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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU Curso de Pós-Graduação Criação na Comunicação (Jornalística, Audiovisual, Publicitária e Promocional). FELIPE DE OLIVEIRA DEODATO A Arte Urbana São Paulo 2012

A Arte Urbana

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Monografia apresentada ao curso de Criação na Comunicação da Universidade São Judas Tadeu, como requisito parcial para conclusão de Especialização em 2012.

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Page 1: A Arte Urbana

UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

Curso de Pós-Graduação

Criação na Comunicação (Jornalística, Audiovisual, Publicitária e Promocional).

FELIPE DE OLIVEIRA DEODATO

A Arte Urbana

São Paulo

2012

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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

Curso de Pós-Graduação

Criação na Comunicação (Jornalística, Audiovisual, Publicitária e Promocional).

FELIPE DE OLIVEIRA DEODATO

A Arte Urbana

Monografia apresentada ao curso de Criação na

Comunicação da Universidade São Judas Tadeu,

como requisito parcial para conclusão de

Especialização em 2012.

Orientadora: Profa. Ms. Virginia Pereira

São Paulo

2012

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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

Curso de Pós-Graduação

Criação na Comunicação (Jornalística, Audiovisual, Publicitária e Promocional).

FELIPE DE OLIVEIRA DEODATO

A Arte Urbana

Monografia apresentada ao curso de Criação na

Comunicação da Universidade São Judas Tadeu,

como requisito parcial para conclusão de

Especialização em 2012.

Aprovada em Outubro de 2012

____________________________________________________________________

Orientador: Profa. Ms. Virginia Pereira

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À meus pais, professores e colegas de classe que me

possibilitaram a experiência de realizar a Pós-Graduação.

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RESUMO

DEODATO, Felipe. A Arte Urbana. Monografia. Curso de Pós-Graduação em Criação na

Comunicação (Jornalística, Audiovisual, Publicitaria e Promocional) da Universidade São

Judas Tadeu. São Paulo, p. 55, 2012

Esta monografia tem como objetivo apresentar de forma simples e clara a evolução da

Arte Urbana desde seu surgimento até sua constatação como forma de arte, mostrando suas

variações, diferenciações, vertentes e também o seu reconhecimento.

Essa evolução deu-se por conta da evolução sociocultural sofrida pela sociedade que

por sua vez via aumentar cada vez mais a necessidade de se expressar mesmo que não

compreendida, o que em muitos casos fazia com que fossem reprimidos pelo sistema.

Palavras-chave: Arte Urbana; pichação; pixação; grafite; graffiti; sociedade; OSGEMEOS.

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ABSTRACT

DEODATO, Felipe. The Urban Art. Pos Graduation course in Creation in Communication.

(Journalism, Audiovisual, Advertising and Promotional) on Universidade São Judas Tadeu.

São Paulo, p. 55, 2012

This monograph has as an objective present in a simple and clear way the evolution

of Urban Art since its appearance until its consolidation as an art form, showing your

variations, differentiations, strands and also you recognition.

The evolution happened due to the socio cultural evolution that society has been

through, which raised the necessity of expressing itself even if not understood, what in many

cases was repressed by the system.

Key-words: Urban Art; pichação; pixação; graffiti; society; OSGEMEOS.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...............................................................................................08

2. HISTÓRICO....................................................................................................09

3. DEFINIÇÃO....................................................................................................12

4. VERTENTES..................................................................................................13

4.1. Stickers...............................................................................................13

4.2. Letreiro...............................................................................................15

4.3. Stencil.................................................................................................17

4.4. Bomb..................................................................................................19

4.5. Grapixo...............................................................................................21

4.6. Tag......................................................................................................23

4.7. Graffiti................................................................................................25

4.8. Pichação/Pixação................................................................................27

5. PRINCIPAIS ARTISTAS...............................................................................31

5.1. “OSGEMEOS” ..................................................................................31

5.2. BANKSY............................................................................................37

5.3. BLU....................................................................................................42

5.4. CARLOS ADÃO................................................................................47

6. LEGISLAÇÃO................................................................................................52

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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................53

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................54

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1. INTRODUÇÃO

Desde a época que conhecemos como “Tempo das Cavernas” o homem desenvolveu

a necessidade de se expressar e a partir das primeiras pinturas rupestres surgem às habilidades

artísticas que mais tarde se tornariam escritas, gravuras etc. e com o passar do tempo

começaram a se comunicar através dela.

