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INSTITUTO HAHNEMANNIANO DO BRASIL Curso de Pós-Graduação em Homeopatia Área de Concentração: Farmácia MONOGRAFIA A Atuação da Homeopatia no Tratamento da Tuberculose Heloá Lima Ferreira da Cruz Rio de Janeiro 2011

A Atuação da Homeopatia no Tratamento da Tuberculose · MONOGRAFIA . A Atuação da Homeopatia no Tratamento da ... pensavase que estivesse sobre controle ... No Brasil os primeiros

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INSTITUTO HAHNEMANNIANO DO BRASIL

Curso de Pós-Graduação em Homeopatia

Área de Concentração: Farmácia

MONOGRAFIA

A Atuação da Homeopatia no Tratamento da Tuberculose

Heloá Lima Ferreira da Cruz

Rio de Janeiro 2011

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INSTITUTO HAHNEMANNIANO DO BRASIL

Curso de Pós-Graduação em Homeopatia

Área de Concentração: Farmácia

A Atuação da Homeopatia no Tratamento da Tuberculose

Heloá Lima Ferreira da Cruz

Sob a Orientação do Professor

Ilídeo Afonso

Rio de Janeiro, RJ

Abril 2011

Monografia submetida como requisito parcial para obtenção do certificado de conclusão do curso de formação de especialista em Homeopatia – área de Farmácia

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INSTITUTO HAHNEMANNIANO DO BRASIL

Curso de Pós-Graduação em Homeopatia

Área de Concentração: Farmácia

A Atuação da Homeopatia no Tratamento da Tuberculose

Heloá Lima Ferreira da Cruz

MONOGRAFIA APROVADA EM -----/-----/------

Ilidio Afonso

Carmem Afonso

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho de conclusão da graduação aos meus pais, irmãos, familiares, namorado e amigos que de muitas formas me incentivaram e ajudaram para que fosse possível a concretização deste trabalho.

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AGRADECIMENTOS

A todas as pessoas que contribuiram para a reflexão e realização deste trabalho, especialmente: Rose Lima, Dalmo Ferreira, Allan Lima, Wesley Lima, Rodrigo Romcy, Francesco, Rodrigo Pereira, Antônio Martins, Ilídio Afonso pela paciência E aos amigos e amigas do curso.

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RESUMO

Palavras chave: tuberculose, homeopatia, tratamento

A tuberculose é uma doença que tempos atrás, pensava-se que estivesse sobre controle, porém sabe-se que nos países em desenvolvimento dentre eles o Brasil, a doença já está sendo classificada como “doença emergente''. As causas mais prováveis são a miséria, a pobreza crescente da população, a associação da doença com a AIDS e abandono do tratamento. O agente causador é o bacilo Mycobacterium tuberculosis,o órgão mais afetado é o pulmão. O tratamento alopático é realizado através dos esquemas que podem durar seis meses ou mais dependendo do paciente e histórico com a doença. Exatamente neste momento que a homeopatia atua agindo como coadjuvante, amenizando os efeitos colaterais do tratamento alopático,diminuindo os sintomas causados pela doença e em alguns casos auxiliando na cura juntamente com os antibióticos.

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ABSTRACT

Tuberculosis is a disease that long ago, it was thought he was about control, but it is known that in developing countries including Brazil, the disease is already classified as "emerging disease”. The most likely causes are poverty, the association between the disease and AIDS and abandonment of the treatment. The causative agent is Mycobacterium Tuberculosis and the most affected organ is the lung. The allopathic treatment is achieved through schemes that can last six months or more depending on the patient and history with the disease. Exactly at this moment that homeopathy works by acting as an adjuvant, thereby relieving the side effects of allopathic treatment, reducing the symptoms caused by disease and in some cases aiding in the healing along with antibiotics.

