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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”. PROJETO A VEZ DO MESTRE A LIDERANÇA COMO UM PROCESSO DE INFLUÊNCIA INTERPESSOAL PARA A REALIZAÇÃO DE METAS DEILA BISE LOPES Orientador(a): Emilia Maria Mendonça Parentoni Rio de Janeiro - RJ 2008

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”.

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A LIDERANÇA COMO UM PROCESSO DE INFLUÊNCIA

INTERPESSOAL PARA A REALIZAÇÃO DE METAS

DEILA BISE LOPES

Orientador(a): Emilia Maria Mendonça Parentoni

Rio de Janeiro - RJ

2008

2UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”.

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A LIDERANÇA COMO UM PROCESSO DE INFLUÊNCIA

INTERPESSOAL PARA A REALIZAÇÃO DE METAS

DEILA BISE LOPES

Rio de Janeiro - RJ

2008

Monografia apresentada ao curso de Pós

Graduação “Lato Sensu”, Projeto “A Vez

do Mestre” da Universidade Candido

Mendes, como requisito parcial à

obtenção do título de Especialista em

Estratégica, Gestão e Qualidade.

Orientador(a): Emilia Maria Mendonça

Parentoni

3

AGRADECIMENTOS

Agradeço à Lalá, Anna e Carla que me motivaram a voltar a estudar.

4

DEDICATÓRIA

Ao meu pai Ângelo.

5

RESUMO

A Liderança é um atributo indispensável para o administrador. E para gerir, é

necessária a sabedoria para lidar com os liderados e assim conseguir atingir as

metas propostas. Cabe ao líder cuidar do desenvolvimento humano no

ambiente de trabalho para que haja entendimento entre todos os liderados, de

maneira tal que se sintam motivados e que com isso façam a sua parte e

ajudem-se uns aos outros. Para que isso ocorra, a comunicação é

imprescindível, tendo em mente sempre que saber expor e ouvir com atenção

as idéias alheias é fundamental para que essa relação líder-liderados seja um

caminho para o aperfeiçoamento do trabalho e com isso torna-se uma maneira

mais eficaz para alcançar o objetivo. Liderar é cuidar-se de si mesmo, das

pessoas envolvidas e do ambiente de trabalho, para que esse trabalho não

seja castigante e desmotivador, mas sim uma parte importante da vida, onde o

indivíduo tem prazer nas suas obrigações, contribuindo para obtenção de

melhores resultados.

6

METODOLOGIA

Para se estudar a liderança e seus aspectos, com enfoque no tipo de

líder e a motivação, o estudo foi baseado em pesquisas bibliográficas onde a

abordagem teórica fundamenta-se em artigos publicados na mídia impressa

(artigos acadêmicos, revistas, livros e jornais) e virtual (internet) onde os temas

são relacionados ao tema proposto direto ou indiretamente. Os principais

autores consultados foram: (1) Joaquim Castanheiras e Lana Pinheiro, (2)

Antônio Cesar Amaru Maximiano, (3) Daniel Goleman com suas respectivas

obras (1) “A empresa do ano CBA”, (2) “Teoria geral da administração: da

revolução urbana à revolução digital”, (3) “Inteligência Emocional: A teoria

Revolucionária que Redefine o que é Ser Inteligente”, dentre outros.

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

A LIDERANÇA 11

CAPÍTULO II

A PESSOA DO LÍDER 30

CAPÍTULO III

ESTILOS DE LIDERANÇA 33

CAPÍTULO IV

ESTUDO DE CASO: CBA E ANTÔNIO ERMÍRIO DE MORAES –

PRESIDENTE DA CBA E DO GRUPO VOTORANTIM 37

CONCLUSÃO 39

ANEXOS 42

ÍNDICE 65

8

INTRODUÇÃO

Em 24 de outubro de 2007 foi publicada a matéria “A Empresa do Ano

CBA” na revista Istoé Dinheiro, uma revista semanal que fala sobre economia,

finanças e e-commerce. A Companhia Brasileira de Alumínio – CBA, do grupo

Votorantim, tornou-se a maior fábrica de alumínio integrada do mundo e de um

modelo de negócios único. Como resultado de 52 anos de luta e investimento,

a CBA desafia gigantes globais, registra rentabilidade bruta de 26% e sagra-se

a campeã do ranking AS MELHORES DINHEIRO. Quem assume a liderança é

o empresário Antônio Ermírio de Moraes, 79 anos, presidente da CBA e do

Grupo Votorantim.

Diante desse exemplo, percebemos a importância de um fator

determinante para o sucesso do crescimento de uma empresa e que muitas

vezes não recebe a devida atenção: a liderança, o tema em questão. As

perguntas centrais desse estudo são: até que ponto a liderança, atuando como

um processo de influência interpessoal, auxilia o desenvolvimento humano

dentro do ambiente de trabalho? Será que esse tipo de liderança, onde

pessoas são devidamente influenciadas, têm como conseqüência a obtenção

dos objetivos propostos pela organização? Motivação seria a palavra chave

para esse processo de influência interpessoal? De acordo com o progresso dos

estudos científicos sobre a liderança, dois pontos foram apresentados como os

mais importantes: o perfil do líder e o uso da motivação na liderança. Esse

trabalho é um guia que se destina a procurar as respostas para essas

perguntas, e esses dois aspectos serão enfatizados no decorrer desse

trabalho.

A liderança é de fundamental importância no mundo dos negócios.

Segundo ANDERÁOS NETO (2007), a liderança é um atributo indispensável

para o administrador. E para gerir, é necessária a sabedoria para lidar com os

liderados e assim conseguir atingir as metas propostas. Cabe ao líder cuidar do

desenvolvimento humano no ambiente de trabalho para que haja entendimento

entre todos os liderados, de maneira tal que se sintam motivados e que com

9isso façam sua parte e ajudem-se uns aos outros. Para que isso ocorra, a

comunicação é imprescindível, tendo em mente sempre que saber expor e

ouvir com atenção as idéias alheias é fundamental para que essa relação líder-

liderados seja um caminho para o aperfeiçoamento do trabalho e com isso

torna-se uma maneira mais eficaz para alcançar o objetivo. Para se ter

liderança, precisa-se de um líder que direcione as pessoas em prol das tarefas

a serem cumpridas.

MARINS FILHO (2008) afirma que algumas características são essenciais

ao líder nato, tais como: automotivação, planos definidos, perseverança nas

decisões, personalidade positiva, empatia, disposição para assumir plena

responsabilidade, entre outras.

Liderar implica respeito, e cria um ambiente favorável ao trabalho. Quando

não há liderança, ou quando a liderança não é corretamente aplicada, seus

liderados apresentam-se desmotivados nos ambientes de trabalho. A

renovação, a criatividade e a inteligência perdem a capacidade de

desenvolvimento positivo. Como resultado, as pessoas caem no tédio e se

sentem inúteis, e os objetivos pré-estabelecidos deixam de ser atingidos. Por

fim, liderar é cuidar-se de si mesmo, das pessoas envolvidas e do ambiente de

trabalho, para que esse trabalho não seja castigante e desmotivador, mas sim

uma parte importante da vida, onde o indivíduo tem prazer nas suas

obrigações, contribuindo para obtenção de melhores resultados (ANDERÁOS

NETO, 2007).

Esse estudo tem como objetivos: (1) identificar a liderança como um

processo interpessoal e relacionar sua importância, como motivo, para a

consumação de objetivos pré-estabelecidos dentro de uma organização, (2)

analisar e avaliar a liderança, (3) contextualizar os aspectos de liderança

(características pessoais do líder, características pessoais dos liderados -

motivações e competências, características da tarefa a ser executada, e

conjuntura na liderança), (4) apresentar a pessoa do líder (traços de

personalidade, motivações do líder e habilidades) e os estilos de liderança e (5)

associar o quesito liderança como fator indispensável para a busca do

10resultado esperado pela organização, atuando por meio de ações estratégicas

e no desenvolvimento humano.

Segundo FELIPPE (2008), diálogo é fundamental, mas liderar é buscar

resultados mediante recursos tecnológicos, financeiros, mercadológicos,

humanos e que pode ser desenvolvida mediante dois aspectos importantes:

• No resultado esperado pela organização, por meio de ações

estratégicas;

• No desenvolvimento humano favorecendo atingir os objetivos propostos.

A liderança tem sido apontada como um dos principais fatores para a

resolução de grandes desafios dentro de uma organização. Dois aspectos são

mais importantes: gerar e gerir o equilíbrio entre produtividade e motivação,

além de estabelecer a real parceria na busca da melhoria contínua e

desenvolvimento, atingindo assim os objetivos propostos (FELIPPE, 2008). A

autora ainda afirma:

“A experiência também aponta que a maioria das atitudes

positivas ou negativas somente é tomada quando os

homens estão em grupo. Dessa forma, o sucesso de uma

organização é substancialmente influenciado pelo

desempenho de diversos grupos que interagem entre si e

por toda a hierarquia da empresa, tanto vertical quanto

horizontalmente”.

11

CAPÍTULO I

A LIDERANÇA

Segundo o FERREIRA (1999), encontramos três conceitos para a

palavra liderança: 1. Função de líder. 2. Capacidade de liderar; espírito de

chefia. 3. Forma de dominação baseada no prestigio pessoal e aceita pelos

dirigidos. Em outras palavras, para se ter liderança é preciso que alguém ocupe

a posição de líder, e que esse alguém tenha a capacidade de liderar, ou seja,

comandar e/ou orientar em qualquer tipo de situação, empresa ou linha de

idéias, onde ele possa influenciar provocando admiração ou respeito, e na

mesma proporção, ser aceito por seus liderados.

Para EPELMAN (2008), liderar é algo natural que faz parte da vida. É

algo que vem de dentro do ser humano, podendo ser uma maneira de agir ou

uma maneira de ser. É ainda, desenvolver uma visão daquilo que é possível, e

ser capaz de inspirar seus liderados a realizar metas. Essa afirmativa é

compatível com o que diz Antônio Ermírio de Moraes, presidente da CBA e do

Grupo Votorantim, atualmente um grande exemplo de líder:

“(...) trabalho na empresa desde o primeiro dia de

elaboração do projeto. Foi nesta empresa que enterrei

meus sapatos na lama. É algo que vem do coração”.

GEOCITIES (2008) define liderança como uma forma de influenciar as

pessoas de maneira que ajam a favor dos objetivos de uma organização. Para

que essa liderança ocorra é necessária existência do grupo humano, de um

líder e a observância dos princípios psicológicos e sociológicos que regem o

ser humano. BARNES (2004), afirma que liderar é algo simples e que equivale

ao ato de exercer influência. O autor nos mostra algumas estratégias para

exercer a influência (Anexo 1), as diferentes formas de se exercer influência

(Anexo 2), e os métodos de se exercer a influência (Anexo 3).

12De acordo com MAXIMIANO (2006), existem muitas definições para

esse processo observável sob diferentes aspectos que é a liderança, onde ele

destaca apenas duas:

• Liderança é um mecanismo onde ações são conduzidas ou o

comportamento e a mentalidade de outras pessoas são influenciados.

• Liderança é a realização de metas por meio do direcionamento de

colaboradores, e a pessoa que lidera com sucesso seus liderados para

alcançar finalidades específicas é o líder.

Entretanto, para o autor, é importante ressaltar que a liderança independe

da proximidade física ou temporal, ou seja, um líder pode exercer sua liderança

mesmo estando distante de seus liderados, ou quando têm poucas chances de

vê-los pessoalmente, ou até mesmo quando viveram em épocas diferentes.

