A Espionagem Economica

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A ESPIONAGEM ECONMICAJorge da Silva Bessa

Um aspecto tem me chamado quando realizo palestras ou ministro aulas em curso de inteligncia competitiva: o desconhecimento dos alunos sobre como realizada a espionagem econmica, ou pior, a descrena de que ela efetivamente ocorra no dia a dia das empresas. Recordo h alguns meses atrs, quando ainda desempenhava funes na inteligncia federal, realizava encontros com os representantes das federaes das indstrias dos principais estados da federao, o espanto que causava nos ouvintes quando relatvamos os casos concretos de espionagem realizadas em nosso pas por agentes estrangeiros, e relatava a opinio de um oficial de inteligncia do ento komitet gossudarstveni bezopasnoti, o temido KGB, segunda a qual o Brasil era um dos pases onde era mais fcil fazer espionagem. De fato, o carter do povo brasileiro fraterno, aberto ao estrangeiro, despreocupado trao herdado de nossa raiz indgena. Alm disso h dcadas o pas no se envolve em conflitos blicos com os seus vizinhos, o que leva as pessoas a desacreditarem na espionagem como forma de se obter informaes, comportamento que exatamente o oposto de outras sociedades. Mas, como profissionais de inteligncia competitiva, atuando em um contexto onde o sigilo muitas vezes fundamental para o sucesso competitivo, convm analisarmos alguns aspectos referentes proteo das informaes contra a espionagem econmica.

Dentro de uma empresa geralmente vamos encontrar 3 tipos de informao. aquelas que devem ser largamente difundidas, como por exemplo as informaes tcnicas sobre os produtos da empresa; aquelas que nem devem ser protegidas nem tampouco difundidas, como por exemplo as marcas dos equipamentos utilizados na empresa; e aquelas informaes que devem ser protegidas de terceiros, principalmente dos nossos competidores, sob pena de perdermos a vantagem competitiva, variando os nveis de proteo de acordo com a importncia das informaes. Ao profissional de contra-inteligncia competitiva cabe observar inicialmente os setores de economia que so alvos permanentes de espionagem aqui entendida como a busca de informaes mantidas como secretas na empresa em razo da sua importncia. So eles: biotecnologia, tecnologia gentica, tecnologia mdica, tecnologia ambiental, computadores de grande desempenho, softwares, ticos-eletrnicos, sistemas de sensoreamento de imagens e de sinais, sistemas de armazenamento de dados, cermica industrial, ligas de metal de alto desempenho e, a nanotecnologia. Se a sua empresa atua em um desses setores, fique alerta !

No interior das empresas existem reas que se constituem em alvos importantes para a espionagem pelas informaes estratgicas que nelas so tratadas ou armazenadas e que podem revelar a situao estratgica das mesmas no mercado. So eles: os setores de pesquisas e desenvolvimento, de

pessoal, de produo, de vendas, marketing, setor financeiro, e distribuio. As informaes sobre a capacidade da empresa nesses setores so de grande interesse para o nosso competidor por revelar dados sobre os planos estratgicos da empresa, suas fraquezas e seus pontos fortes permitindo-lhe assim preparar as medidas de ataque adequadas. Obviamente muitas dessas informaes estaro disponveis,

constituindo-se em fontes abertas que podero ser coletadas pelo profissional de IC; outras, no entanto, devem estar protegidas contra acessos no autorizados. Os meios empregados para obter essas ltimas que vo caracterizar a legalidade ou a prtica de um crime por parte de quem realiza a busca dessas informaes. Se os meios empregados para obter dados sigilosos so considerados ilegais pela lei, ento os esforos para obt-las tambm so considerados um ato criminoso. evidente que existem informaes classificadas como secretas e que so de mximo interesse para os nossos competidores, e que s podem ser obtidas atravs de meios ilegais. exatamente em relao a estas informaes que o encarregado de IC deve dedicar o melhor de seus esforos para melhor proteg-las, empregando todas as medidas de salvaguarda necessrias a esse fim.

Viso geral sobre as ameaas O meio-ambiente no qual se desenvolvem as atividades empresariais no mundo globalizado apresenta uma relao de novas ameaas segurana econmica, e ao bem-estar das empresas e organizaes econmicas.