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LISTA DE ABREVIATURAS

AIDS síndrome da imunodeficiência adquirida BCG bacilo Calmette e Guérin BK bacilo de Koch CH centesimal Hahnemanniana DNA ácido desoxirribonucléico HIV vírus da imunodeficiência humana OMS Organização mundial de saúde RJ Rio de Janeiro RNA ácido ribonucléico SES secretaria de estado da saúde SUS sistema único de saúde TMBR tuberculose mulrirresistente

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SUMÁRIO

I- INTRODUÇÃO …....................................................................................................01 II- OBJETIVO...............................................................................................................02

III-REVISÃO DE LITERATURA

3.1- Tuberculose no Brasil...........................................................................................03 3.2- Etiologia, Transmissão e Patogênese....................................................................04 3.2.1- Transmissão.......................................................................................................04 3.2.2- Patogênese..........................................................................................................05 3.3- Diagnóstico...........................................................................................................06 3.4- Tratamento............................................................................................................06 3.5- Antibióticos utilizados no tratamento...................................................................07

IV- HOMEOPATIA

4.1- Surgimento da Homeopatia...................................................................................09 4.2- Homeopatia noBrasil.............................................................................................10 4.3- Tuberculose na Homeopatia..................................................................................11

V- CONCLUSÃO …..................................................................................................15

VI - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................16

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I. INTRODUÇÃO

A tuberculose é uma das mais antigas doenças que atinge o homem

desde tempos remotos. Relatos encontrados na Grécia e Roma antiga já

apontavam para a existência desta patogenia e, mas recentemente, lesões

encontradas em múmias egípcias indicam a provável existência da tuberculose

nesta civilização (SOUZA; 2005). Entre o século XIX e XX a doença era comum

entre intelectuais e artistas sendo relacionada a um estilo de vida boêmio

(HIJJAR et al., 2007).

Atualmente a tuberculose no Brasil e no mundo continua sendo um

grave problema de saúde pública.

O Brasil ocupa o 13° lugar no ranking dos 22 países em

desenvolvimento. Existe cerca de 80 milhões de pessoas infectadas pelo bacilo

mais que não desenvolveram a doença. Anualmente surgem aproximadamente

80.000 casos novos, sendo o Rio de Janeiro o estado com maior incidência

(SOUZA; 2005).

Alguns fatores contribuem para aparecimento de novos casos, dentre

eles: o aparecimento de cepas resistentes, falha no esclarecimento sobre a

doença nas classes sociais mais desfavorecidas, crescimento desordenado

populacional e aglomeração de indivíduos em ambientes ou nichos deficientes

em condições sanitárias, gestão dos programas de saúde governamentais

ineficientes, inadequados ou mal aplicados à população alvo (Netto Antônio,

2002).

A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa causada por uma

micobactéria álcool ácido resistente, que não colore por Gram (Gram negativa),

de crescimento aeróbico, denominado Mycobacterium tuberculosis e também

chamado de bacilo de Koch (BK). O contágio ocorre por inalação do bacilo

através do ar. Como sua transmissão é essencialmente por via aérea, o

aparelho respiratório se torna o alvo principal para o seu desenvolvimento,

embora outros órgãos também possam ser atingidos.

Recentemente a tuberculose foi classificada como doença emergente

nos países desenvolvidos. No Brasil ela é um problema de saúde endêmico já

que a ocorrência de casos se mantém constantemente elevada (PIGNATTI

MARTA, 2003).

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A AIDS (Síndrome de Imunodeficiência Adquirida) juntamente com o

aparecimento de cepas do bacilo de Kock resistente a classes diferentes de

fármacos (bacilos multirresistentes) contribuiu para elevação da gravidade da

doença.

A OMS (Organização Mundial de Saúde) condena o uso da homeopatia

para o tratamento de algumas doenças infecciosas dentre elas a tuberculose,

diarréia infantil, Aids, influenza e malária. Segundo o informe, ainda não há

dados suficientes e comprovados se a terapêutica é realmente eficaz nessas

patologias (http://news.bbc.co.uk/2/hi/health/8211925.stm).

II Objetivo

O presente estudo tem por objetivo levantar os tratamentos atuais

aplicáveis à tuberculose, incluindo uma revisão bibliográfica sobre os

esquemas de tratamento aplicados pelo sistema de saúde no Brasil e a

possível contribuição da terapia homeopática como suporte para melhor

adesão do paciente ao esquema terapêutico.

As variáveis abordadas no texto são: a evolução da tuberculose no

Brasil e no mundo, etiologia, transmissão, patogênese, surgimento e evolução

da homeopatia e tratamento da tuberculose com auxílio da homeopatia.

