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Noções de Microeconomia para a Polícia Federal Questões Comentadas da CESPE Profa. Amanda Aires Aula 01 Aula 02: Políticas fiscal e Monetária; outras políticas econômicas; Inflação e Crescimento Sumário Página 1. Política Fiscal 2 Exercícios Propostos 5 Resolução de Exercícios 10 2. Política Monetária 20 Exercícios Propostos 24 Resolução de Exercícios 28 Olá alunos do Estratégia Concursos! Como andam os estudos?? Espero que vocês estejam compreendendo toda a disciplina direitinho! Qualquer coisa, e-mail-me! Vamos ao trabalho! Pronto para iniciar os estudos?? Então, começaremos, fazendo um rápido resumão sobre as questões mais introdutórias de economia. Vamos ver? E atenção, se liga aí que é hora do resumão!

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Noções de Microeconomia para a Polícia Federal Questões Comentadas da CESPE

Profa. Amanda Aires – Aula 01

Aula 02: Políticas fiscal e Monetária; outras políticas econômicas;

Inflação e Crescimento

Sumário Página

1. Política Fiscal 2

Exercícios Propostos 5

Resolução de Exercícios 10

2. Política Monetária 20

Exercícios Propostos 24

Resolução de Exercícios 28

Olá alunos do Estratégia Concursos! Como andam os estudos?? Espero que

vocês estejam compreendendo toda a disciplina direitinho!

Qualquer coisa, e-mail-me!

Vamos ao trabalho!

Pronto para iniciar os estudos?? Então, começaremos, fazendo um rápido

resumão sobre as questões mais introdutórias de economia. Vamos ver?

E atenção, se liga aí que é hora do resumão!

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PARTE 1 – POLÍTICA FISCAL

1. O governo desempenha um papel significativo na economia. Recolhendo uma grande parcela do PIB em impostos e gastando uma

elevada proporção tanto na compra de bens e serviços, como fazendo pagamentos de transferência, principalmente para previdência

social. Política fiscal é o uso de impostos, transferências governamentais ou compras governamentais de bens e serviços para

incrementar a demanda agregada. Mas muitos economistas advertem que uma política fiscal muito ativa pode de fato tornar a economia

menos estável, devido à defasagem de tempo na formulação e

implementação.

2. Compras governamentais de bens e serviços afetam diretamente a

demanda agregada (através do mercado de bens e serviços), e mudanças nos impostos e transferências governamentais afetam a

demanda agregada indiretamente, ao modificar a renda disponível das famílias. Políticas fiscais expansionistas aumentam a demanda

agregada, enquanto políticas fiscais retracionistas reduzem a demanda agregada.

3. A política fiscal tem um efeito de multiplicador sobre a economia. A política fiscal expansionista leva a um aumento no PIB real maior que

do que o aumento inicial no gasto agregado causado pela política. Correspondentemente, a política fiscal contracionista leva a uma

queda no PIB real maior do que a redução inicial no gasto agregado causada pela política. O tamanho do efeito depende do tipo de política

fiscal. O multiplicador de mudança nas compras governamentais,

, é maior que o multiplicador de mudanças (de uma só vez para sempre) em impostos ou transferências porque parte de qualquer mudança em impostos ou

transferências é absorvido por poupança durante a primeira rodada de

gastos. Mudanças nas compras governamentais têm um efeito mais poderoso sobre a economia do que mudanças em igual tamanho em

impostos ou transferências.

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4. Regras que governam os impostos e algumas das transferências

funcionam como estabilizadores automáticos, reduzindo o tamanho do multiplicador e automaticamente reduzindo o tamanho das

flutuações no ciclo econômico. Em contraste, políticas fiscais discricionárias surgem da ação deliberada dos responsáveis de

política econômica em vez de resultarem do ciclo econômico.

5. Algumas flutuações no balanço orçamentário se devem aos efeitos do

ciclo econômico. A fim de separar os edeitos do ciclo econômico dos

efeitos de políticas fiscais discricionárias, os governos estimulam o balanço orçamentário ciclicamente ajustado, uma estimativa do

balanço orçamentário como se a economia estivesse no produto potencial.

6. A contabilidade do orçamento dos governos é feita na base do ano fiscal. Déficits orçamentários persistentes têm consequências de longo

prazo porque levam a um aumento na dívida pública. Isso pode ser um problema por duas razões. A dívida pública pode congestionar o

mercado de crédito deslocando gastos de investimento privado, o que reduz o crescimento econômico de longo prazo. E, em casos extremos,

uma dívida crescente pode levar o governo a um default e à resultante turbulência econômica e financeira.

7. Uma medida da saúde fiscal amplamenta usada é a razão dívida/PIB. Esse número pode permanecer estável ou cair diante de déficits

orçamentários moderad

8. os, se o PIB cresce ao longo do tempo. Contudo, ma razão dívida/PIB estável pode dar uma impressão enganosa de que está tudo bem,

porque os governos modernos muitas vezes têm elevados passivos implícitos. Os maiores passivos implícitos da maior parte dos

governos decorrem da previdência social e dos programas de saúde,

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cusjos custos estão aumentando devido ao envelhecimento da população e dos custos médicos crescentes.

Vamos aos exercícios?

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EXERCÍCIOS PROPOSTOS

Exercício 1

(CESGRANRIO, EPE, Economia da Energia, 2006) Supondo que a

propensão marginal a consumir de uma economia seja igual a 1, o multiplicador dos gastos autônomos será igual a:

(A) 0

(B) ∞ (C) 1

(D) – ∞ (E) 100

Exercício 2

(CESGRANRIO, Petrobrás, Economista Pleno, 2005) Considere o modelo Keynesiano simplificado onde o equilíbrio produto-despesa é

descrito pela seguinte equação:

Y = C0 + cY + I + G , onde Y é o produto, C0 , o consumo autônomo, c, a propensão

marginal a consumir, I, o investimento privado e G, os gastos do governo. Assumindo que a propensão marginal a consumir é igual a

1, um aumento nos gastos do governo de G para 2G faz o produto de equilíbrio:

(A) dobrar. (B) aumentar infinitamente.

(C) aumentar em 2G. (D) aumentar em C0 + I + 2G.

(E) manter-se constante. Exercício 3

(Economista, MEC, FUB, 2009, CESPE) A macroeconomia analisa a

determinação e o comportamento dos grandes agregados econômicos, como, por exemplo, renda, níveis de preços e

desemprego. Com base nessa teoria, julgue os itens.

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[62] Se propensão marginal a consumir for igual a 0,8 em uma economia fechada, então um aumento de R$ 1.000,00 dos gastos

públicos elevará a renda da economia em R$ 5.000,00.