Motivados por sentimentos de rebeldia, muitos passam a monstra sua indignação

através de inscrições em muros e paredes (o que já ocorria na cidade de Pompéia, durante o

Império Romano) que se transformariam em Graffit e Pichação, como conhecemos

atualmente.

Este trabalho irá apresentar a Arte Urbana divida em vertentes. São elas: Stickers,

Letreiro, Stecil, Bomb, Grapixo, Tag, Graffiti, Pichação e Pixação.

São muitos os artistas inclusos no âmbito da Arte Contemporânea que vieram da Arte

Urbana e que por sua vez começaram na Pichaçã/Pixação o que seria ilegal aos olhos da lei.

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2. HISTÓRICO

Desde todo o sempre o homem sentia a necessidade de expressar e uma das formas

eram as inscrições em cavernas que representavam cenas daquele cotidiano como caçadas,

batalhas, objetos utilizados por eles entre outros. Por isso entendesse que a Pichação surgiu a

partir do interesse do ser humano em se comunicar.

Talvez as inscrições mais antigas já consideradas como Pichação sejam as da cidade

de Pompéia, antiga cidade do Império Romano que em 79 d.C. foi totalmente devastada pela

erupção do vulcão Vesúvio. A cidade esteve oculta então por mais de 1600 anos até ser

descoberta por acaso. A escavação naquele local formou um imenso sitio arqueológico onde

observamos nitidamente como era a vida na Roma antiga e essa observação nos possibilitou

ver até mesmo as inscrições que eram feitas nas paredes.

Podíamos encontrar ofícios profissionais como alfaiate, professor etc, talvez

profissões dos homens que habitavam aquelas casas e esses muros, assim como hoje

encontramos inscrições que seriam anúncios, recados, insultos ao poder, sátiras ao sistema

politico e declarações de amor.

Em 1968, operários na França fazem uma greve revoltados com a estruturação da

sociedade imposta pelo sistema e nos muros começam a surgir exemplo do que hoje seria Arte

Urbana como forma de protesto.

Essa Pichação tinha com intuito, assim como em Pompeia, expor aquilo que os

cidadãos sentiam naquele momento e já utilizavam a tinta em spray para fazer as escritas pelo

seu fácil manuseio.

No mesmo período, o Brasil enfrentava a forme repressão da Ditatura Militar e um

movimento parecido ocorria por aqui. Indivíduos usavam a Pichação para atacar o Regime

Politico e dizer que lutavam por uma Democracia.

Em 1970, porto-riquenhos e negros influenciados pela cultura Hip-Hop que surgia

nos Estados Unidos criam o que seria o Graffiti que além de possuir o mesmo caráter de

repressão da Pichação servia para marcar territórios das gangues.

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Os Americanos utilizavam símbolos nesse movimento, o que se assemelha muito

com a Pixação atual de São Paulo.

Com a evolução Sociocultural, veio à evolução da Arte Urbana que não mais se

limitava ao Graffiti e Pichação, hoje temos inúmeras vertentes que podem ser inclusas no

âmbito da Arte Urbana que hoje, não é mais vista como vandalismo realizado por pessoas

desconhecidas.

São vários os artistas que se consagração por da Arte Urbana. Os artistas citados a

seguir consolidaram a Arte Urbana dentro da Arte Contemporânea e é cada vez mais

respeitada e admirada tanto nas ruas quanto em grandes galerias.

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Mostra De Dentro Para Fora/De Fora Para Dentro – MASP

Fonte: http://masp.art.br/masp2010/exposicoes_integra.php?id=8&periodo_menu=cartaz

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3. DEFINIÇÃO

Inúmeras manifestações visuais em muros e fachadas subvertem a arquitetura das

cidades ao mesmo tempo que ajudam a compor o contexto urbano atual. São

imprevisíveis ocupações visuais que se espalham pelos mais diversos cantos da

cidade e que podem facilmente ser captadas por qualquer transeunte. A dificuldade

em classificar essas manifestações – se arte, escrita, intervenção ou protesto – e a

própria variedade de estilos gráficos fazem do assunto um campo fértil para

desentendimento. (LASSALA, Gustavo. Pichação não é Pixação: Uma introdução à

análise de expressões gráficas urbanas, 2010. P. 23)

A Arte Urbana é uma pratica social onde suas obras se apropriam do espaço publico

urbano, fazendo com que façam parte das obras. Essa interação com os elementos urbanos

não ficam só em palavras e desenhos. Fantasias em estatuas, falsas placas, cartazes e

projeções também estão inclusos no âmbito da Arte Urbana diversificando cada vez mais suas

vertentes.