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III. Revisão Bibliográfica 3.1 Tuberculose no Brasil

Diferente de países desenvolvidos do continente Europeu ou Norte-

americano, onde a tuberculose é considerada uma doença recorrente devido

ao aumento dos casos de AIDS, em países em desenvolvimento do terceiro

mundo, inclusive o Brasil, a doença nunca deixou de ser um problema de

saúde, apresentando áreas endêmicas espalhadas ao longo do território

(PIGNATTI MARTA, 2003).

No Brasil os primeiros grupos formados interessados na cura da

tuberculose eram movidos unicamente por princípios de solidariedade, sem

participação do setor público. Em 1899 foi criado a Liga Brasileira Contra a

Tuberculose e a Liga Paulista Contra a Tuberculose cujo foco principal era a

prevenção e o tratamento. Em 1907 ocorreu à primeira tentativa de

envolvimento do poder público proposta por Oswaldo Cruz, Diretor Geral da

Saúde Pública que propôs a implantação de medidas profiláticas no

Regulamento Sanitário. Em 1927 dava-se início à vacinação anti-TB com a

vacina BCG desenvolvida por Arlindo de Assis. Manoel de Abreu em 1936

finalizou suas pesquisas sobre um novo método de diagnóstico radiográfico

miniaturizado de tórax que inicialmente foi denominado fotofluografia,

radiotografia e posteriormente abreugrafia, com essa descoberta foi possível

buscar doentes entre os aparentemente sadios.

Na década de 40 surgiu o Serviço Nacional de Tuberculose e a

Campanha Nacional Contra a Tuberculose, porém foi na década de 60 que

medidas marcantes foram tomadas, como a obrigatoriedade da vacinação

BCG, a inclusão da tuberculose como doença de notificação compulsória e o

tratamento diagnóstico e prevenção totalmente gratuitos para a população

(HIJJAR et al., 2007).

Na década de 1970 o índice de casos da doença começa a declinar,

ressurgindo novamente em 1985 devido a alguns fatores como a migração e a

pandemia de AIDS. Os pacientes contaminados com o bacilo de Kock e que

adquiriam o vírus da imunodeficiência humana (HIV) passaram a adoecer muito

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mais rápido pela tuberculose. Ainda hoje a AIDS contribuí para o aumento de

casos de tuberculose, inclusive nos países onde os índices de tuberculoses já

não eram mais preocupantes. (OLIVEIRA et al.,2004).

Segundo a OMS o Brasil continua entre os 22 países com maior número

de casos de tuberculose, sendo o Rio de Janeiro o estado com maior

incidência da doença (SOUZA; VASCONCELOS, 2005).

3.2. Etiologia, transmissão e Patogênese

O agente etiológico da tuberculose pertence ao gênero Mycobacterium

(do grego: fungos) que contém mais de 50 espécies sendo que 22 podem

causar doença no homem. Destacam-se incluídas no complexo Mycobacterium

tuberculosis (M. Tuberculosis, M.bovis, M. africanum) e o M. leprae capazes de

causar danos ao homem. O termo tuberculose deve ser reservado para

designar a doença causada pelo M.tuberculosis (tuberculose humana), M bovis

(bovina) e M. aviarium (aviária), enquanto as outras micobáctérias causam

doenças conhecidas como micobacterioses (ABRAHÂO; 1999).

3.2.1. Transmissão

A transmissão do Mycobacterium tuberculosis é totalmente exógena, a

probabilidade de ser infectado pelo bacilo depende do número de aerossóis

infecciosos por volume de ar (densidade de partículas infecciosas) e do tempo

de exposição de um indivíduo neste ambiente (MANUAL TÉCNICO PARA

CONTROLE DE TUBERCULOSE; 2002).

A tuberculose pode atingir todos os órgãos mas como o bacilo se

desenvolve e se reproduz em regiões do corpo com muito oxigênio, o pulmão

se torna o órgão principal. O espirro ou a tosse de um indivíduo infectado joga

no ar cerca de dois milhões de bacilos que permanecem em suspensão

(SOUZA; 2005).

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3.2.2. Patogênese

A tuberculose é dividida em primária (primo infecção) que ocorre em

indivíduos que nunca tiveram contato com o bacilo sendo mais comum em

crianças e secundária que se desenvolve a partir da reativação de bacilos

latentes (reinfecção endógena) ou de uma reinfecção exógena (nova infecção).

