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ENTREVISTA Newton Soler, T-50, conversa sobre os primeiros anos do ITA São José dos Campos, Dezembro de 2011. Primeira Edição CASDVest tem Aula Magna com Marcos Pontes como Preletor A Feira de Ciências do ITA revela bons trabalhos dos alunos AASD encerra ano com três projetos bem-sucedidos

A Cova, Nº 1, ano 2011

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Edição de retorno da revista do Centro Acadêmico Santos Dumont (CA dos alunos do ITA)

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Page 1: A Cova, Nº 1, ano 2011

ENTREVISTA Newton Soler, T-50, conversa sobre os primeiros anos do ITA

São José dos Campos, Dezembro de 2011.

Pr

ime

ira

Ed

içã

o

CASDVest tem Aula

Magna com Marcos

Pontes como Preletor

A Feira de Ciências

do ITA revela bons

trabalhos dos alunos

AASD encerra ano

com três projetos

bem-sucedidos

Page 2: A Cova, Nº 1, ano 2011

Edição Geral

Lamounier Soares, T14 [email protected]

Projeto Gráfico e

Diagramação

Alexandre Ferraz, T15 [email protected]

Redação

Mariana Caldas, T14 ITA Júnior

Tarcisio Gripp, T14

ITAndroids

Daniel Sampaio, T14 Fórmula SAE

Lamounier Soares, T14

Vandilson Filho, T15 CASDVest

Marcus Ganter, T14 REUNES 2011

Matheus Barbosa, T13‟ Atlética

Igor Oliveira, T15 AASD

Tatiana Meinertz AIESEC

Murilo Borges, T14 Baja

Bráulio Fernandes, T11 eITA

Bruno Bluhm, T14 Feira de Ciências

Juliano Campos, T13 Charge

Filipe Melo, T13 RUSD

Ian Barreto, T14 RedeCASD

Danilo Miranda, T12 Rocket Design

Olaf Palmer, T13 Semear

Editorial....................................................................

Iniciativas: Rede CASD.................................................

REUNES 2011...............................................................

Instituto Semear...........................................................

Iniciativas: Rocket Design............................................

Entrevista: Newton Soler Saintive...............................

Iniciativas: AASD..........................................................

Iniciativas: Atlética.......................................................

Iniciativas: Baja............................................................

Iniciativas: CASDVest...................................................

Iniciativas: eITA............................................................

Feira de Ciências...........................................................

Iniciativas: Fórmula ITA..............................................

Iniciativas: ITA Júnior.................................................

Iniciativas: AIESEC......................................................

Iniciativas: RUSD.........................................................

Tartarugas Ninja: Apresentação..................................

Tartarugas Ninja: Donatello.........................................

Tartarugas Ninja: Rafael...........................................

Tartarugas Ninja: Michelangelo..................................

Iniciativas: ITAndroids................................................

Palavra do Presidente...................................................

Charge...........................................................................

Qual a diferença?.........................................................

Dezembro de 2011

Expediente

ÍNDICE

“Agradecemos a todos que contribuíram para o sucesso desta

edição, mesmo que não citados."

3

4

5

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7

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Page 3: A Cova, Nº 1, ano 2011

de histórias para contar.

Histórias da nossa escola e

comunidade.

É nesse espírito que

A Cova volta dessa vez: no

de registrar a história que a

gente está escrevendo

agora. Sejam notícias sobre

as iniciativas ou o registro

da coisa mais carteada que

aconteceu no H-8, eu fico

imaginando um bixo da T-

30 lendo as próximas

páginas desta revista e

pensando “eita, que legal o

que a ITA Jr fez em 2011”

ou “olha aí, o REUNES já

era um evento massa numa

de suas primeiras edições”.

O valor do que a gente

registra só cresce com o

passar dos anos.

E o que esta edição

de retorno traz? Bom,

notícias sobre as várias

iniciativas do nosso H-8

têm aos montes. Também

têm uma entrevista com um

iteano da primeiríssima

J á foram vários os

informativos e jornais

do Centro Acadêmico

Santos Dumont que

circularam por esse H-8. A

Cova, O Complemento, O

Suplemento¹, A Voz do ITA,

O Higiênico e o Jornal do

CASD estão entre os

periódicos escritos e

publicados por alunos do

ITA. Por algum motivo,

porém, eles eventualmente

deixaram de ser publicados.

Veja você, o título

deste texto foi tirado de

uma edição antiga d‟A Cova,

por ocasião da retomada da

publicação da mesma. Se

você der uma olhada no

Acervo do DID

(Departamento de Impressa

e Divulgação) no site da

wikita, vai notar que os

periódicos já se foram e

voltaram algumas vezes. E

se você de fato ler os

periódicos, verá o quanto

eles são divertidos e cheios

A Cova voltou! turma do ITA e um texto

escrito pelo presidente do

CASD, na coluna “Palavra

do Presidente”. Há ainda

artigos assinados pelas

“tartarugas-ninja”, colegas

iteanos que desfruturão de

pseudônimos e escreverão

sobre qualquer assunto,

relacionado ao ITA/H-8 ou

não.

A revista será

bimestral, e nós contamos

com o feedback da

comunidade para melhorar

o nosso trabalho. Por isso, e

-mails com elogios, críticas

e sugestões são muito bem-

vindos. Quem quiser

colaborar com matérias ou

ainda achar que tem algo

bacana para divulgar aqui

na revista, é só falar.

Essa revista é nossa,

colegas iteanos. Vamos

registrar o que nós fazemos,

o que acontece no ITA

enquanto nós o vivemos, e

quem sabe um bixão no

futuro vai olhar para nós de

longe e ver que, na nossa

época, nós fizemos uma

história digna de ser lida e

contada. A Cova, de fato,

voltou, e, se formos

afortunados, ela não

precisará voltar mais.

¹ O Suplemento já existiu

como periódico do CASD.

Hoje, como você que está

lendo esta revista

obviamente sabe, ele é uma

realização da AEITA.

3

Editorial

Capa da nova edição foi baseada na de 83

Page 4: A Cova, Nº 1, ano 2011

O c o m e ç o d a

RedeCASD foi simples, com

p o u c o s c o m pu t ad o r e s

conectados com hubs

doados. Em 1996, o H8 viu

ser criada, junto com a

tentativa de reavivar o CASD

após o seu fechamento, a

Comissão de Redes do CASD.

A Comissão, algum tempo

depois, por iniciativa dos

membros, se consagrou

como RedeCASD, uma

iniciativa autônoma, técnica,

com foco no H8 e no

aprendizado do membro. O

que começou com uma

tendência de entretenimento

com jogos em rede passou a

servir de plataforma a vários

recursos que enriqueceram o

ambiente do H8 com a ágil

t r o c a d e a r q u i v o s

compartilhados, servidores

d e e m ai l s e l i s t a s ,

hospedagem gratuita de

sites, entre outros.

Um dos sonhos da

RedeCASD era ter todo o H8

conectado em uma rede

estável totalmente gerida por

alunos, o que só se

completou vários anos após

sua criação.

“Habemus Rede”

“A RedeCASD é um sonho realizado e representa a

capacidade de fazer acontecer dos alunos do ITA”

Este ano, a RedeCASD

provou o sucesso do modelo

Rede+NET, que possibilita o

acesso da sua internet de

qualquer lugar do H8, usando

a infraestrutura da Rede. As

últimas limitações à boa

conexão do H8 continuam a

ser a instabilidade da NET e

da Rede do ITA, que nos

repassa a conexão à internet.

Desde a semaninha,

vários problemas com

switches do ITA, do GIA e do

INPE têm deixado a conexão

com o link do ITA bem

instável, funcionando bem

apenas em horário comercial

devido a falhas de sistema

desses switches.

O M e m b r o d a

RedeCASD recebe grande

quantidade de treinamentos e

aulas para se capacitar a

resolver problemas e criar

soluções. Por isso, todos os

membros da iniciativa têm

c o n h e c i m e n t o s o b r e

Protocolos TCP/IP, ICMP,

Topologia de Rede, instalação,

configuração e administração

de ambientes em Linux, Bash,

servidores de DHCP/DNS,

QoS, Firewall.

Desde o fim do ano

passado, a RedeCASD está

implementando configuração

de servidores via uma

ferramenta especializada, o

Puppet, que permite a

centralização de configurações

de todos os servidores em um

s e r v i d o r c e n t r a l c o m

segurança.

APRENDIZADO DOS MEMBROS HISTÓRIA

ESTE ANO

Foi-nos informado que

o reitor¹ estaria cuidando

pessoalmente disso, mas que

não havia previsão para

conserto. Segundo o Setor de

Informática do ITA, a

reposição de equipamento

custaria R$1.000.000,00 (um

milhão de reais), o que exige o

envolvimento em grande

burocracia.

Outros projetos da

RedeCASD para este ano,

como o cabeamento dos

apartamentos do B-, estão em

repouso por falta de materiais

espec íf icos, que serão

comprados no momento em

que chegarem às lojas.

Iniciativas: RedeCASD

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Page 5: A Cova, Nº 1, ano 2011

abordados e mais de vinte

universidades, entre elas USP,

Unicamp, FGV, Insper, ESPM,

UFPR, UFRJ, UFMG, PUC,

UniVap, Unesp e outras. Mais

de 350 participantes e 1000

pessoas atingidas direta e

indiretamente, gente engajada

e proativa com vontade de

empreender e transformar,

que leva mais uma vez uma

imagem positiva do Instituto

Tecnológico de Aeronáutica.

Neste ano, foram

m i n i s t r a d a s d e z e s s e i s

palestras no sábado, com

destaque para Hugo Penteado,

Denis Russo, Daniel Izzo e a

sensacional palestra magna

com Edgard Gouveia. No dia

seguinte, domingo 6, foram

realizados oito workshops,

A REUNES agarra o

desafio de desenvolver

nos universitários visão e

ação empreendedoras

voltadas para ajudar o

próximo.

