com ele, porque ele não se entende com o próprio

corpo e ainda é ridicularizado pelos seus s próprios colegas;Ele quer resolver os problemas do mundo, mas se atrapalha

com uma simples questões de matemática.Ele prefere a certeza de não estudar a arriscar

A sua inteligência numa prova escolar.Ele nem bem se mete a arrumar o seu quarto, mas lava

Lustra o carro como um joalheiro.Ele nem se indispões contra os outros em defesa de

seus pais que ele mesmo maltrata.Ele fuma maconha empunhando a bandeira da ecologia.

Ele é rebeldemente sociável e seguramente instável.Ele ri com lágrimas, enquanto chora com gargalhadas.

Ele brinca de brigar e briga para amar.Ele vive sonhos e projetos de um vir a ser, porque:

O adolescente é pequeno demais paragrandes coisas, grande demais para pequenas coisas. Dr. Içami TibaComo você pensa e sente sendo adolescente? Represente com desenho ou pintura Abstrata.

BIBLIOGRAFIA

1-Apostila – Curso de Artes – Nobel Sistema de Ensino. Proença, G. História da arte, São Paulo, Editora Ática, 1989.2- Coleção Valores – Gazeta do Povo Edição 2000.3- Revista Mundo Jovem 2003 – 2004 e anos anteriores.4- Maleta de Didática Educação para a Cidadania Centro de Recursos Educativos IIDH – Instituto Interamericano de Direitos Humanos.5- Aranha Arruda Maria Luiza – Martins Pires; Maria Helena. Filosofando - Introdução à Filosofia - São Paulo, Moderna, 1993.6- Barbosa A.M - A imagem no Ensino da Arte: Anos Oitenta e Novos Tempos, São Paulo: Perspectiva, 2º Edição, 1996.7- Ferraz, M. Fusari, M.R.H 3º Edição. Arte na Educação Escolar, São Paulo: Cortez, 1993.8- Apostila do Positivo – Ensino Fundamental e Médio – 2001- Sociedade Educacional.9- Minimanual de pesquisa - Arte – Claranto – Uberlândia – MG – 2004

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