Esse movimento, por sua vez, expressa sentimentos, ideias, emoções e até mesmo

pensamentos éticos, morais e culturais de certa pessoa ou grupo sempre cheio de bom humor

e irreverencia.

Essas obras podem estar ligadas a momentos históricos e possui traços que vão do

imaginário ilusório ao cotidiano oprimido vivido pela sociedade, trazendo certa ambiguidade

ao receptor que por sua vez tem o livre arbítrio para sua percepção.

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4. VERTENTES

De acordo com Gustavo Lassala (2010) as vertentes da “Arte Urbana” podem ser

classificadas em:

4.1. Stickers

Forma de expressão urbana que se vale pela colagem de adesivos em ponto da cidade

tais como postes, placas de transito, lixeiras, pontos de ônibus.

Os Stickers geralmente são feitos por mascaras de spray sendo mais fácil e fiel a sua

reprodução, de forma artesanal onde o artista desenha a mão livre sobre adesivo ou etiqueta,

quando aplica a cola no papel onde foi feito o desenho e também por processos de impressão

(tais como serigrafia ou impressão digital) que neste caso requer um pouco mais de

investimento e habilidade do artista, uma vez que seja necessário arcar com o custo da

impressão e a utilização de softwares gráficos para a manipulação das imagens.

Stickers são considerados como uma manifestação temporária pela fragilidade dos

materiais usados para sua concepção.

Por ser de fácil manuseio e transporte os Stickers espalham rapidamente

multiplicando-se pelas ruas já que é só colar o adesivo no “pico” escolhido.

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Stickers

Fonte: http://tronzero.deviantart.com/gallery/24712376#/d2n7nam

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4.2 Letreiro

Letreiro talvez seja um tipo de manifestação urbana menos descriminalizada já que

muitas vezes o próprio dono do estabelecimento o faz ou contrata alguém com um pouco mais

de habilidade para fazer.

Os letreiros são feitos na maioria das vezes de forma precária e rudimentar sem um

apelo visual agradável já que sua intenção é apenas passar um recado ao observador que por

ali passa.

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Letreiro

Fonte: http://artpaulista.arteblog.com.br/image/132879133119-jpg

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4.3. Stencil

Uma técnica onde o artista utiliza-se de uma matriz de impressão onde o desenho é

gravado através de cortes sobre uma base rígida (papelão, madeira, plástico etc.).

Essa matriz é fixada no “pico” e recebe uma camada de tinta (spray ou acrílica)

deixando assim assinado o desenho gravado nos cortes.

Assim como o Sticker, o Estêncil garante a multiplicação da arte com fidelidade,

desde que a matriz esteja em perfeitas condições. O Estêncil pode ser utilizado por si só ou

então em Graffitis compondo imagens com texturas, na Pixação e também na fabricação dos

Stickers.

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Stencil – Sweet Pic

Fonte: http://lora-zombie.deviantart.com/gallery/?q=sweet+pic#/d11xr0i

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4.4. Bomb

Técnica de desenho difundida pelos grafiteiros e pixadores. Trata-se de um conjunto

de letras (geralmente com o próprio nome do artista ou da grife que pertence) com formas

arredondadas com contornos e traços que simulam volume.

São feitos de forma rápida por isso a utilização de poucas cores ou até mesmo sem

elas só com o contorno.

Embora muito parecido com o Graffiti, o Bomb de forma geral, é aplicado de

maneira ilegal, o que o aproxima mais da Pixação.

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Bomb – Na Selo

Fonte: http://rock-one.deviantart.com/gallery/?q=na+selo#/d1wbbso

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4.5. Grapixo

Trata-se do meio termo entre o Graffiti e Pixação. São letras desenvolvidas por

pixadores, porém com a adição de cores, contornos e volume.

Esse tipo intervenção geralmente é feita por pixadores juntamente com os grafiteiros

em espaços destinados ao Graffiti.

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Grapixo – Tropço!

Fonte: http://www.povo.art.br/2011/03/graffiti-rua-edicao-grapixo.html

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4.6. Tag

É o que podemos chamar de assinatura uma vez que a Tag é próprio do artista e de

difícil reprodução de terceiros assim como uma assinatura dos cidadãos.