“Reunir, conectar e

i n s p i r a r j o v e n s p a r a

empreendermos já um mundo

melhor.” Essa é a missão da

REUNES, evento criado pela

CASSIS em 2007, com edições

em 2008, 2010 e 2011. A

Reunião Universitária de

E m p r e e n d e d o r i s m o e

Responsabilidade Sócio-

Empresarial tem o propósito

m a i o r d e i n t e g r a r o

universitário com práticas de

e m p r e e n d e d o r i s m o ,

responsabi l idade sócio -

empresarial e soluções

t e c n o l ó g i c a s p a r a o s

problemas da sociedade.

Em sua quarta edição,

com o slogan “Criando

S o l u ç õ e s T e c n o l ó g i c a s

Inovadoras”, a REUNES 2011

aconteceu nos dias 5 e 6 de

novembro, e trouxe o tema de

e m p r e e n d e d o r i s m o e

responsabilidade social, sob o

ponto de vista mais prático e

simples, pensando em ser um

próximo passo após a

introdução do que são

negócios sociais, feita nas

outras edições do evento.

Ao todo foram quatro

estados (São Paulo, Paraná,

Minas Gerais e Rio de Janeiro)

REUNES 2011 com muitos elogios para o

workshop sobre IDDS

( i d d s u m m i t . o r g ) e o

workshop de Teatro e

Empreendedorismo. No

mesmo dia, houve a feira com

ONGs e entidades estudantis,

como o CASD Vestibulares,

expondo o seu trabalho e

realizando networking. No

e n c e r r a m e n t o , h o u v e

exposição de três ideias de

negócios, fechando com uma

homenagem à equipe e um

vídeo emocionante, feito de

d e p o i m e n t o s d o s

participantes durante o

evento.

A REUNES agarra o

desafio de desenvolver nos

universitários visão e ação

empreendedoras voltadas

para ajudar o próximo. Mais

que isso, a meta é se tornar

um ponto de encontro para

que jovens de vários estados

brasileiros possam se reunir e

não só assistir palestras, mas

também trocar experiências e

idéias inovadoras adotadas

em outros ambientes e por

gente dos mais variados

cursos.

REUNES 2011

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Page 6: A Cova, Nº 1, ano 2011

Instituto Semear

Instituto Semear

chamados de jovens-semente.

São universitários no início da

vida acadêmica, todos ex-alunos

do CASD Vestibulares. Ao longo

deste ano, foram desenvolvidas

várias atividades, entre

encontros, programas de

acompanhamento, palestras,

treinamentos e eventos voltados

a desenvolvimento de carreiras

e aumento da rede de contatos.

A bolsa é o auxílio

financeiro que visa

principalmente evitar a evasão

do aluno pela limitação da renda

e para haver dedicação às

atividades acadêmicas sem

Em 2010, Tiago Feijão

(MEC-12) e Antônio César

(MEC-13) pensaram e

investiram na ideia de dar

continuidade ao apoio oferecido

pelo CASD Vestibulares aos

alunos de baixa renda que

ingressavam na

universidade e que, por

vários motivos,

enfrentavam uma série de

dificuldades pela

limitação financeira,

principalmente no início

do curso. Dessa forma,

iniciaram-se os trabalhos

de estruturação de uma

Organização Não-

Governamental com um

objetivo maior: aproveitar

talentos colhidos dessa

parcela de jovens e apoiá-

los para, além de superar a

dificuldade financeira, ajudá-los

a desenvolverem-se pessoal e

profissionalmente.

Essa proposta contagiou

muita gente boa em São José

dos Campos, a qual contribuiu

para a criação e estruturação do

Instituto Semear. Uma

organização que auxilia e

promove o desenvolvimento de

jovens universitários de baixa

renda e com grande potencial de

transformação pessoal e social,

o Semear oferece bolsa de

estudos, acompanhamento de

carreira, treinamentos e

networking, a fim de alavancar

oportunidades, ajudá-los a

vencer as próprias dificuldades e

tornarem-se grandes exemplos

de sucesso e superação.

Desde o início de 2011, o

Instituto conta com 26 bolsistas,

grandes preocupações com

gastos com moradia e

alimentação. O programa de

acompanhamento prevê a

escolha de mentores que serão

referências profissionais para

cada um dos bolsistas. São

profissionais de diversas

áreas em São José dos

Campos, e atuam como

conselheiros de cada um

dos jovens-semente. E

por fim, a formação da

rede, um grupo cada vez

maior e unido de gente

imbuída com propósitos

de transformação social.

A pretensão é fechar um

círculo virtuoso de modo

a edificar um grande

movimento de inversão

da pirâmide social

brasileira.

Assim, o Instituto Semear

almeja disseminar esta

aspiração aos que acreditam

num Brasil melhor e mais justo,

possível por meio da educação e

da força solidária.

www.isemear.com.br

Fechando um novo círculo virtuoso

Ozires Silva – Inspirando futuros empreendedores

Os jovens-semente do Instituto Semear

6

Page 7: A Cova, Nº 1, ano 2011

de diâmetro. Os requisitos da

categoria básica eram projetar

um veículo lançador capaz de

atingir 10.000 pés (aprox. 3

km), levando uma carga útil de

10 libras (aprox. 4,5 kg) e que

estivesse em condições de voar

uma segunda vez.

Não seria possível viajar

pelas companhias aéreas com o

foguete montado e carregado

com propelente. Sendo assim, o

foguete foi levado desmontado e

sem nenhum combustível. O

combustível, que é amador, foi

adquirido nos EUA (o nitrato de

potássio foi comprado na

internet e o açúcar foi comprado

n u m s u p e r m e r c a d o ! ) e

cozinhado no próprio local da

competição.

O quarto do hotel foi

transformado em laboratório

improvisado, para que o

combustível do foguete fosse

O desafio teve inicio em

janeiro de 2011, quando uma

equipe constituída por alunos

do ITA (Oswaldo Loureda –

pós-graduação em Engenharia

Aeroespacial, Danilo Miranda -

graduação em Engenharia

Aeroespacial e Eduardo

Jourdan – graduação em

Engenharia Aeroespacial)

decidiu participar da primeira

edição internacional de uma

das competições de foguetes

mais famosas nos EUA, a IREC

( I nt e r c o l l e g i a t e R o c k et

Engineering Competition), a

qual ocorre anualmente na

cidade de Green River, Utah.

A equipe projetou um

foguete, o ITARocket v2, com

propelente sacarose/nitrato de

potássio para participar da

categoria básica da competição.

As dimensões do foguete eram

2m de comprimento por 7,5 cm

Primeira participação do Rocket Design ITA “cozinhado”, a eletrônica fosse

programada e o foguete fosse

pintado e integrado. Esse

trabalho custou três dias

int e iros d e de dic aç ão ,

madrugadas inclusive, para que

ao final da semana o foguete

pudesse voar. Antes disso

ainda, a equipe fez uma

apresentação oral de todo o

projeto para juízes avaliadores

e diante das demais equipes,

apresentação essa que foi

bastante elogiada.

Os juízes f icaram

p a r t i c u l a r m e n t e

impress ionados com o

conhecimento demonstrado

pela equipe brasileira e pela

versatilidade e criatividade

para integrar e preparar o

foguete em três dias, com

materiais de baixo custo

comprados em prateleiras de

supermercado, e com foguete

de dimensões bem inferiores

aos foguetes das demais

equipes.

Essa boa impressão e o

vôo l impo do foguete

p e r m i t i r a m à e q u i p e

Montenegro conquistar o

prêmio “Jim Furfaro Award for

Technical Excellence” (prêmio

de melhor projeto), dentre doze

equipes de quatro países, a

maioria delas do próprio EUA.

A equipe brasileira

também editou um vídeo sobre

a sua part icipação na

c o m p e t i ç ã o ( h t t p : / /

www.youtube.com/watch?

v=TJhDLCv6CDc). Há ainda

um vídeo completo da

c o m p e t i ç ã o ( h t t p : / /

www.youtube.com/watch?

v=Ry9P_FSbn3c).

Foto Oficial. A dupla de brasileiros está vestida de preto e se encontra no lado direito da foto. Repare que o foguete brasileiro era de longe o menor da competição.

Iniciativas: Rocket Design

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Page 8: A Cova, Nº 1, ano 2011

Entrevista: Newton Soler Saintive

princípios foram cultivados nas

primeiras turmas do ITA?

Newton: Nossa turma passou

dois anos na ETE, e dois no

Ministério de Aeronáutica, estes

últimos com os professores do

MIT (Theodore Theodorsen,

Christensen, AP Fraas, Dubois

etc). Na ETE o regime era o de

um estabelecimento de ensino

militar, com disciplina rígida

etc. Com os americanos houve

uma mudança radical, provas

onde o professor saía da sala etc.

Este sistema foi adotado pelas

turmas seguintes.

A Cova: Havia alguma

tradição importante que se

perdeu ao longo dos anos?

A Cova: Como o senhor e seus

colegas de turma souberam do

ITA? Houve divulgação externa

ou foi somente na Aeronáutica?

Newton: Até 1945, somente

oficiais aviadores podiam

prestar concurso na Escola

Técnica do Exército, atual IME,

para cursar engenharia de

aeronáutica. A partir de 1946, as

vagas foram estendidas para

oficiais especialistas e para

“ p a i s a n o s ” : a l u n o s d e

engenharia, de física e de

matemática, bem como para ex-

cadetes do ar reprovados em

pilotagem, todos com o 1º ano

completado. A partir desse ano,

sempre houve divulgação

externa. Todos os candidatos –

oficiais (Exército/ Aeronáutica)

e paisanos – faziam as provas

juntos. Minha turma inicial foi

composta por oficiais (aviadores

e especialistas), alunos de

engenharia e ex-cadetes do ar.

Os paisanos foram promovidos

a Aspirante da Reserva Técnica

da Aeronáutica. Nenhum

candidato que já cursava

engenharia terminou o curso.

A Cova: Um dos principais

diferenciais do ITA é o conjunto

de princípios éticos que regem

os alunos. Como esses

Alguma que acha que deveria

ser resgatada?

Newton: Não me lembro de

nenhuma tradição especial de

nossa turma.

