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II ANNO DOMINGO, 5 DE JANEIRO DE 1903 N.° 2 5 SEMANARIO NOTICIOSO, LITTERARIO E AGRÍCOLA Assignatsira Anno, iSooo reis; semestre, 5oo réis. Pagamento adeantado. }-■ Na cobrança pelo correio, accresce o premio l ; o vale. k Avulso, n« dn. da pubiicnçáo, 20 réis. ^ y i6 — LARGO DA MISERICÓRDIA EDITOR Jose Augusto Saloio |s a ld k g a llw ía _____________________________ B* íbí» íí cações Annuncios— i.a publicação, 40 réis a linha, nas seguintes, 20 réis. Annuncios *na 4-a pagina, contracto espjcial. Os auto l(5 p giaphos não se restituem quer sejam ' >~- . ou não publicados. PROPRIETÁRIOJosé Augusto Saloio e x p e d ie n t e Acceitam-se com grati dão íjatacsíjaiei' noticias íjmc sejam de interesse Desappareceu já da sce- na do mundo o anno de ijo i e foi enfileirar-se com os seus predecessores na vasta galeria dos séculos. Apresenta-sè no horison te um enorme ponto de in terrogação. Quem poderá decifrar esse tenebroso eni gma? O anno que findou foi fertil em peripecias da di plomacia europeia. As na ções mais fortes, como de costume, procuraram sem pre anniquillar as mais fra cas, apossando-se, pelos meios mais injustificáveis, dos terrenos que lhe con vinham e, se não fosse o ha bil engenho de alguns con siderados estadistas, sérias conflagrações por certo haveria que dariam mais uma prova da profunda decadencia da humanidade. Os homens não podem retrogradar; a raça huma na tende a progredir; bri lha no horisonte uma es trella que lhes indica o ca minho a seguir e cumpre que o seculo X X rehabilite aos olhos de todos, os actos vergonhosos e ini- quos dos que o precede ram. Basta de dissenções, bas ta de intrigas, basta de guerras. O poderoso se nhor de uma nação que pretende resolver qualquer pleito á força de armas in time o seu adversario a en contrar-se com elle em cam po raso e batam-se em duello; terá assim a victo- ria o que ficar vencedor e deixarão de sacrificar-se milhares de vidas de indi víduos uteis á sociedade, deixará de haver o côro lastimoso dos prantos de viuvas, orphãos, de mães amoraveis e carinhosas; que amaldiçoam os heroes da guerra. ’ Que o anno em que en trámos á pouco seja o inicio de uma nova era de paz é o que sinceramente desejamos, nós que milita- mos nesta cruzada santa contra o Erro e o Mal, nós que vamos sempre terçar armas em de feza de tudo o que é san';o e nob.-e, de tudo o que representa as aspirações da humanidade a conquistar c seu maravi lhoso ideal. JOAQUIM DOS ANJOS. A CARIDADE Caridade! Manifestação dos mais generosos e su blimes sentimentos, luz be- nefica no meio das cerra ções da miséria, iris bonan çoso no meio das tempes tades da vida, tu datas do alvorocer das primeiras ci- vilisações, és a mais bri lhante estrella da constella- ção do mundo moral. Germinada no coração humano, alentada pelos ef- fluvios da compaixão, essa arvore grandiosa enraizou- se, cresceu, frondejou, co pou-se, floresceu, fruetifi- cou e tornou-se tão alta que chega da terra ao céo, tão distendida que abriga a humanidade inteira e tão pompeante que deslumbra com as suas flores, lindas como brilhantes, com as suas folhas, verdes como a esperança e com os seus fruetos, preciosos como a virtude. Com as suas fo lhas cobrem-se os andra josos e inflama-se a lava dos agradecimentos; com as suas flores perfumam-se os horisontes do porvir e desatam-se os coracões em » vesuvios de consolaeões e > aífectos; com os seus fru etos alimentam-se os des validos indigentes e recom- pensam-se os corações ge nerosos. Anjo tutelar, a caridade salva muitas vezes o ho mem do suicidio, orientan do-lhe o espirito, ensinan- do-o a esperar, pintando- lhe esse crime como um dos mais hediondos e insu flando-lhe coragem para supportar as contrarieda des da vida. Providente e previdente, entra nos hospitaes, e junto ao leito do moribundo sup pre aquelles olhos que já não veem, aquelles ouvidos que já não ouvem, aquella bocca que já não falia. Obreira e artista, levanta edifícios onde se abrigam os velhos inválidos e indi gentes e as creinças po bres e desamparadas. Men sageira portentosa, percor re os mares da opulência, aportando e desviando dos abysmos, e entra nas man sardas da pobreza jorrando torrentes de esmolas e con solações. Mariposeia