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Professora Thamiris Mendes
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Apostila
de Arte
6º Ano
Professora Thamiris Mendes
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Arte Urbana
A Arte Urbana (street art, em inglês) designa uma arte encontrada nos meios urbanos,
seja por meio de intervenções, performances artísticas, grafite, dentre outras.
Note que essa manifestação artística pública que interage com o ser humano, é encontrada
onde o cidadão comum poderá se deparar com a diversidade cultural que abrigam os
centros urbanos, sem necessariamente ter se dirigido a um centro cultural.
Com efeito, a Arte Urbana representa o encontro da vida com a arte, ou melhor, a fusão
de ambas.
Escadaria Selaron, Rio de Janeiro, Brasil
Origem da Arte Urbana
Esse tipo de expressão artística espalhada por todo o mundo, surgiu nos Estados Unidos,
na década de 70, e possui um caráter dinâmico e efêmero, os quais podem ser
imortalizadas pela fotografia.
No entanto, estudiosos afirmam que essa arte remonta períodos muito antigos, uma vez
que os gregos e romanos já transmitiam mensagens pelas ruas da cidade bem como
possuíam muitos artistas nos centros urbanos (música, teatro, dança).
A central proposição da arte urbana é justamente sair dos lugares ditos “consagrados”, ou
seja, destinados à exposição e apresentações artísticas (equipamentos culturais: teatro,
cinemas, bibliotecas, museus), para dar visibilidade a arte cotidiana, espalhada pelas ruas.
Os temas utilizados pelos artistas de rua são bem diversos, no entanto, muitos trabalhos
estão pautados em críticas sociais, políticas e econômicas.
Importante analisar o crescimento da arte urbana nos últimos tempos, de forma que passa
a ser vista como um “valor cultural” muito importante das minorias que vivem nos centros
urbanos, e anseiam em mostrar sua arte.
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Assim, essas manifestações populares permitem o encontro com a arte independente,
apesar de muitos artistas de ruas, terem se consagrado mundialmente, reconhecidos pela
mídia, indústria e diversos meios de comunicação em massa.
Arte Urbana no Brasil
No Brasil, a arte de rua surge na década de 70, mais precisamente com as obras de grafite
nas paredes da cidade de São Paulo. Curiosamente surgiu numa época conturbada da
história do país, com o advento da Ditadura Militar.
Note que no início era uma arte marginalizada, entretanto, adquiriu posição de destaque
no mercado de arte, com diversos artistas do país consagrados pelo mundo.
Ainda que o trabalho do artista de rua não seja reconhecido por muitos, importante
destacar a importância e relevância do artista para a sociedade.
Importante notar que muitos problemas são enfrentados pelos artistas de rua, tal qual a
proibição de manifestações artísticas em locais públicos.
Entretanto, conforme o artigo 5 º da Constituição do nosso país, todo cidadão é livre para
se manifestar artisticamente:
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,
independentemente de censura ou licença;”
Sobre esse tema, algumas leis foram introduzidas nas cidades brasileiras com o objetivo
de tornar livre a rua, para que assim, os artistas possam trabalhar e apresentar seus
trabalhos.
De tal modo, em 19 de julho de 2011, o Decreto Nº 52.504 regulamentou o exercício
artístico nas vias públicas da cidade de São Paulo, e a Lei Nº 10.277/11, através do
Decreto Nº 14.589, regulamentou essas manifestações na capital de Minas Gerais, Belo
Horizonte.
Exemplos de Arte Urbana
Diversas técnicas são utilizadas pelos artistas de rua, embora a intervenção “grafite” seja
a mais associada ao tema de arte de rua. Segue abaixo alguns exemplos de arte urbana. • Grafite: desenhos estilizados geralmente feitos com sprays nas paredes de edifícios, túneis, ruas.
Há muitas técnicas de grafite e atualmente os trabalhos em 3d chamam a atenção dos críticos. • Estêncil: parecido com o grafite, esse tipo de técnica utiliza o papel recortado como molde e o
spray para fixar as ilustrações e desenhos nas ruas, postes, paredes. • Poemas: qualquer tipo de manifestação literária que surge no ambiente urbano, seja nos
bancos, paredes, postes. • Autocolantes e Colagem: chamado de “sticker art” (arte em adesivo), esse tipo de arte utiliza a
aplicação de adesivos pela cidade.
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• Cartazes: Muito comum esse tipo de intervenção urbana, também chamada de "cartazes lambe-lambe", donde se fixam cartazes (papel e cola) pela cidade, sejam em postes, praças, edifícios, feitos manualmente ou impressos.
