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Faz parte do ciclo de aprendizagem no Anglo: aula dada, aula es- tudada, prova, diagnóstico. Este trabalho, pioneiro, é mais que um gabarito: a resolução que segue cada questão reproduzida da prova constitui uma oportuni- dade para se aprender a matéria, perceber um aspecto diferente, rever um detalhe. Como uma aula. É útil para o estudante analisar outros modos de resolver as questões que acertou e descobrir por que em alguns casos errou — por simples desatenção, desconhecimento do tema, diculdade de relacionar os conhecimentos necessários para chegar à resposta. Em resumo, deve ser usado sem moderação. A prova da 1 a fase da Unicamp é constituída de duas partes: I. 48 testes de múltipla escolha (com somente 4 alternativas — a, b, c, d) de Matemática, Física, Química, Biologia, História, Geogra- a, Filosoa e Artes podendo haver questão interdisciplinar. Cada teste vale 1 ponto. II. Redação com duas propostas de execução obrigatória, valendo cada texto 24 pontos. Total: 48 pontos (metade da nota da 1 a fase). As duas redações de todos os candidatos serão avaliadas. Duração da prova: 5 horas. Será eliminado quem tiver nota zero em qualquer uma das partes (I ou II). As notas da Unicamp passam pelo processo de padronização. A pontuação obtida será utilizada duplamente: para a convoca- ção para a 2 a fase e para a avaliação nal (com peso 2). Serão chamados para a 2 a fase todos os candidatos cujo rendi- mento na 1 a fase for igual ou superior a 330 pontos, até o limite de 6 vezes o número de vagas do curso de 1 a opção. Sempre que o número de candidatos selecionados for inferior ao limite de 3 por vaga, a seleção se completará segundo o critério de ordem de- crescente de notas, até se atingir esse limite. Observações 1. O vestibular da Unicamp avalia também os candidatos aos cur- sos de Medicina e Enfermagem da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (estadual). 2. No vestibular 2013, a Unicamp utilizará a nota do ENEM 2011 ou 2012 para compor a nota nal de 1 a fase. a prova da 1 a fase da UNICAMP novembro 2012 o anglo resolve Aula Estudada Aula Dada Prova Diagnós- tico

a da UNICAMP 2012 - angloresolve.cursoanglo.com.brangloresolve.cursoanglo.com.br/inc/Download.asp?NomeArq=Prova_904... · Duração da prova: 5 horas. ... ou 2012 para compor a nota

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Faz parte do ciclo de aprendizagem no Anglo: aula dada, aula es-tudada, prova, diagnóstico.Este trabalho, pioneiro, é mais que um gabarito: a resolução que segue cada questão reproduzida da prova constitui uma oportuni-dade para se aprender a matéria, perceber um aspecto diferente, rever um detalhe. Como uma aula. É útil para o estudante analisar outros modos de resolver as questões que acertou e descobrir por que em alguns casos errou — por simples desatenção, desconhecimento do tema, difi culdade de relacionar os conhecimentos necessários para chegar à resposta. Em resumo, deve ser usado sem moderação.

A prova da 1a fase da Unicamp é constituída de duas partes:I. 48 testes de múltipla escolha (com somente 4 alternativas — a, b,

c, d) de Matemática, Física, Química, Biologia, História, Geogra-fi a, Filosofi a e Artes podendo haver questão interdisciplinar. Cada teste vale 1 ponto.

II. Redação com duas propostas de execução obrigatória, valendo cada texto 24 pontos. Total: 48 pontos (metade da nota da 1a

fase). As duas redações de todos os candidatos serão avaliadas.

Duração da prova: 5 horas.Será eliminado quem tiver nota zero em qualquer uma das partes (I ou II).As notas da Unicamp passam pelo processo de padronização.A pontuação obtida será utilizada duplamente: para a convoca-ção para a 2a fase e para a avaliação fi nal (com peso 2).Serão chamados para a 2a fase todos os candidatos cujo rendi-mento na 1a fase for igual ou superior a 330 pontos, até o limite de 6 vezes o número de vagas do curso de 1a opção. Sempre que o número de candidatos selecionados for inferior ao limite de 3 por vaga, a seleção se completará segundo o critério de ordem de-crescente de notas, até se atingir esse limite.

Observações1. O vestibular da Unicamp avalia também os candidatos aos cur-

sos de Medicina e Enfermagem da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (estadual).

2. No vestibular 2013, a Unicamp utilizará a nota do ENEM 2011 ou 2012 para compor a nota fi nal de 1a fase.

aprova

da 1a faseda UNICAMP

novembro2012

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Estudada

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tico

UNICAMP/2013 — 1a FASE 2 ANGLO VESTIBULARES

▼ Questão 1

A sabedoria de Sócrates, fi lósofo ateniense que viveu no século V a.C., encontra o seu ponto de partida na afi rmação “sei que nada sei”, registrada na obra Apologia de Sócrates. A frase foi uma resposta aos que afi r-mavam que ele era o mais sábio dos homens. Após interrogar artesãos, políticos e poetas, Sócrates chegou à conclusão de que ele se diferenciava dos demais por reconhecer a sua própria ignorância.

O “sei que nada sei” é um ponto de partida para a Filosofi a, pois

a) aquele que se reconhece como ignorante torna-se mais sábio por querer adquirir conhecimentos.b) é um exercício de humildade diante da cultura dos sábios do passado, uma vez que a função da Filosofi a

era reproduzir os ensinamentos dos fi lósofos gregos.c) a dúvida é uma condição para o aprendizado e a Filosofi a é o saber que estabelece verdades dogmáticas a

partir de métodos rigorosos.d) é uma forma de declarar ignorância e permanecer distante dos problemas concretos, preocupando-se ape-

nas com causas abstratas.

Resolução

Conforme registrado por Platão na Apologia, durante seu julgamento, Sócrates teria proferido uma de suas frases mais famosas, “sei que nada sei”. Trata-se de reconhecer a própria ignorância, que traz como consequên-cia a transformação da fi losofi a em uma constante busca e da verdade em uma referência.Apesar de constituir um dos fundamentos da fi losofi a ocidental, a pretensa humildade de Sócrates foi mais tarde denunciada pelo fi lósofo alemão Friedrich Nietzsche — em termos rudes — como a farsa, ou melhor, como pouco mais que um artifício retórico.

Resposta: a

▼ Questão 2

Alexandre von Humboldt (1769-1859) foi um cientista que analisou o processo das descobertas marítimas do século XVI, classifi cando-o como um avanço científi co ímpar. A descoberta do Novo Mundo foi marcante por-que os trabalhos realizados para conhecer sua geografi a tiveram incontestável infl uência no aperfeiçoamento dos mapas e nos métodos astronômicos para determinar a posição dos lugares. Humboldt constatou a impor-tância das viagens imputando-lhes valor científi co e histórico.

(Adaptado de H. B. Domingues, “Viagens científi cas: descobrimento e colonização no Brasil no século XIX”, em Alda Heizer e Antonio A. Passos Videira, Ciência, Civilização e Império nos trópicos. Rio de Janeiro: Acess Editora, 2001, p. 59.)

Assinale a alternativa correta.

a) O tema dos descobrimentos relaciona-se ao estudo da inferioridade da natureza americana, que justifi cava a exploração colonial e o trabalho compulsório.

b) Humboldt retoma o marco histórico dos descobrimentos e das viagens marítimas e reconhece suas contri-buições para a expansão do conhecimento científi co.

c) Os conhecimentos anteriores às proposições de Galileu foram preservados nos mapas, métodos astronômi-cos e conhecimentos geográfi cos do mundo resultantes dos descobrimentos.

d) Os descobrimentos tiveram grande repercussão no mundo contemporâneo por estabelecer os parâmetros religiosos e sociais com os quais se explica o processo da independência nas Américas.

Resolução

O período das grandes navegações do século XVI trouxe inovações metodológicas e científi cas. As viagens, portanto, recebem maior importância por estabelecerem um marco histórico e científi co, servindo de fonte para estudos posteriores.

Resposta: b

ÕÕÕEEEUUUQQQ SSSSSS EEETTT

UNICAMP/2013 — 1a FASE 3 ANGLO VESTIBULARES

▼ Questão 3

“Quando os portugueses começaram a povoar a terra, havia muitos destes índios pela costa junto das Capita-nias. Porque os índios se levantaram contra os portugueses, os governadores e capitães os destruíram pouco a pouco, e mataram muitos deles. Outros fugiram para o sertão, e assim fi cou a costa despovoada de gentio ao longo das Capitanias. Junto delas fi caram alguns índios em aldeias que são de paz e amigos dos portugueses.”

(Pero de Magalhães Gandavo, Tratado da Terra do Brasil, em http://www.cce.ufsc.br/~nupill/literatura/ganda1.html.Acessado em 20/08/2012.)

Conforme o relato de Pero de Gandavo, escrito por volta de 1570, naquela época,

a) as aldeias de paz eram aquelas em que a catequese jesuítica permitia o sincretismo religioso como forma de solucionar os confl itos entre indígenas e portugueses.

b) a violência contra os indígenas foi exercida com o intuito de desocupar o litoral e facilitar a circulação do ouro entre as minas e os portos.

c) a fuga dos indígenas para o interior era uma reação às perseguições feitas pelos portugueses e ocasionou o esvaziamento da costa.

d) houve resistência dos indígenas à presença portuguesa de forma semelhante às descritas por Pero Vaz de Caminha, em 1500.

Resolução

A ocupação (povoamento) do litoral brasileiro, iniciada em meados da década de 30 do século XVI, foi mo-tivada pelos princípios mercantilistas e otimizada pela produção açucareira nas terras tropicais da colônia portuguesa. A presença do índio, quando sua mão de obra não era utilizada, atrapalhava essa empresa; por isso, para viabilizar a produção, os índios que resistiam à presença metropolitana nas terras brasileiras foram perseguidos ou massacrados, escravizados ou catequizados. Os que sobreviveram fugiram para o sertão ou se adequaram ao trato português.

