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ALTERNATIVA AGROFLORESTAL NA AMAZÔNIA EM TRANSFORMAÇÃO ROBERTO PORRO EDITOR TÉCNICO

A Alternativa Agroflorestal na Amazônia em Transformação

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PRIMEIRAS PÁGINAS organizado por Roberto Porro, publicado pela Embrapa e pelo Centro Mundial Agroflorestal (World Agroforestry Centre). Ano Edição: 2009 ISBN: 978-85-7383-455-0

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Page 1: A Alternativa Agroflorestal na Amazônia em Transformação

ALTERNATIVAAGROFLORESTALNA AMAZÔNIAEM TRANSFORMAÇÃO

ROBERTO PORROEDITOR TÉCNICO

Amazônia Oriental

Ministério daAgricultura, Pecuária

e Abastecimento

ALTER

NA

TIVA

AG

RO

FLOR

ESTAL

NA

AM

AZ

ÔN

IAEM

TRA

NSFO

RM

ÃO

Ultimamente, os sistemas agroflorestais (SAFs) são mencionados com maisincidência em programas de políticas públicas que disseminam alternativaseconomicamente viáveis, ambientalmente corretas e socialmente justas,para o uso de áreas já abertas na Amazônia.

Problemas relacionados à infra-estrutura regional, às restrições do mercadode produtos agroflorestais e às limitações no crédito rural dificultam aadoção de SAFs por produtores familiares na Amazônia, que vêem suasdemandas inatendidas por tecnologias que viabilizam a produção agroflo-restal numa escala suficiente que lhes garanta a segurança alimentar e ogradual fortalecimento da condição de vida da família.

É sobre essa realidade _ e muito mais que, organizada pela Embrapa e pelo Centro

Mundial Agroflorestal no âmbito do Consórcio Iniciativa Amazônicaconstitui um esforço coletivo de um contingente significativo de autores dasmais variadas formações acadêmicas e inserções profissionais, empe-nhados no fortalecimento de uma proposta agroflorestal para a Amazônia.

Alternativa Agroflorestal na

Amazônia em Transformação_ _

Apoio

CG

PE7886

Page 2: A Alternativa Agroflorestal na Amazônia em Transformação

ALTERNATIVAAGROFLORESTALNA AMAZÔNIAEM TRANSFORMAÇÃO

ROBERTO PORROEDITOR TÉCNICO

Amazônia Oriental

Ministério daAgricultura, Pecuária

e Abastecimento

ALTER

NA

TIVA

AG

RO

FLOR

ESTAL

NA

AM

AZ

ÔN

IAEM

TRA

NSFO

RM

ÃO

Ultimamente, os sistemas agroflorestais (SAFs) são mencionados com maisincidência em programas de políticas públicas que disseminam alternativaseconomicamente viáveis, ambientalmente corretas e socialmente justas,para o uso de áreas já abertas na Amazônia.

Problemas relacionados à infra-estrutura regional, às restrições do mercadode produtos agroflorestais e às limitações no crédito rural dificultam aadoção de SAFs por produtores familiares na Amazônia, que vêem suasdemandas inatendidas por tecnologias que viabilizam a produção agroflo-restal numa escala suficiente que lhes garanta a segurança alimentar e ogradual fortalecimento da condição de vida da família.

É sobre essa realidade _ e muito mais que, organizada pela Embrapa e pelo Centro

Mundial Agroflorestal no âmbito do Consórcio Iniciativa Amazônicaconstitui um esforço coletivo de um contingente significativo de autores dasmais variadas formações acadêmicas e inserções profissionais, empe-nhados no fortalecimento de uma proposta agroflorestal para a Amazônia.

Alternativa Agroflorestal na

Amazônia em Transformação_ _

Apoio

CG

PE7886

Page 3: A Alternativa Agroflorestal na Amazônia em Transformação

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Embrapa Amazônia Oriental

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Centro Mundial Agroflorestal

ROBERTO PORRO

EDITOR TÉCNICO

Embrapa Informação Tecnológica

Brasília, DF

2009

ALTERNATIVAAGROFLORESTALNA AMAZÔNIAEM TRANSFORMAÇÃO

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Page 4: A Alternativa Agroflorestal na Amazônia em Transformação

Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na:

Embrapa Informação Tecnológica

Parque Estação Biológica (PqEB), Av. W3 Norte (final)

CEP 70770-901 Brasília, DF

Fone: (61) 3340-9999

Fax: (61) 3340-2753

[email protected]

www.sct.embrapa.br/liv

Embrapa Amazônia Oriental

Trav. Dr. Enéas Pinheiro s/no

Caixa Postal 48

CEP 66095-100 Belém, PA

Fone: (91) 3204-1000

Fax: (91) 3276-9845

[email protected]

www.cpatu.embrapa.br

Coordenação editorial: Fernando do Amaral Pereira, Mayara Rosa Carneiro e Lucilene M. de Andrade

Supervisão editorial: Juliana Meireles Fortaleza

Revisão de texto: Francimary de Miranda e Silva

Normalização bibliográfica: Iara Del Fiaco Rocha e Márcia Maria Pereira de Souza

Projeto gráfico e editoração eletrônica: Júlio César da Silva Delfino

Tratamento das ilustrações: Júlio César da Silva Delfino

Capa: Carlos Eduardo Felice Barbeiro

Foto da capa: MMMnnnnnnnn

1a edição

1a impressão (2009): 3.000 exemplares

Todos os direitos reservados.

A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte,

constitui violação dos direitos autorais (Lei no 9.610).

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Embrapa Informação Tecnológica

Alternativa agroflorestal na Amazônia em transformação / editor técnico, Roberto Porro. – Brasília, DF :Embrapa Informação Tecnológica, 2009.825 p.