Líderes religiosos mesmo distantes de seus seguidores conseguem influenciar

multidões. Em programas de doutorado tipo sanduíche, cientistas e

colaboradores podem orientar seus alunos em seus projetos de pesquisa

mesmo estando em universidades e em países diferentes. E grandes filósofos

do passado (Charles Darwin com a Teoria da Evolução, e Isaac Newton com

suas leis que descrevem o comportamento dos corpos em movimento, por

exemplo) até hoje norteiam ciências como matemática, física, química, biologia,

dentre outras, através de suas leis e teorias estudadas em séculos passados.

Para o autor, o líder também possui característica de liderar em diferentes

períodos e em diferentes situações, e o ato de consentir é fundamental para o

equilíbrio entre líderes e liderados. Consentimento é um aspecto bem diferente

da autoridade formal. No item 1.1 será definida a diferença entre eles e sua

implicância no quesito liderança. Outro fator importante para a liderança é o

consentimento, que será analisado no item 1.2.

1.1. Autoridade formal versus Liderança

NUNES (2007), afirma que o termo autoridade corresponde ao poder de

comando de outras pessoas e que consequentemente os leva a agir da forma

13desejada pelo comandante e isso lhe atribui uma responsabilidade. Ou seja, é

uma relação de poder que se estabelece de um superior a um subordinado.

Autoridade formal é uma das bases elementares das organizações (seja

ela, empresarial, religiosa, política, militar, etc.) e um atributo dos cargos

gerenciais. O gerente (aquele que gere ou administra negócios) em uma

organização ocupa um cargo dentro de uma hierarquia que é regida por

normas impessoais. Esse cargo dá ao gerente o direito de tomar decisões e de

se fazer obedecido durante seu mandato, dentro de uma organização que é

definida por algum critério de distribuição de trabalho. O funcionário (liderado)

obedece ao gerente (líder) porque tem obrigação legal de fazê-lo. O diferencial

é que as normas impessoais transformam o gerente em uma figura de

autoridade, que tem poderes formais de influenciar o comportamento dos seus

funcionários, sendo que normas são estabelecidas também para definir os

limites do gerente, ou seja, até que ponto seus poderes podem ser usados

(MAXIMIANO, 2006; NUNES, 2007).

A diferença entre liderança e autoridade formal está na base na qual se

assenta a motivação dos colaboradores (MAXIMIANO, 2006).

• Autoridade formal: é fundamentada em leis aceitas de comum acordo,

onde são criadas figuras de autoridade dotada do poder de comando. O

seguidor obedece à lei incorporada na figura de autoridade, não à

pessoa que ocupa o cargo. A lei é o instrumento para possibilitar a

convivência social. A autoridade formal é limitada no tempo e no espaço

geográfico, social ou organizacional. Os limites definem a atuação da

autoridade. A autoridade formal é temporária para a pessoa que

desempenha o papel de figura de autoridade, inclui o poder de forçar a

obediência das regras aceitas para a convivência e é um atributo

singular.

• Liderança: é fundamentada na crença dos seguidores a respeito das

qualidades do líder e de seu interesse em segui-lo. O seguidor obedece

ao líder e à missão que ele representa. O líder é instrumento para

resolver problemas da comunidade. A liderança é limitada ao grupo que

14acredita no líder ou precisa dele. Os limites da liderança definem a área

de influência do líder. A liderança tem duração da utilidade do líder para

o grupo de seguidores. Os líderes têm poder representado pela massa

que o segue. A liderança é produto de inúmeros fatores, ou seja, não é

uma qualidade pessoal singular.

A autoridade formal e a liderança são aspectos bem diferentes e

independentes, não podendo ser confundidos (MAXIMIANO, 2006; NUNES,

2007). Uma pessoa que ocupa um cargo com autoridade formal não precisa

necessariamente exercer liderança informal sobre seus liderados, e pode até

nem precisar dela. Do mesmo modo, uma pessoa que exerce a liderança

informal sobre um grupo não precisa ocupar um cargo com autoridade formal

correspondente para liderar, e também pode não precisar dele (MAXIMIANO,

2006).

Para exemplificar autoridade formal e líder, podemos pensar na

diferença de atuação entre um ministro de guerra (general) e um dirigente

sindical de uma determinada empresa. O general tem autoridade formal sobre

seus oficiais e sobre seus soldados, ou seja, lhe é atribuído poderes para fazer

cumprir determinadas normas e punir quem as infrinja em determinada área. Já

o dirigente sindical tem a liderança informal sobre seus funcionários, ou seja, a

liderança baseia-se no interesse dos funcionários em protestar contra essa

mesma empresa. Para PETRACCA (1992) o líder dentro de um grupo é aquele

que ocupa uma posição de poder, onde ele pode influenciar determinando

todas as decisões de caráter estratégico. Seu poder é exercido de forma ativa

e corresponde legitimamente com as expectativas do grupo.

1.2 Consentimento

WIKIPÉDIA (2008) afirma que para se ter liderança, a sociedade

consente em dar autoridade para um indivíduo, mesmo que informalmente.

Para MAXIMIANO (2006) seguir um líder nos faz pensar em

consentimento, que nada mais é que aprovar ou tolerar algo. Só há liderança

15quando os liderados seguem o líder espontaneamente. Mas o consentimento

pode depender da crença na validade da missão estabelecida ou da

recompensa prometida pelo líder. Ou seja, há uma identidade entre a proposta

do líder e a recompensa esperada pelo grupo. Essa identidade cria no grupo a

motivação para fazer o que o líder propõe. Os adeptos consentem em seguir o

líder porque visualizam nele a possibilidade de resolver um problema que os

afeta. A importância do líder mede-se pelo número de pessoas a quem sua

mensagem influencia, e também pela forma como ele apresenta essa

mensagem, do que propriamente pelo conteúdo intrínseco da mensagem, a

qual depende de sintonia com as necessidades e aspirações do grupo liderado.

As ONGs (organizações não governamentais) são exemplos dessa relação de

identidade. Muitas pessoas são mobilizadas em prol de uma causa. E para isso

é preciso um líder.

É fato que certos grupos são submetidos a um líder que é pessoalmente

autoritário ou personifica valores autoritários (MAXIMIANO, 2006). Na história

da humanidade temos vários exemplos de líderes autoritários ou com valores

autoritários, como por exemplo, os ditadores. Sendo assim, é incerto afirmar se

o consentimento é resultado das convicções dos liderados ou das habilidades

de persuasão do líder (MAXIMIANO, 2006).

GEOCITIES (2008) afirma que existem dois tipos de liderança: a

liderança pessoal e a liderança de organização. A liderança pessoal ou

também chamada de liderança de pequenos grupos é exercida face a face. Já

a liderança de organização ou a liderança de grandes grupos é exercida como

o nome mesmo diz, através de grandes grupos.

Entretanto, para MAXIMIANO (2006), a liderança tem três tipos, que

dependem basicamente do perfil dos líderes:

• Liderança onde os líderes arrastam multidões, e são capazes de

conceber uma grande idéia, de juntar uma multidão suficientemente

grande para concretizá-la e de pressionar a multidão para que, de fato, a

concretize;

16

• Liderança onde os líderes interpretam as multidões, que são hábeis

principalmente em tornarem claros e explícitos os sentimentos e

pensamentos que se encontram na multidão de forma obscura e

confusa;

• Liderança onde os líderes representam as multidões e que se limita a

exprimir apenas a opinião coletiva, de forma já conhecida e definida.

1.3. Líder versus Liderança

Segundo MAXIMIANO (2006), algumas definições de liderança dão a

entender que as pessoas que a possuem são dotadas de virtudes

extraordinárias. É fato que a liderança muitas vezes vem definida como uma

virtude ou qualidade singular e inata, capaz de tornar algumas pessoas

diferentes, pelo fato dessas pessoas terem a solução mágica de influenciar

outras pessoas. A palavra líder nos traz a idéia de grande homem (ou grande

pessoa). Por esse motivo, certas pessoas candidatas ao cargo de líder dentro

de uma empresa ou organização procuram projetar essa imagem através da

propaganda ou da manipulação do comportamento de seus liderados

potenciais ou reais.

Entretanto, a liderança não pode ser vista apenas como uma habilidade

pessoal que torna algumas pessoas mais aptas a influenciar outras. Em muitos

casos isso não ocorre, como por exemplo, um grupo que precisa de um líder e

simplesmente escolhe alguém para desempenhar esse papel, e outro grupo

que o líder aparece como sendo uma figura temporariamente eficaz, onde o

sucesso depende apenas da existência de uma missão (MAXIMIANO, 2006).

Assim que a missão é concluída, esse líder é dispensado pelo grupo, assim

como ocorre nos clubes de futebol, onde os técnicos são mantidos ou

excluídos dos clubes dependendo dos resultados das competições.

A liderança deve ser encarada não somente como uma habilidade

pessoal, mas principalmente como um processo interpessoal dentro de um

contexto complexo, nos quais outros elementos estão presentes e combinados.

17Tais elementos são: as características do líder, as características dos

liderados, as características da missão ou tarefa a ser realizada e a conjuntura

social, econômica e política (MAXIMIANO, 2006).

Segundo PETRACCA (1992), entre líder (gerente) e liderados

(funcionários) há uma relação de influência recíproca. Os liderados colaboram

com o líder. Sem colaboradores, não há como o líder exercer a liderança e tão

pouco alcançar as metas estabelecidas.

1.4 Características pessoais do líder

Para EPELMAN (2008), o líder deve estar atento às mudanças. Saber

compartilhar e investir nas pessoas para que elas dêem o melhor de si mesmas

é fundamental hoje em dia. Para a autora, ser líder é o mesmo que desenvolver

talentos internos e competências, assim como desenvolver o

autoconhecimento para poder dirigir outras pessoas. O importante é que todos

ganhem com experiência da liderança, tanto líder como liderados.

GEOCITIES (2008) afirma que a liderança exige do líder: atitude

(predisposição para sacrifícios pessoais), o exercício da ética e sua

observância, o exercício de conhecimento da liderança de outros líderes, o

exercício do conhecimento do comportamento humano, o conhecimento de

liderança, e obtenção de experiência através da ação. E o líder necessita de

sentimentos como consentimento, confiança, respeito, e cooperação leal por

parte dos seus liderados.

O responsável pelo desempenho de um grupo, tem a função primordial

de liderar. Muitas pessoas recebem a função de líder, onde muitas vezes

precisam dirigir esforços de outros para realizar os objetivos propostos, mesmo

assim recebem essa tarefa independentemente de suas qualidades. Essas

pessoas têm metas a cumprir e isso depende da colaboração do grupo. E a

liderança deve ser desempenhada para atingir as metas pré-estabelecidas

(MAXIMIANO, 2006).

18 A habilidade e a motivação são características individuais mais

importantes e que determinam a diferença do sucesso da liderança. Algumas

pessoas são mais hábeis e outras mais motivadas para desempenhar o papel

de líder. Essas características podem ser interdependentes, ou seja, pessoas

mais motivadas têm mais chances de serem as mais hábeis também. A

maneira como o líder se relaciona com a equipe também tem a sua

importância. Entretanto, o desempenho eficaz do líder não garante o

desempenho global de uma pessoa como gerente, pois o líder precisa

equilibrar diferentes papéis que lhe são atribuídos: decisões, relações humanas

e processamento de informações (MAXIMIANO, 2006).

