A Iluminacao Na Fotografia

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    ISSN 2179-5568 –  Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 8ª Edição nº 009 Vol.01/2014 dezembro/2014

    A iluminação na fotografia

    Angela Diniz –  [email protected]

    Curso de Pós-Graduação em Iluminação e Design de Interiores 

    Instituto de Pós-Graduação e Graduação  –  IPOG

    Porto Alegre, RS, 02 de abril de 2014

    Resumo

    O presente artigo tem como objetivo estudar a luz no universo fotográfico, o que elarepresenta e como ela é utilizada na fotografia. A luz como geradora de imagem e como

    elemento de linguagem na construção de diferentes conceitos. Fotografar é escrever com aluz. A determinação do horário, posição e ângulo para a captação da luz natural ou a escolhado tipo de iluminação artificial são fatores determinantes para a construção de uma imagemfotográfica. Para o melhor entendimento desse fenômeno, este artigo reúne informações dahistória da fotografia, do funcionamento da câmera fotográfica e de conceitos de luz e sombraadvindas de fonte natural e artificial, coletados em livros de fotografia, websites e tutoriaissobre fotografia e iluminação. Para fazer uma fotografia é indispensável não só acompreensão das suas principais matérias-primas - a luz e o olhar - mas também do principalinstrumento para as realizarem - a câmera fotográfica - e cada vez mais, de toda a tecnologiaque nos cerca.Palavras-chave: Fotografia. História da Fotografia. Luz. Iluminação.

    1. Introdução

    “o que vivenciamos como a maior ou menor luminosidade de um objeto corresponde,

    na verdade, à nossa interpretação, já modificada por fatores psicológicos, daquantidade real de luz emitida por esse objeto, se for uma fonte luminosa (o sol, umachama, uma lâmpada elétrica etc), ou refletida por ele, em todos os outros casos.”  (AUMONT 2004:22) 

    O primeiro e principal elemento a ser observado para a captação de uma imagem é a condiçãode iluminação. Desenhar ou escrever com a luz: este é o significado da palavra fotografar.Significado etimológico das palavras gregas:  Photo (luz) e  Graphos (escrita, desenho).

    Fotografia é a arte, a ciência e a prática da criação de imagens perpétuas através da exposiçãode luz sobre uma superfície fotossensível. Por este motivo, a luz é indispensável no processofotográfico, sem luz não há fotografia.A luz constrói. A luz instiga. A curiosidade sobre este fenômeno e a admiração por imagensfotográficas de qualidade foram fontes de inspiração para a realização deste estudo.O equipamento fotográfico, instrumento indispensável para captação da luz refletida, opera,desde a sua concepção, até hoje, com os mesmos princípios básicos, mas com diversoscomponentes agregados a fim de aumentar a capacidade operacional e produtiva. Atecnologia da fotografia está em constante evolução.A luz também desempenha diferentes papéis na concepção de uma imagem. Além de destacarinformações de textura, forma e volume, ela é capaz de produzir diversos efeitos de sentido eestados de espírito, transmite a atmosfera do momento fotografado e exprime diferentes

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    emoções. Resta saber de que maneira o fotógrafo se apropria dela para transmitir o impactodesejado, e o que a evolução da tecnologia significou.

    “Seja em função de um desejo individual de expressão de seu autor, seja decomissionamentos específicos que visam a uma determinada aplicação (científica,comercial, educacional, policial, jornalística etc.) existe sempre uma motivaçãointerior ou exterior, pessoal ou profissional, para a criação de uma fotografia e aíreside a primeira opção do fotógrafo (...). Esta motivação influirá decisivamente naconcepção e construção da imagem final.” (KOSSOY, 2000:26)

    O entendimento da luz e suas propriedades permitem ao fotógrafo se expressar livremente e étão fundamental, ou mais, quanto a capacidade de manipulação do equipamento fotográfico

     para a realização de captura de imagens. Tomar consciência das sutilezas da luz e usá-la como partido na concepção de uma imagem podem alterar completamente o significado de ummesmo objeto, paisagem ou ação fotografado, de acordo com a intenção do fotógrafo. 