ISBN 978-85-7383-455-0

1. Agrossilvicultura. 2. Desenvolvimento rural. 3. Desenvolvimento sócio-econômico. 4. Desenvolvimentosustentável. 5. Impacto ambiental. 6. Pan-Amazônia. I. Porro, Roberto. II. Embrapa Amazônia Oriental.

III. Centro Mundial Agroflorestal (Icraf).

CDD 634.99

© Embrapa 2009

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Page 5: A Alternativa Agroflorestal na Amazônia em Transformação

Autores

Abel Meza Lopes

Engenheiro agrônomo, M.Sc. em Ciências do Solo, pesquisador doCentro Agroflorestal Mundial (Icraf), Pucallpa, Peru,[email protected], [email protected]

Acácia Lima Neves

Engenheira agrônoma, M.Sc. em Ecologia Tropical, funcionária doInstituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, Manaus, AM,Brasil, [email protected], [email protected]

Alan Péricles Amaral dos Santos

Engenheiro florestal, extensionista da Empresa de Assistência Técnicae Extensão Rural do Pará (Emater), Água Azul do Norte, Pará, Brasil,[email protected], [email protected]

Alane Andreza Santos de Menezes

Engenheira florestal, funcionária da CPSA Florestal, Belém, PA, Brasil,[email protected]

Alceu Benedito Gonçalves

Engenheiro florestal, assessor do Instituto para el Hombre, Agriculturay Ecología (IPHAE), Riberalta, Beni, Bolívia,[email protected]

Alfredo Wagner Berno de Almeida

Antropólogo, Doutor em Antropologia, pesquisador da Fapeam/CNPq,professor colaborador do Programa de Pós-Graduação em Sociedade eCultura na Amazônia, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam),Manaus, AM, Brasil, [email protected]

Alvaro Guayara Suarez

Zootecnista, M.Sc. em Estudos Amazônicos, professor da Universidadde la Amazonía, Grupo de Investigación en Sistemas Agroforestales

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Pecuarios Amazónicos (Gisapa), Florencia, Caquetá, Colombia,[email protected]

André Carlos Cau dos Santos

Engenheiro agrônomo, doutorando em Desenvolvimento pela Escolade Estudos sobre Desenvolvimento da Universidade de East Anglia,Norwich, Reino Unido, analista da Empresa Brasileira de PesquisaAgropecuária, Embrapa Sede, Brasília, DF, Brasil,[email protected], [email protected]

André Ferreira Rodriguês

Engenheiro florestal, consultor independente, Belém, PA, Brasil,[email protected], [email protected]

Andrea Braga Boaventura Araújo

Engenheira agrônoma, funcionária do Instituto de Terras do Estado doPará (Iterpa), Belém, PA, Brasil, [email protected]

Andrés Gumercindo Castillo Quiliano

Engenheiro florestal, M.Sc. em Manejo Florestal, professor daUniversidad Nacional Intercultural de la Amazonía (Unia), Pucallpa,Peru, [email protected]

Antônio Abílio Siqueira

Agricultor da Associação dos Produtores Alternativos (APA), OuroPreto D’Oeste, RO, Brasil, [email protected]

Armelinda Zonta de Llanque

Engenheira florestal, especialista em Manejo Sustentável de RecursosNaturais e Meio Ambiente, assessora do Instituto para el Hombre,Agricultura y Ecología (IPHAE), Riberalta, Beni, Bolívia,[email protected]

Beatriz Elvira Graterol Mendoza

Engenheira agrônoma, M.Sc. em Zoologia Agrícola, pesquisadora doInstituto Nacional de Investigaciones Agricolas (Inia), PuertoAyacucho, Amazonas, Venezuela, [email protected],[email protected]

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Bertha Leonor Ramírez Pava

Zootecnista, Doutora em Ciências Veterinárias, professora daUniversidad de la Amazonia, Grupo de Investigación en SistemasAgroforestales Pecuarios Amazónicos (Gisapa), Florencia, Caquetá,Colômbia, [email protected]

Blas Garcia Bustos

Engenheiro agrônomo, M.Sc. em Gestão e Manejo do Meio Ambiente,pesquisador do Centro de Investigaciones Agrícolas Tropicales (Ciat),Santa Cruz de la Sierra, Santa Cruz, Bolívia, [email protected]

Brice Dupin

Engenheiro agrônomo, M.Sc. em Manejo de Bosques Tropicais,assessor em Desenvolvimento Agroecológico pela Agronomes etVétérinaires Sans Frontières, Projeto BV Lac Alaotra,Ambatondrazaka, Madagascar, [email protected],[email protected]

Carlos Eugênio Vitoriano Lopes

Engenheiro agrônomo, mestrando em Economia pela UniversidadeFederal do Rio Grande do Sul (UFRS)/Universidade Federal deRoraima (UFRR), analista da Embrapa Roraima, Boa Vista, RR, Brasil,[email protected]

Carlos Julio Escobar Acevedo

Agrólogo, M.Sc. em Solos e Nutrição de Plantas, pesquisador daCorporación Colombiana de Investigación Agropecuaria (Corpoica),diretor da Unidade Local em Florencia, Caquetá, Colômbia,[email protected]

Carolina Virgília da Costa López

Engenheira florestal, consultora independente, Belém, PA, Brasil,[email protected], [email protected]

César Sabogal Meléndez

Engenheiro florestal, Ph.D. em Ciências Florestais, pesquisador doCentro Internacional de Agricultura Tropical (Ciat), Coordenador de

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Pesquisas do Consórcio Iniciativa Amazônica, Belém, PA, Brasil,[email protected]

