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A Mitologia e o Culto Grego e Romano semelhanças e diferenças História 7º ano

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Page 1: A Mitologia e o Culto Grego e Romano semelhanças e diferenças  História 7º ano
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Introdução……………………………………………………………… pág. 1

Os deuses gregos……………………………………………………pág.2 / 3

Vários tipos de culto…………………………………………………….pág.4

Relação dos jogos olímpicos com esses cultos………………………pág.5

Relação do oráculo de Delfos com os cultos praticados na Grécia...pág.5

Os deuses romanos………………………………………………….pág.6 / 7

Vários cultos praticados em Roma…………………………………….pág.8

Festas realizadas em honra dos deuses romanos……………………pág.9

Conclusão………………………………………………………………pág.10

Bibliografia………………………………………………………………pág.11

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Este trabalho foi pedido para a disciplina de História, com os seguintes objetivos:

Sobre os gregos

Quais eram os principais deuses gregos?

Quais eram as atribuições que tinham esses deuses?

Havia alguma relação de parentesco entre eles?

Quais eram os vários cultos praticados na Grécia (ver o significado de: culto doméstico, culto cívico, culto pan-helénico – jogos olímpicos, píticos)?

Explicar a relação dos jogos olímpicos com esses cultos?

Explicar a relação do oráculo de Delfos com os cultos praticados na Grécia?

Sobre os romanos

Quais eram os principais deuses romanos?

Quais eram as atribuições que tinham esses deuses?

Havia alguma relação de parentesco entre eles?

Quais eram os vários cultos praticados em Roma (ver culto familiar, culto público e culto do Imperador)?

Quais eram as festas realizadas em honra dos deuses romanos?

Conclusão – Comparação entre gregos e romanos

Será que os deuses gregos e romanos são os mesmos: quais as semelhanças e diferenças?

Os gregos e romanos imaginam os deuses da mesma forma (ver antropomorfismo)?

Será que os cultos praticados são os mesmos?

Assim, o trabalho está dividido em duas partes. Na primeira parte vou falar dos deuses gregos e sua relação com a Grécia, enquanto que na segunda parte estabeleço a mesma ligação para a civilização romana, sem esquecer as relações existentes entre estes dois mundos no campo religioso.

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Os deuses gregos

Na Grécia Antiga, as pessoas seguiam uma religião politeísta, ou seja, acreditavam em vários deuses.

Os deuses gregos eram representados sob a forma humana (antropomorfismo). Tal como os seres humanos, tinham as suas virtudes e vícios, os seus ódios e paixões, gostos e preferências e em volta das suas vidas criaram-se muitas histórias, os mitos. Contudo, distinguiam-se dos homens pelos seus poderes sobrenaturais e pela imortalidade.

De acordo com este povo, as divindades habitavam o topo do Monte Olimpo, a montanha mais alta da Grécia, de onde decidiam a vida dos mortais. Assim, este Monte era habitado por deuses invisíveis, que viviam como uma família, cada um com os seus atributos. Cada cidade-estado tinha o seu Deus protetor, mas alguns eram venerados em toda a Grécia, como por exemplo:

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Zeus - Deus dos deuses Atena - Deusa da sabedoria;

e senhor do Universo;

Poseidon - Deus dos mares; Afrodite - Deusa da beleza e do

amor;

Apolo - Deus do Sol e das artes; Dionísio - Deus do vinho.

Zeus era o deus de maior importância, considerado a divindade suprema do panteão grego. Contudo existiam muitas outras entidades divinas, cada uma representava forças da natureza ou sentimentos humanos:

Nome do deus: O que representava:

Hades Deus dos mortos e do Subterrâneo

Héstia Deusa do lar

Eros Deus do amor

Élios Deus do Sol

Hera Rainha do Céu

Íris Mensageira de Hera

Hermes Mensageiro dos deuses

Artémis Deusa da Caça

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Hefeísto Deus das Forjas

Pã Deus dos Campos

Deméter Deusa da Agricultura

Ares Deus da Guerra

Cerbero Guarda do Hades

Entre os deuses existiam relações de parentesco tal como existiam relações genealógicas entre Deuses e mortais. O povo grego acreditava que muitas vezes os deuses desciam do Monte Sagrado para relacionarem-se com as pessoas, logo, acreditavam que os heróis eram filhos das divindades com os seres humanos comuns. Exemplo de heróis lendários: Hércules, Aquiles, Édipo, etc.

A mitologia grega era passada de forma oral de pai para filho e, muitas vezes, servia para explicar fenómenos da natureza ou passar conselhos de vida.

Vários tipos de culto

O povo grego prestava culto aos deuses e aos heróis com o propósito de obter deles benefícios e proteção, para isso, oravam e faziam-lhes oferendas e sacrifícios de animais.

Na Grécia Antiga, havia uma grande diversidade de culto aos deuses:

O culto doméstico, que era celebrado em casa, num pequeno altar, em família, presidido pelo chefe da família. Este culto era prestado aos

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deuses em ocasiões importantes, como o nascimento, a passagem à idade de adulto, o casamento e a morte dos seus membros.