Resposta: c

▼ Questão 4

“Uma pobre mulher, enforcada em 1739 por ter roubado carvão, acreditava que não houvesse pecado nos pobres roubarem os ricos e que, de qualquer forma, Cristo havia morrido para obter o perdão para tais peca-dores.”

(Christopher Hill, A Bíblia Inglesa e as revoluções do século XVII. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003, p. 608.)

Considerando o trecho acima, podemos afi rmar, quanto à sociedade inglesa dos séculos XVII e XVIII, que:

a) A religião fornecia argumentos para diversos grupos sociais agirem de acordo com seus interesses e neces-sidades.

b) Ainda dominava na sociedade inglesa a ideia da necessidade da confi ssão intermediada pela Igreja para perdão dos pecados.

c) A reforma anglicana, ao atacar a propriedade privada, distanciou-se das elites inglesas e tornou-se a reli-gião dos pobres.

d) As revoluções Puritana e Gloriosa foram um obstáculo ao desenvolvimento burguês da Inglaterra e contra-punham-se à relação entre religião e política.

Resolução

O fragmento de Christopher Hill retrata com sutileza a força e a infl uência das diversas crenças religiosas nos costumes cotidianos da sociedade inglesa entre os séculos XVII e XVIII. No trecho citado, uma mulher pobre não considerava pecado o seu gesto de roubar carvão de pessoas ricas, pois julgava que os pobres contariam com o perdão de Cristo. De fato, na Inglaterra desse período os interesses políticos e econômicos dos indivíduos e dos diversos grupos sociais estavam ligados às várias correntes cristãs (católicos, anglicanos, presbiterianos e puritanos, para citar os principais), o que engendrava desde punições a crimes simples até choques armados violentos — como os que ocorreram, por exemplo, durante a chamada Revolução Puritana (1640-1649).

Resposta: a

UNICAMP/2013 — 1a FASE 4 ANGLO VESTIBULARES

▼ Questão 5

As exposições universais do século XIX, sobretudo as de Londres e Paris, se caracterizavam

a) pelo louvor à superioridade europeia e pela apresentação otimista da técnica e da ciência.b) pela crítica à expansão sobre a África, movimento considerado um freio ao progresso europeu.c) pela crítica marxista aos princípios burgueses dominantes nos centros urbanos europeus.d) pelo elogio das sociedades burguesas associadas às vanguardas da época, como o Cubismo, o Dadaísmo e

o Surrealismo.

Resolução

As exposições universais, como as de Londres e Paris do século XIX, serviam como uma verdadeira vitrine no desenvolvimento capitalista e do exibicionismo burguês, em uma época de rápidas transformações econômi-cas, inclusive com grande impacto no cotidiano.Dessa forma, locomotivas, metrô, edifícios com estruturas metálicas, luz elétrica e canhões; toda uma parafer-nália técnica era exibida triunfalmente, encarada ao mesmo tempo como troféu da indústria e, ingenuamen-te, como instrumento para a construção de um mundo melhor.

Resposta: a

▼ Questão 6

Assinale a afi rmação correta sobre a política no Segundo Reinado no Brasil.

a) Tratava-se de um Estado centralizado, política e administrativamente, sem condições de promover a expan-são das forças produtivas no país.

b) O imperador se opunha ao sistema eleitoral e exercia os poderes Moderador e Executivo, monopolizando os elementos centrais do sistema político e jurídico.

c) O surgimento do Partido Republicano, em 1870, institucionalizou uma proposta federalista que já existia em momentos anteriores.

d) A política imigratória, o abolicionismo e a separação entre a Igreja e o Estado fortaleceram a monarquia e suas bases sociais, na década de 1870.

Resolução

Durante o Segundo Reinado (1840-1889), foi organizado o Partido Republicano, em 1870, marco utilizado por muitos historiadores para assinalar o início do declínio do Regime Imperial. Com o propósito de combater o Estado Monárquico centralizado, os republicanos, especialmente os cafeicultores do oeste paulista, retoma-ram as antigas propostas federalistas, que datavam do Primeiro Reinado e do Período Regencial, para exigir maior autonomia provinciana.

Resposta: c

▼ Questão 7

Em discurso proferido no dia 12/03/1947, o presidente dos EUA, Harry Truman, afi rmou:

“O governo grego tem operado numa atmosfera de caos e extremismo. A extensão da ajuda a esse país não quer dizer que os Estados Unidos estão de acordo com tudo o que o seu governo tem feito ou fará. No mo-mento atual da história do mundo quase todas as nações se veem na contingência de escolher entre modos alternativos de vida. E a escolha, frequentes vezes, não é livre.”

(Harold C. Syrett (org.), Documentos Históricos dos Estados Unidos. São Paulo: Cultrix, 1980, p. 316-317.)

Considerando o discurso do presidente Truman, bem como os processos históricos do pós-Segunda Guerra Mundial, é correto afi rmar que:

a) A “contingência de escolher entre modos alternativos de vida” se referia à escolha entre o fascismo alemão e a democracia liberal.

b) O caos do governo grego era uma referência aos problemas da Grécia com o Mercado Comum Europeu e a necessidade de ajuda ao governo de Atenas.

c) O discurso nasceu do declínio do auxílio britânico na região da Grécia e da ascensão norte-americana no contexto da Guerra Fria.

d) O discurso é uma resposta ao Plano Marshall, que o governo de Londres tentava impor à Grécia, por meio do Banco Central Europeu.

UNICAMP/2013 — 1a FASE 5 ANGLO VESTIBULARES

Resolução

Após a Segunda Guerra Mundial, é marcante a aceleração do declínio da infl uência política internacional de países europeus, como a Inglaterra. Nesse cenário, caracterizado pela Guerra Fria entre Estados Unidos e URSS, o discurso do Presidente Harry Truman demonstra a preocupação norte-americana com a possibilidade de países sob sua área de infl uência, como a Grécia, seguirem rumos políticos considerados não livres, ou seja, optarem pelo socialismo.

Resposta: c

▼ Questão 8

O estudo da Ilustração nunca mais foi o mesmo após o holocausto, durante a Segunda Guerra Mundial. A cren-ça ingênua no poder regenerador da razão inviabilizou-se. Estilhaçou-se a cômoda certeza de que as Luzes foram a fi losofi a da burguesia triunfante, e dos quatro pontos da Europa surgiram evidências acerca da am-plitude e variação do fenômeno, que não caberia mais considerar nem apenas burguês, nem eminentemente francês, nem restrito ao século XVIII.

(Adaptado de Laura de Mello e Souza, em http://www.revistadehistoria.com.br/secao/artigos/as-paixoes-intelectuais. Acessado em 20/08/2012.)

A partir do texto, é correto afi rmar que:

a) A experiência do holocausto, no século XX, pode ser interpretada como a negação do projeto das Luzes, porque rejeita a efi cácia do poder do Estado.

b) A compreensão das Luzes não se prende à explicação do triunfo da burguesia, exigindo um estudo mais amplo sobre seus impactos na Europa.

c) O projeto das Luzes difundia o ideário do progresso e, contraditoriamente, ensejava o conhecimento cien-tífi co.

d) O ideário das Luzes ajuda a compreender as revoluções liberais dos séculos XVIII e XIX, que defendiam a intolerância religiosa.

Resolução

De acordo com o texto de Laura de Mello e Souza, o estudo da ilustração buscou novas vertentes depois do holocausto, o qual retirou toda a crença da “certeza de que as Luzes foram a fi losofi a da burguesia triunfan-te”, observando “novas evidências sobre a amplitude e variação dos fenômenos” que ocorreram no território europeu, ou seja, a explicação do Iluminismo deixou de estar atrelada apenas ao triunfo da burguesia, à Fran-ça ou ao século XVIII.

Resposta: b

▼ Questão 9

Na América Latina, África, Ásia e Europa, a violência deixou uma marca de sofrimento e luto no contexto de regimes ditatoriais, guerras civis ou invasões ao longo do século XX. Passados os confl itos, as próprias socieda-des têm buscado estabelecer a verdade sobre os crimes ocorridos. Neste contexto, mais de 30 países do mundo criaram Comissões da Verdade, que são organismos de investigação não judiciais.

(Adaptado de Museo de la Memória y los Derechos Humanos, emhttp://www.museodelamemoria.cl/el-museo/sobre-el-museo/comisiones-de-verdad/.

Acessado em 20/08/2012.)

As Comissões da Verdade

a) surgiram em países que tiveram experiências traumáticas, como as ditaduras no Chile e Brasil, e foram or-ganizadas durante as lutas de resistência aos regimes ditatoriais.

b) sustentam que o conhecimento do passado interessa às vítimas e seus familiares, devendo fi car restrito a esse universo privado.

c) constituem instrumento político que tem como objetivo o estabelecimento de sentenças judiciais aos cul-pados e o pagamento de indenizações às vítimas.

d) existem em vários países, o que indica que as práticas autoritárias não foram um fenômeno de uma só na-ção, nem se restringiram a uma única forma de confl ito.

UNICAMP/2013 — 1a FASE 6 ANGLO VESTIBULARES

Resolução

Presentes em diversos países que passaram por regimes ditatoriais, guerras civis ou invasões, as Comissões da Verdade são uma forma de apurar as práticas autoritárias do passado que se defl agraram nos mais diversos países e que geraram torturas, mortes e desaparecimentos, muitos até hoje não esclarecidos para a sociedade civil.

Resposta: d

▼ Questão 10

A imagem abaixo mostra um local por onde passa o Trópico de Capricórnio.

Sobre o Trópico de Capricórnio podemos afi rmar que:

a) É a linha imaginária ao sul do Equador, onde os raios solares incidem sobre a superfície de forma perpen-dicular, o que ocorre em um único dia no ano.

b) Os raios solares incidem perpendicularmente nesta linha imaginária durante o solstício de inverno, o que ocorre duas vezes por ano.

c) Durante o equinócio, os raios solares atingem de forma perpendicular a superfície no Trópico de Capricór-nio, marcando o início do verão.

d) No início do verão (21 ou 22 de dezembro), as noites têm a mesma duração que os dias no Trópico de Ca-pricórnio.

