A Decisão Do STF Sobre o Impeachment Representa Uma Judicialização Da Política

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  • 7/26/2019 A Deciso Do STF Sobre o Impeachment Representa Uma Judicializao Da Poltica

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    Por Alexandre Gustavo Melo Franco Bahia, Diogo Bacha e Silva e Marcelo Andrade Cattoni de Oliveira 07/01/2016

    Luiz Werneck Vianna, importante socilogo, em texto recentemente publicado, defende que a deciso doSupremo Tribunal Federal na ADPF 378, ao definir os ritos a serem obedecidos pelo processo deimpeachment da Presidente Dilma Rousseff, representou uma verdade judicializao da poltica que, na suaviso, seria um caminho sem volta (a travessia do Rubico pelo STF) em direo a um governo de juzes

    Segundo alega, o Supremo Tribunal Federal desconsiderou o voto do relator Min. Edson Fachin e do MinDias Toffoli, dois que, de acordo com sua opinio, so ministros com posies convergentes com o governoatual, que clamavam pela autorrestrio do Supremo Tribunal Federal em favor de uma suposta soberaniapopular[1], representada ali pelo Congresso Nacional no exerccio de prerrogativas que lhe seriam prprias,especialmente, no que se refere s chamadas matriasinterna corporis .

    A deciso do STF sobre o impeachment representa umajudicializao da poltica? Uma resposta a Luis WerneckVianna Por Alexandre Gustavo Melo Franco Bahia, DiogoBacha e Silva e Marcelo Andrade Cattoni de Oliveira

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    De igual sorte, sustenta o renomado socilogo que a deciso do Supremo Tribunal Federal teria contrariadoat mesmo marcos tericos importantes para o mundo do Direito, como o de Habermas e o de Dworkin,transformando-nos em um pontificado laico dos juzes, jamais uma Repblica[2].

    Interessa-nos, sobretudo, oferecer uma resposta[3] ao socilogo no que diz respeito s suas crticasdirigidas contra a deciso do Supremo Tribunal Federal que estabeleceu parmetros para o exerccio dodevido processo legal doimpeachment. Alis, remetemos, desde j, ao leitor aos nossos comentrios feitos a

    essa deciso do Supremo Tribunal Federal[4].

    Em primeiro lugar, deve-se ter bem clara essa questo: o Supremo Tribunal Federal, na deciso da ADPF378, apenas recuperou a deciso proferida no Mandado de Segurana 21.564 (caso Collor) no ano de 1992que, conforme j dissemos em outra oportunidade[5], determinou a incidncia da garantia constitucional daampla defesa ao processo deimpeachment , estabelecendo a maneira de seu exerccio, bem como a forma devotao a ser realizada pela Cmara dos Deputados, tudo em interpretao de normas constitucionais. dizer, o Tribunal mostra uma linha de continuidade com precedentes anteriormente estabelecidos (alm do

    MS citado h outros do caso Collor e outras decises a respeito da lei 1079/1950 que mencionamos emtrabalhos citados); tal linha faz jus s ideias de interpretao construtiva e integridade no Direito de quenos fala Dworkin (O imprio do Direito. So Paulo: Martins Fontes, 1999)

    Luis Werneck Vianna apresenta a afirmativa de que o Supremo Tribunal Federal realizou uma judicializada poltica, sem apresentar de modo mais claro e explcito uma justificativa para embasar essas suasafirmaes. Ora, sobressai da que ou o autor pretende com que o leitor se esforce em um exerccio deadivinhao ou, ento, acredita mesmo que sua autoridade acadmica o suficiente para a declarao de

    uma suposta verdade.