Christine Woda

Engenheira florestal, Ph.D. em Ecologia e Manejo Florestal, consultorado GFA Consulting Group, Hamburgo, Alemanha, [email protected]

Ciro Abbud Righi

Engenheiro agrônomo, pós-doutorando do Laboratório deBiogeoquímica Ambiental, Centro de Energia Nuclear na Agricultura,Universidade de São Paulo (Cena/USP), Piracicaba, SP, Brasil,[email protected]

Delia Giniva Guiracocha Freire

Engenheira agrônoma, M.Sc. em Sistemas Agroflorestais, professora daFaculdade de Ciências Agropecuárias da Universidade Península deSanta Elena, La Libertad, Equador, [email protected]

Diana Amelia Vega Ishuhuaylas

Engenheira florestal, M.Sc. em Manejo Integrado de BaciasHidrográficas, consultora independente, Lima, Peru,[email protected]

Dirse Clara Kern

Geóloga, Doutora em Geologia e Geoquímica, pesquisadora titular emGeoarqueologia do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Belém,PA, Brasil, [email protected]

Emérita Virginia Villarreal Bolaños

Bióloga, Doutora em Biologia, pesquisadora do Grupo Social FondoEcuatoriano Populorum Progressio, Coca, Francisco de Orellana,Equador, [email protected], [email protected]

Enderson Renato A. dos Santos

Engenheiro florestal, funcionário da A.S. Consultoria e ProjetosAmbientais, Belém, PA, Brasil, [email protected],[email protected]

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Erick C. M. Fernandes

Engenheiro florestal, Ph.D. em Ciências do Solo, assessor de RecursosNaturais e Manejo de Terras do Banco Mundial, ESSD-ARD,Washington, DC, Estados Unidos, [email protected]

Erlan Gamarra Jaime

Engenheiro de alimentos, assessor do Instituto para el Hombre,Agricultura y Ecología (IPHAE), Riberalta, Beni, Bolívia,[email protected], [email protected]

Everaldo Nascimento de Almeida

Engenheiro agrônomo, doutorando do Núcleo de Altos EstudosAmazônicos, Universidade Federal do Pará (UFPA), Belém, PA, Brasil,[email protected]

Fortunato Angola Flores

Engenheiro florestal, assessor do Instituto para el Hombre, Agriculturay Ecología (IPHAE), Riberalta, Beni, Bolívia, [email protected]

Haron Abrahim Magalhães Xaud

Engenheiro agrônomo, M.Sc. em Sensoriamento Remoto, pesquisadorda Embrapa Roraima, Boa Vista, RR, Brasil, [email protected],[email protected]

Helio Tonini

Engenheiro florestal, Doutor em Engenharia Florestal, pesquisador daEmbrapa Roraima, Boa Vista, RR, Brasil, [email protected]

James Richard Silva Perote

Engenheiro agrônomo, assessor da Casa Familiar Rural, Tucurí, PA,Brasil, [email protected]

Jan Börner

Economista agrícola, Ph.D. em Economia Agrícola, pesquisador doCentro Internacional de Agricultura Tropical (Ciat) e ConsórcioIniciativa Amazônica, Belém, PA, Brasil, [email protected]

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Jean Clément Laurent Dubois

Engenheiro florestal, assessor técnico sênior da Rede BrasileiraAgroflorestal (Rebraf), Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected]

Jimmy Ricardo Francisco Limongi Andrade

Engenheiro agrônomo, M.Sc. em Sistemas Agroflorestais, pesquisadordo Instituto Nacional Autónomo de Investigaciones Agropecuarias(Iniap), Programa de Bosques, Estación Experimental Portoviejo,Manabí, Equador, [email protected]

Johannes van Leeuwen

Graduado em Silvicultura Tropical, M.Sc. em Silvicultura Tropical,Melhoramento Vegetal e Sociologia Rural, pesquisador do InstitutoNacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Manaus, AM, Brasil,[email protected], [email protected]

Jonathan Philip Cornelius

Engenheiro florestal, Ph.D. em Biologia e Manejo Florestal,pesquisador do Agroforestry and Novel Crops Unit, School of Marineand Tropical Biology, James Cook University, Cairns, Queensland,Austrália, [email protected]

Jorge Luiz Vivan

Engenheiro agrônomo, Doutor em Recursos Genéticos Vegetais,consultor em Desenvolvimento Rural Sustentável e Manejo deRecursos Naturais, Florianópolis, SC, Brasil, [email protected]

Jose Gamaliel Rodríguez Baquero

Médico veterinário, zootecnista, Doutor em Ciências Veterinárias,professor titular da Universidad de la Amazonia, Grupo deInvestigación en Sistemas Agroforestales Pecuarios Amazónicos(Gisapa), Florencia, Caquetá, Colômbia, [email protected]

Juan Fernando Haro Alvear

Doutor em Química, pesquisador do Laboratorio de Suelos, Aguas,Plantas y Balanceados, Vicariato Apostólico de Aguarico, Francisco deOrellana, Equador, [email protected], [email protected]

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Page 11: A Alternativa Agroflorestal na Amazônia em Transformação

Julio Cesar Alegre Orihuela

Engenheiro agrônomo, Ph.D. em Ciências do Solo, professor daUniversidad Nacional Agraria La Molina, Lima, Peru,[email protected], [email protected]

Katell Uguen

Engenheira agrônoma, Doutora em Engenharia Agroflorestal,pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa),Manaus, AM, Brasil, [email protected], [email protected]

Kátia Fernanda Garcez Monteiro

Geógrafa, doutoranda em Ciências Agrárias pela Universidade FederalRural da Amazônia (Ufra), Belém, PA, Brasil,[email protected], [email protected]