Segundo ANDERÁOS NETO (2007) a tarefa mais importante do líder é

formar outros líderes, pois agindo assim o grupo não corre o risco da extinção

frente às grandes adversidades, ou seja, quando o líder forma outros líderes o

grupo se conserva e todos evoluem. Também é importante dar oportunidades

aos liderados para que surjam as iniciativas. Delegar tarefas é fundamental

para o líder, pois o tempo é para realização da tarefa é de fundamental

importância. Quando o líder delega tarefas, o tempo é mais bem aproveitado, e

pensar exige tempo e paciência, antecipação e inteligência. Essa colaboração

mútua fará com que o grupo, líder e liderados, realizem a tarefa dentro do

prazo estipulado. O líder consciente é o líder que está sempre atento ao

objetivo proposto e que acompanha de perto o grupo, não se deixando abater

pelos problemas que surgem no decorrer do trabalho. A atenção também é

importante, pois permite antever um problema e preparar-se para resolvê-lo.

Segundo MARINS FILHO (2008), uma pesquisa feita na Europa com

mais de 500 executivos de todos os tipos de indústria, definiu de maneira

simples e objetiva alguns atributos característicos do líder. São eles: (1)

disposição para tentar o que não foi tentado antes, (2) automotivação, (3) uma

percepção aguda do que é justo, (4) planos definidos, (5) perseverança nas

decisões, (6) o hábito de fazer mais do que aquilo pelo qual se é pago, (7)

personalidade positiva, (8) empatia, (9) domínio dos detalhes, (10) disposição

para assumir plena responsabilidade, (11) duplicação, (12) uma profunda

crença em seus princípios. Segue abaixo comentários sobre cada atributo:

19

• Disposição para tentar o que não foi tentado antes: os liderados gostam

de ser guiados por líderes que exprimem coragem e autoconfiança.

Esse tipo de líder geralmente ousa nas tarefas e se vale de

oportunidades não tentadas anteriormente. É o tipo de líder que veste a

camisa da empresa, atua junto aos liderados quando o mercado está

difícil ou quando seus liderados estão sob extrema pressão. Ele corre o

risco de tornar-se impopular, mas por outro lado manterá a equipe

motivada.

Antônio Ermírio de Moraes exprime esse tipo de atributo, conforme

entrevista realizada em 2007 à Revista Istoé Dinheiro (CASTANHEIRA e

PINHEIRO, 2007):

“Eu era mais jovem. E mais ousado também (risos).

Fizemos algo inédito. Começamos a produzir sem fazer

uma fábrica-piloto. Ou seja, montamos as máquinas e

não houve um período de testes. É uma loucura nos dias

de hoje. Mas fomos lá e fizemos”.

• Automotivação: se o líder não consegue se automotivar, provavelmente

não conseguirá motivar seus liderados.

• Percepção aguda do que é justo: essa é uma das mais importantes

qualidades que um líder deve ter – ser sensível ao que é direito e justo.

Esse tipo de liderança, onde todos são tratados de maneira justa e igual,

cria uma sensação de segurança entre os liderados, e isso é

extremamente construtivo, com certeza, um grande fator de

nivelamento.

• Planos definidos: quando o líder tem objetivos claros e definidos, e

planeja a realização desses objetivos, notamos um líder que é motivado.

Primeiro ele faz o planejamento e depois, com a participação dos seus

liderados, ele trabalha.

Na entrevista feita com Antônio Erminio de Moraes à Revista Istoé Dinheiro

em 2007, percebemos esse atributo claramente quando ele afirma:

20“Precisamos crescer 7% ao ano. Pelo menos enquanto eu estiver aqui”

(CASTANHEIRA e PINHEIRO, 2007)

• Perseverança nas decisões: todo líder que se preza, faz suas decisões

com segurança depois de ter feito considerações preliminares sobre o

problema a ser resolvido, considerando inclusive a possibilidade de a

decisão tomada vir a se tornar errada. Todo mundo está sujeito ao erro.

Mas quando o líder decide seguramente, não diminui o respeito que os

liderados têm por ele.

MARINS FILHO (2008) ainda afirma:

“Sejamos realistas: um gerente pode tomar decisões

certas, mas um líder eficaz decide e mostra sua

convicção e crença na decisão ao manter-se fiel a ela,

sabendo, no entanto, reconhecer quando erra. Assim,

seu pessoal tem força para sustentar aquela decisão

junto com o gerente”.

• Hábito de fazer mais do que aquilo pelo qual se é pago: chegar antes

dos liderados e deixar o serviço depois deles é um exemplo do líder que

tem disposição para fazer mais do que é exigido do pessoal. E isso é um

atributo em tanto.

• Personalidade positiva: os liderados respeitam e gostam dessa

qualidade, porque ela traz confiança e com isso, constrói e mantém a

equipe entusiasmada.

• Empatia: colocar-se no lugar de seus liderados, ser capaz de observar o

mundo pelo lado de outras pessoas é ter empatia. O líder não precisa

necessariamente concordar com essa visão, mas é essencial que ele

entenda como as pessoas se sentem e compreenda seus pontos de

vista.

• Domínio dos detalhes: o líder deve entender e executar cada detalhe do

trabalho proposto, haja vista que ele deve ter conhecimento e habilidade

para dominar as responsabilidades inerentes ao seu posto de líder.

21

• Disposição para assumir plena responsabilidade: assumir a

responsabilidade pelos erros dos liderados é um outro ônus da

liderança, para que não haja insegurança entre seus liderados.

MARINS FILHO (2008) afirma: “O clichê do líder é: a responsabilidade é

minha”.

• Duplicação: o líder preocupa-se em espelhar suas habilidades em outras

pessoas. Agindo assim, ele faz com que seus liderados evoluem e,

conseqüentemente o líder torna-se capaz de “estar em muitos lugares

diferentes ao mesmo tempo”. Talvez essa seja a característica mais

marcante de um líder: ser capaz de desenvolver outros líderes.

Podemos julgar um líder pelo número de pessoas que ele refletiu os

seus talentos e fez evoluir.

• Profunda crença em seus princípios: atingir seus objetivos não

importando os obstáculos que surjam pelo caminho é fundamental para

um líder. Esse líder acredita no que faz e é determinado a batalhar por

sua realização.

1.5 Características pessoais dos liderados

Motivações, assim com as desmotivações, e suas competências são

fatores de extrema importância dentro do contexto de liderança.

1.5.1 Motivações

Segundo GOLEMAN (2001), a motivação positiva (reunião dos

sentimentos de entusiasmo, zelo e confiança), é fundamental na conquista de

um objetivo. O autor afirma que estudos sobre atletas olímpicos, músicos de

fama mundiais e grandes mestres de xadrez mostram que o fator em comum

entre eles é a capacidade de se motivarem para seguirem imbatíveis rotinas de

treino. O que mais distingue os melhores atletas, músicos ou jogadores de

xadrez nas competições é o grau em que podem manter uma árdua rotina de

22exercício durante anos e anos. Esses resultados dependem de características

emocionais, ou seja, entusiasmo e persistência.

Na medida em que nossas emoções atrapalham ou melhoram nossa

capacidade de pensar e fazer planos, ou seja, de seguir treinando para

alcançar uma meta distante e solucionar problemas, elas definem os limites do

nosso poder de usar nossas capacidades mentais inatas, e conseqüentemente,

determinam como nos saímos na vida. Quando somos motivos por sentimentos

como entusiasmo, prazer no que fazemos ou por um grau ideal de ansiedade,

esses sentimentos nos levam ao êxito. É por isso que a inteligência emocional

é fundamental, pois ela afeta profundamente todas as outras capacidades,

facilitando ou interferindo (GOLEMAN, 2001).

Para GOLEMAN (2001) otimismo e esperança significam expectativa de

que em geral tudo vai dar certo na vida, apesar das dificuldades e frustrações.

Falando em termos de inteligência emocional, o otimismo é um sentimento que

protege as pessoas da apatia, desesperança ou depressão diante das

dificuldades. Da mesma maneira que acontece com a esperança, o otimismo

proporciona dividendos à vida, desde que seja um otimismo realista, pois um

otimismo demasiadamente ingênuo pode causar desastres.

Liderança e motivação estão interligadas quando se aborda os

processos sociais e comportamentais. Os liderados colaboram com o líder por

alguma razão ou motivo. O líder propõe uma missão aos liderados, porque tem

interesse de realizá-la. Os liderados podem aceitar a realização da tarefa

desde que esse objetivo também seja do seu interesse. O líder precisa dos

liderados para realizar tarefas e vice-versa (MAXIMIANO, 2006).

Há uma ligação inseparável entre o líder e as motivações dos liderados.

Essa liderança é transacional, ou seja, há uma troca entre líder e liderados. A

existência da troca é invariável, mas o conteúdo da troca depende da natureza

da tarefa a ser executada (MAXIMIANO, 2006).

Há dois tipos de motivações: liderados fiéis e liderados mercenários. Os

liderados fiéis são aqueles que se deixam seduzir pela mensagem intrínseca

que o líder transmite, pela tarefa que é proposta, por sua imagem, pela

23instituição que representa ou por outros fatores de natureza simbólica,

emocional ou moral. Carisma é a palavra chave que caracteriza a liderança

exercida sobre o liderado fiel. Os liderados mercenários são aqueles em que o

líder representa um mecanismo para obtenção de recompensas psicológicas

ou materiais, ou mesmo ambas. Há entre o líder e o liderado mercenário um

contrato psicológico do tipo calculista. A palavra transacional caracteriza a

liderança exercida sobre liderados mercenários (MAXIMIANO, 2006).

A relação entre os processos de motivação e liderança nos mostra que o

líder sempre é um instrumento do grupo. O desenvolvimento de líderes é

possibilitado e o processo social de liderança é explicado quando se entende

as motivações dos liderados. É fundamental que o candidato ao cargo de líder

seja capaz de transmitir mensagens em sintonia com os problemas e

interesses do grupo potencial de liderados (MAXIMIANO, 2006).

1.5.2 Desmotivações

Segundo FELIPPE (2008), são vários os fatores que levam a

desmotivação. Entender a causa da desmotivação da equipe para poder agir

de forma eficaz é o melhor caminho. Além de percebê-la, precisa-se entender o

comportamento dos funcionários e verificar se trata realmente de desmotivação

ou de falta de outras competências, como iniciativa ou prontidão. O líder deve

observar os dois lados da moeda: resultado e motivação. Para a autora, liderar

é buscar resultados pela motivação, ou seja, conseguir buscar resultados sem

negligenciar a motivação. Saber se comportar adequadamente de acordo com

as mais diversas situações, ou seja, perceber cada uma delas e adaptá-las ao

método de liderança e às circunstâncias também são ferramentas

fundamentais. A autora afirma que para o líder manter a motivação dos

liderados ele deve ser flexível (agindo de acordo com o estilo do liderado e da

sua equipe), ser sincero e transparente, proativo, curioso, audaz, automotivado

e, acima de tudo ter equilíbrio emocional (inteligência emocional).

Para FELIPPE (2008) as soluções dos problemas, lançamentos de

novos produtos e ações e decisões são resultados do conjunto da cadeia

24produtiva, criativa, que perpassa do presidente ao operário e, em todas as

etapas, podemos perceber que existe o líder para pensar e os liderados para

executar.

