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A CONSTRUÇÃO DO PROGRAMA DE AÇÃO ESTADUAL DE COMBATE À DESERTIFICAÇÃO Raquel Pontes [email protected]

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A CONSTRUÇÃO DO PROGRAMA DE AÇÃO ESTADUAL DE COMBATE À

DESERTIFICAÇÃO

Raquel [email protected]

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A desertificação• As populações mais pobres do planeta são aquelas que

habitam nas regiões semi-áridas dos países em desenvolvimento, exatamente onde são mais drásticos os processos de desertificação.

• O mesmo ocorre no Brasil: é no semi-árido nordestino onde se concentra a maior pobreza do País. É aí também onde os processos de desertificação são mais sérios.

• Tanto desertificação como pobreza são afetados pelas variações do clima: pelas secas periódicas, que fazem parte da história das regiões semi-áridas. E, agora, pelas mudanças climáticas provadas pelo homem, que tornarão essas regiões ainda mais vulneráveis.

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A DESERTIFICAÇÃO NO BRASIL

No Brasil não há desertos. O que há em partes específicas do seu território são espaços pautados pela semi-aridez e espaços bem menores caracterizados pela aridez, em relação aos quais são variáveis os processos de degradação ambiental.

A ampliação desses processos pode contribuir para que tais espaços se transformem em áreas submetidas à desertificação.

O problema da semi-aridez também traz consigo dimensão social, pelo desmantelamento das estruturas econômicas e produtivas a cada período seco;

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PRINCIPAIS CAUSAS vulnerabilidade às secas, que impactam

diretamente a agricultura de sequeiro e pecuária;

fraca capacidade de reorganizar a estrutura produtiva do sertão ;

desmatamento resultante da pecuária extensiva e do uso de madeira para fins energéticos ;

salinização dos solos decorrente do manejo inadequado na agricultura e no pastoreio;

perda de dinamismo de atividades industriais e comerciais;

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Conseqüências Urbana

crescimento da pobreza urbana devido às migrações desorganização das cidades, aumento do desemprego e

da marginalidade aumento da poluição e problemas ambientais urbanos

Recursos naturais e clima perda de biodiversidade (flora e fauna) perda de solos por erosão diminuição da disponibilidade efetiva de recursos hídricos

devido ao assoreamento de rios e reservatórios aumento das secas edáficas por incapacidade de retenção

de água dos solos aumento da pressão antrópica em outros ecossistemas

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Conseqüências

Podem ser divididas em 4 grandes grupos, como mencionado a seguir:

Social abandono das terras por parte das populações mais pobres

(migrações) diminuição da qualidade de vida, com o aumento da mortalidade

infantil e diminuição da expectativa de vida da população desestruturação das famílias como unidades produtivas

Econômica e institucional queda na produção e produtividade agrícolas diminuição da renda e do consumo das populações desorganização dos mercados regionais e nacionais desorganização do estado e inviabilização de sua capacidade de

prestação de serviços instabilidade política

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Por que elaborar um programa estadual de combate à desertificação? • Compromisso da Convenção, o Brasil deverá

implementar as ações preconizadas no PAN;• O Estado do Ceará tem cerca de 90% de seu

território em região semi-árida;• Os eventos cíclicos agravam o problema (as secas

e inundações);• As mudanças climáticas também relacionam as

regiões semi-áridas como muito vulneráveis;

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Como elaborar?• MMA/SEDR coordena a elaboração do PAE,

através da Cooperação Internacional: GTZ e IICA;• Participação da sociedade, a exemplo da

construção do Programa Nacional;• Busca de sensibilização dos atores sociais;• Visão sistêmica;• Compreensão que o problema é de múltiplas

causas e terá portanto, múltiplas estratégias;• É importante construir indicadores fáceis de

mensuração;• Devemos monitorar e avaliar periodicamente a

implementação do Programa.

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A estratégia para elaboração

SRH/CE criou o GPCD (2006), composto de 19 representantes, com o objetivo de acompanhar a elaboração do PAE-CE.

Ponto focal governamental

Ponto focal parlamentar

Ponto focal não governamental

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Relatórios Fase do Projeto

Relatório 1

Plano de Trabalho, incluindo cronograma de atividades, lista de políticas, programas e ações relevantes e proposta de estruturação do PAE (índice geral).

Relatório 2

Análise da situação atual, incluindo a atualização do Panorama de Desertificação no Estado do Ceará, o levantamento das políticas públicas de interesse nas ASDS e a formulação de temas de concentração estratégica.