Quando uma pessoa inala os aerossóis contendo bacilos, muitos deles ficam

no trato respiratório superior onde não ocorre a infecção, porém quando eles

conseguem atingir os alvéolos a infecção pode ser iniciada

(BRUNTON et al 2006). Quando o Mycobacterium chega aos alvéolos inicia-se

um processo inflamatório mediado por neutrófilos

poliformonucleares/macrófagos alveolares e a formação de um nódulo

exsudativo.

Se o mecanismo defesa não conseguir conter o bacilo a

tuberculoproteína e a fração lipídica do bacilo irão se combinar com os

receptores Fc dos macrófagos, tornando-os ativados e capazes de apresentar

os antígenos do microorganismo aos linfócitos T no tecido linfóide associado

aos brônquios. Nestes, os macrófagos secretam três citocinas: quimiotáxicas,

interferon e fator de crescimento dos fibroblastos, constituindo uma reação de

hipersensibilidade.

Os macrófagos após serem ativados retornam aos alvéolos, aglomeram-

se ao redor dos bacilos, tornando-se células epitelóides, onde os clones de

células T formam um manguito periférico ao redor destas. Quando a função

fagocítica termina as células epiteliais se juntam originando as células gigantes

multinucleadas. Essa reação produtiva constituiu o granuloma, cuja função

essencial é a de barreira à disseminação do bacilo para outros locais do tecido

normal. Ao conjunto de granuloma formado é dado o nome de nódulo de Ghon.

Ao conjunto linfangite, nódulo de Ghon e linfadenite dá-se o nome de complexo

primário da tuberculose que dependendo do número de bacilos e da virulência

e do grau de hipersensibilidade e resistência do hospedeiro pode evoluir ou

para doença ou para a cura (BOMBARDA et al.,2001).

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3.3 Diagnóstico

Para que ocorra uma confirmação de um novo caso de tuberculose, o

paciente deve passar por alguns exames. Assim como em qualquer outra

doença, a suspeita se dá através de um quadro clínico característico como:

tosse seca contínua apresentando posteriormente secreção com duração de

mais de quatro semanas, febre baixa, sudorese noturna, cansaço excessivo,

palidez, falta de apetite e palidez (CAMPOS; 2006). Os outros exames se

subdividem em:

• Bacteriológico - exame microscópico direto do escarro e cultura que

permite identificar o bacilo como Mycobacterium tuberculosis.

• Radiológico - auxiliar no diagnóstico da tuberculose.

• Prova tuberculina- indica se o organismo foi infectado pelo bacilo

• Exame histopatológico - permite identificar as lesões teciduais

originadas pelo bacilo, porém como essas lesões podem ser observadas

em outras doenças para ser classificada como tuberculose o bacilo deve

estar no interior delas.

• Hemocultura - indicada em pacientes com AIDS ou portadores do HIV

em que ocorra suspeita de doença micobacteriana disseminada.

• Sorológicos - Detecção de anticorpos produzidos pelo organismo, contra

os componentes do Mycobacterium tuberculosis.

3.4. Tratamento

O tratamento dos bacilíferos é a prioridade no controle da tuberculose

porque elimina a fonte de infecção. O tratamento da doença é desenvolvido

sob um regime ambulatorial, a associação adequada dos medicamentos, doses

corretas, uso por tempo certo e supervisão da correta administração dos

medicamentos são meios para evitar a persistência bacteriana e o

desenvolvimento da resistência às drogas, obtendo a cura do indivíduo

(PLANO NACIONAL DE CONTROLE DE TUBERCULOSE, 2000).

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Desde 1979 o Ministério da Saúde padronizou esquema de tratamento.

Esquema I – Indicado para indivíduos que nunca se submeteram à

quimioterapia antituberculosa, ou a fizeram por 30 dias. A duração do

tratamento é por 6 meses divididos em: dois meses (fase 1) onde são

administrados a rifampicina, isoniazida e pirazinamida e quatro meses ( fase 2)

onde é administrado a rifampicina e isoniazida.

Esquema IR (reforço) – Indicado na recidiva após a cura com esquema I

e retorno após abandono do esquema I, com 6 meses de duração, na fase 1 é

administrada a rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol e na fase 2,

rifampicina, izoniazida e etambutol.