por toda a parte, onde ha la grimas a enxugar, infortú nios a suavisar, dores a mi norar; em toda a parte é luz afugentando as cerra ções do espirito, é conselho desviando as sendas do mal, é mar immenso de be nefícios apagando sedes e matando fomes, saneando chagas e cobrindo nude- zas, é flor sempre perfu mada aberta ao sol da ci vilisação christã, e sempre bella, sempre deliciosa, sempre sublime, vicejando sempre em plena e eterna primavera, é o reverbero mais suave, mais sublime, mais esplendido da Provi dencia, é o coronal, é a virtude das virtudes! MENDES PINHEIRO. A RELIGIÃO DE CHRISTO Apagae, insensatos, a luz do sol, e havereis tudo escuro; tirae a bell eza á al ma k a religião ao mundo, e vereis tudo corrompido e deteriorado! Vagae ao acaso, errantes e sem guia por esta vereda tortuosa, olvidando Christo, sem o seu divino reflexo, e vereis apenas trevas; alvejareis só escolhos, porque de Chris to emana a religião; da re ligião a moral; da moral a belleza da alma, a tranqui lidade do espirito, o hy- phen da sociedade e a ven tura desta a que chama mos— vida. Sem a religião as belle- zas serão feias, as elegan- cias informes e transtorna das, o que tem apparencia de bom no intimo é falso, e já, onde o bafejo divino não adejar, tudo mendigará ventura!... porque toda a felicidade reflecte de ti, oh! Christo! de ti rutilam os focos da sciencia, a pureza da alma, a nobreza do ho mem, a sublimidade de to das as aceões virtuosas ! * E, quando serena e te mente contemplo, oh! Christo, tua face divina, tuas mãos pregadas na cruz, symbolo do Christia- nismo, eu sinto o pensa mento fugir da terra, e, enlevado nas coisas celes tes, voar até junto de ti. E junto de ti julgo ver a imagem daquelle que me deixou na orphandade, quando era menina; penso distinguir ainda os seus sorrisos paternaes, os seus loucos afagos de carinho sem egual! Oh! Christo, como são puros e sublimes os encan tos que prodigalizas áquel- les que te buscam! Quantas lagrimas senti das enxugas á viuva que só encontra luto, á orphã que não vê amor, ao po bre que não tem guarda? Quantos soluços poupas ao seio materno que recor da o filho, ao cego que não gosa a luz, ao desgraça do que abraça o perigo?! Quantas dores minoras ao enfermo no leito da febre, ao infeliz nos espinhos da vida. ao afflicto na aridez do mundo? Santa das santas é a tua religião, oh! Christo!.. puríssimos e sublimes são os seus. fruetos, e eu me curvo reverente ante os teus mandados! ANNA MALÂFAYA NSTTÕ. líoisaliagiss Tavares Está completamente res tabelecido da grave doen ça que o accommeíteu, o exm.° sr. Domingos Tava res, iilustre Presidente da Camara Municipal. Muito folgamos que as sim seja, pois s. ex.a além de ser um homem honra díssimo, é dotado de um coração magnanimo e ge neroso. Acha-se um pouco me lhor o nosso amigo e assi gnante, o sr. Jacintho An tonio Gouveia, que ha dias soffreu um grave desastre. Desejamos o seu prom pto restabelecimento. O tempo Depois de grandes chu vas e nevadas, que tem oc- casionado já alguns prejuí zos nos campos, appareceu- nos um magnifico princi pio de anno. Oxalá que o bom tempo continue, para dar logar ás diversas lavoeiras. Troupe Bertimi Realisa-se hoje, pelas 8 meia da noite, no salão do sr. José Maria Mendes, na rua do Forno, um con certo dado por esta distin- cta troupe, que se tem feito ouvir nos principaes thea- tros e clubs do nosso paiz, e assim como emHespanha numa serie de concertos em diversos casinos, pelo que tem sido muito festeja da attenta á sua magestral execução e distineção com que se apresenta. E’ tão pomposo e vasto o programma que a iilustre troupe nos apresenta esta noite, que gostosamente o publicamos. Eil-o: PRIMEIRA PARTE / .°— Bombita-Chico,pas se calle, Mourão 2.°— Dolores, jota da Opera, Breton. 3 ."— Um monologo pelo distincto amador drama ti co, C. d’Almeida. 4 0— Primeiro beijo, val sa com introdução, Rou- bert. 5 ."— Certamen nacional, jota, Nieto. SEGUNDA PARTE i ,°— Momentos felizes, symphonia, Esteveira. Certa coisa que eu sei, Os descuidos, Ficam to dos, [monologos) por, C. d’Almeida. 3 ." Ave-Maria de Gou- nodpor Borges e Mourão. 4 .0— Choradinho (fado em dó menor variações)por Mourão. No final d’este espectá culo haverá baile. Deve ser uma noute bem a.