Relatório 3

Avaliação das Políticas, programas e projetos relevantes para as ASDS do Estado e a ações e iniciativas postas em prática na área de combate à desertificação.

Relatório 4

Estratégia do PAE, incluindo marco estratégico, eixos temáticos e áreas de concentração estratégica, propostas de ação e indicadores de monitoramento.

Relatório 5

Propostas para Implementação do PAE, incluindo a agenda de trabalho de implementação da primeira fase do PAE com a participação ativa dos atores sociais identificados.

Relatório 6

Proposta de Gestão do PAE, incluindo as bases para o estabelecimento do modelo e da estrutura de gestão e articulação com as políticas e programas relevantes.

Relatório 7

Relatório das três oficinas realizadas nas Áreas Susceptíveis à Desertificação (ASD) e dos dois seminários em Fortaleza-CE.

Relatório 8 Relatório Consolidado do PAE, constando da sistematização dos produtos acima referidos.

Relatório 9 Documento Síntese para publicação e divulgação: sumário executivo.

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Cronograma das Oficinas e SemináriosOficinas e

SemináriosLocal Inicio Fim

Oficina 1ASD Inhamuns, no município de Tauá ou Independência

18/06/200919/06/200

9

Oficina 2ASD Irauçuba, no município de

Irauçuba25/06/2009

26/06/2009

Oficina 3ASD Jaguaribe, no município de Jaguaribe ou Morada Nova

02/07/200903/07/200

9

Seminário 1 - Gestores

Fortaleza, local a combinar10/07/200

9

Seminário 2 - com os gestores e

representantes das ASDs, para

validação do PAE.

Fortaleza, local a combinar14/08/200

9

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As áreas susceptíveis à desertificação no Estado do Ceará

• ASD dos Sertões dos Inhamuns, composta de 5 municípios;

• ASD dos Sertões de Irauçuba, com 3 municípios;

• ASD dos Sertões do Jaguaribe , com 5 municípios ;

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Proposta de Recorte baseada no mapa de áreas degradadas susceptíveis ao processo de desertificação do Estado, da FUNCEME, 1994.

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Grandes Temas• Gestão Ambiental• Gestão Territorial• Bioma Caatinga e as mudanças climáticas:

cenários para o combate à desertificação no Estado

• Gestão participativa do Estado: Gestão pactuada• Cidadania ambiental• Superação da pobreza e da desigualdade social.

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Proposta de Estruturação • TOMO I - PANORAMA DA DESERTIFICAÇÃO NO ESTADO DO CEARÁ

- ESTADO ATUAL DE CONHECIMENTO• CAPÍTULO 1 - CONCEITUAÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO FISICA, SOCIAL E ECONÔMICA:

SEU SIGNIFICADO NA INCIDÊNCIA DA DESERTIFICAÇÃO DO CEARÁ• CAPÍTULO 2 - AS ÁREAS SUSCEPTIVEIS À DESERTIFICAÇÃO - ASDs NO ESTADO DO

CEARÁ• CAPÍTULO 3 – A TRAJETÓRIA DAS POLÍTICAS DE COMBATE À DESERTIFICAÇÃO• CAPÍTULO 4 - OPORTUNIDADES E DESAFIOS: POR QUE ELABORAR UM PROGRAMA

ESTADUAL DE COMBATE E CONVIVÊNCIA COM A DESERTIFICAÇÃO?

• TOMO II - ELABORAÇÃO DO PROGRAMA DE AÇÃO ESTADUAL DE COMBATE DESERTIFICAÇÃO

• CAPÍTULO 5 - A ESTRATÉGIA DO PROGRAMA DE AÇÃO ESTADUAL DE COMBATE À DESERTIFICAÇÃO

• CAPÍTULO 6 - A IMPLEMENTAÇÃO DAS AÇÕES DE COMBATE À DESERTIFICAÇÃO NO CEARÁ

• CAPÍTULO 7 - O PAPEL DOS STAKEHOLDERS NO PROCESSO DE COMBATE À DESERTIFICAÇÃO

• CAPÍTULO 8 - A GESTÃO DO PAE• CAPÍTULO 9 - SISTEMA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

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Próximos passos• Conclusão dos Relatórios, até 08/04;• Eventos e contatos:• FIEC • ASSEMBLEIA LEGISLATIVA• APRECE• AGROPACTO• PREFEITURAS – ASDS• OUTROS ÓRGÃOS ESTADUAIS (CONPAM,

SDA,SEPLAG, SECITECE)