Resolução

No solstício de verão do Hemisfério Sul, os raios solares incidem perpendicularmente sobre o Trópico de Capri-córnio, situação que ocorre em um único dia do ano (21 ou 22 de dezembro).Vale destacar que essa data marca o início do verão no Hemisfério Sul, sendo o dia com o mais longo período de insolação do ano e, consequentemente, a noite mais curta.

Resposta: a

▼ Questão 11

A metrópole industrial do passado integrava no espaço urbano diversos processos produtivos, ocorrendo uma concentração espacial das plantas de fábrica, da infraestrutura e dos trabalhadores. Na metrópole contem-porânea predomina uma dispersão territorial das atividades econômicas e da força de trabalho. Nesta, a pro-dução fabril tende a se instalar na periferia ou nos arredores do perímetro urbano, enquanto as atividades associadas ao poder fi nanceiro, político e econômico concentram-se na área urbana mais adensada.

(Adaptado de Carlos de Matos, “Redes, nodos e cidades: transformação da metrópole latino-americana”, em Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro (org.), Metrópoles: entre a coesão e a fragmentação, a cooperação e o confl ito.

São Paulo: Editora Perseu Abramo; Rio de Janeiro: Fase, 2004, 157-196.)

Como principal característica da metrópole contemporânea, destaca-se

a) a concentração da atividade industrial e das funções administrativas das empresas no mesmo local.b) o aumento da densidade demográfi ca nas áreas do antigo centro histórico da metrópole.c) a concentração do poder decisório da administração pública e das empresas em uma única área da metró-

pole.d) a diversifi cação das atividades comerciais e de serviços na área do perímetro urbano.

UNICAMP/2013 — 1a FASE 7 ANGLO VESTIBULARES

Resolução

A metrópole contemporânea, como destacado no texto, caracteriza-se pela dispersão territorial das atividades econômicas e da força de trabalho. A produção fabril, antigamente concentrada no sítio urbano, deslocou-se para a periferia e arredores do perímetro urbano, ao mesmo tempo que ocorreu a maior diversifi cação das atividades comerciais e de serviços (fi nanceiros, políticos e econômicos) na área urbana mais adensada.

Resposta: d

▼ Questão 12

No século XXI, a participação do Produto Interno Bruto (PIB) do Nordeste no PIB brasileiro vem aumentando paulatinamente, o que indica que a região passa por um ciclo de crescimento econômico. Os principais fatores responsáveis por esse fenômeno são:

a) investimentos de grandes empresas em empreendimentos voltados para a promoção de economias solidá-rias e para o desenvolvimento de atividades de pequenos produtores agroextrativistas.

b) investimentos públicos em infraestrutura, concessões estatais de créditos e incentivos fi scais a empresas, e o aumento do consumo da população mais pobre, que passa a ter acesso ao crédito.

c) investimentos de bancos privados em grandes obras de infraestrutura direcionadas para a transposição do Rio São Francisco e para a melhoria dos sistemas de transporte rodoviário e ferroviário da região.

d) investimentos de bancos estrangeiros em empreendimentos voltados para a aquisição de grandes exten-sões de terras e para a instalação de rede hoteleira nas áreas litorâneas da região.

Resolução

Os nove estados que formam a Região Nordeste brasileira vêm, paulatinamente, aumentando sua participa-ção no Produto Interno Bruto (PIB) devido, principalmente, a investimentos públicos relacionados a obras de infraestrutura. Destacam-se o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e investimentos no resgate social, como o Bolsa Família e incentivos fi scais, que estimulam o desenvolvimento industrial na faixa litorânea.

Resposta: b

▼ Questão 13

Solo é a camada superior da superfície terrestre, onde se fi xam as plantas, que dependem de seu suporte físi-co, água e nutrientes. Um perfi l de solo é representado na fi gura abaixo.

Horizonte ouCamada O

Horizonte A

Horizonte B

Horizonte C

Rocha nãoalterada

Sobre o perfi l apresentado é correto afi rmar que:

a) O horizonte (ou camada) O corresponde ao acúmulo de material orgânico que é gradualmente decompos-to e incorporado aos horizontes inferiores, acumulando-se nos horizontes B e C.

b) O horizonte A apresenta muitos minerais não alterados da rocha que deu origem ao solo, sendo normal-mente o horizonte menos fértil do perfi l.

c) O horizonte C corresponde à transição entre solo e rocha, apresentando, normalmente, em seu interior, fragmentos da rocha não alterada.

d) O horizonte B apresenta baixo desenvolvimento do solo, sendo um dos primeiros horizontes a se formar e o horizonte com a menor fertilidade em relação aos outros horizontes.

UNICAMP/2013 — 1a FASE 8 ANGLO VESTIBULARES

Resolução

O perfi l apresentado mostra um solo com camadas ou horizontes bem demarcados. Sua formação inicia-se a partir da intemperização nas rochas superfi ciais, em decorrência da atuação de diversos agentes, entre eles a água.Durante a pedogênese (processo de formação dos solos), ocorre acúmulo de matéria orgânica apenas nos horizontes mais superfi ciais.

Resposta: c

▼ Questão 14

Em zonas de altas montanhas, como no Himalaia, a vegetação se desenvolve em diferentes altitudes, a que se associam variações das condições de temperatura, umidade, exposição do sol e ventos.

(Adaptado de http://www.prof2000.pt/users/elisabethm/geo7/clima/climas.htm.Acessado em 1/10/2012)

Após examinar a fi gura a anterior, assinale a alternativa correta a respeito da distribuição da vegetação em relação à altitude.

a) Até 2000m, fl oresta temperada; de 2000 a 3000m, fl oresta tropical; de 3000 a 5000m, gramíneas; de 5000 a 6000m, fl oresta de coníferas; acima de 6000m, terreno coberto por gelo.

b) Até 2000m, fl oresta de coníferas; de 2000 a 3000m, fl oresta temperada; de 3000 a 5000m, fl oresta tropical; de 5000 a 6000m, gramíneas; acima de 6000m, terreno coberto por gelo.

c) Até 2000m, gramíneas; de 2000 a 3000m, fl oresta de coníferas; de 3000 a 5000m, fl oresta temperada; de 5000 a 6000m, fl oresta tropical; acima de 6000m, terreno coberto por gelo.

d) Até 2000m, fl oresta tropical; de 2000 a 3000m, fl oresta temperada; de 3000 a 5000m, fl oresta de coníferas; de 5000 a 6000m, gramíneas; acima de 6000m, terreno coberto por gelo.

Resolução

A ilustração apresentada na questão nos mostra a relação inversa entre sustentabilidade da vida e altitude.Conforme a altitude, aumenta a diversidade, ao passo que a exuberância das espécies vegetais diminui. Estas atingem seu limite mínimo em torno de 6000 metros de altitude, com gramíneas adaptadas aos rigores das baixas temperaturas.

Resposta: d

UNICAMP/2013 — 1a FASE 9 ANGLO VESTIBULARES

▼ Questão 15

O esquema abaixo representa a entrada de uma frente fria, uma condição atmosférica muito comum, espe-cialmente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.

10

5

0

Massa de ar frio

400km

frente fria

Cumulonimbus

Massa de ar quente

ar quente em ascenção

km

Sobre esta condição é correto afi rmar que:

a) É típica de inverno, quando massas frias atravessam essas regiões, provocando inicialmente uma precipita-ção e, na sequência, queda da temperatura e tempo mais seco.

b) Trata-se da chegada de uma massa quente, que ocorre tanto no verão quanto no inverno, provocando intensas chuvas, sendo comuns a ocorrência de tempestades e o aumento signifi cativo na temperatura.

c) O contato entre as massas de ar indica fortes chuvas, de tipo orográfi cas, que permanecem estacionadas num mesmo ponto durante vários dias.

d) As precipitações de tipo convectivas ocorrem especialmente nos meses de verão, sendo comum a ocorrên-cia de chuvas de granizo no fi nal da tarde.

Resolução

A ilustração apresentada mostra a entrada de uma massa de ar fria em uma área de ação de uma massa quente. A área de contato entre estas recebe o nome de frente fria. A passagem desta frente, sobre um dado local, pro-voca chuvas. Já a ação da massa fria sobre esse ponto produzirá quedas nas temperaturas e tempos mais secos.

Resposta: a

▼ Questão 16

A tabela abaixo traz informações sobre a percentagem de pessoas que residem fora de seu Estado de origem, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2001/2007 do IBGE.

Pessoas residentes não naturais da Unidade da Federação de residência (em %)Regiões 2001 2003 2005 2007

Centro-Oeste 37,4 36,3 36,5 35,2Norte 22,8 23,1 23,1 22,5

Nordeste 7,5 7,8 7,9 7,5Sul 12,1 12,2 12,2 12,2

Sudeste 18,9 18,7 18,6 17,8

Com base nas informações da tabela sobre a dinâmica migratória da população brasileira, é possível afi rmar que:

a) Os Estados da região Nordeste do Brasil apresentaram, no período, a menor percentagem de população nascida em outras Unidades da Federação. Isso ocorre porque os Estados dessa região sempre apresenta-ram uma elevada taxa de imigração de sua população para outras unidades da federação.

b) Os Estados da região Centro-Oeste apresentaram, no período, a maior percentagem de pessoas residentes oriundas de outras Unidades da Federação. Isso ocorre porque esses Estados receberam, nas últimas déca-das, elevados fl uxos migratórios de população brasileira para a ocupação da fronteira agrícola.