A Cova: Além dos princípios

é t i c o s , m e n c i o n a d o s

a n t e r i o r m e n t e , o u t r o

diferencial do ITA é a união das

turmas, o espírito de família

que elas têm. O senhor pode

falar um pouco da T50? O que

nessa turma marcou a sua

vida?

Newton: Durante o curso,

fizemos muitas amizades,

inclusive com alguns colegas

que foram desligados. Depois da

f o r m a t u r a , h o u v e u m a

dispers ão , com co l egas

transferidos para Curitiba,

Recife, São Paulo, Rio de

Janeiro etc. Eu mantive contato

com o colega Jayme Flores

Pereira até a sua morte, e seus

filhos e netos são amigos de

minhas filhas e netos até hoje.

Lamentavelmente, todos os

colegas de turma já faleceram.

A Cova: Como a T50 fez boa

parte do curso na ETE, o senhor

poderia falar quais foram as

principais diferenças entre o

curso na ETE e no ITA?

Newton: A turma de 50 só

conheceu o ITA – São José dos

Campos na formatura. A

diferença entre o curso na ETE e

Ministério de Aeronáutica é que

a ETE tinha instalações e

laboratórios adequados, e no

Ministério de Aeronáutica

ENTREVISTA

Newton Soler Saintive (Turma de 50) Aluno pioneiro do ITA

N ewton Soler Saintive, carioca de 83 anos, é um dos 13

pioneiros alunos do ITA, da turma de 50. Com uma

longa carreira como engenheiro aeronáutico, Newton

mantém disposição para continuar trabalhando e exercendo

a profissão que ama. No dia 28 de novembro, ele concedeu

entrevista à Cova, quando contou um pouco da sua história

e de como era o ITA nos seus primeiros anos de existência.

“Um visionário, Casimiro

Montenegro Filho,

vencendo obstáculos

imensos, conseguiu a

criação do

ITA, que formou

excelentes engenheiros

de aeronáutica,

eletrônica etc.”

8

Page 9: A Cova, Nº 1, ano 2011

preparados e passou a procurá-

los, pagando salários superiores

àqueles pagos pelas companhias

aéreas, por exemplo.

A Cova: Como foi sua vida

profissional? Ter se formado no

ITA foi crucial para seu

desenvolvimento e sua carreira?

Newton: Trabalhei como

engenheiro da FAB (Parque de

Aeronáutica de São Paulo). Ao

dar baixa, trabalhei na Willys

Overland, Sadia Transportes

Aéreos (depois Transbrasil),

Metal Leve, Blindex, Vasp e Air

Brasil. O curso do ITA foi muito

importante para minha carreira,

não só pela bagagem adquirida,

como pelo hábito de estudar.

A Cova: O senhor continua a

trabalhar. Fale-nos um pouco

do seu trabalho e de como

consegue manter tamanha

disposição.

Newton: Atualmente dou aulas

numa escola de formação de

pilotos e de despachantes de voo.

Eventualmente dou aulas de

“performance de aviões” para

pilotos de pequenas companhias

aéreas que não possuem

tínhamos salas improvisadas e

aulas práticas (Túnel de Vento,

oficinas) no Campo dos Afonsos

– no subúrbio de Marechal

Hermes. Não há como comparar.

Posteriormente fiz dois cursos

n o I T A : A d a p t a ç ã o d e

T e r m o p r o p u l s o r e s , e

L a b o r at ó r io d e E n s a i o s

Mecânicos. Este último com o

s a u d o s o p r o f e s s o r O t o

Weinbauen, que fora professor

da ETE, e o Ministério de

Aeronáutica, acertadamente, o

contratou para o ITA.

A Cova: Como ocorreu a

criação e a estruturação do

Centro Acadêmico Santos

D u m o n t ? C o m o e r a o

relacionamento do CASD com a

Reitoria e com o CTA?

Newton: O CASD foi fundado

em São Jose dos Campos. Nós

não tínhamos reitoria, e o CTA

foi criado no último ano de

nosso curso (1950).

A Cova: Quais os principais

destinos do pessoal que se

formava no ITA? Muita gente

s e g u i a a c a r r e i r a d e

engenharia? Acha que isso

mudou com o passar dos anos?

N e w t o n : T o d o s o s

componentes da turma de 50

serviram na FAB como

engenheiros até a aposentadoria.

Eu fui o único que pediu

demissão do serviço ativo da

FAB, e me aposentei como civil.

Na vida civil só trabalhei como

e n g e n h e i r o . A p ó s a

aposentadoria, dos 13 formandos

de 50, apenas um ou dois não

exerceram função de engenheiro.

Um de meus colegas, Urbano

Ernesto Stumpf, é considerado o

“Pai do motor a álcool”. O

Mercado verificou que os

e n g e n h e i r o s e r a m b e m

departamento de ensino. Tenho

quatro livros publicados para

este público. Minha disposição

com quase 84 anos se deve a

exercícios físicos (três vezes por

semana na Associação Cristã de

Moços), nunca ter fumado, e

alimentação balanceada. E,

naturalmente, estar exercendo a

profissão que eu gosto.

A Cova: Como o senhor avalia

o ITA no cenário nacional,

c o m p a r a d o a o u t r a s

universidades e tendo em mente

a importância do Instituto para

o desenvolvimento do país?

Newton: Na década de 50,

ninguém imaginaria que o Brasil

teria, no fim do século, uma

fábrica de aviões competindo

com a Bombardier, a Cessna, e,

mesmo, nos aviões de 100

lugares, com a Boeing e a Airbus.

Um visionário, Casimiro

Montenegro Filho, vencendo

obstáculos imensos, conseguiu a

criação do ITA, que formou

excelentes engenheiros de

aeronáutica, eletrônica etc.

Alguns desses engenheiros, entre

os quais Ozires Silva, lutaram e

conseguiram que o Ministério de

A e r o n á u t i c a c r i a s s e a

EMBRAER; portanto o ITA é

responsável pela criação da

maior empresa de tecnologia da

América do Sul.

A Cova: Na década de 50, as

pessoas não conheciam bem o

desafio o qual vocês – Casimiro,

alunos e professores – se

propuseram a enfrentar. Como

é olhar para trás e ver que a

missão foi cumprida?

Newton: Olhando para trás, os

iteanos veem que a realidade

s u p e r o u o s s o n h o s d e

Montenegro e da equipe de

abnegados que o auxiliaram.

Entrevista: Newton Soler Saintive

Newton Soler Saintive

9

Page 10: A Cova, Nº 1, ano 2011

Com três anos de

existência, o modelo de

atuação da AASD está

estruturado de forma a

atender melhor as demandas

da comunidade. Além de

desenvolver seus próprios

projetos, estamos envolvidos

com vários de outros alunos

do ITA. Trabalhamos dando

suporte aos projetos pessoais

de alunos, garantindo, por

exemplo, que o Manga da

T12 apresente seu paper no

Computer on the Beach;

captando para as iniciativas

do H8; oferecendo bolsas-

auxílio aos Iteanos mais

carentes; e entregando

projetos de estruturação

física dos espaços do H8.

Em termos práticos, a

AASD busca patrocínios e

doações da Comunidade

Iteana, da sociedade e de

empresas, trabalhando para

tornar Cultura de Doações

uma realidede no ITA. Para

sonhar tão grande, é preciso

um grupo focado e altamente

capaz de entregar resultados,

dispostos a doar tempo para

c o n t r i b u i r c o m o

desenvolvimento de nossa

Escola. É esse tipo de gente

que compõe a equipe AASD e

que procuramos todos os

anos para trabalhar conosco.

AASD

A sala de cinema do H8, o

Cineclube, foi outro espaço que

recebeu doações de ex-alunos

para ser melhorada. Graças a T66

a s a l a g a n h o u n o v o s

equipamentos de som, projetor

de alta definição, tela de projeção

e pintura.

Durante o encontro de 50

anos de vestibular da T66, no dia

8 de outubro, a turma visitou o

H8 especialmente para inaugurar

Durante o Sábado das

Origens, aconteceu a inauguração

do Gagá8. A AASD conduziu o

projeto, com o apoio de um

Iteano doador, e transformou as

duas antigas salas, em péssimas

condições de conservação, em um

espaço de qualidade, composto

de três salas equipadas com

mesas, cadeiras e lousas.

A inauguração contou com

a especial presença do doador,

Sidney Breyer (MEC93), além da

presença de outros Iteanos que

vieram a São José para

comparecer ao Sábado das

Origens. Ao final da cerimônia,

Sidney descerrou uma placa em

sua homenagem onde deixou sua

mensagem para todos que por lá

passam: “Hoje você estuda aqui

para no futuro fazer sua doação”.

Inauguração do Gagá8

Cineclube

a sala. Após uma exposição de

fotos dos seus anos de graduação

no ITA e vídeos da turma no

Cineclube, os veteranos tiveram a

oportunidade de andar pelos

corredores e quartos do H8,

conversando com os atuais

moradores de suas antigas vagas,

possibilitando um grande

m o m e n t o d e t r o c a d e

experiências entre gerações tão

distintas de Iteanos.

Iniciativas: AASD

O programa de Bolsas da

AASD continua trazendo muitos

benefícios para colegas do H8.

São concedidas bolsas-auxílio

para Iteanos que, de outra forma,

não teriam a oportunidade de ter

acesso a cursos de línguas,

intercâmbios, ou mesmo

liberdade em optar por não

comer no Rancho!

A boa notícia é que o

programa continua sendo

ampliado. O Iteano Gilberto

Mautner contribuiu e irá

conceder uma Bolsa para um

aluno da T15 no ano de 2012.

Além dele, os próprios alunos da

T15 mobilizaram-se para ajudar

seus colegas. Até agora, mais de

quatorze alunos prontificaram-se

em contribuir mensalmente para

juntos concederem uma Bolsa.

Ao tomarem a iniciativa de

suportar colegas de turma com o

auxílio da AASD, os próprios

alunos mostram como o

programa de Bolsas tem

fundamento. Esperamos que,

cada vez mais, Iteanos e

empresas acreditem no ideal de

C u l t u r a d e D o a ç õ e s e

compartilhem seus sucessos com

o ITA!