A CARIDADE · 2020. 2. 11. · Na cobrança pelo correio, accresce o premio l;o vale. k Avulso, ... mais suave, mais sublime, ... Serviços dos Officiaes de Justiça, acompanhada

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Page 1: A CARIDADE · 2020. 2. 11. · Na cobrança pelo correio, accresce o premio l;o vale. k Avulso, ... mais suave, mais sublime, ... Serviços dos Officiaes de Justiça, acompanhada

II A N N O D O M IN G O , 5 D E J A N E I R O D E 1 9 0 3 N.° 2 5

S E M A N A R IO N O T IC IO S O , L IT T E R A R IO E A G R ÍC O L A

AssignatsiraAnno, iSooo reis; semestre, 5oo réis. Pagamento adeantado. }-■

Na cobrança pelo correio, accresce o premio l;o vale. kAvulso, n« dn. da pubiicnçáo, 20 réis. ̂ y i 6 — L A R G O D A M I S E R I C Ó R D I A

EDITOR J o s e A u g u s t o S a l o i o |s a l d k g a l l w í a_____________________________

B*íbí»í í caçõesAnnuncios— i.a publicação, 40 réis a linha, nas seguintes,

20 réis. Annuncios *na 4-a pagina, contracto espjcial. Os auto l(5 p giaphos não se restituem quer sejam ' >~-. ou não publicados.

PROPRIETÁRIO— J o s é A u g u s t o S a l o i o

e x p e d i e n t e

Acceitam-se com grati­dão í ja ta c s íja ie i' noticias íjmc sejam de interesse

Desappareceu já da sce- na do mundo o anno de ijo i e foi enfileirar-se com os seus predecessores na vasta galeria dos séculos.

Apresenta-sè no horison­te um enorme ponto de in­terrogação. Quem poderá decifrar esse tenebroso eni­gma?

O anno que findou foi fertil em peripecias da di­plomacia europeia. As na­ções mais fortes, como de costume, procuraram sem­pre anniquillar as mais fra­cas, apossando-se, pelos meios mais injustificáveis, dos terrenos que lhe con­vinham e, se não fosse o ha­bil engenho de alguns con­siderados estadistas, sérias conflagrações por certo haveria que dariam mais uma prova da profunda decadencia da humanidade.

Os homens não podem retrogradar; a raça huma­na tende a progredir; bri­lha no horisonte uma es­trella que lhes indica o ca­minho a seguir e cumpre que o seculo X X rehabilite aos olhos de todos, os actos vergonhosos e ini- quos dos que o precede­ram.

Basta de dissenções, bas­ta de intrigas, basta de guerras. O poderoso se­nhor de uma nação que pretende resolver qualquer pleito á força de armas in­time o seu adversario a en­contrar-se com elle em cam­po raso e batam-se em duello; terá assim a victo- ria o que ficar vencedor e deixarão de sacrificar-se milhares de vidas de indi­víduos uteis á sociedade, deixará de haver o côro lastimoso dos prantos de viuvas, orphãos, de mães amoraveis e carinhosas; que amaldiçoam os heroes da guerra. ’

Que o anno em que en­

trámos á pouco seja o inicio de uma nova era de paz é o que sinceramente desejamos, nós que milita- mos nesta cruzada santa contra o Erro e o Mal, nós que vamos sempre terçar armas em de fez a de tudo o que é san';o e nob.-e, de tudo o que representa as aspirações da humanidade a conquistar c seu maravi­lhoso ideal.

JOAQUIM DOS ANJOS.

A C A R I D A D E

Caridade! Manifestação dos mais generosos e su­blimes sentimentos, luz be- nefica no meio das cerra­ções da miséria, iris bonan­çoso no meio das tempes­tades da vida, tu datas do alvorocer das primeiras ci- vilisações, és a mais bri­lhante estrella da constella- ção do mundo moral.

Germinada no coração humano, alentada pelos ef- fluvios da compaixão, essa arvore grandiosa enraizou- se, cresceu, frondejou, co­pou-se, floresceu, fruetifi- cou e tornou-se tão alta que chega da terra ao céo, tão distendida que abriga a humanidade inteira e tão pompeante que deslumbra com as suas flores, lindas como brilhantes, com as suas folhas, verdes como a esperança e com os seus fruetos, preciosos como a virtude. Com as suas fo­lhas cobrem-se os andra­josos e inflama-se a lava dos agradecimentos; com as suas flores perfumam-se os horisontes do porvir e desatam-se os coracões em »vesuvios de consolaeões e>aífectos; com os seus fru­etos alimentam-se os des­validos indigentes e recom- pensam-se os corações ge­nerosos.

Anjo tutelar, a caridade salva muitas vezes o ho­mem do suicidio, orientan­do-lhe o espirito, ensinan- do-o a esperar, pintando- lhe esse crime como um dos mais hediondos e insu­flando-lhe coragem para supportar as contrarieda­des da vida.