    2. História da fotografia

    A invenção da fotografia foi o resultado da combinação de duas técnicas científicasdesenvolvidas ao longo dos séculos, a ciência óptica para captação da imagem e o processoquímico para fixação da mesma.A ciência óptica é antiga, a formação de imagens por câmeras “furo de agulha” foimencionada por Aristóteles em 350 a.C que ao observar um eclipse percebe que, quanto

    menor o orifício, mas nítida era a imagem. No século V a.C., percebeu-se que um feixe de luz, que passa através de um pequeno orifício, projetado em uma superfície de um ambiente absolutamente escuro reproduzia fielmente aimagem do ambiente externo . Assim começou a surgir o que se chamou de câmera escura.Sua existência é conhecida desde o século XVI, quando artistas como Leonardo Da Vinci eoutros pintores a usavam como artifício para desenhar as silhuetas projetadas sobre a tela(Figura 01).

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    dos referidos sais, porém havia o problema da interrupção do processo. E deu-se início aoaperfeiçoamento de um processo para possibilitar a permanência da imagem projetada nasuperfície.Continuando suas experiências, Schuzel colocou à exposição da luz do sol um frascocontendo nitrato de prata, examinando-o algum tempo depois, percebeu que a parte dasolução atingida pela luz solar tornou-se de coloração violeta escura. Notou também, que orestante da mistura continuava com a cor esbranquiçada original. Sacudindo a garrafa,observou o desaparecimento do violeta. Continuando, colocou papel carbono no frasco e oexpôs ao sol, depois de certo tempo, ao remover os carbonos, observou delineados pelossedimentos escurecidos padrões esbranquiçados, que eram as silhuetas em negativo das tirasopacas do papel. Concluiu então, que era a presença da luz que provocava a mudança.Thomas Wedgwood realizou, no início do século XIX, experimentos semelhantes. Colocouexpostos à luz do sol algumas folhas de árvores e asas de insetos sobre papel e couro brancosensibilizados com prata. Conseguiu silhuetas em negativo e tentou de diversas maneirastorná-las permanentes. Porém, não tinha como interromper o processo, e a luz continuava aenegrecer as imagens.Schulze e Wedgewood descobriram o processo onde os átomos de prata possuem a

     propriedade de possibilitar a formação de compostos e cristais que reagem de forma delicadae controlável à energia das ondas de luz.Joseph Niépce, físico francês, químico, em 1817, obteve imagens com cloreto de prata sobre

     papel. Em 1826, conseguiu gravar permanentemente a imagem do quintal de sua casa em uma

     placa de estanho e Betume da Judéia (material semelhante ao asfalto que endurece quandoexposto à luz), com uma exposição de 8h aos raios solares. Esta imagem gravada éconsiderada a primeira fotografia da história (figura 03). A experiência foi o primeiro passo

     prático para a fotografia em toda a Europa, combinando a chapa fotossensível (filme) e acâmera escura (máquina fotográfica).

    Figura 03 –  Foto de Joseph Niépce (1826) - França. Esta é considerada a primeira fotografia da história.

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    Fonte: Ensaios Sobre Fotografia - De Niépce A Krauss (2013)

    Percebendo as limitações da heliografia (processo fotográfico) de Niépce, Louis Daguerre,físico francês, pintor, inventor, passa a pesquisar outros materiais fotossensíveis. Em 1839

     Niépce e Daguerre associam-se e a palavra fotografia deu nome ao que antes chamavam de aaplicação dos raios químicos de luz para a representação pictórica. Daguerre e outros continuaram a aperfeiçoar as chapas sensíveis, os materiais de revelação efixação e até mesmo as objetivas. Mas foi uma invenção de Jose Petzval que libertou os

     primeiros fotógrafos dos longos tempos de exposição, que de 8 horas, chegavam a 30 minutosatravés de uma lente dupla formada por componentes distintos, trinta vezes mais rápida doque as tradicionais lentes, adotadas até então. Mesmo assim, o invento não resolvia o

     problema final para a total popularização da fotografia, pois todos os processos produziam umsó positivo.Foi o inglês William Henry Fox Talbot, na década de 40 do Século XIX, quem resolveu o

     problema ao criar o sistema para múltipla reprodução de uma imagem fotográfica, a partir dachapa exposta, o negativo. Talbot construiu uma pequena câmera de madeira, com somente6,30 cm². A câmera era carregada com papel de cloreto de prata, e de acordo com a objetivautilizada, era necessário de meia à uma hora de exposição. A imagem negativa era fixada emsal de cozinha e submetida a um contato com outro papel sensível. Desse modo a cópiaapresentava-se positiva. A mais conhecida mostra a janela da biblioteca de Abadia de LocockAbbey, considerada a primeira fotografia obtida pelo processo negativo/positivo.A partir de então, todas as demais invenções foram aperfeiçoamentos de um mesmo sistema.