Pode ser encontrada ao lado de Graffitis para identificar o artista e marcar o território

com aquela marca ou em muros de baixa altura já que também pode ser feita de forma rápida.

As Tags podem ser feitas com spray e pinceis atômicos que podem possuir variações

de espessura nos traços ou então com giz de cera ou de lousa, esses possuem um traço fino e

continuo sem variação e tem sua permanência temporária, devido seu material.

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Tag – Trixter & Xpres CBS Fonte: http://iwuzherefirst.com/tag/marker-tag

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4.7 Graffiti

Original da sociedade contemporânea e próximo da Pichação, o Graffiti é uma

Intervenção Urbana onde seus elementos requerem um pouco mais de complexidade na sua

elaboração.

Volume, movimento, perspectivas etc. são alguns elementos que podemos encontrar

nas obras que por sua vez não são apenas pinturas, mas também colagens, esculturas, uso de

suportes diferenciados etc.

Assim como a Pichação/Pixação, o Graffiti também faz criticas sociais e expõem

ideologias. Na maioria das vezes (não sempre) são feitos num suporte autorizado e até mesmo

com patrocínio, já que pessoas pagam por este “serviço artístico”.

Hoje em dia podemos encontrar Graffitis não só nas ruas, mas também em grandes

galerias de arte e exposições e muitos grafiteiros são inseridos no circuito de artes,

considerados artistas contemporâneos.

Cada grafiteiro possui um estilo próprio que muito certo, traz de sua bagagem

cultural.

Há quem ainda considere o Graffiti como Pichação, porém boa parte dos grafiteiros

inclusive os mais renomados e famosos começaram como pichadores.

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Graffiti – Chivitiz e Minhau

Fonte: http://www.flickr.com/photos/chivitz/3063966935/

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4.8. Pichação/Pixação

A pichação é uma prática que interfere no espaço, muitas vezes desagradando os que

são alvos de comentários, donos de paredes brancas, muros de estabelecimentos etc. A

pichação subverte valores, é espontânea, efêmera e gratuita. Prática que tem como sua base as

letras e formas diferentes que significam protestos políticos, xingamentos aos que irão ler o

que está no muro, protesto de gangues, simples vontade de sujar entre outras inúmeras coisas.

No Brasil, existe uma diferença entre o grafite e a pichação. Ambas tendem a

alimentar discussões acerca dos limites da arte, sobre arte livre ou arte-mercadoria, liberdade

de expressão.

Muitos grafiteiros foram pichadores no passado, e os pichadores não interferem

sobre paredes grafitadas.

A pichação é considerada vandalismo e crime ambiental, nos termos do artigo 65 da

Lei 9.605/98 (Lei dos Crimes Ambientais), que estipula pena de detenção de 3 meses a 1 ano,

e multa, para quem pichar, grafitar ou por qualquer meio conspurcar edificação ou

monumento urbano.

Todavia, os juízes vêm adotando a aplicação de penas alternativas, como o

fornecimento de cestas básicas a entidades filantrópicas ou a prestação de serviços

comunitários pelo infrator.

Se o ato for praticado em monumento ou coisa tombada, devido a seu valor artístico,

arqueológico ou histórico, a pena de detenção é mais pesada e pode variar de seis meses a um

ano, além do pagamento de multa.

No Rio de Janeiro, diferentemente do passado, quando era apenas um ato de protesto

ou manifestações em geral, a pichação vem tornando-se um ato cada vez mais frequente na

vida de jovens, geralmente de classe média, que a praticam por puro lazer, adrenalina e

competição. A organização nesse meio vem crescendo muito, o que é comprovado pelos

encontros (também chamados por pichadores de "reús", abreviação de "reunião") que

acontecem regularmente em diversos pontos das cidades, alguns deles reunindo centenas de

pichadores numa mesma noite. A impunidade, a "fama" e a adrenalina de subir em prédios de

maneira arriscada, são os principais fatores de motivação para que o ato seja cada vez mais

praticado. Os pichadores organizam-se em grupos, que são identificados cada um por uma

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sigla. Todo final de ano, pichadores reúnem-se e distribuem premiações entre si, para as

melhores siglas, ou para aqueles que se destacaram durante o ano, ou por pichar em lugares

altos, ou simplesmente por ter seu piche em vários pontos da cidade.

