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IETEC – Instituto de Educação Tecnológica A arte de conhecer e conduzir os diferentes personagens da equipe do projeto. Artigo técnico Autor: Raquel Cristine de Souza Belo Horizonte, fevereiro / 2008

A arte de conhecer e conduzir os diferentes

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IETEC – Instituto de Educação Tecnológica

A arte de conhecer e conduzir os diferentes

personagens da equipe do projeto.

Artigo técnico

Autor: Raquel Cristine de Souza

Belo Horizonte, fevereiro / 2008

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1 Título

A arte de conhecer e conduzir os diferentes personagens da equipe do projeto.

2 Nome do autor

Raquel Cristine de Souza.

3 Informações sobre o autor

Graduada em Superior em Processamento de dados e Pós-graduada em

Comércio eletrônico e internet, com experiência profissional em direção de arte e

projetos para internet.

4 Resumo

Este trabalho tem como objetivo tratar das relações

interpessoais e divergências em um trabalho de equipe. Para isto, o artigo

pretende diferenciar os conceitos de grupo e equipe, destacar os requisitos para o

bom funcionamento de um projeto e apresentar soluções para o alto

desempenho dos profissionais envolvidos. Para a plena vivência desses

conceitos, serão apresentados parâmetros de comportamento visando identificar

os membros de uma equipe.

5 Palavras-Chave

Equipe; Desempenho ; Comportamento Humano; Conflitos; Competências

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6 Introdução

Não nascemos para ser só. Durante toda a nossa vida estaremos vinculados ao

outros bons resultados não surgem apenas da ação individual. Na maioria das

vezes, é necessária a interação entre os sujeitos e o intercâmbio do

conhecimento para que possamos construir algo, seja em nosso trabalho, seja em

nossas relações pessoais.

No que se refere ao nosso trabalho, percebe-se claramente a importância de um

trabalho em equipe, onde cada um, mediante sua especialidade, contribui para o

todo. Isto só é possível através da comunicação, cooperação e colaboração.

Fatores determinantes para o sucesso do trabalho.

Conviver com diferentes pessoas, opiniões e conceitos é o grande desafio para

uma equipe. Ignorar o conhecimento alheio é criar situações problemáticas, na

maioria das vezes capazes de comprometer todo um trabalho. Isto significa, em

curto prazo, em perdas diversas, seja na qualidade dos projetos, seja nos custos

para as empresas. Saber lidar com a diversidade humana exige, portanto, normas

e argumentações.

O desenvolvimento de projetos exige, como pré-requisito, a eficiência da equipe.

Exige que partamos do individualismo para ações cooperativistas, da

fragmentação para o conjunto. Nesta perspectiva, é importante para o gestor de

projetos conhecer os diferentes estilos e personalidades dos integrantes de sua

equipe e, principalmente, saber como gerenciar conflitos. O resultado desta

dinâmica é o alto desempenho dos profissionais envolvidos, em prol de um

objetivo em comum.

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7 Trabalho em equipe de entendimento

7.1 Transformando grupos em equipe

As habilidades técnicas individuais são, a priori, os requisitos básicos para a

composição de uma equipe de projetos. Entretanto, nem sempre essa união de

pessoas compartilha entre si a mesma visão das necessidades do projeto como

um todo.

O conflito de opiniões é gerado pelo tipo de comportamento apresentado por cada

integrante do projeto. A evolução de um grupo de pessoas reunidas para alcançar

um objetivo em equipe vem sendo amadurecida nas organizações. Uma equipe

integrada possui melhor entendimento nas tomadas de decisões e necessidades

do projeto, tendo em vista que as características pessoais não podem interferir no

resultado do trabalho em conjunto.

Segundo Moscovici (1994:5), “um grupo transforma-se em equipe quando passa a

prestar atenção à sua própria forma de operar e procura resolver os problemas

que afetam o seu funcionamento”. Um grupo que se desenvolve como equipe

necessariamente incorpora à sua dinâmica as habilidades de diagnose e de

resolução de problemas.

Este grupo de pessoas, após um processo de evolução e aprendizagem, passa a

trabalhar em equipe que, de acordo com Katzenbach (2000:16), é caracterizado

por “um pequeno número de pessoas com habilidades complementares,

comprometidas com o mesmo objetivo, as mesmas metas de desempenho e a

mesma abordagem, pelos quais elas se consideram mutuamente responsáveis”.

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7.2 Requisitos para o bom funcionamento da equipe

Administrar os conflitos gerados pelas relações interpessoais de idéias, valores e

sentimentos divergentes é um processo de interação e integração entre as partes.

Para alcançar uma sinergia entre a equipe do projeto, existem alguns requisitos

para o bom funcionamento da mesma.

Todos da equipe devem ter uma idéia clara do propósito do projeto e das

condições de trabalho para alcançá-lo. Buscar a boa convivência com os traços e

valores de cada um, através de um comportamento ético, resultará no

aprendizado conjunto e no compartilhamento de tarefas e responsabilidades.

