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E M E N T A Órgão : 3ª TURMA CRIMINAL Classe : HABEAS CORPUS N. Processo : 20150020074577HBC (0007544-48.2015.8.07.0000) Impetrante(s) : DESIRRE CRISTINA DE JESUS ABREU Autoridade Coatora(s) : JUÍZO DA 1ª VARA CRIMINAL DE SAMAMBAIA Relator : Desembargador JESUINO RISSATO Acórdão N. : 860005 HABEAS CORPUS. PACIENTE AUTUADO POR TENTATIVA DE ROUBO CIRCUNSTANCIADO PELO EMPREGO DE ARMA DE FOGO. CONVERSÃO DA PRISÃO EM FLAGRANTE EM PREVENTIVA. DENÚNCIA OFERECIDA POR PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO. REQUISITOS DA PRISÃO PREVENTIVA AUSENTES. PENA MÁXIMA QUE NÃO EXCEDE QUATRO ANOS. PACIENTE PRIMÁRIO. ORDEM CONCEDIDA. 1. Não se justifica a manutenção da segregação cautelar de paciente primário, com residência fixa, sobre o qual não recaem dúvidas quanto à identificação civil, autuado pelo crime de roubo circunstanciado pelo emprego de arma de fogo, mas denunciado apenas pelo delito de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, para o qual a pena máxima cominada não excede 04 (quatro) anos de reclusão, porquanto ausentes nesse caso os requisitos do art. 313, do Código de Processo Penal. 2. Ordem concedida. Poder Judiciário da União Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios Fls. _____ Código de Verificação :2015ACOJL6DFRX1CEJ6W051HGL4 GABINETE DO DESEMBARGADOR JESUINO RISSATO 1

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  1. 1. E M E N T A rgo : 3 TURMA CRIMINAL Classe : HABEAS CORPUS N. Processo : 20150020074577HBC (0007544-48.2015.8.07.0000) Impetrante(s) : DESIRRE CRISTINA DE JESUS ABREU Autoridade Coatora(s) : JUZO DA 1 VARA CRIMINAL DE SAMAMBAIA Relator : Desembargador JESUINO RISSATO Acrdo N. : 860005 HABEAS CORPUS. PACIENTE AUTUADO POR TENTATIVA DE ROUBO CIRCUNSTANCIADO PELO EMPREGO DE ARMA DE FOGO. CONVERSO DA PRISO EM FLAGRANTE EM PREVENTIVA. DENNCIA OFERECIDA POR PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO. REQUISITOS DA PRISO PREVENTIVA AUSENTES. PENA MXIMA QUE NO EXCEDE QUATRO ANOS. PACIENTE PRIMRIO. ORDEM CONCEDIDA. 1. No se justifica a manuteno da segregao cautelar de paciente primrio, com residncia fixa, sobre o qual no recaem dvidas quanto identificao civil, autuado pelo crime de roubo circunstanciado pelo emprego de arma de fogo, mas denunciado apenas pelo delito de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, para o qual a pena mxima cominada no excede 04 (quatro) anos de recluso, porquanto ausentes nesse caso os requisitos do art. 313, do Cdigo de Processo Penal. 2. Ordem concedida. Poder Judicirio da Unio Tribunal de Justia do Distrito Federal e dos Territrios Fls. _____ Cdigo de Verificao :2015ACOJL6DFRX1CEJ6W051HGL4 GABINETE DO DESEMBARGADOR JESUINO RISSATO 1
  2. 2. A C R D O Acordam os Senhores Desembargadores da 3 TURMA CRIMINAL do Tribunal de Justia do Distrito Federal e Territrios, JESUINO RISSATO - Relator, NILSONI DE FREITAS - 1 Vogal, JOO BATISTA TEIXEIRA - 2 Vogal, sob a presidncia do Senhor Desembargador JESUINO RISSATO, em proferir a seguinte deciso: CONHECIDO. CONCEDEU-SE A ORDEM. EXPEA-SE ALVAR DE SOLTURA. UNNIME., de acordo com a ata do julgamento e notas taquigrficas. Brasilia(DF), 9 de Abril de 2015. Documento Assinado Eletronicamente JESUINO RISSATO Relator Fls. _____ Habeas Corpus 20150020074577HBC Cdigo de Verificao :2015ACOJL6DFRX1CEJ6W051HGL4 GABINETE DO DESEMBARGADOR JESUINO RISSATO 2
  3. 3. Alega a impetrante, em sntese, que a deciso carece de fundamentao idnea, baseando-se apenas em risco abstrato de reiterao delitiva, no estando, desse modo, amparada em nenhum dos requisitos permissivos dos arts. 312 e 313 do Cdigo de Processo Penal. Sustenta, ademais, a desnecessidade da custdia cautelar, haja vista tratar-se de denunciado primrio, com residncia fixa e ocupao lcita. Pela deciso de fls. 37/38 foi indeferida a liminar pleiteada. As informaes foram prestadas (fls. 41) juntamente com cpia da deciso de converso da priso em flagrante em preventiva (fl. 42). A douta Procuradoria de Justia oficia pela concesso parcial da ordem, para que seja concedida liberdade provisria mediante aplicao de medidas cautelares diversas da priso preventiva, pois entende o Parquet que necessrio o resguardo