UNICAMP/2013 — 1a FASE 10 ANGLO VESTIBULARES

c) Nos Estados da região Sudeste houve um decréscimo da percentagem de pessoas residentes nascidas em outras Unidades da Federação. Isso ocorre porque todos os Estados dessa região sempre tiveram importan-tes fl uxos emigratórios de população direcionados para a ocupação de outras regiões do país.

d) Os Estados da região Sul têm o segundo menor índice de pessoas residentes não naturais dessas Unidades da Federação. Isso ocorre porque esses Estados, historicamente, apresentam baixos fl uxos emigratórios de sua população com destino a outras unidades da federação.

Resolução

Os Estados do Centro-Oeste são os que apresentam maior percentagem de pessoas oriundas de outras regiões. Isso acontece porque esses Estados funcionaram como polos de atração migratória nas últimas décadas, como resultado do avanço das frentes agrícolas em seus territórios.

Resposta: b

▼ Questão 17

“O Plenário da Câmara aprovou, em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 438/01, do Senado, que permite a expropriação de imóveis rurais e urbanos onde a fi scalização encontrar exploração de trabalho escravo, e os destina à reforma agrária e a programas de habitação popular. A proposta é oriunda do Senado e, como foi modifi cada na Câmara, volta para exame dos senadores”.

(“Aprovada PEC do trabalho escravo”. Notícias online no sítio da Comissão Pastoral da Terra. Disponível emhttp://www.cptnacional.org.br/index.php/noticias/49-trabalhoescravo/1099-aprovada-pec-do-trabalho-escravo.

Acessado em 04/08/2012.)

Embora o Brasil esteja plenamente inserido na era da denominada sociedade digital e do consumo, e a popu-lação tenha conquistado algumas garantias para o exercício de sua cidadania, o país ainda enfrenta relações de exploração de trabalho análogas às do período da escravidão. Sobre o trabalho escravo no Brasil, pode-se afi rmar que:

a) É uma prática mantida por fazendeiros do interior do Brasil que, embora registrem em carteira seus fun-cionários, não realizam de maneira adequada o pagamento de um salário mínimo, conforme obriga a lei em vigor.

b) As relações de exploração de trabalho análogas à escravidão são identifi cadas pelos fi scais do Ministério do Trabalho apenas em regiões distantes dos grandes centros urbanos, onde a presença do Estado é pre-cária.

c) É uma prática mais comum nas fazendas de produção de carvão e de criação de gado do interior do Brasil, sendo quase inexistente nas fazendas modernas de produção de grãos e de cana-de-açúcar.

d) Relações de exploração de trabalho análogas à escravidão ainda são encontradas em diferentes partes do país, tanto em áreas rurais quanto em áreas urbanas.

Resolução

Ao longo das últimas décadas, o Governo Federal intensifi cou signifi cativamente diversas ações e esforços para erradicar todo tipo de trabalho análogo à escravidão a qual sujeita um indivíduo a condições degradantes.Porém, ele ainda ocorre em diferentes partes do país, tanto em áreas rurais — em atividades agrícolas tradi-cionais e agroindustriais —, quanto em espaços urbanos — trabalhos domésticos e fabris.

Resposta: d

▼ Questão 18

Escala, em cartografi a, é a relação matemática entre as dimensões reais do objeto e a sua representação no mapa. Assim, em um mapa de escala 1:50.000, uma cidade que tem 4,5km de extensão entre seus extremos será representada com

a) 9cm.b) 90cm.c) 225mm.d) 11mm.

UNICAMP/2013 — 1a FASE 11 ANGLO VESTIBULARES

Resolução

Na escala destacada, cada 1 centímetro no mapa equivale a 0,5 quilômetro na realidade.Portanto, uma extensão de 4,5 quilômetros corresponde a 9 centímetros no mapa.

Resposta: a

▼ Questão 19

Levantamentos faunísticos da serapilheira (material recém-caído no solo, constituído principalmente de fo-lhas, cascas, galhos, fl ores, frutos e sementes) de fl orestas tropicais revelam a presença de uma grande va-riedade de espécies nessa camada superfi cial do solo. Considerando-se os diferentes fi los animais, espera-se encontrar na serapilheira representantes de

a) Chordata, Arthropoda, Cnidaria.b) Echinodermata, Anellida, Mollusca.c) Chordata, Arthropoda, Mollusca.d) Echinodermata, Anellida, Cnidaria.

Resolução

Na serapilheira, podemos encontrar representantes de cordados (anfíbios e répteis), artrópodes (insetos, arac-nídeos, lacraias, piolhos-de-cobra, tatuzinhos-de-jardim) e moluscos (lesmas e caracóis).

Resposta: c

▼ Questão 20

Considerando os respectivos ciclos de vida e de reprodução, um pinheiro do Paraná pode ser diferenciado de um jequitibá pela

a) ausência de sementes e presença de fl ores.b) ausência de sementes e de frutos.c) presença de sementes e ausência de frutos.d) presença de frutos e ausência de sementes.

Resolução

O pinheiro-do-paraná, uma gimnosperma, possui sementes nuas (pinhões), mas não apresenta frutos. Já no jequitibá, uma angiosperma, as sementes estão contidas no interior de frutos.

Resposta: c

▼ Questão 21

No decorrer de sua existência, a espécie humana tem sido uma das principais responsáveis pelo desapareci-mento de muitos organismos de nosso planeta. Nos tempos mais remotos, a caça indiscriminada de animais mais vulneráveis, como, por exemplo, aves não voadoras, era um dos principais motivos de extinção de várias espécies. Atualmente o ser humano continua sendo o principal promotor da perda de biodiversidade. Um conjunto de possíveis causas de extinção de espécies nos tempos atuais é:

a) fragmentação de hábitat, uso de cobaias em pesquisas científi cas e caça controlada.b) fragmentação de hábitat, introdução de espécies exóticas e poluição.c) poluição, introdução de espécies exóticas e reprodução de espécies em cativeiro.d) poluição, reprodução de espécies em cativeiro e crendices populares.

Resolução

A fragmentação de hábitats (resultante da construção de estradas, represas, devastação ambiental, apareci-mento de novos centros urbanos etc.) contribui para a ocorrência de extinção de espécies, o mesmo ocorrendo com a introdução de espécies exóticas (que competem com as espécies nativas) e a poluição, que altera as condições ambientais.

Resposta: b

UNICAMP/2013 — 1a FASE 12 ANGLO VESTIBULARES

▼ Questão 22

Considere um indivíduo heterozigoto para dois locos gênicos que estão em linkage, ou seja, não apresentam segregação independente. A representação esquemática dos cromossomos presentes em uma de suas células somáticas em divisão mitótica é:a) A A a a

b bB B

b) A

B

a

b

A a

B b

c) A a A a

B b B b

d) A A a a

B B b b

Resolução

Genes em linkage encontram-se situados no mesmo cromossomo. Dessa forma, a representação esquemá-tica mostrada na alternativa a é a adequada, também porque mostra alelos idênticos em cromátides-irmãs. Tratando-se de mitose, como afi rma o texto da questão, não se considera a ocorrência de crossing-over.

Resposta: a

▼ Questão 23

Olhos pouco desenvolvidos e ausência de pigmentação externa são algumas das características comuns a diversos organismos que habitam exclusivamente cavernas. Dentre esses organismos, encontram-se espécies de peixes, anfíbios, crustáceos, aracnídeos, insetos e anelídeos. Em relação às características mencionadas, é correto afi rmar que:

a) O ambiente escuro da caverna induz a ocorrência de mutações que tornam os organismos albinos e cegos, características que seriam transmitidas para as gerações futuras.

b) Os indivíduos que habitam cavernas escuras não utilizam a visão e não precisam de pigmentação; por isso, seus olhos atrofi am e sua pele perde pigmentos ao longo da vida.

c) As características típicas de todos os animais de caverna surgiram no ancestral comum e exclusivo desses animais e, portanto, indicam proximidade fi logenética.

d) A perda de pigmentação e a perda de visão nesses animais são características adaptativas selecionadas pelo ambiente escuro das cavernas.

Resolução

A perda de visão e de pigmentação externa em animais que vivem no interior de cavernas é uma característica adaptativa ao ambiente naturalmente escuro desses locais.

Resposta: d

UNICAMP/2013 — 1a FASE 13 ANGLO VESTIBULARES

▼ Questão 24

Um caso de morte por febre maculosa em Piracicaba resultou no fechamento temporário de um parque da ci-dade, para que os elementos envolvidos na transmissão fossem eliminados. O agente etiológico dessa doença e os elementos necessários para sua transmissão são:

a) vírus, gato e mosca.b) bactéria, capivara e mosca.c) vírus, cão e carrapato.d) bactéria, capivara e carrapato.

Resolução

Carrapatos que parasitam capivaras são transmissores da bactéria causadora (agente etiológico) da febre ma-culosa.

Resposta: d

▼ Questão 25

Na década de 1970, a imprensa veiculava uma propaganda sobre um fertilizante que dizia: “contém N, P, K, mais enxofre.” Pode-se afi rmar que o fertilizante em questão continha em sua formulação, respectivamente, os elementos químicos

a) nitrogênio, fósforo, potássio e enxofre, cujo símbolo é S.b) níquel, potássio, criptônio e enxofre, cujo símbolo é Ex.c) nitrogênio, fósforo, potássio e enxofre, cujo símbolo é Ex.d) níquel, potássio, cálcio e enxofre, cujo símbolo é S.

Resolução

O símbolo N representa o elemento nitrogênio, P representa fósforo, K representa potássio e o elemento en-xofre é representado por S.

Resposta: a

▼ Questão 26

O controle da umidade do solo, através da irrigação, pode contribuir substancialmente para a melhoria de rendimento da produção de algodão no Nordeste do Brasil, permitindo a sua produção, principalmente nas áreas semiáridas da região. No entanto, o uso da irrigação implica necessariamente a acumulação gradativa de sais na superfície do solo, o que pode trazer refl exos negativos sobre a produção agrícola.

(Adaptado de http://www.cbmamona.com.br/pdfs/IRR-05.pdf. Acessado em 01/07/2012.)

