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A CONDIÇÃO DA INFORMAÇÃO A CONDIÇÃO DA INFORMAÇÃO Aldo de Albuquerque Barreto Aldo de Albuquerque Barreto Murilo Silveira Murilo Silveira Disciplina: Teoria Geral da Informação Disciplina: Teoria Geral da Informação UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÃO CENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÃO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO CURSO DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO CURSO DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO

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A CONDIÇÃO DA INFORMAÇÃOA CONDIÇÃO DA INFORMAÇÃOAldo de Albuquerque BarretoAldo de Albuquerque Barreto

Murilo SilveiraMurilo Silveira

Disciplina: Teoria Geral da InformaçãoDisciplina: Teoria Geral da Informação

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCOUNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCOCENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÃOCENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÃO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃODEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃOCURSO DE GESTÃO DA INFORMAÇÃOCURSO DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO

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A CONDIÇÃO DA INFORMAÇÃOA CONDIÇÃO DA INFORMAÇÃO

OBJETIVOSOBJETIVOS

Destacar a relação da informação e do conhecimento enquanto fenômeno;

Evidenciar os aportes teóricos e práticos da Ciência da Informação como disciplina científica.

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Contexto da AbordagemContexto da Abordagem

Hanna Arendt em Hanna Arendt em A Condição HumanaA Condição Humana Natureza humana (questões do mundo); Condição humana (questões de ontologias).

Condição HumanaCondição Humana O labor; O trabalho; A ação.

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O laborO laborAtividade relacionada ao processo biológico do corpo humano: crescimento, metabolismo e seu declínio. O trabalhoO trabalhoAtividade relacionada com as práticas do homem envolvendo todos os seus sentidos para cumprir sua permanência na Terra. A açãoA açãoAtividade relacionada com a pluralidade das práticas do homem com os outros homens (atividade política).

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VIDA ACTIVA = CONDIÇÃO DA VIDA ACTIVA = CONDIÇÃO DA INFORMAÇÃOINFORMAÇÃO

Estoques de informaçãoEstoques de informaçãoConjunto estático de itens agregado segundo critérios de interesse de uma comunidade de receptores potenciais.São dados em uma memória (seja em dispositivo convencional ou em sistema digital) e inseridos no estoque com a intenção de posterior recuperação. Fluxos de informaçãoFluxos de informaçãoConjunto de seqüências ou sucessões de eventos dinamicamente produzidos, que determinam o encadeamento ou a vicissitude dos acontecimentos relacionados com as práticas da informação.

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FLUXOS E ESTOQUESFLUXOS E ESTOQUES

Na base da pirâmide existe, assim, um estoque de fatosfatos, idéiasidéias e produtosprodutos da sensibilidade humana, institucionalizados ou não, que se transformam em outro estoque de informaçãoinformação.

Entende-se o conhecimentoconhecimento como um fluxo de acontecimentos, isto é, uma sucessão de eventos, que se realizam fora do estoque, na mente de algum ser pensante e em determinado espaço social.

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FLUXOS E ESTOQUESFLUXOS E ESTOQUES

Quando se fala da inteligênciainteligência supõe-se a ação de introdução dinâmica de um conhecimento assimilado na realidade do receptor; pode ser caracterizada como uma ação social, política, econômica ou técnica.

Representa um conjunto de atos voluntários pelo qual o indivíduo re-elabora seu mundo e tenta modificar seu espaço.

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FLUXOS E ESTOQUESFLUXOS E ESTOQUES

Quando se fala em sabersaber quando pensa-se no conhecimento que aceitou e acumulou nos recipientes de sua mente. É um estoque que se pode chamar para re-elaborar.

É um acervo pessoal, mas em uma comunidade adiciona-se, implicitamente, para dar sinais do estado de aprimoramento ou desenvolvimento social e cultural atingidos.

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FENÔMENO DA INFORMAÇÃOFENÔMENO DA INFORMAÇÃO

Informação = conhecimento comunicado e Informação = conhecimento comunicado e registradoregistradoValor informativo

Necessidade de informação e Redução de Necessidade de informação e Redução de incertezasincertezasEstado Anômalo de ConhecimentoEstado Anômalo de ConhecimentoAcontece no processo de transferência de um conteúdo, que se efetiva entre emissor e o receptor e pode gerar conhecimento.

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CONCEITOS DE INFORMAÇÃOCONCEITOS DE INFORMAÇÃO

Como processoComo processoRefere-se ao momento em que o conhecimento é comunicado e este transforma-se em informação (registrada).