A grafia da pichação de São Paulo (Pixação), ao contrário da carioca, é a mais

próxima da escrita normal, onde as letras se destacam por serem grandes e na vertical, com

curvas e detalhes que fazem o diferencial de cada pichação.

Em São Paulo, os pichadores organizam "equipes" de pichação e possuem algumas

diretrizes para organizá-la, possuindo até mesmo um líder (vulgarmente chamado de

"cabeça"). Algumas equipes possuem uma espécie de "grife", onde cada uma possui um

símbolo para distinção, exibindo então a união de diversas equipes. São realizados encontros

(também conhecidos como "points"), onde diversas grifes se reúnem para trocar informações

e fazer festas com tinta e, frequentemente, drogas. Existem equipes com mais de vinte anos de

existência, denominadas de "Velha Guarda" ou "Das antigas".

O ápice de uma pichação é chamado de “pico”, onde geralmente um prédio de

grande porte tem sua parte superior pichada, caracterizando um crime, já que para efetuá-lo,

as equipes tem que invadir o edifício para ter acesso a sua parte mais alta.

Cada equipe possui tipografias distintas umas das outras. Assim, um caractere de

uma equipe pode ser completamente diferente da outra.

A pichação tornou-se hábito em diversas cidades e estados brasileiros. Ceará, Goiás,

Paraná, Mato Grosso, Minas Gerais, Distrito Federal, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Pará

e Pernambuco são estados cujas capitais possuem um expressivo número de vândalos

urbanos.

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Pichadores em ação

Fonte: http://renovandoaescola.blogspot.com.br/2010/08/pichacao-e-grafitagem.html

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Pixação (com “X”) – OS+IM – Uma das grifes mais conhecidas em São Paulo

Fonte: http://besidecolors.com/lendas-da-pixacao-%E2%80%93-as-maiores-pixacoes-do-mundo/

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5. PRINCIPAIS ARTISTAS

5.1. “OSGEMEOS”

Nascidos em 1974, São Paulo – Brasil, os gêmeos idênticos Gustavo e Otávio

Pandolfo viviam num mundo de fantasias onde ali já criavam suas personagens e cenários de

forma minuciosa. Os irmãos usavam brinquedos desmontados, lápis de cor e papel para

expressar toda essa fantasia. Era comum ver os dois desenhando no mesmo papel, ou então

usando o mesmo tema.

Em 1986, morando na região central de São Paulo, Gustavo e Otávio iniciam no

Graffiti com a chegada da cultura Hip Hop no Brasil sem referência alguma, improvisando

junto com a imaginação e com o desenvolvimento dessa linguagem própria, começou a surgir

o estilo “OSGEMEOS”.

Esse estilo baseia-se em histórias cotidianas vividas por milhares de pessoas

espalhadas pelo mundo, folclore nacional onde podemos encontrar figuras semelhantes às

personagens criadas pelos irmãos, fantasias da ingênua infância dos dois e críticas ao modelo

socioeconômico que vivemos. O Graffiti pôde enfim, por em prática tudo aquilo que

imaginavam quando crianças.

Com a visita do grafiteiro americano Barry Mgee (Twist) ao Brasil para uma

exposição, os irmãos Gustavo e Otávio viram a possibilidade de viver daquilo que até então

só faziam por diversão.

A primeira exposição conjunta dos gêmeos aconteceu em 1995 no M.I.S. – Museu da

Imagem e Som – São Paulo, numa mostra sobre arte de rua e um ano após em uma casa na

Vila Madalena onde fizeram uma pequena mostra de suas primeiras peças e instalações.

A convite de Loomit, grande nome da arte urbana mundial, que os conheceu através

de uma revista sobre o tema, os irmãos partem para uma viagem ao redor do mundo

realizando projetos em parceria com diversos artistas do segmento e em 2003 fazem sua

primeira exposição solo na galeria Luggage Store, em São Francisco.

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Suas obras passam a ter formas notáveis no mercado da arte contemporânea quando

em 2005 entram para a galeria Deitch Projects de Nova York. Suas ideias passam agora a ter

forma de esculturas e viram gigantescas instalações.

Após um ano, já com o nome “OSGEMEOS” construído no exterior, Gustavo e

Otávio voltam e fazem sua primeira grande exposição no Brasil na Galeria “Fortes Vilaça”,

em São Paulo.