• Estátuas Vivas: muito encontrado nas grandes cidades como forma de entretenimento turístico, as estátuas vivas realizam um importante trabalho com o corpo, os quais permanecem estáticos durante longo tempo, realizando pequenos movimentos. Geralmente estão pintados e caracterizados.
• Apresentações: essas apresentações de rua podem ser de caráter teatral, musical, circense (malabaristas, palhaços, etc.), sendo trabalhos solos ou em grupos.
• Instalações: são inúmeros tipos de instalações artísticas como exemplos de arte de rua, sejam objetos, materiais distintos, com o intuito de provocar uma mudança no cenário já existente.
•
Grafite (Arte Urbana)
O Grafite é uma arte de rua (urbana) caracterizada por desenhos em locais públicos,
(paredes, edifícios, ruas, etc) que surgiu na década de 70, nos Estados Unidos, na cidade
de Nova York.
O termo Grafite, de origem italiana “graffito” (plural “graffite”) significa a “escrita feita
com carvão”.
Grafite em Belo Horizonte, Brasil
Grafite no Brasil
A história do Grafite no Brasil surgiu na década de 70, precisamente na cidade de São
Paulo, época conturbada da história do Brasil, silenciada pela censura com a chegada dos
militares no poder.
Paralelamente ao movimento que despontava em Nova Iorque, o grafite surge no cenário
da metrópole brasileira como uma arte transgressora, a linguagem da rua, da
marginalidade, que não pede licença e que grita nas paredes da cidade os incômodos de
uma geração.
A partir disso, a arte de grafitar se transforma num importante veículo de comunicação
urbano, corroborando, de alguma maneira, a existência de outras vozes, de outros sujeitos
históricos e ativos que participam da cidade.
A partir disso, importante ressaltar que o grafite, inicialmente, foi uma arte caracterizada
pela autoria anônima, em que o grafiteiro ou "writer" transformava a cidade num
importante suporte de comunicação artística sem delimitação de espaço, mensagem ou
mensageiro.
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Portanto, o que importava naquele momento, era a arte em si e não o nome de seu autor.
Por esse motivo, os ditos "cânones" são retirados de sua posição central e imperativa para
dar lugar a uma arte de todos e para todos; arte da rua, na rua e para a rua; arte da cidade,
na cidade e para a cidade: o grafite.
Nesse sentido, a arte se funde com a vida do cidadão da metrópole através do movimento
mútuo de transformação e de identificação de seus sujeitos
Assim, desde a década de 70 no Brasil, os grafiteiros se apropriaram do espaço público a
fim de transmitirem mensagens de cunho político, social, cultural, humanitário e,
sobretudo, artístico.
A arte nesse momento, passa a ser não somente vista dentro dos museus ou dos centros
culturais, mas, sobretudo, nas paredes das ruas, nos túneis, nos prédios da cidade.
Com efeito, o grafite é definido mais que uma linguagem artística, torna-se assim, um
importante instrumento de protesto e de transgressão dos valores estabelecidos. Em outras
palavras, nasce uma nova forma de ocupação do espaço urbano e da percepção artística.
De acordo com Celia Maria Antonacci Ramos, doutora em Comunicação e Semiótica
pela PUC/SP, a arte do grafite é acima de tudo, a arte da cidade e do público que nela
vive:
"Grafite: grande canal de comunicação, sem conexão com fibra ótica ou cabo elétrico,
mas conectado diretamente com a cidade, com o público, com o aqui e agora. O grafite
está na cidade, no espaço público, não tem proprietário nem vigia. Na carona dos grafites
há sempre os rabiscos aleatórios, as mensagens de amor, as pichações políticas e os
anúncios publicitários. Os grafites criados nos “udigrúdi” das cidades levaram o
ocidente a presenciar pública e anonimamente o questionamento de muitos de seus
valores estabelecidos, entre eles o da ocupação dos espaços da cidade e o da
apresentação e valoração da arte. Se uma nova forma de política emerge desse contexto
com ela uma nova forma comunicação e de arte."
A arte do grafite, possibilitou a comunicação entre todos os moradores da cidade, a união
de muitas culturas que coexistem; em outras palavras, permitiu a fusão entre o centro e a
periferia.
No Brasil, essa arte disseminou-se rapidamente pelo país e, hoje em dia, segundo
estudiosos do tema, o grafite brasileiro é considerado um dos melhores do mundo.
Alguns nomes de destaque no cenário nacional e internacional são: Eduardo Kobra, Alex
Hornest, Alessandro Vallauri, Ramon Martins, Gustavo e Otávio Pandolfo (os gêmeos).