Bolsas

Conquistas recentes

10

Page 11: A Cova, Nº 1, ano 2011

organizado, constituindo uma

riquíssima fonte de pesquisa.

Analisando agora o que

p r o d u z i m o s p a r a a

comunidade, afinal é isso que

realmente interessa, é de

grande destaque o trabalho

que tivemos para garantir a

realização dos treinos no

COCTA. Recorrendo ao apoio

da Dival e da administração do

I T A , c o n s e g u i m o s a

remarcação dos nossos

h o r á r i o s , e e s t a m o s

trabalhando para a alteração

do Estatuto do COCTA, de tal

forma que não tenhamos mais

problemas com isso no futuro.

Reinauguramos nossa

lojinha, com pedidos pelo

nosso novo site https://

s i t e s . g o o g l e . c o m / s i t e /

atleticadoita/lojinha e os jogos

de nossos torneios internos já

não são realizados com os

famosos coletes em péssimo

estado. Estamos trabalhando

também na recepção da turma

16, para que possamos criar

desde o começo a cultura de

praticar esportes e de

trabalhar pela comunidade,

um dos valores que nos move,

“Promover o bem-estar

do iteano através da prática

esportiva e da integração com

outras faculdades.” Para isso

que nós, membros da Atlética,

trabalhamos. Definida na

primeira quarta de Novembro,

dia dois, durante nossa

reunião de planejamento,

nossa missão visa dar

destaque as duas áreas de

atuação da AAAITA, para que

tenhamos o mais claro possível

nosso papel de romper a

“bolha do H-8”.

Nos últimos anos,

construiu-se uma imagem da

Atlética como uma iniciativa

desorganizada. Para mudar

isso, a atual gestão buscou

mudar inicialmente o modo

c o m o d i s p o m o - n o s

internamente, enxugando o

excesso de cargos que

tínhamos. Atualmente, temos

o presidente Rafael Macedo –

Urubu da T-13 –, o diretor

executivo Matheus Barboza –

Criança da T-13‟ –, o diretor de

esportes Pedro Teruel da T-15

e o diretor de eventos Pedro

Werneck da T-14. Com menos

diretorias, buscamos uma

divisão mais efetiva das

t a r e f a s , e x t i n g u i n d o

intersecções de tarefas que

havia anteriormente entre os

departamentos.

A l é m d o n o v o

organograma, outra atividade

importante internamente foi a

arrumação do nosso histórico.

Estamos trabalhando nisso há

um tempo e já temos todo

nosso material digital, com

arquivos que começam em

1 9 9 9 , c e n t r a l i z a d o e

Mudanças na Atlética

membros da Atlética.

J á t e m o s u m

calendário montado para o

próximo ano, com eventos e

torneios além dos já

tradicionalmente realizados

p o r n ó s . E s t a m o s

trabalhando desde já na

organização do Torneio

Semana da Asa, para que não

tenhamos mais um ano sem

ganhar do IME. Lamentamos

muito não termos conseguido

alojamento esse ano, mas

conseguimos vários contatos

com outras faculdades

durante o planejamento do

TSA, estreitando inclusive

laços com as faculdades da

região. Tais contatos serão de

extrema importância para a

realização de torneios e

eventos no próximo ano.

Por fim, gostaríamos

de agradecer todo o apoio

dado pelo DE e de pedir a

maior participação de todos

nas atividades da Atlética e

destacamos que estamos

todos abertos a sugestões,

sendo elas muito bem vindas.

Iniciativas: Atlética

Estamos trabalhando

desde já na organização

do Torneio Semana da

Asa, para que não

tenhamos mais um ano

sem ganhar do IME.

11

Page 12: A Cova, Nº 1, ano 2011

Iniciativas: Baja

em paralelo com o responsável

pelo Marketing, Teruel, orientando

as atividades dele.

A Cova: Em que você acha que o

Baja ainda precisa melhorar e por

quê?

Luis Filipe: Baja é uma equipe

que está em processo de

organização e tem muita carência

de membros e destes que sejam

mais engajados. Hoje está num

ciclo vicioso de não tem membro e

não consegue ir bem e não

consegue melhorar porque não

consegue membro. Estamos

tentando reverter essa situação

este ano. Muita gente tem vontade

de trabalhar com engenharia,

contudo às vezes eles não veem as

oportunidades que existem aqui

dentro. Até então o Baja focou

pou co nos membros qu e

chegaram, todavia vamos montar

alguns cursos para os recém-

chegados para que eles possam o

quanto antes trabalhar com alguns

equipamentos da oficina. Ainda

não será algo fácil devido ao fato

de que a competição normalmente

ocorre próximo ao período de

inscrição de novos membros.

A Cova: Por que você entrou no

Baja?

Luis Filipe: Quando eu entrei no

ITA, eu queria fazer uma iniciativa

ligada à engenharia. No começo eu

acabei entrando em outra

iniciativa, até que no final do

primeiro ano um amigo que era do

Baja me chamou para participar e

calhou com a minha vontade de

trabalhar com alguma coisa de

engenharia, „colocar a mão na

massa‟, fosse no Aerodesing ou no

Baja. Este me chamou mais

atenção. Isso porque eu vi que o

Aerodesing era uma iniciativa que

tinha muita eletrônica e conceitos

específicos de aeronáutica, já no

Baja eu via uma iniciativa muito

mais geral e que estava mais de

acordo com meus objetivos.

A Cova: O que você está

desenvolvendo no Baja?

Luis Filipe: Estou desenvolvendo

a caixa de transmissão do Baja e

liderando a equipe de transmissão

que conta com mais dois membros,

que estão cuidando do subsistema

do motor e do CVT (sistema de

transmissão do carro). Além disso,

cuido de uma parte administrativa

Saiba mais...

O Baja é uma

iniciativa que atende a

interesses diversos, uma

vez que precisa de

produtos de eletrônica,

todo o circuito para

i m p l e m e n t a ç ã o d e

comandos e sensores no

carro; produtos de

computação e design,

p r o p a g a n d a , s i t e ,

marketing em geral;

produtos de infraestrutura,

pois o Baja tem uma pista

de testes que precisa ser

m e l h o r a d a e n e l a

implementadas áreas para

testes específicos, como o

de tensão máxima em

saltos. Isso tudo, é claro,

além do trabalho em

equipe, planejamento de

metas, organização das

atividades de produção e

do tempo de execução de

cada uma delas. O Baja

funciona como uma

empresa e precisa de

pessoas com os mais

diversos talentos e

p e r s p e c t i v a s d e

crescimento tanto quanto

precisa de pessoas

comprometidas. Mais do

que criar um carro, o Baja

tem que criar um carro no

prazo certo, que funcione,

que se ja de fác i l

manutenção e manufatura,

e ainda divulgar para todas

as pessoas que nos apoiam

(patrocinadores, escola,

professores, família) que

e s t a m o s c r i a n d o

c o n h e c i m e n t o ,

d e s e n v o l v i m e n t o ,

oportunidades e uma

marca: ITA BAJA.

ENTREVISTA

Luis Filipe (MEC-13) Membro da equipe ITA BAJA

Em frente à oficina do

Baja: João Paulo Amorim

(Urso, T15), John Tchan

Lee (MEC-12), Breno

Vieira (Fake, T15),

Henrique Bezerra

Diógenes (Fura-olho,

T15), Pedro Teruel Filho

(Vereador, T15), Diego

Carvalho (Ferrari, MEC-

12) e Allison Scharaier

(Jiraya, T14).

12

Page 13: A Cova, Nº 1, ano 2011

Secretário de Educação da

cidade, Fernando Sakane, vice-

reitor do ITA, e o astronauta

Marcos Pontes.

A palavra foi concedida

então a Guilherme Almeida, que

falou sobre a admiração que

muitos têm pelo CASDVest,

curso administrado por alunos

do ITA que dispõem seu tempo

num trabalho voluntário, e

ressaltou a necessidade de haver

mais agentes de mudança.

“Cada um de nós tem um

potencial incrível de melhorar a

nossa sociedade”, pontuou.

Em seguida, houve a

apresentação do Instituto

Semear por seu presidente

Antonio Cesar Cunha, aluno do

ITA. Ele explicou como o

projeto age para conseguir

bo l s as pa ra es t u da nt e s

u n i v er s i t á r io s qu e t ê m

A expectativa era grande

para a Aula Magna do Ano

Letivo de 2011 do CASD

Vestibulares, que ocorreu no

último 27 de junho. O evento,

que teve como preletor Marcos

Cesar Pontes, o primeiro

astronauta brasileiro, deixou o

Auditório Lacaz Netto, no ITA,

lotado por um público ávido

por ouvir a trajetória vencedora

do astronauta.

O mestre de cerimônia,

V i c e n t e F e r r e r , d o

Departamento de Ensino do

curso, deu abertura ao evento e

saudou os componentes da

mesa – a saber, Guilherme

Almeida, presidente do

CASDVest, Lêonidas Cristino,

Ministro dos Portos, Luis

Antônio da Silva, vice-prefeito

de São José dos Campos,

Alberto Marques Filho,

CASDVest realiza aula magna com grande estilo dificuldades financeiras e como

procura perpetuar nos próprios

bolsistas a cultura de

responsabilidade social, e

apresentou um vídeo com

depoimentos dos jovens

beneficiados pelo projeto.

O astronauta, e também

iteano, Marcos Pontes, por fim,

tomou a palavra e centralizou o

seu discurso em um tema: a

conquista de um sonho.

Fazendo sempre um paralelo

entre a realidade dos alunos do

CASDVest e a sua própria

jornada até o sucesso

profissional, ele destacou que o

indivíduo deve “estudar,

trabalhar, persistir e sempre

fazer mais do que se espera

dele” para ver seu sonho

concretizado.