Exercício 4

(Analista de atividades do meio ambiente, Economista IBRAM, 2009,

CESPE) Em relação às políticas fiscais e monetárias, julgue o item que se segue.

[67] A implementação de uma política fiscal expansionista, por meio

do aumento dos gastos públicos no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no valor de R$ 100 milhões,

produz a mesma expansão da demanda agregada que uma ampliação dos gastos com programas de transferência do governo

federal, do mesmo montante.

Exercício 5

(ECONOMISTA, DPU, 2010, CESPE) A partir do conhecimento do

papel da política fiscal e do comportamento das contas públicas, assinale a opção correta.

a) A política fiscal expansionista gera inflação e pode causar

distorções alocativas e distributivas, cujos reflexos podem

eliminar completamente os benefícios esperados sobre a renda e o emprego.

b) Caso o governo adote uma política fiscal contracionista por

intermédio do aumento de impostos, o resultado esperado será a melhoria das condições da economia, pois a arrecadação de

tributos é necessária para o cumprimento dos compromissos sociais.

c) Para minimizar os efeitos indesejáveis de uma política

monetária contracionista, o governo pode adotar uma política

fiscal expansionista, aumentando o recolhimento dos tributos

para aumentar seus gastos governamentais e promover melhor

distribuição da renda.

d) Política fiscal é o gerenciamento dos gastos e da

arrecadação do governo visando alcançar um dado objetivo. Entretanto, se a economia estiver operando em um nível baixo

de renda e de produto, que represente recessão, uma política

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fiscal expansionista não poderá induzir a retomada da

trajetória do crescimento da economia.

e) A política fiscal expansionista provoca, de imediato, um

aumento no deficit público. Logo, a redução da demanda artificialmente provocada pela política econômica pode gerar

pressões inflacionárias.

GABARITO PARCIAL – PARTE 1

1 B 5 A

2 B - -

3 V - -

4 F - -

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RESOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS – PARTE 1

Exercício 5

(CESGRANRIO, EPE, Economia da Energia, 2006) Supondo que a propensão marginal a consumir de uma economia seja igual a 1, o

multiplicador dos gastos autônomos será igual a:

(A) 0

(B) ∞

(C) 1

(D) – ∞

(E) 100

Para responder a essa pergunta, basta apenas lembrar da fórmula do multiplicador dos gastos autônomos do governo, dada por:

Substituindo c por 1, teremos:

Ora, você deve observar que se substituirmos por 1, teremos uma divisão

por zero, o que é uma inconsistência matemática! Para resolver essa questão, precisamos pensar que não teremos uma divisão por zero, mas

uma divisão por um número muito, muito pequeno!

Nesse caso, qualquer número dividido por uma coisa muuiiiito pequena, digamos, 0,00000000000000000001 tenderá ao infinito. Logo, a

alternativa correta deverá ser a letra (B).

A alternativa (A) diz que o multiplicador possui o valor 0. Para verificar porque essa letra é incorreta, basta ver que em nenhuma hipótese o

multiplicador dos gastos do governo tomará o valor zero, pois sempre estaremos dividindo 1 por alguma coisa! Assim, é verdadeiramente

impossível que o multiplicador seja zero.

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A alternativa (C) também está incorreta por afirmar que o multiplicador é 1. Essa alternativa só estaria correta se, e somente se, o valor da

propensão marginal a consumir fosse 0. Esse é o caso extremo que

vimos para Sr. João ainda na explicação inicial, contudo, como nós vimos também, na maior parte esmagadora das análises, a propensão marginal a

consumir será um número diferente de zero. Dessa forma, PMgC igual a zero só é válida para exemplos mais didáticos.

A assertiva (D), por sua vez, é incorreta por associar o multiplicador a um

valor negativo. Como a propensão marginal a consumir é um número que está entre 0 e 1, o multiplicador nunca tomará um valor negativo.

Por fim, a alternativa (E) está incorreta por afirmar que o valor do multiplicador será de 100. Ora, para alcançar esse valor, a Propensão

marginal a consumir da questão deveria ser igual a 0,99!

GABARITO: (B)

Exercício 6

(CESGRANRIO, Petrobrás, Economista Pleno, 2005) Considere o

modelo Keynesiano simplificado onde o equilíbrio produto-despesa é

descrito pela seguinte equação:

Y = C0 + cY + I + G ,

onde Y é o produto, C0 , o consumo autônomo, c, a propensão

marginal a consumir, I, o investimento privado e G, os gastos do governo. Assumindo que a propensão marginal a consumir é igual a

1, um aumento nos gastos do governo de G para 2G faz o produto de

equilíbrio:

(A) dobrar.

(B) aumentar infinitamente.

(C) aumentar em 2G.

(D) aumentar em C0 + I + 2G.

(E) manter-se constante.

Como você pode observar, essa questão é simplesmente uma repetição do

exercício anterior e tem a mesma resposta! Letra (B).

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Veja que, nesse caso, a alternativa (A) só seria verdadeira se estivéssemos falando de um multiplicador quando a propensão marginal a consumir da

economia é um valor muito próximo de 1.

As alternativas (C) e (D) não estariam corretas porque apenas para casos

muito específicos, não apenas da Propensão marginal a consumir, mas também da variação dos gastos do governo, é que seria possível obter

multiplicadores com os valores afirmados.

Por fim, seria impossível manter a renda (ou o produto) constante quando há uma variação nos gastos do governo! Lembra: se o governo consumir

mais, as empresas produzirão mais, logo, o Produto interno bruto tem que aumentar também!

GABARITO: (B)

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Essa matéria está super quentinha! Foi tirada do site do estado de São Paulo ainda hoje pela manhã! Está disponível em:

http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,gastos-dos-governos-caem-em-ritmo-recorde-no-4-tri-de-2011-diz-ocde,108557,0.htm

Note que:

i. A matéria fala de gastos do governo;

ii. Trata-se da política fiscal e seus efeitos nos produtos das

economias;

iii. Por fim, o que vai acontecer nessas economias quando o governo

altera os seus gastos.

Começando pelo título: Gastos dos governos caem em ritmo recorde no 4o tri de 2011, diz OCDE.

Olha só, é justamente o contrário do que nós tínhamos visto em cima!

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Redução dos gastos do governo ↓

Redução da renda ↓ (o fluxo que sai do governo para o mercado de bens e

serviços também será menor, logo, as empresas produzirão menos. Fluxo

circular da riqueza expandido) Com a redução da empresa por parte das empresas, existirá:

Redução do número de empregos ↓, que implicará em

Redução do consumo das famílias ↓, que implicará em um efeito

multiplicador que nós já antes!