    Outra revolução igual só aconteceria com o advento da câmera digital. Os primeirosfotógrafos, em sua maioria pintores, desenhistas e gravadores utilizavam essa técnica naelaboração dos retratos, principal estilo consumido pela população na época. Diversosestúdios foram abertos nas grandes capitais, e as cidades menores eram visitadas pelosfotógrafos itinerantes. Por ter um manuseio complicado, a fotografia não era então praticada

     por amadores, sendo, portanto, restrita aos profissionais.Com o surgimento desse novo profissional - o fotógrafo - o uso da fotografia foi controverso.Houve uma divisão entre os que a acusavam de ser apenas um processo de reprodução do realda forma mais exata possível, pois operava com conceitos de objetividade e realismo, e osdefensores da fotografia como um processo criativo e artístico.

    A fotografia foi ganhando cunho artístico à medida que fotógrafos captavam imagensinusitadas que tinham significados maiores do que apenas a reprodução de algo estático. Ofotógrafo, além de ter domínio total da captação de luz pelo equipamento fotográfico,utilizava a luz como forma de comunicação poética, apresentando visões através do jogo luz esombra (cheios e vazios), ressaltando e/ou escondendo percepções da vida real de acordo comseus objetivos.A máquina fotográfica foi se aprimorando, até que em 1888, a primeira Kodak estava nomercado. Era de fácil manuseio, portátil e econômica, o que possibilitou a ampliação donúmero de usuários.

     

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    3. A máquina fotográfica

    A luz, a máquina fotográfica e as objetivas funcionam, pode-se dizer, como matéria- prima da imagem. A luz “canaliza a informação visual através da objetiva fotográfica para um material sensível”. (LANGFORD 2003:42)

    O funcionamento da câmera fotográfica é tal qual do nosso globo ocular (figura 04).

    Figura 04 –  O olho e a câmera fotográficaFonte: http://papofisico.tumblr.com/post/35220403873/como-funciona-a-maquina-fotografica

    Uma câmera fotográfica precisa, a rigor, compor-se de apenas alguns componentes básicosnecessários e suficientes ao processo de fotografia. A própria evolução dos tempos, desde oinvento da primeira câmera, foi introduzindo novos conceitos, sistemas e materiais, os quaisacabaram por tornarem-se também indispensáveis ao processo de fotografia moderno. A concepção de qualquer câmera fotográfica é a mesma. Trata-se simplesmente de uma caixa,com um pedaço de filme (ou o sensor digital) numa face e uma abertura na outra. Estaabertura é construída de forma a permitir que a luz entre na caixa, atingindo a superfíciequimicamente sensível do filme. É assim que se produz a fotografia. Todas as câmeras, damais primitiva à mais sofisticada funcionam dessa forma. A diferença de um tipo e outro estána eficiência e simplicidade com que desempenham sua função.A máquina fotográfica mais utilizada hoje é a chamada  Reflex Monobjetiva, pois representa o

     projeto mais versátil e bem sucedido dentre as máquinas. É possível adaptar as máquinasreflex para quase todos os tipos de trabalhos especiais pela facilidade de troca das objetivas,mesmo com a máquina carregada com filme.O princípio do Reflex é usar um espelho giratório que se levanta no momento do disparo. Amira é feita graças ao espelho que restitui exatamente o que vê a lente e o que capta a zonasensível: o filme ou o sensor digital.O mecanismo reflex é dotado de um espelho móvel em 45º e um penta-prisma (bloco devidro, com cinco facetas, sendo três espelhadas). Um obturador de plano focal, situado atrásdo espelho, protege o filme durante o processo de focalização.A luz que entra pela objetiva da câmera é refletida pelo espelho e pelo prisma internos,formando uma imagem sobre a retícula de focagem (a tela de focagem é uma lente fosca que

    se aproxima do papel vegetal. Sua área fosca, mas transparente, permite que a imagem seforme. Também a chamamos de tela de focagem ou tela translúcida) e saindo pela ocular, que

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    é o visor óptico no qual o fotógrafo põe o olho para conferir o enquadramento. O penta- prisma, colocado diretamente sobre a retícula, reflete a imagem através da ocular e a inverte,de modo que sua posição é corrigida, tanto horizontalmente (direita/esquerda) comoverticalmente (para cima/para baixo), assim aparece a imagem real, não invertida.

