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A influência das micro e pequenas empresas no desenvolvimento econômico brasileiro: O ritmo acelerado de crescimento das Micro e Pequenas empresas (MEP’s, como costumam ser chamadas), impulsionado pela proteção legislativa, vem adiquirindo posição de destaque na economia brasileira, e sua influência sobre a mesma é inegável. Os micro e pequenos empresários abarcam todos os níveis sociais e espalham-se por todo o nosso território, contribuindo de forma significativa. Desta forma, é indispensável que aprofundemos um pouco quanto a este tema. Antes da abordagem do núcleo proposto, é necessário que se faça uma pequena abordagem, de maneira sussinta, acerca do que são as MEP’s: A Constituição Fedral de 1988 assegura tratamento jurídico favorecido às microempresas e empresas de pequeno porte, conforme o artigo 170, inciso IX, e mais precisamente em seu artigo 179, in verbs: Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei. Todavia, essas definições sofreram muitas modificações com o passar do tempo, devido às alterações infraconstitucionais. Em 1999, quando editada a Lei 9.841, e esta por sua vez alterada pela Lei Complementar 123/2006 que reuniu diversas disposições a cerca desta matéria, adveio a denominação “ Estatuto Nacional da Micro e Pequena Empresa.”.Assim sendo, o conceito atual segundo o art. 3° do estatuto é: Art. 3 o Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei n o 10.406, de 10 de janeiro

A influência das micro e pequenas empresas no desenvolvimento econômico brasileiro

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A influência das micro e pequenas empresas no desenvolvimento econômico brasileiro:

O ritmo acelerado de crescimento das Micro e Pequenas empresas (MEP’s, como costumam ser chamadas), impulsionado pela proteção legislativa, vem adiquirindo posição de destaque na economia brasileira, e sua influência sobre a mesma é inegável. Os micro e pequenos empresários abarcam todos os níveis sociais e espalham-se por todo o nosso território, contribuindo de forma significativa. Desta forma, é indispensável que aprofundemos um pouco quanto a este tema.

Antes da abordagem do núcleo proposto, é necessário que se faça uma pequena abordagem, de maneira sussinta, acerca do que são as MEP’s:

A Constituição Fedral de 1988 assegura tratamento jurídico favorecido às microempresas e empresas de pequeno porte, conforme o artigo 170, inciso IX, e mais precisamente em seu artigo 179, in verbs: Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei.

Todavia, essas definições sofreram muitas modificações com o passar do tempo, devido às alterações infraconstitucionais. Em 1999, quando editada a Lei 9.841, e esta por sua vez alterada pela Lei Complementar 123/2006 que reuniu diversas disposições a cerca desta matéria, adveio a denominação “ Estatuto Nacional da Micro e Pequena Empresa.”.Assim sendo, o conceito atual segundo o art. 3° do estatuto é:

Art. 3o  Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002, devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:

I - no caso das microempresas, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais);

II - no caso das empresas de pequeno porte, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos  mil reais). 

Após esta breve abordagem conceitual, iniciamos acerca da importância econômica das MEP’s. Apesar de serem subjugadas de forma equivocada , por possuirem pouco significado no contexto econômico nacional, devido ao pensamento de que só as empresas grandes, ou os grandes conglomerados empresarias é que possuem destaque e influência na movimentação do ciclo econômico capitalista adotado por nosso país, a situação real difere

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completamente do entendimento leigo de muitos de nós. Segundo dados fornecidos pelo SEBRAE, as micro e pequenas empresas correndem ao percentual de 98% de todas as empresas legalmente constituídas no país, emprega um contingente de aproximadamente 56% dos trabalhadores registrados. No seguimento das exportações representam 62% dos empreendimentos exportadores, contribuindo para um expressivo valor de 8,3 bilhões de dólares para a balança comercial do país.

Tais dados comprovam a relevância que a participação das MEP’s têm no cenário econômico nacional. Além disso, elas se espalham por todo o território nacional, cooperando de forma ímpar na distribuição de renda e amenizando as desigualdades econômicas regionais. Os microempresários em conjunto, empregam uma massa trabalhadora muito maior do que as grandes empresas, pois empregam desde analfabetos à graduados em ensino superior; e isto faz com que as desigualdades sociais também sejam aplacadas pelas MEP’s. Por fim, outra vantagem desta classe é sua capacidade de reação frente às alterações do mercado mundial, por absorverem com mais facilidade os efeitos negativos e por serem flexíveis esboçam reações mais rápidas aos períodos de crise.

Esta importância e relevancia que têm em nosso contexto econômico, justificam a atividade legislativa dos últimos anos, no sentido de conferir a tais empresas um tratamento jurídico simplificado, diferenciado e favorecido. Falar em micro e pequenas empresas hoje, no Brasil, é falar do principal fator de desenvolvimento econômico em termos de oportunidade. Também são excelentes oportunidades para os países promoverem sua estabilidade através de sua capacidade de gerar empregos, renda e movimentação da economia. Não devemos portanto conferir a esta classe, menos respeito do que aos grandes centros empresariais. As MEP’s são tão importantes quanto os mesmo para a economia nacional, senão mais.