O culto cívico, que era celebrado em todas as cidades, nos templos e altares públicos, presidido por sacerdotes e magistrados. Era celebrado em honra dos deuses protectores das cidades, como era o caso da Procissão das Panateneias, em honra da deusa Atenas.

O culto pan-helénico, que era celebrado em grandes festas religiosas, onde se juntavam habitantes de toda a Grécia. Era realizado em santuários e um dos mais importantes cultos pan-helénicos era em honra de Zeus, em Olímpia (de 4 em 4 anos), onde se realizavam grandes festas religiosas e desportivas (Jogos Olímpicos). Outro santuário muito importante era o de Delfos, em honra de Apolo.

Complexo de Olímpia Oráculo de Delfos

Relação dos jogos olímpicos com esses cultos

Os Jogos Olímpicos da Antiguidade celebravam-se de quatro em quatro anos, em honra do deus Zeus, no santuário de Olímpia, onde participavam os melhores atletas de todas as cidade-estado. Os jogos eram uma forma de devoção tipicamente grega. O esforço dos atletas era considerado uma homenagem prestada aos deuses, que mostravam as suas preferências “escolhendo” o vencedor. Deste modo os participantes nos Jogos vinham em busca do prémio final: uma coroa de ramos de oliveira, de palma ou de loureiro e um regresso em glória às suas cidades-estado. Para além da glória, os participantes procuravam também os valores olímpicos: a competição nobre e o esforço para encontrar o equilíbrio entre corpo e mente.

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Durante a realização das Olimpíadas, eram proclamadas tréguas sagradas, ou seja, suspendiam-se as rivalidades de qualquer natureza por toda a Grécia. Os atletas e os peregrinos eram considerados sagrados.Era expressamente proibido a quem quer que fosse entrar na cidade de Olímpia nesse período com armas.

Enquanto duravam as variadas provas e cerimónias, Olímpia era palco de uma grande movimentação que não só envolvia os atletas e peregrinos, como também comerciantes, filósofos, poetas e escritores, que aí davam provas do seu talento e procuravam recrutar novos discípulos.

Relação do oráculo de Delfos com os cultos praticados na Grécia

Para os gregos, Delfos, ocupava um lugar privilegiado na sua vida religiosa, pois era considerado o “Umbigo do Mundo”, ou seja o Centro do Mundo. Era uma espécie de cidade santa do mundo grego antigo. A este santuário, acorriam muitos peregrinos na expectativa de consultar o oráculo de Pítia, uma sacerdotisa que transmitia os desígnios dos deuses sobre acontecimentos futuros. Muitas vezes a consulta não era pessoal, envolvia uma cidade inteira, sobretudo em épocas de guerra ou de peste.É neste santuário, que se realizavam os Jogos Píticos. Eram celebrados de quatro em quatro anos, nos intervalos das Olimpíadas, em honra do deus Apolo. O primeiro dia dos Jogos era dedicado às cerimónias religiosas: realização do sacrifício e de uma magnífica procissão. Também aqui, no decorrer dos jogos, eram proclamadas tréguas sagradas.

Os deuses romanos

À semelhança dos gregos, os romanos eram politeístas.

Os romanos tinham os seus deuses tradicionais, contudo à medida que o Império se expandia e entrava em contacto com outros povos, estes foram adotando os deuses que encontravam, particularmente os deuses adorados na Grécia, atribuindo-lhes outros nomes.

Os romanos prestavam culto aos deuses diariamente. Para eles, homens e deuses teriam que viver em harmonia. Estes cultos tinham como objectivo agradar os deuses, pois deles dependiam a prosperidade dos homens: saúde, a proteção do Estado, o sucesso na guerra, as colheitas fartas, etc.

Os principais deuses romanos eram:

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Júpiter – deus dos céus e Apolo – deus do sol, da

das tempestades; medicina;

Juno - deusa protetora da Marte – deus da guerra;

mulher, do casamento e

parto;

Diana - deusa da castidade, Vênus – deusa do amor e

da lua e da caça; da beleza;

Ceres – deusa da agricultura Baco – deus da alegriae

e da fecundidade da Terra; do vinho;

Neptuno – deus do mar; Minerva – deusa da

sabedoria e das artes.

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Existiam ainda outros deuses romanos:

Nome do deus: O que representava:

Plutão Deus dos mortos, mundo subterrâneo

Cupido Deus do amor

Mercúrio Mensageiro dos deuses

Vulcano Deus do fogo

Saturno Deus do tempo

Os deuses romanos, à semelhança dos antigos gregos, eram antropomórficos, ou seja, eram representados com a forma humana e possuíam características (qualidades e defeitos) de seres humanos. Porém, não tinham contacto direto com os homens, como acontecia na Mitologia Grega. Ao contrário dos gregos, os romanos não especulavam sobre a origem dos deuses. Eles apenas cumpriam os rituais com exatidão, para garantir a harmonia para com os deuses.