Logo, o que está acontecendo com a economia mundial, em termos de política fiscal, a economia está em recessão! Todos os governos gastando

menos agora provocam uma redução generalizada do consumo, que leva a um aprofundamento da crise!

Quando os gastos do governo aumentam, dizemos que o governo está

promovendo uma política fiscal expansionista, ou seja, ele deseja aumentar a renda e o emprego, por exemplo. Quando acontece o contrário,

o governo está fazendo uma política fiscal retracionista ou contracionista. Os objetivos do governo quando ele faz isso não é apenas

reduzir renda e emprego. Como veremos mais tarde, o governo poderá desejar reduzir a inflação ou o seu grau de endividamento.

Exercício 7

(Economista, MEC, FUB, 2009, CESPE) A macroeconomia analisa a

determinação e o comportamento dos grandes agregados econômicos, como, por exemplo, renda, níveis de preços e

desemprego. Com base nessa teoria, julgue os itens.

[62] Se propensão marginal a consumir for igual a 0,8 em uma economia fechada, então um aumento de R$ 1.000,00 dos gastos

públicos elevará a renda da economia em R$ 5.000,00.

Continha simples que nós já fizemos várias lá em cima!

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Dado que, na questão a variação nos gastos foi de R$ 1.000,00 e a

propensão marginal a consumir é de 0,8, podemos escrever:

Passando o valor de 1.000 para o lado direito e multiplicando por 5, teremos o seguinte:

E... Voilà! Nesse caso, de fato, se a renda aumentar em 1.000 e a propensão marginal a consumir for de 0,8, a renda da economia será multiplicada por

5, o que implica que a nova renda será de R$ 5.000,00.

Exercício 8

(Analista de atividades do meio ambiente, Economista IBRAM, 2009,

CESPE) Em relação às políticas fiscais e monetárias, julgue o item que se segue.

[67] A implementação de uma política fiscal expansionista, por meio

do aumento dos gastos públicos no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no valor de R$ 100 milhões,

produz a mesma expansão da demanda agregada que uma ampliação dos gastos com programas de transferência do governo

federal, do mesmo montante.

Na primeira parte do item, vemos que há um aumento dos gastos públicos do governo, logo, se trata da uma política fiscal expansionista.

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O importante é saber que há um aumento de gastos públicos, independentemente de o governo promover obras públicas ou se vai abrir e

fechar buracos.

A questão continua dizendo que os gastos foram de R$ 100 milhões e que esses gastos produzirão o mesmo efeito na demanda agregada, ou seja, no

produto da economia (identidade: produto = despesa = renda) que os gastos com programas de transferências.

E aí, é que está o erro! As transferências atuam no mercado de bens e

serviços através dos consumidores, e, assim, através da propensão marginal a consumir, não é possível que as transferências gerem o

mesmo efeito que os gastos do governo, tendo em vista que não serão todos os R$ 100 milhões que entrarão na economia via mercado de bens e

serviços, já que esse valor será multiplicado por um número,

necessariamente, menor que 1!

Variação inicial do

consumo Política Fiscal

Pelo fluxo circular da riqueza, quando o governo aumenta as transferências, esse valor não vai cair direto no mercado de bens e

serviços, mas incidirá sobre os consumidores. E consumidores mais ricos fazem o que? Compram mais! Mas também, poupam mais!

Nesse caso, digamos que a propensão marginal a consumir seja de 0,8, isso

vai levar a um aumento inicial no consumo de R$ 80 milhões, não de R$ 100 milhões, como visto na questão. Logicamente, haverá um multiplicador

nessa economia, mas ele terá um efeito menor quando comparado com o efeito dos gastos autônomos!

Variação inicial do

consumo Política Fiscal

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GABARITO: FALSA

Exercício 5

(ECONOMISTA, DPU, 2010, CESPE) A partir do conhecimento do

papel da política fiscal e do comportamento das contas públicas,

assinale a opção correta.

a) A política fiscal expansionista gera inflação e pode causar distorções alocativas e distributivas, cujos reflexos podem

eliminar completamente os benefícios esperados sobre a renda

e o emprego.

b) Caso o governo adote uma política fiscal contracionista por

intermédio do aumento de impostos, o resultado esperado será a melhoria das condições da economia, pois a arrecadação de

tributos é necessária para o cumprimento dos compromissos

sociais.

c) Para minimizar os efeitos indesejáveis de uma política

monetária contracionista, o governo pode adotar uma política

fiscal expansionista, aumentando o recolhimento dos tributos

para aumentar seus gastos governamentais e promover melhor

distribuição da renda.

d) Política fiscal é o gerenciamento dos gastos e da

arrecadação do governo visando alcançar um dado objetivo. Entretanto, se a economia estiver operando em um nível baixo

de renda e de produto, que represente recessão, uma política

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fiscal expansionista não poderá induzir a retomada da

trajetória do crescimento da economia.

e) A política fiscal expansionista provoca, de imediato, um

aumento no deficit público. Logo, a redução da demanda artificialmente provocada pela política econômica pode gerar

pressões inflacionárias.

Essa é, disparada, a questão mais difícil vista até aqui!

Para ficar diferente, vamos ver da última para a primeira e por partes, ok?

A alternativa (E) afirma que A política fiscal expansionista provoca,

de imediato, um aumento no deficit público. Já daqui podemos ver

que essa alternativa não é de todo, correta. Para ver a razão da

inconsistência, vamos pensar, não como govenro, mas como uma pessoa física:

Digamos que você recebe R$ 1.000,00 por mês e gasta, normalmente, R$ 800,00. Subtraindo receitas de despesas, rapidinho, você observa que é

possível acumular R$ 200,00 mensalmente de poupança. Ao final de um ano, você terá acumulado R$ 2.400,00 de poupança.

Agora suponha que você quer muito conhecer o nosso querido Sapo da Vez

e deseja comprar uma passagem para Salvador para poder saber a verdadeira identidade desse rapaz! Imagine que você planejou tudo e em

dezembro vai gastar R$ 1.500,00 na viagem! Isso quer dizer que você vai ter, necessariamente um déficit? Claro que não! Na verdade, o que você terá

é apenas uma redução da sua poupança, que sairá de R$ 2.400,00 para R$ 900,00!

De forma semelhante, podemos analisar o governo. O fato do governo gastar mais implicar em déficit só é válido se o governo estiver no que

chamamos de orçamento equilibrado (receita = despesas) ou se ele já estiver com déficits! Contudo, isso não é válido sempre! Logo, já daqui

podemos ver que a alternativa não está correta. Mas vamos mais.

Em seguida, a alternativa continua com Logo, a redução da demanda

artificialmente provocada pela política econômica pode gerar

pressões inflacionárias.

Redução na demanda?