Esquema II – Utilizado na falência do esquema I e IR, neste esquema o

tratamento é mais prolongado em relação aos outros esquemas a duração é de

um ano, divididos em duas fases também. Na primeira os medicamentos

administrados são estreptomicina, pirazinamida, etambutol, etionamida e na

segunda fase etambutol e etionamida.

Quando portadores de tuberculose que fizeram o esquema II não

obtiverem sucesso são chamados de portadores de tuberculose

multirresistente (TBMR), será indicado neste caso esquemas mais adequado

de drogas alternativas, sendo indispensável o teste de sensibilidade (Guia de

vigilância epidemiológica FUNASA, 2002).

3.5. Antibióticos utilizados no tratamento da tuberculose

Isoniazida (H) – é considerado o fármaco primário para o tratamento da

tuberculose, possuindo atividade bactericida para os microrganismos em rápida

divisão e bacteriostática para bacilos em repouso. A isoniazida possuí um

mecanismo de ação complexo, ela é rapidamente absorvida, a concentração

plasmática máxima é atingida dentro de 1- 2 horas após a ingestão oral. A

excreção ocorre em 24h em forma de metabólitos. Para a profilaxia da

tuberculose ele é utilizado isoladamente, mas para o tratamento o fármaco

deve ser administrado concomitantemente com outros fármacos. A dose diária

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administrada é de 5 MG/kg, com máximo de 300mg podendo ser oral ou

parenteral. Os efeitos adversos encontrados são: exantema, febre, icterícia e

neurite periférica.

Rifampicina (R) – antibiótico macrocíclico complexo, inibe o

crescimento da maioria das bactérias gram-positivas e alguns microrganismos

gram- negativos. Ele possuí como mecanismo de ação a inibição do RNA

polimerase dependente do DNA das micobactérias e de outros microrganismos

através da formação de um complexo fármaco-enzima estável. A concentração

máxima é atingida dentro de 2-4h. A excreção de 30% de uma dose ocorre

pela urina e 60-65% nas fezes. A rifampicina é bem tolerada, os casos de

efeitos adversos ocorrem em menos de 4% nos pacientes, as mais comuns

são: exantema, febre, náuseas e vômitos.

Pirazinamida (Z) - exerce atividade bactericida, o alvo parece ser o

gene do ácido graxo sintetase I micobacteriano envolvido na biossíntese do

ácido micólico. A pirazinamida é absorvida pelo trato gastrointestinal e é

excretada por filtração glomerular renal. Sua apresentação é em comprimidos

para administração oral, a quantidade máxima ingerida independente do peso

corporal por dia é de no máximo 2g/dia. Os efeitos adversos são: lesão

hepática, artralagias,anorexias, náuseas e vômitos.

Etambutol (E) - Exerce atividade suprimindo o crescimento da maioria

dos bacilos da tuberculose resistentes à isoniazida e à estreptomicina. As

concentrações plasmáticas são atingidas dentro de 2-4h após administração,

75% da dose é excretado de forma inalterada pela urina e 15% em forma de

dois metabólitos. O efeito colateral mais importante é neurite óptica devido este

fato não se recomenda etambutol para crianças menores de 5 anos.

Estreptomicina (S) - Foi o primeiro fármaco eficaz contra o bacilo da

tuberculose, antigamente era administrado em grandes doses, porém os efeitos

da toxicidade e o desenvolvimento da microrganismos resistentes limitaram seu

uso, hoje ela é a menos utilizada na terapia da tuberculose. Sua ação é

essencialmente supressora.

Etionamida (ET) - é um agente secundário a ser utilizado junto com

outros fármacos quando a terapia com agentes de primeira linha não surtir

efeito desejado

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IV.HOMEOPATIA 4.1. Surgimento da Homeopatia

A homeopatia foi fundamentada em 1796, pelo médico alemão Christian

Frederich Samuel Hahnemann (TEIXEIRA MARCUS; 2006) .

