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A Contribuição da Norma ISO 14064 para a Elaboração de Projetos Geradores de Crédito de Carbono Vitor Feitosa Coordenador do SC-09 – Sub-Comitê de Mudanças Climáticas da ABNT Membro do Conselho Temático de M.Ambiente da CNI Vitória Maio de 2008

A Contribuição da Norma ISO 14064 para a Elaboração de Projetos Geradores de Crédito de Carbono Vitor Feitosa Coordenador do SC-09 – Sub-Comitê de Mudanças

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A Contribuição da Norma ISO 14064 para a Elaboração de Projetos

Geradores de Crédito de Carbono

Vitor Feitosa

Coordenador do SC-09 – Sub-Comitê de Mudanças Climáticas da ABNTMembro do Conselho Temático de M.Ambiente da CNI

Vitória Maio de 2008

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Fonte: Rezende, 2000

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ISO 14064: A Norma de Mudanças Climáticas

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ISO TC 207 - Environmental ManagementISO TC 207 - Environmental Management

Working Group 5 Mudanças Climáticas Implantado em 2002 Coordenação da Malásia-Canadá Desenvolver nova Norma Internacional para

quantificação, relato e verificação de emissões e remoções de GEE em projetos e em organizações

Working Group 5 Mudanças Climáticas Implantado em 2002 Coordenação da Malásia-Canadá Desenvolver nova Norma Internacional para

quantificação, relato e verificação de emissões e remoções de GEE em projetos e em organizações

Comitês Nacionais “Espelhos”

- Governos - Indústria

- Consultorias - ONGs

Comitês Nacionais “Espelhos”

- Governos - Indústria

- Consultorias - ONGs

Nacional

Internacional

ISO WG5 – Mudanças Climáticas

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ISO 14064 – Gases de Efeito Estufa (Uma Norma em três Partes)

Parte 1:

Especificação e orientação a organizações para a quantificação e a elaboração de relatórios de emissões e remoções de gases de efeito estufa

Parte 3:

Especificação com orientação para a validação e verificação de declarações de gases de efeito estufa

ISO 14065 - Acreditação de Entidades Operacionais Designadas

Parte 2:

Especificação com orientação no âmbito do projeto para quantificação, monitoramento e elaboração de relatórios das reduções de emissão ou melhoria da remoção de gases de efeito estufa

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Principais Características e Princípios Direcionadores:

• Interação com os relatórios do IPCC.• Norma neutra (aplicável a todos os tipos de

programas ou regimes).• Rigor técnico, pois há conceitos novos e de

difícil aferição e medição.• Ampla participação de países.• Compatibilidade e consistência com:

– Protocolos de GEE do WBCSD e WRI;– Mecanismos de flexibilização de Quioto

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ISO 14064 Parte 1: Conteúdo1. Escopo

2. Definições

3. Princípios

4. Planejamento e Desenvolvimento de Inventários de GEE

4.1 Limites Organizacionais

4.2 Limites Operacionais4.3 Quantificação de Emissões e

Remoções de GEE

5 Componentes do Inventário de GEE

5.1 Emissões e Remoções de GEE5.2 Atividades da Organização para

reduzir emissões ou ampliar remoções de GEE

5.3 Ano-base do Inventário de GEE

5.4 Avaliação e Redução da Incerteza

  

6 Gerenciamento da Qualidade do Inventário de GEE

6.1 Gerenciamento de informações de GEE

6.2 Retenção de documentos e manutenção de registros

7 Elaboração de Relatórios de GEE

7.1 Geral

7.2 Planejamento do relatório de GEE

7.3 Contúdo do relatório de GEE

8 Papel da Organização em Atividades de Verificação

8.1 Geral

8.2 Preparação para a verificação

8.3 Gerenciameno da verificação

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Relação entre fontes, sumidouros e Unidades operacionais

Limites da Organização

Nota:As emissões e remoções de GEE são agregados das quantificações de fontes e sumidouros de cada Unidade da Organização.

x = número de Unidades dentro dos limites organizacionais

n = número de fontes e sumidouros de GEE de cada Unidade da Organização

Emissões e Remoções da

Organização (bruto)

Fonte 1,nFonte 1,1

Sumidouro 1,1

Unidade 1

Sumidouro 1,n

Fonte x,nFonte x,1

Sumidouro x,1

Unidade x

Sumidouro x,n

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s Objetivo • Requisitos gerais para proponentes (“o que”, não “como”).

• Neutralidade quanto a regime, tamanho ou tipo.

Estrutura • Requisitos para tratar emissões e remoções de GEE em organizações.

• Anexos informativos complementam os requisitos.

Princípios - Integralidade - Transparência

- Consistência - Relevância

- Precisão

Limites Organizacionais

• Definidos pela Organização em relação a suas Unidades.

• Métodos: 1) Controle operacional, 2) Participação acionária, 3) Controle financeiro ou administrativo

Emissões / Remoções diretas

• Originadas dentro dos limites organizacionais definidos

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Emissões indiretas no uso de energia

• Originadas das emissões decorrentes da geração de energia (elétrica, térmica ou outras emissoras).

Outras emissões indiretas

• Emissões que são consequência das atividades da Organização mas que ocorrem a partir de fontes controladas por outra Organização (ex. transporte de produtos, viagens de empregados, etc.)