     No momento da captura, assim que o botão é disparado, o espelho sai rapidamente docaminho para que a luz siga desimpedida para o filme ou sensor, e então o obturador se abre.É o barulho combinado do espelho móvel com o obturador que dá às reflex aquele ruídocaracterístico ao clicar.

     

    A vantagem desse sistema de espelho e prisma é poder visualizarexatamente a mesma coisa que será capturada pela câmera (figura 05).

    Figura 05 –  caminho da luz no interior da máquina fotográficaFonte: http://papofisico.tumblr.com/post/35220403873/como-funciona-a-maquina-fotografica

    O visor óptico das câmeras simples compactas, quando existe, é completamente separado daobjetiva, causando o que se chama de Erro de Paralaxe, que ocorre quando há uma diferençaentre o tamanho da imagem vista através do visor e o tamanho da imagem captada pelaslentes da objetiva. Ou seja, aquilo que você enxerga através do visor não é o mesmo que a

    câmera captura nem no ângulo nem no enquadramento. Esse tipo de câmera compacta,simples, pequena, quase sempre discreta, leve e relativamente barata, são suficientes para ostemas que não fujam muito do convencional, como os instantâneos tirados por amadores.A melhor maneira de se ver com precisão o que está sendo focalizado pela câmera éobviamente, olhar através da própria objetiva, enquadrando o motivo com exatidão e saberexatamente qual porção está em foco. Basta apenas uma objetiva para tirar a fotografia etambém fazer as vezes de visor, eliminando assim o problema de erro de paralaxe. Alémdisso, como o visor mostra automaticamente a imagem da maneira exata como ela seráregistrada, torna-se muito fácil trocar as objetivas. A fim de assegurar que a imagem formada sobre a retícula seja luminosa o suficiente para

     permitir não só a focalização correta como também uma visão clara, quase todas as máquinasmono-reflex são equipadas com um diafragma automático: ao invés de só fechar logo depoisdo anel da abertura ser girado, ele permanece completamente aberto até o momento de se

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     bater a foto. Quando o disparador é pressionado, tem início uma complicada sequência deacontecimentos no interior da câmera. Em primeiro lugar, o diafragma fecha-se até a abertura

     previamente escolhida; o espelho então recua, desobstruindo o caminho para a passagem daluz, por isso escurecendo o visor durante alguns instantes; o obturador se abre e expõe asuperfície fotossensivel de acordo com a velocidade selecionada; por fim, o espelho retorna à

     posição original e o diafragma abre-se mais uma vez. A grande inovação da visualização nas câmeras digitais é que a imagem que vai para o sensor

     pode ser interceptada e mostrada em tempo real pelo visor de LCD na traseira da máquina.Tanto faz se a câmera é reflex ou compacta; todas as digitais têm esse recurso. Muitascompactas não trazem mais o visor óptico, embora essa medida desagrade aos fotógrafosveteranos.O conjunto óptico e o sensor das câmeras Reflex são maiores e podem capturar uma grandequantidade de luz, resultando na possibilidade de trabalhar com sensibilidades e velocidadesmais altas, facilitando a captura de cenas com pouca luz sem a utilização de iluminaçãoartificial.As máquinas fotográficas possuem um sistema de medição de entrada de luz chamado defotômetro. O fotômetro mede a quantidade de luz refletida do objeto enquadrado que atinge asuperfície fotossensível (ou sensor digital). Ele é usado para calcular um valor de exposição,que pode ser traduzido em uma combinação de abertura de diafragma e velocidade doobturador. Através da interpretação das leituras de fotometragem, o fotógrafo domina atécnica e assim é possível exercer a criatividade. A leitura da luz será sempre dada em relação

    ao quão sensível é a superfície fotossensível (ISO). Altos valores de ISO são geralmenteusados em situações de pouquíssima luz, para se usar tempos de exposição menores, eassim, não obter fotos borradas ou tremidas.Os objetos do mundo real tem refletâncias diferentes. Por esse motivo os fotômetrosembutidos em câmeras são padronizados baseados na quantidade de luz que seria refletida porum objeto com a aparência do chamado cinza médio. A fotometragem lê a luz refletida pelosobjetos [cinza (tom) médio], indica a exposição necessária para cada foto e através do ajustede abertura e tempo, é possível garantir a melhor exposição para a captura da imagem.