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Você deve lembrar que quando se fala em política fiscal expansionista, estamos falando, necessariamente, de aumento na renda! Assim, eis aí um

outro indicador de erro da questão! Em nenhuma hipótese a política fiscal expansionista pode gerar reduções na demanda agregada ou reduções na

renda. Nos dois casos, esses indicadores apresentarão melhoras!

Vale notar que apenas a última parte da alternativa está correta. Quando ela

afirma que pode gerar pressões inflacionárias. De fato, quando o

governo passa a gastar mais, pode existir uma pressão inflacionária sim! Já que com o aumento do consumo no fluxo circular da riqueza, haverá uma

maior demanda pelos bens. Caso as empresas não consigam aumentar a produção para atender essa demanda, isso provocará, sim, um aumento na

inflação!

Para observar da veracidade desse ponto, basta lembrar que quando o então

presidente Lula reduziu o IPI dos automóveis e da linha branca, acabou provocando um aumento da inflação no ano seguinte! Por isso que quando

Dilma foi eleita, teve que sair reduzindo os gastos do governo para poder colocar a inflação dentro da meta!

Compreendido?

Vamos ver a alternativa (D)! Ela afirma que Política fiscal é o gerenciamento dos gastos e da arrecadação do governo

visando alcançar um dado objetivo. Até aqui, nenhuma

anormalidade! De fato, quando o governo faz política fiscal, ele analisa esses

dois elementos! Continuando, a alternativa fala que Entretanto, se a

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economia estiver operando em um nível baixo de renda e de

produto, que represente recessão, uma política fiscal expansionista não poderá induzir a retomada da trajetória do

crescimento da economia.

Vale aqui outro gatinho:

Claro que se o governo tirar a mão do bolso e gastar isso vai gerar uma retomada da economia! Sem dúvidas! Logo, a alternativa é incorreta por

ferir justamente a definição do que nós entendemos por política fiscal expansionista! Ele altera, de fato, o nível do produto no curto prazo podendo

gerar, ainda, uma pressão inflacionária, como vimos acima!

Logo, alternativa completamente incorreta!

Vamos mais!

A assertiva (C) diz que Para minimizar os efeitos indesejáveis de

uma política monetária contracionista, o governo pode adotar

uma política fiscal expansionista. Vale aqui um esclarecimento:

quando o governo adota a política monetária retracionista, como veremos a

seguir, isso levará a um aumento da taxa de juros, que provocará uma

redução na renda, no produto e na demanda agregada da economia. Logo, como a política monetária está reduzindo a renda, a política fiscal pode ser

adotada no sentido de aumentar a renda. Por hora, nada errado.

Continuando, o governo pode adotar uma política fiscal

expansionista, aumentando o recolhimento dos tributos para aumentar seus gastos governamentais e promover melhor

distribuição da renda. E aqui, temos o erro!

Se o governo aumentar os tributos para depois aumentar os gastos (e,

assim, manter o seu orçamento equilibrado), nada indica que isso vai fazer com que a renda possa voltar a aumentar já que o governo aplicou antes

uma política monetária retracionista.

Explico melhor. Digamos que a política monetária tenha causado uma recessão de -200 unidades monetárias. Caso o governo aumente os

impostos para aumentar os gastos, como já vimos, isso gera, ainda assim, um crescimento menor do que quando o governo aumenta os gastos sem

aumentar os impostos, mas ainda assim aumenta a renda. Contudo, nada se

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pode dizer sobre o efeito total na economia, já que o efeito da política fiscal mista pode ser de apenas +100, o que não sobrepõe a renda perdida pela

política monetária.

Além disso, a questão está errada por dizer que essa políticas todas juntas

promoverão uma melhor distribuição da renda. Como vimos

anteriormente, a utilização de políticas fiscal e monetária por parte do

governo não implica em uma melhor distribuição de renda, mas na estabilização da economia! Assim, também por essa razão, a alternativa

está incorreta!

Compreendido?

Sobrou apenas as letras (A) e (B). Vamos ver qual delas está correta?

Vamos ver a alternativa (B): Caso o governo adote uma política

fiscal contracionista por intermédio do aumento de impostos, o

resultado esperado será a melhoria das condições da economia, pois a arrecadação de tributos é necessária para o

cumprimento dos compromissos sociais. Depois de ver tantas

alternativas semelhantes, ficou fácil de ver onde está o erro dessa aqui! Veja que o resultado esperado na economia não é uma melhora das condições

da economia já que com o aumento dos impostos, haverá uma redução da renda, logo, não há garantias de que mesmo com o cumprimento dos

compromissos sociais haverá uma melhora das condições de vida!

Finalmente, nos sobrou a alternativa (A). Ufa! Ela diz que A política fiscal expansionista gera inflação e pode causar distorções

alocativas e distributivas, cujos reflexos podem eliminar

completamente os benefícios esperados sobre a renda e o emprego. Vamos ver com calma!

De fato, quando o governo faz uma política fiscal expansionista, como já

vimos, pode provocar inflação na economia! E inflação é sempre muito ruim pois com o aumento dos preços, todos nós ficamos mais pobres, o que

implica, em distorções alocativas e distributivas, como é visto na questão!

Logo, a alternativa correta é a letra (A)!

Com essa questão, finalizamos as análises sobre a política fiscal!

Vamos continuar nossas análises!

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PARTE 2 – POLÍTICA MONETÁRIA

9. Moeda é um ativo que pode ser usado facilmente para comprar bens e

serviços. Moeda em circulação e depósitos em conta corrente são considerados parte da oferta monetária. A moeda desempenha três

papéis: é um meio de troca usado em transações, uma reserva de

valor que mantém o poder de compra do longo do tempo e uma unidade de conta em que são informados os preços.

10. Com o passar do tempo, a moeda-mercadoria, que consiste em bens que possuem valor além do seu papel como dinheiro, tais

como moedas de ouro e prata, foi substituída pela moeda garantida por mercadoria, como o papel-moeda de base ouro. Hoje, o real é

pura moeda Fiat, cujo valor deriva exclusivamente do seu papel oficial.

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11. A base monetária é controlada pelo Banco Central. O Banco

Central estabelece o coeficiente das reservas mínimas obrigatórias. Para cumprir a exigência de reserva mínima, os bancos emprestam e

tomam emprestadas reservas no mercado interbancário à taxa de juros do mercado interbancário. Os bancos também podem tomar

emprestado do banco central à taxa de redesconto.

12. As operações de mercado aberto pelo Banco Central são o

seu principal instrumento de política monetária. O BACEN pode aumentar ou diminuir a base monetária comprando títulos públicos dos

bancos ou vendendo esses títulos aos bancos.