Quantificação de emissões e remoções de GEE

1) Identificação de fontes e sumidouros

2) Seleção da metodologia de quantificação

3) Seleção e obtenção dos dados

4) Seleção ou determinação dos “fatores de emissão”

5) Cálculo das emissões e remoções de GEE

Reduções e Remoções de GEE

• Emissões devem ser quantificadas por operação

• Para remoções isso é um indicativo

• As reduções/remoções totais devem ser agregadas por operação

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Redução de Emissões ou Aumento de Remoções

• Foco no melhoramento contínuo

• Em ações de controle direto do proponente

• Ganhos no tempo correlacionáveis a ações ou programas específicos

Ano-base do inventário

• Deve-se estabelecer um ano-base histórico

• Ano, média geométrica ou médias móveis de anos

• Pode-se trocar o ano-base, justificando e documentando

Qualidade da informação do inventário GEE

• Aplicar procedimentos de gerenciamento da informação em GEE

• Registros e Documentos

Relato de GEE(Conteúdo do Relatório)

1) Mandatório (ex. Sumário da organização, período, limites organizacionais, emissões diretas/indiretas e relacionadas, ano-base, metodologia de quantificação, declaração de verificação)

2) Sugestivo (ex. Missão, políticas e estratégias em GEE, gerenciamento das informações de GEE e práticas de monitoramento)

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Potenciais Benefícios da ISO 14064 – Parte 1

• Internos:– Prover orientação técnica– Assegurar consistência para um Programa de

Gerenciamento de GEE

• Externos:– Aumentar a credibilidade de determinada

abordagem no gerenciamento de GEE (ex. comunicações com stakeholders)

– Aumentar a compatibilidade com requisitos externos

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ISO 14064 Parte 2: Aplicação

A Parte 2 estabelece princípios e especifica requisitos de processo ao invés de prescrever critérios específicos e procedimentos.

Consultas públicas a stakeholders

Legislação aplicável

O proponente do projeto deve considerar estas

relações para planejar e implementar um projeto de

GEE:

ISO 14064-2 (Norma com requisitos auditáveis)

Outros Padrões Relevantes (ex: critérios, regras,

metodologias e equipamentos reconhecidos)

Programa de GEE específico (ex, requisitos, critérios,

regras e políticas adicionais)

Boas Práticas (ex. critérios, metodologias e ferramentas

reconhecidos)

Mercado para os créditos

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Princípios - Integralidade - Transparency- Consistência - Relevance- Precisão - Conservadorismo

Fontes e Sumidouros de GEE

• Controlados pelo projeto• Relacionados ao projeto (fluxos de energia e materiais)• Afetados pelo projeto (leakage)

Limites • Não especifica fronteiras para os GEE, mas requer a que as fontes e sumidouros do projeto sejam comparáveis ao da linha de base.

Baseline (Linhas de Base)

• Especifica requisitos para se selecionar ou definir um cenário de referência e métodos de quantificação

• Não especifica procedimentos para definição de baseline ou “como” quantificar.

Adicionalidade • Obriga a definição e aplicação de critérios que demonstrem que o projeto resulta em redução de emissões ou aumento de remoções que são adicionais ao que ocorreria na ausência do projeto.

Relatórios • Devem ser validados e/ou verificados• Deve haver um relatório do projeto que fique disponível ao

público, contendo requisitos mínimos.

ISO 14064 Parte 2: Aspectos Chaves

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ISO 14064 Parte 2: Benefícios

• Aumentar a credibilidade, consistência e transparência de relatórios de projetos de gerenciamento de GEE;

• Assegurar a integridade ambiental da quantificação de GEE;

• Encorajar a abordagem conservadora no desenvolvimento de cenários de referência (baselines);

• Promover o desenvolvimento e a implementação de projetos de GEE;

• Facilitar a geração e comercialização de créditos de carbono derivados da redução de emissões ou aumento de remoções.

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ISO 14064 Parte 3: Benefícios• Aumenta a credibilidade, consistência e transparência das

Declarações de GEE;• Facilita o desenvolvimento e implementação de sistemas

de gerenciamento de informações para organizações ou projetos;

• Habilita o rastreamento de performance• Identifica riscos e responsabilidades no contexto de GEE• Aumenta a transparência de relatórios financeiros e

identificação de passivos ambientais• Aumenta a confiança do investidor• Facilita a obtenção e comercialização de créditos de

carbono• Aumenta a integridade ambiental

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Uso Potencial da ISO 14064

• Organizações:– No caso de grandes corporações transnacionais, auxílio

no gerenciamento das emissões de GEE, incluindo-se sistemas internos de comércio de emissões e inventários;

– Gerenciamento responsável dos impactos ao clima e preparação para o “mercado verde”;

– Identificação de aspectos relativos a GEE na cadeia de suprimentos;

– Avaliações de potenciais projetos para CDM ou JI;– Suporte às empresas de serviços (certificadoras de

inventários, brokers de projetos de GEE, etc.)– Outros tipos de organizações tais como instituições

internacionais de financiamento (ex. Banco Mundial).

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• Políticas Nacionais e Internacionais:• Qualquer política que requeira quantificação e relato

de emissões de GEE;• Implementação de programas de comércio de

emissões• Desenvolvimento de estratégias nacionais em CDM e

boa avaliadora de pré-eligibilidade de projetos• Desenvolvimento de “fundos de investimentos verdes” • Conecta abordagens diferentes (Kioto e não-Kioto)• Dá suporte a iniciativas voluntárias de gerenciamento

e relato de GEE (ex. Global Reporting Initiative)

Uso Potencial da ISO 14064

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Mas o que é mesmo Mudança Climática?

• A Mudança Climática é a consequência ambiental…

• …de uma equação econômica complexa adotada (modelo econômico).

• A ação será necessariamente econômica…• …para gerar a solução ambiental desejada.

E isso implica riscos…

… que devem ser tratados por uma boa governança corporativa.

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