Leila Sobral Sampaio

Engenheira agrônoma, Doutora em Produção Vegetal, professora daUniversidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), Belém, PA, Brasil,[email protected]

Leoncio Julio Ugarte Guerra

Engenheiro florestal, M.Sc. em Gestão de Recursos Florestais,pesquisador do Centro Mundial Agroflorestal (Icraf), Lima, Peru,[email protected]

Leonilde dos Santos Rosa

Engenheira florestal, Doutora em Desenvolvimento Sustentável doTrópico Úmido, professora da Universidade Federal Rural da Amazônia(Ufra), Belém, PA, Brasil, [email protected],[email protected]

Liane Marise Moreira Ferreira

Engenheira florestal, M.Sc. em Sistemas Agroflorestais, pesquisadorada Embrapa Roraima, Boa Vista, RR, Brasil, [email protected]

Luciano Mansor de Mattos

Engenheiro agrônomo, doutorando em Desenvolvimento Econômico

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pelo Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas(Unicamp), pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, Campinas, SP,Brasil, [email protected]

Lúcio Flávio Pinto

Jornalista, editor do Jornal Pessoal, Belém, PA, Brasil,[email protected]

Luis Alberto Arévalo López

Engenheiro agrônomo, M.Sc. em Solos e Fertilizantes, gerente regionalem San Martín do Instituto de Investigaciones de la Amazonia Peruana(Iiap), Tarapoto, San Martín, Peru, [email protected],[email protected]

Luís Fernando Guedes Pinto

Engenheiro agrônomo, Doutor em Produção Vegetal, secretário-executivo do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola(Imaflora), Piracicaba, SP, Brasil, [email protected]

Luís Henrique Hertzog da Cunha

Biólogo, Pós-graduado em Diversidade e Conservação da Fauna,Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre,RS, Brasil, [email protected], [email protected]

Marcelo Francia Arco-Verde

Engenheiro florestal, Doutor em Sistemas Agroflorestais, pesquisadorda Embrapa Roraima, Boa Vista, RR, Brasil,[email protected], [email protected]

Marcos Silveira Bernardes

Engenheiro agrônomo, Doutor em Fitotecnia, professor doDepartamento de Produção Vegetal, Escola Superior de AgriculturaLuiz de Queiroz/Universidade de São Paulo (Esalq/USP), Piracicaba,SP, Brasil, [email protected]

Maria de Lourdes Pinheiro Ruivo

Engenheira agrônoma, Doutora em Solos e Nutrição de Plantas,

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pesquisadora do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Belém, PA,Brasil, [email protected], [email protected]

Marília Locatelli

Engenheira florestal, Ph.D. em Ciência do Solo, pesquisadora daEmbrapa Rondônia, Porto Velho, RO, Brasil,[email protected]

Marinelson de Oliveira Brilhante

Engenheiro agrônomo, assessor agroflorestal do Centro de EducaçãoProfissional - Escola da Floresta, Instituto de Educação ProfissionalDom Moacir (Idep-DM), Rio Branco, AC, Brasil,[email protected], [email protected]

Masaaki Yamada

Agroeconomista, Ph.D. em Sistemas Agroflorestais, professor da TokyoUniversity of Agriculture and Technology (Tuat), Toquio, Japão,[email protected]

Matilde Cipagauta Hernandez

Zootecnista, M.Sc. em Produção Animal, especialista em DireitoAmbiental, pesquisadora aposentada da Corporación Colombiana deInvestigación Agropecuaria (Corpoica), Centro de InvestigaciónMacagual, Florencia, Caquetá, Colômbia, [email protected],[email protected]

Minu Parahoe

Engenheira agrônoma, M.Sc. em Manejo de Recursos Naturais,pesquisadora do World Wild Fund for Nature (WWF), Paramaribo,Suriname, [email protected]

Moisés Cordeiro Mourão de Oliveira Jr.

Biólogo, M.Sc. em Estatística e Experimentação Agropecuária,pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental, Belém, PA, Brasil,[email protected], [email protected]

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Mônica Mota dos Santos

Engenheira florestal, assessora da Casa Familiar Rural, Altamira, Pará,Brasil, [email protected], [email protected]

Neliton Marques da Silva

Engenheiro agrônomo, Doutor em Entomologia, professor daUniversidade Federal do Amazonas (Ufam), Manaus, AM, Brasil,[email protected]

Oscar Eduardo Llanque Espinoza

Engenheiro florestal, doutorando em Ciências Sociais, pesquisador doInstituto de Investigaciones Forestales de la Amazonia Boliviana(IIFA), Universidad Autónoma de Beni, Riberalta, Beni, Bolívia,[email protected]

Paulo César Nunes

Engenheiro agrônomo, consultor em Sistemas Agroflorestais do ProjetoBRA-00-G31/GEF-Pnud, Cuiabá, MT, Brasil,[email protected], [email protected]

Philip Martin Fearnside

Biólogo, Ph.D. em Ciências Biológicas, pesquisador titular do InstitutoNacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Manaus, AM, Brasil,[email protected]

Raúl Armando Ramos Veintimilla

Engenheiro agrônomo, M.Sc. em Sistemas Agroflorestais, pesquisadordo Instituto Nacional Autónomo de Investigaciones Agropecuarias(Iniap), Estación Experimental Santa Catalina, Quito, Equador,[email protected]

Ricardo de Oliveira Figueiredo

Engenheiro agrônomo, Doutor em Ciências Ambientais, pesquisador daEmbrapa Amazônia Oriental, Belém, PA, Brasil,[email protected]

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Robert Pritchard Miller

Engenheiro florestal, Ph.D. em Sistemas Agroflorestais, assessor doInstituto Olhar Etnográfico, Brasília, DF, Brasil,[email protected]