FELIPPE (2008) ainda afirma:

“As pessoas efetivamente se envolvem, vestem a

camisa, quando se emocionam pelo que fazem,

percebem a possibilidade de criar, inovar e fazer

diferente. Há quem diga: Sem tesão, não há solução. Eu

gostaria de ressaltar mais: você, que é responsável pelos

resultados da empresa, deve se lembrar de que em todo

o processo há pessoas: gente lidando com gente”.

Para CAMPOS e SUZIN (2007), a motivação é um processo e não um

evento isolado. É uma conseqüência e não uma causa. A falta de motivação

pode vir de vários problemas: de conjuntura, de estrutura, de infra-estrutura, de

processos e principalmente da liderança em si. Falta de reconhecimento, falta

de conhecimento dos objetivos da atividade que realiza, falta de uma

perspectiva de progressão no futuro, processos mal estruturados, inadequação

às características da equipe e a inabilidade de superiores hierárquicos são

fatores para a perda da motivação do liderado. Quando se depara com

liderados desmotivados os autores afirmam que o diálogo é imprescindível para

que haja melhorias e também como a melhor estratégia. Algumas ações são

eficientes para a solução desse problema: (1) descobrir a raiz do problema, (2)

agir sobre causas, (3) dizer a verdade, (4) comunicar bem os objetivos, e (5)

inspirar a equipe.

• Descobrir a raiz do problema: descobrir junto com o liderado qual a sua

motivação para o desinteresse é um bom início. Diversas são as causas,

mas o mais importante é ouvir e compreender para que o problema seja

resolvido. O trunfo nessa situação é realmente ouvir e refletir, e não

apenas escutar e fazer um discurso de motivação.

25

• Agir sobre causas: uma vez descoberta as causas, o líder deve procurar

saná-las, ou seja, remover os obstáculos da equipe que pode ser

simplesmente através de um diálogo franco entre líder e liderado.

• Dizer a verdade: se um liderado está desinteressado e com isso

atrapalhando o desempenho da equipe, ou até mesmo o andamento do

trabalho, o líder deve dizer francamente sobre o que está acontecendo,

através de uma conversa reservada, respeitando a sensibilidade do

liderado. Agindo assim, nem sempre o liderado agirá de forma negativa.

Ao contrário, o risco de se ter problemas em relação a esse quesito –

dizer sempre a verdade - cai consideravelmente.

• Comunicar bem os objetivos: rever a comunicação dos seus objetivos é

fundamental, pois na maioria das vezes, esse desinteresse surge da

falta de comunicação clara dos objetivos propostos pela equipe ou pela

empresa, assim como dos incentivos. Perceber a razão de fazer mais e

ter incentivo para fazer mais são os caminhos para o interesse surgir.

• Inspirar a equipe: perceber o que te motiva e falar sobre isso de um

interesse sincero com seus liderados na maioria das vezes faz com que

eles participem da sua motivação. Essa característica muitas vezes faz

com que os liderados o sigam genuinamente, ainda mais quando eles

percebem que partilharão significativamente da realização da tarefa e do

resultado final.

Segundo GOLEMAN (2001), a ausência de feedback, ou seja, das pessoas

não receberem a informação necessária para que seus esforços fossem

mantidos, faz parte de um sistema que quando esse feedback entra em

desarmonia, isso requer um reajuste. Ou seja, em uma empresa, todos os

membros fazem parte de um sistema, e para isso o feedback é a única

possibilidade de evitar a entropia. Essa troca de informação é muito importante,

pois permite que as pessoas saibam se seus trabalhos estão sendo bem

executados, se precisam aprimorá-los, melhorá-los ou reformulá-los totalmente.

A ausência do feedback faz com que as pessoas se sintam perdidas, ou seja,

não têm a idéia da avaliação que o chefe faz de seu trabalho, com os colegas,

26e até mesmo o que é esperado delas, e nessas condições, qualquer problema

que eventualmente exista só tende a piorar com o passar do tempo. Um estudo

de caso sobre a crítica como tarefa primordial está exposta no anexo 4.

Diariamente, vivenciamos situações onde as críticas são expressas mais

como ataques pessoais do que como reclamações específicas a partir das

quais alguma medida possa ser tomada. Há agressões emocionais com forte

carga de repugnância, sarcasmos e descaso, e esse tipo de atitude tem como

conseqüência reações como: ficar na defensiva, fuga à responsabilidade e por

fim, o retraimento total ou a acirrada resistência passiva que vem do

sentimento de ter sido injustamente tratado. Essa crítica destrutiva, dita de

maneira sarcástica, no tom duro, não abre espaço para um argumento ou uma

sugestão de como fazer o trabalho melhor. Conseqüentemente, quem recebe a

crítica sente-se num estado de impotência e rancor profundo. Em se tratando

de inteligência emocional, esse tipo de crítica nos mostra uma ignorância

acerca dos sentimentos que serão provocados nos criticados e do efeito

devastador que esses sentimentos terão em sua motivação, energia e

confiança na execução do trabalho (GOLEMAN, 2001).

Para GOLEMAN (2001) um líder deve criticar com habilidade, ou seja,

concentrar-se no que o liderado fez e no que ele pode fazer, ao invés de

identificar um traço de caráter da pessoa num trabalho malfeito. Criticar com

habilidade abrange: (1) ser específico, (2) oferecer uma solução, (3) fazer a

crítica pessoalmente e (4) ser sensível ao liderado e à situação.

• Ser específico: concentrar nos detalhes, dizendo o que a pessoa fez

bem e o que a pessoa fez mal, dando-lhe a oportunidade de mudar.

• Oferecer solução: do contrário, quem recebe a crítica sente-se frustrado,

desmoralizado ou desmotivado, e essa crítica pode abrir portas para

alternativas de que a pessoa não se dera conta ou simplesmente

sensibilizar para deficiências que exigem atenção, mas devem incluir

sugestões sobre como cuidar desses problemas.

• Fazer a crítica pessoalmente: críticas, como elogios, são mais efetivas

cara a cara e em particular.

27

• Ser sensível: é apenas um apelo pela empatia, para que o líder possa

estar sintonizado com o impacto que provoca com o que diz e como o

diz sobre o liderado a quem se lidera.

1.5.3 Competências dos liderados

Alguns estudos teóricos sobre liderança afirmam que a competência dos

liderados é uma característica determinante na liderança. A competência dos

liderados é inversamente proporcional à liderança, ou seja, quanto mais

competência dos liderados, menos necessidade de atuação do líder, e quanto

menos competência dos liderados, mais a necessidade da atuação do líder. A

teoria da substituição da liderança explica claramente esse fato. Segundo essa

teoria, os líderes são desnecessários desde que as pessoas saibam cuidar de

si próprios e que as condições sejam apropriadas. Como foi dito anteriormente,

isso é muito comum em times de futebol. O desempenho do time durante o

jogo depende exclusivamente do próprio time (MAXIMIANO, 2006).

1.6 Características da tarefa

A existência de uma tarefa ou missão é o que liga líder e liderados. Sem

a tarefa, não há liderança, e sim influência ou popularidade. Somente com um

plano, objetivo ou idéia, que atrai colaboradores, o líder potencial torna-se um

líder real. Há dois tipos de tarefas que o líder pode propor a um grupo: missão

moral e missão calculista (MAXIMIANO, 2006).

1.6.1 Missão moral

Segundo MAXIMIANO (2006), a tarefa que se apresenta como um

desafio ou um problema para o grupo resolver tem conteúdo moral. O líder

lança o desafio apelando pelo senso de responsabilidade, valores, desejos,

aptidões e habilidades ou outros fatores do comportamento dos liderados. Os

líderes que enfatizam o conteúdo moral de sua tarefa utilizam palavras como

28missão, visão, compromisso e comprometimento. A recompensa do liderado é

a execução da missão. Para ETZIONI (1974), há um contrato psicológico do

tipo moral ou comprometimento a esse comportamento dos seguidores. Um

bom exemplo desse tipo de contrato são os missionários religiosos, que se

dedicam a atividades em que são recompensados psicologicamente.

O envolvimento moral está associado com poder normativo e liderança

carismática. Os seguidores obedecem como resultado de uma crença ou fé na

norma, pessoa ou ordenação e não na expectativa de alguma recomendação

ou receio de alguma punição (ETZIONI, 1974). Pode acontecer que a

disposição dos liderados para se deixar influenciar dependa mais do tipo de

missão do que das qualidades do líder. Nesse caso, a liderança é um atributo

da própria tarefa e não do líder (MAXIMIANO, 2006).

1.6.2 Missão calculista

Na missão calculista, o líder transacional promete uma recompensa

(psicológica ou material) em troca do consentimento dos liderados. Esse líder

estabelece metas e oferece incentivos para sua realização. Essa troca é

racional, pois essa relação é um sistema de trocas entre contribuições e

recompensas (MAXIMIANO, 2006).

Segundo ETZIONI (1974) essa relação de trocas entre contribuições e

recompensas é o contrato psicológico do tipo calculista. Quando há esse

contrato entre duas pessoas (ou entre uma pessoa e uma organização) existe

um interesse recíproco. Diaristas e prestadores de serviços sob encomenda

exemplificam o contrato calculista, pois há uma relação de compra e venda.

Esse contrato ocorre mais frequentemente associado ao poder da

remuneração ou à manipulação de recompensas. Aqui o que importa é o uso

do consentimento por meio da expectativa, ou por meio do oferecimento de

recompensas, ou pela troca de recompensa pelo comportamento, e não pela

força ou pelo comprometimento.

29 Segundo MAXIMIANO (2006), prêmios por desempenho são exemplos

de incentivos oferecidos pelas organizações baseados em contratos

psicológicos morais e calculistas. As Universidades oferecem bolsas por

produção científica, ou seja, quem produz mais e em menos tempo. Esses

alunos são convidados a comprometer-se com a realização de resultados,

recebendo prêmios e incentivos em troca de seu esforço.

1.7 Conjuntura

O encontro de circunstâncias como ponto de partida para a evolução é

representado pelos fatos históricos, organizacionais e culturais dentro dos

quais ocorre o mecanismo de liderança. A importância da liderança é um fator

cultural, diferentemente da autoridade formal, e a posição permanente do líder

é um fator organizacional (MAXIMIANO, 2006).

30

CAPÍTULO II

A PESSOA DO LÍDER

2.1 Traços de personalidade

Para se estudar os traços de personalidade dos líderes, biografias e

incidentes críticos (situações em que alguém desempenha papel de liderança)

são geralmente utilizados. Sabe-se que os líderes têm determinados traços de

personalidade. Entretanto, pessoas que têm os mesmos traços não são e nem

se tornam necessariamente líderes. Ainda não foi possível identificar um

conjunto de traços de personalidade comum a todos os líderes, pois alguns são

bem-humorados, outros são bravos, alguns são extrovertidos, outros são

calados. Mas, apesar de não ser possível traçar um perfil ideal para traços de

personalidade de um líder, sabe-se através de estudos que os traços mais

característicos são a iniciativa nas relações pessoais e o senso de identidade

pessoal (MAXIMIANO, 2006).

2.2 Motivações do líder

Aquilo que motiva o líder pode ser o início do processo de liderança,

quando encontramos muitos casos de pessoas que são líderes simplesmente

porque gostam de liderar e não necessariamente por suas habilidades

(MAXIMIANO, 2006).