    A deciso proferida na ADPF 378 realmente representou uma judicializao da poltica? Alis, o que eleentende ser judicializao da poltica? Ser que o autor agora entende que h temas judicializveis e temasessencialmente polticos? H questes essencialmente polticas quando tratamos da autoridade daConstituio? Quantas vezes o Supremo Tribunal Federal j no afirmou que mesmo estando a matria emregimento interno das casas legislativas estaria ela passvel de sofrer reviso judicial se tratasse detemtica diretamente constitucional v.g., regularidade de processo legislativo? Estariam todas essas

    decises equivocadas? Podem os representantes do povo dispor, a seu alvedrio, da Constituio?Voltaremos ao tempo no qual o poder (Legislativo ou Executivo) criam barreiras ao conhecimento doJudicirio sob o verniz de doutrina das questes polticas? Exemplos disso em eras anteriores na nossahistria constitucional no faltam[6].

    Mais uma vez o tema retoma a tenso entre constitucionalismo e democracia e o papel do Judicirio em sergarante do primeiro quando este for ameaado pela segunda. Desde j, cabe dizer que adotados a posio,em dilogo com a Teoria Discursiva do Direito, segundo a qual o Estado Democrtico de Direito no deve

    ser visto como a unio paradoxal de princpios contraditrios, se compreendermos a Constituiodemocrtica, na sua abertura para o futuro, como um processo de aprendizado social, de longo prazo, com oDireito e com a Poltica, sujeito a tropeos e retrocessos, todavia capaz de corrigir a si mesmo[7]. Numaperspectiva republicana no-comunitarista, o Direito constitutivo da democracia, na medida em que osdireitos fundamentais representam as prprias condies jurdicas de institucionalizao da democracia. A

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    ideia, portanto, de um Direito como mero instrumento limitador da poltica liberal, pois tende a reduzir ofundamento do Direito moral, assim como a tratar a poltica como poder-violncia[8]; assim como a ideiade uma soberania popular no revestida do Direito pode soar como puro jacobinismo.

    O que Luis Werneck Vianna parece sustentar que o Supremo Tribunal Federal teria interferido em matriainterna corporis e, portanto, infringido, com isso, a soberania popular.

    Ora, desde quando o processo de impeachment matria interna corporis? Desde quando garantir aconstitucionalidade do processo deimpeachment infringir a soberania popular? Ao que consta, o processode impedimento toca o ncleo do sistema presidencialista de governo adotado pela Constituio separao de poderes, clusula ptrea , ou seja, ao modo com que as deliberaes estatais maisfundamentais devem ser constitucional e democraticamente formadas, e, portanto, no pode dizer respeitoa uma ideia burguesa de soberania popular reduzida ao interesse corporativo de uma classe de polticos,como se queria crer quanto aos parlamentos burgueses no sculo XIX (que, alis, nada tinham de populares,ideia que apenas apareceria com as chamadas democracias de massa no sculo XX); mas sim essa uma

    questo que diz democraticamente respeito, num nvel institucional, aos direitos polticos da cidadania emgeral, que, uma vez ultrapassado o paradigma liberal do Estado e do Direito, no pode estar disposio doarbtrio de maiorias sempre conjunturais no Congresso, j que afetam o prprio ncleo do sistemaconstitucionalmente adotado de governo republicano-democrtico e, no ano que passou, pudemosexperimentar, mais do que nunca, os perigos de maiorias eventuais no Congresso, manipulando Regimentosem manobras para violar a Constituio em temas como reforma poltica e imputabilidade penal.Pretender que um dos pontos mais importantes da Constituio e do sistema presidencialista de governo, oprocesso de impeachment de uma Presidente diretamente eleita pelo voto popular ou seja, atravs

    tambm do exerccio de soberania popular constitucionalmente estruturada , seja tratado como matriainterna corporis pretender restringir, pois, no apenas o alcance do instituto vontade poltica de umnmero restrito de indivduos, que supostamente poderiam dispor, a seu bel prazer, das garantiasconstitucionais do prprio processo deliberativo democrtico, mas pressupor uma viso liberal conversadorada prpria soberania popular.

    Ademais, que posio liberal-conservadora de democracia seria esta que pretende deixar a questo acercada regularidade do processo ao sabor das eventuais maiorias polticas no Congresso, sem cogitar do devido

    processo constitucional, no julgamento de uma Presidente da Repblica, por um alegado crime deresponsabilidade?