Roberto Porro

Engenheiro agrônomo, Ph.D. em Antropologia Cultural, pesquisadordo Centro Agroflorestal Mundial (Icraf), Belém, PA, Brasil,[email protected]

Rodrigo Severo Arce Rojas

Engenheiro florestal, M.Sc. em Conservação de Recursos Florestais,consultor florestal, Responsabilidad Socioambiental EIRL, Lima, Peru,[email protected]

Rosana Giséle Cruz Pinto da Costa

Engenheira agrônoma, M.Sc. em Agriculturas Amazônicas,pesquisadora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam),Belém, PA, Brasil, [email protected]

Rozi da Silva Modesto

Engenheira florestal, consultora independente, Ananindeua, PA, Brasil,[email protected]

Rudolf Ferdinand van Kanten

Engenheiro agrônomo, Doutor em Sistemas Agroflorestais Tropicais,pesquisador do Center for Agricultural Research in Suriname (Celos) ecoordenador de programas do Tropenbos International, Paramaribo,Suriname, [email protected]

Sandra Maria Roncal García

Engenheira florestal, consultora independente, Lima, Peru,[email protected], [email protected]

Segundo Antonio Espinoza Espinoza

Licenciado civil em Teologia e estudos religiosos, diretor-geral doColégio Técnico Agropecuário Padre Miguel Gamoa, coordenador de

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Unidades Educativas de Produção, Vicariato Apostólico de Aguarico,Coca, Francisco de Orellana, Equador, [email protected],[email protected]

Silvio Brienza Júnior

Engenheiro florestal, Doutor em Agricultura Tropical, pesquisador daEmbrapa Amazônia Oriental, Belém, PA, Brasil,[email protected], [email protected]

Silvio Levy Franco Araújo

Engenheiro agrônomo, analista da Embrapa Roraima, Boa Vista, RR,Brasil, [email protected], [email protected]

Sônia Sena Alfaia

Engenheira agrônoma, Doutora em Ciências Agronômicas,pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa),Manaus, AM, [email protected]

Tarcísio Ewerton Rodrigues (In memoriam)

Engenheiro agrônono, Doutor em Solos e Nutrição de Plantas,pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental, Belém, PA, Brasil

Thiago Almeida Vieira

Engenheiro florestal, doutorando em Ciências Agrárias pelaUniversidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), Belém, PA, Brasil,[email protected], [email protected]

Zully Patricia Seijas Cardenas

Engenheira agrônoma, pesquisadora do Instituto Nacional deInnovación Agraria (Inia), Pucallpa, Ucayali, Peru,[email protected]

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Page 17: A Alternativa Agroflorestal na Amazônia em Transformação

Agradecimentos

O editor desta obra agradece: a Maren Hohnwald e Noemi SakiaraMiyasaka Porro, por seu efetivo apoio na revisão e na organização dotexto. Os agradecimentos são extensivos às equipes do Consórcio IniciativaAmazônica, em particular a Flávia Cunha, a Maria Eugênia Isnardi, aZíngara Azevedo e a Fabrício Boaventura; e do Centro MundialAgroflorestal, em particular a Silvia Dupuy e Marjorie Avila, que nas maisdiversas situações contribuíram na elaboração deste livro.

Esta obra não teria sido possível, sem o apoio inicial ao eventoIniciativas Promissoras e Fatores Limitantes para o Desenvolvimento deSistemas Agroflorestais na Amazônia, realizado em Belém e em Tomé-Açu, PA, em janeiro de 2005, apoio este proporcionado pelo CentroMundial Agroflorestal, por meio de seu Programa de TreinamentoAgroflorestal, coordenado por Jan Beniest, por sua vez financiado peloPrograma de Cooperação Cultural, Educação e Pesquisas, da Divisão deEducação e Desenvolvimento, do Ministério das Relações Exteriores daHolanda.

À equipe de coordenação do referido evento, em particular a MiltonKanashiro, a Gladys Ferreira de Sousa, a Osvaldo Ryohey Kato, a Mariado Socorro Andrade Kato (in memoriam), a Celia Sarmento, a RosanaManeschy, e a Valdirene Oliveira.

Ao Governo da Espanha, em particular ao seu Instituto Nacionalde Investigación y Tecnología Agraria y Alimentaria, pelo apoio financeiroao Consórcio Iniciativa Amazônica, decisivo para a viabilização destaobra. Agradece também o apoio institucional da Embrapa AmazôniaOriental, do Centro Mundial Agroflorestal, e do Centro Internacional deAgricultura Tropical na elaboração desta obra.

Os co-autores desta obra agradecem:

Fearnside (parte 1, capítulo 5) agradece o apoio recebido doConselho Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq:Proc. 470765/01-1) e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia(Inpa): PPI 1 3620).

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Villareal e colaboradores (parte 2, capítulo 1) agradecem o apoioda Embaixada da Holanda no Equador.

Sobral e Costa (parte 2, capítulo 4) agradecem a Felipe ResqueGonçalves Júnior, assistente de pesquisa do Instituto de PesquisaAmbiental da Amazônia (Ipam), pela elaboração do Mapa deDesmatamento da Amazônia Legal acumulado até 2005, com as principaisrodovias federais e estaduais. Os agradecimentos são extensivos ao ProjetoConstruindo Consenso sobre Acesso aos Recursos Naturais na Amazônia,e à Comissão Européia, pelo apoio à sua implementação.

Kanten e Parahoe (parte 2, capítulo 7) agradecem as autoridadestradicionais e os habitantes da comunidade Powakka; ao Centro de PesquisaAgrícola do Suriname (Celos), por seu apoio logístico e financeiro; àComunidade Européia, patrocinadora do projeto Guyagrofor, pelo uso desua metodologia; e a Julio Ugarte, por seu apoio na revisão do espanhol.