Em 1790 durante a tradução da Matéria Médica de William Cullen,

Hahnemann ficou intrigado com as explicações sobre o efeito da quina,

realizou a experimentação em si mesmo, observando as manifestações

semelhantes aos pacientes com malária. Concluiu que a quina era utilizada no

tratamento da malária porque produzia os mesmos sintomas em pessoas

saudáveis. Animado com o resultado, através de suas evidências

experimentais e na filosofia Hipocrática (Similia Similibus Lei dos semelhantes,

dizia que a doença poderia ser tratada pela aplicação de medidas semelhantes

à doença) Hahnemann idealizou uma nova forma de tratamento, embasada na

cura pelos semelhantes (CORREA A.D. 1997).

O termo homeopatia vem do grego homois, semelhante + pathos,

doença desenvolvida por Hahnemann em 1800.

A terapêutica homeopática se diferencia de outros sistemas

terapêuticos (alopatia) no tipo e na preparação terapêutica utilizada e no

raciocínio clínico. O sistema médico homeopático segue os mesmos

conhecimentos anatômicos e fisiológicos aplicados em biomedicina diferindo na

abordagem de ver o indivíduo como todo, o sistema terapêutico homeopático

preconiza a busca holística e integralizadora do paciente e do meio em que se

vive (sua realidade). Sendo compreendida que a doença não é a lesão mais

sim um desequilíbrio no todo que se manifesta de múltiplas formas

(MONTEIRO et al 2007).

Hanemann em 1796 publica o “Ensaio sobre um novo princípio para

descobrir as virtudes curativas das substâncias medicamentosas”, e nele

descreve os princípios da homeopatia que são:

• Lei dos semelhantes,

• Experimentação no homem são,

• Medicamento único,

• Doses mínimas.

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Esses pilares são imprescindíveis, para que entendamos a homeopatia,

como especialidade da saúde.

4.2. Homeopatia no Brasil

A Homeopatia chegou oficialmente no Brasil em 1840 através do médico

francês Benoit Mure, que na cidade do Rio de Janeiro fundou a primeira escola

para o ensino da homeopatia: o Instituto Homeopático Brasileiro. O primeiro

discípulo no Brasil foi o médico português João Vicente Martins que propagou a

homeopatia no norte e nordeste (MONTEIRO et al 2007).

Teve seu declínio iniciado no final da década de 20, provavelmente com

o advento da nova terapêutica química na medicina com o surgimento das

sulfas e dos antibióticos. Nos anos 60 já quase não se falava mais em

homeopatia, porém com a ocorrência de movimentos de constentação do

“status quo” a homeopatia foi beneficiada retornando novamente a ter prestígio

e notoriedade da população (MONTEIRO et al 2007).

Em 1986 a Conferência Nacional de saúde (CNS) aprovou a Introdução

de práticas alternativas de assistência de saúde no âmbito dos serviços de

saúde. Foram criadas também as portarias SES/RJ 012/91. Para disciplinar a

implantação e o funcionamento dos serviços de homeopatia nas unidades dos

SUS/ RJ e 3045/06 para criar a comissão de assistência Farmacêutica em

Homeopatia no âmbito da rede pública do Estado do RJ. Em 1980 a

homeopatia foi reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina como

especialidade médica, no ano de 2006 em maio o Ministério da saúde, criou a

Política nacional de práticas Integrativas e Complementares no sistema único

de Saúde (SUS), possibilitando um acesso maior da população aos recursos

da homeopatia (http://www.homeopathicum.com/novo/noticias_ler.asp?id ).

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4.3.Tuberculose e Homeopatia

Em 1990, Dr. Nilo Cairo descreveu a tuberculose como uma moléstia

dos pulmões, caracterizada por um enfraquecimento progressivo acompanhado

de tosse e escarros principalmente pela manhã. Em certas ocasiões há o

aparecimento de sangue outras vezes hemoptises, dores no peito, dispnéia,

falta de apetite, febres e suores noturnos, diarréia, emagrecimento e morte por

esgotamento podendo ser aguda ou crônica.

Em algumas terapêuticas ainda não há cura pela homeopatia que atua

com um papel de coadjuvante, adaptado às perturbações individuais do

paciente e aos sinais que apresentam, ou seja, a homeopatia é acrescentada

como terapêutica sintomática (VOISON; 1982).

Embora a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter declarado que a

homeopatia é o segundo mais importante sistema médico usado

internacionalmente, ela condenou o uso desta prática no tratamento de

doenças como: AIDS, tuberculose, diarréia infantil e malária. Segundo a OMS

já existem tratamentos cuja eficácia está amplamente demonstrada, já para

homeopatia ainda não há provas objetivas que tenha impacto positivo sobre

essas infecções.