     Na indústria de impressão, o cinza médio é padronizado como a densidade de tinta que reflete18% da luz incidente, mas cada câmera tem um padrão que fica entre os tons médios de cinza(algo entre 10-18% de refletância). Fotometrar com base num objeto que reflete mais ou

    menos luz do que isso pode fazer com que o algoritmo de fotometragem da câmera fique um pouco confuso, indicando sub ou super-exposição, respectivamente.A medição da quantidade da luz da cena a ser fotografada (fotometragem) é dada pelavariação de dois valores inversamente proporcionais, a velocidade do obturador e a aberturado diafragma.Para expor corretamente uma grande gama de combinações de sujeitos e refletâncias, amaioria das câmeras possui diversas opções de fotometragem. Essas opções funcionam ao sedesignar um peso a diferentes regiões de luz; aquelas com maior peso são consideradas commaior relevância para a iluminação da cena e, assim, contribuem mais para o cálculo final daexposição.

     No corpo da câmera fica o obturador que controla o tempo, em frações de segundos, durante o

    qual a luz que passa pela abertura do diafragma vai sensibilizar o sensor. Com esse artifício é possível congelar ou borrar a ação, possibilitando diferentes significados para a fotografia.

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    A lente da máquina fotográfica é chamada de objetiva e é nela que está localizado umelemento semelhante à íris do olho humano, que controla a quantidade de luz que atinge osensor através de um orifício que abre e fecha, aumentando e diminuindo a abertura, deacordo com a intenção do fotógrafo.A introdução da tecnologia digital tem modificado drasticamente os paradigmas que norteiamo mundo da fotografia. A simplificação dos processos de captação, armazenagem,impressão e reprodução de imagens proporcionados intrinsecamente pelo ambiente digital,aliada à facilidade de integração com os recursos da informática,  como organização emálbuns, incorporação de imagens em documentos e distribuição via Internet,  têm ampliado edemocratizado o uso da imagem fotográfica nas mais diversas aplicações.

    4. Luz natural x luz artificial e a composição fotográfica

    Os fotógrafos mais conservadores não abrem mão do desafio de captar imagens com a luznatural, se utilizando apenas da radiação solar e, em certos casos, com outros elementosluminosos presentes em situações cotidianas (lâmpadas elétricas, velas, etc).“Não sei usar flash”, diz Sebastião Salgado, fotógrafo conhecido mundialmente como um dos

    mestres da fotografia documental contemporânea. Nos anos 80 e 90 publica grandesfotorreportagens de denúncia social (figura 06).

    Figura 06 –  Fotografia de Sebastião Leão, Tigre - 1985Fonte: Fluxo escola de fotografia expandida (2013)

    O trabalho de Sebastião Salgado é um exemplo de fotografia realista, que se apropria dailuminação natural para compor a imagem de forma sábia. Neste tipo de fotografia, a captura

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologia_digitalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Paradigmahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Impress%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Inform%C3%A1ticahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Documentohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Internethttp://pt.wikipedia.org/wiki/Internethttp://pt.wikipedia.org/wiki/Documentohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Inform%C3%A1ticahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Impress%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Paradigmahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologia_digital

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    é disparada em momentos cruciais a serem retratados pelo artista, pois não há poses, nemmáscaras, apenas a vida como ela é enfatizada pela dramaticidade criada pelo autor através do

     jogo de luz e sombra. Desta maneira, a análise do fotógrafo sobre o assunto tem que serrápida o bastante para que ele consiga posicionar-se e manipular o equipamento (configurarde acordo com a luz) com tal agilidade para garatir a imagem almejada.O trabalho realizado em preto e branco significa ausência de cor e, portanto, ausência deinformação. O autor da foto deseja que aquele que a observa concentre-se na situação em si, enão em um ou mais elementos da mesma. O que interessa, nesses casos, é o contexto e oimpacto do momento retratado.Este é um gênero de fotografia que trabalha no registro cultural ou artístico de um momento.Também chamada de fotografia documental, histórica, factual e fotojornalismo, trazem emseu sentido, o desejo de criar uma interpretação subjetiva do mundo em que se vive. Nessescasos a luz utilizada, na maioria das situações, é a luz solar ou a luz de ocasião, proporcionada