A pintura feita nas ruas e as criações feitas para obras e instalações em galerias

partem do mesmo mundo onírico que existe dentro da mente da dupla, mas tomam

rumos distintos. A primeira é o próprio dialogo dos artistas com as ruas, com cada

pessoa que passa e de forma direta ou indireta interage com a pintura, isso é o

Graffiti. A segunda é a materialização de sonhos, ideais, críticas sociais e políticas

que retratam o universo vivido dentro em contraste com que se apresenta fora no

dia-a-dia dos próprios irmãos. No momento em que todas estas ideias entram dentro

de uma galeria elas deixam de pertencer ao Graffiti e passam a fazer parte do mundo

que envolve a arte contemporânea.

A imaginação são as asas que os gêmeos utilizam para ir aos mais divertidos e

ilusórios lugares que habitam suas mentes. É a porta aberta e o convite para

mergulhar no humor e nas delícias de poder criar um mundo da nossa própria

maneira e com todas as cores e fantasias que se possa imaginar. (RALSTON, Ana

Carolina. OSGEMEOS por Ana Carolina Ralston, Em:

<http://osgemeos.com.br/index.php/biografia>. Acesso em 14 mar. 2012)

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O Estrangeiro

Fonte: http://osgemeos.com.br/images/uploads/estrangeiro.jpg

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Os Músicos

Fonte: http://www.lost.art.br/anti/osgemeos_vertigem/019.JPG

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Vista da Sala

Fonte: http://www.faap.br/hotsites/osgemeos/pop_up/pop_up_03.htm

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Castelo de Kelburn

Fonte: http://area197.blogspot.com.br/2011/09/projeto-graffiti-em-kelburn-castelo-na.html

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5.2. Banksy

Muitos duvidam que Bansky seja apenas um artista misterioso e acreditam que

Banksy é um coletivo dedicado a arte urbana, mas o que mais se fala sobre ele é que seja um

homem natural de Bristol, Reino Unido, nascido em 1975.

Trabalhos de Banksy podem ser visto no mundo todo, mas é em sua cidade natal

onde sua arte tem um imenso valor e por isso é muito respeitada não só no Reino Unido.

Banksy ficou conhecido por invadir e introduzir clandestinamente suas obras em museus e

galerias com o intuito apenas de ver quanto tempo elas durariam lá sem serem percebidas.

Muito dizem que isso não passa de vandalismo, mas o objetivo de isso tudo é apenas chocar

os observadores, o que por si só suas obras conseguem fazer.

Banksy usa a técnica do Graffiti com Stencil e suas obras sempre fazem uma sátira

com uma pitada de humor negro ao poder e as autoridades de forma agressiva, o que quase

sempre faz o observador concordar com a mensagem passada. Banksy consegue arrancar

sorrisos daqueles que veem sua arte sem mesmo usar caricaturas humorísticas nas suas peças.

A prefeitura de Bristol determinou a preservação de todas as obras de Banksy

espalhadas pela cidade, mas mesmo assim uma empresa contratada pela própria prefeitura

para apagar as pichações da cidade cobriu por engano com uma camada grossa de tinta preta

um mural de aproximadamente 7 metros de altura que possuía um dos primeiros trabalhos de

Banksy.

Após o equivoco surgiu a Pichação “Wot no Banksy?” (O que, sem Banksy?) sobre o

mural e a prefeitura disse que iria tomar providencias contra a empresa Nordic, contratada

para o serviço e que eles estão cientes das quão valiosas são as obras de Banksy (Nordic e

Banksy não se pronunciaram sobre o ocorrido). Obras de Banksy já foram vendidas por até

200 mil dólares, um recorde não só para o artista, mas também para a classe.

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Kissing Coppers

Fonte: http://www.banksy.co.uk/outdoors/index1.html#

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Maid In London

Fonte: http://www.banksy.co.uk/outdoors/index1.html#

Page 41: A Arte Urbana

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Guard P

Fonte: http://www.banksy.co.uk/outdoors/index1.html#

Page 42: A Arte Urbana

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Artiste

Fonte: http://www.banksy.co.uk/outdoors/index1.html#

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5.3. Blu

Pouco se sabe sobre esse grafiteiro natural da Italia que iniciou nesse mundo no final

dos anos 90, em Bolonha, utilizando inicialmente apenas tintas spray.

A partir dos anos 2000, Blu passou a realizar Graffitis gigantescos (assim como

“OSGEMEOS”), utilizando-se de rolos com extensores e estruturas como andaimes para a

confecção de suas obras, que por sua vez passaram a ter um traço simples e poucas cores

(hoje eu trabalho é facilmente reconhecido por essas características).