Mesmo não sendo indicado o tratamento com o uso dos medicamentos

homeopáticos para cura da tuberculose, Goyal KK publicou em 2002 dois

casos de tuberculose pulmonar tratada com homeopatia (GOYAL KK; 2002).

O primeiro caso ocorreu com uma jovem de 21 anos. Em janeiro de

1996 este caso ficou conhecido como tuberculose multi- resistente, a cliente já

havia passado por tratamento contra tuberculose e meses depois a tuberculose

pulmonar foi novamente reativada sendo que neste momento foi gerada a

resistência contra os antibióticos rifampicina e isoniazida, sendo necessário o

tratamento com antibióticos de segunda geração. Após seis meses de

tratamento a baciloscopia direta foi altamente positiva para Mycobacterium

tuberculosis, foi neste momento que a paciente procurou a homeopatia. Além

dos sintomas causados pela tuberculose (febre, tosse, dor torácica e perda de

apetite), o prescritor, embasado pelas diretrizes do tratamento homeopático,

indicou o uso de Sépia 30-CH como medicamento de terreno ou constitucional.

Estes medicamentos seguem o princípio de similitude com o paciente e,

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segundo os preceitos homeopáticos, são responsáveis pelo reequilíbrio da

energia vital do paciente, não possuindo nenhuma correlação com os

parâmetros tradicionalmente aceitos pela medicina alopática. Algumas

consultas depois a paciente já apresentava sinais de melhora, o medicamento

foi mantido na mesma potência. Quando ela apresentou uma recaída a Sépia

foi ineficaz sendo prescrito Sépia 200CH e Enxofre 30CH para manter a

paciente em conforto. Nove meses após o início do tratamento homeopático a

paciente já havia ganhado 3 kg a menstruação retornado e três exames

consecutivos de escarro foram negativos para M.tuberculosis. Como a paciente

engravidou o tratamento com medicamentos alopáticos foi prescrito novamente

para segurança do bebê, após o parto a paciente teve uma pequena recaída

com alguns episódios de febre sendo prescrito a Sépia 200CH, melhorando o

quadro. Trinta meses após a consulta inicial a radiografia de tórax demonstrou

resultado de tuberculose inativada.

O segundo caso comprovado também foi com uma jovem de 24 anos

que começou a apresentar sintomas sugestivos para tuberculose em junho de

1991 e obteve a confirmação com raios-X de tórax e baciloscopia altamente

positiva para M. tuberculosis. O tratamento alopático foi iniciado sem sucesso

deixando a paciente em grande desespero, com medo da morte e totalmente

insegura com os tratamentos propostos levando-a procurar o tratamento

homeopático. De início após uma longa anamnese e observação da paciente o

médico prescreveu a Pulsatilla 30CH. No dia seguinte a paciente já apresenta

melhora, a febre já havia cedido foi prescrito Puis 30CH três vezes ao dia. Aos

37 dias do início do tratamento o apetite já havia melhorado, não apresentava

mais febre, dor no peito a tosse era leve com pouca expectoração, porém a

radiografia de tórax e escarro ainda era positiva para M. tuberculosis. Sendo

repetido Puis 30CH.

Em setembro a menstruação já estava regular, três exames de escarro

e raios-X foram negativos, a cliente parecia feliz como antes da doença,

nenhum medicamento foi prescrito. Quatro anos após o término do tratamento

um check-up rotineiro foi realizado a paciente estava completamente saudável,

neste período ela não teve qualquer tipo de problema de saúde.

O medicamento Sepia utilizado no primeiro caso, nada tem haver com a

tuberculose porém foi utilizado no tratamento obtendo a melhora da paciente.

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A Sepia pertence aos Cephalopoda é um dos maiores remédios da

mulher, o doente deste remédio é a mulher de cabelos pretos, face amarelada,

alta, magra, delicada, triste e lacrimosa, como a de Pulsatilla, mas irritável,

colérica e má ou fria e indiferente.Fraqueza e desfalecimento, sensação de

uma bola nas partes internas, durante a menstruação, gravidez, lactação,

constipação, diarréia, hemorróidas, leucorréia e todas as afecções do útero.