Como coisaComo coisaRefere-se ao momento em que a informação registrada torna-se documento.

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CONCEITOS DE INFORMAÇÃOCONCEITOS DE INFORMAÇÃO

Como processoComo processoComo coisaComo coisa

É um conhecimento inscrito (registrado) em forma escrita (impressa ou digital), oral ou audiovisual, em um suporte.

É um conjunto de dados organizados de forma compreensível, registrado em papel ou em outro meio e suscetível de ser comunicado.

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CONCEITOS DE INFORMAÇÃOCONCEITOS DE INFORMAÇÃO

Como conhecimentoComo conhecimentoRefere-se ao uso efetivo da informação e a ação resultante no indivíduo em suas práticas sociais.

CondicionantesCondicionantesContexto (espaço e tempo)Intencionalidade (segmentos sociais)

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CONCEITOS DE INFORMAÇÃOCONCEITOS DE INFORMAÇÃO

Como conhecimentoComo conhecimento

É o termo que designa o conteúdo daquilo que permutamos com o mundo exterior ao ajustar-nos a ele, e que faz com que nosso ajustamento seja nele percebido.

É a referência do homem e de seu destino, mesmo antes dele nascer, pois ela ajuda-o a percorrer sua odisséia individual no espaço e no tempo.

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CONCEITOS DE INFORMAÇÃOCONCEITOS DE INFORMAÇÃO

Como conhecimentoComo conhecimento

No contexto das práticas sociais, a informação é um elemento de fundamental importância, pois é por meio do intercâmbio informacional que os sujeitos sociais se comunicam e tomam conhecimento de seus direitos e deveres e, a partir deste momento, tomam decisões sobre suas vidas, seja de forma individual, seja de forma coletiva.

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[...] e assim nasce a Ciência da [...] e assim nasce a Ciência da Informação [...]Informação [...]

Vannevar BushVannevar BushDiretor do Office for Scientific Research and Development.Em 1945 escreveu As we may think (Como podemos pensar)

MemexMemexApetrecho tecnológico (mecânico) que armazenava e recuperava documentos mediante associação de palavras (idéia de sistema de informação).

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TEMPOS DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃOTEMPOS DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO1º TEMPOTempo da Gerência da Informação (1945-1980) Buscou resolver o problema da explosão da informação, que se acentuou com o pós-guerra. Desenvolveu metodologias de ordenação, organização, controle, tratamento, circulação e recuperação da informação. Trouxe o esplendor das classificações, indexações, tesauros, medidas de eficiência na recuperação do documento como: recall e precision. Também exprime que a questão técnica e produtivista dessa época foram muito fortes e dominam o campo até os dias atuais.

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TEMPOS DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃOTEMPOS DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO2º TEMPOTempo da Relação Informação e Conhecimento (1980-1995) Fenômeno da InformaçãoFenômeno da Informação. Período que a questão social da Ciência da Informação ganha força, com apoio das Ciências Cognitivas e do aparato tecnológico que se desenvolvia. O indivíduo torna-se o centro da questão e os estudos se voltam para os fluxos de informação.

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TEMPOS DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃOTEMPOS DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO3º TEMPOTempo do Conhecimento Interativo (1995 até os dias atuais) Internet e as Redes SociaisInternet e as Redes Sociais. A interatividade acontece com os estoques de itens de informação, as memórias, os meios de transferência e a realidade de convívio dos receptores de informação. o período potencializa as ações de informação do período anterior, graças as benesses das ferramentas tecnológicas e das modificações trazidas por estas duas noções e repercussões de tempo e território.

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REFERÊNCIASREFERÊNCIASARAÚJO, E. A. de. Informação, sociedade e cidadania: gestão da informação no contexto das organizações não-governamentais (ONGs) brasileiras. Ciência da Informação, Brasília, v. 28, n.2, p. 155-167, 1999.

BARRETO, A. de A. A condição da informação. São Paulo em Perspectiva, v. 16, n. 3, p. 67-74, 2002.

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REFERÊNCIASREFERÊNCIASBUCKLAND, M. K. Information as thing. Journal of the American Society for Information Science (JASIS), v. 45, n. 5, p. 351-360, 1991.LE COADIC, Y. F. A Ciência da Informação. 2. ed. Brasília: Briquet de Lemos, 2004.

McGARRY, K. O contexto dinâmico da informação: uma análise introdutória. Brasília: Briquet de Lemos, 1999.

ROBREDO, J. Da Ciência da Informação revisitada aos sistemas humanos de informação. Brasília: Thesaurus, 2003.