Suas obras expressam sem timidez uma forte critica social de forma não obvia,

porém ao mesmo tempo com sutileza e podem ser vistas em varias cidades ao redor do

mundo, tais como São Paulo, Buenos Aires, Londres, Berlim, Palestina etc. e cada obra dessa,

possui ligações diretas ou indiretas com algum evento histórico ocorrido naquela cidade.

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Blu e OSGEMEOS

Fonte: http://www.unurth.com/Os-Gemeos-Blu-Lisbon-1

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Sem Título

Fonte: http://blublu.org/sito/walls/2011/big/009.jpg

Page 46: A Arte Urbana

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Sem Título

Fonte: http://blublu.org/sito/walls/2011/big/019.jpg

Page 47: A Arte Urbana

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Sem Título

Fonte: http://blublu.org/sito/walls/2011/big/028.jpg

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5.4. Carlos Adão

Carlos Adão, 58, é um bancário aposentado formado em economia, natural de São

Paulo, que queria se reconhecido de alguma forma e acabou virando um dos personagens

invisíveis mais ilustres de São Paulo ao espalhar sua marca (um quadrado preto com a

inscrição em verde “Carlos Adão”) por toda a cidade a mais de 18 anos.

O grafiteiro “Mundano” foi um dos que primeiros a incentivar Carlos Adão a

começar fazer desenhos e desde então, ele passou a pintar quadros e frases como “Carlos

Adão é Amor”, “Ame Carlos Adão”, “Carlos Adão é Sexy” etc.

“Eles gostavam do meu trabalho, me procuraram e me incentivaram a fazer desenhos

também, além das frases" (ADÃO, Carlos. Disponivel em

<http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,letras-verdes-de-carlos-adao-vao-da-rua-para-

galeria,630860,0.htm>. Acesso em 07 de mai. 2012).

Carlos diz não ter explicação sensata para essa fissura de escrever seu nome já que

faz isso desde os tempos do colégio. Para mesmo, o Carlos Adão que ele escreve não é ele e

sim uma marca.

Em 2010, Mundano, curador do Espaço Kabul convidou Carlos Adão para montar

uma exposição batizada de “Carlos Adão é Arte” que continha 28 quadros do agora artista.

"Dos 28 quadros expostos, 7 já estão vendidos. E, se eu fosse você, comprava logo

um enquanto eles ainda custam R$ 100 cada. Daqui a alguns anos, isso vai estar dez vezes

mais valioso" (Mundano. Disponivel em

<http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,letras-verdes-de-carlos-adao-vao-da-rua-para-

galeria,630860,0.htm>. Acesso em 07 de mai. 2012)..

Em 2006 se candidatou a Deputado Federal pelo PT do B e passou a usar eu numero

de candidatura em suas pinturas (7010) e também como uma de suas frases que dizia “A

Seleção de 70 foi 10!”. Carlos Adão não atingiu nem 4000 votos e ficou longe de ser eleito,

pois sua empreitada na politica não teve o mesmo sucesso que suas obras.

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Sem Título

Fonte: http://ideiasemhifen.files.wordpress.com/2009/04/carlosadao2.jpg

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Sem Título

Fonte: http://nacidadedosoutros.blogspot.com.br/2011/02/quem-e-carlos-adao.html

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Sem Título

Fonte: http://besidecolors.com/carlos-adao-o-mito/

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Carro usado na campanha eleitoral

Fonte: http://besidecolors.com/carlos-adao-o-mito/

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6. LEGISLAÇÃO

A Lei. No. 9.605, de Fevereiro de 1998, que dispõe sobre as sanções penais e

administrativas em atividades lesivas ao meio ambiente patrimônio público (BRASIL, 1998),

previa, em seu artigo 65, punições como detenção de três meses a um ano e multa aos

infratores caso pegos em flagrante no ato de pichar ou grafitar edificações ou monumentos.

No dia 26 de Maio de 2011, a atual presidenta Dilma Roussef, sancionou uma

alteração na legislação sobre Pichação, até então em vigor.

Essa reformulação da Lei chega para “descriminalizar” o Graffiti, classificando-o

como Manifestação Artística desde que haja concordância por parte dos proprietários. Se a

obra não atender este requisito volta a ser tachada como Pichação, independente do mérito

artístico da peça.

Vale salientar que o Brasil é o único país que distingue Graffiti de Pichação, quando

na maioria, Graffiti é utilizado para os dois tipos de Intervenção Urbana.