da ordem pblica, mas que no esto presentes os requisitos do art. 313 do Cdigo de Processo Penal. o relatrio. R E L A T R I O Cuida-se de habeas corpus impetrado em favor de EZIO DE CASTRO BRUNI em face de deciso proferida pelo MM. Juzo da 1 Vara Criminal de Samambaia que indeferiu pedido de revogao da constrio cautelar decretada em face do paciente em deciso que converteu sua priso em flagrante em preventiva, em autos nos quais o paciente foi autuado por infrao ao art. 157, 2, inciso I, c/c art. 14, inciso II, ambos do Cdigo Penal, mas denunciado por infrao ao art. 14 da Lei 10.826/03. Fls. _____ Habeas Corpus 20150020074577HBC Cdigo de Verificao :2015ACOJL6DFRX1CEJ6W051HGL4 GABINETE DO DESEMBARGADOR JESUINO RISSATO 3
  4. 4. Em que pese a deciso denegatria proferida em sede de liminar (fls. 37/38), tenho que a segregao cautelar do paciente mostra-se temerria, ante o oferecimento de denncia pelo crime de porte ilegal de arma de fogo e no de tentativa de roubo circunstanciado, pelo qual o paciente foi autuado. A autoridade coatora converteu em preventiva a priso em flagrante do paciente por entender presentes o fumus comissi delicti e opericulum libertatis bem como ausente a possibilidade de aplicao das medidas cautelares alternativas medida extrema, com base nos seguintes fundamentos: "Recebida a comunicao da priso em flagrante de EZIO DE CASTRO BRUNI, como incurso no artigo 157, 2, inciso I c/c artigo 14, II, do Cdigo Penal. Diante da regularidade do estado de flagrncia delitiva e da prova da materialidade e dos indcios de autoria que recaem sobre os autuados, homologo o Auto de Priso em Flagrante. Observo que, antes da distribuio deste, ajuizou-se pedido de liberdade provisria em favor do flagranciado, pedido este que restou por mim indeferido, nos seguintes termos: Diante da regularidade do estado de flagrncia delitiva e da prova suficiente da materialidade e dos indcios de autoria que recaem sobre o autuado, o Auto de Priso em Flagrante h que ser homologado. E quanto ao pedido de concesso de liberdade provisria, nos termos da Lei n 12.403/2011, tenho por necessria a converso da priso em flagrante em priso preventiva e insuficiente, portanto incabvel, a substituio da priso por outras medidas cautelares. O crime foi praticado com emprego de arma de fogo, sendo que a vtima narrou que o acusado apontou a arma, sendo um artefato blico de fabricao caseira, aparentemente apto a V O T O S O Senhor Desembargador JESUINO RISSATO - Relator Presentes os requisitos legais, admito a impetrao. Fls. _____ Habeas Corpus 20150020074577HBC Cdigo de Verificao :2015ACOJL6DFRX1CEJ6W051HGL4 GABINETE DO DESEMBARGADOR JESUINO RISSATO 4
  5. 5. realizar disparos, mas que continha em seu interior um cartucho com trs marcas de picote, a demonstrar que a arma fora acionada trs vezes anteriormente sua apreenso. Assim, recomendado o encarceramento para a garantia da ordem pblica. O autuado tem apenas dezenove anos completos, mas ostenta passagem por atos infracionais equiparados a roubo e receptao, de forma que se faz necessria a priso para evitar a reiterao criminosa. Noutro passo, a custdia cautelar tambm necessria por convenincia da instruo criminal, como medida para assegurar a integridade fsica e um mnimo de tranqilidade vtima durante eventual reconhecimento pessoal a ser formalizado na instruo criminal." (fl. 42) Mesmo depois do recebimento da denncia pelo crime tipificado no art. 14, da Lei n 10.826/03, a autoridade impetrada, em sede de pedido de revogao de priso, manteve a constrio cautelar do paciente, em que pese manifestao do rgo acusatrio em sentido contrrio. Eis o teor da deciso ora mencionada: "ZIO DE CASTRO BRUNI, por intermdio de sua Advogada constituda, formulou pedido de revogao de priso preventiva, aduzindo, em sntese, que no restou configurado o crime de tentativa de roubo, que primrio, bem como a ausncia dos requisitos autorizadores da custdia cautelar (fls. 02/15). O Ministrio Pblico ratificou sua manifestao nos autos principais no sentido de ser reconsiderada a deciso que converteu a priso em flagrante do requerente em preventiva, aplicando-se medidas cautelares alternativas priso (fl. 17). o breve relatrio. DECIDO. Fls. _____ Habeas Corpus 20150020074577HBC Cdigo de Verificao :2015ACOJL6DFRX1CEJ6W051HGL4 GABINETE DO DESEMBARGADOR JESUINO RISSATO 5