Essas ameaas esto representadas principalmente na espionagem industrial e econmica, exigindo das autoridades governamentais de ContraInteligncia, mas principalmente dos empresrios, medidas prontas e eficazes, de forma a evitar prejuzos que podem ser a perda de contratos, perdas de licitaes internacionais, ou que redundem em perda de emprego para os trabalhadores. Assim, para combater o inimigo preciso conhece-lo, saber sua capacidade, suas tticas e, principalmente seus objetivos. Estas devem ser exatamente as funes da Contra-Inteligncia Competitiva que se constitui em um processo cognitivo, um produto ou uma ao voltada para proteo do patrimnio tangvel e intangvel das empresas contra aes perniciosas, hostis, e s vezes destrutivas, perpetradas por pessoas e/ou organizaes adversas. A Contra-Inteligncia Competitiva IC pode ser definida como o planejamento, coordenao, execuo e superviso de medidas necessrias para prevenir, neutralizar, ou minimizar as aes da Inteligncia adversa contra as informaes confidenciais, material ou estrutura de uma entidade ou empresa. As informaes que se seguem, portanto, visam dotar os decisores, e responsveis pela IC, com os conhecimentos necessrios para realizarem o seu planejamento defensivo, bem como organizar e executar as medidas de segurana necessrias ao bom cumprimento de suas responsabilidades. A espionagem industrial corporativa e econmica Indubitavelmente os avanos tecnolgicos esto fazendo a espionagem corporativa barata fcil de ser realizada. O avano na tecnologia das computadores que permite que o acesso aos dados da empresa sejam

realizados a partir do prprio local de trabalho, ou mesmo de casa, tem tornado fcil o acesso aos planos estratgicos da empresa s informaes sobre pesquisa e desenvolvimento, e dados sobre o processo produtivo, permitindo a cpia ou transferncia sub-reptcia de preciosos segredos industriais. A preocupao com a espionagem econmica e industrial to grande em pases desenvolvidos, que os Estados Unidos aprovou uma lei Economic Espionage Act, de 1996 onde o furto de segredos comerciais que engloba todas as formas e tipos de informaes financeiras, comerciais, cientficas, tecnolgicas, econmicas e de engenharia so considerados crime federal. De fato, estudos realizados pela American Society for Industrial Security apontou que a perda estimada causada pela espionagem econmica atingia a cifra de U$ 2 bilhes por ms. Embora sejam geralmente tratados como sendo termos equivalentes, espionagem econmica e espionagem industrial, ou corporativa tem uma pequena diferena. Entende-se que a primeira tenha o patrocnio de um Estado, que desenvolve a ao atravs do seu Servio de Inteligncia. J na espionagem industrial corporativa a ao patrocinada por uma empresa ou organizao, que utiliza agentes dos seus prprios quadros, ou contrata o servio de empresas especializadas, ou de agentes isolados. A espionagem econmica pode ser definida como a ao ilegal e clandestina de um Estado, voltada para a obteno de informaes financeiras, comerciais, econmicas ou tecnolgicas, em proveito de suas prprias empresas, bem como as tentativas de influenciar as decises de poltica econmica de outro pas. Percebe-se por esta definio a ao do Estado em proveito das suas empresas, o que motivo de grande controvrsia, h vista que muitos

especialistas no admitem a intruso do Estado em assuntos corporativos, advogando que os Servios de Inteligncia s podem ser utilizados para a segurana do Estado. Preciosismos parte, entendemos que ambos os termos podem ser empregados com o mesmo significado. O termo Espionagem Econmica vem sendo mais utilizado, pela sua maior abrangncia, independente de quem seja o patrocinador da ao Alvos de Espionagem Econmica, Corporativa e Industrial

Em princpio todas as empresas que operam no mercado e que possuem concorrentes podem ser alvos da espionagem industrial, o que inclui desde as grandes industrias de alta tecnologia, at as pequenas e mdias empresas. O interesse do competidor pode estar centrado tanto nas informaes confidenciais sobre uma tecnologia revolucionria, como nos preos que so apresentados pela concorrncia em uma licitao, por exemplo. Como sabido muitas empresas gastam de 20 a 30 por cento dos seus oramentos em pesquisa e desenvolvimento. Somente por este fator elas j se tornam alvos prioritrios da espionagem econmica, a qual, com gastos infinitamente menores, poder ter acesso aos segredos industriais alcanados. Obviamente essas empresas desenvolvem tecnologias de ponta, sendo que algumas reas so mais visados que outras.