Providente e previdente,

entra nos hospitaes, e junto ao leito do moribundo sup pre aquelles olhos que já não veem, aquelles ouvidos que já não ouvem, aquella bocca que já não falia. Obreira e artista, levanta edifícios onde se abrigam os velhos inválidos e indi­gentes e as creinças po­bres e desamparadas. Men­sageira portentosa, percor­re os mares da opulência, aportando e desviando dos abysmos, e entra nas man­sardas da pobreza jorrando torrentes de esmolas e con­solações. Mariposeia por toda a parte, onde ha la­grimas a enxugar, infortú­nios a suavisar, dores a mi­norar; em toda a parte é luz afugentando as cerra­ções do espirito, é conselho desviando as sendas do mal, é mar immenso de be­nefícios apagando sedes e matando fomes, saneando chagas e cobrindo nude- zas, é flor sempre perfu­mada aberta ao sol da ci­vilisação christã, e sempre bella, sempre deliciosa, sempre sublime, vicejando sempre em plena e eterna primavera, é o reverbero mais suave, mais sublime, mais esplendido da Provi­dencia, é o coronal, é a virtude das virtudes!

M ENDES PINHEIRO.

A RELIGIÃO DE CHRISTO

Apagae, insensatos, a luz do sol, e havereis tudo escuro; tirae a bell eza á al­ma k a religião ao mundo, e vereis tudo corrompido e deteriorado! Vagae ao acaso, errantes e sem guia por esta vereda tortuosa, olvidando Christo, sem o seu divino reflexo, e vereis apenas trevas; alvejareis só escolhos, porque de Chris­to emana a religião; da re­ligião a moral; da moral a belleza da alma, a tranqui­lidade do espirito, o hy- phen da sociedade e a ven­tura desta a que chama­mos— vida.

Sem a religião as belle- zas serão feias, as elegan- cias informes e transtorna­das, o que tem apparencia de bom no intimo é falso, e já, onde o bafejo divino

não adejar, tudo mendigará ventura!... porque toda a felicidade reflecte de ti, oh! Christo! de ti rutilam os focos da sciencia, a pureza da alma, a nobreza do ho­mem, a sublimidade de to­das as aceões virtuosas !

*

E, quando serena e te­mente contemplo, oh! Christo, tua face divina, tuas mãos pregadas na cruz, symbolo do Christia- nismo, eu sinto o pensa­mento fugir da terra, e, enlevado nas coisas celes­tes, voar até junto de ti.

E junto de ti julgo ver a imagem daquelle que me deixou na orphandade, quando era menina; penso distinguir ainda os seus sorrisos paternaes, os seus loucos afagos de carinho sem egual!

Oh! Christo, como são puros e sublimes os encan­tos que prodigalizas áquel- les que te buscam!

Quantas lagrimas senti­das enxugas á viuva que só encontra luto, á orphã que não vê amor, ao po­bre que não tem guarda? Quantos soluços poupas ao seio materno que recor­da o filho, ao cego que não gosa a luz, ao desgraça­do que abraça o perigo?! Quantas dores minoras ao enfermo no leito da febre, ao infeliz nos espinhos da vida. ao afflicto na aridez do mundo?

Santa das santas é a tua religião, oh! C h risto !.. puríssimos e sublimes são os seus. fruetos, e eu me curvo reverente ante os teus mandados!

ANNA M A LÂFA YA N STTÕ .

líoisaliagiss TavaresEstá completamente res­

tabelecido da grave doen­ça que o accommeíteu, o exm.° sr. Domingos Tava­res, iilustre Presidente da Camara Municipal.

Muito folgamos que as­sim seja, pois s. ex.a além de ser um homem honra­díssimo, é dotado de um coração magnanimo e ge­neroso.

Acha-se um pouco me­lhor o nosso amigo e assi­

gnante, o sr. Jacintho An­tonio Gouveia, que ha dias soffreu um grave desastre.

Desejamos o seu prom­pto restabelecimento.

O tem p oDepois de grandes chu­

vas e nevadas, que tem oc- casionado já alguns prejuí­zos nos campos, appareceu- nos um magnifico princi­pio de anno.

Oxalá que o bom tempo continue, para dar logar ás diversas lavoeiras.

T ro u p e B ertim iRealisa-se hoje, pelas 8 meia da noite, no salão

do sr. José Maria Mendes, na rua do Forno, um con­certo dado por esta distin- cta troupe, que se tem feito ouvir nos principaes thea- tros e clubs do nosso paiz, e assim como emHespanha numa serie de concertos em diversos casinos, pelo que tem sido muito festeja­da attenta á sua magestral execução e distineção com que se apresenta.

E’ tão pomposo e vasto o programma que a iilustre troupe nos apresenta esta noite, que gostosamente o publicamos. Eil-o:

P R IM EIRA P A R T E

/ .°— Bombita-Chico,pas­se calle, Mourão

2.°— Dolores, jota da Opera, Breton.

3 ."— Um monologo pelo distincto amador drama ti­co, C. d’Almeida.

4 0— Prim eiro beijo, val­sa com introdução, Rou- bert.

5 ."— Certamen nacional, jota, Nieto.