Faz-se necessário manter o entusiasmo e confiança de todos, saber negociar e

fazer concessões com flexibilidade e comunicação aberta.

7.3 Atributos das equipes de alto desempenho

Através de atitudes pró-ativas e imparciais, o gerente de projetos deve buscar

características essenciais para manter o alto desempenho da equipe.

Para alcançar este objetivo, os integrantes devem se comprometer participando e

interagindo ativamente dentro de um clima aberto e confiável. Assumindo a

responsabilidade, apoiando os objetivos do resultado e mantendo o foco para

alcançar as expectativas do projeto.

Manter um canal de comunicação de emissor a receptor, alternando os papéis de

falante e ouvinte. Agindo rapidamente sobre os problemas e oportunidades.

Usando idéias e talentos para beneficiar toda a equipe.

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7.4 Parâmetros de comportamento

Considerando que cada pessoa tem uma visão de sucesso diferente do outro, a

gerência das atitudes e comportamentos de cada membro visa a um alto

desempenho da equipe, em prol de um objetivo comum.

A importância de identificar os diferentes parâmetros de comportamento busca

diminuir a influência direta ou indireta no resultado final de projeto.

Pensando nas necessidades dos envolvidos, veja como identificar as principais

formas de comportamento no projeto:

• O Tímido - é aquele membro que faz seu trabalho, mas não quer aparecer

ou expressar sua opinião abertamente. Não se sente à vontade

participando e dando sua opinião. Não contribui da forma que poderia, pois

tem medo de exposição e críticas.

• O Inseguro - vê o projeto como uma mudança e não sabe se adaptar à

nova situação. Tem medo de perder poder ou autoridade com o projeto.

Mostra desinteresse pelas atividades e fica alienado à equipe. Expressam

(direta ou indiretamente) uma visão negativa em relação ao produto do

projeto e passa grande parte do tempo criticando tudo e todos.

• O Bonzão - se considera a estrela do projeto, superior a todos, e acredita

que processos e metodologia valem para os outros, mas não para ele.

Mesmo que apóie o projeto, gera atritos na equipe porque quer ser sempre

o centro das atenções. É um fator de desagregação da equipe que gera

insatisfação e stress.

• O Trágico - é aquele profissional que para ele nada vai dar certo e o projeto

vai certamente afundar. Sua máxima é “aonde há fumaça, há fogo”. Para

ele, os problemas não são naturais de um projeto, e sim, o primeiro sinal

do fracasso. Este comportamento pode contaminar a equipe

negativamente.

• O Falso - finge apoiar o projeto e as idéias das pessoas, mas seus

interesses são outros. Faz de tudo para minar as atividades sem se expor.

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A falsidade pode ser aplicada com pessoas, atividades ou o projeto em si

(disfarçando seu desejo pelo fracasso)

• O Aliado - gosta do projeto, segue a metodologia e apóia os objetivos do

mesmo. É o tipo de pessoa em quem você pode confiar. Possui um

diferencial claro: entregar resultados ao invés de ficar só na conversa ou

dando desculpas. Deve ser usado para contaminar positivamente o resto

da equipe.

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8 Conclusões

Todas as técnicas e regras descritas para as relações interpessoais só serão

alcançadas se as pessoas envolvidas com o projeto estiverem propensas a

participar e a compartilhar. Muitas das vezes, as pessoas tratam os projetos

institucionais como o “meu projeto”, e fazem dele um filho onde querem

propriedade e não querem dividir. A equipe deve abrir a mente, e separar as

atividades profissionais do pessoal. Tratar os conflitos, como uma divergência

construtiva de opiniões em prol de um objetivo comum e não como ofensa

pessoal. Adotando, assim, uma nova postura. O trabalho em equipe exige

tolerância e paciência dos integrantes. Somar esforços não basta. É preciso

integrá-los.

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9 Bibliografia

1. CHIAVENATO, IDALBERTO. Gestão de pessoas: e o novo papel dos

Recursos humanos nas organizações. – Rio de Janeiro – Campus, 2005

– 2ª Tiragem.

2. (Guia PMBOK) Um Guia do Conjunto de conhecimentos em

Gerenciamento de Projetos – PMI, Four campus Boulevard, Newtown

Square, PA –EUA – Terceira Edição, 2004

3. José, Luiz Henrique de Paiva (2007) - Lidando com personagens de

projeto – Acedido em 03/02/2008, em URL:

http://ogerente.com/stakeholder/2007/11/07/lidando-com-personagens-de-

projetos/

4. Macêdo, I.I Rodrigues, D.F Johann, M.E.P Cunha, N.M.M. Aspectos

comportamentais da gestão de pessoas. – Rio de Janeiro – FGV,2006 –

7ª Edição

5. Moscovici, Fela. Equipes que dão Certo – A multiplicação do talento

humano – Rio de Janeiro – José Olympio, 1998 - 4ª Edição

6. Rocha-Pinto, S.R. Pereira, C. de S. Coutinho, M.T.C. Johann, S.L –

Dimensões funcionais da gestão de pessoas – Rio de Janeiro – FGV,

2006 - 7ª Edição