    Indubitvel que caberia fazer uma diferena mais clara entre ativismo judicial e a judicializao da poltica,tema[9] que o prprio autor trabalha, ainda que de forma criticvel, j h bastante tempo[10]. Criticvelporque essa indistino entre uma coisa e outra no modo com que o autor trata do tema, leva a umaconfuso, quando da sua utilizao, em relao s decises do STF. Todavia, no caso da ADPF 378, nohouve nem ativismo judicial construtivismo interpretativo para alm do j assentado

    jurisprudencialmente pelo Tribunal; nem judicializao da poltica, a adoo de argumentos de polticas emlugar dos argumentos de princpios, para usar as expresses de Dworkin (mal) referidas por WerneckVianna, como se Dworkin fosse algum defensor de um Judicirio de cariz liberal dezenovista. Ao n

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    considerar a diferena essencial entre argumentos de polticas e argumentos de princpio em seu texto,Werneck Vianna deixa de fora algo essencial para a proposta dworkiniana a respeito da integridade nodireito, a diferena entre oDireito como Integridade e o Pragmatismo. ]

    O autor ainda faz uma referncia de passagem, que nos parece meramente retrica, a Habermas e aDworkin, procurando afirmar que as posies desses autores teriam sido desconsideradas pela decisoproferida pelo Supremo Tribunal Federal na ADPF 378. Ora, em qual medida teria a deciso na ADPF 37

    violado a integridade, a coerncia de princpios, defendida por Dworkin? De outro modo, a deciso teriamesmo violado o papel que deve ser reservado jurisdio constitucional, segundo Habermas, na garantiada gnese democrtica do direito? Muito pelo contrrio, no.

    A deciso na ADPF 378 foi coerente com princpios anteriormente reconhecidos pelo Supremo TribunaFederal (e pelo Senado Federal), em 1992, na deciso do Mandado de Segurana 21.564 e, sob a perspectivada integridade, garantiu, sua melhor luz, princpios democrticos de nossa comunidade de membros livrese iguais, garantindo sejam aplicveis o devido processo legal e a transparncia na conduo da coisa

    pblica. No que o Tribunal esteja preso ao passado, mas, como mostra Dworkin, a integridade exigiriadaquele que assumisse um nus argumentativo caso quisesse superar (overruling ) o passado jurisprudencial.O que ele no pode simplesmente desconsiderar tal passado.

    J quanto a Habermas, pode-se dizer que a deciso cumpriu o papel que seria esperado de uma CorteConstitucional, ao garantir a regularidade procedimental, buscando com que a vontade poltica possa sergerada democraticamente.

    Como dito acima, estamos dispostos a deixar a Constituio s variaes de humor e interesses das CasasLegislativas? Mais uma vez ressoa a pergunta feita por Marshall ao construir o judicial review emMarbury v. Madison (1803):

    Ou a Constituio uma lei superior, soberana, irreformvel por meios comuns; ou se nivela com os atosde legislao usual, e, como estes, reformvel ao sabor da legislatura. Se a primeira proposio verdadeira, ento o ato legislativo, contrrio Constituio, no ser lei; se verdadeira a segunda, entoas Constituies escritas so absurdos esforos do povo, por limitar um poder de sua natureza ilimitvel.

    Mesmo um liberal como Ruy Barbosa, no seu tempo, quando da primeira construo do nosso edifciorepublicano, elogiava como uma das principais virtudes da Constituio Norte-Americana a competnciareconhecida aos tribunais, para que mantenham a Constituio contra o excesso de poder por parte dequem faz as leis e de quem as executa, e afirmava: Se os juzes brasileiros abdicarem essa autoridade, aConstituio republicana ruir lamentavelmente num esboroamento irreparvel, construo magnfica, quedesaba em momentos, mal lhe retiraram os simples. que lhe ter faltado o que no depende da cincia doarquiteto: esse cimento que no se substituem, nem se cria, o elemento, humano, a conscincia jurdica e a

    energia moral[12]. Mesmo Ruy Barbosa, acusado incorretamente deidealista por reacionrios como OliveiraVianna, j sabia que no se pode, sob o argumento das chamadas questes polticas, negar garantiajudicial ao devido processo legal, como na sua batalha pelo balizamento constitucional do Estado de Stio,sob pena de subverso da constitucionalidade e do regime republicano.