  6. 6. No obstante o Ministrio Pblico ter entendido que a conduta do requerente no se enquadrava no crime previsto no art. 157, 2, inc. I, c/c o art. 14, inc. II, ambos do Cdigo Penal, mas sim no delito descrito no art. 14, caput, da Lei n 10.826/03, pelo qual restou denunciado, entendo que no restou demonstrado o desaparecimento de todas as circunstncias verificadas quando do decreto da medida restritiva. Conforme consignado na deciso de fl. 25 dos autos principais, o requerente, contando com apenas dezenove anos, j ostenta passagem por atos infracionais equiparados a roubo e receptao, sendo, portanto, real a possibilidade do mesmo voltar a delinquir se posto em liberdade. Dessa forma, a medida necessria para garantia da ordem pblica. Note-se que o acusado teria apontado sua arma de fogo para a vtima, arma essa cuja munio tem trs picotes, indicando trs acionamentos. Assim, a custdia cautelar tambm necessria por convenincia da instruo criminal, como medida para assegurar a integridade fsica e um mnimo de tranquilidade vtima durante eventual reconhecimento pessoal do requerente em juzo. Desse modo, o requerente revela propenso a atividades ilcitas graves, no se revelando eficaz qualquer das outras medidas cautelares diversas da priso. Assim, a liberdade do requerente representa evidente risco ordem pblica, diante da probabilidade concreta de reiterao da prtica criminosa, sendo a segregao cautelar tambm necessria para a convenincia da instruo criminal." (fl. 29) A Promotoria de Justia, em cota introdutria denncia, ofertada em desfavor do paciente pela prtica do delito de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, informou as razes de no imputar ao autuado o crime de roubo circunstanciado tentado e, diante disso, pediu que a deciso que converteu a priso em flagrante em preventiva fosse reconsiderada, substituindo-se a medida extrema por medidas cautelares previstas no art. 319 do CPP, nos seguintes termos: Fls. _____ Habeas Corpus 20150020074577HBC Cdigo de Verificao :2015ACOJL6DFRX1CEJ6W051HGL4 GABINETE DO DESEMBARGADOR JESUINO RISSATO 6
  7. 7. "No mais, o Ministrio Pblico expe que, em que pese a autoridade policial ter indiciado o autor do fato pelo crime descrito no artigo 157, 2, inciso I, c/c artigo 14, inciso II, ambos do Cdigo Penal, entende-se que o comportamento do agente melhor se amolda ao delito previsto no artigo 14, caput, da Lei n 10.826/2003, pois, em vista dos depoimentos acostados, verifica-se que a conduta do denunciado no abrangeu as aes nucleares do crime de roubo, quais sejam, a grave ameaa ou violncia pessoa e a subtrao de coisa mvel alheia, sequer na modalidade tentada. Nesse sentido vlido destacar que, em sede inquisitorial, a suposta vtima afirmou que ao perceber a aproximao do denunciado e v-lo se preparando para retirar 'algo' da mochila, '[...] logo intuiu que seria assaltado, momento em que arrancou com seu veculo' (grifo nosso). Nesse caso, observa-se que a aludida declarao no traz consigo evidncias de que o denunciado iniciou qualquer ato execuo para a prtica do tipo previsto no artigo 157 do CP, como o anncio do assalto, emprego de grave ameaa exercida por meio de arma de fogo etc, o que impossibilita a adequao tpica do crime de roubo, mas to somente a prtica do delito de porte de arma de fogo. No mais, o Ministrio Pblico, em vista da conduta imputada na denncia e do fato do ora denunciado ser primrio, requer que a deciso judicial que converteu a priso em flagrante de EZIO DE CASTRO em preventiva seja reconsiderada, aplicando-se, contudo, as seguintes cautelas previstas no artigo 319 do CPP: 1 - Comparecimento Mensal em Juzo (inciso I), para que informe e justifique suas atividades, demonstrando, assim, que est vinculado ao distrito da culpa e ao Juzo, bem como est comprometido com a instruo processual; 2 - Proibio de ausentar-se do Distrito Federal (inciso IV), para que no se frustre a instruo processual e a aplicao da lei penal; e 3 - Fixao de Fiana (inciso VIII), que servir para garantir que Fls. _____ Habeas Corpus 20150020074577HBC Cdigo de Verificao :2015ACOJL6DFRX1CEJ6W051HGL4 GABINETE DO DESEMBARGADOR JESUINO RISSATO 7