13. A curva de demanda por moeda surge de um trade off entre o

custo de oportunidade de manter moeda e a liquidez que a moeda oferece. O custo de oportunidade de manter moeda depende da taxa

de juros de curto prazo,e não da taxa de juros de longo prazo.

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14. Tudo o mais mantido constante, a quantidade de moeda nominal

demandada é proporcional ao nível de preços agregado. Assim, a

demanda de moeda pode ser representada também usando a curva de demanda de moeda real. Mudanças no gasto agregado real, na

tecnologia e nas instituições deslocam as curvas de demanda de moeda real e nominal. De acordo com a equação quantitativa, a

quantidade de moeda real demandada é proporcional ao gasto agregado real, em que a constante de proporcionalidade é 1 dividido

pela velocidade da moeda.

15. O modelo da taxa de juros segundo a preferência por

liquidez diz que a taxa de juros é determinada no mercado de moeda pela curva de oferta de moeda. O banco central pode mudar a taxa

de juros no curto prazo deslocando a curva de oferta de moeda. Na prática, o banco central usa operações de mercado aberto para

alcançar uma meta de taxa de juros no mercado interbancário, taxa que em geral é acompanhada pelas demais taxas de juros.

16. Política monetária expansionista, que reduz a taxa de juros

e aumenta a demanda agregada ao aumentar a oferta de moeda, é usada para fechar hiatos de recessão. Política monetária

contracionista, que aumenta a taxa de juros e reduz a demanda agregada ao reduzir a oferta de moeda, é usada para fechar os hiatos

de inflação.

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17. Tal como a política fiscal, a política monetária tem um efeito

multiplicador, porque mudanças na taxa de juros levam a mudanças no gasto de consumo e na poupança, bem como nos gastos de

investimento. No curto prazo, uma mudança na taxa de juros de equilíbrio determinada no mercado monetário resulta em uma

mudança no PIB real e na poupança, através do efeito multiplicador. A mudança na poupança desloca a oferta de fundos para empréstimo no

mercado de crédito até que este alcance o equilíbrio com uma nova taxa de juros de equilíbrio.

18. No longo prazo, mudanças na oferta de moeda afetam o nível de preços agregado, mas não o PIB ou a taxa de juros. De fato, existe

neutralidade monetária: mudanças no oferta de moeda não têm efeito real sobre a economia no longo prazo.

19. No longo prazo, a taxa de juros de equilíbrio iguala a oferta e a demanda de fundos para empréstimos que surgem, no produto

potencial, no mercado de fundos para empréstimos!

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EXERCÍCIOS PROPOSTOS – PARTE 2

Exercício 6

(INEA, Economista, 2007, CESGRANRIO) O aumento do percentual da reserva compulsória que o Banco Central exige dos bancos reduz

a(o)

(A) oferta de moeda.

(B) demanda por bens públicos.

(C) taxa de juros vigente na economia. (D) spread cobrado pelos bancos.

(E) gasto do governo.

Exercício 7

(EEPG, ECONOMIA E ESTATISTICA IJSN II 2010, CESPE) Julgue os

próximos itens, relativos à criação e destruição de moeda, ao multiplicador dos meios de pagamento e aos instrumentos de

política monetária [88] A expansão monetária origina-se do aumento das operações

ativas do banco central, do aumento da relação entre encaixe total sobre depósitos à vista nos bancos comerciais e do aumento da

proporção dos meios de pagamento retidos pelo público em forma de

depósitos à vista nos bancos comerciais.

Exercício 8

(EEPG, ECONOMIA E ESTATISTICA IJSN II 2010, CESPE) Julgue os

próximos itens, relativos à criação e destruição de moeda, ao

multiplicador dos meios de pagamento e aos instrumentos de política monetária

[89] O banco central que pretenda expandir os meios de pagamentos pode obter esse resultado por meio do aumento dos

empréstimos do governo e da compra de títulos da dívida pública em

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operações de mercado aberto como instrumentos de política monetária.

Exercício 9

(CONSULTOR EXECUTIVO, CIENCIAS ECONOMICAS, SEFAZ 2010 CESPE) Julgue os itens, relativos à moeda e à política monetária

[107] Os instrumentos mais utilizados pelo Banco Central do Brasil (BACEN) para atuar na execução da política monetária são

alterações nos níveis de reserva legal dos bancos, operações de mercado aberto e alterações nas taxas de redesconto.

Exercício 10

(INMETRO, TMQ, CIENCIAS ECONOMICAS, 2010, CESPE) Assinale a opção correta a respeito das funções da moeda, da política

monetária e das teorias da inflação.

a) As operações de mercado aberto afetam, sucessivamente, a

taxa de juros, o volume dos empréstimos, o volume de reservas

dos bancos comerciais e, por último, o montante dos meios de pagamentos.

b) A moeda desempenha, entre outras, a função de meio de troca e de reserva de valor, mas não a de ser um padrão de

pagamentos diferidos.

c) A demanda por moeda representa os meios de pagamentos

que as pessoas e empresas procuram manter em seu poder.

Segundo Keynes, essa demanda é influenciada por apenas dois motivos: transação e especulação.

d) A política monetária sempre determina a taxa de juros,

segundo a perspectiva monetarista.

e) De acordo com as teorias de inflação, o aumento nos gastos

autônomos de investimentos é uma das origens da inflação de demanda.

Exercício 11

(ECONOMISTA, DPU, 2010, CESPE) Acerca do papel do governo na economia, assinale a opção correta.

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a) Se o objetivo da política econômica consiste em aumentar o

nível de investimento do país, a autoridade governamental

deverá reduzir a poupança bruta do setor privado, aumentar o saldo do governo em conta-corrente e aumentar o deficit do

balanço de pagamentos em transações correntes.

b) Para uma economia cuja finalidade da política econômica

seja fazer a distribuição equitativa da renda, o governo deve

adotar tributos indiretos e taxas proporcionais.

c) A existência de falhas de mercado que levem à desigualdade

na distribuição da riqueza, não está relacionada aos objetivos do Estado, quais sejam eficiência, equidade e estabilidade.

d) Por eficiência, entende-se que os impostos devem ser progressivos, isto é, os agentes que recebem as maiores rendas

devem se enquadrar em uma faixa de tributação mais elevada.

e) As políticas macroeconômicas de estabilização e

crescimento econômico incluem as políticas fiscal e monetária,

envolvendo o poder de cobrar impostos e a determinação da oferta de moeda e da sensibilidade da economia às taxas de

juros.

Exercício 12

(INEA, Economista, 2007) Uma política monetária expansiva leva normalmente ao(à)

(A) aumento da taxa de juros. (B) desvalorização da moeda doméstica se o regime for de

câmbio fixo.