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    Enfim, caberia, quem sabe, indagar se Luis Werneck Vianna, ao assim criticar a deciso do STF na ADPF 37no acabaria, na verdade, por de fato revelar uma posio poltica pr-impeachment da Presidente ou aomenos indiferente[13]. Para alm de expressar uma viso liberal-conservadora: do modo com que aConstituio, numa democracia, articula direito e poltica nesse sentido uma leitura da proposta dosocilogo Niklas Luhmann sobre a Constituio como acoplamento estrutural entre direito e poltica atseria bem til ;[14] do papel da jurisdio constitucional na garantia das condies jurdicas paradeliberaes democraticamente legtimas, ao pretender sustentar que o STF estaria violando matriainternacorporis e criando um governo de juzes, ao garantir o devido processo constitucional deimpeachment daPresidente da Repblica; bem como ao no admitir que este instituto possa ser desvirtuado comoinstrumento de golpe.

    Notas e Referncias:

    [1] Disponvel em: http://www.conjur.com.br/2016-jan-03/luiz-werneck-vianna-nao-limites-judicializacao-

    politica, acesso em 05 de Janeiro de 2016.

    [2] Disponvel em: http://www.conjur.com.br/2016-jan-03/luiz-werneck-vianna-nao-limites-judicializacao-politica, acesso em 05 de Janeiro de 2016.

    [3] Lenio Streck tambm apresentou uma excelente resposta a Werneck Vianna emhttp://www.conjur.com.br/2016-jan-07/senso-incomum-rubicao-quatro-ovos-condor-ativismo. Entretanto,teramos, de incio, uma ressalva a essa resposta que, contudo, talvez seja apenas umaquesto de nfase .

    Como se ver, para ns, o problema , sobretudo, o da judicializao da poltica se a entendermos comoo uso de argumentos de polticas pelo Judicirio , do que o do ativismo judicial desde quecompreendamos este ltimo, todavia, como interpretao construtiva do sentido principiolgico dos direitosfundamentais (no sentido, p. ex, do art. 5., 2, da Constituio). De tal modo que no criticamos damesma forma que Lenio Streck, como ativismo judicial incorreto, as decises do STF em matria ddireitos fundamentais e igualdade. Com Dworkin, entendemos que, embora o ideal ou virtude poltica daintegridade seja por vezes descrito peloclich de que os casos semelhantes devem ser tratados de formaparecida ou semelhante (Dworkin, Ronald.O imprio do Direito . So Paulo: Martins Fontes, 1999, p. 201), a

    integridade no Direito exige algo mais profundo, ou seja, uma coernciade princpios (no simplesmente deregras ), que no pode correr o risco de ser meramente interpretada de forma convencionalista, no horizontehistrico-efetual prevalecente de uma dada tradio interpretativa. A interpretao construtiva envolve umaterceira etapa, crtica, ps-interpretativa ou reformuladora qual ele [o intrprete] ajuste sua ideia daquiloque a prtica realmente requer para melhor servir justificativa que ele [intrprete] aceita na etapainterpretativa ou de primeiroajuste a um conjunto de decises passadas (Dworkin. O imprio do Direito , p.82). Nesse sentido, Os membros de uma sociedade de princpio admitem que seus direitos e deverespolticos no se esgotam nas decises particulares tomadas por suas instituies polticas, mas dependem,

    em termos gerais, do sistema de princpios que essas decises pressupem e endossam (Dworkin.O impriodo Direito , p. 255).