  8. 8. ele no pretende obstruir o andamento do processo, estando, pois, disposto a arcar com as custas dele decorrente, nem resistir s ordens judiciais, mantendo-se atrelado s determinaes dele advindas." (fls. 27/28) Em juzo perfunctrio, ante o fato de o paciente contar com apenas dezenove anos e ter em sua folha de passagens enquanto adolescente registrada a prtica de atos infracionais correlatos aos crimes de roubo e receptao, no vislumbrei a possibilidade de concesso da medida liminar. Todavia, em anlise mais detida do writ, entendo que restaram abalados os fundamentos da priso preventiva, porquanto o Ministrio Pblico, titular da opinio delicti, denunciou o paciente apenas pelo crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, o qual, diferentemente do delito de roubo circunstanciado tentado, prev pena mxima no superior a quatro anos. Com efeito, conforme se verifica no bojo da cota ministerial, o rgo acusatrio ressaltou que no h indcios da prtica do crime de roubo circunstanciado tentado, pelo qual o paciente foi autuado e em razo do qual foi convertida sua priso em flagrante em preventiva. Alm disso, tambm no se encontram configurados os demais Ora, se o Ministrio Pblico denunciou o paciente, to somente, pela prtica do crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, a manuteno de sua constrio cautelar consiste constrangimento ilegal, notadamente porque a pena mxima cominada ao delito pelo qual o paciente foi denunciado no excede 04 (quatro) anos1 , o que afasta a permisso para a decretao da priso preventiva conferida pelo art. 313, inciso I, do CPP2 . 1 Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depsito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessrio ou munio, de uso permitido, sem autorizao e em desacordo com determinao legal ou regulamentar: Pena - recluso, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 2 Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Cdigo, ser admitida a decretao da priso preventiva: I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade mxima superior a 4 (quatro) anos; Fls. _____ Habeas Corpus 20150020074577HBC Cdigo de Verificao :2015ACOJL6DFRX1CEJ6W051HGL4 GABINETE DO DESEMBARGADOR JESUINO RISSATO 8
  9. 9. pressupostos do art. 313, do Diploma Processual Penal, quais sejam a reincidncia, a garantia da execuo das medidas protetivas de urgncia e a necessidade de esclarecimento da identidade civil do autuado. De mais a mais, caso a segregao cautelar fosse adequada s disposies do art. 313, do CPP, a gravidade concreta do crime imputado ao denunciado no autorizaria concluir no sentido de sua periculosidade ordem pblica, mormente porque a gravidade concreta dos atos pelos quais foi denunciado no exorbita a gravidade abstrata da prpria figura tpica, tendo em vista a apreenso de uma nica arma de fogo. Se, por um lado, no subsiste o risco ordem pblica, por outro lado, no h como extrair dos autos, seno por infundadas presunes, que sua liberdade pode ser inconveniente instruo criminal. Alis, como o paciente no foi denunciado pelo crime de roubo, claramente inidneo o fundamento de que "a custdia cautelar tambm necessria por convenincia da instruo criminal, como medida para assegurar a integridade fsica e um mnimo de tranquilidade vtima durante eventual reconhecimento pessoal do requerente em juzo", utilizado para o indeferimento do pedido de revogao de priso. Diante do exposto, ausentes os requisitos que autorizam a manuteno da priso preventiva, concedo a ordem de habeas corpus para que possa responder ao processo em liberdade, sem prejuzo de que o Juzo a quo fixe outras medidas cautelares diversas da priso, se entender necessrio. Expea-se o alvar de soltura. como voto. A Senhora Desembargadora NILSONI DE FREITAS - Vogal Com o relator. O Senhor Desembargador JOO BATISTA TEIXEIRA - Vogal Com o relator. Fls. _____ Habeas Corpus 20150020074577HBC Cdigo de Verificao :2015ACOJL6DFRX1CEJ6W051HGL4 GABINETE DO DESEMBARGADOR JESUINO RISSATO 9
  10. 10. D E C I S O CONHECIDO. CONCEDEU-SE A ORDEM. EXPEA-SE ALVAR DE SOLTURA. UNNIME. Fls. _____ Habeas Corpus 20150020074577HBC Cdigo de Verificao :2015ACOJL6DFRX1CEJ6W051HGL4 GABINETE DO DESEMBARGADOR JESUINO RISSATO 10