Mattos e Cau (parte 3, capítulo 1) agradecem ao Internacional Institute

for Sustainable Development (IISD), organização não-governamentalcanadense, pelo apoio financeiro ao estudo apresentado, o qual faz partede um conjunto de estudos de casos elaborados para subsidiar o Development

Dividend Task Force, evento organizado em cinco rodadas pela IISD, em2005–2006, com o objetivo de analisar o Mecanismo de DesenvolvimentoLimpo (MDL). Agradecem especialmente a John Drexhage, a AaronCosbey, a Deborah Murphy e a Michelle McLaren, todos do IISD.Igualmente agradecem ao Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia(Ipam), sobretudo, ao coordenador de pesquisa, Paulo Moutinho, e àsassistentes de pesquisa Erika de Paula Pedro Pinto e Paula Franco Moreira,pela cessão de dados, revisão e sugestões ao presente artigo.

Cornelius (parte 3, capítulo 7) agradece a Roberto Porro, a JulioUgarte e a Sandra Velarde, por seus comentários e sugestões ao texto.

Cipagauta (parte 4, capítulo 1) agradece a Don Eliécer Mora,proprietário da Finca Los Alpes, e a sua família, em Doncello, Caquetá,Colômbia, por sua colaboração e permanente disposição em atender àsconstantes visitas de monitoramento e avaliação. Também agradece aosseus colegas de trabalho por seus valiosos aportes na avaliação do trabalho.

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Monteiro e colaboradores (parte 4, capítulo 10) agradecem ao FundoEstadual de Ciência e Tecnologia/Secretaria Executiva de CiênciaTecnologia e Meio Ambiente do Estado do Pará, à Agência deDesenvolvimento da Amazônia (ADA), e aos parceiros fundamentais:Prefeitura Municipal de Tailândia – secretaria de Agricultura; à TailâminasPlac; à Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra); à EmbrapaAmazônia Oriental; e ao Museu Paraense Emílio Goeldi.

Leeuwen (parte 5, capítulo 6) menciona que uma versão anteriorde seu trabalho foi apresentada na Reunião Técnica do Projeto ProBio/MMA Pupunha – raças primitivas e parentes silvestres, Manaus, AM,22-24.06.2005. O autor é grato aos colegas Charles Clement, SidneyFerreira e João Batista Moreira Gomes, por compartilharem seus conheci-mentos sobre pupunha. O último forneceu informações importantes sobreo PDRI. Charles Clement, Wanders Chaves e Rosalee Coelho fizeramuma leitura crítica do manuscrito. João Tomé Farias Neto e JonathanCornelius chamaram a atenção para o problema do delineamento adequadopara ensaios com muitos tratamentos. Rosa Clement e Rosalee Coelhoprestaram ajuda preciosa com a gramática (ortografia e sintaxe).

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Apresentação

Nas últimas décadas, os sistemas agroflorestais (SAFs) têm sidoapontados como opção promissora de reflorestamento, particularmentepara agricultores familiares em regiões tropicais. É o caso da regiãoAmazônica, onde a própria realidade da presença da floresta, quer emgrandes extensões contínuas, quer integrada a atividades agrícolas epecuárias, nos níveis de propriedade e de paisagem, evidencia a integraçãode atividades florestais e agrícolas como ocorre, historicamente, no âmbitode comunidades tradicionais e povos indígenas, e em comunidades comprevalência de imigrantes.

É inevitável considerar os SAFs como alternativas a serem contem-pladas em políticas de incentivo, particularmente para a Amazônia, quandoas evidências de mudanças climáticas globais e de crise econômica mundialreforçam a necessidade da implantação de sistemas de uso da terra quealiem à característica de mitigar as emissões de carbono para a atmosfera,características de adaptação às mudanças climáticas que tendem a ocorrerem curto e médio prazos, incorporando ainda atributos positivos do pontode vista social e econômico.

A despeito do cenário favorável para inovação no uso do espaçoamazônico, o fomento de opções como essa não ocorre no ritmo necessário.As políticas públicas, com capacidade para abrigar tais propostas, têm semostrado tímidas em termos de operacionalização. É o caso do PlanoAmazônia Sustentável (PAS), do segmento de incentivo a atividadessustentáveis no âmbito do Plano de Ação para Prevenção e Controle doDesmatamento na Amazônia Legal (PPCDAM), no plano federal e deinúmeras políticas estaduais, cujos enunciados mostram correspondênciacom os planos federais e com propostas de abrangência pan-amazônica eglobal, como é o caso dos objetivos do milênio.

Assim, Alternativa Agroflorestal na Amazônia em Transformação – queenfoca as realidades dos SAFs em diversos países amazônicos e naAmazônia Legal brasileira – é oportuna tanto como fonte de informação –a ser aplicada em atividades de treinamento e de capacitação de pessoal –

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como no suporte à formulação e à adoção de políticas voltadas à sustenta-bilidade dos recursos naturais amazônicos.

Na Parte 1 – Amazônia em transformação e a alternativa agroflorestal –o leitor se depara com o atual panorama dos SAFs sob diversos aspectos(econômicos, políticos, sociais e culturais), e suas relações com o desen-volvimento, com o uso sustentável de recursos naturais e com os desafiosdas mudanças climáticas.

Na Parte 2 – Processos de degradação na amazônia em transformação – osartigos versam sobre degradação ambiental, especificamente sobre erosão(hídrica e eólica), além de enfatizar aspectos sociais e relaçõessocioambientais, culminando com exemplos de regeneração de áreasdegradadas.