Desse texto, pode-se inferir que os sais dissolvidos na água da irrigação se acumulam na superfície do solo em função

a) da rápida fi ltração da água de irrigação, pois no Nordeste o solo é muito arenoso e as chuvas são escassas.b) da sublimação da água de irrigação, após a água se transformar nos gases H2 e O2, devido à alta tempera-

tura na superfície.c) da sublimação da água de irrigação, associada à escassez de chuva no Nordeste.d) da evaporação da água de irrigação e da escassez de chuva no Nordeste.

Resolução

No processo de evaporação da água, os sais nela dissolvidos permanecem no solo, o que contribui para o au-mento de sua concentração nesse solo.Esse fenômeno é agravado pela falta de chuva, pois, desse modo, os sais se acumulam nas regiões próximas à superfície.

Resposta: d

UNICAMP/2013 — 1a FASE 14 ANGLO VESTIBULARES

▼ Questão 27

Como um químico descreve a cerveja? “Um líquido amarelo, homogêneo enquanto a garrafa está fechada, e uma mistura heterogênea quando a garrafa é aberta. Constitui-se de mais de 8.000 substâncias, entre elas o dióxido de carbono, o etanol e a água. Apresenta um pH entre 4,0 e 4,5, e possui um teor de etanol em torno de 4,5 % (v/v).”Sob a perspectiva do químico, a cerveja

a) apresenta uma única fase enquanto a garrafa está fechada, tem um caráter ligeiramente básico e contém cerca de 45 gramas de álcool etílico por litro do produto.

b) apresenta duas fases logo após a garrafa ser aberta, tem um caráter ácido e contém cerca de 45mL de ál-cool etílico por litro de produto.

c) apresenta uma única fase logo após a garrafa ser aberta, tem um caráter ligeiramente ácido e contém cerca de 45 gramas de álcool etílico por litro de produto.

d) apresenta duas fases quando a garrafa está fechada, tem um caráter ligeiramente básico e contém 45mL de álcool etílico por 100mL de produto.

Resolução

A cerveja é uma mistura heterôgenea. Após aberta, é constituída por uma fase líquida e uma gasosa. Como possui pH � 7, apresenta caráter ácido.

Cálculo do volume de etanol por litro de cerveja: 1000mL –––––––––– 100% x –––––––––– 4,5%

x = 45mL etanolL cerveja

Resposta: b

▼ Questão 28

Em junho de 2012 ocorreu na cidade do Rio de Janeiro a Conferência Rio+20. Os principais focos de discussão dessa conferência diziam respeito à sustentabilidade do planeta e à poluição da água e do ar. Em relação a esse último aspecto, sabemos que alguns gases são importantes para a vida no planeta. A preocupação com esses gases é justifi cada, pois, de um modo geral, pode-se afi rmar que

a) o CH4 e o CO2 estão relacionados à radiação ultravioleta, o O3, à chuva ácida e os NOx, ao efeito estufa.b) o CH4 está relacionado à radiação ultravioleta, o O3 e o CO2, ao efeito estufa e os NOx, à chuva ácida.c) os NOx estão relacionados ao efeito estufa, o CH4 e o CO2, à radiação ultravioleta e o O3, à chuva ácida.d) o O3 está relacionado à radiação ultravioleta, o CH4 e o CO2, ao efeito estufa e os NOx, à chuva ácida.

Resolução

O ozônio, O3, é o gás que compõe a camada de ozônio, região da atmosfera que absorve a radiação ultravio-leta, de alta energia, que chega à Terra.Os gases CO2, dióxido de carbono, e CH4, metano, são os principais responsáveis pelo efeito estufa.Os óxidos de nitrogênio (NOx), ao reagirem com a água presente na atmosfera, formam os ácidos responsáveis por causar o efeito poluente conhecido como chuva ácida.

Resposta: d

▼ Questão 29

Entre os vários íons presentes em 200 mililitros de água de coco há aproximadamente 320mg de potássio, 40mg de cálcio e 40mg de sódio. Assim, ao beber água de coco, uma pessoa ingere quantidades diferentes desses íons, que, em termos de massa, obedecem à sequência: potássio � sódio = cálcio. No entanto, se as quantidades ingeridas fossem expressas em mol, a sequência seria:

a) potássio � cálcio = sódio.b) cálcio = sódio � potássio.c) potássio � sódio � cálcio.d) cálcio � potássio � sódio.

Dados de massas molares em g/mol: cálcio = 40, potássio = 39 e sódio = 23.

UNICAMP/2013 — 1a FASE 15 ANGLO VESTIBULARES

Resolução

A quantidade em mol para cada íon é:

K+ (potássio)

m = 320mg = 320 ⋅ 10–3gM = 39g/mol 1

23

n = m

M = 320 ⋅ 10–3g

39g/mol = 8,2 ⋅ 10–3mol

Ca2+ (cálcio)

m = 40mg = 40 ⋅ 10–3gM = 40g/mol 1

23

n = 40 ⋅ 10–3g

40g/mol = 1 ⋅ 10–3mol

Na+ (sódio)

m = 40mg = 40 ⋅ 10–3gM = 23g/mol 1

23

n = 40 ⋅ 10–3g

23g/mol = 1,7 ⋅ 10–3mol

A sequência em quantidade de matéria (mol) é:potássio � sódio � cálcio.

Resposta: c

▼ Questão 30

Uma prática de limpeza comum na cozinha consiste na remoção da gordura de panelas e utensílios como gar-fos, facas, etc. Na ação desengordurante, geralmente se usa um detergente ou um sabão. Esse tipo de limpeza resulta da ação química desses produtos, dado que suas moléculas possuem

a) uma parte com carga, que se liga à gordura, cujas moléculas são polares; e uma parte apolar, que se liga à água, cuja molécula é apolar.

b) uma parte apolar, que se liga à gordura, cujas moléculas são apolares; e uma parte com carga, que se liga à água, cuja molécula é polar.

c) uma parte apolar, que se liga à gordura, cujas moléculas são polares; e uma parte com carga, que se liga à água, cuja molécula é apolar.

d) uma parte com carga, que se liga à gordura, cujas moléculas são apolares; e uma parte apolar, que se liga à água, cuja molécula é polar.

Resolução

Os detergentes e sabões apresentam em sua estrutura uma parte apolar, que interage com a gordura; e uma parte com carga, que interage com a água. A representação esquemática da estrutura do detergente ou sabão pode ser dada por:

14444444444444244444444444443123

ESQUELETO CARBÔNICO:APOLAR

(interage com a gordura

que é apolar)

PONTA POLAR(interage com

a água que é polar)

Resposta: b

▼ Questão 31

O carro elétrico é uma alternativa aos veículos com motor a combustão interna. Qual é a autonomia de um carro elétrico que se desloca a 60km/h, se a corrente elétrica empregada nesta velocidade é igual a 50A e a carga máxima armazenada em suas baterias é q = 75Ah?

a) 40,0km.b) 62,5km.c) 90,0km.d) 160,0km.

UNICAMP/2013 — 1a FASE 16 ANGLO VESTIBULARES

Resolução

O intervalo de tempo durante o qual a bateria funciona pode ser encontrado a partir da defi nição de intensi-dade de corrente elétrica média:

im = |Δq|Δt

50A = 75AhΔt

Δt = 32

h

Considerando que o carro elétrico desenvolve velocidade constante, tem-se:

v = vm = ΔsΔt

60km/h = Δs32

h

∴ Δs = 90km

Resposta: c

▼ Questão 32

Para fi ns de registros de recordes mundiais, nas provas de 100 metros rasos não são consideradas as marcas em competições em que houver vento favorável (mesmo sentido do corredor) com velocidade superior a 2m/s. Sabe-se que, com vento favorável de 2m/s, o tempo necessário para a conclusão da prova é reduzido em 0,1s. Se um velocista realiza a prova em 10s sem vento, qual seria sua velocidade se o vento fosse favorável com velocidade de 2m/s?

a) 8,0m/s .b) 9,9m/s .c) 10,1m/s .d) 12,0m/s .

Resolução

Do enunciado, o tempo de prova seria reduzido em 0,1s, ou seja, o percurso de 100m seria percorrido em 9,9s. Assim, da defi nição de velocidade escalar média, tem-se:

vm = ΔsΔt

⇒ vm = 1009,9

⇒ vm ∼− 10,1m/s

Resposta: c

▼ Questão 33

Pressão parcial é a pressão que um gás pertencente a uma mistura teria se o mesmo gás ocupasse sozinho todo o volume disponível. Na temperatura ambiente, quando a umidade relativa do ar é de 100%, a pressão parcial de vapor de água vale 3,0 ⋅ 103Pa . Nesta situação, qual seria a porcentagem de moléculas de água no ar?

a) 100%.b) 97%.c) 33%.d) 3%.

Dados: a pressão atmosférica vale 1,0 ⋅ 105Pa.Considere que o ar se comporta como um gás ideal.

UNICAMP/2013 — 1a FASE 17 ANGLO VESTIBULARES

Resolução

Situação 1 Situação 2

Apenas

Vapor

Ar

+

Vapor

pparcial = 3 ⋅ 103Pa ptotal = patm = 1 ⋅ 105Pa (1) pparcial ⋅ V = nvapor ⋅ R ⋅ T (2) ptotal ⋅ V = ntotal ⋅ R ⋅ T

Dividindo-se (1) por (2), temos:

pparcial

ptotal =

nvapor

ntotalnvapor

ntotal = 3 ⋅ 103

1 ⋅ 105

nvapor = 0,03 ⋅ ntotalnvapor = 3%

Resposta: d

▼ Questão 34 lente

1cm1cm

objeto

F F

Um objeto é disposto em frente a uma lente convergente, conforme a fi gura abaixo. Os focos principais da lente são in-dicados com a letra F.Pode-se afi rmar que a imagem formada pela lente

a) é real, invertida e mede 4cm.b) é virtual, direta e fi ca a 6cm da lente.c) é real, direta e mede 2cm.d) é real, invertida e fi ca a 3cm da lente.