Para os romanos os deuses não tinham mitos, não formavam casais e não tinham filhos. Neste assunto, a sua cultura era muito prática

Os vários cultos praticados em Roma

Os romanos mantinham uma relação muito estreita com a religião e praticavam três tipos de culto:

O culto familiar, feito em casa, dirigido pelo pater famílias (o pai), onde prestavam culto às almas dos antepassados (Manes), aos deuses protetores da casa (Lares) e aos deuses das provisões (Penates). Aí faziam orações, purificavam o ambiente e

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ofereciam alimentos aos deuses em troca de favores e de proteção. O Larário – o altar dos lares

O culto público, praticado nos vários templos existentes nas cidades. As cerimónias do culto eram presididas por sacerdotes, que tinham a capacidade de interpretar as vontades dos deuses, e pelas sacerdotisas (as Vestais), que tinham o dever de manter a chama sagrada permanentemente acesa. Este culto era essencialmente prestado aos deuses que protegiam a cidade.

O culto imperial, era dedicado ao Imperador, pois este era o Pontifex Maximus, sacerdote supremo.

Imperador Augusto

Festas realizadas em honra dos deuses romanos

De início, haviam poucas festividades romanas. As existentes estavam ligadas aos ritos de um povo agrícola primitivo.

Com a adoção de novos deuses e ritos, o calendário religioso romano aumentou excessivamente. Os dias de festa religiosa ultrapassavam os dias dedicados ao trabalho.

Em honra dos deuses, os romanos realizavam ao longo do ano, numerosas festas, jogos e outras cerimónias em que as populações participavam. Desta forma, procuravam obter favores e a proteção dos deuses.

Cada deus tinha um dia de festa especial, normalmente um feriado público. Neste dia, as pessoas visitavam o templo, onde os sacerdotes sacrificavam

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animais oferecendo-os ao deus em questão. Nestas cerimónias, estavam presentes os áugures, sacerdotes especiais que interpretavam os fenómenos naturais (voo das aves, os padrões de nuvens e fumaça e marcações nos fígados de animais sacrificados), que representavam as mensagens enviadas pelos deuses.

Importa assim salientar apenas as festividades religiosas Romanas mais importantes:

- Saturnais – Festa em honra do deus Saturno (de 17 a 23 de Dezembro ). Os romanos acendiam velas para pedirem que o Sol brilhasse de novo (solstício de Inverno).

- Lupercais – Festa em honra do deus Luperco, um deus pastoril (em 15 de Fevereiro). Os romanos acreditavam que esta cerimónia servisse para espantar os maus espíritos e para purificar a cidade.

- Equiria - Festival em honra ao Deus Marte (de 27 de Fevereiro a 14 de Março). Era a época do ano em que se preparavam novas campanhas militares. Nestas festas realizavam-se corridas de cavalos.

- Jogos Seculares - Incluíam espetáculos atléticos e sacrifícios. A festa era realizada em intervalos regulares, tradicionalmente só uma vez em cada século. Porém essa tradição não era sempre respeitada.

Ao concluir o trabalho que me foi proposto, fiquei a saber um pouco das características da religião Grego - Romana.

A sociedade grega era uma sociedade poderosa, importante e que deixou marcas fundamentais para os povos seguintes. Os Romanos foram um desses povos, que diretamente sofreram a sua influência a vários níveis.

Tal como a religião grega, a religião romana era politeísta e antropomórfica. Os gregos acreditavam que existiam relações genealógicas entre deuses e mortais. Para os romanos, os seus deuses não tinham contacto direto com os homens, existindo apenas laços familiares entre eles.

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A religião na Grécia era uma importante unidade cultural e de costumes do povo, não havia livros sagrados nem um clero organizado. Os deuses interferiam de forma direta na vida dos homens. Tudo acontecia por que um deus quis.

No império, a religião ganhou um caráter cívico, em que o povo tinha que adorar o deus que o Imperador preferia. Além disso, os romanos eram muito supersticiosos, interpretavam, antes de agir, a vontade dos deuses. Os seus cultos eram interesseiros, pois faziam promessas aos deuses, que cumpriam apenas se os seus pedidos fossem atendidos.

Alarcão, Jorge (1988). O domínio Romano em Portugal. Lisboa: Publicações Europa-América.

Cirne, Joana; Henriques, Marília (2010). Cadernos de História 7. Lisboa: Areal Editores.

Hatzfeld, Jean (1977). História da Grécia Antiga. Lisboa: Publicações Europa-América.

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James, Simon (1992). Grécia Antiga. Lisboa: Editorial Verbo.

Mesquita, Ana Filipa; Boas, Cláudia Vilas (2011). História 7 Preparar os Testes. Lisboa: Areal Editores.

Barreira, Aníbal; Moreira, Mendes (2006). Sinais da História, História 7º ano. Porto: Asa Editores.

Sites de pesquisa na internet:

- www.infoescola.com- http://amitologiagrega.com- www.suapesquisa.com

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