Segundo McCLELLAND (1961), há pessoas que tem a necessidade de

poder, ou seja, de perseguir, de ocupar e exercitar posições de poder. Pessoas

que buscam satisfazer essa necessidade, geralmente realizam ações

específicas onde podem alcançar posições nas quais possa influenciar o

comportamento do outro. São exemplos pessoas que, conseguem adeptos, ou

se candidatam a algum cargo eletivo, ou fazem propostas a grupos, ou se

aproximam da estrutura existente de poder, ou até mesmo, se matriculam em

uma academia militar. São muitas as maneiras de satisfazer essa necessidade

31de poder, como exemplo, através de controle de recursos, de informações e de

pessoas. O que motiva essas pessoas é o que a pessoa consegue fazer com o

poder, e não necessariamente uma recompensa material, por exemplo.

Essa necessidade de poder pode se manifestar de duas formas. A

primeira delas é quando a pessoa busca sua satisfação pessoal através da

influência que ela exerce sobre o comportamento do outro. E a segunda forma

é quando a pessoa dá mais importância ao poder social ou da instituição, e

procura satisfazer as metas coletivas (MAXIMIANO, 2006).

A pessoa que manifesta sua satisfação através da primeira forma,

geralmente é uma pessoa que domina e que pode pedir lealdade e inspiração

por parte de seus subordinados. Ou também, pode ser uma pessoa egoísta,

onde busca satisfazer sua ansiedade pelo poder através do domínio dos seus

subordinados. Provavelmente essas pessoas usam a organização em benefício

próprio.

A pessoa que manifesta sua satisfação através da segunda forma, não

está à procura de submissão dos subordinados, mas focaliza a mobilização de

esforços dos subordinados para a realização da missão do grupo.

2.3 Habilidades

Estudos apontam que a liderança pode ser vista como uma habilidade

adquirida. Para MINTZBERG (1973), a liderança é um complexo de tarefas e

habilidades.

Quando se fala em habilidades podemos pensar em liderança como uma

qualidade que pode ser ensinada através da educação, treinamento e

experiências. Bons exemplos de aprendizado em liderança são os partidos

políticos, sindicatos, movimentos sociais e centros acadêmicos. A

comunicação, por exemplo, é uma habilidade e uma característica dos líderes,

que pode e é desenvolvida. A comunicação é o requisito básico para a

liderança, pois através dela, um líder transmite sua mensagem de maneira a

32persuadir, inspirar ou motivar seus seguidores, onde idéias são transformadas

em mensagens convincentes (MAXIMIANO, 2006).

BARNES (2004) apresenta os variados tipos de líder, dentre eles: (1) líder

autocrático, (2) líder burocrático, (3) líder diplomático, (4) líder participativo, e

(5) o líder que deixa a rédea solta (Anexo 5).

33

CAPÍTULO III

ESTILOS DE LIDERANÇA

Existem dois tipos de estilos que podem ser usados para a liderança, o

autocrático (centralização do poder de decisão no chefe) e o democrático

(divisão dos poderes de decisão entre chefe e grupo). A diferença está se líder

centraliza ou compartilha sua autoridade com seus liderados. Desde a

Antiguidade Clássica esses estilos são reconhecidos, assim como suas

disfunções: a demagogia (busca da popularidade com os liderados) e a tirania

(abuso da autoridade, excesso de poder) (MAXIMIANO, 2006).

3.1 Autocracia

Quando o líder tem o comportamento ou o estilo autocrático, mais

concentrado é seu poder de decisão. O cargo de gerência numa organização

muitas vezes abrange o comportamento autocrático, onde o gerente toma

decisões que não requerem a participação ou a aceitação dos seus

gerenciados. O único fator negativo desse tipo de estilo é que ele pode tornar-

se um comportamento patológico, onde o líder pode confundir autocracia com

autoritarismo, arbitrariedade, despotismo, e tirania, os quais representam tipos

de violências contra os liderados (MAXIMIANO, 2006).

3.2 Democracia

O líder que adota o comportamento democrático delega influência e

participação do grupo em suas decisões, ou usa a autoridade por parte do

dirigente (MAXIMIANO, 2006).

Entretanto, não há ainda uma maneira de qualificar a eficácia desses

comportamentos, se há estilos melhores ou mais eficazes. Muitos estudos

34sobre os estilos de liderança colocam a autocracia e a democracia em dois

extremos.

Atualmente, esses comportamentos (autocracia e democracia) são

estudados como liderança orientada para a tarefa e liderança orientada para as

pessoas, apenas como um resultado da evolução dos estudos em

administração. A liderança orientada para as pessoas (democrático) tem o

estilo voltado para as pessoas, ou seja, para as relações humanas, para o

grupo. Já a liderança orientada para a tarefa (autocrático) tem o estilo voltado

para a tarefa, ou seja, para a produção, para a produtividade ou eficiência, para

o planejamento e a organização. Esses comportamentos apresentam

vantagens e desvantagens que irão depender apenas da situação

(MAXIMIANO, 2006).

3.3 Liderança orientada para tarefa

A liderança orientada para a tarefa tem a mesma filosofia do modelo

autocrático de uso da autoridade. O foco do líder orientado para a tarefa é

muito mais para a tarefa em si do que com o grupo que a executa.

O perfil do líder voltado para a tarefa é:

- focaliza o trabalho do liderado(s), enfatizando o cumprimento dos prazos, os

padrões de qualidade e a economia dos custos;

- persiste no cumprimento das metas, a fim de superar a concorrência ou o

desempenho anterior;

- esclarece as responsabilidades individuais e designa tarefas para liderados

específicos;

- comportamento autocrático, diretivo e socialmente distante;

A desvantagem desse tipo de liderança é que muitos utilizam a

autoridade de forma desmesurada, como tirania ou ditadura.

35

3.4 Liderança orientada para pessoas

A liderança orientada para as pessoas tem a mesma filosofia do modelo

democrático de uso da autoridade. O foco do líder orientado para as pessoas é

procurar criar um clima em que as pessoas sintam-se confortáveis.

O perfil do líder voltado para as pessoas é:

- focaliza o próprio funcionário ou grupo, enfatizando as relações humanas e o

desenvolvimento da capacidade de trabalhar em equipe;

- ouve e presta atenção;

- é amigável;

- apóia os funcionários;

- comportamento democrático, consultivo-participativo e preocupado com o

funcionário.

A desvantagem desse tipo de liderança é que quando levada ao

extremo, o líder pode tornar-se permissivo ou omisso.

3.5 Liderança bidimensional

Durante um bom tempo, pensava-se que a liderança orientada para a

tarefa e a liderança orientada para as pessoas estava em extremos opostos.

Graças aos avanços nos estudos e pesquisas, verificou-se que a tarefa e as

pessoas não são pólos opostos da mesma dimensão, mas sim limites do

mesmo território, ou seja, quando combinadas de maneira equilibrada podem

ser coadjuvantes. É o que chamamos de liderança bidimensional

(MAXIMIANO, 2006).

BARNES (2004) apresenta diversos tipos de liderança, tais como: (1)

liderança orientada para a consecução de resultados (teoria caminho-meta), (2)

teoria de estilos comportamentais, (3) liderança carismática, (4) liderança

impositiva (teoria caminho-meta), (5) Modelo de contingência de Fiedler (teoria

situacional), (6) teoria da liderança situacional de Hersey e Blanchard, (7)

36modelo de liderança de substituição Karr e Jernier, (8) modelo de troca líder-

membro, (9) liderança participativa (teoria caminho-meta), (10) teoria caminho-

meta (teoria situacional), (11) líder-servidor, (12) teoria situacional, (13)

liderança substituta, (14) superliderança, (15) liderança de apoio (teoria

caminho-meta), (16) teoria da característica, (17) transacional, e (18)

transformacional (Anexo 6).

3.6 Eficácia do líder

O estilo de liderança eficiente é aquele que tem efeito sobre o

desempenho da tarefa e a satisfação do influenciado (liderado ou grupo). Tem

que ter o equilíbrio entre a autocracia e a democracia. Mas de acordo com as

várias experiências (pesquisas) feitas no decorrer dos anos, notou-se que o

que era pra ser um comportamento simples tornou-se complexo. Esse modelo

tarefa-pessoas mostrou que a liderança é um processo social complexo que

engloba vários comportamentos e que é dependente tanto do líder quanto dos

liderados. Um líder pode ter certos comportamentos que geram satisfação e

desempenho, e ao mesmo tempo, outros comportamentos que podem produzir

insatisfação e prejudicam o desempenho nas mesmas dimensões

(MAXIMIANO, 2006).

37

CAPÍTULO IV

ESTUDO DE CASO:

CBA e ANTÔNIO ERMÍRIO DE MORAES - PRESIDENTE DA CBA

E DO GRUPO VOTORANTIM

Em 1955 na cidade Alumínio, SP, a Companhia Brasileira de Alumínio -

CBA foi inaugurada e desde então trilha uma trajetória de sucesso, o qual é

marcado pelo pioneirismo, inovações tecnológicas e responsabilidade sócio-

ambiental. É a segunda maior produtora brasileira do metal, apresentando, ao

longo de mais de 50 anos, um crescimento médio anual de 10%, produzindo

475 mil toneladas/ano de alumínio primário (CBA, 2008). A Revista ISTOÉ

DINHEIRO fez uma matéria sobre essa liderança da CBA no mercado nacional

(Anexo 7).

Seu líder, Antônio Ermírio de Moraes é um dos exemplos atuais sobre

como exercer a liderança. Encontramos nele muitos dos atributos mais

importantes de um líder. No anexo 8, disponibilizamos na íntegra uma

entrevista feita pela Revista ISTOÉ DINHEIRO, em 2007 com Antônio Ermírio

de Moraes, onde ele conta toda a sua trajetória, suas dificuldades, motivações

e metas pré-estabelecidas.

A CBA é considerada um das maiores empresas mundiais do setor, é a

maior planta do mundo a operar de forma totalmente verticalizada, realizando,

num mesmo local, desde o processamento da bauxita até a fabricação de

produtos (lingotes, tarugos, vergalhões, placas, bobinas, chapas, folhas, perfis,

telhas e cabos), onde seus produtos são sinônimos de qualidade nos mercados

nacional e internacional. Desde 1997, todos esses produtos possuem o

certificado internacional de qualidade ISO 9001 (CBA, 2008).

A CBA tem uma forte atuação no mercado interno nos segmentos de

construção civil, fios e cabos para transmissão de energia elétrica,

embalagens, bens de consumo e transportes, ela também destina cerca de

3840% de sua produção para o mercado externo, principalmente para a América

do Norte. Dentre os diferenciais da CBA está a autogeração de energia elétrica,

um dos principais e mais caros insumos empregados na fabricação de

alumínio. A CBA produz, no mínimo, 60% da energia elétrica que consome, por

meio de suas 18 usinas hidrelétricas, a média mundial do setor é de 28%. A

auto-suficiência em bauxita, minério a partir do qual o alumínio é produzido, é

mais um diferencial para a empresa. A bauxita é extraída de suas Unidades de

Mineração em Itamarati de Minas e Poços de Caldas, ambos em Minas Gerais.

Ainda há a Unidade de Mineração de Miraí que está em construção. Seu

funcionamento está previsto para meados de 2007 (CBA, 2008).

A CBA tem cerca de sete mil funcionários, e mantém uma ampla rede de

distribuição de seus produtos, que conta com 13 filiais instaladas pelo Brasil, e

um Escritório de Vendas localizado em Fortaleza, CE, e um Terminal Marítimo

no Porto de Santos (CBA, 2008). No anexo 9 mostramos um resumo da história

da CBA, desde a sua inauguração até os dias de hoje. E no anexo 10

mostramos algumas imagens da empresa no seu início de carreira até a

empresa hoje, em 2008.