Resolução

Resolução gráfi ca:lente

1cm

4cm

1cm

objeto

F F

Imagem:

• Real;• Invertida;• De altura de 4cm.

Resolução analítica:

Do esquema: f = 2cmp = 3cm

1f = 1

p + 1

p’12

= 13

+ 1p’

1p’

= 3 – 26

∴ p’ = +6cm

UNICAMP/2013 — 1a FASE 18 ANGLO VESTIBULARES

Imagem real a 6cm da lente.

y’y

= –p’p

y’2

= – 63

∴ y’ = –4cm

Imagem de 4cm de altura, orientada para baixo (invertida).

Resposta: a

▼ Questão 35

Muitos carros possuem um sistema de segurança para os passageiros chamado airbag. Este sistema consiste em uma bolsa de plástico que é rapidamente infl ada quando o carro sofre uma desaceleração brusca, interpondo--se entre o passageiro e o painel do veículo. Em uma colisão, a função do airbag é

a) aumentar o intervalo de tempo de colisão entre o passageiro e o carro, reduzindo assim a força recebida pelo passageiro.

b) aumentar a variação de momento linear do passageiro durante a colisão, reduzindo assim a força recebida pelo passageiro.

c) diminuir o intervalo de tempo de colisão entre o passageiro e o carro, reduzindo assim a força recebida pelo passageiro.

d) diminuir o impulso recebido pelo passageiro devido ao choque, reduzindo assim a força recebida pelo pas-sageiro.

Resolução

Em uma colisão, o passageiro precisa receber uma força que faça sua velocidade diminuir tanto quanto a do veículo.Quanto maior for o tempo de aplicação dessa força, menor será sua intensidade, o que diminui os danos cau-sados ao passageiro.A função do airbag é exatamente essa. Em contato com a bolsa, a diminuição da velocidade do passageiro é mais lenta e, portanto, ele fi ca sujeito à ação de uma força de menor intensidade.

Resposta: a

▼ Questão 36

R

PVP

Um aerogerador, que converte energia eólica em elétrica, tem uma hélice como a represen-tada na fi gura abaixo. A massa do sistema que gira é M = 50 toneladas, e a distância do eixo ao ponto P, chamada de raio de giração, é R = 10m. A energia cinética do gerador com a

hélice em movimento é dada por E = 12

MVP2, sendo VP o módulo da velocidade do ponto P.

Se o período de rotação da hélice é igual a 2s, qual é a energia cinética do gerador? Con-sidere π = 3.

a) 6,250 ⋅ 105J.b) 2,250 ⋅ 107J.c) 5,625 ⋅ 107J.d) 9,000 ⋅ 107J.

Resolução

A velocidade do ponto P pode ser calculada em função da velocidade angular da hélice por:VP = ω ⋅ R

Considerando-se a velocidade angular em função do período da rotação:

VP = 2πT

⋅ R

Substituindo-se os valores numéricos dados:

VP = 2 ⋅ 32

⋅ 10 ∴ VP = 30m/s

UNICAMP/2013 — 1a FASE 19 ANGLO VESTIBULARES

A energia cinética do gerador é:

E = 12

⋅ M ⋅ VP2

E = 12

⋅ 50 ⋅ 103 ⋅ (30)2 ∴ E = 2,25 ⋅ 107J

Resposta: b

▼ Questão 37

A fi gura abaixo mostra a precipitação pluviométrica em milímetros por dia (mm/dia) durante o último verão em Campinas.

precipitação

71.1

63.6

56.1

48.6

41.1

33.7

26.2

18.7

11.2

3.7

22/12 03/01 15/01 27/01 08/02 20/02 03/03 15/03

Dia(Fonte: http://www.agritempo.gov.br/agroclima/plotpesq. Acessado em 10/10/2012.)

Se a precipitação ultrapassar 30mm/dia, há um determinado risco de alagamentos na região. De acordo com o gráfi co, quantos dias Campinas teve este risco de alagamento?

a) 2 dias. c) 6 dias.b) 4 dias. d) 10 dias.

ResoluçãoAnalisando-se o gráfi co, o número de dias com risco de alagamento é 4.

Resposta: b

▼ Questão 38

Para repor o teor de sódio no corpo humano, o indivíduo deve ingerir aproximadamente 500mg de sódio por dia. Considere que determinado refrigerante de 350mL contém 35mg de sódio. Ingerindo-se 1.500mL desse refrigerante em um dia, qual é a porcentagem de sódio consumida em relação às necessidades diárias?

a) 45%. c) 15%.b) 60%. d) 30%.

ResoluçãoDo enunciado, temos:

350mL –––––––––– 35g 1500mL –––––––––– x

x = 150g

Temos que a porcentagem pedida é:

x500g

= 150500

= 30%

Resposta: d

UNICAMP/2013 — 1a FASE 20 ANGLO VESTIBULARES

▼ Questão 39

Um automóvel foi anunciado com um fi nanciamento “taxa zero” por R$24.000,00 (vinte e quatro mil reais), que poderiam ser pagos em doze parcelas iguais e sem entrada. Para efetivar a compra parcelada, no entan-to, o consumidor precisaria pagar R$720,00 (setecentos e vinte reais) para cobrir despesas do cadastro. Dessa forma, em relação ao valor anunciado, o comprador pagará um acréscimo

a) inferior a 2,5%.b) entre 2,5% e 3,5%.c) entre 3,5% e 4,5%.d) superior a 4,5%.

Resolução

O acréscimo em relação ao valor anunciado é720

24000 = 0,03

ou seja, 3%.

Resposta: b

▼ Questão 40

Ao decolar, um avião deixa o solo com um ângulo constante de 15º. A 3,8km da cabeceira da pista existe um morro íngreme. A fi gura abaixo ilustra a decolagem, fora de escala.

15º

3,8km

Aeroporto

Podemos concluir que o avião ultrapassa o morro a uma altura, a partir da sua base, de

a) 3,8tan(15º)km.b) 3,8sen(15º)km.c) 3,8cos(15º)km.d) 3,8sec(15º)km.

Resolução

Sendo h a altura do avião, quando está acima do morro, temos:

tan(15º) = h3,8

∴ h = 3,8 ⋅ tan(15º)km

Resposta: a

▼ Questão 41

Uma barra cilíndrica é aquecida a uma temperatura de 740ºC. Em seguida, é exposta a uma corrente de ar a 40ºC. Sabe-se que a temperatura no centro do cilindro varia de acordo com a função

T(t) = (T0 – TAR) ⋅ 10–

t12 + TAR

sendo t o tempo em minutos, T0 a temperatura inicial e TAR a temperatura do ar. Com essa função, concluímos que o tempo requerido para que a temperatura no centro atinja 140ºC é dado pela seguinte expressão, com o log na base 10:

a) 12[log(7) – 1] minutos.b) 12[1 – log(7)] minutos.c) 12log(7) minutos.d) [1 – log(7)]/12 minutos.

UNICAMP/2013 — 1a FASE 21 ANGLO VESTIBULARES

Resolução

T(t) = (740 – 40) ⋅ 10–

t12 + 40

T(t) = 700 ⋅ 10–

t12 + 40

De T(t) = 140, temos:

700 ⋅ 10–

t12 + 40 = 140

700 ⋅ 10–

t12 = 100

10–

t12 = 7–1

10t

12 = 7t

12 = log(7) ∴ t = 12 ⋅ log(7)

Resposta: c

▼ Questão 42

Na fi gura abaixo, ABC e BDE são triângulos isósceles semelhantes de bases 2a e a, respectivamente, e o ângulo CAB = 30º.

C

AB

Da2a

E

Portanto, o comprimento do segmento CE é:

a) a 53� .

b) a 83� .

c) a 73� .

d) a�2.

ResoluçãoC

AB

DE’C’

E

30º 30º 30º 30º

F

14444244443a

14243

2a

14444244443a

1. No triângulo ACC’ temos:

CC’a

= tg30º ∴ CC’a

= �33

∴ CC’ = a�33

2. Como ΔBED � ΔACB temos:

EE’CC’

= a2a

∴ EE’ = 12

⋅ CC’ ∴ EE’ = a�36

∴ CF = FC’ = EE’ = a�36

UNICAMP/2013 — 1a FASE 22 ANGLO VESTIBULARES

3. No triângulo CFE temos:

CE2 = CF2 + EF2 ∴ CE2 = (a�36 )2 + (3a

2 )2CE2 = 3a2

36 + 9a2

4

CE2 = 3a2 + 81a2

36

CE2 = 84a2

36

CE2 = 7a2

3 ∴ CE = a 7

3�Resposta: c

▼ Questão 43

Para acomodar a crescente quantidade de veículos, estuda-se mudar as placas, atualmente com três letras e quatro algarismos numéricos, para quatro letras e três algarismos numéricos, como está ilustrado abaixo.

Considere o alfabeto com 26 letras e os algarismos de 0 a 9. O aumento obtido com essa modifi cação em rela-ção ao número máximo de placas em vigor seria

a) inferior ao dobro.b) superior ao dobro e inferior ao triplo.c) superior ao triplo e inferior ao quádruplo.d) mais que o quádruplo.

Resolução

O novo número máximo de placas é 264 ⋅ 103.O atual é 263 ⋅ 104

A razão entre elas é 264 ⋅ 103

263 ⋅ 104 = 2,6

Assim, o aumento foi de 1,6, ou seja, 160%, e, portanto, inferior ao dobro (200%).

Resposta: a

▼ Questão 44

A embalagem de certo produto alimentício, em formato de cilindro circular, será alterada para acomodar um novo rótulo com informações nutricionais mais completas. Mantendo o mesmo volume da embalagem, a sua área lateral precisa ser aumentada. Porém, por restrições de custo do material utilizado, este aumento da área lateral não deve ultrapassar 25%. Sejam r e h o raio e a altura da embalagem original, e R e H o raio e a altura da embalagem alterada. Nessas condições podemos afi rmar que:

a) Rr � 3

4 e H

h � 16

9.

b) Rr � 9

16 e H

h � 4

3.

c) Rr � 4

5 e H

h � 25

16.

d) Rr � 16

25 e H

h � 5

4.

