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or meio de uma conjunção de temas, como o movimento operário, o Partido Comunista, a Pindústria têxtil e a história política de Alagoas; um conjunto plural de fontes; além de recorrer a teorias atualizadas com a prática historiográfica, os autores, sem dúvida, contribuem para o conhecimento da sociedade alagoana no passado. A indústria têxtil, a classe operária e o PCB em Alagoas é livro que demonstra como os historiadores, sejam os jovens mestrandos, sejam os professores universitários de maior experiência, têm trabalhado no sentido de produzir conhecimento histórico original no Brasil. Mais ainda, o livro demonstra que, hoje, a produção historiográfica brasileira tem múltiplos centros. Tudo isso é muito positivo, sobretudo para aquele que deseja conhecer o passado de sua própria sociedade. A leitura, sem dúvida, será muito proveitosa. Jorge Ferreira, Professor Titular de História do Brasil da Universidade Federal Fluminense A partir dos anos 40 até o golpe civil-militar de 1964, a indústria têxtil, importante setor econômico de Alagoas, será palco da organização sindical de seus operários na luta pela aplicação dos direitos trabalhistas e por condições de vida digna, como também do crescimento das “células de base” do partido comunista. Os textos reunidos neste livro, resultado do trabalho desenvolvido por integrantes do Grupo de Pesquisa História Social e Política – UFAL/CNPq, apresentam o processo de organização sindical e a força do núcleo alagoano do PCB. Mesmo tendo seu registro cassado e atuando na ilegalidade desde 1947, os comunistas vão operar nos espaços urbanos, com certa influência na classe trabalhadora e uma significativa atuação na sociedade. A pouca presença no interior do estado e no meio rural é contrabalançada com a capacidade de mobilização na capital e nos centros fabris. Na investigação dessa relação entre os operários têxteis e o PCB foram analisadas fontes que até então não haviam tido um tratamento articulado, algumas inclusive inéditas. As edições do jornal A Voz do Povo, as atas do Sindicato dos Têxteis de Fernão Velho, as entrevistas com ex-operários, as fichas da Delegacia de Ordem Política, Social e Econômica (DOPSE) e alguns processos trabalhistas, existentes no Memorial Pontes de Miranda da Justiça do Trabalho em Alagoas, permitiram resgatar um dos mais importantes momentos da trajetória dos trabalhadores alagoanos. A Indústria Têxtil, a classe operária e o PCB em Alagoas A Indústria Têxtil, a classe operária e o PCB em Alagoas Alberto Saldanha(Org.) Alberto Saldanha(Org.) 9788571 775923 A Indústria Têxtil, a classe operária e o PCB em Alagoas A Indústria Têxtil, a classe operária e o PCB em Alagoas Alberto Saldanha (Org.) Alberto Saldanha (Org.)

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or meio de uma conjunção de temas, como o

movimento operário, o Partido Comunista, a Pindústria têxtil e a história política de Alagoas; um

conjunto plural de fontes; além de recorrer a teorias

atualizadas com a prática historiográfica, os autores, sem

dúvida, contribuem para o conhecimento da sociedade

alagoana no passado.

A indústria têxtil, a classe operária e o PCB em Alagoas é

livro que demonstra como os historiadores, sejam os

jovens mestrandos, sejam os professores universitários

de maior experiência, têm trabalhado no sentido de

produzir conhecimento histórico original no Brasil. Mais

ainda, o livro demonstra que, hoje, a produção

historiográfica brasileira tem múltiplos centros.

Tudo isso é muito positivo, sobretudo para aquele que

deseja conhecer o passado de sua própria sociedade. A

leitura, sem dúvida, será muito proveitosa.

Jorge Ferreira, Professor Titular de História do Brasil da Universidade Federal Fluminense

A partir dos anos 40 até o

golpe civil-militar de 1964, a

indústria têxtil, importante

s e t o r e c o n ô m i c o d e

Alagoas, será palco da

organização sindical de

seus operários na luta pela

aplicação dos direitos

trabalhistas e por condições

de v ida digna, como

também do crescimento

das “células de base” do

partido comunista.

Os textos reunidos neste

livro, resultado do trabalho

d e s e n v o l v i d o p o r

integrantes do Grupo de

Pesquisa História Social e

Política – UFAL/CNPq,

apresentam o processo de

organização sindical e a

força do núcleo alagoano

do PCB.

Mesmo tendo seu registro

cassado e atuando na

ilegalidade desde 1947, os

comunistas vão operar nos

espaços urbanos, com certa

i n f l u ê n c i a n a c l a s s e

t r a b a l h a d o r a e u m a

significativa atuação na

s o c i e d a d e . A p o u c a

presença no interior do

estado e no meio rural é

contrabalançada com a

capacidade de mobilização

na capital e nos centros

fabris.

Na investigação dessa

relação entre os operários

têxteis e o PCB foram

analisadas fontes que até

então não haviam tido um

tratamento articulado,

algumas inclusive inéditas.

As edições do jornal A Voz

do Povo, as atas do

Sindicato dos Têxteis de

Fernão Velho, as entrevistas

com ex-operários, as fichas

da Delegacia de Ordem

Política, Social e Econômica

(DOPSE) e alguns processos

trabalhistas, existentes no

M e m o r i a l Po n t e s d e

Miranda da Justiça do

Trabalho em Alagoas,

permitiram resgatar um dos

m a i s i m p o r t a n t e s

momentos da trajetória dos

trabalhadores alagoanos.

A Indústria Têxtil, a classe operária e o PCB em AlagoasA Indústria Têxtil, a classe operária e o PCB em Alagoas

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