Mtodos utilizados pela espionagem econmica, corporativa e industrial

Os agentes que se dedicam a espionagem econmica utilizam-se de vrios mtodos de busca de informaes sensveis, combinando meios legais e ilegais, e mtodos tradicionais e inovativos para atingir os seus objetivos. As formas mais utilizadas so recrutamento de funcionrios, operaes tcnicas (escutas clandestinas), espio voluntrio, contratao de funcionrios do competidor, infiltrao, suborno, chantagem, etc. Outra grande ameaa que vem ganhando importncia so os crimes por computador onde os agentes cibernticos, conhecidos como hackers e crackers, atravs do mouse podem causar grandes prejuzos empresa alvo. Existem quatro tipos de ameaas segurana dos computadores: interrupo, intercepo, modificao e fabricao. Interrupo inclu qualquer atraso ou rompimento das operaes normais. O computador pode ter sido contaminado por vrus, sendo a sua remoo um problema muito comum hoje em dia. Interceptao so todos os acessos no autorizados s informaes, que pode resultar em uso ilcito das mesmas. Existem centenas de mtodos de se obter acesso no autorizado aos sistemas de computadores. Se a rede ligada Internet, virtualmente qualquer pessoa no mundo pode obter acesso. Nas redes privadas deve-se estar atento para a aes dos insiders funcionrios da empresa que facilitam a ao de algum externo que geralmente esto envolvidos em fraudes nos computadores. Redes e sistemas telefnicos podem ser facilmente penetrados, promovendo acesso a dados cruciais ou ao conhecimento necessrio para se obter o acesso direto ao sistema da empresa alvo. Modificao implica na adulterao de dados que tenham sido acessados atravs da alterao dos controles de softwares ou hardwares, ou do prprio

dado. Imagine as conseqncias de uma penetrao indevida que modifique o valor dos dbitos dos clientes com a empresa; o fluxo de caixa estaria comprometido. Fabricao significando fraude ou falsificao. a falsificao de dados no sentido de beneficiar o falsificador ou prejudicar a empresa. Implica na incluso de dados ou objetos no sistema de computadores, como transaes ou arquivos adicionais no banco de dados. Ao mesmo tempo que muitas empresas so foradas a atuar internacionalmente, face a globalizao econmica, elas passam a ter uma preocupao acessria, alm das concorrentes: o crime organizado transnacional que cresce no mundo todo, aumentando os riscos s empresas que atuam no exterior. Esses riscos podem envolver pessoal, produtos, recursos fsicos e sistemas de comunicao e informao, estes j analisados anteriormente. Riscos ao pessoal representado na possibilidade de seqestro de executivos e seus familiares, como ocorre com freqncia na Colmbia, com fins de extorso atravs do pagamento de resgate. Infiltrao na empresa de membros do crime organizado com o objetivo de acessar informaes e passa-las organizao. Quando descobertos, tendem a ameaar a integridade fsica dos executivos estrangeiros. Utilizao de ameaas e presses muito comum na Rssia e em outros pases da Comunidade dos Estados Independentes a utilizao de ameaas e presses sobre os executivos das empresas estrangeiras e sobre seus familiares, com o objetivo de fora-los a tomar decises que beneficiem, de uma maneira ou de outra, a organizao criminosa. Presses tambm so