Por sua vez, a Parte 3 – Critérios e perspectivas a observar para a adoção,

monitoramento e avaliação de SAFs – é de suma importância, porque englobanove textos cujo conteúdo é sobre monitoramento de processos e mecanis-mos biofísicos, biogeoquímicos e socioculturais, e suas interações em SAFs,tratando ainda de serviços ambientais associados a esses sistemas e àbusca de indicadores de sustentabilidade.

Já o conteúdo da Parte 4 – Contextualização da adoção diversificada de

SAFs na Amazônia – expressa a multiplicidade dos SAFs adotados naAmazônia, tanto em termos de sua composição, quanto da abordagemque permeia as atividades de pesquisa e desenvolvimento associadas.

Finalmente, a Parte 5 – Processos e abordagens participativas na pesquisa

agroflorestal – mostra um rico conjunto de exemplos de adoção da abordagemparticipativa em ações de pesquisa e difusão voltados aos SAFs.

Ao editor-técnico Roberto Porro – e aos autores – expresso a certezade que eles estão viabilizando um documento de ampla utilidade paratodos os países da Pan-Amazônia. Certamente, este trabalho é um marcoreferencial para os SAFs dessa região.

Tatiana Deane de Abreu Sá

Diretora-Executiva da Embrapa

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Prefácio

Na posição em que nos encontramos atualmente, é difícil acreditarque, há pouco tempo atrás, a conceituação do termo “agroflorestal” erapouco conhecida. Contudo, nas últimas 3 décadas, a visão e a dedicaçãode milhares de profissionais de diversos continentes elevaram a visibilidadeda ciência – e da prática agroflorestal – como um instrumento dotado deenorme potencial para transformar vidas e paisagens em todo o mundo.

Até a criação do Centro Mundial Agroflorestal (Icraf), em 1978,tanto em iniciativas de pesquisa como na prática de aproveitamento derecursos naturais, agricultura e floresta eram tratadas como dimensõesexcludentes. Ao mesmo tempo, a forma como pequenos produtoresagrícolas – e povos tradicionais dos trópicos – integravam bosques ouplantio de árvores com cultivos agrícolas, já vinha demonstrando o enormepotencial de tais associações para beneficiar a sociedade e o ambiente.Faltava ainda acionar o elemento científico, para que de forma integradacom o conhecimento tradicional, esses produtores e associaçõesviabilizassem estratégias produtivas para efetivamente explorar talpotencial.

Desde o início de sua atuação, pesquisadores do Icraf, em conjuntocom outros pesquisadores de instituições nacionais de pesquisa, como aEmpresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), têm colaboradocom agentes de desenvolvimento e com comunidades rurais, para melhorcompreender as modalidades e trajetórias de sistemas agroflorestais emtodo o globo, e identificar formas para melhor adaptar e disseminar asinovações agroflorestais que se demonstrem efetivas. Esses profissionaisforam pioneiros num modelo de pesquisa integrada interdisciplinar o qualbusca soluções para desafios complexos relacionados ao uso e manejo derecursos naturais.

Atualmente, a prática agroflorestal está posicionada como umaopção concreta para o uso sustentável da terra, em todo o mundo. Seupotencial como instrumento para atingir os objetivos das principaisconvenções globais ambientais (mudanças climáticas, biodiversidade, e

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desertificação) e das metas de desenvolvimento do milênio, vêm desper-tando o interesse tanto de pesquisadores quanto de decisores políticos.

A 12a Convenção das Partes sobre Mudanças do Clima (COP), patrocinadapelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), emconjunto com o Icraf, realizada em 2006, em Nairobi, no Quênia, África,enfatizou a importância de associar créditos de carbono a pequenosprodutores, por meio de práticas agroflorestais nos trópicos. Novasparcerias entre instituições empenhadas na conservação biológica – eentidades que incentivam a prática agroflorestal – estão se erguendo paraenfrentar os desafios da proteção da biodiversidade. Diante desse cenáriode acontecimentos relevantes, surge esta obra, uma valiosa contribuiçãodo Icraf e da Embrapa, para a pesquisa agroflorestal e para a consequenteexpansão da adoção agroflorestal na Amazônia.

Alternativa Agroflorestal na Amazônia em Transformação é uma coletâneade artigos revisados, que além de ilustrar as dimensões do conhecimentocientífico relacionado aos processos de transformação por que passa aregião Amazônica – e as oportunidades e desafios para uma crescenteaplicação dos resultados da pesquisa agroflorestal – proporciona uma sólidabase que reflete a prioridade que vem sendo atribuída pelo Icraf e pelaEmbrapa, no âmbito do Consórcio Iniciativa Amazônica, para o estabeleci-mento de novas alianças na pesquisa e no desenvolvimento agroflorestaldessa região.

Os 40 capítulos das cinco partes desta obra representam muito bemo esforço de quase uma centena de autores em apresentar a complexidadede contextos para os quais a alternativa agroflorestal já pode ser tratadacomo realidade. A dedicação e o trabalho sério desses pesquisadoresresultou num produto que por muito tempo servirá como referência naliteratura sobre sistemas de uso da terra na Amazônia.