SEGUNDA P A R T E

i ,°— Momentos felizes, symphonia, Esteveira.

Certa coisa que eu sei, Os descuidos, Ficam to­dos, [monologos) por, C. d’Almeida.

3 ."— Ave-Maria de Gou- nodpor Borges e Mourão.

4 .0— Choradinho (fado em dó menor variações)por

Mourão.No final d’este espectá­

culo haverá baile.Deve ser uma noute bem

a.

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O DOMINGO

T h e a t r o l l e r m i s c i a

Terá logar neste thea- tro no dia 9 do corrente, o qual estará lindamente or­namentado e nas devidas condições, um grande es­pectáculo em beneficio do sr. Francisco Coelho, dire­ctor do referido theatro, em que tomam parte a dislinctã actriz Julia Anjos que tantos applausós me­receu do publico desta vil­la nos últimos annos em que aqui esteve a barraca Louzano e o distincto actor Ramos com a sua troupe, que bem conhecidos são dos principaes theatros da capital.

O beneficiado, em face dos personagens que apre­senta para este espectácu­lo, que muito deve agradar, espera a protecção do ge­neroso publico, pelo que desde já se confessa su[Ti­

mamente agradecido.

A camara municipal pe­diu á Direccão dos serviçosi . . j

marítimos e fluyjáes a re­paração do caes e revesti­mento do aterro do mes­mo caes, visto achar-se em péssimo estado de coriser- vacão.

Hoje, 5 do corrente, de­ve realisar-se a eleição da Junta de Parochia da fre­guezia de Sarilhos Gran­des.

Na próxima semana de­vem começar os trabalhos dos recenseamentos militar e eleitoral.

Finda hoje o praso para o recebimento dos requeri­mentos para a inscripção no recenseamento eleito­ral, nos termos da lei de 8 dagosto ultimo.

Asíaaàrersarlo

No domingo ultimo pas­sou o seu vigésimo ter­ceiro anniversario, o nos­so amigo o sr. Pedro An­

tonio Nunes d'Alme'ida, digno professor do Colle­gio Almeida Garrett; filho do distincto pedagogista e illustre professor e director da Escola Secundaria d’es- ta Villa, o exm.0 sr. Ma­nuel Neves Nunes de Al­meida.

Os nossos sinceros pa­rabéns.

>̂5’s;sa3alsín«5© aios fccrvS-ÇÍ5S ' «los

aaslliíii.f í iiacíacs aic

A Bibliollieca P o p iia r de Legislação, com séde na Rua das Salgadeiras, 48, i.°, Lisboa, acaba de editar a nova Organisação dos Serviços dos Officiaes de Justiça, acompanhada da Carta de Lei de 21 de maio dé 18 >6 sobre Propriedade industrial e Còmrnercial, sendo o seu preço 160 réis, franco de porte; e tem já no prelo o Regulamento Geral dos Serviços de Sau­de e Beneficencia Publica.

Aggrcs's&©

Entre a Quinta Velha e o novo Asylo que se está construindo, foi cobarde­mente a&grcdido 110 do­mingo passado pelás 7 ho­ras e meia da noite o sr. José Augiisto d’Óliveira, por dois tratantes quaes­quer, sem haver a menor provocação da parte do sr. Oliveira. Este ainda conse­guiu arrancar o varino a um dos taes meliantes quando procurava defen­der-se, cujo varino está em seu poder.

O sr. Oliveira tem sido tratado pelo distincto me­dico, ex."w sr. dr. Manuel da Cruz Junior.

Pedimos energicas pro­videncias ás competentes auctoridades afim de man­darem investigar sobre es­te crime, aliás teremos qu: andar armados de revolvei* para nos defendermos da primeira pessoa de que possamos desconfiar.

Oxalá não fique no olvi­do esta nossa humilde pe­tição.

C O F R E D E : P E R O L Â S

P O E S I AD E D ICA D A Á

L I G A D A S A R T E S G R A P H I C A S

O que é no mundo o ar lista? Um ser analphabelo, Um homem que não lê, não sabe, não produz? Não... porque é elle aforça, a rida das nações! E ile é que rasga a sombra, elle é-que faz a luz!

A r lista é o poeta, o sabio, o pensadorQue faz do vasto mundo um campo de batalha.Abre do pensamento os novos horisonles...Honra, pois, ao artista, a todo o que trabalha!

7 ) 1 'í Liga representa a força duma idéa,

'iealisa a mais bella e santa aspiração. ..Esse nome, que envolve o maxirno respeito,17êm enlre nós form ar um traço dimião.

P o r isso é que o ar lista, o sabio, o pensador Teem «aqui logar... A festa é só d'irmãos.Se elles fazem surgir as obras immortaes,Nós damos-lhes realce... Apertem-nos as mãos!

JOAQUIM DOS ANJOS.