Pontes ainda falou sobre

a necessidade de haver mais

atenção à educação e

à pesquisa científica

n o B r a s i l ,

p a r a b e n i z a n d o

iniciativas como o

CASD Vestibulares e o

Instituto Semear. O

a s t r o n a u t a f o i

aplaudido de pé, e,

ainda que encerrada a

c e r i m ô n i a ,

p e r m a n e c e u n a

platéia presente a

convicção de que a

persistência para

realizar um sonho e a

r e s p o n s a b i l i d a d e

social são peças

fundamentais para o

crescimento pessoal e

da nação.

Iniciativas: CASDVest

Platéia aplaude de pé ao fim da palestra de Marcos Pontes

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com

.br

13

Page 14: A Cova, Nº 1, ano 2011

eITA – Empreendedorismo no ITA

Iniciativas: eITA

O eITA surgiu da grande demanda por

ações de suporte à inovação e ao

empreendedorismo no ITA por parte dos alunos

e professores.

É grande o interesse do iteano em

empreender, assim como o interesse dos

professores e pesquisadores em realizar

pesquisas de ponta, aplicáveis e que gerem valor

para a sociedade. Dessa forma, o eITA se propõe

O C u r s o d e

Empreendedorismo utiliza a

metodologia Fast Track,

criada pela Kauffman

Foundation. O curso é

oferecido em parceria com o

Instituto Endeavor como

parte do programa “Bota pra

Fazer” e conta com patrocínio

da Natura Cosméticos para

sua implementação.

D e s d e o i n í c i o ,

recebemos o apoio da

Reitoria e Pró-reitoria de

Extensão e Cooperação, bem

como dos professores, que se

voluntariaram para viabilizar

a criação do Curso de

E x t e n s ã o e m

E m p r e e n d e d o r i s m o .

I n ú m e r o s p r o f e s s o r e s

i n t e r e s s a r a m - s e p e l a

iniciativa, tendo doze destes

participado do treinamento

de facilitação com a

Endeavor. O Prof. Rodrigo

Ao final do curso, cada um dos doze

grupos entregará um plano de negócios e

apresentará sua empresa a uma banca de

avaliadores composta por professores,

investidores e empreendedores.

Já comemoramos os primeiros

a incentivar a cultura empreendedora no ITA,

trazendo conhecimento estruturado, acesso a

investidores, espaços de criação e

experimentação, a exemplo de laboratórios

como o Media Lab no MIT, o i-Lab em Harvard

e a d.school em Stanford.

A missão do eITA é formar mais e

melhores iteanos empreendedores de alto

impacto.

Criação da matéria de empreendedorismo Scarpel atua como professor-

coordenador do curso.

Foram selecionados 35

alunos dentre mais de 65

interessados. Já houve oito

a u l a s , s e m p r e c o m

p a r t i c i p a ç ã o d e

empreendedores. A Endeavor

também fornece o livro do

e m p r e e n d e d o r ,

a c o m p a n h a m e n t o n o

planejamento e execução do

curso e acessos à plataforma

Competição de plano de negócios

online do curso, onde os

alunos acessam conteúdo

extra e exercícios. O material

é todo adaptado à realidade

n a c i o n a l , c o m c a s o s

brasileiros e conteúdo em

português.

Os alunos também se

dedicaram a atividades extra,

como: a apresentação de

“pitchs” dos negócios em

desenvolv imento pelos

alunos, e a competição de

geração de receita a partir de

um “investimento inicial” de

10 reais.

Adicionalmente, houve

treinamentos de ferramentas

essenciais ao empreendedor:

workshop de geração de

idéias e o treinamento de

Business Model Canvas. O

último foi trazido pelo aluno

Braulio Fernandes, que

participou de um curso de

verão na Alemanha.

resultados: em uma competição nacional de

planos de negócios promovida pela Endeavor

entre as 25 universidades participantes do

programa Bota Pra Fazer, todos os planos de

negócios enviados pelos alunos do ITA

chegaram à fase final.

Inúmeros professores

interessaram-se pela

iniciativa, tendo 12

destes participado do

treinamento de

facilitação com a

Endeavor.

14

Page 15: A Cova, Nº 1, ano 2011

de alto impacto. Acreditamos

que esta é uma boa estratégia

para tornar o ITA mais

relevante para o país.

O l a b o r a t ó r i o

multidisciplinar do ITA será

um espaço físico, para alunos e

professores desenvolverem

soluções tecnológicas para a

sociedade, incubarem seus

empreendimentos, criarem e

Nosso segundo projeto

é a criação do Laboratório de

Inovação do ITA, nos moldes

do Harvard i-Lab e MIT Media

Lab, com a finalidade de

agregar os bons projetos já

existentes no ITA e no H8,

estimular o desenvolvimento

de mais soluções de tecnologia

a p l i c a d a e f o r m a r

empreendedores de negócios

Foto foi tirada em 10 de outubro no gagá-8, em um treinamento de Business Model Canvas que Bráulio Fernandes e Caio Braz fizeram para a turma. 21 alunos compareceram, a foto mostra quando eles estavam divididos em grupos trabalhando no modelo de negócios do iPod da Apple.

Iniciativas: eITA

Criação de um laboratório de inovação no ITA

Convite

experimentarem.

A primeira fase do

laboratório que consiste no

planejamento que prevê o

envio em janeiro de alunos

para os mais tops laboratórios

do mundo a fim de se

inspirarem e se conectarem a

fim de colaborarem para a

construção de um laboratório

ainda melhor no ITA.

O e I T A i r á

aproximar discentes e

docentes da graduação e

pós-graduação do ITA.

Dará suporte à criação de

novos cursos relacionados

a empreendedorismo e

inovação e formará

parcerias com empresas

privadas para dar suporte

à p e s q u i s a e

pesquisadores.

Nosso sonho é nos

próximos anos termos

cada vez mais iteanos

como empreendedores de

verdadeiras indústrias

tecnológicas, tal como já

tivemos na nossa história

com Ozires Silva.

Se você também

acredita no potencial

empreendedor de nossa

instituição, junte-se a este

grupo! Envie e-mail para:

empreendedorismonoita

@googlegroups.com, fique

por dentro e contribua!

15

Page 16: A Cova, Nº 1, ano 2011

Feira de Ciências – Oportunidade ou Sugação?

Feira de Ciências

Essas são frases típicas

de bixos e chacais, alunos do 1º

e 2º ano da nossa escola e que

estão cursando o Fundamental,

carinhosamente chamado de

FUND. Os problemas de que

esses alunos tanto reclamam

são reais e fazem parte da

rotina de muitos iteanos

iniciantes. Entretanto, nos dias

17 e 18 de outubro de 2011,

ocorreu um evento que podia

mudar (dependendo da vontade

do a l u no, c l ar o ) es se

paradigma.

Tal evento foi a Feira de

Ciências do ITA, que ocorre

anualmente e, na sua edição de

2011, aconteceu no prédio da

Ele-Comp. Nele, ficaram

expostos, durante os dois dias

de Feira, vários projetos

desenvolvidos pelos alunos do

2º ano da nossa escola, alunos

da gloriosa turma 14 (percebe-

se um pouco de parcialidade

aqui, mas tudo bem). A Feira

teve direito até a matéria na

TV, deixando alguns chacais

famosos por 15 minutos (por

menos tempo, na verdade).

Os visitantes da Feira se

depararam com os mais

diversos trabalhos. Havia

projetos desde a área

aeroespacial, até um jogo de

computador onde você deveria

salvar a vida de uma vaca que

gosta de atravessar ruas (jogo

muito viciante, por sinal). Em

alguns projetos estava claro o

baixo (baixíssimo, muitas

vezes) nível de dedicação dos

alunos. Mas, em outros, até os

visitantes e avaliadores mais

exigentes ficaram boquiabertos

com as muitas boas idéias

colocadas em prática.

Entre essas tais “boas

idéias”, estão os três projetos

vencedores. Em terceiro lugar,

o projeto “ITAndroids”, da

equipe de robótica do ITA, a

qual já representou nossa

escola e nosso país em

competições internacionais.

Em segundo lu gar , o

“Apl ica ções d e M icro -

controladores em... blábláblá”,

um projeto muito inovador,

criativo e ecologicamente

correto. E o grande campeão

foi o “VSTOL”, um veículo

aéreo não-tripulado que

funciona como avião e

helicóptero ao mesmo tempo,

projeto com alto nível de

tecnologia e com gigantescas

perspectivas de crescimento.

“O Fund é muito teórico. Não consigo colocar em prática o que

aprendo na sala de aula. Vou me formar engenheiro e nunca

coloquei a mão na massa. Só calculo integrais. “

Grupo vencedor da Feira de Ciências

16

Page 17: A Cova, Nº 1, ano 2011

g e n t e n o q u a r t o , o s

eletrodomésticos se ligam

sozinhos, e quando todo mundo

s a i , e l e s s e d e s l i g a m

automaticamente.

A Cova: Qual a sua motivação

para realizar esse projeto?

Roraima: Mesmo ainda

estando no segundo ano, nosso

grupo queria aplicar os nossos

conhecimentos de eletrônica,

d e m i c r o - c o n t r o l a d o r e s

principalmente.

A Cova: Você acredita que a

nossa Feira de Ciências tem um

Para explicarmos melhor

o projeto vice-campeão,

entrevistamos Felipe Alves, o

Roraima (T-14), um eletraca

apaixonado pelo seu futuro

curso (é, ele ainda está no

FUND).

A Cova: Roraima, você

poderia nos explicar melhor o

seu projeto?

Roraima: A idéia do meu

projeto é fazer um dispositivo

que ligue ou desligue os

eletrodomésticos ligados a ele,

dependendo se tem gente no

quarto ou não. Quando tem

Grupo que ficou em 3º lugar.

Feira de Ciências

nível de excelência que condiz

com o nível de excelência da

nossa escola?