39

CONCLUSÃO

Liderar é um processo complexo que depende de vários fatores: a

existência de um líder e de liderados, as características do líder e dos

liderados, as características das tarefas, os vários tipos de liderança, mas

essencialmente da motivação como forma de influenciar liderados a realizar

metas pré-estabelecidas.

Vimos que a liderança, atuando como processo de influência

interpessoal, ou seja, através da motivação, não só desenvolve o

relacionamento entre líderes e liderados, assim como favorece

significativamente na obtenção de metas que a empresa se propõe a cumprir.

Pesquisas demonstram que tanto as características do líder, quanto a

motivação são peças fundamentais para uma boa liderança, ou seja, aquela

liderança que atinge seus objetivos no final do processo. Temos um exemplo

muito importante dentro do contexto nacional, que é a CBA Companhia

Brasileira de Alumínio, liderada por Antônio Ermírio de Moraes. Vários atributos

que um líder precisa ter são encontrados no sr. Antônio e, mantendo sempre a

motivação, como resultado temos a colocação no mercado nacional e

internacional como uma das melhores empresas de alumínio, que geram

resultados significativos e expressivos, importantes para a economia do nosso

país e servindo com exemplo para tantas outras empresas que atendem os

mais variados setores.

Por essa razão, liderar e motivar andam lado-a-lado quando se visa o

crescimento de uma empresa, tornando-se um assunto de extrema importância

nos ramos da administração, e que não deve ser ignorado.

40

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42

ANEXOS

43

ANEXO 1

ESTRATÉGIAS PARA EXERCER INFLUÊNCIA

Categoria Tratamento indireto Tratamento direto

Confia no medo da

represália

Intimidação (exigência)

Coerção (ameaça)

Envolve normas de

reciprocidade

Conquista de

favorecimento (dívida de

gratidão)

Barganha (troca)

Usa argumentos

persuasivos baseados na

razão

Apelo a valores pessoais

(aplicação de princípios

gerais)

Fatos atuais (sublinha a

necessidade imediata)

Fonte: BARNES (2004).

44

ANEXO 2

DIFERENTES FORMAS DE EXERCER INFLUÊNCIA

Forma de influenciar Necessidade dos agentes Necessidade dos pacientes

1. Solicitação legítima Justificação legítima Valores relevantes

2. Concordância instrumental Controle de recompensas;

credibilidade da promessa

Necessidades relevantes;

abertura à manipulação

3. Coerção Controle de punições;

credibilidade da ameaça

Medo, abertura à intimidação

4. Persuasão racional Descortino; especialização

técnica; credibilidade

Valores e necessidades

relevantes

5. Fé racional Especialidade técnica;

credibilidade

Especialização insatisfatória,

necessidade relevante;

confiança do agente

6. Apelo inspirativo Descortino de valores e crenças;

capacidade de persuadir

Valores e crenças relevantes

7. Doutrinação Controle da situação social;

habilidades relevantes

Alienação, necessidades

relevantes

8. Distorção da informação Credibilidade como fonte de

informação

Uso da informação para

formação de impressões e

tomada de decisão

9. Engenharia situacional Controle dos aspectos

relevantes da situação

Disposição de aceitar a situação

10. Identificação pessoal Atratividade, carisma Admiração do agente

11. Identificação com a decisão Disposição de permitir a

participação; habilidades

relevantes

Desejo de participar; metas

consistentes com as metas do

agente

Fonte: BARNES (2004).

45

ANEXO 3

MÉTODOS DE SE EXERCER INFLUÊNCIA

Métodos face-à-face O que podem

influenciar

Vantagens Desvantagens

Exercício do poder

baseado na dívida de

gratidão

Comportamento dentro

da zona que o outro

percebe como legítima

à luz da dívida de

gratidão

É rápido. Não exige

dispêndio de recursos

tangíveis

Se a solicitação

ultrapassar a zona

aceitável, fracassará; se

for longe demais, os

outros talvez a vejam

como ilegítima

Exercício do poder

baseado na

especialização aparente

Atitudes e

comportamento dentro

da zona de

especialização aparente

É rápido. Não exige

dispêndio de recursos

tangíveis

Se a solicitação

ultrapassar a zona

aceitável, fracassará; se

for longe demais, os

outros talvez a vejam

como ilegítima

Exercício do poder

baseado na

identificação com o

gerente

Atitudes e

comportamento que

não conflitem com os

ideais subjacentes à

identificação

É rápido. Não exige

dispêndio de recursos

limitados

Restringe-se a

tentativas de influenciar

que não conflitem com

os ideais subjacentes à

identificação

Exercício do poder

baseado na

dependência aparente

Amplo espectro de

comportamento que

possa ser monitorado

É rápido. Pode ter êxito

quando outros métodos

falham

Repetidas tentativas de

influenciar estimulam os

outros a adquirir poder

sobre o influenciador

Exercício coercitivo do

poder baseado na

dependência aparente

Amplo espectro de

comportamento que

possa ser facilmente

monitorado

É rápido. Pode ter êxito

quando outros métodos

falham

Pode produzir

retaliação. Muito

arriscado

Uso da persuasão Espectro muito amplo

de atitudes e

comportamento

Pode produzir

motivação introjetada

que não exige

monitoramento. Não

Pode tomar muito

tempo. Exige que a

outra pessoa escute

46exige poder ou

dispêndio de recursos

materiais escassos

Combinação desses

métodos

Depende da

combinação exata

Pode ser mais

poderoso e menos

arriscado que usar um

único método

Mais custoso que usar

um único método

Métodos indiretos O que podem

influenciar

Vantagens Desvantagens

Manipular o ambiente

dos outros usando

qualquer dos métodos

face-à-face

Amplo espectro de

comportamento e

atitudes

Pode ter êxito quando

fracassam os métodos

face-à-face

Podem tomar tempo. É

de implementação

complexa. Muito

arriscado,

especialmente se usado

freqüentemente

Mudança de forças que agem ininterruptamente sobre a pessoa: arranjos organizacionais formais

Arranjos sociais

informais. Tecnologia.

Recursos disponíveis.

Explicitação das metas

organizacionais

Amplo espectro de

comportamento e

atitudes de maneira

ininterrupta

Tem influência

contínua, não apenas

episódica. Pode ter

impacto muito poderoso

Freqüentemente exige

grande dispêndio de

poder para ser levada a

efeito

Fonte: BARNES (2004)

47

ANEXO 4

ESTUDO DE CASO: A CRÍTICA É A TAREFA NÚMERO UM

Por Daniel Goleman (2001)

“Ele era um engenheiro muito experiente, dirigia um projeto de desenvolvimento de programas

de computador e estava apresentando o resultado de meses de trabalho de sua equipe ao

vice-presidente para desenvolvimento de produtos da empresa. Os homens e mulheres que

haviam trabalhado longos dias com ele, semana após semana, ali estavam, orgulhosos de

mostrar o fruto de um esforço tão grande. Mas, quando o engenheiro acabou de fazer a

apresentação do projeto, o vice-presidente voltou-se para ele e perguntou sarcasticamente:

- Quanto tempo você tem de formado? Essas especificações são ridículas. Não têm chance de

serem aprovadas por mim.

O engenheiro, extremamente embaraçado e sem graça, ficou sentado macambúzio

durante o resto da reunião, totalmente calado. O pessoal da sua equipe fez algumas

observações pro forma – algumas hostis, inclusive – em defesa do projeto. O vice-presidente

teve de se retirar e a reunião foi abruptamente interrompida, deixando um traço de

ressentimento e raiva.

Nas duas semanas seguintes, o engenheiro viveu obcecado com as observações feitas

pelo vice-presidente. Desanimado e deprimido, estava certo de que nunca mais receberia outra

tarefa importante na empresa e pensava em demitir-se embora gostasse de trabalhar ali.

Finalmente, foi até o vice-presidente, lembrou-lhe da reunião, das críticas que fizera e

falou do efeito desmoralizante que eles causaram. Depois fez uma pergunta bem objetiva:

- Estou meio confuso com o que o senhor pretendia. Acho que não estava apenas querendo

me embaraçar...tinha algum outro objetivo em mente?

O vice-presidente ficou surpreso – não imaginaria que suas observações tivessem

causado tanta devastação. O que na verdade achara é que o projeto era bom, mas que deveria

ser mais elaborado; não pretendera absolutamente descartá-lo. Simplesmente não percebera,

disse, como se expressara mal, nem que havia ferido os sentimentos de alguém. E, ainda que

tarde, desculpou-se.”

48

ANEXO 5

TIPOS DE LÍDER

Fonte: BARNES (2004)

O líder autocrático tem autoridade oriunda de uma fonte como função,

conhecimento, força ou poder de recompensar ou punir, e usa essa

autoridade como princípio ou, apenas, método de conseguir que as

coisas sejam feitas. O autocrata “diz” às pessoas quais são suas

designações em termos de trabalho e exige obediência inquestionável. O

autocrata não dá liberdade às pessoas ou dá muito pouca.

O líder burocrático também “diz” às pessoas o que fazerem, mas retira

sua influência das políticas, procedimentos e normas da organização.

Para o burocrata, essas normas são absolutas e não se permitem

exceções. O burocrata não dá liberdade às pessoas ou dá pouca.

O líder diplomático vive da arte de persuasão pessoal. O diplomata

relaciona as metas da organização com as necessidades e aspirações

individuais das pessoas e mantém autoridade por conhecer e perseverar

uma linha de ação específica. O diplomata permite uma liberdade

limitada, deixando que as pessoas reajam, questionem, levantem

objeções, discutam e, até, defendam seu próprio lado na questão.

O líder participativo estimula abertamente as pessoas a participarem e

compartilharem a tomada de decisões, o estabelecimento das políticas e

os métodos de operação. O líder participativo ou é democrático ou

consulente. O líder democrático incorpora o seu grupo e comporta-se

conforme a decisão do grupo. O líder consulente estimula a participação

e a discussão franca, argumentação a favor e contra e recomendações,

mas deixa claro que apenas ele é responsável e imputável pela decisão

final.

O líder que deixa a rédea solta determina um objetivo, estabelece

parâmetros claros como políticas, prazos e orçamentos, e deixa livres os

subordinados para operarem sem novos comandos ou controles, a

menos que eles peçam.

49

ANEXO 6

TIPOS DE LIDERANÇA

Liderança orientada para a consecução de resultados

(teoria caminho-meta).

Encorajar os empregados a terem o mais alto nível de

desempenho fixando metas desafiadoras, enfatizando

excelência e demonstrando confiança na capacidade dos

empregados.

Teoria de estilos comportamentais Concentra-se no comportamento do líder. O

comportamento do líder afeta diretamente a eficácia do

grupo. Os pesquisadores identificaram esquemas de

comportamento (chamados estilos de liderança) que

capacitaram líderes a exercer eficazmente influência

sobre outros. A ênfase no comportamento do líder

contesta a teoria de que líderes nascem, não são feitos.

