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A fundação de uma cidade ana maria e sofia moita

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A Fundação de uma Cidade, neste caso Évora, data de tempos

imemoriais, ofuscados pela lenda... Cidade erigida nos tempos míticos

dos heróis e dos deuses... Tempos em que a Cidade era vista como

Pátria... como a terra dos antepassados...

Através da História, percebe-se que Évora foi local de encontro e de

encruzilhada de diferentes civilizações e culturas.

Citada por vários escritores Romanos, de certo modo biógrafos do

Império Romano: Plínio, Pompónio Mela, Antonino Pio, Estrabão...

No ano 700 a. C. teria sofrido uma "invasão" de tribos da Germânia

denominadas por Eburones.

Viriato, no ano 144 a. C. terá derrotado o general romano Caio Plácio

às portas da cidade.

Sertório designou-a como sede do seu governo no ano 81 a. C..

Júlio César, em 30 a. C. chamou-lhe "Liberalitas Julia", criando em

Ebora (assim se denominava nessa altura) o município do antigo direito

latino, considerando os residentes enquanto cidadãos romanos.

Por outro lado, e pouco antes da nossa Era, Évora foi crismada com

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"Felicitas Julia", em honra de César. Segundo o historiador Jorge

Alarcão, "Ebora era a cidade da Lusitânia (portuguesa) onde habitava

maior número de famílias de origem romana", existindo no seu termo

numerosas "villas" rústicas.

Em 413 d. C. outras tribos ocuparam Évora, desta feita foram os

Alanos, igualmente provenientes do Norte da Europa.

Por sua vez os Godos conquistaram a Cidade em 612.

Os Árabes tomaram-na em 716 e denominaram-na nas suas Crónicas

por Yabburah. Edrici, um dos maiores geógrafos árabes, situa e

descreve assim Évora: "Desde Alcácer ao mar há 20 milhas e de Alcácer

a Évora duas jornadas. Esta última cidade é grande e povoada.

Rodeada de muros, possui um castelo forte e uma mesquita-catedral.

O território que a rodeia é de uma fertilidade singular; produz trigo e

gado e toda a espécie de frutas e hortaliças. É um lugar excelente,

donde o comércio é vantajoso, quer de exportação, quer de

importação".

Foi pelos Cristãos conquistada aos Mouros em 753 pelo rei de Oviedo,

D. Fruela I, e reconquistada por aqueles em 760 com o auxílio dos

moradores, sob o comando de Abd-el-Ramon, Califa de Córdoba.

Fernando magno, rei de Oviedo e de Leão, tornou a apossar-se de

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Yabburah em 1097, para a perder alguns anos depois.

D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, conquistou-a em 1159

(juntamente com Beja), mas foi forçado a abandoná-la por pressão de

forte exército Almôada.

Só em 30 de Novembro de 1165, Geraldo Geraldes a reconquistou

definitivamente para a recém criada Coroa portuguesa.

A Cidade teve foral por D. Afonso Henriques a 28 de Janeiro de 1167,

posteriormente confirmado por D. Sancho I em Santarém, em Janeiro

de 1218.

O Rei D. Manuel I deu-lhe Foral da Leitura Nova em 1501.

O Renascimento em Évora, a capital de um Império por realizar...

A seguir há outras histórias, outras gentes e a Évora de sempre que se

matiza com as cores dos seus filhos e dos filhos dos seus filhos e assim

por diante até aos dias de hoje.

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Foral Afonsino

Foral concedido à cidade de Évora por D. Afonso Henriques.

O primeiro Foral de Évora, datado de 1166, segundo a opinião de

especialistas, embora a sua data cause alguma discussão, destinava-se

a permitir a formação de um núcleo de povoamento cristão, disposto a

estabelecer-se na terra e a valorizá-la após a conquista aos mouros.

A mais antiga cópia que se conhece da tradução em português do

texto, em latim, do primeiro Foral de Évora, é este documento, datado

do século XV.

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Foral Manuelino

Foral concedido à cidade de Évora, pelo Rei D. Manuel, em 1 de

Setembro de 1501.

Um dos mais antigos concedidos por D. Manuel, feito depois do de

Lisboa, talvez o mais belo, em que o Rei declara que o “officio do Rey”

não é mais do que reger bem e governar os seus súbditos em justiça e

igualdade sendo, por isso obrigado a remediar as coisas em que sabe

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que os seus vassalos recebem agravos. Sabendo que se pagava o que

se não devia e desejando remediar a situação, determinou conceder à

cidade um novo Foral.

Trabalho elaborado por: Ana Maria e Sofia Moita.