Roraima: Acho que ela podia

ser bem melhor, seu modelo

tem muito a melhorar. Muita

gente enxerga a Feira de

Ciências com maus olhos,

acham que ela é sugação

gratuita. Talvez faltem

incentivos aos estudantes. Na

minha opinião, a Feira é a

oportunidade que o ITA nos dá

de nós, alunos do Fund,

aplicarmos engenharia de

verdade. Acredito que se a

galera visse essa oportunidade,

ENTREVISTA

Roraima (T-14) Membro da equipe cujo projeto foi vice-campeão da Feira de Ciências

A Feira de Ciências, então, mesmo com um modelo bem polêmico, é uma ótima oportunidade

para os alunos do Fundamental. O ITA conta com estudantes diferenciados e que estão dispostos a

discutir melhor esse modelo, para que ela tenha o nível de excelência que nossa escola merece e, assim,

tenhamos projetos ainda mais inovadores.

Equipe que ficou em 2º lugar, com o entrevistado Roraima ao centro.

17

Page 18: A Cova, Nº 1, ano 2011

Levando o ITA à Fórmula SAE

Iniciativas: Fórmula ITA

C o m u n i d a d e

iteana, somos a equipe do

Fórmula ITA, uma nova

iniciativa do H-8, e

viemos por meio deste

nos apresentar. A equipe

foi formada no início das

a u l a s d e M T P - 0 2

( I n t r o d u ç ã o à

Engenharia), oferecendo a

OPORTUNIDADE de

desenvolvimento de um

projeto de carro na qual

e s t u d a n t e s d e v e m

conceber, projetar e

fabricar carros de corrida

no estilo Fórmula. O

projeto envolve DESAFIO,

C R I A T I V I D A D E e

CONHECIMENTO, com o

objetivo de projetar o

c a r r o s e g u n d o a s

e s p e c i f i c a ç õ e s . É

r e a l m e n t e u m a

e x p e r i ê n c i a m u i t o

estimulante para quem

quer praticar engenharia e

se especializar em

sistemas específicos do

carro, como powertrain,

suspensão, chassis ,

e l e t r ô n i c a e

aerodinâmica. Além

disso, a equipe tem uma

estrutura administrativa

equivalente às outras

iniciativas do H-8, com

cargos em Marketing,

Finanças e Projetos. Ou

seja, é uma oportunidade

completa para quem

quer se desenvolver e

ajudar a levar o nome do

ITA mais alto. A equipe,

hoje é composta por oito

pessoas e se prepara para

estrear na competição

nacional de Fórmula SAE

(Sociedade Automotiva

de Engenharia) em 2012.

Quem estiver interessado

nesse projeto, entre em

contato pessoalmente

conosco ou mande um

e m a i l p a r a : i t a -

[email protected]

O carro de fórmula que

desejamos projetar acelera

mais rápido que qualquer

carro de produção em

série.

A competição do Fórmula

SAE existe há mais de 30

anos e é uma das portas de

entrada para a Fórmula 1.

As melhores equipes

classificadas na

competição nacional

ganham patrocínio para

competir em outras

competições ao redor do

mundo. Carro da competição de 2010 da UPenn

Curiosidades sobre o Curiosidades sobre o

Fórmula...Fórmula...

Equipe:

Gabriel Marinho (Boy, T14)

David Issa (T14)

Allison Fauat (Jiraya, T14)

Matheus Ribeiro (Rosinha, T14)

Daniel Sampaio (Tripa, T14)

Túlio Crepaldi (T14)

Eric Lopes(AER-13)

Glauber Mosqueira (Orientador)

18

Page 19: A Cova, Nº 1, ano 2011

Membros da ITA Júnior no Encontro Nacional de Empresas Juniores (ENEJ) em Foz do Iguaçu

Iniciativas: ITA Júnior

Ano de destaque para a ITA Júnior

A ITA Júnior é a empresa júnior dos alunos do ITA, cuja missão é aproximar o mercado

de trabalho dos alunos e promover o aprendizado dos membros e de quem realiza os projetos, os

consultores. Recentemente, fomos considerados pela Brasil Júnior a melhor empresa júnior do Brasil

em Estratégia, TOP 5 em Mercado e em Pessoas. Seguem, abaixo, alguns dos projetos que

realizamos recentemente:

O PenDrive2DVD

representa um modo de

tornar viável pendrives

personalizados em maior

escala. Este é um software

direcionado para deficientes

visuais e deficientes motores

e tem o intuito de

possibilitar o uso de

computadores por meio de

um sistema especial para o

teclado, no caso de

deficientes motores, e de um

leitor de tela com reprodutor

auditivo, no caso de

deficientes visuais.

Acqua Solution é uma

empresa que atua na área de

purificação de parques aquáticos

e sistemas de distribuição de

água. Para tal atividade, a

empresa faz o procedimento

normal: compra o cloro de um

fornecedor, transporta-o até o

local de uso e realiza a

purificação. Havia a necessidade

de inovar a metodologia

utilizada para realizar a

atividade principal da empresa, a

purificação. Como solução criou-

se um protótipo de um gerador

de cloro que atendesse aos novos

objetivos da empresa.

Análise das

características de

drenos para garantir a

qualidade da aplicação

destes em obras de

diferentes ramos. Para

realizar este projeto foi

utilizado o laboratório de

geotecnia da Engenharia

Civil do ITA.

19

Page 20: A Cova, Nº 1, ano 2011

Desenvolvendo-se a partir do desenvolvimento alheio

Iniciativas: AIESEC

Grupo do GAG - Gente Ayudando Gente - em escola costa-riquense

Gente ayudando gente!

Sim, foi com esse objetivo que a

iteana Katherine Martinez, 20

anos, embarcou para a Costa

Rica em dezembro de 2010,

disposta a trabalhar, durante

dois meses, como voluntária de

uma ONG .

“Eu escolhi a Costa Rica

porque eu queria um país

diferente, algo que me

desafiasse, mas não fosse

extremamente exótico. Eu

queria melhorar as minhas

habilidades, como a de falar em

espanhol, o que foi muito fácil

pelo fato de os nativos serem

bastante pacientes”, destaca ela.

Uma das principais

ações da Organização Gente

Ayudando Gente é sensibilizar a

comunidade para evitar a

violência familiar e entre os

jovens. Lá, Bad Kath, como é

conhecida no ITA, trabalhou na

á r e a d e F u n d r a i s i n g ,

angariando recursos para a

ONG. Ela conta que os

r e s u l t a d o s f o r a m

surpreendentes:

“Eu e mais três

brasileiras fomos recrutadas no

final de novembro para

trabalhar com planejamento e

execução de eventos. O fato de

eu ter tido experiência em um

EJ [Empresa Júnior] fez com

que eu passasse mais

credibilidade sobre a minha

capacidade de promover

a t i v i d a d e s q u e g e r e m

resultados. Conseguimos

r e a l i z a r u m e v e n t o

arrecadando cerca de 900

dólares. Ainda deixamos um

segundo todo formatado.

Infelizmente não conseguimos

participar do mesmo porque a

data marcada não coincidia

com o período do nosso

contrato. Também realizamos

o planejamento anual de

e v e n t o s p a r a 2 0 1 1 e

t r a b a l h a m o s n a á r e a

operacional com a comunidade

em si”, relembra.

Apesar de fazer quase

onze meses que ela decidiu

deixar o país para viver a

diversidade, as memórias

continuam vivas e a mudança

na sua vida é notável.

“Valeu a pena! Agora me

sinto mais preparada e

disposta para enfrentar novas

experiências e desafios”,

confessa Kath.

Katherine foi uma das

10 mil pessoas no mundo que

fez intercâmbio pela AIESEC

no ano passado. A boa notícia é

que neste ano há mais

intercâmbio para quem quer

viver algo semelhante,

podendo trabalhar e morar em

um dos 117 países onde a

AIESEC está presente.

Katherine Martinez com colegas intercambistas

20

Page 21: A Cova, Nº 1, ano 2011

Iniciativas: AIESEC

Para esclarecer as

dúvidas sobre o Processo

Seletivo 2011 para

i n t e r c a m b i s t a s d a

AIESEC no ITA, foi

realizado um evento no

dia 18 novembro, no Cine

Clube. Na ocasião houve

u m b a t e - p a p o

descontraído entre ex-

intercambistas contando

sobre as suas experiências

de intercâmbio na

América Latina, Europa e

África, e o público

interagiu bastante. Para

saber mais sobre os

p r o g r a m a s d e

intercâmbio disponíveis,

v i s i t e o s i t e :

www.aiesec.org.br/ita. Katherine Martinez com colegas intercambistas

Talentos Globais

Objetivo: trabalhar em uma empresa de tecnologia

da informação atuando, geralmente, nas áreas de

software, programação e gerenciamento de redes.

Tempo: de 3 meses até 1 ano e meio.

Local: empresas situadas na Ásia-Pacífico, África,

Leste Europeu e países como Hungria.

Cidadão Global

Objetivo: ter uma experiência como

voluntário e impactar positivamente a

sociedade.

Tempo: de 6 semanas até 3 meses.

Local: escolas, ONGs e entidades sociais.

Áreas de atuação e locais onde encontram-se

mais vagas disponíveis:

- Gestão: países da América Latina como

Venezuela, Colômbia, Chile e Ásia-Pacífico;

- Educacional/Cultural: Turquia, Polônia,

países do Leste Europeu como Rússia e

África em geral;

- Saúde: países da África e Ásia-Pacífico.

It´s my World

Objetivo: trabalhar em uma empresa como trainee

atuando, geralmente, nas áreas de Comércio

Exterior e Marketing Internacional.

Tempo: de 3 meses até 1 ano e meio.

Local: empresas situadas na Ásia-Pacífico, Leste

Europeu, América Latina e países como Hungria e

Alemanha.

Programas disponíveis

21

Page 22: A Cova, Nº 1, ano 2011

P ara a reabertura fizemos um

programa especial com os

candidatos à presidência do CASD.

Em seguida, realizamos a nossa

primeira série de entrevistas com

os candidatos à reitoria do ITA.

Queremos lembrar que qualquer

aluno, ou grupo, que quiser, pode

tocar o seu próprio projeto ano que

vem. Bastam duas coisas:

combinar o número de programas

com a temática e as datas de

entrega do material pré-editado. No

mais, continuamos precisando de

gente e ideias, um abraço

comunidade e...