Ohio State Studies, Michigan State Studies, Blake and

Mouton’s Managerial/Leadership Grid

Liderança carismática Enfatiza o comportamento simbólico do líder, mensagens

visionárias e inspiradoras, comunicação não-verbal,

apelo a valores ideológicos, estímulo intelectual dos

seguidores pelo líder, exibição de confiança em si próprio

e nos seguidores e a expectativa do líder, quanto aos

seguidores, de auto-sacrifício e desempenho que

ultrapasse os limites do dever

Liderança impositiva (teoria caminho-meta) Fornecer orientação aos empregados a respeito do que

deve ser feito e de como fazer, elaborando cronograma

do trabalho e mantendo padrões de desempenho.

Modelo de contingência de Fiedler (teoria situacional) O desempenho do líder depende de dois fatores inter-

relacionados: o grau de controle e influência que a

situação permite ao líder e a motivação básica do líder

(isto é, motivado pela tarefa ou motivado pela relação).

Teoria da liderança situacional de Hersey e

Blanchard

O comportamento eficaz do líder depende do nível de

prontidão dos seguidores. A prontidão se define como

uma medida em que um seguidor tenha capacidade e a

disposição de realizar uma tarefa. Há quatro categorias:

capaz/disposto, capaz/não-disposto, incapaz/disposto,

incapaz/não-disposto. O estilo de liderança deve ser

selecionado com base na prontidão. Os quatro estilos

50são delegar, participar/ apoiar, persuadir/orientar e

mandar ou dirigir.

Modelo de liderança de substituição Karr e Jernier O fundamental para aperfeiçoar a eficácia da liderança é

identificar as características situacionais que podem

neutralizar ou aperfeiçoar o impacto do comportamento

do líder ou ser substituído por ele.

Modelo de troca líder-membro Baseado na suposição de que os líderes desenvolvem

relações biunívocas singulares com cada pessoa que se

relaciona com eles. Há dois tipos distintos de troca líder-

membro. Uma é a troca dentro do grupo, em que líderes

e seguidores desenvolvem uma parceria caracterizada

pela influência recíproca, confiança mútua, respeito e

estima e percepção do destino comum. O outro é a troca

fora do grupo, em que os líderes se caracterizam como

supervisores que não conseguem criar um sentido de

confiança mútua, respeito ou destino comum.

Liderança participativa (teoria caminho-meta) Manter consultas com os empregados e considerar

seriamente as idéias deles para tomar decisões.

Teoria caminho-meta (teoria situacional) Concentra-se em como os líderes influenciam as

expectativas dos seguidores. O comportamento do líder é

aceitável quando os empregados o vêem como fonte de

satisfação, abrindo caminho a uma satisfação futura.

Esta teoria inclui quatro estilos de liderança: liderança

impositiva, liderança de apoio, liderança participativa e

liderança orientada para a consecução de resultados.

Líder-servidor Concentra-se na crescente prestação de serviços aos

outros em vez de a si próprio. Os grandes líderes agem

como servidores, colocando os outros como primeira

prioridade.

Teoria situacional A eficácia de um específico estilo de comportamento de

líder depende da situação. À medida que as situações

mudam, tornam-se adequados estilos diferentes. Isto

contesta diretamente a idéia de que existe um estilo

melhor de liderança.

51

Liderança substituta Os empregados são mais orientados por sua própria

iniciativa do que por diretrizes gerenciais

Superliderança Capacita os seguidores, agindo como instrutor e

treinador em vez de como ditador e autocrata. Os

seguidores são estimulados a empenhar-se em

pensamento produtivo.

Liderança de apoio (teoria caminho-meta)

Mostrar preocupação com o bem-estar e as

necessidades dos empregados, sendo amigável e

acessível e tratando os trabalhadores sem discriminação

de nível.

Teoria da característica Os líderes nascem, não são feitos. A característica de

líder é um traço físico ou de personalidade que pode ser

usado para distinguir líderes de seguidores. Cinco

características diferenciam líderes de seguidores:

inteligência, dominância, autoconfiança, nível de energia

e atividade e conhecimento relevante para a tarefa.

(Estudos de Stogdill e Mann).

Transacional Liderança que ajuda as organizações a alcançarem seus

objetivos atuais de maneira mais eficiente, ligando o

desempenho no trabalho a prêmios valorizados e

garantindo que os empregados terão os recursos

necessários a fazerem o trabalho.

Transformacional Perspectiva de liderança que explica como os líderes

mudam grupos ou organizações criando, transmitindo e

modelando uma visão da organização ou unidade de

trabalho e inspirando os empregados a empenharem-se

nessa visão.

Fonte: BARNES (2004)

52

ANEXO 7

REPORTAGEM

Istoé Dinheiro – Revista semanal sobre economia, finanças e e-commerce –

São Paulo, 24 de Outubro de 2007

AS MELHORES DA DINHEIRO – A CAMPEÃ DE 2007

A EMPRESA DO ANO CBA

Por Joaquim Castanheira e Lana Pinheiro

Lá vem o empresário Antônio Ermírio de Moraes, ou melhor, o dr.

Antônio, como os funcionários, os políticos, os conhecidos e até alguns

familiares o chamam. O corpanzil de quase dois metros de altura e quase 80

anos de idade entra no show-room da Companhia Brasileira de Alumínio, a

CBA, no terceiro andar da sede do Grupo Votorantim, num antigo edifício no

centro velho de São Paulo. Seu caminhar é lento, os ombros, um pouco

curvados. Cercado de bobinas de alumínio e peças dos mais variados formatos

do metal, o dr. Antônio cumprimenta a todos com um sorriso – e começa a

falar. Não, ele não perdeu sua proverbial argúcia, sempre utilizada para expor

suas opiniões. As palavras que poderiam soar mais duras recebem um manto

de suavidade confeccionado com sorrisos abertos. Sem eles, suas palavras

poderiam soar grosseiras. Com eles, tornam-se a deliciosa manifestação de um

humor sutil e inteligente. Nesse final de manhã de outubro, dr. Antônio tem

mais um motivo para seu bom humor: o assunto é a própria CBA, a “menina de

meus olhos”, como ele mesmo afirma, a empresa que ele acompanha desde a

gestação há 52 anos. Nesse período tornou-se uma potência. De janeiro a

setembro deste ano, de sua fábrica saíram 334 mil toneladas de alumínio

primário, o que a coloca como a segunda maior fabricante do país, colada na

líder; a Albras. Em 2006, seu faturamento atingiu mais de R$ 2,7 bilhões e o

lucro operacional atingiu R$ 712 milhões – uma margem bruta de 26%. Nos

53últimos cinco anos, a empresa desembolsou R$ 5 bilhões para ampliar e

modernizar suas linhas de produção. Apenas 30% dessa dinheirama veio de

bancos ou outras fontes externas de financiamento. O restante saiu do cofre do

grupo. Essa invejável saúde levou a CBA ao título de Empresa do Ano do

ranking de AS MELHORES DA DINHEIRO. “No início, não imaginava que a

empresa atingisse este porte”, afirma Ermírio de Moraes. “Nossa idéia era

apenas sobreviver”.

Sobreviveu e se tornou um das maiores fabricantes de alumínio do

mundo, a sexta, para ser mais exato. O principal impulso veio de um modelo de

negócios único, com vantagens que dificilmente os concorrentes poderão

superar. A fábrica da CBA, por exemplo, ocupa uma gigantesca área de 700

mil metros quadrados e é a maior unidade integrada do mundo – ou seja, a

matéria-prima, a bauxita, entra em estado bruto e só sai na forma de produto

acabado. Tudo circula internamente por ruas limpíssimas, margeadas por

canteiros desenhados pelo próprio diretor da unidade, o engenheiro Renato

César Brito de Moura. De lá, caminhões e trens saem lotados de placas,

lingotes, vergalhões e perfis. Da produção final, 60% é destinada a clientes

brasileiros e os outros 40% seguem por navios para clientes externos

concentrados, sobretudo, nos EUA e na Europa. É por trem que a bauxita

chega depois de extraída das três unidades de mineração do grupo localizadas

em Minas Gerais. Em uma operação rápida, o vagão é virado e despeja, de

uma só vez, oito mil toneladas do minério ainda misturadas com muita lama em

enormes silos.

Máquinas e homens iniciam um trabalho meticuloso que transformará o

minério em metal. A bauxita é separada dos resíduos e ganha a forma de um

pó acinzentado, o óxido de alumínio. Um pequeno caminhão coleta o material e

depois abastece os 1,5 mil fornos da unidade. Cada um trabalha com

temperatura exata de 950°C. Com o calor, o pó vira metal incandescente e o

alumínio surge pela primeira vez em forma líquida. Cada forno consome 14

Kw/hora para a produção de um quilo de alumínio, abaixo da média mundial de

quase 15 Kw/h – e aí reside outra vantagem competitiva da CBA. Por isso, a

energia elétrica é, na verdade, o principal insumo da produção do alumínio.

54“Alumínio é energia empacotada”, compara Antônio Ermírio. Por isso, o

empresário orgulha-se tanto em afirmar que a autogeração de energia é um

diferencial da CBA. Hoje, a empresa produz 60% da energia elétrica consumida

pela companhia. São 18 usinas hidrelétricas, 13 delas, próprias. As outras são

parcerias. A média mundial de autogeração do setor é de 28%.

Ainda em forma líquida, o alumínio é despejado em uma espécie de

panela gigante. Um caminhão passa e recolhe o material para levá-lo ao prédio

ao lado, onde é resfriado até se solidificar. A capacidade de produção bate em

475 mil toneladas. É pouco para a ambição de Antônio Ermírio. Num dos

prédios da fábrica, uma enorme cortina azul esconde uma área recém-

construída para receber o maquinário para aumentar a capacidade para 615

mil toneladas nos próximos três anos. As obras causam certo constrangimento

a Moura. “O chão de taco está cheio de madeira, mas assim que o

equipamento for instalado vamos lixar e envernizá-lo novamente”, diz, meio

sem graça, revelando um traço de cultura da CBA, a preocupação com a

qualidade. “Desculpa a bagunça”. O desconforto desaparece quando ele

aponta para outro local. “Ali vamos construir um novo prédio”, diz. O edifício

será equipado com uma inédita linha de pintura. Esse novo investimento é a

concretização de um dos pontos da estratégia da companhia. “Queremos

agregar valor a nossos produtos”, explica Paulo Pisauro, diretor de finanças e

recursos humanos da CBA. Exemplo: uma laminação inaugurada há pouco

tempo (ao custo de US$ 200 milhões) gera lâminas de alumínio de dois metros

de largura. Até então, quem quisesse placas com mais de 1,3 metros teria que

importá-las. Os fabricantes de grandes embalagens industriais e de carrocerias

de ônibus, principais consumidores desse tipo de produto, agradeceram. “Não

podemos acreditar que o jogo está ganho”, afirma Antônio Ermírio. “Precisamos

crescer 7% ao ano. Pelo menos enquanto eu estiver aqui”.

O único índice que se mantém estável na CBA diz respeito aos recursos

humanos. “A motivação e a capacitação dos funcionários são alguns de nossos

principais trunfos”, afirma o diretor Pisauro. A rotatividade de pessoal não

ultrapassa 0,67% ao ano, índice raquítico no universo corporativo brasileiro. O

tempo médio de casa dos sete mil funcionários só caiu quinze para dez anos

55porque 1,5 mil novos colaboradores foram contratados nos últimos oito anos. A

pouca rotatividade, lembra Pisauro, é fundamental para a preservação do

conhecimento no interior da empresa. A valorização da prata da casa tem seu

melhor exemplo na própria diretoria. Todos os seis principais executivos da

cúpula desenharam suas carreiras na própria CBA. “Tenho 55 anos de idade,

37 de empresa e sou o caçula da diretoria”, diverte-se Pisauro. A estreita

ligação entre a empresa e a cidade onde está localizada, significativamente

batizada de Alumínio, ajuda a explicar a estabilidade do quadro de pessoal.