PENSAMENTOSQuando o homem estd resolvido a praticar injustiças

e tem o poder de as fazer, nunca lhe faltam pretextos.— A intemperança e a ociosidade são os dois maio­

res inimigos da vida.— Os erros tambem instruem

de seus proprios enganos.— Escuta mil vezes e não f alies mais que uma.— Se quereis conservar vossa independencia, fu g i do

templo do favor, onde tudo é grande excepto as por­tas: são tão baixas que para ahi entrar forçoso é cur­var-se e abater-se.

ha muita gente rica

A N E C D O T A S

Um fid a1 go, que usava pendente do pescoço uma ve­nera cravejada de brilhantes, encontrou-se um dia com uma senhora, que ostentava num dedo um esplendido diamante, mas que linha as mãos descarnadas e mal fei­tas. 0 commendador, que de 'ordinário não sabia medir o alcance das palavras que pronunciava, voltou-se para os que o acompanhavam, e disse-lhes sorrindo:

—•Antes queria possuir o annel do que a mão.— Pois eu, replicou a dona do diamante, que ouvira

o dito, antes queria o cabresto do que o animal.

l í e s a l í a n s c s í á o

Pela parte trazeira da habitação de Manuel Can­tante, cabreiro, morador na rua do Norte, no dia 2 do corrente, abateu o te­lheiro onde este tinha as cabras, matando-lhe algu­mas e juntamente alguns chibos.

—W>-—

O esa sfreNo dia 3 do corrente,

proximo dos Fornos da Cal, foi ferido com um tiro de pistola, carregada com chumbo numero 5, um ex- trangeirO de 7 annos de idade, que governa a sua vida concertando chape os de sol. Consta-nos que quem deu o tiro é um in­divíduo de nome Antonio Mángalavada, que alli ca­çava aos passaros.

m rn -" 1 !li 11

■Escolha as armas. Qual prefere?■ Lu a tiro.■Pois eu a coices não; me balo.

Em um exame na escola de Medicina:— Queira dizer-me quaes são os ossos do craneo?— Ai falar a verdade não me lembro. E é ekquisito

porque os tenho todos na cabeça!...

0 c a v a lle ir o issaprevi- ««C3SÍC

Viajava um cavalleiro e seguia-o um criado, a pé. O cavalleiro galopava por montes e valles; o fiel cria­do, com enorme sacrifício, conseguia não se affastar delle.

-— Senhor! senhor! ex­clamou de repente o pru­dente servidor; acaba de cahir um prego duma das ferraduras do vosso ca- vallo.

-— Que importa! volveu o cavalleiro; mais prego, menos prego, ainda ficam muitos. A’vante, meu ser­vidor!

Mais adeante, exclamou de novo o criado:

— Sétihcr! senhor! cahiu a ferradura. Parae se não quereis perder o cavai lo !

— Qué importa! respon­deu o cavalleiro. Mais fer­radura, menos ferradura, ainda ficam muitas. Avan- te, meu servidor!

Calcule o leitor, que o pobre criado já corria ha­via tanto tempo, que se lhe gastaram os pés e apenas corria co m os côtos!

25 FOLHETIM

Traducçíio de J. DOS ANJOS

Á U L T I M A C R U Z A D AX X X

— Provavelmente testemunhas! dis­se elle ao parceiro.

E largando as cartas com um g.sto de aborrecimento-, accrescentou:

— Desculpe me, méu caro, istò ar­ranja-se depressa.

Effectiv; mente a conversação du­rou pouco.

— Meu general, começou delicada­mente um dos desconhecidos, tenho o desgosto de lhe participar que. so­

mos porta lores de um mandado de prisão contra si.

O general teve um sobresalto. En­costou-se com as duas mãos as costas, da cadeira.

— Podem explicar-me a causa? bal- buéio.u a final, com soluços na gar­ganta.

— Lei-t.Pegou rapidamente no papel que

lhe apresentaram.L e r ! A to lha vaciliava-ihe e n re os

d e d o s : A s l e t t r a s , em brulhayíim-se , mi si u ra vam-se. dançayaip-ihe deante do ; olhos. V iu l io n lu .am ea te finas, de p h ra ses escrip tas em le t t ra mais larga-: « Desvio d e - m e n o r e s . ; . viol... Queixa dos p a e s . . .

A pouco e pouco, ia comprehen- dendo. Recordava-se. Tratava-se da ga:ota que lhe tinham lecad.o á casa da rua De Rueil. da crean a loura e

rosada que linha no.lons de tinta no avental e uma pasta cheia de cader­nos pa-a fazer acreditar que ia para a escola.

Invadia-o uma enorme vergonha. Não se atrevia a vêr no espelho os cabellos grisalhos, as laces encaradas, as rugas precoces,.o ventre. Pensava na sua familia deshonrada.

T u d o i- desabar.GurvaVa-se, como ;a > peso de; uma

grande cruz c- deixó.í se cáhir de re pente n: cadeira, chorando. suppii- cando, gritando quasi loucamente : ■• — Digam-me que náo c verdade!