utilizados sobre funcionrios de bancos estrangeiros para que estes forneam dados confidenciais sobre seus clientes. Eliminao do competidor atravs do assassinato de executivos onde o caso mais conhecido o do empresrio norte-americano Paul Tatum, assassinado em Moscou em Novembro de 1996, por ter entrado em conflito com seu parceiro russo em relao a uma joint venture no setor hoteleiro. Riscos ao produto compreende as seguintes ameaas: v Falsificao do produto um problema que prejudica grandemente as empresas, principalmente aquelas que primam pela qualidade. A pirataria como conhecida, causa imensos prejuzos no somente pelos danos imagem da empresa como tambm pela perda nas vendas. Clculos no oficiais indicam perdas de mais de U$ 200 milhes ao ano, em razo dos produtos falsificados. v Adulterao difere da falsificao pois enquanto esta procura apenas vender um produto, iludindo o comprador sobre a marca e a qualidade, a adulterao tem por objetivo desacreditar um determinado produto, ou por vingana ou como forma de extorso. muito comum na indstria de refrigerantes e de laticnios a denncia de que foram encontrados insetos, restos de animais, etc. v Destruio dos estoques de material o incndio provocado pode constituir em uma poderosa arma nas mos do crime organizado, principalmente em pases com baixa capacidade investigativa. A destruio dos estoques de matrias primas ou de produto pode ser fatal para a empresa, principalmente se no possuir seguro contra incndio. Recursos fsicos as ameaas aos recursos fsicos compreendem as seguintes formas:

v Atentados contra as instalaes comerciais e escritrios como forma de amedrontar os executivos e fora-los a atender as extorses realizadas pelo crime organizado. Pode objetivar tambm, revelar as vulnerabilidades existentes para tentar oferecer a segurana necessria, o que facilita a infiltrao e o controle da organizao. v Corte de servios como telecomunicaes, coleta de lixo, etc. embora raro, ocorre em pases onde a corrupo endmica. As organizaes criminosas infiltram-se e controlam servios necessrios ao efetivo funcionamento da empresa. uma forma de extorso utilizando-se dos servios pblicos, onde as partes envolvidas dividem os lucros. v Riscos ao sistemas de comunicaes e de informaes a destruio de dados atravs de vrus, o furto de dados sigilosos dos sistemas de computador, e a negao de acesso ao sistema de computador para fins de extorso, conforme foi analisado na parte referente aos crimes por computador. Tambm compreende a interceptao clandestina das comunicaes telefone, fax, e-mail, celulares tambm j analisadas anteriormente. Medidas de Contra-Inteligncia

Como vimos, o meio-ambiente corporativo est cercado de ameaas, que vo desde a sabotagem e espionagem, at a Guerra da Informao, e que se constitu em um elemento novo no j bastante amplo rol de preocupaes dos executivos e administradores. O problema das empresas que seus dirigentes geralmente sabem tudo sobre processo produtivo, mercado, clientes, etc., e no entendem nada de segurana, que para muitos significa apenas colocar um guarda (geralmente

mal treinado e mal pago) na entrada das instalaes e, quando muito, implantar barreiras s proximidades e implantar dispositivos de controle eletrnico, como cmeras de vigilncia. Pior ainda, que muitos no acreditam em espionagem, achando que ela usada apenas em tempo de guerra, ou servindo de enredo de fico para autores como John le Carr, nos tempos da Guerra Fria. realmente pela falta de percepo de ameaa, baseada na premissa de que a competio econmica se processa num ambiente pacfico, que a espionagem econmica e industrial se torna mais proveitosa e com menos riscos para seus utilizadores. No Brasil isto no privilgio apenas das empresas. Na rea governamental a situao ainda pior, haja vista a total despreocupao e mesmo alienao com os temas relativos segurana. Nos tempos em que atuava na Contra-Espionagem brasileira, tive oportunidades de constatar a facilidade com que agentes dos servios de Inteligncia de outros pases, particularmente do ento KGB (Komitet Gosudrstveni Bezopasnost) conseguiam acesso praticamente todas as informaes que desejavam, o que motivou a declarao de um deles segundo o qual o Brasil era o melhor pas do mundo para se espionar. Em diversas oportunidades, constatamos agentes infiltrados em delegaes cientficas que tentavam obter dados sobre a explorao de petrleo em guas profundas, tecnologia avanada onde a PETROBRS era pioneira, ou tentavam obter informaes sobre o desenvolvimento da fibra tica, tecnologia de ponta desenvolvida s duras penas pelo Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da TELEBRS (CPQD). O mais difcil e que prejudicava a ao da Contra-Espionagem era exatamente convencer os membros de governos ou empresas prejudicadas, de que se tratava de agentes da Inteligncia desenvolvendo aes de espionagem.