Desmaia facilmente depois de se molhar, a partir de extremos de calor ou frio

(CAIRO N; 1990). Grande queda de cabelo, depois de dores de cabeça

crônicas ou no climatério.Grande tristeza e choro, medo de ficar

sozinho.Avesso à família, facilmente ofendido, chora ao contar sintomas,

avarento, ansioso para tarde; indolente. Sensação de vazio no estômago que

não é aliviada por comer.Náuseas ao ver ou ao sentir o cheiro dos alimentos.

Catarro nasal crônico.Tosse seca, irritante, que cansa o paciente, que agrava

antes da meia noite, não permitindo o sono.Opressão pela manhã e a noite que

agrava quando anda ou sobe escadas. É utilizado também no tracoma e na

catarata. Raquialgia sacro-lombar (BOERICKE W.M.D).

Agravação: Pelo ar frio;vento;antes de um temporal;antes do meio dia;à

noite.

Melhora: fazendo exercícios, caminhando depressa, pela pressão e

calor.

O segundo caso foi tratado com Pulsatilla que pertence às

Ranunculaceae. O doente clássico deste remédio é a mulher clara, loura, dócil,

triste, chorosa, lamentando-se constantemente, piora em quarto quente,

melhora ao ar livre ou por aplicações frias, embora friorenta; corrimentos

brandos, espessos e amarelo-esverdeados; sintomas variáveis, dores erráticas

e manhosas saltando rapidamente de um ponto a outro. Em pulsatilla é tudo

mudável. Há uma marcada variabilidade de humor. Ri e chora alternadamente.

Desanimam facilmente, tem temores em ficar a noite sozinha. Dada a extremos

de prazer e dor, dores de cabeça por excessos de trabalho

(CAIRO N; 1990).Avesso a alimentos gordurosos, alimentos quentes e

bebidas,flatulência. Dor nas costas, sensação de cansaço, rouquidão, tosse

seca à tarde e à noite, expectoração mucosa abundante. Grande dor

epigástrica. Primeiro sono inquieto,vertigem com naúseas quando desperta, o

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que a obriga a deitar-se de novo, sonolência irresitível no turno da tarde

(BOERICKE W.M.D.).

Agravação: pelo repouso, no início de um movimento, em um aposento

quente, deitado sobre o lado esquerdo, quando um temporal se aproxima,

pelos alimentos gordurosos.

Melhora: pelo movimento, pelas aplicações livres e ao ar livre

Os medicamentos utilizados nos casos citados anteriormente não são

indicados em tratamento de tuberculose, porém resolveram o problema. Isso

mostra que a Homeopatia, pode não ser indicativo para cura, mas pode auxiliar

de sobremaneira no tratamento, mesmo com uso de outros medicamentos não

homeopáticos, dando melhor qualidade e suporte ao paciente.

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V. CONCLUSÃO

Sabe-se que atualmente a tuberculose participa do grupo de doenças

emergentes nos países em desenvolvimento. Os fatores existentes para a

persistência da doença neste grupo são: problemas nutricionais oriundos da

pobreza, abandono do tratamento por falta de orientação que gera cepas

resistentes e conseqüentemente resistências aos antibióticos, crescimento da

população, desigualdades sociais, desemprego e envelhecimento da

população que aumenta as chances de ocorrência de doenças.

Para que houvesse uma diminuição de mortes e morbidade por doenças

infecciosas seriam necessário investimentos em toda saúde pública.

Historicamente a tuberculose sempre foi uma doença de determinação

social, que exigia e continua exigindo várias estratégias e medidas específicas

de controle das autoridades políticas.

O tratamento da doença pela alopatia é realizado por um conjunto de

antibióticos, são esquemas padronizados por tempo determinado, o que difere

da homeopatia que é um tratamento individualizado, pois, observa a força vital

assim como os sintomas. Os medicamentos prescritos não são iguais para

todos os pacientes, leva-se em conta seu estado e sua gravidade. Como é

proibido o tratamento só com a homeopatia, ela é acrescentada como

vantagem terapêutica sintomática, atua nas predisposições que agravam a

doença e nos resultados negativos provenientes do uso dos medicamentos

alopáticos. É uma medicina complementar ao tratamento da tuberculose.

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Vi. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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