— Meu.general, respondeu,0 poli­cia.,a queixa foi ; p-esentada ha dois dias. Foi impossível "obter que òs pae'- a retirassem. Sei tambem que. ainda que este'a culpado, o barão Bosq não po ’e sentar-se no banco dos réus... Encont a:;í á portado

cluiv uma'carruagem com dois colle ■gns-meus'que o Conduzirão onde qui- zer durante quatro h ó i - a s .

.O .gener..1 comprehended. Enxu­gou os olhos, arranjou a gravata e coBtendo.-§e,- foi sentar se outra ve-:

'eíií frente do parceiro.— Então, perguntou este, era coisa

séria ?— Ora! replicou o grneral. dois

idiotas, a quem mande: passeiar... Náo rne posso bater com toda a gen­te ...

Çanhou a partida e õ parceiro ex cla/iou: ;

-t- Confesso, general, que tem uma sorte in crível!

A carruagem estava á espira á porta do club.

XXXI

-Pararam , ao la n o i te , em

frente .la casinhi da rua de Rueil. Pa­recia abandonada.

O general abriu a. porta. Não ti­nham phosphoros. Foi preciso pro- cural-os ás apa’padeilaS-, na escuridão.

Os agentes seguiam B.o;;q pásso a passo, como sombras silenciosas-,

— Deixem-me ! .ordenou elle a fi­nal, n"um tom tão imperioso que el- les: obedeceram.

Fechou-se no unico quarto que ha­via mobilado. Havia um resto de véla sobre o fogão.

A cama ain !a estava por fazer. :0 gene;al tirou uma pistola de uma

caixa, carregou a e armou-a.Passei ou em seguida de um lado

para o outro, como um animal pri­sioneiro. Escutava machinalmente os agentes que batiam com os pés no chão para'se aquecerem,

(Continua].

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O DOMINGO

A G R I C U L TURA-K uxertla do ío a ia te ir»

usa J>ataie3a*aMr. Fourquet apresentou

na sociedade de horticul­tura de Paris alguns pés de batateiras, em que tinha enxertadohasteas de toma­teiro, com mui vigoro vegetação: as raizes esta­vam guarnecidas, com mui­tos tubérculos de batatas, do tamanho ordinário, ao passo que as plantas esta­vam carregadas de toma tes bem maduros: tendo de bom sabor tanto as ba­tatas como os tomates.

Mr. Fourquet tendo plan­tado num rego doze pés de batateira a 22 de maio, lhes enxertou ramos de to­mateiro, cortando a rama gem daquelas, onde O: troncos costumam adqui­rir uma tal ou qual consis­tência de pau e praticando a operação de enxertar de garfo com a cauteila ne; casaria p..la delicadeza da planta e* tomando a pre caução de enxertar os olhos do garfo bem correspon­dentes aos qu2 estavam nas axillas, ou sovacos das folhas do tronco enxertado.

Depois d'isto ligou cui­dadosamente e cobriu com papel os enxertos para os preservar cio demaziado ardor do sol pelo espaço de cinco’a seis dia;: nesta epocha examinou as liga­duras para as despertar : c aqu elles, que viu carecerem ainda de ser sustidos por cilas tornou a atar leve­mente, não em o mesmo logar, mas sobre as intume- scencias ou grossuras que a abundancia da seve oc- casiona: o que se não pra­tica com as outras plantas, arbustos ou arvores, por­que não formam tão rapi­damente, como as plantas herbaceas e molics, aqirel- las intumesçencias, de for­ma que se lhes n 'to exami­na. n as ligaduras senão passados doze, quinze e vinte dias depois.

Nao tardou a desatar in­tegramente as ligaduras,o ~

Fourquet não esqueceusresta regra.

que eram ue fio de lã, dei­xando abandonados os en­xertos pelo tempo neces­sário até que adquiriram a altura de quinze poliega- das.

. Então enterrou a distan­cias convenientes estacas ao longo da linha dos ba- tateiros; e ordenou as plan­tas em latada, não só para suster as hastes, como pa- la as arejar e fortificar, por í]ue assim, como é sabido, lançarn com maior vigor, e

j P1- oduzem maior quantida-

Deste processo resultou urna colheita dobrada no mesmo terreno com os produetos simultâneos. E’ de notar que náo falha, se deixarem ás plantas as has­tes inúteis, como não dei­xam de dar os tomateiros ma! tratados.

Recommendam os aos c u riosos de horticultura a ex- periencia

A N fiU ^C iO S

C OMA R C A DE a l u &m u l

ANNUNCIO (®.a S^slílicação)

No dia 12 de janeiro de i-)02 á porta do tribunal desta comarca ha de ter logar em hasta publica e pelo maior preço sob:'e .cento e quarenta mil e no­vecentos réis (140yjoo) pe­lo inventario a que se pro­cede por obito de Mario da Madre de Deus; marido Maximiano Maria Ballegas, e cabeça do casal Marian­na Telles, cfAlcocheté, a venda do dominio util com­posto de uma casa abarra- cada com um pequeno

uintal sita na Rua do Rato la villa dAlcochete, pré­

dio foreiro em 155 réisan- nuaes e laudemio de qua-

:ntena á Camara Munici­pal do mesmo concelho. O arrematante, além das des- pezas da praça pagará por inteiro a respectiva contri­buição de registo.