A nova lei agora previne a proibição da venda de tintas spray para menores de 18

anos e mesmo maiores terão que apresentar algum documento de identidade e os dados do

comprador sairá na nota fiscal. Além disso, as latas de spray virão com a inscrição “Pichação

é crime (Art. 65 Da Lei No. 9.605/98). Proibida a venda para menores de 18 anos”

§ 1o Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada em virtude do seu valor

artístico, arqueológico ou histórico, a pena é de 6 (seis) meses a 1 (um) ano de

detenção e multa. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 12.408, de 2011).

§ 2o Não constitui crime a prática de grafite realizada com o objetivo de valorizar o

patrimônio público ou privado mediante manifestação artística, desde que

consentida pelo proprietário e, quando couber, pelo locatário ou arrendatário do bem

privado e, no caso de bem público, com a autorização do órgão competente e a

observância das posturas municipais e das normas editadas pelos órgãos

governamentais responsáveis pela preservação e conservação do patrimônio

histórico e artístico nacional. (Incluído pela Lei nº 12.408, de 2011).

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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com o termino do trabalho pude concluir que mesmo em pleno século XXI a Arte

Urbana ainda sofre preconceitos por parte de todos. Hipocrisias a parte, ela acaba ainda sendo

um crime em certas ocasiões, mas as pessoas acabam confundindo a Arte com o Crime.

Desde todo o sempre qualquer tipo de expressão (seja ela qual for) que ataque o

sistema indiretamente ou diretamente é descriminalizada por parte da sociedade. Foi assim

com a música na ditadura, por exemplo.

Hoje a lei permite que você faça Graffiti desde que haja a concessão do dono, caso

não, é taxada como “Pichação” e neste caso, crime, que é consumado sem ao menos entrarem

no mérito artístico onde poderíamos diferenciar um do outro.

Em países de primeiro mundo, as autoridades optam em pagar pra que alguém limpe

as artes do que pagar alguém pra reprender os artistas e esses países são responsáveis pela

consagração de muitos artistas brasileiros que só tiveram o reconhecimento nacional por conta

de seu sucesso no exterior.

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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

PALLAMIN, Vera. Arte Urbana – São Paulo Região Central (1945-1998) Obras

de caráter temporário e permanente. Disponível em

<http://www.usp.br/fau/fau/ensino/docentes/deptecnologia/v_pallamin/arte_urbana_livro.pdf

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História da Pichação. Disponível em

<http://intra.vila.com.br/sites_2002a/urbana/grapixo/histpixo.htm>. Acesso em 06 ago. 2012

AVELLAR, Maria Joana. Grafite Social: O melhor de Blu. Disponível em <http://

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Banksy. Disponível em

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Banksy: Bibliografia e obra. Disponível em

<http://milalebkuchen.blogspot.com.br/2011/12/banksy-biografia-e-obras.html>. Acesso em

05 mai. 2012.

Banksy é o cara. Disponível em

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OSGEMEOS - Vertigem. Disponível em

<http://www.faap.br/hotsites/osgemeos/biografia.html>. Acesso em 14 mar. 2012.

RALSTON, Ana Carolina. OSGEMEOS - Bibliografia. Disponível em

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<http://besidecolors.com/carlos-adao-o-mito/>. Acesso em 7 mai. 2012.

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Letras verdes de Carlos Adão vão da rua para galeria. Disponível em

<http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,letras-verdes-de-carlos-adao-vao-da-rua-para-

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LASSALA, Gustavo. Pichação não é Pixação - Uma introdução à análise de

expressões gráficas urbanas. São Paulo, Altamira Editorial, 2102.

MONDARDO, Marcos Leandro, GOETTERT, Jones Dari. Territórios simbólicos e

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n. 2, p. 293-308, jul./dez. 2008.

RAMOS, Celia Maria Antonacci. Grafite & pichação: por uma nova

epistemologia da cidade e da arte. Disponível em

<http://pages.udesc.br/~poeticasdourbano/Grafite%20e%20pichacao-

por%20uma%20nova%20epistemologia%20da%20cidade%20e%20da%20arte.pdf>. Acesso

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LODI, Maria Inês. A escrita das ruas: e o poder no Projeto Guernica de Belo Horizonte. 2003. 226p. Dissertação (Pós-Graduação em Ciências Sociais) Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC/MG, Minas Gerais.