(C) redução da taxa de inflação. (D) acumulação de reservas internacionais se o regime for

de câmbio flutuante.

(E) expansão da produção.

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GABARITO PARCIAL – PARTE 2

6 A 10 V

7 F 11 E

8 V 12 E

9 V - -

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RESOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS – PARTE 2

Exercício 6

(INEA, Economista, 2007, CESGRANRIO) O aumento do percentual

da reserva compulsória que o Banco Central exige dos bancos reduz

a(o)

(A) oferta de moeda.

(B) demanda por bens públicos.

(C) taxa de juros vigente na economia.

(D) spread cobrado pelos bancos.

(E) gasto do governo.

Veja, a questão fala sobre reserva compulsória. Essa reserva diz respeito

ao percentual dos nossos depósitos que fica, não com os bancos comerciais, com o banco central. Logo, quando o governo faz um

aumento percentual da reserva compulsória, ele está, no fim das contas, retirando dinheiro dos bancos comerciais.

Assim, sem dinheiro, os bancos não podem fornecer moeda para o resto da

economia, logo, haverá menos empréstimos sendo concedidos, o que implica em menos consumo, menos produção e menos emprego!

O que você deve ficar atento aqui é que quando o banco central altera as

reservas dos bancos comerciais, ele está, também alterando a base monetária da economia, ou a oferta monetária, já que essa é composta

pelos quatro itens abaixo.

i) - o papel-moeda em poder do público (PMP);

ii) - o caixa em moeda corrente dos bancos comerciais (R1);

iii) - os depósitos voluntários dos bancos comerciais junto ao Banco Central

(R2); e,

iv) - os recolhimentos compulsórios dos bancos comerciais, também junto ao Banco Central (R3)

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Como o R3 fala justamente das reservas compulsórias, aumento dessas

reservas no Banco Central levará a uma redução na Base Monetária da

economia!

Nesse caso, só para ficar claro, é como se esse percentual de aumento

deixasse de existir por um período.

Dessa forma, a alternativa correta é a letra (A). A letra (B) diz que haverá uma redução na demanda por bens públicos, o que não tem nenhuma

ligação com o enunciado. Para ser franca, não há nenhum condicionante que leve a uma redução da demanda por bens públicos em economia. Logo, essa

alternativa só seria verdadeira sob condições extremamente especiais.

A alternativa (C) diz que haverá uma redução da taxa de juros. Essa afirmação é interessante, já que o que acontecerá é exatamente o efeito

contrário! Como os bancos terão menos dinheiro para emprestar (já que o BACEN levou uma boa parte), eles cobrarão uma taxa de juros mais alta

pelo empréstimo, não o contrário. Assim, quanto maior for a oferta de moeda, menores tenderão a ser as taxas de juros cobradas pelos

governos.

Alteração nas reservas

compulsórias

Consequências Efeito na taxa

de juros

Redução das reservas

compulsórias

Banco tem mais dinheiro para

emprestar à população

Baixas taxas

de juros

Aumento das

reservas

Banco tem menos

dinheiro para

Elevadas taxas de juros

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compulsórias emprestar à população

Em sequência, a letra (D) afirma que existirá uma redução no spread dos bancos! Veja, primeira coisa que você deve entender é o que chamamos de

spread bancário, que é a diferença entre a taxa de juros cobrada pelos bancos para empréstimos e a taxa de juros que eles remuneram o

detentor do capital. Por exemplo, se ele me cobra 5% por um empréstimo e te paga 0,5% pelo seu dinheiro que está aplicado no banco, o spread

bancário será de 4,5%!

No caso da alternativa acima, ela afirma que haverá uma redução do spread bancário. Será? Nesse caso, eu não posso dizer com certeza que haverá uma

redução nesse percentual, já que nada indica que isso acontecerá de fato! Logo, esse item também é falso.

Por fim, a assertiva (E) diz que haverá uma redução dos gastos do governo,

o que não pode ser verdade necessariamente, já que uma política monetária não necessariamente terá contrapartidas nos gastos do

governo!

GABARITO (A)

Exercício 7

(EEPG, ECONOMIA E ESTATISTICA IJSN II 2010, CESPE) Julgue os

próximos itens, relativos à criação e destruição de moeda, ao multiplicador dos meios de pagamento e aos instrumentos de

política monetária

[88] A expansão monetária origina-se do aumento das operações ativas do banco central, do aumento da relação entre encaixe total

sobre depósitos à vista nos bancos comerciais e do aumento da proporção dos meios de pagamento retidos pelo público em forma de

depósitos à vista nos bancos comerciais.

Essa é boa porque ela considera todos os instrumentos que o governo possui

para fazer a política monetária! O item considera que o governo desejará fazer uma expansão monetária, que nada mais é do que uma política

monetária expansionista!

Prosseguindo, o item diz que essa expansão será possível se houver um

aumento da relação entre encaixe total sobre depósitos à vista nos

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bancos comerciais. Ora, pelo que nós vimos acima, quando o governo deseja fazer uma expansão da base monetária, ele não fará um aumento

dos encaixes compulsórios, mas uma redução deles!

Assim, já daqui é possível dizer que a questão é falsa! Em seguida, a questão diz que a expansão monetária também se origina do aumento da

proporção dos meios de pagamento retidos pelo público em forma de depósitos à vista nos bancos comerciais. Para que você entenda melhor,

quanto maior for a quantidade de dinheiro das pessoas nos bancos, mais

eles podem emprestar a outras pessoas. Nesse caso, se a questão considerasse apenas esse ponto, ela estaria correta.

GABARITO: FALSO

Exercício 8

(EEPG, ECONOMIA E ESTATISTICA IJSN II 2010, CESPE) Julgue os próximos itens, relativos à criação e destruição de moeda, ao

multiplicador dos meios de pagamento e aos instrumentos de política monetária

[89] O banco central que pretenda expandir os meios de

pagamentos pode obter esse resultado por meio do aumento dos empréstimos do governo e da compra de títulos da dívida pública em

operações de mercado aberto como instrumentos de política

monetária.

Caso o governo queira expandir os seus meios de pagamentos ou a sua base monetária ou ainda a sua oferta monetária, ele deve fazer isso por

meio do aumento dos empréstimos do governo e da compra de títulos da dívida pública em operações de mercado aberto como

instrumentos de política monetária. Nesse caso, respondendo por partes, temos que um aumento dos empréstimos do governo aumentarão

sim a oferta monetária, já que ele poderá conceder mais empréstimos aos bancos. Além disso, quando o governo compra títulos no mercado aberto,

ele está, na verdade, colocando mais moeda em circulação. Dessa forma, estará fazendo uma política monetária expansionista!