Aldeia Galiega do- Riba­tejo, 21 de dezembro de 190 í .

O ES!. R i VÃO,

Antonio Julio Pereira Mou- linho.

Verifiquei a exacti-á).

O JUÍZ DE D IR EIT O

N. Sou lo.

ae trueto-s sao

°-m cre 1 cuida íosa; Os tonrat;'

tantos mai quinto mai

nte se capar ' e por isso 1

COMARCA ALMGALLEGA. 1 m ó

A N N U N O I O (S.a S*;a&I5e:-ição)

ta dos bens que lhe per-,das a cargo do aferidor tenceram em sua legi.ima João Pedro Baptista, á a fe­no inventario orphanologi-' rição de todas as medidas co a que se procedeu por de capacidade, deste con- obito de sua avó D. Um-.celho, e lindo este praso belina Rosa da Veiga, viu-'serão- multados c enviados va, moradora que foi n’es-j á acção do juizo co iTpetén ta villa de Aldegallega, sob te todos os individuos que pena de lhe ser nomeado'deixarem de apresentar as Curador e quaesquer inte- referidas medidas á mes- ressados nos bens d’e!le,;‘ ma conlérição. deduzirem os seus direitos j Aldegallega, 24 de Dnos termos da lei.

Aldeia Galiega, 7 de de­zembro de 1901.

o ESCRIVÃO

Antonio Augusto da Silva Coelho.

Ver fiquei a exactidão.

O JUIZ DE D IR EIT O

Antonio Augusto Noguei­ra Souto.

EGALLENSEDE

Ml j| AT TA AT Uli ílil 1 Ui E

Ií2Êeo3EÍ5*;a-se d esd e Já á v ead a aa’e s te exeeileiffi- te estal>eSecÍEMC2iiío a a issia a a

M A N T E I G A

DE VACCAIde p u ro leite. v in d a dl- recííííBaeaBte dia impos^-asa- te "FABSUilCA. B5I2 0„A- C T IC IX I© *»” da P ra ia d’AsfiCOi*a.

l is ta aaa&teiga vende- se esaa la ia s de Baseio ki- lo . de 3 5 0 gi*ffliBaBâBas e a reta lh o .

© p r o p r ie tá r io d 'cstc es tais eEec i m e a to ree» aa - tacad a a to d o s o s sesas e s t im á v e is ír e g n e z e s a

MANTEIGA DE V A CCA

da P ra ia d ’Asseora.SS’ r ea im ea te aama es-

peeSaiidade.

19, Largo da Egreja, 19-a

A L D E G A L L E G A —

zembro de 1901.O Secretario da Camara

Antonio Tavares da Silva.

M A P P A S D E P O R TU - Cr A L

Ha para vender mappas de Poi\ugal, não coloridos, ao preço de 60 réis cada um.

Nesta redacção se diz quem os vende.

jm m .Ha para vender collec-

ções de jornaes, taes como: Seculo, Pimpão, Parodia, Siipplemenlo ao Seculo, e outros; assim como livros antigos de diversos idio­mas.

Nesta redaccão se trata.

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Pelo Juizo de Direito da comarca d’Aldeia Galiega do Ribatejo, e cartorio do escrivão Silva Coelho, cor­rem editos de 3o dias, ci­tando o interessado Fran­cisco da Veiga Sargedas, solteiro, maior, ausente emj parte incerta, e quaesquer1 interessados nos osns del-

<jle. para dentro do referido i !praso, o ausente tomar por >lsi ou por procurador con-

Especialidade em corte e execução de Vestidos, Casa­cos e Capas, para senhoras e meninas. Dd hcções de córte. — Rua de José Maria dos Santos, n." u 5 , 1 D.

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&8i*v3eo «ie aferirão de pesos c rsícdiíéas

A Camara Municipal deste Concelho manda an- nunciar que durante o pro­ximo mez de janeiro se procederá na officina da aterieao J-e i)eso.' c meUi-

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R U A . D O C A . S ALDEGALLEGA DO RIBATEJO

A L D E G A L L E G A 1 3 0 R I B A T E J O .Grande estabelecimento de fazendas por preços limitadíssimos, pois que vende

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desta villa, e que eaC O M P R A ÉM L IS B O A de todos e quaesquer artigos ainda mesmo os que não são do seu ramo de negocio; garantindo o \êio na escolha, e o preço porque vendem a retalho as primeiras casas da capital.

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PEDIDOS A L U C A S & C ,A — ALDEGALLEGA

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