     pela iluminação artificial local.A fotografia pela luz natural tem sua particularidade, pois os efeitos de luz e sombra mudam acada instante, dependendo da hora do dia, da estação do ano, se está nublado ou não, emudam também de acordo com o ângulo de visão.Se o sol não estiver coberto por nuvens, a luz por ele produzida terá característica dura econcentrada, na qual a linha de passagem entre luz e sombra é brusca e nítida e o contrasteentre claro e escuro é marcante (figura 07).

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    Figura 07 –  Fotografia de Henri Cartier BressonFonte: Fluxo escola de fotografia expandida (2013)

    Já em um dia encoberto, a luz terá uma característica difusa e suave, com sombras pouco pronunciadas, na qual a linha de passagem entre luz e sombra se dá gradualmente, as vezes demaneira tão suave, que a sombra é quase imperceptível, porém com bastante significado. Istoacontece porque a camada de nuvens dispersa a luz solar, iluminando todos os lados a cena,resultando em pouquíssima sombra (figurla 08).

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    Figura 08 –  Fotografia de Henri Cartier BressonFonte: Fluxo escola de fotografia expandida (2013)

    Os aparelhos de iluminação feitos pelo homem são ferramentas que existem para dirigir a luz

    segundo a vontade do fotógrafo, independente das condições climáticas, do local e do horário.A utilização da iluminação artificial proporciona uma ampla gama de possibilidades e évastamente utilizada para diversas finalidades da fotografia. Com a iluminação artificial é

     possível recriar a condição de luz perfeita para atingir o objetivo do fotógrafo. No entender de Valmir Perez, em uma de suas apostilas, página 06:As fontes funcionam, em uma cena, como “pincéis” em uma arte pictória, pois eles secomportam exatamente como ferramentas de pintura. Com esses "pincéis" pinta-se com a luz.Tomar consciência das sutilezas da luz e do que as gera é tão fundamental como escolher astintas corretas para pintar um quadro.A luz e a sombra proporcionam nossa leitura tridimensional no quadro, exatamente por isso, aobservação e estudo da arte pictórica estão diretamente relacionados com a pesquisa de

    iluminação. No entanto, pintores antigos e modernos sempre buscaram notadamente umaexpressão realística na pintura através da composição da luz.A câmera fotográfica e os equipamentos de iluminação são as principais ferramentas detrabalho do fotógrafo, mas o dominio no entendimento da luz, sua intensidade, reflexão,ângulo, luz dura, difusa, são tão imprescindíveis quanto saber operar os equipamentos. Ailuminação, seja ela luz natural ou luz artificial, dá caráter e sentido à fotografia através de suacomposição.Os equipamentos de iluminação diferenciam-se não apenas pela quantidade de luz emitida(potência das lâmpadas), mas principalmente pelas questões formais de emissão luminosa. Oconhecimento dos comportamentos da luz emitida por cada tipo de equipamento e captada é

     primordial para que iluminadores e designers de iluminação possam conseguir os efeitos

    desejados nas cenas.

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    Entender e prever o tamanho e a distância da fonte de luz e a família de ângulos (figura 09) possibilita criar diversas composições e diferentes linguagens, dar forma, volume e textura aoassunto. O uso da iluminação e a forma de explorá-la definem o resultado da fotografia. Nafigura 09a, a fonte de luz é difusa, gerando sombra suave e longa, quase imperseptível. Ja nafigura 09b, a fonte de luz é pontual e concentrada, dando nitidez às formas.