UNICAMP/2013 — 1a FASE 23 ANGLO VESTIBULARES

Resolução

Como o volume da lata deve ser mantido, temos:

πr2h = πR2H ∴ R2

r2 =

hH

(I)

Além disso, o aumento da área lateral não deve superar 25%, ou seja,

2πRH � 1,25 ⋅ 2πrh ∴ Rr �

54

⋅ hH

(II)

Substituindo (I) em (II), vem:

Rr �

54

⋅ R2

r2 ∴ R

r �

45

(III)

Elevando ao quadrado os dois membros de (II) e substituindo (I), temos:

R2

r2 �

2516

⋅ h2

H2 ∴ h

H �

2516

⋅ h2

H2

∴ Hh

� 2516

(IV)

De (III) e (IV), segue que a alternativa c é correta.

Como Rr �

45

e

45

� 34

, temos Rr �

34

(V)

Como Hh

� 2516

e

2516

� 169

, temos Hh

� 169

(VI)

De (V) e (VI), segue que a alternativa a é correta.

Resposta: a e c

▼ Questão 45

Em um aparelho experimental, um feixe laser emitido no ponto P refl ete internamente três vezes e chega ao ponto Q, percorrendo o trajeto PFGHQ. Na fi gura abaixo, considere que o comprimento do segmento PB é de 6cm, o do lado AB é de 3cm, o polígono ABPQ é um retângulo e os ângulos de incidência e refl exão são congruentes, como se indica em cada ponto da refl exão interna.

PB H

G

A F Q

Qual é a distância total percorrida pelo feixe luminoso no trajeto PFGHQ?

a) 12cm.b) 15cm.c) 16cm.d) 18cm.

UNICAMP/2013 — 1a FASE 24 ANGLO VESTIBULARES

ResoluçãoDo enunciado temos a fi gura:

PB H

G

A F Q

3 3

6

R

N

M

Os triângulos FQP e HPQ são congruentes:Assim, FQ = HP e, portanto, AF = BH.

Conclui-se, daí, que os triângulos AFG e BHG são congruentes. Portanto, AG = GB = 32

.

Os triângulos AFG, MFR, MQR, BHG, NHR e NPR são congruentes. Logo, AF = FM = MQ = 2.No triângulo AGF temos:

(GF)2 = (32)2 + 22 ∴ GF = 5

2

Logo, a distância pedida é 6 ⋅ (GF), ou seja, 6 ⋅ 52

, isto é, 15cm.

Resposta: b

▼ Questão 46

Sejam r, s e t as raízes do polinômio p(x) = x3 + ax2 + bx + (ba)3, em que a e b são constantes reais não nulas. Se

s2 = rt , então a soma de r + t é igual a

a) ba

+ a.

b) – ba

– a.

c) a – ba

.

d) ba

– a.

Resolução

Como r, s e t são as raízes de p(x) = x3 + ax2 + bx +(ba)3 das relações de Girard, temos:

r ⋅ s ⋅ t = –(ba)3 (1)

Além disso, temos que s2 = r ⋅ t.

UNICAMP/2013 — 1a FASE 25 ANGLO VESTIBULARES

Assim, substituindo em (1), vem:

s ⋅ s2 = –(ba)3

s3 = –(ba)3

s = – ba

Desse modo,

r + s + t = – a1

r – ba

+ t = –a

r + t = ba

– a

Resposta: d

▼ Questão 47

C

A B

O segmento AB é o diâmetro de um semicírculo e a base de um triân-gulo isósceles ABC, conforme a fi gura ao lado.

Denotando as áreas das regiões semicircular e triangular, respectiva-

mente, por S(ϕ) e T(ϕ), podemos afi rmar que a razão S(ϕ)

T(ϕ), quando

ϕ = π2

radianos, é

a) π2

.

b) 2π.c) π.

d) π4

.

Resolução

Como ϕ = π2

rad, o triângulo ABC é retângulo em C, sendo l a medida —AC—

, temos que AB = l�2.

Assim:

• T(ϕ) = l ⋅ l2

= l2

2

• S(ϕ) = 12

⋅ π ⋅ (AB2 )

2 = 1

2 ⋅ π ⋅ (l�2

2 )2

S(ϕ) = πl2

4

Logo, S(ϕ)T(ϕ)

=

πl2

4l2

2

= π2

Resposta: a

UNICAMP/2013 — 1a FASE 26 ANGLO VESTIBULARES

▼ Questão 48

Chamamos de unidade imaginária e denotamos por i o número complexo tal que i2 = –1.Então i0 + i1 + i2 + i3 + … + i2013 vale

a) 0.b) 1.c) i.d) 1 + i.

Resolução

Note, inicialmente, que

i0 + i1 + i2 + i3 = 1 + i – 1 – i = 0

Assim,

i0 + i1 + i2 + i3 + … + i2013 == i0 + i1 + i2 + i3 + i0 + i1 + i2 + i3 + … + i0 + i1 + i2 + i3 + i2013 == 0 + 0 + … + 0 + i2012 + i2013 = i0 + i1 = 1 + i

Resposta: d

UNICAMP/2013 — 1a FASE 27 ANGLO VESTIBULARES

Texto 1

Imagine-se como um estudante de ensino médio de uma escola que organizará um painel sobre carac-terísticas psicológicas e suas implicações no plano individual e na vida em sociedade. Nesse painel, destinado à comunidade escolar, cada texto reproduzido será antecedido por um resumo. Você fi cou responsável por elaborar o resumo que apresentará a matéria transcrita abaixo, extraída de uma revista de divulgação cientí-fi ca. Nesse resumo você deverá:

• apresentar o ponto de vista expresso no texto, a respeito da importância do pessimismo em oposição ao otimismo, relacionando esse ponto de vista aos argumentos centrais que o sustentam.

Atenção: uma vez que a matéria será reproduzida integralmente, seu texto deve ser construído sem copiar enunciados da matéria.

PESSIMISMO

Para começar, precisamos de pessimistas por perto. Como diz o psicólogo americano Martin Seligman: “Os visionários, os planejadores, os desenvolvedores, todos eles precisam sonhar com coisas que ainda não existem, explorar fronteiras. Mas, se todas as pessoas forem otimistas, será um desastre”, afi rma. Qualquer empresa precisa de fi guras que joguem a dura realidade sobre os otimistas: tesoureiros, vice-presidentes fi -nanceiros, engenheiros de segurança…

Esse realismo é coisa pequena se comparado com o pessimismo do fi lósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860). Para ele, o otimismo é a causa de todo o sofrimento existencial. Somos movidos pela vontade — um sentimento que nos leva a agir, assumir riscos e conquistar objetivos. Mas essa vontade é apenas uma par-te de um ciclo inescapável de desilusões: dela vamos ao sucesso, então à frustração — e a uma nova vontade.

Mas qual é o remédio, então? Se livrar das vontades e passar o resto da vida na cama sem produzir mais nada? Claro que não. A fi losofi a do alemão não foi produzida para ser levada ao pé da letra. Mas essa visão seca joga luz no outro lado da moeda do pessimismo: o excesso de otimismo — propagandeado nas últimas décadas por toneladas de livros de autoajuda. O segredo por trás do otimismo exacerbado, do pensamento positivo desvairado, não tem nada de glorioso: ele é uma fonte de ansiedade. É o que concluíram os psicólo-gos John Lee e Joane Wood, da Universidade de Waterloo, no Canadá. Um estudo deles mostrou que pacien-tes com autoestima baixa tendem a piorar ainda mais quando são obrigados a pensar positivamente.

Na prática: é como se, ao repetir para si mesmo que você vai conseguir uma promoção no trabalho, por exemplo, isso só servisse para lembrar o quanto você está distante disso. A conclusão dos pesquisadores é que o melhor caminho é entender as razões do seu pessimismo e aí sim tomar providências. E que o pior é enterrar os pensamentos negativos sob uma camada de otimismo artifi cial. O fi lósofo britânico Roger Scruton vai além disso. Para ele, há algo pior do que o otimismo puro e simples: o “otimismo inescrupuloso”. Aquelas utopias* que levam populações inteiras a aceitar falácias** e resistir à razão. O maior exemplo disso foi a ascensão do nazismo — um regime terrível, mas essencialmente otimista, tanto que deu origem à Segunda Guerra com a certeza inabalável da vitória. E qual a resposta de Scruton para esse otimismo inescrupuloso? O pessimismo, que, segundo ele, cria leis preparadas para os piores cenários. O melhor jeito de evitar o pior, enfi m, é antever o pior.(Extraído de M. Horta, “O lado bom das coisas ruins”, em Superinteressante, São Paulo, no 302, março 2012. http://super.abril.com.br/

cotidiano/lado-bom-coisas-ruins-68705.shtml. Acessado em 2/09/2012.)

* Utopia: projeto de natureza irrealizável; ideia generosa, porém impraticável; quimera; fantasia.** Falácia: qualquer enunciado ou raciocínio falso que, entretanto, simula a veracidade; raciocínio verossímil, porém

falso; engano; trapaça.

Análise da PropostaO texto 1 solicitou que fosse elaborado o resumo de um texto de divulgação científi ca para ser exposto

num painel sobre a interferência de características psicológicas na vida individual e em sociedade. O candida-to deveria se colocar no lugar de um estudante do ensino médio que precisa explicar sucintamente à comuni-dade escolar a tese do autor em defesa do pessimismo em detrimento do otimismo, bem como os principais argumentos acionados para sustentar essa posição.