Voltamos em meio online

através do blog:

Obrigado pela

audiência!

Page 23: A Cova, Nº 1, ano 2011

Eis aqui os tartarugas-ninja:

quatro iteanos que vão escrever

sobre os mais diversos assuntos sem

se preocupar muito com o

politicamente correto.

Suas identidades serão

reveladas apenas daqui a um ano,

mas algumas dicas serão lançadas ao

longo de 2012 e quem sabe algum

deles não é descoberto antes?

Nesta edição há textos

assinados por Michelangelo,

Donatello e Rafael. Leonardo ainda

vai passar no vestibular.

Page 24: A Cova, Nº 1, ano 2011

O assunto religião

é tradicionalmente

delicado, mas esse texto

não pede aceitação de

nenhuma crença, mas

debate as fronteiras do

respeito ecumênico.

Talvez algumas pessoas

não percebam quão frágil

esse tal respeito pode ser

– principalmente quando

se trata desse assunto.

Mas note que o simples

fato de um cartaz mandar

eu sentir o chamado de

Jesus e me dizer que eu

fui escolhido para

despertar em Cristo pode

ser desrespeitoso.

O cartaz a que me

refiro é real, o do 1°

Encontro Despertar em

Cristo, recentemente

pregado em nossas

paredes. Por que seria

desrespeito? Basta olhar

por um outro ângulo. Se

o cartaz dissesse “Jesus,

um falso profeta” ou

“Experimente Lúcifer” as

reações dos alunos

seriam imediatas e de

grandes proporções.

Perceba, ainda, que

existem grupos religiosos

que poderiam assinar as

duas frases hipotéticas. A

primeira frase poderia

representar a opinião de

grupos de Judeus

Ortodoxos (que, de fato,

consideram Jesus Cristo

como apenas mais um

falso profeta) e a

segunda frase poderia

ter sido escrita por

Satanistas. Mas Cristãos,

Judeus e Satanistas

merecem o mesmo tipo

e grau de respeito,

portanto contenha seu

possível desdém em

relação a qualquer um

desses grupos (ou

quaisquer outros grupos

r e l i g i o s o s n ã o

mencionados aqui).

Onde está, então,

a fronteira do respeito?

Os três cartazes seriam

desrespeitosos, ou

nenhum deles o seria?

Como é virtualmente

impossível exaltar a sua

religião sem diminuir

outra e, como as pessoas

são muito sensíveis com

relação a esse tema, sou

obrigado a concluir que

os três cartazes são

desrespeitosos.

Ainda não expus

qual é a minha visão

religiosa, mas não

importa se eu sigo os

passos de Jesus, de Buda,

de Zeus ou do Monstro

de Espaguete Voador, eu

sei que existem outras

crenças e diferentes

graus de sensibilidade e,

por isso, procuro

respeitar a todos,

i n d i s t i n t a m e n t e .

Particularmente não sou

sensível com relação ao

tema, mas sempre me

ponho no lugar de outros

e me pergunto se estaria

ofendendo alguém. É por

esse respeito aos outros

que não uso minhas

camisetas com os

dizeres: “Jesus had two

fathers”, “Catholic

Mithology”, “beLIEve in

god” e “Pedopriest”,

mas, se vão enfiar na

minha goela a aceitação

de qualquer profeta,

religião ou opinião que

seja, me sinto no direito

de também expressar

minha opinião sem levar

em consideração as

s e n s í v e i s a l m a s

religiosas.

No meu mundo

ideal, ninguém daria a

mínima para o que cada

um acredita; todos

poderiam usar camisetas

g l o r i f i c a n d o o u

demonizando quem quer

que fosse; a ABU não

discutiria apenas a Bíblia,

mas também o Torá, o

Corão, o Mahabharata e

t a n t o s o u t r o s ;

professores não viriam à

casa dos alunos fazer

propaganda sobre o

trabalho divino.

Mas não é isso

que ocorre, por algum

motivo, é socialmente

a c e i t á v e l m e

perguntarem se eu já

encontrei Jesus, mas

s e r i a t o t a l m e n t e

repudiado se eu saísse

por aí perguntando

quem já aceitou Lúcifer.

Infelizmente eu não

estou no time que está

ganhando, mas, mesmo

assim, sinto que tenho

que refrear minhas

opiniões para não

magoar n in gu ém .

En t ret an t o t en h o

percebido que esse

cabresto de expressão

não é imposto aos

crentes, pois não vejo

neles o cuidado em se

expressarem.

No fim das contas

retornamos a um

ensinamento tão velho

quanto a escrita: não

faça aos outros o que

você não quer que façam

a você. Se você não quer

ler que Jesus é um mito,

não escreva que ele é o

Salvador em nossa

parede. Então, por favor,

não tentem me salvar e

não façam propaganda

da sua ideia de religião

se você for sensível

demais para ouvir a

minha.

Não me Salvem

Donatello

24

Page 25: A Cova, Nº 1, ano 2011

Quais são os

desafios atuais que mais nos

fazem ficar realmente

loucos? E quais são aqueles

que mais precisam

urgentemente da nossa

atenção? Safar nota – ou,

para os cânceres, “safar” o L

– no ITA parece um desafio

bem óbvio, mas tenho

minhas dúvidas se este é o

maior desafio que nós

enfrentamos. Bem, se não é

esse, que tal o desafio de

criar lideranças, ou que tal o

de ajudar pessoas carentes

a conquistar o vestibular?

Que tal administrar uma

empresa júnior? Promover

a cultura de doações?

O r g a n i z a r e v e n t o s

esportivos, administrar a

rede interna, projetar

pequenos aviões ou então

projetar foguetes? Todos

esses desafios parecem

realmente interessantes,

muito válidos e, em boa

parte, até divertidos de se

cuidar! Mas, poxa, não é

isso que eu estou

perguntando, não. O que

eu estou procurando é o

que tem de desafio chato

que os iteanos de hoje

realmente precisam

transpor. E se não é nem ir

bem de nota nem mandar

bem em iniciativas, onde

está o grande problema

para os moradores do

H8...?

Espera. H8? Ué,

mas tá cheio de iteano

morando na vila e no HTO,

já que hoje em dia nem

lugar no H8 tem. Tem até

um bocado de gente que

desistiu do H8 e arranjou o

próprio apartamento na

cidade. Então vamos

começar por este desafio:

alunos do ITA podem morar

no H8. Primeiro vamos

pensar na vila e no HTO:

por que está sem espaço

no H8? A explicação todos

que moram no H8

conhecem: atualmente o

B+ está em reforma. Ou

pelo menos esperando

continuar a reforma. Então

tem que ir atrás de acabar

o B+. Mas deu problema na

licitação. Conseguir uma

nova? Mas a FAB, com o

corte de gastos pelo

governo Dilma, não está

liberando verba. Então,

então...

Chegou a nível

nacional, esquece, deixa

pra lá. Que tal então pensar

em desafios mais próximos,

excelência no ITA já não era

suficiente, não? Sobre isso

mesmo, eu li lá no livro do

Casimiro (de Ozires Silva)

uma capitulo inteirinho

(começando na página 127)

falando por que o ITA tem

tanto sucesso. É verdade,

tá lá:

“Se o aluno não

aprendeu, é porque o

professor não ensinou” –

Francisco Antônio Lacaz

Netto, professor e Reitor

do ITA.

V a m o s p e g a r

também um pequeno

excerto: “Princípio básico:

O aluno é o mais

importante elo em toda a

atividade educacional

aluno-professor-currículo”.

Ué, mas podia jurar que já

vi alguns professores que

não acreditam muito em

aluno ser tão importante,

não. E tem algumas

matérias que eu nunca

cheguei a aprender. Se este

(o de ter matérias não

aprendidas) é um padrão, é

por que o problema passa

do nível de culpa dos

professores, mas tange

uma pequena “atualização”

no princípio básico. Que tal

outra parte, na próxima

p á g i n a : “ de d i c a ç ão

exclusiva”. Putz, nem

precisa ler mais! Tantos

professores reclamam que

ser professor do ITA é suga

porque tem que fazer mil

coisas a mais e sobra pouco

tempo para dedicar à

preparação de aulas e à

correção de provas. Ainda

há no livro algo que passa

pelas linhas de que a

moradia é paga a um valor

“simbólico”, mas deixemos

este assunto para

aprofundar em outros

capítulos.

Qual o ponto de

tudo isso? Sim, os

problemas existem de fato,

e tá cheio de gente que

quer mais é sair do ITA o

quanto antes. Se o desafio

começa por esses gigantes

(cuidar do nosso

alojamento e faculdade),

de onde surgiram esses

problemas? No sábado das

origens, havia bostejos que

falavam de outro H8, outro

ITA. Claro, em time que tá

ganhando não se mexe.

Então os salários dos

professores que eram

superiores ao mercado se

mantiveram estáticos, e,

por isso, hoje, antiquados.

Os professores que foram

escolhidos a dedo por

C a s i m i r o e s t ã o ,

o b v i a m e n t e , j á

aposentados, e a

substituição destes se deu

em grande parte por

professores concursados. O

que era ótimo há 50 anos,

hoje é apenas bom. É bem

provável que o ITA ainda

seja a melhor faculdade do

Brasil, mas ainda está longe

de atingir o que realmente

se pretendia. O MIT está

anos luz a frente de nós. O

grande desafio do iteano

de hoje é não se

desesperar com o desafio

de melhorar o ITA. Pode

parecer que os problemas

da FAB, do Brasil e do

próprio ITA estão além de

nosso alcance, mas é

preciso encará-los não com

rebeldia ou insistindo na

procrastinação, mas sim

com peito aberto e a

vontade e coragem de

p r o d u z i r m u d a n ç a s

positivas.

Desafios de

um iteano

moderno

Rafael

25

Page 26: A Cova, Nº 1, ano 2011

... e viva la revolutión! Michelangelo

Já diria nosso amigo

dicionário: “Parte da barba que

se deixa crescer no lábio

superior”. Cá entre nós, não é

bem desse bigode que estamos

muito ouvindo falar pelos

cantos do H8...