GABARITO: VERDADEIRA

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Exercício 9

(CONSULTOR EXECUTIVO, CIENCIAS ECONOMICAS, SEFAZ 2010

CESPE) Julgue os itens, relativos à moeda e à política monetária

[107] Os instrumentos mais utilizados pelo Banco Central do

Brasil (BACEN) para atuar na execução da política monetária

são alterações nos níveis de reserva legal dos bancos, operações de mercado aberto e alterações nas taxas de

redesconto.

Questão corretíssima! Existem três instrumentos utilizados pelo governo

para promover a política monetária. São eles:

Alterações nos níveis de reserva legal dos bancos (ou as reservas compulsórias ou ainda os encaixes compulsórios);

Operações de mercado aberto (através da compra e venda de títulos)

Taxas de redesconto. A taxa cobrada pelo Banco Central para emprestar dinheiro aos bancos!

GABARITO: VERDADEIRA

Exercício 10

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(INMETRO, TMQ, CIENCIAS ECONOMICAS, 2010, CESPE) Assinale a

opção correta a respeito das funções da moeda, da política monetária e das teorias da inflação.

a) As operações de mercado aberto afetam, sucessivamente, a

taxa de juros, o volume dos empréstimos, o volume de reservas

dos bancos comerciais e, por último, o montante dos meios de pagamentos.

b) A moeda desempenha, entre outras, a função de meio de

troca e de reserva de valor, mas não a de ser um padrão de

pagamentos diferidos.

c) A demanda por moeda representa os meios de pagamentos

que as pessoas e empresas procuram manter em seu poder.

Segundo Keynes, essa demanda é influenciada por apenas dois motivos: transação e especulação.

d) A política monetária sempre determina a taxa de juros, segundo a perspectiva monetarista.

e) De acordo com as teorias de inflação, o aumento nos gastos autônomos de investimentos é uma das origens da inflação de

demanda.

Vamos a resolução.

A alternativa (A) diz que as operações em mercado aberto afetam a taxa de juros. Até aí, como nós já vimos, a alternativa é verdadeira já que as

operações em mercado aberto são o principal instrumento utilizado pelo governo para alterar a taxa de juros básica da economia. Em seguida, a

alternativa diz que há uma alteração no volume de empréstimos. Nesse ponto, vale um esclarecimento: não necessariamente haverá um aumento

no volume de empréstimos. Logo daqui é possível dizer que a alternativa não pode ser verdadeira. De toda forma, quando a questão fala que haverá

uma alteração no volume de reservas dos bancos comerciais

podemos observar que isso não é verdade já que o que afeta o volume de reservas dos bancos é o depósito ou encaixe compulsório determinado pelo

Banco Central. Logo, a alternativa é incorreta.

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A letra (B), por sua vez, afirma que A moeda desempenha, entre

outras, a função de meio de troca e de reserva de valor, mas não a de ser um padrão de pagamentos diferidos. Essa aqui é

simples de observar! Pelo que nós já vimos, a moeda possui três funções e não apenas duas!

Logo, para ser moeda, é necessário que ela possua, como função, o padrão

de pagamentos ou unidade de conta! É exatamente a mesma coisa! Assim, a alternativa também está falsa!

Vamos mais!

A alternativa (C) diz que A demanda por moeda representa os

meios de pagamentos que as pessoas e empresas procuram manter em seu poder. Segundo Keynes, essa demanda é

influenciada por apenas dois motivos: transação e especulação. Essa alternativa estaria correta se não fosse apenas um detalhe! A demanda por moeda é determinada por três e não dois fatores: transação,

especulação e precaução! Logo, assim como as alternativas anteriores, a letra (C) também é incorreta.

A letra (D), por sua vez, diz que A política monetária sempre

determina a taxa de juros, segundo a perspectiva monetarista. Não acredito que uma questão com essa profundidade possa cair na prova, mas vale a pena comentar! Na verdade, essa visão de que a política

monetária determina a taxa de juros sempre não é bem uma visão monetarista, mas uma visão da economia clássica, uma escola do

pensamento econômico que vigorou até a crise de 1929. Segundo os monetaristas, nem sempre a política monetária afeta a taxa de juros já que

a economia pode estar em um processo em que as pessoas sejam insensíveis a taxa de juros, como foi visto no Japão durante muitos anos.

Finalmente, nos sobrou a letra (E), a alternativa correta que diz que: De

acordo com as teorias de inflação, o aumento nos gastos autônomos de investimentos é uma das origens da inflação de

demanda. Essa questão é verdadeira pois, não apenas quando o governo

gasta, mas quando qualquer outro agente passa a gastar mais, isso pode

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gerar um aumento no nível de preços se as empresas não tiverem como responder ao aumento da demanda! Dessa forma, se existe aumento da

demanda por bens e não há uma contrapartida na produção, o preço dos

bens aumentará, como visto na questão!

Logo, a alternativa é verdadeira!

GABARITO: VERDADEIRA

No próximo exercício, nós não vamos responder a letra (A) porque ela

está muito longe do nosso assunto, ok? As demais alternativas serão

analisadas com calma!

Exercício 11

(Economista, DPU, 2010, CESPE) Acerca do papel do governo na

economia, assinale a opção correta.

a) Se o objetivo da política econômica consiste em aumentar o

nível de investimento do país, a autoridade governamental deverá reduzir a poupança bruta do setor privado, aumentar o

saldo do governo em conta-corrente e aumentar o deficit do

balanço de pagamentos em transações correntes.

b) Para uma economia cuja finalidade da política econômica

seja fazer a distribuição equitativa da renda, o governo deve adotar tributos indiretos e taxas proporcionais.

c) A existência de falhas de mercado que levem à desigualdade na distribuição da riqueza, não está relacionada aos objetivos

do Estado, quais sejam eficiência, equidade e estabilidade.

d) Por eficiência, entende-se que os impostos devem ser

progressivos, isto é, os agentes que recebem as maiores rendas

devem se enquadrar em uma faixa de tributação mais elevada.

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e) As políticas macroeconômicas de estabilização e crescimento

econômico incluem as políticas fiscal e monetária, envolvendo o poder de cobrar impostos e a determinação da oferta de

moeda e da sensibilidade da economia às taxas de juros.

Como eu tinha dito antes, não vamos analisar a letra (A) porque ela é muito distante do que precisaremos na prova, ok? Então, foquemos nas demais

alternativas a respeito do papel do governo.