Metade dos funcionários mora no pequeno município de 15 mil habitantes. A

CBA faz parte da vida da cidade até nos momentos de lazer. Recentemente

uma área de vivência foi inaugurada e fica aberta à comunidade todos os dias.

Trata-se de um grande bosque com riacho, auditório, playground, biblioteca e

uma área onde mais de duas mil mudas foram plantadas. É possível comer

jabuticaba, pitanga e até jaca no pé. Pau-Brasil, ipês e outras árvores nativas

darão uma idéia do que é uma mata atlântica assim que crescerem. São os

detalhes que fazem da CBA uma empresa campeã.

56

ANEXO 8

ENTREVISTA

Istoé Dinheiro – Revista semanal sobre economia, finanças e e-commerce –

São Paulo, 24 de Outubro de 2007 – p. 63.

“NO PRINCÍPIO, PARECIA IMPOSSÍVEL”

Bem-humorado, o empresário Antônio Ermírio, 79 anos, recebeu a

reportagem da DINHEIRO na sede da CBA e falou sobre a história da

empresa.

ID: Dizem que a CBA é a menina de seus olhos no Votorantim. É verdade?

AEM: vamos dizer que eles não estão desprovidos de razão (risos). Trabalho

na empresa desde o primeiro dia de elaboração do projeto. Foi nesta empresa

que enterrei meus sapatos na lama. É uma coisa que vem do coração.

ID: O Senhor acreditava que a CBA atingiria o porte atual?

AEM: para ser sincero, não. A idéia era simplesmente sobreviver. E nos

primeiros anos parecia impossível.

ID: Por quê?

AEM: havia muita desconfiança. Para você ter uma idéia, nos primeiros dois

meses de existência tivemos 70 títulos protestados. Falavam que não tínhamos

condições de tocar o investimento.

ID: De onde vinham os rumores?

AEM: Éramos uma companhia nacional entrando num mercado de grandes

grupos. Havia um jornalista muito influente na época que nos atacava

constantemente. Não falo o nome porque é passado.

57ID: Como a CBA sobreviveu?

AEM: Eu era mais jovem. E mais ousado também (risos). Fizemos algo inédito.

Começamos a produzir sem fazer uma fábrica piloto. Ou seja, montamos as

máquinas e não houve um período de testes. É uma loucura nos dias de hoje.

Mas fomos lá e fizemos.

ID: Por que o Sr. tomou essa decisão naquela oportunidade?

AEM: Porque tínhamos urgência em colocar o produto no mercado, já que

havia muita procura. Foi um desafio e tanto, mas nós o superamos. O que nos

conduziu foi nossa filosofia de negócios: trabalhar muito e não esperar nada do

governo. Hoje, apenas 30% dos recursos para investimentos vêm de fora.

Trabalhamos sempre com recursos próprios. Também mantemos a humildade

para não considerar que o jogo está ganho. Humildade é muito importante.

Havia um italiano por aí que gostava de dizer que tinha uma fábrica por dia do

ano. Ele não está mais aí. Mas não é preciso um ano para acabar com tudo

isso (Risos. Ermírio de Moraes refere-se ao empresário Francisco Matarazzo,

que se gabava de ser dono de 365 fábricas no Brasil.).

ID: Essa independência levou o Sr. a investir em hidrelétricas próprias?

AEM: Isso faz parte do modelo de negócios, que possui três pilares e nos deixa

imbatíveis. Um deles é a fábrica integrada, a maior do mundo. Outro é a

proximidade de São Paulo, maior mercado do País. O terceiro é a geração

própria de energia. Cerca de 60% do consumo de energia vem de auto-

geração, o melhor índice do mundo.

ID: O Sr. pretende aumentá-lo?

AEM: O índice é muito bom. Mas, se chegássemos a 70%, não seria ruim,

seria? (Risos.)

ID: Na época era mais fácil construir uma hidrelétrica no Brasil?

AEM: Era mais difícil. Havia muitas amarras e desconfianças. Perguntavam pra

mim: “Se o governo não consegue construir, como você pretende fazer isso?”

Hoje, continua difícil, mas já podemos mostrar nossa experiência e eles sabem

que nós podemos fazê-lo.

58ID: Há uma consolidação no mercado de alumínio. A CBA é assediada?

AEM: A consolidação existe. Só espero que não venha para cima da gente.

Somos compradores e temos condições de competir com os grandes grupos.

Apanhamos bastante nos primeiros anos de existência e saímos fortalecidos

desse processo.

ID: Há uma corrida às bolsas e uma procura de sócios capitalistas. O Sr.

vê isso como uma possibilidade?

AEM: É uma possibilidade para as empresas que precisam se capitalizar. Mas

o nosso grupo é capitalizado. Posso resumir para você: esse negócio de IPO,

comigo não vai ter (risos).

ID: O crescimento da economia veio para ficar?

AEM: Acho que sim. O País vai bem do ponto de vista empresarial. Há muitas

oportunidades e a economia cresce, com aumento de renda e emprego em

alta. Se eu tivesse 20 anos, sairia pelo Brasil fazendo negócios.

ID: Em que setores o Sr. investiria?

AEM: aí me faltaria a experiência que tenho hoje para escolher (risos).

ID: O Sr. sempre foi crítico ao PT e agora elogia o governo Lula. Esse

governo foi uma surpresa positiva?

AEM: para ser sincero, sim.

ID: Dentro desse cenário, a CBA continuará crescendo?

AEM: Vai continuar crescendo, por volta de 7% ao ano. Pelo menos, enquanto

eu estiver aqui, será assim.

59

ANEXO 9

HISTORIO DA COMPANHIA BRASILEIRA DE ALUMÍNIO

Da fundação aos dias de hoje, o crescimento contínuo é a marca da

trajetória da CBA.

1955 1964 1973 1978 1990 2007

INAUGURAÇÃO

DA CBA

Em 4 de junho

de 1955, José

Ermírio de

Moraes

inaugura a

fábrica da CBA

com a presença

do então

presidente João

Café Filho e do

governador de

São Paulo,

Jânio Quadros.

A unidade já

nasceu

integrada e com

a capacidade

para produzir

quatro mil

toneladas de

alumínio.

A NOVA

SEDE

José Ermírio

de Moraes

compra o

Hotel

Esplanada,

ao lado do

teatro

Municipal de

São Paulo, no

centro velho

da cidade, e o

transforma na

sede

administrativa

da CBA. Anos

antes, este

hotel,

inaugurado

em 1922,

serviu como

palco do

noivado de

José Ermírio

e Helena.

A HORA DA

SUCESSÃO

No dia 9 de

agosto de

1973, José

Ermírio de

Moraes

falece. O

patriarca já

havia

transferido o

comando da

CBA ao filho

Antônio

Ermírio de

Moraes, mas

mantinha o

hábito de

visitar o

escritório na

praça Ramos

de Azevedo e

de participar

das decisões

estratégicas

do grupo.

SURGE UM

GIGANTE

A CBA

conclui o

primeiro

ciclo de

expansão

que a tornaria

um gigante

da

mineração. A

produção

alcançava 80

mil toneladas

de alumínio e

as obras para

triplicar a

capacidade já

estavam

programadas.

A estrutura

para

enfrentar a

década de 80

estava

pronta.

SUCESSO

NO

EXTERIOR

Com 21% de

participação

no mercado

interno, a

CBA volta-se

para o

Exterior. As

exportações

passam a

responder

por 60% do

faturamento.

No mercado

interno, o

grupo investe

em filiais para

se aproximar

dos clientes.

Um novo

ciclo de

expansão

começa.

A MAIOR DO

MUNDO

Com o título

de maior

fábrica

integrada do

mundo e

maior

produtora de

alumínio da

América

Latina, a CBA

está em

obras. A

meta é

ampliar a

produção de

475 mil para

614 mil

toneladas em

três anos,

mantendo o

índice de

autogeração

de energia

em 60% do

consumo.

Fonte: Revista Istoé Dinheiro (2007)

60

ANEXO 10

FOTOS E FATOS – CBA

Figura 1. CBA: antiga fundição.

Fonte: CBA (2008)

Figura 2. Reforma das antigas instalações da fábrica de cal das Indústrias

Votorantim, em Alumínio (SP),

após a instalação da CBA, na década de 50.

Fonte: CBA (2008).

61

Figura 3. Dia da inauguração da CBA com Jânio Quadros e Café Filho.

Fonte: Istoé Dinheiro (2002).

Figura 4. Visita de Lula à CBA em 2007.

Fonte: Istoé Dinheiro (2007).

Figura 5: Fachada atual da CBA.

Fonte: CBA (2008)

62

Figura 6. Fábrica da CBA nos dias de hoje.

Fonte: Istoé Dinheiro (2007).

Figura 7. Fábrica da CBA – panorama aéreo.

Fonte: CBA (2008).

Figura 8. Usina da CBA.

Fonte: Istoé Dinheiro (2007).

63

Figura 9. Terminal em Santos (SP).

Fonte: Istoé Dinheiro (2007).

Figura 10. Fábrica da CBA – Detalhe da cidade de Alumínio (SP).

Fonte: CBA (2008).

64

Figura 11. Antônio Ermírio de Moraes – presidente da CBA e do grupo

Votorantim.

Fonte: Isto é Dinheiro (2007).

Figura 12. Alumínio fabricado pela CBA.

Fonte: Istoé Dinheiro (2007).

65

ÍNDICE

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I 11

A LIDERANÇA 11

1.1. Autoridade formal versus Liderança 12

1.2. Consentimento 14

1.3. Líder versus Liderança 16

1.4. Características pessoais do líder 17

1.5. Características pessoais dos liderados 21

1.5.1. Motivações 21

1.5.2. Competência dos liderados 23

1.6. Características das tarefas 27

1.6.1. Missão moral 27

1.6.2. Missão calculista 28

1.7. Conjuntura 29

CAPÍTULO II 30

A PESSOA DO LÍDER 30

2.1. Traços de personalidade 30

2.2. Motivações do líder 30

2.3. Habilidades 31

66

CAPÍTULO III 33

ESTILOS DE LIDERANÇA 33

3.1. Autocracia 33

3.2. Democracia 33

3.3. Liderança orientada para a tarefa 34

3.4. Liderança orientada para as pessoas 35

3.5. Liderança bidimensional 35

3.6. A eficácia do líder 36

CAPÍTULO IV 37

ESTUDO DE CASO: CBA E ANTÔNIO ERMÍRIO DE MORAES –

PRESIDENTE DA CBA E DO GRUPO VOTORANTIM 37

CONCLUSÃO 39

BIBLIOGRAFIA 40

ANEXOS 42

Anexo 1: Estratégias para exercer influência 43

Anexo 2: Diferentes formas de exercer influência 44

Anexo 3: Métodos de se exercer influência 45

Anexo 4: Estudo de caso: A crítica é a tarefa número um 47

Anexo 5: Tipos de líder 48

Anexo 6: Tipos de liderança 49

67 Anexo 7: Reportagem: A empresa do ano CBA 52

Anexo 8: Entrevista: Antônio Ermírio de Moraes 56

Anexo 9: Histórico da Companhia Brasileira de Alumínio 59

Anexo 10: Fotos e fatos – CBA 60

ÍNDICE 65