Segundo bimestre do

segundo semestre de 2011.

Começa a Operação Gilette.

Esse é o nome de um grande

passo dado para acabar com a

ditadura bigodiana no ITA.

TODOS sempre

concordaram

que os preços

são abusivos,

TODOS sempre

concordaram

que há

monopólio, mas

ninguém nunca

havia feito nada

concreto para

tentar acabar com isso. Agora a

coisa é diferente. A

movimentação está crescendo,

as pessoas estão deixando de

comprar na referida cantina, o

dito cujo está enfurecido, ou

seja, o negócio tá dando certo!

Tudo bem que o peludo

tem amigos no CTA, conseguiu

até que a salgadeira fosse

proibida de entrar pela

portaria principal, mas damos

nosso jeitinho e, pouco a

pouco, vamos vencendo!

MACH 3 NA VEIA!!!!

Aliás, consultando

colegas nos arredores, vejo

que a principal insatisfação não

é com o alto preço em si – ok,

isso também – mas com a

discrepância entre o preço e a

qualidade dos serviços. É

indignante pagar por algo e ser

mal atendido! O non-shaved e

sua digníssima

esposa são mais

carrancudos que

o Seu Lunga!

Resmungam de

tudo! Não pode

pagar com nota

maior que de dez

reais. Não pode

botar muito

açúcar no café.

Não pode pegar mais

maionese. Não pode esquentar

o salgado. Não pode reclamar.

Ah, vá...

Aliáaaaaaaaas, não é só

a qualidade do atendimento

que deixa a desejar frente ao

preço, não: os salgados não

valem os R$2,70 e, muito

menos, o café de 20ml R$1,10.

26

Page 27: A Cova, Nº 1, ano 2011

Local Preço do Salgado (R$) Preço do café de 150ml (R$)

UFC (Fortaleza) 2,00 1,00

UFSC (Florianópolis) 2,25 0,90

USP (São Paulo) 2,00 1,10

UNIFESP (São Paulo) 2,25 0,75

UFRJ (Rio de Janeiro) 2,00 0,90

UNIFOR (Fortaleza) 2,40 1,20

CASDVest (SJC) 1,70 0,50

ITA – Bigode (SJC) 2,70 1,70

Para se ter uma ideia da robalheira, veja algumas comparações com cantinas de outras

instituições:

Minha indignação

não acaba, mas

vou ficando por

aqui. Divirtam-se

com as tirinhas e,

para fechar, deixo

uma pergunta:

Page 28: A Cova, Nº 1, ano 2011

Os Andróides estão de volta

Iniciativas: ITAndroids

evento de robótica do

Brasil, a CBR 2011

(Competição Brasileira

de Robótica): o Soccer

Simulation 2D (ou

simplesmente Soccer

2D) e o IEEE-SEK

(Standard Educational

Kits). O objetivo do

p r i m e i r o é a

programação de uma

equipe de robôs

autônomos simulados

com 11 jogadores,

r eprod uz indo em

software uma partida

de futebol em duas

dimensões. Já no IEEE-SEK, todo

ano os organizadores da LARC

(Latin American Robotics

Competition) especificam uma

tarefa envolvendo decisão e

robótica cooperativa, a qual

também é utilizada na CBR. Os

robôs criados devem ser móveis,

autônomos e feitos com um único

kit educacional, em geral o LEGO

MindstormsTM.

Em setembro de 2011,

alunos dessas duas categorias

competiram em São João del

Rei, interior de Minas Gerais,

na IX CBR, representando o

ITA junto à ITAndroids.

Destacou-se o time da IEEE-

SEK, que chegou até as

semifinais da competição,

mesmo em sua primeira

participação nessa categoria,

sendo considerado o melhor

time do estado de São Paulo.

Atualmente a ITAndroids está

“- Toróide 5 passa a bola

para o toroide 8, este carrega a

jogada ensaiada número 7, cruza

na área para o toroide 9 que

cabeceia no canto eeeeeeee...

ehhhhhhhh gooooool!!!”

Tal narração com certeza

não parece ser de um jogo de

futebol convencional e muito

menos aparenta se passar à beira

dos gramados dos grandes

estádios. Entretanto, não é por isso

que não existe uma torcida

apaixonada por seus times, capaz

de, literalmente, virar noites em

claro quando perdem uma partida.

Estamos falando do Soccer

Simulation 2D, uma das categorias

desenvolvidas desde 2006 pela

ITAndroids, iniciativa de robótica,

mecatrônica e simulação dos

alunos do ITA.

Após dois anos fora dos

gramados simulados, a ITAndroids

volta este ano de “cara nova” e com

a “casa arrumada”: uma nova

organização, um portfolio mais

amplo de categorias a serem

exploradas e principalmente, agora

ela é “toda nossa”, formalmente

dirigida por alunos do ITA com o

apoio dos professores.

Só neste ano, dois projetos

já se desenvolveram em paralelo,

iniciando junto a uma das matérias

do ITA (MTP-01: Introdução à

Engenharia) e evoluindo com o

intuito de competirem no maior

se renovando completamente, com

o intuito de melhorar sua gestão e

voltar às conquistas do passado:

em 2006 a ITAndroids foi campeã

na Competição Brasileira de

Robótica em 3 das 4 categorias que

participou, conquistando o 1º lugar

da América do Sul na categoria

Soccer Simulation 3D; nesse

mesmo ano e também em 2007,

representou o Brasil na maior

competição de robótica autônoma

do mundo, a RoboCup; e em 2008,

participou da competição mundial

RoboChamps, trazendo para o

Brasil o troféu de campeão

mundial!

O atual capitão da equipe,

Tarcisio Gripp, acredita que dentro

de alguns anos a ITAndroids

voltará a ocupar posição de

destaque entre as equipes de

robótica não só do Brasil, mas

também de outros países. “Com

uma boa organização e gestão,

apoio de professores e pós-

graduandos do ITA, em termos

acadêmicos e de infraestrutura, e

com uma equipe motivada a

trabalhar para as diversas

competições durante o ano,

acredito que o Brasil será pequeno

para o alcance do nome de nossa

iniciativa.” E com um time desses,

quem irá discordar? Futebol de robôs Very Small-size. Já no ano de 2012 será a principal categoria da ITAndroids a participar da Competição Brasileira de Robótica.

“... acredito que o Brasil

será pequeno para o

alcance do nome

de nossa iniciativa.”

Integrantes do time de 2011 da ITAndroids durante a Competição Brasileira de Robótica. Da esquerda para a direita: Denis (T-14), Agripino (T-14), Asminha (T-14),

Tarcisio (T-14), Manga (T-12) e André (T-14).

28

Page 29: A Cova, Nº 1, ano 2011

Desbravadores

Palavra do Presidente

S empre admirei o espírito

desbravador, em especial,

aquele espírito que nasce em

pessoas que realmente vivem de

descobertas. O Brasil conta com

uma pilha de histórias de

desbravadores. Uma das mais

bonitas delas é a da consagrada

trajetória da Expedição

Roncador-Xingu (1940). Os

personagens mais importantes

dessa e xpedi ção f oram

Cláudio, Orlando e Leonardo

V i l l a s B o a s . E s s e s

desbravadores percorreram

regiões inexploradas pelo

"homem-branco" com uma

única motivação: realizar

contatos amistosos com os

povos indígenas do Brasil.

A grande inspiração que

essa história me traz é o

sentimento de "brasilidade" dos

irmãos villas-boas - Sentimento

esse que os levou a seguirem

uma trajetória árdua de lutas

pró-indigenistas. Hoje eles são

reconhecidos ícones nacionais

em se tratando de políticas de

p r o t e ç ã o d o s í n d i o s .

Desbravaram por "brasilidade".

Foi desse sentimento que

nasceu ITA - vindo do nosso

querido iteano Casimiro

Montenegro Filho, retrato fino

de um brasileiro. É esse

s e n t i m e n t o q u e t o d o

desbravador precisa ter. O

desbravador de que falo é o

ENGENHEIRO - ou seja, o

consultor, o bancário, o

empresário, professor, ou

qualquer outro profissional

com grandes problemas pra

resolver. Na verdade, os

engenheiros são verdadeiros

desbravadores da economia:

Planejam a viagem, dão uma

olhada na bússola e atravessam

o mato que estiver no meio. É

um dos poucos profissionais

que se privilegia de fazer

f r o n t e i r a a o r e a l

desenvolvimento da economia.

Defendo que precisamos

buscar a brasilidade - e

carregar quem estiver por

perto conosco. A brasilidade

n ã o n o s t o r n a m a i s

c o m p e t e n t e s o u m a i s

profissionais. Na verdade nem

sei o que isso pode nos trazer

de bom, mas sei que deu certo

com Casimiro, com Villas-Boas

e com mu itos ou tros

desbravadores da história. A

sensação de pavimentar o

desenvolvimento do nosso país

deve valer muita coisa. Se eu

chegar lá, para mim vai valer.

Orlando Lustosa, T13

Orlando Villas Boas e um índio Txicão

Orlando Leonardo, e Cláudio

pt.

wik

iped

ia.o

rg.jp

g

pt.

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ia.o

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Page 30: A Cova, Nº 1, ano 2011

Charge

30

Page 31: A Cova, Nº 1, ano 2011

Estudar no ITA

e ser iteano

são duas coisas

com que não me engano.

Para estudar no ITA

basta aqui estar

assistir às aulas

e meter gagá.

É estar aqui

sem se acostumar

não gostar de nada

e só criticar.

P‟ra ser iteano,

tem que participar,

e edificar um ITA

melhor p‟ra se estar.

Tem que sentir no peito

o orgulho latente

tal qual o vestibulando,

recém-aprovado e

ainda inocente.

E assim, para todos

poder divulgar

o que o ITA tem de bom,

sem o deturpar.

Betim, T96.

(Extraído d’A Cova de maio de 1992)

Qual a diferença?

Page 32: A Cova, Nº 1, ano 2011

Dezembro de 2011