    Figura 09a

    Figura 09b

    Figura 09 –  Ângulo e intensidade da fonte de luzFonte: Livro de Michael Busselle, Tudo sobre fotografia, 1979

     Na luz direta ou frontal, padrão de luz mais comum entre as máquinas populares, proporcionado pelo flash, as sombras se escondem por tráz do assunto, anulando a textura e

    achatando o volume da foto.O flash possui a capacidade de congelar quaisquer movimentos realizados durante a captura,no entanto, este recurso é geralmente utilizado quando há pouca ou nenhuma fonte de luz. Porela ser direta e intensa, produz uma iluminação dura e evidente. Também há flashes separadosdo corpo da máqiona fotogáfica, podendo estar em diferentes posições.A luz lateral sobre o objeto ou o assunto fotografado se caracteriza por realçar a textura,conferindo-lhe profundidade e volume. A incidência da luz por um dos lados do objetoconduz a sensação de tridimensionalidade.A luz refletida por superfícies que modifiquem suas características originais de transmissão eou difusão, antes de atingir o assunto, é chamada de luz indireta. E por fim, a contraluz éaquela que vem por trás do assunto, convertendo-o em silhueta, perdendo por completo a

    textura e praticamente todos os detalhes, a não ser quando complementada com outra fonte deluz.

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    Os diferentes graus de dispersão que a natureza proporciona à luz natural, tornando-a difusa,semi-difusa ou dura, podem ser recriados nos estúdios e sets fotográficos.

     Na iluminação difusa, a passagem entre a zona de sombras e luzes se dá de maneira gradativa,sem marcar uma linha definida, mas criando uma zona de penumbra. O grau máximo dedifusão acontece quando se usa a luz de maneira indireta, quanto maior o difusor, maior adifusão. Outra maneira de criar uma iluminação difusa é utilizando uma fonte de luz direta,transmitida através de materiais difusores, podendo ser tela, tecido, papel, plástico, etc (figura10).

    Figura 10 –  Iluminação difusaFonte: Livro de Michael Busselle, Tudo sobre fotografia, 1979

     Na iluminação dura, há a ausência de penumbra, as texturas se evidenciam, a linha entre luz esombra é nítida e o contraste entre claro e escuro marcante, estas características conferemmaior dramaticidade ao assunto. Quanto mais pontual e direta for a fonte de luz, mais dura econcentrada será a sombra (figura 11).

    Figura 11 –  Iluminação difusaFonte: Livro de Michael Busselle, Tudo sobre fotografia, 1979

    A iluminação semi-difusa cria uma situação mediana entre suave e dura, permitindo zona de penumbra curta e sombras intermediárias. Os mesmos equipamentos utilizados para criar ailuminação difusa, podem ser usados para a semi-difusa, trata-se apenas de um ajuste dedistâncias, ângulos e intensidade. Mas é claro que, quanto maior a quantidade e diversidadede equipamentos, maiores as possibilidades.

    O grau de reflexibilidade dos materiais de uma cena influencia no resultado da imagemobtida. Qualquer superfície reflete, em maior ou menor grau, total ou parcialmente, a luz. De

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    um objeto opaco a um brilhoso, de cor preta ou branca. A qualidade da superfície determina otipo de luz refletida. Assim, superfícies espelhadas refletirão direta e totalmente a luzincidente e superfícies foscas refletirão a luz de forma difusa.A exemplo desta influência estão os estúdios profissionais de fotografia que possuem paredes

     brancas nas laterais, cobertas com cortinas pretas, desta maneira podem decidir entre as duasopções, pois como as cores e materiais de ambas diferem entre si, as reflexões serão diferente,alterando assim, a situação de iluminação do ambiente.As fotografias dirigidas para retrato, produto, moda e publicidade em geral, assim como paratv e cinema, feitas em estúdio (ambiente internos) ou em locações (ambientes externos),utilizam, com frequência, mais de uma fonte de luz para suas composições. Isto ocorrequando, além da fonte principal que pode ser o próprio sol, existem as fontescomplementares, com diferentes ângulos, tamanhos, intensidade e distâncias. Este recursoviabiliza diversos efeitos e uma gama maior de possibilidades.A luz solar transmite diferentes temperaturas de cor dependendo do horário do dia e dasituação climática, e na iluminação artificial não é diferente. Existem no mercado variadostipos de lâmpadas, filtros e materiais, que possibilitam criar a situação ideal para o objetivo dafotografia.Enfim, para cada finalidade, um grupo diferente de equipamentos é usado. Mas, a máquinafotográfica e o elemento luz, estarão sempre presentes no mundo da fotografia.