Para muitos, isto no ocorria no Brasil, e a Contra-Espionagem estava maximizando suas preocupaes para mostrar servio. Foi exatamente baseado nessa experincia e visando sensibilizar autoridades, empresrios e cientistas dos centros de pesquisa nacionais para a realidade da espionagem econmica que propusemos a criao do Programa Nacional de Proteo ao Conhecimento PNPC, ainda hoje em execuo. Acima e tudo este programa objetivava despertar estes segmentos para os prejuzos causados pela espionagem econmica, forcando-os a uma mudana de mentalidade que inclusse a proteo da informao como um dos objetivos principais de um planejamento de segurana. Para isso torna-se necessrio que o alto escalo dirigente entenda que segurana na Era da Informao onde o crime organizado tem acesso s mais variadas tecnologias e armamentos um assento para profissionais e que este profissional deve Ter um nvel hierrquico compatvel com a alta responsabilidade de suas funes. Geralmente, em rgos pblicos com em muitas empresas, a segurana relegada a um nvel hierrquico bastante baixo, pois entendem os dirigentes que segurana guarda na portaria. Os responsveis pela segurana muitas vezes no tem acesso aos nveis mais altos, e no conseguem Ter seus clientes atendidos, pois pouca gente d valor segurana at que sofra danos ou prejuzos. A idia geral que gastar com segurana bobagem, preferindo-se muitas vezes gastar com companhias seguradoras. Por tudo isto, entendemos que um dos pontos mais importantes para uma atuao eficaz da Contra-Inteligncia, particularmente da ContraEspionagem, o desenvolvimento de uma saudvel mentalidade de segurana que comporte a contratao e a valorizao de especialistas em segurana e Contra-Espionagem que tenham um viso atualizada sobre as multifacetadas

ameaas presentes no ambiente corporativo em um mundo globalizado, e no somente a contratao de guardas de segurana. A segurana da Era da Informao deve estar baseada mais na inteligncia e no conhecimento das tcnicas operativas e da alta tecnologia empregada pelos agentes cibernticos, do que na fora de um guarda de segurana ou da arma que ele carrega, muitas vezes sem Ter o treinamento necessrio. Obviamente no se est preconizando o abandono das medidas tradicionais de segurana, mas sim a sua atualizao e expanso \, para fazer frente as modernas ameaas: a sabotagem ciberntica, a espionagem ciberntica e a guerra ciberntica. Nesse sentido torna-se necessrio a parceria entre Estado e empresa, j que o conceito moderno de segurana econmica, que vai repousar, naturalmente, na responsabilidade do Estado assegurar, na sua competncia, a manuteno dos servios bsicos fundamentais, necessrios a que as empresas cresam e se fortaleam, o que representa, em ltima anlise, o fortalecimento da economia, do emprego e do bem-estar geral. Planejamento de Contra-Inteligncia Programa de segurana O primeiro passo para a efetivao de um bom programa de segurana conhecer a capacidade da Inteligncia adversria, ou como dizia Sun Tz, conhecer o inimigo. Assim, o profissional responsvel pela segurana e Contra-Espionagem deve procurar responder s seguintes questes: Qual a capacidade do setor de Inteligncia dos competidores; Como ela est organizada; Quais os seus pontos fortes e fracos; Qual a capacidade dos seus analistas;

Se utilizam investigadores particulares e tcnicas operacionais ilegais; Modus Operandi, isto , como atuam; Quais so seus objetivos de Inteligncia e suas prioridades. Aps essa avaliao, passamos ento a nos preocupar com a proteo das informaes. Um bom programa segurana fundamental para se evitar ou tentar impedir que informaes cruciais venham a cair nas mos dos competidores. O modelo mais comum compreende cinco passos; identificao das informaes crticas, anlise das ameaas, anlise das vulnerabilidades, avaliao dos riscos, desenvolvimento e implementao das contra-medidas.