OOORRR ÃÃÃEEE DDDAAAÇÇÇ

UNICAMP/2013 — 1a FASE 28 ANGLO VESTIBULARES

Para cumprir o propósito defi nido pela Banca, o resumo deveria expor esse ponto de vista, destacando as implicações positivas dessa postura e consequências negativas das atitudes otimistas. Seria importante con-templar os seguintes argumentos, apresentados no texto publicado pela revista Superinteressante:

• pessimistas são necessários para fazer ver a dura realidade aos otimistas, embora estes sejam importantes por sua imaginação;

• o fi lósofo Schopenhauer defende que o otimismo provoca todo o sofrimento existencial, já que conduz necessariamente à frustração;

• estudo de psicólogos de universidade canadense mostrou que o otimismo exacerbado produz ansiedade e que é mais efi caz tomar providências com base no pessimismo;

• o fi lósofo Roger Scruton afi rma que há uma forma ainda mais prejudicial de otimismo, que leva populações inteiras a adotar raciocínios falsos, e a resposta a tal atitude é prever os cenários mais pessimistas.

Tendo em vista a cena enunciativa proposta pela Banca e os elementos avaliados pela Grade Específi ca da Unicamp (gênero, interlocução e propósito), alguns elementos deveriam ser observados:

• como o enunciatário do texto é a comunidade escolar, grupo formado por alunos, seus familiares, profes-sores e funcionários, a interlocução pode se manifestar em norma culta, em linguagem acessível, clara e objetiva para traduzir concepções abstratas e relativamente complexas. Em outros termos, o enunciador deveria traduzir, com mais simplicidade, a matéria de divulgação científi ca.

• o enunciador poderia, incorporando a máscara enunciativa, identifi car-se como um estudante de ensino médio, num cabeçalho em que fossem informados, por exemplo, seu nome, sua série e o nome do professor. Ou, considerando a cena enunciativa proposta pela Banca, introduzir o texto por um título como “Resumo” e, sem identifi cação alguma, elaborar o pequeno texto que antecederia a matéria da Superinteressante.

• o gênero resumo permite que a citação das ideias do texto-fonte seja feita por meio de frases com verbos dicendi, como “a matéria afi rma que...”, ou sem elas, em enunciados que parafraseiam o original.

Os seguintes elementos poderiam comprometer a avaliação feita na Grade Específi ca da Unicamp. Entre os que demandam mais atenção:• não é compatível com o gênero resumo o emprego da primeira pessoa do singular ou do plural, assim como

a estruturação do texto em forma de itens, a explicitação do ponto de vista do autor do resumo e a inserção de novos argumentos;

• não é coerente com a interlocução solicitada pela Banca interpelar diretamente os enunciatários (membros da comunidade escolar);

• não se cumpriria o propósito caso o ponto de vista do autor não fosse apresentado (ou fosse identifi cado erroneamente), os argumentos centrais fossem distorcidos, ou tivessem seu grau de importância alterado (tornar secundário argumento principal e vice-versa).

Texto 2

Imagine que, ao ler a matéria “Cães vão tomar uma ‘gelada’ com cerveja pet”, você se sente incomodado por não haver nela nenhuma alusão aos possíveis efeitos que esse tipo de produto pode ter sobre o consumo de álcool, especialmente por adolescentes. Como leitor assíduo, você vem acompanhando o debate sobre o álcool na adolescência e decide escrever uma carta para a seção Leitor do jornal, criticando a matéria por não mencionar o problema do aumento do consumo de álcool.

Nessa carta, dirigida aos redatores do jornal, você deverá:

• fazer menção à matéria publicada, de modo que mesmo quem não a tenha lido entenda a importância da crítica que você faz;

• fundamentar a sua crítica com dados apresentados na matéria “Vergonha Nacional”, reproduzidos adiante.

Atenção: ao assinar a carta, use apenas as iniciais do remetente.

Cães vão tomar uma “gelada” com cerveja pet

Produto feito especialmente para cachorros chega ao mercado nacional em agosto

Nada é melhor que uma cervejinha depois de um dia de cão.Agora eles, os cães, também vão poder fazer jus a essa máxima. No mês de agosto chega ao mercado a

Dog Beer, cerveja criada especialmente para os amigos de quatro patas. “Quem tem bicho de estimação gosta de dividir o prazer até na hora de comer e beber”, aposta o empresário M. M., 47, dono da marca.

Para comemorar a fi nal da Libertadores, a executiva A. P. C., 40, corintiana roxa, quis inserir Manolito, seu labrador, na festa.

“Ele tomou tudo. A cerveja é docinha, com fundinho de carne”, descreve.

UNICAMP/2013 — 1a FASE 29 ANGLO VESTIBULARES

Uniformizado, Manolito não só bebeu a gelada durante o jogo contra o Boca Juniors como latiu sem parar até o fi m da partida.

Desenvolvida pelo centro de tecnologia e formação de cervejeiros do Senai, no Rio de Janeiro, a bebida canina é feita à base de malte e extrato de carne; não tem álcool, lúpulo, nem gás carbônico.

O dono da empresa promete uma linha completa de “petiscos líquidos”, que inclui suco, vinho e cham-panhe.

A lista de produtos humanos em versões animais não para de crescer.Já existem molhos, tempero para ração e até patê.O sorvete Ice Pet é uma boa opção para o verão. A sobremesa tem menos lactose, não tem gorduras nem

açúcar.(Adaptado de Ricardo Bunduky, Folha de S. Paulo, São Paulo, 22 julh. 2012, Cotidiano 3 p.)

Vergonha Nacional

As décadas de descumprimento da lei (...) contribuíram para que os adultos se habituassem a ver o consumo de bebidas entre adolescentes como “mal menor”, comparado aos perigos do mundo. (...) Um estudo publi-cado pela revista Drugs and Alcohol Dependence ouviu 15.000 jovens nas 27 capitais brasileiras. O cenário que emerge do estudo é alarmante. Ao longo de um ano, um em cada três jovens brasileiros de 14 a 17 anos se embebedou ao menos uma vez. Em 54% dos casos mais recentes, isso ocorreu na sua casa ou na de amigos ou parentes. Os números confi rmam também a leniência com que os adultos encaram a transgressão. Em 17% dos episódios, os menores estavam acompanhados dos próprios pais ou de tios.

Resultados da pesquisa realizada com 15.000 jovens de 14 a 17 anos nas 27 capitais brasileiras

Quantas vezes se embebedouOnde fi cou embriagado

(na última vez em que bebeu)Com quem bebeu

(na última vez em que bebeu)

Nenhuma vez 12% Bar 35% Amigos 50%

Uma vez na vida 35% Casa de amigos 30% Irmãos e primos 26%

Ao menos uma vez no último ano 32% Casa de parentes 13% Pais ou tios 17%

Ao menos uma vez no último mês 21% Própria casa 11% Namorado 5%

Festas ou praia 11% Sozinho 2%(Adaptado de Revista Veja, Editora Abril, São Paulo, no 28, 11 julh. 2012, p. 81-82.)

Análise da Proposta

O texto 2 determinou a elaboração de uma carta destinada à seção Leitor do jornal. O candidato deveria criticar o fato de a matéria Cães vão tomar uma “gelada” com cerveja pet — que informa sobre a criação de uma cerveja especial para cachorros — não comentar os efeitos nocivos do consumo crescente do produto, especialmente entre adolescentes.

A proposta informava que o leitor vinha acompanhando uma série de reportagens sobre o assunto. Para sustentar o incômodo que levou o enunciador a redigir a carta, foram fornecidos dados retirados da matéria Vergonha Nacional.

Gênero — carta do leitor

O candidato deveria observar as regras típicas do gênero: local e data, uso do vocativo (redatores do jornal), exposição da fi nalidade da carta e saudação. Ao lado desses traços, destaca-se a obrigatoriedade de usar apenas iniciais como assinatura.

Situação de interlocução — leitor assíduo e redatores do jornal

É importante ressaltar que, embora os destinatários sejam os redatores do jornal, as marcas de interlo-cução no texto devem fazer referência ao próprio veículo.

Uma vez defi nidos gênero e situação de interlocução, o candidato deveria, quanto ao propósito:

• fazer menção à matéria, de forma que mesmo quem não a tenha lido pudesse entender o conteúdo da carta;

• fundamentar sua argumentação, com dados concretos, extraídos de uma tabela fornecida pela revista Veja.

UNICAMP/2013 — 1a FASE 30 ANGLO VESTIBULARES

Biologia

Questões bem elaboradas, que se enquadram nos principais tópicos da matéria.

Física

Embora tenha sido uma prova relativamente simples, o candidato deveria estar muito atento às informa-ções contidas nos enunciados.

São os casos, por exemplo, das questões 31 (em que a unidade de carga elétrica é dada por A ⋅ h e não deve ser confundida por A/h), 32 (em que a chave para a resolução — redução de 0,1s no tempo de prova — está contida no enunciado) e 33 (em que o candidato deveria utilizar a defi nição de pressão parcial fornecida no enunciado).

De toda forma, para ser bem-sucedido, o candidato, além de investir sua concentração na leitura atenta, necessita de um bom domínio de conceitos, como exemplifi ca a questão 35.

Geografi a

A prova da UNICAMP 2013 cobrou assuntos básicos e pertinentes a uma primeira fase. As questões foram bem elaboradas, com a utilização de recursos instrutivos. Vale ressaltar a ausência de mapas, elemento impor-tante para a ciência geográfi ca.

História

A Unicamp apresentou uma prova de história baseada em questões relevantes sobre temas abrangentes e apoiadas, muitas vezes, em textos adequados, cuja compreensão era necessária para a identifi cação da alter-nativa correta. O único ponto negativo foi a excessiva simplicidade das respostas, uma vez que as alternativas incorretas apresentavam muitas vezes erros grosseiros.

Matemática

Uma prova bem elaborada e adequada para uma primeira fase. Lamentamos o fato de a questão 44 apresentar duas alternativas corretas.

Química

A UNICAMP fez uma boa prova, na qual se avaliaram conhecimentos gerais dos alunos de ensino médio. Foram cobrados conceitos básicos de Química, o que, em nossa opinião, torna a avaliação adequada para uma primeira fase.

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