    5. Conclusão

    O significado da luz na fotografia tem duplo sentido. Racionalmente falando, a luz é oelemento gerador da fotografia, é ela que gera a imagem. A fotografia é o resultado damaterialização da luz, ou seja, é a sua impressão física sobre uma superfície palpável, é areprodução idêntica de alguma cena real. Emocionalmente e artisticamente falando, autilização da luz na fotografia é uma forma de expressão, através da qual, é possíveltranspassar visões ocultas, até mesmo através de situações cotidianas. A arte fotográfica temcomo objetivo mostrar o que não é possível ver diretamente: ações, reações, sentimentos e

     pensamentos.A fotografia é uma ciência-arte que mistura sincronamente conceitos de química e física comelementos de expressão plástica e conceitos de linguagem criativa. A luz é a matriz tanto paraque o processo aconteça quanto para criar infinitas possibilidades de climas, sentimentos e

    conceitos. A luz é a raiz, a veia e o sangue da fotografia. Fotografar é muito mais do quesimplesmente reproduzir fielmente uma situação, fotografar é transpor sentimentos.Os fotógrafos, através de seu conhecimento, têm a capacidade de captar imagens comsignificados maiores do que apenas a reprodução de um fato. Além de ter domínio total dacaptação de luz pelo equipamento fotográfico, utiliza a luz como forma de comunicação

     poética, ressaltando ou escondendo percepções da vida real de acordo com seus objetivos.Dependendo da maneira como eles interpretam a luz, criam o clima em busca de umaexpressão poética e estética, de sentimentos, sensações e estados de consciência.Existem duas formas das quais o fotógrafo pode se apropriar da luz. Uma delas é de maneiraespontânea, utilizando a iluminação natural ou a luz artificial pré-existente no local a serfotografado, neste caso, analisa agilmente a situação e toma suas decições quanto ao seu

     posicionamento e ângulo da câmera, ao mesmo tempo em que configura seu equipamento

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    quanto à sensibilidade da luz, ajustando velocidade do obturador e abertura do dafragma em preciosos instantes.A outra maneira é planejando antecipadamente a situação de luz ideal para atingir o objetivoda fotografia. Neste caso, o fotógrafo calcula o dia e a hora certa para a captação da luznatural, ou se utiliza da iluminação artificial que possibilita ilimitadas situações.Portanto, o fotografo pode viabilizar sua fotografia criando a luz necessária para o seuobjetivo final, ou se adaptando às condições existentes e tirarando excelente proveito daquiloque se apresenta. Em ambas situaçãoes, o entendimento do fenômeno da luz é primordial.Muito mais rico do que a foto em si, é toda a linguagem por traz da mesma, carregada designificados que, como em toda obra de arte, as fotografias podem adquirir interpretaçõesdiferentes de acordo com as experiências vividas, seja por quem fotografa, seja por quemobserva a fotografia.Hoje, devido ao avanço da tecnologia, a luz é cada vez mais moldada e recriadaartificialmente. Mas, temo em dizer, que os melhores fotógrafos são aqueles que dominam acondição de luz local, sem, necessariamente, se utilizar de artifícios tecnológicos.A evolução dos equipamentos fotográficos foi possibilitando a ampliação do campo deatuação da fotografia, desde a retratação de famílias, a comunicação e documentação, a

     publicidade, entre outros. Atualmente, devido à facilidade de operação, a automatização dealguns recursos e o baixo custo, a fotografia se popularizou. Por um lado, democratizou o usodeste equipamento, mas por outro banalizou a fotografia. A cada dia torna-se mais fácil captaruma imagem, graças às máquinas totalmente automáticas que poupam o “fotógrafo”  de

    qualquer conhecimento técnico. Porém, nada substitui a visão aguçada de um fotógrafo profissional e sua sensibilidade quanto aos efeitos da luz, isso distingue uma fotografia profissional da amadora.O drama vivenciado nos dias atuais se refere à dúvida quanto à veracidade da fotografia.Enquanto representação simbólica, a fotografia não mais nos confere confiança da verdade.Com a simulação de imagens fotográficas por computador e com a possibilidade de manipularinfinitamente os dados registrados na película por processos digitais, entramos numa era dedemolição, possivelmente irreversível, do mito da objetividade fotográfica, sobre o qual sefundaram as teorias ingênuas da fotografia como signo da verdade ou como reprodução doreal, distorcendo seu significado.

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