Dennis Garrity

Diretor-Geral do Icraf

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Sumário

Parte 1

Amazônia em transformação e a alternativa agroflorestal ............31

Capítulo 1

Expectativas e desafios para a adoção da alternativaagroflorestal na Amazônia em transformação .......................................... 33

Capítulo 2

Degradação humana, econômica, política e social da Amazônia ......... 53

Capítulo 3

Biologismos, geografismos e dualismos:notas para uma leitura crítica de esquemas interpretativosda Amazônia que dominam a vida intelectual ......................................... 65

Capítulo 4

Agroforestería para paisajes productivosy sostenibles frente al cambio global ........................................................ 123

Capítulo 5

Degradação dos recursos naturais na AmazôniaBrasileira: implicações para o uso de sistemas agroflorestais .............. 161

Capítulo 6

Sistemas agroflorestais na Amazônia: avaliação dos principaisavanços e dificuldades em uma trajetória de duas décadas ................. 171

Capítulo 7

Agroforesteria: investigación y desarrollo en la Amazoníaecuatoriana, una reseña .............................................................................. 219

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Parte 2

Processos de degradação na Amazônia

em transformação .................................................................................... 241

Capítulo 1

La degradación ambiental en la Amazonía ecuatoriana ........................ 243

Capítulo 2

Degradación en la Guayana venezolana: situación y alternativas ...... 261

Capítulo 3

Pérdida del suelo por erosión hídrica pluvialen ultisoles del piedemonte amazónico, Caquetá, Colombia ............... 281

Capítulo 4

Estradas e suas relações socioambientais ............................................... 293

Capítulo 5

Migración, carreteras y la dinámica de la deforestaciónen Ucayali ..................................................................................................... 313

Capítulo 6

La erosión eólica y las cortinas rompevientosen Santa Cruz, Bolívia ................................................................................ 325

Capítulo 7

Procesos de degradación de recursos naturales en Suriname:estudio de caso del pueblo de amerindios “Powakka” .......................... 333

Capítulo 8

Reabilitação de áreas degradadas nas regiõesamazônicas do Brasil e do Peru: revisão de iniciativasprodutivas e lições aprendidas .................................................................. 349

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Parte 3

Critérios e perspectivas a observar para

a adoção, monitoramento e avaliação de SAFs ............................... 379

Capítulo 1

Efetividade do mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL)no contexto das atividades agroflorestais no Brasil:uma análise crítica ....................................................................................... 381

Capítulo 2

Serviços ambientais e adoção de sistemasagroflorestais na Amazônia: elementos metodológicos paraanálises econômicas integradas ................................................................. 411

Capítulo 3

Indicadores para serviços ambientais em sistemas agroflorestais:um estudo de caso no nordeste paraense ................................................ 435

Capítulo 4

Interações biofísicas em sistemas agroflorestais .................................... 453

Capítulo 5

Processos hidrológicos e biogeoquímicos em baciashidrográficas sob usos agrícola e agroflorestalna Amazônia Brasileira ............................................................................... 477

Capítulo 6

Criterios para la evaluación y monitoreode la calidad del suelo en sistemas agroforestales .................................. 501

Capítulo 7

Manejo y desarrollo de germoplasma parala agroforestería en los tropicos: una orientación .................................. 517

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Capítulo 8

Construindo a complexidade: o encontrode paradigmas agroflorestais ...................................................................... 537

Capítulo 9

Agroforestería en los trópicos: aportes paraun enfoque integral entre lo biofísico y lo sociocultural ....................... 559

Parte 4

Contextualização da adoção

diversificada de SAFs na Amazônia .................................................... 571

Capítulo 1

Rehabilitación de suelos degradados y reorientaciónde uso en agroforestaria: estudio de caso Caquetá, Colombia ............. 573

Capítulo 2

Sistema agroforestales pecuarios: alternativas parala utilización del área intervenida de la Amazonía colombiana .......... 593

Capítulo 3

Sistemas agroforestales ecológicos de comunidadescampesinas de la región norte amazónica de Bolivia ............................ 603

Capítulo 4

Cultivo de pijuayo para palmito como alternativapara el desarrollo sostenible de San Martín,Amazonía peruana ...................................................................................... 615

Capítulo 5

Aprovechamiento de bolaina blanca en sistemasagroforestales en las ribeiras del Rio Aguaytia,Ucayali, Perú ................................................................................................ 633

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Capítulo 6

Limites e oportunidades para a adoção de sistemasagroflorestais pelos agricultores familiares da microrregiãoBragantina, PA ............................................................................................. 645

Capítulo 7

Sistemas agroflorestais como alternativa à degradaçãode recursos naturais: o caso da associação dos produtoresalternativos (APA), Ouro Preto D’Oeste, RO ....................................... 671

Capítulo 8

Melhoria na sustentabilidade social e ambiental de proprietáriosrurais na região do Apiaú, RR ................................................................... 681

Capítulo 9

Uma breve história de desenvolvimento agroflorestal nikkei naAmazônia: o caso da colônia de Tomé-Açu, PA .................................... 691

Capítulo 10

Uso de resíduos da indústria madeireira no solo comoalternativa de melhoramento das condições ambientais emum sistema agroflorestal para reflorestamento, Tailândia, PA ............. 705

Parte 5

Processos e abordagens participativas

na pesquisa agroflorestal ....................................................................... 717

Capítulo 1

Evaluación participativa de técnicas de rehabilitaciónde tierras degradadas en tres sectores de la región Ucayali .................. 719

Capítulo 2

Relações de gênero em sistemas agroflorestais:o caso da microrregião Bragantina, PA .................................................... 731

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Capítulo 3

Conservação e uso sustentável da biodiversidadedas florestas de fronteira do noroeste do Mato Grosso:uma experiência em monitoramento, avaliaçãoe sistematização de sistemas agroflorestais ............................................. 745

Capítulo 4

Agroecologia como elemento integrador de atividadeseducativas e produtivas junto ao grupo de agricultoresecológicos do Humaitá ............................................................................... 767

Capítulo 5

Pesquisa participativa para recuperaçãoda produtividade de sistemas agroflorestais na AmazôniaOcidental: o caso do Projeto Reca, Nova Califórnia, RO ................... 781

Capítulo 6

Melhoramento participativo de espéciesagroflorestais: uma proposta para a pupunheira(Bactris gasipaes) para a produção de fruto ............................................... 805

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