A letra (B) diz que Para uma economia cuja finalidade da política econômica seja fazer a distribuição equitativa da renda, o

governo deve adotar tributos indiretos e taxas proporcionais. Impostos indiretos? Os impostos indiretos é o que nós já conhecemos como impostos sobre os bens. O que acontece quando o governo implementa

impostos que incidem sobre os bens? O que, o que, o que? Os menos favorecidos arcam com a maior parte dos impostos, ou seja, ao invés de

melhor a distribuição de renda, a existência de impostos indiretos tende a não reduzir a diferença de renda entre os agentes econômicos, podendo

ainda aumentar a diferença de renda, caso a distribuição não seja realizada de forma adequada!

Desa forma, a alternativa (B) é incorreta. Para que ela pudesse ser

considerada correta, deveria afirmar que: Para uma economia cuja

finalidade da política econômica seja fazer a distribuição equitativa da renda, o governo deve adotar tributos DIRETOS e

taxas proporcionais.

Só para que você compreenda, a questão das taxas proporcionais estão corretas (seria como um imposto de renda!).

Continuando, a assertiva (C) diz que A existência de falhas de

mercado que levem à desigualdade na distribuição da riqueza,

não está relacionada aos objetivos do Estado, quais sejam eficiência, equidade e estabilidade. Essa aqui é muito boa! Primeira

coisa: falhas de mercado. Elas acontecem quando o mercado, por alguma razão não é capaz de funcionar adequdamente. Um exemplo disso é quando

alguma empresa produz um determinado bem emitindo poluição no meio ambiente. Nesse caso, cabe ao governo atuar no sentido de regular o

mercado para que a empresa geradora de tal falha seja responsabilizada,

por exemplo. Logo, já daí podemos ver que a questão é falsa já que esse

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fato está diretamente ligado aos objetivos do Estado ou, para simplificar em economia, do governo.

Mas esse não é o único erro da alternativa. Ela continua dizendo que as

funções do governo são eficiência, equidade e estabilidade.

Nós já vimos que o governo possui quatro funções bem distintas:

Função Distributiva

Função Alocativa

Função Estabilizadora

Função Reguladora

Assim, apenas sabendo as funções do governo, nós já podemos ver que a questão está incorreta!

Vamos para mais uma?

A letra (D) afirma que Por eficiência, entende-se que os impostos

devem ser progressivos, isto é, os agentes que recebem as maiores rendas devem se enquadrar em uma faixa de

tributação mais elevada. Essa aqui é aquela que nós chamamos de

casca de banana! E estaria certa, se nós trocássemos apenas uma palavra!

Por EQUIDADE, entende-se que os impostos devem ser

progressivos, isto é, os agentes que recebem as maiores rendas

devem se enquadrar em uma faixa de tributação mais elevada.

Pois é, o erro da questão é que ela dá a definição de equidade e troca apenas o termo eficiência. Nesse caso, não tem nem o que pensar! Quem

fala de redução de desigualdade é a equidade, não a eficiência (a eficiência é amiga do Pareto, lembra?)

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Por fim, nos sobrou a letra (E), que será a alternativa correta. Ela diz que

As políticas macroeconômicas de estabilização e crescimento

econômico incluem as políticas fiscal e monetária, envolvendo

o poder de cobrar impostos e a determinação da oferta de moeda e da sensibilidade da economia às taxas de juros, o que

é, verdadeiramente correto. Logicamente, por hora parece meio vago, mas

como eu tinha dito antes, precisaremos de uma aula inteira para poder falar sobre as formas de atuação do governo quando ele fizer intervenções no

sentido de estabilizar a economia (pense que nós vamos precisar mexer em muita coisa do Fluxo Circular da Riqueza), logo, não dá para fazer isso em

apenas uma aula, não é?

GABARITO: E

Exercício 12

(INEA, Economista, 2007) Uma política monetária expansiva leva

normalmente ao(à)

(A) aumento da taxa de juros. (B) desvalorização da moeda doméstica se o regime for de

câmbio fixo.

(C) redução da taxa de inflação. (D) acumulação de reservas internacionais se o regime for de

câmbio flutuante.

(E) expansão da produção.

Essa é facinha, vamos ao trabalho?

A alternativa (A) diz que haverá um aumento da taxa de juros! Ora, como

nós já vimos, quando o governo implementa uma política monetária expansionista, ele está, na verdade, reduzindo a taxa de juros, não fazendo

o contrário!

A letra (B), por sua vez, diz que haverá uma desvalorização da moeda doméstica se o regime for de câmbio fixo. Nesse caso, note que,

como estamos falando da união de duas políticas, da política monetária e da

política cambial, quando o governo adota um câmbio fixo, ele não poderá mais fazer política monetária, já que essa política gera movimento de divisas

(moeda estrangeira) na economia local. Logo, não há nem valorização nem

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desvalorização da moeda local quando o câmbio é fixo já que o governo não poderá fazer política monetária.

Em seguida, a letra (C) diz que haverá uma redução da taxa de inflação.

Nesse caso, a alternativa não é verdadeira porque quando o governo aumenta o volume de moeda em circulação na economia, haverá um efeito

de aumento da inflação local. Por isso que quando o governo quer diminuir a inflação, ele diminui a oferta de moeda, provocando, por fim, um aumento

da taxa de juros.

A assetiva (D) diz que haverá uma acumulação de reservas

internacionais se o regime for de câmbio flutuante. Nesse caso,

vamos analisar com um pouco mais de profundidade! Se o governo faz uma

política monetária expansionista, isso provocará uma redução da taxa de juros, como vimos anteriormente, certo? Com essa redução da taxa de

juros, os ativos financeiros brasileiros ficam menos interessante de ser comprados. Logo, os especuladores irão vender os nossos ativos para

comprar ativos em países onde a taxa de juros seja mais atrativa. Nesse caso, não haverá uma acumulação de reservas internacionais em nosso país,

mas uma saída ou fuga de capitais. Como o regime, segundo a questão é de câmbio flutuante (ou seja, o governo não tem controle sobre a taxa de

câmbio), logo além da saída de capitais financeiros, haverá também uma

desvalorização da moeda local!

Compreendido?

Finalmente, nos sobrou a letra (E), a alternativa correta!

Como nós já vimos, quando o governo implementa uma política econômica,

seja ela fiscal ou monetária, ele está querendo, no fim das contas, variar a renda da economia. Logo, de acordo com a alternativa acima, quando o

governo implementa uma política monetária expansionista, ele estará objetivando, entre outras coisas, um aumento da produção, como mostrado

na alternativa!

Logo, a alternativa correta é a letra (E)

***

Pessoal,

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Terminamos aqui a nossa primeira aula! Espero que tenham gostado das explicações e que estejam aprendendo direitinho.

Do meu lado, peço desculpas pela demora na postagem. Problemas no meu

pc que está ficando velhinho e cheio de problemas.

Prometo que não acontecerá novamente!

Beijo grande do friorento Canadá!

Amanda