AS 20 PINTURAS MAIS FAMOSAS DO MUNDO
A pintura, seja ela como for, sempre foi uma das formas de arte mais apreciadas da
história. Dentre inúmeros artistas e obras, algumas delas se destacam, marcam épocas,
estilos e gerações e ganham muita notoriedade, seja pra quem é apreciador e entendedor
da arte ou não.
Nesse post você vai ver uma seleção com as 20 pinturas mais famosas do mundo, e um
pouco sobre elas. Vamos lá?
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20 – Dogs Playing Poker
Encomendada pela Brown & Begelow Cigars,
uma marca de charutos, a série Dogs Playing
Poker foi pintada pelo artista americano C.M.
Coolidge, e possui no total de 16 telas. As
pinturas foram encomendadas em 1903, e ano
passado (2015) um dos originais foi vendido
em um leilão por nada menos que US
$590,400.
19 – Bal du moulin de la Galette
Mais conhecida como “Dança Le
moulin de la Galette”, esta é uma pintura
do artista francês Pierre-Auguste
Renoir de 1876. A obra está atualmente
no Museu d’Orsay, em Paris e está na
lista das pinturas mais caras do mundo,
avaliada em incríveis 78,1 milhões de
dólares.
18 – No. 5, 1948
Esta é uma das obras mais famosas do artista
americano Jackson Pollock, conhecido pela sua
influência ao expressionismo abstrato. A pintura
foi feita em um painel de fibra, pintada com
resina sintética e mede 8’ x 4’. O original foi
vendido à um comprador particular pela bagatela
de 140 milhões de dólares em 2006.
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17 – The Son of Man
Esta é uma pintura do artista belga
surrealista René Magritte. Magritte pintou
a obra como um auto-retrato em 1964, a
peça mede 116 × 89 cm. Atualmente a peça
é de um proprietário particular e raramente
é exposta ao público, o que a faz ainda mais
misteriosa.
16. Cafe Terrace at Night
Esta é uma peça do famoso pintor
holandês Vincent van Gogh. A obra é uma
pintura a óleo que mede 80.7 × 65.3 cm, feita
em 1888 em Arles, na França. A peça não está
assinada por van Gogh, mas é mencionada
por ele em várias de suas anotações.
Atualmente de encontra no Museu Kröller-
Müller, em Otterlo, Países Baixos.
15. American Gothic
Esta obra é do pintor americano Grant Wood.
A peça foi pintada em 1930 e é uma pintura a
óleo que mede 78 × 65.3 cm, e atualmente está
no Instituto de arte de Chicago.
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14. O Carregador de Flores
Esta é uma obra do artista
mexicano Diego Rivera, pintada em
1935 em masonite, uma espécie de
placa de madeira, uma das formas
mais comuns de pintura em
superfícies duras. Considerado
como o maior pintor mexicano do
século XX, Rivera era conhecido
por suas pinturas simples e cheias
de cores vibrantes.
13. Water Lilies
Esta também se trata de uma
série de pinturas, dessa vez
feitas pelo famoso
impressionista francês Claude
Monet. A série conta com
cerca de 250 pinturas a óleo,
feitas entre 1840 e 1926 e
foram o foco principal da
produção artística de Monet durante os últimos trinta anos de sua vida. Muitas das obras
foram pintadas enquanto Monet sofria de catarata. Em 2008 uma das peças da séria, a Le
Bassin aux Nymphéas (imagem abaixo) , foi vendida por 80.5 milhões de dólares.
12. The Kiss
Esta obra foi pintada pelo
simbolista austríaco Gustav
Klimt, entre 1907 e 1908, o
ponto alto de seu “período de
ouro”. A peça mede 180 × 180 cm
e foi pintada a óleo com folhas de
ouro. A peça se encontra
no Österreichische Galerie
Belvedere, em Vienna, e é
considerada uma das obras
mais importantes do início do
período moderno.
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11. The Night Watch
O nome real da •obra é Militia
Company of District II under the
Command of Captain Frans
Banninck Cocq, e foi pintada
pelo holandês Rembrandt van
Rijn em 1642. A peça mede 363
× 437cm e é propriedade do
Museu De Amsterdam, mas está
atualmente exposta
no Rijksmuseum.
10. Portrait de L’artiste Sans Barbe
Esta é mais uma obra do famoso pintor
holandês Vincent van Gogh, e é um dos vários
auto-retratos que ele pintou durante sua vida. A
peça, que retrata o artista sem barba (como o nome
sugere), é uma pintura a óleo que foi pintada
em 1889, medindo 40 × 31 cm. A peça pode ter sido
o último auto-retrato do artista, e em 1998 foi
vendida por 71.5 milhões de dólares para um
comprador particular.