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    [4] BACHA E SILVA, Diogo, BAHIA, Alexandre, CATTONI DE OLIVEIRA, Marcelo Andrade.IMPEACHMENT :Apontamentos deciso do STF na ADPF n. 378, disponvel em: www.emporiododireito.com.br,acesso em05 de Janeiro de 2016.

    [5] BACHA E SILVA, Diogo, BAHIA, Alexandre, CATTONI DE OLIVEIRA, Marcelo Andrade.IMPEACHMENT :Apontamentos deciso do STF na ADPF n. 378, disponvel em:www.emporiododireito.com.br,acesso em 0de Janeiro de 2016.

    [6] Sobre isso, ver CATTONI DE OLIVEIRA, Marcelo Andrade.Processo Constitucional , 3 Ed. Belo Horizonte:Frum, 2016, p. 260-262.

    [7] HABERMAS, Jrgen. Constitutional Democracy: a paradoxical union of contradictory principles?PoliticalTheory , v. 29, n. 6, p. 766-781, dec. 2001. CATTONI DE OLIVEIRA, Marcelo Andrade. Democracia sem ese processo de constitucionalizao. Disponvel emhttp://www.academia.edu/11943741/Democracia_sem_espera_e_processo_de_constitucionaliza%C3%A7%C

    %A3o

    [8] HABERMAS, Jrgen.Facticidad y Validez . Madrid: Trotta, 1998, p. 212-218.

    [9] BACHA E SILVA, Diogo. Ativismo no controle de constitucionalidade: a transcendncia dos motivosdeterminantes e a (i)legtima apropriao do discurso de justificao pelo Supremo Tribunal Federal. BeloHorizonte: Arraes editores, 2013. p. 148 e ss.

    [10] VIANNA, Luiz Werneck;et. al . A judicializao da poltica e das relaes sociais no Brasil. Rio de Janeiro:Revan, 1999.

    [11] DWORKIN, Ronald.O imprio do Direito . So Paulo: Martins Fontes, 1999.

    [12] BARBOSA, Ruy.Os actos inconstitucionais do Congresso e do Executivo ante a Justia Federal. Rio deJaneiro: Imprensa Nacional, 1893. p. 248.

    [13] O mesmo autor em entrevista dada ao jornal O Dia apresenta certa dubiedade em seu posicionamento.Veja que, ao ser indagado sobre a admisso doimpeachment pela Presidncia da Cmara dos Deputados, eleafirma que No golpe. Impeachment est previsto na nossa Constituio. algo perfeitamenteassimilvel pelas nossas instituies, elas esto maduras. Em outro momento, diz que At agora noapareceu nada que efetivamente comprometa o mandato da Dilma. Tem o julgamento das contas noTribunal de Contas da Unio (TCU), o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por exemplo, mas aagora no tem nada. Entrevista disponvel em: http://odia.ig.com.br/noticia/brasil/2015-09-26/ate-agora-nada-compromete-dilma-diz-cientista-social-sobre-impeachment.html, acesso em 05 de Janeiro de 2016.

    [14] SIMIONI, Rafael; BAHIA, Alexandre. Como os juzes decidem? Proximidades e divergncias entreteorias da deciso de Jrgen Habermas e Niklas Luhmann.Revista Sequncia: estudos jurdicos e polticos , Vol.30, N 59, 2009, p. 61-88. Disponvel em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/sequencia/article/view/2177-7055.2009v30n59p61/13590.

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    Alexandre Gustavo Melo Franco Bahia Doutor e Mestre em Direito pela UFMG, Professor

    da UFOP e da IBMEC.

    .

    .

    Diogo Bacha e Silva Mestre em Constitucionalismo e Democracia pela FDSM, Professor da

    Faculdade de So Loureno, Advogado.

    Marcelo Andrade Cattoni de Oliveira Doutor em Direito e Professor associado da

    Faculdade de Direito da UFMG.

    .

    Imagem Ilustrativa do Post: Supremo Tribunal Federal // Foto de: nicholasbittencourt // Sem alteraes

    Disponvel em: https://www.flickr.com/photos/nicholasbittencourt/254542676

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