9. Whistler’s Mother
O verdadeiro nome desta obra é Arrangement in
Grey and Black No.1, pintada pelo
americano James McNeill Whistler em 1871. A
peça é uma pintura a óleo que mede 144.3
× 162.4 cm e foi pintada em uma tela feita pelo
próprio Whistler. Esta é mais uma obra que se
encontra no Musée d’Orsay, em Paris, e é uma das
obras mais famosas de um americano fora dos
Estados Unidos, considerada por muitos como a
Mona Lisa Vitoriana.
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8. Girl with a Pearl Earring
Em holandês, Meisje met de parel, esta é uma
obra do famoso pintor holandês Johannes
Vermeer. A peça foi pintada a óleo, por volta de
1665, mede 44.5 × 39 cm, e atualmente é
propriedade do museu Mauritshuis, nos Países
Baixos. Esta é uma das obras que foi replicadas
pelo famoso artista inglês Banksy.
7. A Sunday Afternoon on the Island
of La Grande Jatte
Esta é um das obras mais famosas do
pintor francês Georges-Pierre Seurat.
A peça é uma pintura a óleo em
tela feita em pontilhismo, inciada
em 1884 e finalizada dois anos depois.
A peça é propriedade do Instituto de
Arte de Chicago e foi adquirida em
1974 por cerca de 24 mil dólares, que
inflacionados equivalem a cerca
de 328 mil dólares.
6. Three Musicians
Este é um quadro do famoso artista
espanhol Pablo Picasso. A obra foi
pintada em 1921, é uma pintura a óleo e
mede cerca de 200.7 x 222.9 cm. A peça
é considerada uma das mais importantes
obras cubistas, e atualmente se encontra
no MoMA – Museu de Arte Moderna de
New york.
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5. La persistencia de la
memoria
Esta é uma peça do famoso
artista espanhol e
bigodudo Salvador Dali. A
obra é uma pintura a óleo, feita
em 1931 e mede cerca de 24
× 33 cm. A peça foi doada
anonimamente para o MoMA,
onde se encontra até hoje. É
considerada uma das mais
importantes pinturas para o
surrealismo, e expressa a visão
de Dali sobre a relatividade.
4. Guernica
Mais uma obra de Pablo
Picasso, desta vez um mural
pintado a óleo, medindo 349
× 776 cm. A peça, que foi
finalizada em 1937, possui
apenas preto, branco e cinza e é
considerada por muitos críticos
de arte como uma das pinturas
anti-guerra mais comoventes e
poderosas da história. Isso porque a peça foi pintada em resposta ao bombardeio de
Guarnica, na Espanha, feito pela Alemanha. A peça está atualmente no museu Reina
Sofia, em Madrid, Spain.
3. The Scream
Famosa obra do pintor norueguês Edvard
Munch, está no top 3 das obras mais famosas. A
peça possui cinco versões, pintadas em tempera,
óleo, pastel e litografia. As peças já sofreram
diversos roubos, inclusive a mão armada, todos
os quadros foram recuperados mas com danos
irreparáveis. Uma das peças foi vendida em 2012
por 119,9 milhões de dólares. As peças estão
expostas na Galeria Nacionalde Oslo e no
Museu de Munique.
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2. Starry Night
Mais uma obra de Vincent van
Gogh, e uma de suas pinturas
mais conhecidas. A peça foi
criada por Van Gogh aos 37 anos,
enquanto esteve em um asilo em
Saint-Rémy-de-Provence, em
1889. A peça é uma pintura a óleo
em tela que mede 73,7 × 92,1
cm, e atualmente também é
propriedade do MoMA,
considerada uma das mais
famosas obras de arte do mundo.
1. The Mona Lisa
Como já era de se esperar, na primeira posição está o
quadro do italiano Leonardo da Vinci, considerado o
mais conhecido, o mais visitado, o mais escrito sobre, o
mais cantado e o trabalho mais replicado de arte no
mundo. A peça é uma pintura a óleo em tela, medindo 77
× 53 cm, iniciada em 1503/1506 e finalizada em 1517. A
obra foi comprada pelo museu do Louvre, em Paris, por
nada menos 100 milhões de dólares em 1962,
que considerando a inflação custaria 782 milhões de
dólares. A peça está no Livro Dos Records como a obra
de arte mais cara já vendida na história, e está em
exposição permanente no museu do Louvre.